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Viabilidade Econ+¦mica SAF - Grupo 3

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ANÁLISE ECONOMICA DE SISTEMA AGROFLORESTAL NO PROJETO DE 
ASSENTAMENTO PILÃO POENTE, ANAPU – PA 
 
 Dionízia Moura AMORIM¹
1
 
 Loirena do Carmo Moura SOUSA¹ 
 Nágilla Gabriella Barbosa EUZÉBIO¹ 
 Nayra Glaís Pereira TRINDADE¹ 
 Thaynara Viana CAVALCANTE¹ 
 
 
RESUMO 
Os sistemas agroflorestais são alternativas de uso da terra, que podem ser ecológica e 
economicamente viáveis na Amazônia. Este trabalho tem como objetivo avaliar 
economicamente o sistema agroflorestal adotado por um produtor rural no município 
de Anapu - PA. Os critérios avaliados foram: Valor Presente Líquido (VPL), Relação 
Custo-Benefício (RB/C) e Taxa Interna de Retorno (TIR). O custo com colheita, 
beneficiamento e com tratos culturais representam 73% da composição dos custos 
totais. O sistema agroflorestal analisado apresentou fluxo de caixa com regularidade de 
receitas ao longo do período considerado, apresentando uma renda líquida total de R$ 
1.089.722,72 ha-1 após 40 anos. 
PALAVRAS-CHAVE: análise econômica; sistema agroflorestal; fluxo de caixa. 
 
 
 
ABSTRACT 
Agroforestry systems are alternative land use, which can be ecologically and 
economically viable in the Amazon. This study aims to evaluate the economics of 
agroforestry system adopted by a farmer in the town of Anapu - PA. The criteria were: 
net present value (NPV), cost/benefit analysis (C/B) and internal rate of return (IRR). 
The cost of harvesting, processing and cultivation represent 73% of the composition of 
total costs. The agroforestry system cash flow analysis presented regularly revenue over 
the period considered, with a total net income of R $ 1,089,722.72 ha-1 after 40 years. 
KEY-WORDS: economic analysis; agroforestry system; cash flow. 
 
 
1 Discentes do curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Pará - UFPA/Campus Altamira. 
Análise Econômica de Sistema Agroflorestal no Projeto de Assentamento Pilão Poente, Anapu - PA 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Segundo Miranda e Valentim 
(2000), os sistemas agroflorestais 
são alternativas de uso da terra, que 
podem ser ecológica e 
economicamente viáveis na 
Amazônia. Cordeiro (2007) citado 
por Cordeiro et al. (2009), ratifica 
que, na região amazônica, as áreas de 
pastagens abandonadas, aliado ao 
potencial dos sistemas agroflorestais 
como alternativa de produção, estão 
atraindo o interesse de investidores, 
em função do real potencial para a 
recuperação dessas áreas e de 
sustentabilidade socioeconômica das 
unidades produtivas, sobretudo das 
comunidades de pequenos 
agricultores. 
Para Nair (1989) e Young 
(1990) citado por Abdo et al. (2008) 
o SAF é um sistema de uso da terra 
com a introdução ou retenção 
deliberada de árvores em associação 
com outras culturas perenes ou 
anuais e/ou animais, apresentando 
mútuo benefício ou alguma vantagem 
comparativa aos outros sistemas de 
agricultura resultante das interações 
ecológicas e econômicas. Pode 
apresentar várias disposições em 
espaço e tempo, e deve utilizar 
práticas de manejo compatíveis com 
o produtor. 
Os SAF podem contribuir para 
a solução de problemas no uso dos 
recursos naturais, por causa das 
funções biológicas, e 
socioeconômicos que podem 
cumprir. A presença de árvores no 
sistema traz benefícios diretos e 
indiretos, tais como o controle da 
erosão e manutenção da fertilidade 
1. INTRODUÇÃO 
 
