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Rafael Ravazolo ravaz olo@hotmail. com Fundamentos de Gestão de Pes soas Bacen ± Fundam entos de Gestão de Pessoas 1. Principais modelos de administração pública: patrimonialista, burocrático, nova gestão pública e papéis do Est ado. 2. O papel da área de recursos humanos. 3. Recrutamento e seleção – formas de recrutamento, perfil do candidato, perfil do posto, técnicas seletivas. 4. Benefí cios, higiene, segurança e qualidade de vida. 5. Planos de carreira. 6. Gestão de desempenho: avaliação de desempenho, feedback, reconhecimento, elementos que favorecem desempenho de equipes. 7. Gestão por competências – mapeamento e avaliação. 8. Gestão de pessoas com foco em resultados. 9. Educação corporativa. 10. Treinamento, Desenvolvimento e Educação: conceitos e importância, operacionalização e rotinas. 11. Benefí cios e serviços. 12. Bancos de dados e sistemas de informações de recursos humanos. 13. Comportamento organizacional - clima e cultura organizacional, comunicação organizacional, liderança, equipes de trabalho. 1 Principais Modelos de Administração Pública 3 1.1 Modelo Patrimoniali sta • Primeiro modelo de administração dos Estados Nacionais modernos. • O Estado era uma extensão do poder do soberano, não havia diferenciação entre os bens do governante ( res principis ) e os bens públicos ( res publica ) . • Característica principal: "confusão" entre o interess e/bem público e o privado. 4 1.1 Mod elo Patrim oni ali sta Conse quênci as: • Nepotismo • Prebendas e sinecuras • Clientelismo • Corrupção • Fisiologismo 5 • Surgiu no século XIX como forma de combater o patrimoni ali smo. • Max Weber: – Profi ss io na liz aç ão ; – Carát er leg al das no rmas ; – Cará ter fo rma l d as c omu ni ca çõ es , d as ro tin as e dos pro ce dimen tos ; – Divi sã o do tra ba lh o e hi er ar qu ia fun ci on al ; – Espe ci al iz aç ão da ad mini st ra çã o; 6 1.2 Model o Burocrático • Max Weber – Impe ss oa lid ad e d o r el ac io na men to; – Compe tên ci a téc ni ca e mér ito ; – Cont ro le ad mini st ra tiv o a pr io ri pa ra , e ntr e o utr os motiv os , co mbate r a c o r r u p ç ã o e o n epo tis mo. – Prev is ib ili da de no fu nc io na men to. 7 1.2 Model o Burocrático • Disf un çõ es do mod el o bu ro cr áti co web er ia no : – Int er na liz aç ão da s no rma s. – Exces so de for malis mo e pap eló rio . – Res is tên ci a a mud an ça s. – Des pe rs on al iz aç ão do re la ci on ame nto . – Categ ori za çã o d o p roc es so dec isó rio - e x c e s s o d e hi er ar qu ia . – Supe rc on for mida de às ro tin as e pr oc ed imen tos - maior impo rtâ nc ia ao modo de faz er do que ao re su lta do . – Exib iç ão de s in ai s de au tor id ad e. – Dificu lda des co m cli ent es . 8 1.2 Model o Burocrático "Nova Gestão Pública“ - New Public Management • Objetivo: modernizar o aparelho do Estado, tornando a administração pública mais eficiente e mais voltada para o cidadão, busc ando maior governança , controle por resultados e accountability. 9 1.3 Model o Gerencial Três fases: • Gerencialismo puro: fazer mais com menos – eficiência • Consumerismo: fazer melhor • Serviço orientado ao cidadão: fazer o que deve ser feito – efetividade e accountability 10 1.3 Mod elo Geren cial 1.3 Model o Gerencial 11 Princípio s: • Reorientação dos mecanismos de controle • Foco na racionalização de recursos • Focalização da ação do Estado no cidadão • Flexibilidade administrativa • Controle social • Valorização do servidor 12 1.3 Model o Gerencial Gestão Burocrática X Gerenci al 13 2 O Papel da Área de R ecursos Humanos 15 2 O Papel da Área de RH Anti ga me nte • Depar tamento de RH : mecanic ista – contrata ções por experiên cia e co nhec imento técnic o; folha de pagamen to; pode r hier ár quic o + sa lário = obed iênc ia dos funcion ár ios e re su ltados. Ava nç os • Busca por novas formas de gestão para melhorar o desempenho e garantir o pleno atendimento das necessidades dos clientes. • O papel das pessoas nas organizações foi revisto: deixaram de ser recursos (ou custos) e assumiram uma posição estratégica. Hoje • Sociedade do conhecimento. • O talento humano e suas capacidades são vistos como fatores competitivos no mercado de trabalho globalizado. • O sucesso das organizações modernas depende do investimento nas pessoas, a partir da identificação, do aproveitamento e do desenvolvimento do capital intelectual. As pe ss oa s sã o v is tas no amb ie nte de tr ab al ho co mo: • Sere s humanos : p e r s o n a l i d a d e p r ó p r i a ; d i f e r e n t e s en tre si ; orig en s e hi st ór ia s par tic ul ar es ; co nh ec imen tos , hab ili da de s e co mpe tên ci as di st in tas . • Agentes at ivos e inte ligente s : p e s s o a s c o m o f o n t e de impu ls o pr óp rio ca pa z de di na miza r a or ga ni za çã o e não co mo ag ent es pa ss ivo s, iner tes e es táti co s. • Parc eir os da organiza çã o : a pa rti r d e u ma r el aç ão g a n h a - g a n h a , a s pe ss oa s são c ap az es de c on du zi r a org ani za çã o a o s uc es so e , po r c ons egu int e, s ere m be ne fic ia da s. 16 2 O Papel da Área de RH Cabe à modern a Gestão de Pessoas, portanto, atuar nesse ambi ente complexo, ajudando a organização a real izar sua missão enq uanto propo rcion a satisfação às pessoas que nela trabalh am. 17 2 O Papel da Área de RH 3 O Macroprocesso de Gestão de Pessoas 3 Macropr ocesso de Gestão de Pessoas • A Gestão de Pessoas consiste na maneira pela qual uma instituição se organiza para gerenciar e orientar o comportamento humano no trabalho. • Define princípios, estratégias, políticas e práticas ou processos de gestão. • Implementa diretrizes e orienta os estilos de atuação dos gestores e das pessoas. 19 • Não há consenso sobre o número de process os que compõem a gestão de pess oas. • Cada autor agrupa as atividades de formas distintas. – Exemplo 1: três processos ± Movimentação, Desenvolvimento, Valorização. – Exemplo 2: seis processos ± A gregar, Aplicar, Recompensar, Desenvolver, Manter , Monitorar . 20 3 Macropr ocesso de Gestão de Pessoas 4 Recrutamento e Seleção • Ativid ade s rela cio nad as ao pr ov iment o de pes so as p a r a a or ga ni za çã o – méto do s uti liz ad os pa ra s e p r e e n c h e r u ma v a g a e m a b e r t o . • Envol ve m pes qui sa de merc ado , de sc riç ão dos ca rg os , en tre vi st as , test es etc . • Esper a - se que , ao fin al do pro ce ss o, a org ani za çã o es tej a aba st ec id a de tal en tos hu man os ne ce ss ár io s ao se u f un ci on ame nto . 22 4 Recr utamen to e Seleç ão • Conjunto de técnicas e procedimentos que visa: – di vu lg ar as op or tun id ad es de emp re go ; – p r o c u r a r / a t r a i r c a n d i d a to s p o t e n c i a l me n t e qu al ifi ca do s e c a p a z e s d e o c u p a r c a r g o s n a or ga ni za çã o. • Pode ser feito de duas formas básicas: – Inte rno – Exte rn o 23 4.1 Recru tamento • Utili za o p es so al da pr óp ria or ga ni za çã o pa ra o p r e e n c h i m e n to d e u ma v a g a ( r e ma n e j a me n t o d e fun ci on ár io s) . 