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Estrutura e Função de Nucleotídeos e Ácidos Nucléicos 1-Estrutura dos nucleotídeos Moléculas que participam de uma grande variedade de processos bioquímicos nas células. BASE AÇÚCAR FOSFATO NUCLEOTÍDEO Derivados das estruturas heterocíclicas Purina Pirimidina BASE ESTRUTURAS PLANARES As bases nitrogenadas púricas As bases nitrogenadas pirimídicas AÇÚCAR PENTOSE BASE DESOXIRIBONUCLEOSÍDEO BASE RIBONUCLEOSÍDEO NUCLEOSÍDEO União entre base nitrogenada e açúcar: através de ligação N--glicosídica BASE AÇÚCAR ponto ligação: no açúcar - C1 nas pirimidinas - N1 e nas purinas - N9. BASE NUCLEOSÍDEO NUCLEOTÍDEO Adenilato Citidilato desoxiadenosina desoxiadenilato desoxicitidina desoxicitidilato Ligação tipo éster (baixo potencial de transferência de grupo – 14 kJ/mol) Ligações anidrido (alto potencial de transferência de grupo – 30 kJ/mol) A hidrólise das ligações fosfato produz energia química para direcionar reações celulares. O grupo fosfato pode estar ligado em posições diversas do carbono C5’ da pentose 2 - Funções dos nucleotídeos Transportadores de energia: ATP e GTP. Moléculas de sinalização cellular (mensageiros químicos): cAMP, cGMP. Componentes de coenzimas/cofatores enzimáticos: NAD, FAD e CoA. Precursores dos ácidos nucléicos. Nucleotídeos livres Transportadores de energia Nucleotídeo mais conhecido: trifosfato de adenosina – ATP Carreador ou transmissor de energia Difunde-se pela célula, fornecendo energia para as tarefas celulares, como reações biossintéticas, transporte iônico e movimento celular A energia é disponibilizada pela transferência de 1 (ou 2) dos grupos fosfato a outra molécula Derivados da guanosina –GTP Derivados da citosina – CTP Derivados da uracil – UTP Cumprem funções fisiológicas específicas em diferentes tecidos (GTP; CTP; UTP). Mensageiros químicos São produzidos no interior das células em resposta a sinais extracelulares (hormônios e sinais químicos) – conduzem a mudanças adaptativas no interior da célula. Tem papel regulatório. Derivados de nucleotídeos Flavina-adenina-dinucleotídeo – FAD/FMN Nicotinamida-adenina-dinucleotídeo – NAD Nicotinamida-adenina-dinucleotídeo-fosfato – NADP Coenzima A Cofatores/coenzimas Moléculas envolvidas em processos de recuperação e transferência de energia, de grupos ou de elétrons. Incluem a adenosina como parte da estrutura. FAD/FMN Contém uma adenosina ligada à riboflavina (vit. B2) por meio de dois grupos fosfato. Participam de reações de transferência de elétrons (oxidação- redução). NAD/NADP Participam de reações de oxidação-redução. A adenosina está ligada por meio de dois grupos fosfato a uma ribose e a Nicotinamida (derivada da vitamina niacina). NADP - Um terceiro grupo fosfato está ligado à ribose da adenosina na posição 2’. PO3 2- Coenzima A (CoA) Tem função central no metabolismo – transferência de grupos acil. É derivada do ácido pantotênico – vitamina B3. 3 - Estrutura dos ácidos nucléicos ADN (DNA) (Ácido desoxirribonucléico) ARN (RNA) (Ácido ribonucléico). Coordenar a síntese protéica Manter e transmitir informação genética FUNÇÕES Polímeros formados por monômeros de nucleotídeos Cada monômero de ácido nucléico é um nucleotídeo formado por: 2-desoxirribose DNA Ribose RNA AÇÚCAR DNA RNA Adenina Guanina Citosina Timina Uracila BASES NITROGENADAS Oligo e Polinucleotídeos - A formação do polímero de DNA ou RNA se dá pela união entre as posições 3’ e 5’ de unidades de ribose/desoxirribose vizinhas e o grupo fosfato. Ligações fosfodiésteres As bases da estrutura do polinucleotídeo são sempre escritas na seqüência da extremidade 5’ para 3’. 