Para Rodrigues et al. (2008), 
no Brasil, foi a partir da década de 
1970 que se iniciou o processo de 
transformação do setor agrícola, o 
que ficou conhecido como 
“Revolução Verde”. Sua base era a 
mecanização agrícola e a utilização 
de insumos químicos. Essa 
“revolução”, estimulada pelo 
mercado internacional e apoiada pela 
política de crédito rural nacional, 
teve como consequências a rápida 
exaustão dos recursos naturais, a 
contaminação dos solos, dos cursos 
de água e dos agricultores, a 
necessidade de maiores áreas para 
expansão da fronteira agrícola e o 
êxodo rural. Ainda, segundo Dubois 
et al. (1996), a política do Governo 
Federal para o desenvolvimento 
agrícola na Amazônia promoveu a 
conversão de grandes extensões de 
florestas em pastagem e, em escala 
menor, em monocultivos agrícolas, 
como: cacau, café, seringueira, 
pimenta-do-reino, arroz, mandioca e 
feijão. 
Diversas medidas vêm sendo 
adotadas com intuito de amortizar o 
desmatamento de novas áreas e 
solucionar problemas relacionados 
ao uso do solo, que contemplem a 
recuperação de áreas degradadas 
com a produção de alimentos, a 
permanência dos agricultores na 
propriedade e a preservação e 
conservação ambiental. Uma das 
alternativas encontradas para sanar 
esses problemas é a implantação dos 
sistemas agroflorestais (SAF). 
Análise Econômica de Sistema Agroflorestal no Projeto de Assentamento Pilão Poente, Anapu - PA 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
para subsidiar os agentes de 
financiamento, técnicos e produtores 
nesse tipo de investimento na 
Amazônia (BENTES-GAMA et al., 
2005). 
Segundo SMITH et al. (1998) 
citado por Bentes-Gama (2003) 
afirmam, porém, que, para que os 
sistemas agroflorestais sejam 
difundidos como sistemas de 
produção viáveis, e até mesmo ideais, 
devem-se concentrar esforços no 
aprimoramento do conhecimento 
sobre o planejamento e a otimização 
da sua implantação, a fim de garantir 
um retorno econômico desejável; 
isso passa, necessariamente, pelo 
estudo de mercados, pela análise do 
desenvolvimento agroindustrial 
regional, pelo conhecimento da 
organização das comunidades 
envolvidas na atividade, pelas 
condições de crédito existentes, pelo 
ambiente regulador e fiscal e pelas 
questões de posse da terra. 
Portanto, este estudo 
objetivou avaliar a viabilidade 
econômica de um SAF, visando 
orientar os agricultores durante a 
escolha das espécies a serem 
cultivadas, e incentivar a implantação 
do sistema, como alternativa viável 
de recomposição das reservas legais, 
recuperação de áreas abandonadas 
e/ou degradadas, além de 
proporcionar uma melhor renda 
familiar. 
 
2. MATERIAL E MÉTODOS 
2.1. ÁREA DE ESTUDO 
 
do solo, o aumento da 
biodiversidade, a diversificação da 
produção e o alongamento do ciclo 
de manejo de uma área (ENGEL, 
1999). 
Cury e Carvalho Jr. (2011) 
afirma que os SAF, no início de sua 
implantação, requerem certo 
investimento, incluindo compra de 
mudas, sementes, contratação de 
mão de obra para controle de 
espécies invasoras, entre outros. 
Porém, na medida em que evoluem 
em seu estágio sucessional, não 
necessitam mais de manutenção 
constante, exigindo apenas pequenos 
desbastes e, se for de interesse do 
produtor, colheita dos produtos 
produzidos. Além disso, quanto mais 
diversificado o sistema, menos o 
produtor terá a necessidade de 
utilizar insumos agrícolas 
(agroquímicos, fertilizantes etc.), e, 
por conseguinte, obterá maior renda 
líquida constante. 
Em suma, a diversificaçãode 
produtos, a maior segurança 
alimentar, a sustentabilidade 
ambiental, o incremento na 
fertilidade do solo e a redução 
gradativa nos custos de produção 
fazem da agrofloresta uma excelente 
opção para a agricultura familiar no 
Brasil (ARMANDO et al., 2002). 
Porém, constata-se que estes 
representam uma atividade 
complexa que apresenta tantos riscos 
e incertezas como outras atividades 
agrícolas e florestais mais 
conhecidas; partindo daí a 
importância de se fazerem avaliações 
econômicas sob condições de risco 
Análise Econômica de Sistema Agroflorestal no Projeto de Assentamento Pilão Poente, Anapu - PA 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contudo, percebe-se a presença 
em maior quantidade da porção de 
terra mista (Latossolo vermelho-
amarelo), tendo uma variação de cor, 
de amarelo a amarelo-avermelhado, 
com textura argilo-arenosa. 
Ao longo da extensão da 
propriedade, nota-se a presença de 
um relevo plano, havendo apenas 
pequenas irregularidades, 
caracterizadas por declives pouco 
acentuados. 
A tipologia florestal é 
denominada como floresta ombrófila 
densa, caracterizada por inúmeras 
espécies arbóreas de médio e grande 
porte. A floresta apresenta uma vasta 
variedade de cipós, ervas e arbustos 
caracterizando um sub-bosque 
relativamente fechado com existência 
de palmeiras, cipoal e uma rica 
camada de serapilheira. 
 
2.2. VARIÁVEIS 
 
As variáveis de produção por 
espécie utilizadas neste estudo 
foram: Dipteryx odorata
 
(cumaru): 
volume total de madeira, em m3, e 
número de frutos por planta; Cordia 
alliodora (freijó): volume total de 
madeira, em m3; Carapa guianensis 
(andiroba): volume total de madeira, 
em m3, e litros de óleo por planta; 
Khaya senegalenses (mogno 
africano): volume total de madeira, 
em m3, e peso de sementes por 
planta, em kg.; Musa spp. (banana): 
unidade por planta, em cacho; Zea 
mays (milho): peso de grãos secos, 
em kg; Oriza sativa (arroz): peso de 
grãos secos, em kg; e Manihot 
esculenta (mandioca): peso da 
A pesquisa foi realizada na 
propriedade rural do Sr. Claudinei 
Costa da Silva, situada no Projeto de 
Assentamento Pilão Poente, distante 
cerca de 12 km (doze quilômetro) da 
sede do município de Anapu, 
localizado no sudeste paraense.
 