24 4.1.1 Recrutamento interno ( in house) Vantagens • Aproveita melhor o potencial humano da organiz ação. • É mais econômico e mais rápido. • Probabilidade de m elhor seleç ão, pois os c andidatos são bem conheci dos. • Inc entiva o aperfeiç oamento dos empregados. • Facil ita a permanênci a e a fidelidade dos funcionários. Desvantagens • Pode bloquear a entrada de novas ideias, experiênci as e expect ativas. • Se a organizaç ão não oferecer oportunidades de cresc imento no m omento adequado, c orre o ris c o de frustrar os empregados em suas ambições. • Conflit o de int eress es e desc ontentamento dos preteridos. • Utiliz a cand ida tos de for a d a e mpre sa . 25 4.1.2 Recrutamento externo ( outsourcing ) Vant age ns • Agreg a novas experi ênc ia s e con hec imentos à org ani za çã o. • Reno va a eq ui pe de trab al ho. • Fac il ita a muda nç a d o status quo . • Aumenta o c api tal in tel ec tua l. Des vantag ens • É, ger al mente, mais demora do que o recru tamento inte rno. • É mais c aro – des pes as co m anú nc io s, jo rna is , empres as de rec ruta mento. • Em prin cí pi o, é meno s se gur o do que o rec ruta mento inte rno . • Redu z a fid el id ade e a motivaçã o inte rna ao ofe rec er opo rtun id ade s a es tran hos . 4.1.3 Fontes de recrutamen to Meios mais utilizados para encontrar candidatos e atraí - los para a seleção. • Cadastro de candidatos (internos ou externos) da própria empresa; • Universidades, escolas, cursos t écnicos e profissionaliz antes; • Anúncios em j ornais e revistas especializa das; • Agências de emprego, de outplacement , ou headhunters (caça - talentos) ; • Entidades de classe – sindicatos, associações, conselhos etc. • Recomendações ( networking) ; • Sites especializ ad os. 26 4.2 Seleçã o • É um processo de decisão: escolha da pesso a certa para o cargo certo . • Objetivo básico: escolher o(s) candidato(s) mais adequado(s) às necessidades da organização dentre os recrutados. • Uso de diversos instrumentos de análi se, avali ação e comparação de dados – características do cargo X perfil do recrutado. 27 • Colocação: um candidato para uma vaga. • Seleção: vários candidatos para uma vaga. 28 4.2 Seleçã o • Classif ica ção : v ários c andidatos para vár ias vagas . Três mode los bás ico s de s ele çã o • Cargo : co nj un to de fu nç õe s – tar efa s, atr ib ui çõ es , re la ci on ame nto s – co m uma po si çã o d efi ni da na es tru tur a or ga ni za ci on al . 29 4.2.1 Cara cterísticas do cargo • O mapeamento do tr abalho produz subsídios para outr os subprocessos de RH. Forma s de s e d efi ni r a s car ac ter ís tic as de um ca rg o: 30 4.2.1 Cara cterísticas do cargo Requi siç ão de p e s s o a l doc umento da c hef ia s olic it ando c ont ratação e inf ormando os requis it os do c argo. Análi se no me rcado pes quis a de merc ado – c arac t eríst icas es s enc iais do c argo. Hipóte se de traba lho es t imat iva/ s imulação do c ont eúdo do c argo e s uas c arac t eríst icas es s enc iais . Descrição do cargo o que, quando, c omo, onde e por que o f unc ionário f az . Relaç ão t aref as/ deveres do c argo. Análise do cargo requis it os nec es s ários ao oc upante. T é c n i c a d o s inc ide ntes crític os anotaç ões dos s upervis ores s obre f at os e c omport amentos das equipes – c arac t erís ticas des ejáveis e indes ejáveis . 4.2.1.1 Modelo Clássico de Desenho de Carg os 31 O homem é simples apêndice da máquina, um mero recurso produtivo. O tr abalho é dividido e fr agmentado em part es fr acionadas, para que cada pessoa f aça apenas subtarefa simples e repetitiva. Presunção de estabilidade e de permanência: é definitiva e feita para durar sempre. Ênfase na eficiência das pessoas: o tr abalho é m edido por meio de estudos de tempos e movimentos. 