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Transgêneros e Direitos Humanos: Uma Questão de Saúde

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Centro de Ciências Biológicas e da Saúde
Curso de Graduação em Fisioterapia
Saúde, Direitos Humanos e Fisioterapia
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Ana Cristina Soeiro
Belém-PA
2016
Transgêneros e Direitos Humanos:
Uma questão de Saúde
Carolina de Aguiar Costa
Gabriel Paz de Lima
Maria Giovanna Trindade Rocha
Introdução
Maior número de movimentos que perpassam a sexualidade humana. “O termo ‘sexualidade’ nos remete a um universo onde tudo é relativo, pessoal e paradoxal. Ela representa o traço mais íntimo do ser humano e como tal, se manifesta diferentemente em cada um e de acordo com a realidade e experiências vivenciadas pelo mesmo” (FAVERO, 2009).
Confusão entre o assunto
Relação Saúde-Direitos Humanos
Objetivo: Alcançar conhecimento do assunto, correlacionando com o tema central, desmistificando-o e levando para a comunidade acadêmica
Definição de termos: Um leque de possibilidades de compreensão da sexualidade humana (PICAZIO, 1998)
Sexo (Masculino e Feminino)
Gênero (Masculino e Feminino)
Orientação Sexual (Homo, Hétero, Bi e Assexual)
Papel Sexual ou Expressão de Gênero (Maior variação)
Identidade Sexual (Transgêneros)
Cisgênero
Identidade Sexual (DE JESUS, 2012)
Identidade (Transexuais e travestis)
Funcionalidade (Crossdressers, transformistas: drag queens e drag kings)
Mulher transexual reivindica reconhecimento como mulher
Homem transexual reivindica reconhecimento como homem
Transfobia
Processo Transexualizador 
Cirurgia de Redesignação Sexual – CRS – (Equipe Multiprofissional)
Tratamento hormonal
 Laerte
Thammy Miranda Chargista Brasileiro Laverne Fox 
 Orange Is The New Black
 ANTES DEPOIS
 Antes Depois 
Evolução da configuração histórico-social: Um apanhado geral sobre o tema
A variedade de sexualidade existe desde a criação de tribos e grupos sociais.
Envolvimento da psicologia na sexualidade: Por volta do século XIX e XX (FOUCAULT, 1999). – Sigmund Freud e Alfred Kinsey
Primeiro momento: diferentes sexualidades “enxergadas” como doenças mentais, com métodos para curas.
Segundo arquivos históricos:
Primeira mulher a ser submetida a CRS: Lili Elbe (1882-1931) – A Garota Dinamarquesa (2015)
Discussão com enfoque recente (OMS retirou a homossexualidade da lista de doenças mentais apenas em 1991.)
Hereditariedade ou meio ambiente: Até que ponto essa discussão supera o preconceito?
Infância de crianças transgêneros: marcada por situações de conflito e discriminação. 
Crianças transgêneros “aparentes” e “não aparentes”
Abordagem clínica como intervenção para ajudá-los a aceitar o sexo “implícito”
Tratamentos hormonais 
A inclusão social dos Transgêneros por meio de aparatos legais: Direitos Humanos em foco
Conjuntura histórica
Mudanças nos termos psicológicos e direitos civis
Homossexualidade masculina 
Movimentos da população LGBTT
(ARGENTIERI, 2009)
BRASIL
Decreto nº 7.288
 CNCD/LGBT
 