Figura 1 - Localização do município de 
Anapu-PA. 
 
O clima da área, assim como da 
região, apresenta dois períodos bem 
definidos ao longo do ano, uma 
estação seca (verão seco) 
caracterizada pela falta de chuvas, 
geralmente de maio a novembro, e 
uma estação chuvosa (verão 
chuvoso), caracterizada pela 
presença de chuvas periódicas, entre 
os meses de dezembro a abril. De 
acordo com dados médios 
estabelecidos nos últimos anos, a 
região apresenta uma precipitação 
pluviométrica anual variando entre 
1.500 mm a 2.500 mm e uma 
temperatura média que esteve 
permanecendo superior a 27°C, não 
ultrapassando os 29,2°C. 
Quanto ao tipo de solo, há a 
predominância de solos de terra 
firme, como latossolo amarelo, 
latossolo vermelho e terra roxa. 
Análise Econômica de Sistema Agroflorestal no Projeto de Assentamento Pilão Poente, Anapu - PA 
 
5 
 
 
 
 
 
 
Tabela 1 - Preço unitário dos produtos do Sistema Agroflorestal. 
Espécie Unidade Valor Unitário (R$) 
Banana cacho 8,00 
Arroz kg 2,20 
Milho kg 5,00 
Mandioca (farinha) kg 2,60 
Cacau (amêndoa) kg 4,00 
Freijó m³ 200,00 
Andiroba m³ 200,00 
Andiroba (óleo) litro 50,00 
Mogno africano m³ 2.000,00 
Mogno africano (semente) kg 800,00 
Cumaru m³ 300,00 
Cumaru (semente) unidade 0,20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
de Anapu - PA e a colheita no 40º 
ano. Para os demais produtos, 
levaram-se em conta os preços 
praticados na comercialização feita 
no Mercado Municipal e Feira livre da 
cidade (ver Tabela 1). 
farinha, em kg. 
Para a estimativa da receita 
com madeira das espécies cumaru, 
freijó, mogno africano e andiroba, 
consideraram-se o volume comercial, 
os preços praticados no mercado da 
venda de madeira em tora na região 
 
 
Tabela 2 - Custos com mão-de-obra 
por hectare do SAF estudado. 
Ano Quantidade Valor (R$) 
0 102 5.100,00 
1 73 3.650,00 
2 81 4.050,00 
3 31 1.550,00 
4-6 58 2.900,00 
7 64 3.200,00 
8-12 86 4.300,00 
13-39 92 4.600,00 
40 34 3.400,00 
Total 557 29.550,00 
 
 
2.3. COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS 
 
Os custos para avaliação 
econômica desse estudo envolveram 
os coeficientes de mão-de-obra, 
insumos e equipamentos necessários 
à realização de cada atividade, sendo 
que, as informações sobre os 
coeficientes técnicos e as atividades 
realizadas no SAF foram obtidas do 
acompanhamento das atividades 
realizadas na propriedade de estudo 
(ver Tabelas 2 e 3). 
Análise Econômica de Sistema Agroflorestal no Projeto de Assentamento Pilão Poente, Anapu - PA 
 
6 
Tabela 3 - Custos com insumos e equipamentos por hectare do SAF
estudado. 
Insumos Unidade Quantidade 
Valor 
unitário (R$) 
TOTAL 
1 - Utilização de motosserra para preparo da área 
Aluguel da motosserra dia 7 100,00 700,00 
Combustível p/ motosserra litro 12 3,10 37,20 
2 - Aquisição de sementes e mudas 
Semente de milho kg 30 5,00 150,00 
Semente de arroz kg 30 2,00 60,00 
Muda de cacau Unidade 1111 2,00 2222,00 
Maniva de mandioca Unidade 5.000 0,40 2000,00 
Muda de banana Unidade 416 1,00 416,00 
Muda de freijó Unidade 277 6,00 1662,00 
Muda de andiroba Unidade 123 8,00 984,00 
Muda de mogno africano Unidade 55 10,00 550,00 
Muda de cumaru Unidade 185 5,00 925,00 
3 - Tratos culturais 
Análise de solo Unidade 1 40,00 40,00 
Adubo orgânico (esterco 
bovino) 
litro 10440 0,50 5220,00 
Inseticida (Decis 25 ce) litro 1 65,00 65,00 
Adubo Nitromag kg 75 1,80 135,00 
Adubo Cloreto de Potássio kg 50 2,00 100,00 
Adubo FTE BR12 litro 30 35 1050,00 
Adubo NPK (18 - 18 - 18) kg 225 1,94 436,50 
4 - Colheita e Transporte 
4.1 - Cacau e Culturas anuais 
Terçado Unidade 2 22,00 44,00 
Saco de fibra de 60 kg Unidade 137 1,50 205,50 
4.2 - Essências florestais - Não madeireiras 
Saco de fibra de 60 kg Unidade 5 1,50 7,50 
Recipientes de 1 litro Unidade 173 1,00 173,00 
4.3 - Essências florestais - Madeireiras 
Aquisição de motosserra Unidade 1 2579,00 2579,00 
Gasolina litro 84 3,10 260,40 
Óleo queimado litro 48 2,00 96,00 
Óleo lubrificante 2T litro 5 20,00 100,00 
Corrente Unidade 4 60,00 240,00 
Limatão Unidade 1 4,00 4,00 
Lima chata Unidade 1 7,00 7,00 
TOTAL 20469,10 
 