4.2.1.2 Model o Contin genci al de Desen ho de Cargos 32 • Adeq ua çã o de tr ês va riá ve is DESENHO DO C ARGO PESSO AS TAREFAS ESTRU TU R A • Dinâmico – baseado na mudança e revisão do cargo, delegando tal responsabili da de ao gestor e à equipe de tr abalho. • Mut ável ± em decorrência do desenvolvime nto pessoal do ocupante e do desenvolvimento tecnológico da tar efa. Cinco dimensões essenciais que todo cargo deve possuir: • Variedade – habilidad es e conhecimentos exigidos, tornando o cargo menos repetitivo/monótono. • Autonomi a – grau de independê nc ia e critério pessoal que o ocupante t em para planej ar e executar o t rabalho. • Signifi cado das t arefas – reconhecimento que o cargo provoca nas pessoas. • Identi dade com a tarefa – ocorre à medida que a pessoa executa um tr abalho abrangente, que lhe dá uma noção da totalidade e do objetivo a alcançar. • Retr oação ( feedback) – inform ação de retor no sobre a realização das atividades, permitindo que a pessoa perceba e melhore seu desempenho. 33 4.2.1.2 Model o Contin genci al de Desen ho de Carg os 34 4.2.2 Perfil do Cand idato Perfil pe rfil psicoló gico compe tên cias ge rais compe tên cias esp ecíf icas po ten cial de de sempe nh o Cand idato Model o Aptidões para tarefas : fala, esc rita, cálculos, força etc. Interdependência com outras tarefas: organizaç ão, concentração, coordenação etc . Interdependênci a com outras pess oas: relação interpess oal, inici ativa, liderança, subordinação, comunicaç ão etc . Servem para traçar o perfil do candi dato avaliad o. – Entrevistas – Provas de conhecimentos/capacidade – Testes psicométricos – Testes de personalidade – Técnicas de simulação 35 4.2.3 Técnicas de seleção Procedi mento básico : • Entrevistador – tomador de decisões - faz perguntas e toma atitudes de forma a aplicar determinados estímulos - verbais, visuais etc. - para verificar as reações - verbais, gestuais etc. - do candidato e , com isso, estabelecer as possív eis relações de causa e efeito, ou verificar seu comportamento diante de determinadas situações. 36 4.2.3.1 Entrevistas Vantagens: • Cont ato fac e a fac e c om o c an di da to. • Inte raç ão dir eta . • Permit e a va lia r c omo o ca nd id ato s e c omp or ta e ve r su as rea çõ es . Desvantagens: • Alta su bj eti vi da de e for te marg em de er ro . • Dific ul da de de c omp ar ar vá rio s ca nd id ato s ent re s i. • Exig ên ci a de um en tre vi st ad or muit o be m tre in ad o. 37 4.2.3.1 Entrevistas 1. Totalmente padronizada : estruturada, com roteiro preestabelecido e respostas definidas e fechadas. 2. Padronizada apenas nas perguntas : as perguntas são previamente elaboradas, mas são permitidas respostas abertas – livres. 3. Diretiva : determina o tipo de resposta desejada, mas não especifica as questões. 4. Não diretiva : totalmente livre. 38 4.2.3.1 Tipos de Entrevista Medem o grau de conhecimento profissional e técnico dos candidatos em relação a certas tarefas. Divididas quanto à: • Mane ira co mo sã o a pli ca das : orais , es cr ita s, ou de re al iz aç ão . • Área de c on he ci men tos ab ra ng id os : g er ai s ou es pe cí fic as . • Forma de el ab or aç ão : tr ad ic io na is , o bj eti va s, ou mista s. 39 4.2.3.2 Provas de Conh ecimen to ou Capa cidad e Medem as aptidões individuais, determinando um índice que é comparado a escalas ponderadas. • Aptidão é: – a pr ed is po si çã o e m ap re nd er ou de se nv ol ve r alg o. – uma ha bi lid ad e em es tad o late nte , q ue po de s er d e s e n v o l v i d a o u n ã o p o r m e i o d o e x e r c í c i o o u d a pr áti ca . 40 4.2.3.3 Testes Psicométricos Devem ter duas características: • Validade – é valido quando é capaz de prognosticar o desempenho futuro da pessoa no cargo. • Precisão – é preciso quando aplicado várias vezes em uma mesma pess oa, e não apresenta distorções consideráveis em seus resultados. 