5’ TAG 3’ Ligação fosfodiéster 3’ – 5’ Espinha dorsal Grupos laterais Chargaff e colegas (final da década de 40) As 4 bases nucleotídicas do DNA ocorrem em proporções variáveis nos diferentes organismos e que as quantidades de certas bases estão aproximadamente relacionadas. DNA Isolamento e caracterização em 1868 (Friedrich Miescher); Até 1940 não existiam evidências de que fosse o material genético; Elucidação da estrutura???? Regras de Chargaff [ ] adenina igual a [ ] de timina (A=T) [ ] guanina igual a [ ] de citosina (G=C) Juntamente com estudos de difração de raios X (Franklin e Wilkins – início da década de 50) foram a base para o estabelecimento da estrutura tridimensional do DNA. A soma dos resíduos de purina é igual a soma dos resíduos de pirimidina DNA - A dupla hélice A estrutura do DNA foi determinada por James Watson e Francis Crick em 1953 – marco do surgimento da biologia molecular moderna Modelo tridimensional: Duas cadeias de DNA helicoidal enroladas em torno do mesmo eixo formando uma dupla fita Características do modelo de DNA de Watson e Crick 1. Duas cadeias circundam um eixo comum formando a dupla hélice 2. As duas fitas de DNA são antiparalelas (polaridades opostas) – arranjo mais estável. 5’ 5’ 3’ 3’ Características principais do modelo de DNA de Watson e Crick 3. Pares de bases: centro da hélice e perpendiulares ao eixo longitudinal; Cadeias de açúcar e fosfato: periferia (minimizando a repulsão entre os grupos fosfato com carga negativa). A superfície forma dois sulcos de largura desigual – a fenda maior e a fenda menor. Fenda maior Fenda menor Características principais do modelo de DNA de Watson e Crick 4. Cada base está ligada a uma base da fita oposta por meio de pontes de hidrogênio, formando um par de bases planar - pareamento de fitas complementares – associação específica das duas cadeias da fita dupla. A guanina realiza três ligações de hidrogênio com citosina, e a timina realiza duas ligações de hidrogênio com adenina. Complementaridade das bases C – G A – T A – U (RNA) Além das pontes de hidrogênio entre as bases complementares na dupla fita a molécula de DNA também é estabilizada através das interações hidrofóbicas de empilhamento de bases. Minimizam o contato das bases com a água Estabilidade da dupla hélice DNA pode assumir diversas conformações menos hidratado e mais compacto; hélice com giro para direita (11 pb por volta) mais hidratado e menos compacto; hélice com giro para direita (mais comum)(10 pb por volta) Forma menos contorcida; hélice com giro para a esquerda DESNATURAÇÃO E RENATURAÇÃO DO DNA Processo no qual a dupla hélice é desfeita.DNA dupla hélice anelamentodesnaturação DNA parcialmente desnaturado Separação das fitas Associação das fitas por pareamento das bases Fitas de DNA separadas Ocorre o rompimento das pontes de hidrogênio entre os pares de bases e de bases empilhadas permitindo a separação das fitas. Pode ser induzido in vitro através de alterações de pH ou de temperatura. DESNATURAÇÃO E RENATURAÇÃO DO DNA SUPERENROLAMENTO DO DNA O DNA pode dobrar-se sobre si mesmo – torções e enrolamentos. DNA eucariótico Associação com proteínas (carga positiva) – histonas (H1, H2A, H2B, H3 E H4) cromatina Nucleossomo – DNA enrolado em torno de um núcleo de histonas O tamanho do DNA varia entre as espécies. Em função disso, o DNA se organiza dentro da célula (enrolamento e compactação) de forma a ocupar o menor volume possível. Organismos