Análise Econômica de Sistema Agroflorestal no Projeto de Assentamento Pilão Poente, Anapu - PA 
 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
através de broca ou destocamento, 
derruba, queima, coivara e aplicação 
do corretivo de solo (calcário 
dolomítico), que foi usado somente 
no 1º ano; 
 O plantio das espécies perenes 
obedeceu, em geral, às seguintes 
etapas: balizamento das linhas de 
plantio, marcação e abertura de 
covas, adubação (N.P.K. 18-18-18 
para o cacau e esterco bovino para a 
banana e as essências florestais) e 
plantio; 
 O plantio das espécies 
temporárias foi realizado 
manualmente, por meio do semeio 
direto como, por exemplo, o arroz, o 
milho, ou por estaquia, no caso da 
mandioca; 
 Os tratos culturais, como 
capina, roçagem, coroamento, poda edesbaste, ocorreram com diferentes 
frequências durante o período do 
SAF, impactando custos com mão-de-
obra. Ressalta-se que, o 
aproveitamento da poda/desbaste de 
culturas perenes e de restos de 
capina/roçagem foi utilizado para 
adubação de cobertura; e 
 O controle de pragas foi feito 
com uso de inseticida, ocorrendo 
somente no primeiro ano e 
computado entre os insumos. 
 
2.5. TAXA DE DESCONTO 
 
Considerou-se a taxa de 7,25% 
a.a., como taxa de desconto básico 
adotado para médios produtores 
rurais, estabelecida em conformidade 
com o Programa de Financiamento 
do Desenvolvimento Sustentável da 
O cálculo dos custos e receitas 
para a implantação e manutenção do 
SAF, originou-se a partir dos preços 
praticados em Anapu - PA. Ressalte-
se que, não se considerou a variação 
de preços nos períodos em análise, 
pois, assume-se a hipótese, que essas 
variações dos preços de mão-de-
obra, insumos, equipamentos e 
produtos do SAF se neutralizam em 
longo prazo e mantêm uma tendência 
constante. De posse destes dados, 
elaborou-se o custo anual por hectare 
para a implantação do sistema 
agroflorestal durante um horizonte 
de planejamento igual a 40 anos. 
Nesta pesquisa não foi 
identificado bens de capital cuja 
depreciação resulte em valores 
significativos, uma vez que todas as 
operações de preparo de área, 
adubação, plantio, poda, desbaste, 
capina, roçagem e controle de pragas 
foram realizadas de forma manual e 
com baixo nível tecnológico, sendo 
utilizadas apenas ferramentas usuais, 
como facão, machado, enxada e pá, 
empregadas principalmente em 
outras atividades, como a lavoura 
temporária, a única exceção foi o uso 
da motosserra no preparo de área 
(alugada) e na colheita das essências 
florestais no 40º ano (adquirida). 
2.4. DESCRIÇÃO DA UNIDADE DE 
PRODUÇÃO SAF 
 
As principais operações de 
implantação foram: 
O preparo de área para o 
estabelecimento do SAF, que foi 
realizado de forma manual,
Análise Econômica de Sistema Agroflorestal no Projeto de Assentamento Pilão Poente, Anapu - PA 
 8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 4 - Produção do SAF por hectare/ano, durante o ciclo de 40 anos. 
Produção 
Ano 
01 
Ano 
02 
Ano 
03 
Ano 
04-06 
Ano 
 07 
Ano 
08-12 
Ano 
13-39 
Ano 
40 
Banana 
(cacho) 
416 416 416 
 
 
Milho (kg) 3600 3600 
Arroz (kg) 2100 
Farinha (kg) 1500 
Cacau (kg) 1000 1000 1000 1000 1000 
Freijó (m³) 370 
Andiroba (m³) 250 
Andiroba 
(litros) 
 
 
172,5 172,5 172,5 
Mogno 
Africano (m³) 
 
 
 162 
Mogno 
Africano (kg) 
 55 55 55 
Cumaru (m³) 416 
Cumaru 
(unidade) 
 312000 312000 312000 31200 
 
 
 
 
 
2.6. ESTIMATIVA DA PRODUÇÃO 
 
As receitas foram obtidas com 
a venda da produção de 1 hectare de 
sistema agroflorestal, sendo que, a 
comercialização das culturas anuais e 
dos Produtos Florestais Não 
Madeireiros ocorreram no mercado 
municipal e feira livre e a produção 
de madeira em serrarias do 
município. 
Os dados de produção 
apresentados na Tabela 4 foram 
estimados de forma que, mantém-se 
a mesma produção do ano anterior, 
com base em dados de produtividade 
média registrados no município. 
 