41 4.2.3.3 Testes Psicométrico s • Matrizes Progressivas de Raven : • Teoria multifatorial de Thurstone : – V: Compr ee ns ão Verb al , W: Fluê nc ia de Pala vr as , N: Numér ic o, S: Rela çõ es Esp ac ia is , M: Memór ia Assoc iat iva , P: Rapide z Perce ptu al, R: Raci oc íni o – G – Int el ig ên ci a Ge ra l – q u e é a un iã o d e t od os . 42 4.2.3.3 Testes Psicométrico s • Analisam os diversos traços de personalidade, aspectos motivacionais, interess es, estados temperamentais, distúrbios, conflitos etc. • Não permitem inferências precisas sobre o sucess o profissional. • Genér ico s – rev ela m tra ço s gera is de p e r s o n a l i d a d e . • Espe cí fic os – pe sq ui sa m de ter mina do s tra ço s ou as pe ct os da pe rs on al id ad e. 43 4.2.3.4 Testes de Personal idad e Criam situações para os candidatos interagirem e participarem ativamente. Exemplos: • Prov as si tua ci on ai s : simul am tar efa s do ca rg o. • Dinâ mica s de gr up o : j og os e ati vi da de s de in ter aç ão . • Psic od ra ma : e xp re ss ão da pe rs on al id ad e a pa rti r da re pr es en taç ão de um pa pe l. O ca nd id ato fi ca liv re par a expr es sa r s eus se nti mento s, va lor es e emoç ões . 44 4.2.3.5 Técnicas de Simul ação 5 BENEFÍCIOS, HIGIENE, SEGURANÇA E QUALIDADE DE VIDA • Recompensas ou vantagens que as organizações dão aos funcionários, seja por obrigação, seja para mantê - los no emprego, seja para gerar satisfação, seja como reforço positivo por bons desempenhos. • Classificação quanto: à exigência legal, à natureza e aos objetivos. 46 5.1 Benefícios • Quanto à exigibilidade legal: legais e espontâneos. • Quanto à natureza : monetários e não monetários. • Quanto aos objetivos : assistenciais, recreativos e supletivos. 47 5.1 Benefícios • Pacotes fechados X pacotes flexíveis • Etapas: 1 . Esta be le ce r obj eti vo s e es tra tég ia s 2 . Envo lv er pr in ci pa is stakeholders 3 . Comun ic ar os be ne fíc io s 4 . Mon ito ra r o s cu st os 48 5.1.4 Plano s de Benefícios 5.2 Saúde e QVT Organização Mundial da Saúde (OMS): • Saúde é o estado de bem estar físico, mental e social, e não meramente a ausência de doenças ou enfermidades. • Qualidade de vida é a percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e do sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. 49 50 5.2.1 Higi ene Condições ambientais de trabalho que assegurem a saúde física e mental das pess oas: 1 . Ambie nte fís ico : ilu minaç ão, ve nti laç ão, temp er atu ra , r uíd os . 2 . Ambien te ps ic ol óg ic o : r el ac io na men to hu man o a g r a d á v e l , a t i v i d a d e mo t i v a d o r a , g e r ê n c i a de moc rá tic a, eli mina çã o de fo nte s de es tre ss e. 3 . Prin cí pi os de er go no mia : máq ui na s, equ ipa mento s e fer rame nta s ade qua dos , mes as e in st al aç õe s comp atí ve is c om o ta man ho da s p e s s o a s . 4 . Saúde oc upa cio nal 50 • O trabalho interfere fortemente na saúde e na qualidade de vida do homem. • Lutas travadas por direitos trabalhistas ligadas a demandas dos trabalhador es por um ambiente de trabalho saudável. • Há diversas doenças ligadas à atividade produtiva. 