procariotos: DNA organizado em um único cromossomo de fita dupla circular associado à proteínas Organismos eucariotos: DNA associadoà proteínas se organiza na forma de cromatina e esta se organiza em cromossomos. RNA Polímero de ribonucleotídeos de fita única e linear. As moléculas de RNA são muito menores que a de DNA. Carrega, interpreta e executa a informação do DNA. Responsável pelo controle sobre a síntese de proteínas. Em relação ao DNA existem diferenças básicas: DNA RNA Pentose 2-desoxirribose Ribose Base nitrogenada Timina Uracila Cadeia Dupla hélice Simples Sequência de bases com polaridade correta (Pareamento intramolecular) Estrutura em forma de grampo de cabelo Fita simples Características de fita dupla O conteúdo das bases complementares não é necessariamente igual!!!! A sequência da molécula de RNA é determinada pela sequência das bases do DNA. A sequência de nucleotídeos no RNA é complementar à fita molde do DNA. Tipos de RNA 3 classes principais com características estruturais e funcionais próprias : RNA mensageiro (RNAm) Cada trinca (três nucleotídeos) no RNAm é denominada códon e corresponde a um aminoácido na proteína que irá se formar. Atua transportando a informação genética do núcleo da célula ao citosol, onde determina a sequência de aminoácidos da proteína. Síntese de RNAm - transcrição RNA mensageiro (RNAm) 7-metilguanosina Início da tradução se dá pelo terminal 5’ arrematado. Diversas bases metiladas na estrutura. Extremidade 3’ – cauda poli A (20 a 250 resíduos de adenosina) RNA mensageiro (RNAm) Extremidade 5’ – 7-metilguanosina Extremidade 3’ – cauda poli A Reconhecimento do RNAm pela maquinaria de tradução. Estabilização da molécula. Proteção contra a ação de exonucleases. Estabilização da molécula. Proteção contra a ação de exonucleases. É a menor molécula dos 3 tipos de RNA. Está ligado de forma específica a cada um dos 20 aminoácidos encontrados nas proteínas (pode haver mais de um RNAt para cada aminoácido). Transporta aminoácidos para que ocorra a síntese de proteínas e atua no posicionamento dos aminoácidos na sequência prevista pelo código genético. RNA transportador/transferência (RNAt) Estrutura primária (sequência dos nucleotídeos) permite alto grau de dobramento e complementaridade intracadeia (pontes de hidrogênio) estrutura secundária semelhante à uma folha de trevo RNA transportador/transferência (RNAt) Hastes/braços – regiões de pareamento (pontes de hidrogênio) Alças – regiões sem pontes de hidrogênio RNA transportador/transferência (RNAt) Aceptora (sequência não pareada) – sequência final CCA – ligação entre o RNAt e o AA. Demais alças (D; TΨC; extra) – haste pareada e voltas não pareadas. Alça anticódon – local de reconhecimento da trinca de nucleotídeos do RNAm (códon). Cada RNAt carrega um aminoácido específico, de acordo com o anticódon que possui. RNA ribossômico (RNAr) Ribossomo - Estrutura protéica citoplasmática que atua como maquinaria para a síntese protéica. No ribossomo as moléculas de RNAm e RNAt interagem para traduzir a informação transcrita do DNA em uma molécula de proteína específica. Subunidade 40S Subunidade 60S RNA ribossômico (rRNA) É encontrado, em associação com várias proteínas diferentes na estrutura dos ribossomos. RNA ribossômico (rRNA) Todas as moléculas de rRNA são processadas a partir de uma única molécula precursora 45S no núcleo da célula exceto o rRNA 5S. As moléculas de rRNA são empacotadas no núcleo com as proteínas ribossomais específicas.
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