Amazônia (FNO - Amazônia 
Sustentável Rural), com recursos do 
Fundo Constitucional de 
Financiamento do Norte (FNO), 
segundo disposições do Banco da 
Amazônia. 
A taxa de desconto é de suma 
relevância para tornar valores 
presentes comparáveis a valores 
futuros, assim como, para 
representar o que se deixa de ganhar 
pela não aplicação do capital em 
outra oportunidade de investimento 
(REZENDE e OLIVEIRA, 2008). 
 
longo da vida útil do projeto. No 
presente trabalho, as despesas com a 
implantação (preparo da área) foram 
computadas no primeiro ano, e as 
despesas operacionais (aquisição de 
insumos, 
2.7. FLUXO DE CAIXA 
O fluxo de caixa reflete as 
entradas e saídas dos recursos e 
produtos por unidade de tempo ao 
longo
Análise Econômica de Sistema Agroflorestal no Projeto de Assentamento Pilão Poente, Anapu - PA 
 9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
𝐑 = 
 𝑅𝑗
𝑛
𝑗=0
 𝐶𝑗
𝑛
𝑗=0
 
C0 = Custo inicial do investimento; 
i = Taxa de desconto; e 
n = Duração do projeto, em anos, ou 
em número de períodos de tempo. 
 
Segundo Rezende e Oliveira 
(2008) a característica essencial do 
VPL é o desconto (para o presente) 
de todos os fluxos de caixa esperados 
como resultado de uma decisão de 
investimento. Sendo, o valor 
descontado líquido do fluxo de caixa 
prospectivo uma medida direta da 
atratividade econômica relativa do 
investimento proposto. Dessa 
maneira, quanto maior o VPL mais 
atrativo será o projeto, em 
contrapartida, quando o VPL for 
negativo, o projeto será 
economicamente inviável. 
 
2.8.2. Relação Receita/Custo 
(RB/C) 
 
Consiste na divisão do 
somatório nominal das receitas que 
ocorrem durante a vida útil do 
projeto pelo somatório nominal dos 
custos. Ou seja, é a proporção entre 
as receitas e os custos. 
A fórmula utilizada foi: 
 
Onde: 
R = Razão entre as receitas e os 
custos; 
Rj = Receitas que ocorrem durante o 
período do projeto; e 
Cj = Custos que ocorrem durante o 
período do projeto. 
 
𝐕𝐏𝐋 = 𝑅𝑗 (1 + 𝑖)
−𝑗 − 𝐶𝑗(1 + 𝑖)
−𝑗
𝑛
𝑗=0
𝑛
𝑗=0
 
insumos, contratação de mão-de-
obra e manutenção da propriedade 
rural) distribuídas ao longo do 
período do projeto, sendo as receitas 
obtidas com venda da produção 
computadas apenas no término de 
cada safra ou colheita. 
 
2.8. MODELO ANALÍTICO 
 
A análise econômica foi 
realizada com a finalidade de 
verificar se as receitas geradas pelo 
SAF proposto remuneram ou não os 
custos necessários. Nesse sentido, os 
critérios avaliados foram: Valor 
Presente Líquido (VPL), Relação 
Custo-Benefício (RB/C) e Taxa 
Interna de Retorno (TIR), de acordo 
com Bentes-Gama et al. (2005), 
Sanguino et al. (2007) e Francez et al. 
(2011). 
2.8.1. Valor Presente Líquido 
(VPL) 
O método do VPL utilizado 
nesse projeto é indicado pela 
diferença positiva entre receitas e 
custos, atualizados de acordo com a 
taxa de desconto de 7,25% a.a. 
A fórmula utilizada foi: 
 
Onde: 
Cj = Custo no final do ano j ou do 
período de tempo considerado; 
Rj = Receita no final do ano j ou do 
período de tempo considerado; 
Análise Econômica de Sistema Agroflorestal no Projeto de Assentamento Pilão Poente, Anapu - PA 
 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cj = Custo no final do ano j; e 
n= Duração do projeto, em ano. 
O Sistema Agroflorestal 
analisado no presente trabalho 
somente será considerado 
economicamente viável se a TIR for 
maior que a taxa de desconto de 
7,25% a.a., sendo essa taxa
usualmente denominada Taxa 
Mínima de Atratividade (TMA).
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
3.1. FLUXO DE CAIXA 
O Sistema Agroflorestal 
analisado apresentou resultados 
positivos desde o ano 1 (ver Figura 
2), gerando uma renda líquida total 
de R$ 1.089.722,72 ha-1 após 40 anos. 
Portando, conclui-se que a 
combinação das espécies desse 
sistema apresentou rendimentos 
satisfatórios para o produtor rural.Este resultado é muito superior ao 
encontrado por Bentes-Gama et al. 
(2005) ao avaliar a viabilidade 
econômica de um SAF composto 
pelas espécies: freijó x banana x 
pimenta x cupuaçu que obteve R$ 
5.609,89 ha-1 após 15 anos. 
 