 
 SDH/PR
CNCD/LGBT: Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais.
SDH/PR: Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República
BRASIL
“Brasil sem Homofobia”: Programa de Combate à Violência e à Discriminação contra GLTB (Gays, Lésbicas, Transgêneros e Bissexuais) e Promoção da Cidadania de Homossexuais
“O Governo Federal, ao tomar a iniciativa de elaborar o Programa, reconhece a trajetória de milhares de brasileiros e brasileiras que desde os anos 80 vêm se dedicando à luta pela garantia dos direitos humanos de homossexuais”. (SANTOS et al, 2015)
BRASIL
Decreto de 4 de junho de 2010
 17 de maio 
Dia Nacional de Combate à Homofobia
(BRASIL, 2010)
Direitos sexuais Direitos Humanos
possibilidade do livre exercício responsável da sexualidade
Bases para a regulação jurídica que supera as abordagens repressivas que caracterizavam as intervenções nesses domínios
(RAUPP, 2006)
BRASIL
Decreto 8.767
Nome social 
Nos órgãos do Poder Público Federal como ministérios, autarquias, empresas estatais, instituições de ensino e no Sistema Único de Saúde (SUS)
"É um reconhecimento, é tirar da invisibilidade, é uma forma de enfrentar a violência e a exclusão dessas pessoas às políticas públicas. (…) uma pessoa que nasceu João e hoje é Maria, quando ela for ser atendida pelo SUS, será chamada de Maria porque no seu crachá tem o seu nome social Maria, e não João” (SOTTILI, 2016)
Universidade Estadual do Pará (UEPA) 
Resolução Nº 2887/15-CONSUN, 16 de Setembro de 2015
 Nome social 
Estudantes
Docentes
Servidores 
técnico-administrativos
“Da mesma forma que uma vida para a qual não existem categorias de reconhecimento não é uma vida vivível, então uma vida para os quais essas categorias constitui restrição inabitável não é uma opção aceitável”. (BUTLER, 2004)
(FERREIRA, 2012)
Willa (Vídeo)
WILLA
Subsídios e suporte do Sistema de Saúde Brasileiro (SUS): colocando em cena o tema dos direitos humanos
Pressão exercida por movimentos sociais
Gradualmente vem obtendo apoio de gestores governamentais
Essas políticas partem do conceito ampliado de saúde da OMS: “A proteção do direito à livre orientação sexual e identidade de gênero não é apenas uma questão de segurança pública, mas envolve também, de maneira significativa, questões pertinentes à saúde mental e a atenção a outras vulnerabilidades atinentes a esses segmentos” (BRASIL, 2008). 
Equidade, Integralidade e Universalidade (...) - Princípios do SUS –.
Ausência de um ambiente de acolhimento adequado dos estabelecimentos do setor Saúde
Desafio: construção de políticas de atenção integral à saúde
Campanhas do Governo Federal
Implicações para a fisioterapia e equipe multidisciplinar: Componentes de atenção à saúde
Dados Brasileiros:
Dois em cada três entrevistados (67%) já sofreram algum tipo de discriminação motivada pela identidade sexual ou pelo gênero, proporção que alcançou 85% em travestis e transexuais. 
Os dados desse documento também apontam que 14,5% dos participantes do estudo feito na Parada Gay de São Paulo relataram já terem sofrido algum tipo de preconceito nos serviços da rede de saúde. (Brasil,2008)
Em 2015, haviam apenas cinco centros credenciados para cirurgias de transgenitalização e eles são insuficientes para atender a demanda dessa população. (SILVA, 2015)
A articulação dos trabalhos especializados não é problematizada. Os profissionais realizam intervenções próprias de suas respectivas áreas, mas também executam ações comuns, nas quais estão integrados saberes provenientes de distintos campos como: 
 (PEDUZZI, 2001). 
Recepção
Acolhimento
Grupos
Educativos
Grupos
Operativos
Uma das atuações do fisioterapeuta é o restabelecimento da saúde do transexual em decorrência da mastectomia (retirada das mamas).
O Fisioterapeuta deve atuar “sempre tendo em vista a qualidade de vida, sem discriminação de qualquer forma ou pretexto, segundo os princípios do sistema de saúde vigente no Brasil” (COFFITO, 2013).
Mensagem Final:
“Toda mudança em favor da justiça e da igualdade começa quando entendemos melhor quem são as outras pessoas, e o que elas vivem, superando mitos e medos. Sem respeito à identidade de cada um(a), não garantimos a cidadania das pessoas e, silenciosamente, calamos sonhos, esperanças, aumentamos os desafios que as pessoas têm de enfrentar na vida. Cada ser humano tem múltiplas formas de vivenciar sua identidade, e isso não muda para as pessoas
transgênero: não são todas iguais. A identidade de gênero não esgota a subjetividade de uma pessoa, nem sua subjetividade se restringe ao fato de ser transexual.”
(DE JESUS, 2012). 
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Transgêneros e Direitos Humanos:
Uma questão de Saúde
Carolina de Aguiar Costa
Gabriel Paz de Lima
Maria Giovanna Trindade Rocha

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