 
 𝑅𝑗(1 + 𝐼)
−𝑗 − 𝐶𝑗(1 + 𝐼)
−𝑗 = 0
𝑛
𝑗=0
𝑛
𝑗=0
 
De acordo com Rezende e 
Oliveira (2008) quanto maior o valor 
de R, mais interessante será a opção 
de investimento. Dessa forma, opções 
com valores de R menores que a 
unidade são consideradas inviáveis 
economicamente. 
2.8.3. Taxa Interna de Retorno 
(TIR) 
A Taxa Interna de Retorno foi 
adotada como um dos critérios de 
avaliação desse trabalho a fim de 
verificar se a rentabilidade do 
investimento é superior, inferior ou 
igual ao custo de capital que será 
utilizado para financiar o projeto. A 
TIR consiste na taxa anual de retorno 
do capital investido, ou seja, é a taxa 
de desconto que iguala o valor atual 
das receitas ao valor atual dos custos 
do projeto. 
A fórmula utilizada foi: 
 
Onde: 
I = Taxa de desconto, referindo-se 
algebricamente ao valor da TIR; 
Rj = Receita no final do ano j; 
-25000,00
-15000,00
-5000,00
5000,00
15000,00
25000,00
35000,00
45000,00
55000,00
65000,00
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40
F
lu
x
o
 d
e
 C
a
ix
a
 
Anos 
Figura 2 - Fluxo de caixa (saldo total) do Sistema Agroflorestal adotado por produtor rural no 
município de Anapu - PA. 
 
Análise Econômica de Sistema Agroflorestal no Projeto de Assentamento Pilão Poente, Anapu - PA 
 11 
 
 
 
 
 
 
Tabela 5 - Custo total, valor total da produção e receita líquida em R$ por hectare do 
SAF estudado. 
Ano 
Custo de 
mão-de-
obra (MO) 
Custo 
Insumos 
Frete 
Custo Total 
Atualizado 
Valor da 
Produção 
Receita 
Líquida 
0 5100 14477,7 ─ 19577,70 ─ -19577,70 
1 3650 461,5 285 4099,30 24193,94 20094,64 
2 4050 2277,5 255 5722,64 21932,50 16209,87 
3 1550 25,5 51 1318,45 5940,10 4621,65 
4 2900 28,5 57 2256,46 50185,57 47929,11 
5 2900 28,5 57 2103,93 46793,07 44689,15 
6 2900 28,5 57 1961,70 43629,91 41668,20 
7 3200 28,5 57 2012,89 40680,56 38667,67 
8 4600 203 78 2788,24 67992,31 65204,07 
9 4600 203 78 2599,76 63396,09 60796,33 
10 4600 203 78 2424,02 59110,57 56686,56 
11 4600 203 78 2260,16 55114,75 52854,60 
12 4600 203 78 2107,37 51389,05 49281,68 
13 4600 203 78 1964,92 47915,20 45950,28 
14 4600 203 78 1832,09 44676,17 42844,09 
15 4600 203 78 1708,24 41656,11 39947,87 
16 4600 203 78 1592,77 38840,19 37247,43 
17 4600 203 78 1485,10 36214,63 34729,54 
18 4600 203 78 1384,71 33766,56 32381,85 
19 4600 203 78 1291,10 31483,97 30192,87 
20 4600 203 78 1203,82 29355,68 28151,86 
21 4600 203 78 1122,45 27371,27 26248,82 
22 4600 203 78 1046,57 25520,99 24474,42 
23 4600 203 78 975,82 23795,80 22819,98 
24 4600 203 78 909,86 22187,22 21277,37 
25 4600 203 78 848,35 20687,39 19839,04 
26 4600 203 78 791,00 19288,94 18497,94 
27 4600 203 78 737,53 17985,03 17247,49 
segundo ano de atividade valores 
positivos equivalentes a R$ 
20.094,64. Esta evolução ocorre 
principalmente devido a produção de 
culturas anuais, como arroz e milho. 
Isto evidencia o retorno do capital 
investido pelo produtor já no 
segundo ano de atividade. 
Nota-se, pelos dados 
expressos na Tabela 5, que os custos 
iniciais do sistema são elevados em 
razão das atividades estarem 
relacionadas ao processo de preparo 
da área e implantação do SAF. 
Entretanto, registra-se no 
Análise Econômica de Sistema Agroflorestal no Projeto de Assentamento Pilão Poente, Anapu - PA 
 12 
28 4600 203 78 687,68 16769,25 16081,58 
29 4600 203 78 641,19 15635,67 14994,48 
30 4600 203 78 597,85 14578,71 13980,87 
31 4600 203 78 557,43 13593,20 13035,77 
32 4600 203 78 519,75 12674,32 12154,57 
33 4600 203 78 484,62 11817,54 11332,93 
34 4600 203 78 451,86 11018,69 10566,83 
35 4600 203 78 421,31 10273,84 9852,53 
36 4600 203 78 392,83 9579,33 9186,50 
37 4600 203 78 366,28 8931,78 8565,50 
38 4600 203 78 341,52 8328,00 7986,48 
39 4600 203 78 318,43 7765,04 7446,61 
40 3400 3286,4 14376 1281,20 34842,63 33561,44 
Total 176850,00 27138,60 17691,00 77188,87 1166911,60 1089722,72 
 
pelo lado social, visto que ela 
aumenta as relações sociais entre os 
membros das famílias (esposa, 
marido e filhos e parentes próximos) 
e entre as famílias locais. 
 
3.2. CUSTOS DO SISTEMA 
 
O custo total nesse sistema 
correspondeu a R$ 77.188,87 (valor 
atualizado). O custo com colheita e 
beneficiamento se apresentou como 
o mais elevado, correspondendo a 
38% dos custos totais, seguido pelos 
custos com tratos culturais, com 35% 
(ver Figura 3). Esse resultado é 
justificado principalmente pelo uso 
de máquinas/equipamentos e 
contratação de grande quantidade de 
mão-de-obra, necessários para 
realizar essas atividades. 
 
 
 
As espécies analisadas no 
sistema têm uso diversificado e 
representam uma oportunidade de 
agregar valor a partir do 
processamento dos produtos 
florestais não-madeireiros (PFNM), 
que possuem alta margem de 
produção, possibilitando satisfazer 
diversos segmentos de consumidores 
e ocupar a mão-de-obra durante todo 
o ano, mantendo, também, um fluxo 
de caixa positivo pelo período de 
exploração do SAF, em sua maioria. 
Além dos níveis de 
rentabilidade econômica direta do 
sistema analisado, é importante 
destacar a ocupação de mão-de-obra 
e a geração de emprego nas 
diferentes atividades realizadas 
desde a fase de implantação até a 
produção, tornando o sistema, além 
de produtivo, viável socialmente. 
Segundo Rosa (2002 apud VIEIRA et 
al., 2007), a produção de farinha de 
mandioca é uma atividade de grande 
importância, não somente pelo 
aspecto econômico, mas também
Análise Econômica de Sistema Agroflorestal no Projeto de Assentamento Pilão Poente, Anapu - PA 
 13 
 
Figura 3 - Participação dos componentes do custo total no Sistema Agroflorestal adotado por produtor 
rural no município de Anapu - PA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3% 
11% 6% 
35% 
38% 
7% Preparo da área
Mudas e sementes
Plantio
Tratos culturais
Colheita e beneficiamento
Transporte
O resultado para a Razão 
Benefício Custo (RB/C) foi de 15,12. 
Isto indica que para cada R$ 1,00 
investido nesse SAF, ao final de 40 
anos, tem-se um retorno líquido de 
R$ 13,12, atestando a viabilidade do 
empreendimento. 
Segundo Coelho (2012), 
aumentos na diversidade não só 
aumentam a produtividade como 
também a estabilidade, ou seja, a 
capacidade de manter a 
produtividade (ou outro parâmetro 
ambiental), ano após ano, dentro de 
valores relativamente constantes. 
Aplicando-se isto a agroecossistemas, 
significa menos riscos de perdas 
expressivas da produção em função 
de variáveis climáticas ou biológicas. 
 
4. CONCLUSÕES 
 
O projeto agroflorestal 
proposto apresentou viabilidade 
econômica pelos critérios da RB/C, 
VPL e TIR, pois, através destes 
indicadores, pode-se observar o 
ganho gerado durante os 40 anos da 
atividade. 
 
 
3.3. ANÁLISE ECONÔMICA 
O resultado do Valor Presente 
Líquido (VPL) para o sistema 
agroflorestal estudado foi da ordem 
R$ 1.089.722,72 (ver Tabela 6). Por 
esse critério, tem-se que o SAF 
apresenta viabilidade econômica, 
pois ao final consegue gerar uma 
receita líquida atualizada positiva. 
Tabela 6 - Indicadoreseconômicos do 
sistema agroflorestal implantado. 
Indicador Unid. Limite Valor 
RBC um > 1 15,12 
VPL R$/ha > 0 1089722,72 
TIR % > 7,25 103,94% 
 
No que diz respeito à TIR, 
obteve-se um valor de 103,94% de 
retorno, é superior à taxa mínima de 
atratividade (juros) de 7,25% ao ano 
dos recursos do FNO utilizados, 
demonstrado que o sistema 
implantado é lucrativo ou viável 
economicamente. Resultado superior 
ao encontrado por Sanguino et al. 
(2007) de 51,8% à uma taxa de 8% 
ao ano de juros, ao analisar o 
consórcio de cacau x cupuaçu x 
mogno. 
 
Análise Econômica de Sistema Agroflorestal no Projeto de Assentamento Pilão Poente, Anapu - PA 
 14 
 
 BENTES-GAMA, Michelliny de Matos; 
SILVA, Márcio Lopes da; 
VILCAHUAMÁN, Luciano Javier 
Montoya, LOCATELLI, Marilia. 
Análise econômica de Sistemas 
Agroflorestais na Amazônia 
Ocidental, Machadinho d’oeste- RO. 
Revista Árvore, Viçosa-MG, v.29, n.3, 
p.401-411, 2005. 
 
COELHO, Geraldo Geni. Sistemas 
Agroflorestais. São Carlos : RiMa 
Editora, 2012. 204 p. 
 
CORDEIRO, I. M. C. C.; SANTANA, A. 
C.; LAMEIRA, O.A.; SILVA, I. M.. 
Análise econômica dos sistemas de 
cultivo com Schizolobium parahyba 
var. amazonicum (Huber ex Ducke) 
Barneby (Paricá) e Ananas comosus 
var. erectifolius (L. B. Smith) Coppus 
& Leal (Curauá) no município de 
Aurora do Pará (pa), Brasil. Rev. Fac. 
Agron. (LUZ). 26: 243-265. 2009. 
 
CURY, R. T. S.; CARVALHO JR, O.. 
Manual para Restauração Florestal: 
Florestas de Transição. Série Boas 
Práticas, Vol. 5. Bélem: IPAM – 
Instituto de Pesquisa Ambiental da 
Amazônia. 2011. 
 
DUBOIS, J. C. L.; VIANA, V. M.; 
ANDERSON, A. B. Manual 
Agroflorestal para a Amazônia. Vol. 
1. Rio de Janeiro: REBRAF. 1996. 228 
p. 
 
ENGEL, V. L. Sistemas Agroflorestais: 
Conceitos e Aplicações. Texto 
extraído de ENGEL, V. L. Introdução 
aos Sistemas Agroflorestais. 
Botucatu: FEPAF, 1999. 70 p. 
 
 
As espécies analisadas no SAF 
têm uso diversificado e representam 
uma oportunidade de agregar valor a 
partir do processamento dos 
produtos florestais não madeireiros, 
que possuem alta margem de 
produção, possibilitando satisfazer 
diversos segmentos de consumidores 
e ocupar a mão-de-obra durante todo 
o ano. 
Em suma, as características 
técnicas e econômicas adotadas no 
SAF, tornam-se alternativa para 
propiciar tanto ganhos ambientais 
quanto socioeconômicos para a 
agricultura familiar. 
5. LITERATURA CITADA 
ABDO, M. T. V. N.; VALERI, S. V.; 
MARTINS, A. L. M.. Sistemas 
agroflorestais e Agricultura familiar: 
uma parceria Interessante. Revista 
Tecnologia & Inovação 
Agropecuária. 2008. 
 
ALVES, L. M.. Sistemas Agroflorestais 
(SAF’s) na restauração de ambientes 
degradados. Programa de Pós-
graduação em Ecologia Aplicada ao 
Manejo e Conservação de Recursos 
Naturais. 2009. 
 
BENTES-GAMA, M. de M.. Análise 
técnica e econômica de sistemas 
agroflorestais em machadinho 
d’Oeste, Rondônia. Tese de 
Doutorado. Universidade de Viçosa. 
Viçosa – MG. 2003. 115 p. 
Análise Econômica de Sistema Agroflorestal no Projeto de Assentamento Pilão Poente, Anapu - PA 
 15 
 
SANGUINO, Antonio Carlos; 
SANTANA, Antônio Cordeiro de; 
HOMMA, Alfredo Kingo Oyma, 
BARROS, Paulo Luiz Contente de; 
KATO, Osvaldo Kyohei; AMIN, Mário 
Miguel Garcia Herreros. Avaliação 
econômica de Sistemas 
Agroflorestais no Estado do Pará. 
Revista de Ciências Agrárias, 
Belém, n. 47, p. 71-88, 2007. 
VIEIRA, T.A.; ROSA, L.S.; 
VASCONCELOS, P.C.S.; SANTOS, M.M.; 
MODESTO, R.S. Sistemas 
agroflorestais em áreas de 
agricultores familiares em Igarapé-
Açu, Pará: caracterização florística, 
implantação e manejo. Acta 
Amazonica, vol. 37(4), p. 549 – 558, 
2007. 
 
FRANCEZ, Daniel da Costa; ROSA, 
Leonilde dos Santos. Viabilidade 
econômica de Sistemas 
Agroflorestais em áreas de 
agricultores familiares no Pará, 
Brasil. Revista de Ciências 
Agrárias, v.54, n.2, p.178-187, 2011. 
 
MIRANDA, E. M. de; VALENTIM, J. F.. 
Desempenho de doze espécies 
arbóreas nativas e introduzidas com 
potencial de uso múltiplo no Estado 
do Acre, Brasil. Acta Amazônica. 30 
(3): 471 – 480. 2000. 
 
REZENDE, José Luiz Pereira de; 
OLIVEIRA, Antônio Donizette de. 
Análise econômica de projetos 
florestais. 2 ed. Viçosa: UFV, 386 p. 
2008. 
 
RODRIGUES, E. R.; CULLEN JÚNIOR, 
L.; MOSCOGLIATO, A. V.; BELTRAME, 
T. P.. O uso do Sistema Agroflorestal 
Taungya na Restauração de Reservas 
Legais: Indicadores Econômicos. 
Floresta, Curitiba-PR, v. 38, n. 3, 
2008.

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