51 5.2.2 Saúde e segura nça no trabalh o 1 – Dimensão corporal e movimentos – Quan do lo ca is , esp aç os e in st ru men tos nã o sã o a d e q u a d o s , n ã o r e s p e it a m a s n e c e s s i d a d e s fí s i c a s do tra ba lh ad or , ou ex ig em f or ça ou mov imen tos re pe tit iv os = ri sc os er go nô mico s – Prin ci pa is do en ça s: di st úr bi os ps ic ol óg ic os e fis io ló gi co s qu e co mpr ome tem a pr od uti vi da de , a s a ú d e e a s e g u r a n ç a . Ex : L ER/ DORT - Les ão por Esfo rç os Repe tid os / Doe nç as Oste omu sc ul ar es Rela ci on ad as ao Tra ba lh o 52 5.2.3 Fatores que geram dan os à saúde 2 – Químicos, físicos e biológicos – Cont ato co m su bs tân ci as qu ímic as pr ej ud ic ia is s em a de vi da pr ote çã o, ex po si çã o a ru ído s muit o a lto s, temp er atu ra s ex tre mas , vibr aç ão , r ad ia çã o, fun go s, ba ct ér ia s e ví ru s. – Prin ci pa is do en ça s: de rma tos es oc up ac io na is , in tox ic aç ão , as ma o cu pa ci on al , Perd a Au di tiv a Ind uz ida por Ruído (PAIR). – OBS: empre sa s de ve m fo rn ec er EPIs 53 5.2.3 Fatores que geram dan os à saúde 3 – Mecânicos – Máq ui na s, fe rr ame nta s e eq ui pa men tos qu e nã o ofe re ce m co nd iç õe s de man us ei o ou de s eg ur an ça a d e q u a d a - alg umas ve ze s sem a dev ida man ute nç ão . – Prin ci pa is do en ça s: LER/DORT e ac id en tes de tra bal ho. 54 5.2.3 Fatores que geram dan os à saúde 4 – Planejamento e execução de tarefas – Pres sã o muito gr an de da c he fia , ritmo de tr ab al ho ac el er ad o, ex ig ên ci as ir re ai s de pr od uti vi da de , jo rn ad a d e t ra ba lh o l on ga , tr ab al ho s no tur no s, pr oi bi çã o d e i r ao ba nh ei ro , fal ta de in ter va lo s pa ra d e s c a n s o , p r e j u í z o d a s r e l a ç õ e s e n tr e c o l e g a s d e tra ba lh o, ca pa ci taç ão in ad eq ua da , etc . – Prin ci pa is do en ça s: di st úr bi os ps íqu ic os e c o n s e q u e n t e s so mati za çõ es . 55 5.2.3 Fatores que geram dan os à saúde • Não é apenas saúde!! • Visa aproveitar as habilidades mais exímias dos funcionários, busc ando um ajustamento entre tecnologia, tarefas e empregados e proporcionando aos mesmos um ambiente mais agradável, humanizado e saudável para o desenvolvimento de suas atividades laborais. • Visa desenvolver um ambiente de trabalho que seja tão bom para as pessoas quanto para saúde econômica da organização. 56 5.3 QVT Diversos autores criaram seus próprios modelos de indicadores que buscam demonstrar os fatores que afetam a qualidade de vida no trabalho. 57 5.4 Modelo s de QVT A QVT está fundamentada em quatro aspectos: – Parti ci pa çã o dos fu nc io ná rio s na s dec is õe s. – Rees tru tur aç ão do tr ab al ho at ra vé s do enr iqu ec iment o das tar efa s e de gru pos au tôn omos de tra ba lh o. – Ino va çã o no si st ema de re co mpe ns as pa ra in flu en ci ar o cli ma o rg an iz ac io na l. – Melh or ia no amb ie nte de tr ab al ho qu an to às co ndi çõ es fís ica s e ps ico lóg ica s, hor ári o d e tr aba lho etc . 58 5.4.1 Nadl er e Lawl er 59 59 5.4.3 Walton 6 PLANOS DE CARREIRA 61 • Carreira é a sequência de posições ocupadas e de trabalhos realizados durante a vida de uma pessoa. • Para o i nd iv ídu o: ex pe riê nc ia s pr ofi ss io na is . • Para a or ga ni za çã o: po lít ic as , pro ce di men tos e dec isõ es lig ada s a ca rgo s, funç ões , nívei s or ga ni za ci on ai s e mov imen to de pe ss oa s. • Plano de carreira : integração das experiências profissionais de uma pessoa com as políticas da organização, visando atender aos objetivos e interesses de ambas as partes. 6 Planos de Carreira 62 • Permit ir a vi su al iz aç ão da s op or tun id ad es de cr es ci men to ex is ten tes na or ga ni za çã o; • Faci lit ar a toma da de de ci sõ es do s ge st or es e d a s p e s s o a s ; • Prop or ci on ar o de se nv ol vi men to pe ss oa l e pro fis sio nal das pe ss oas e da org ani za çã o; • Func io na r c omo al ic er ce pa ra as de mais ati vi da de s da ge st ão de pe ss oa s - Rec ru tame nto , Sele çã o, Trei name nto , Dese nv olv iment o etc . • Asse gu ra r o d in amis mo e a tra ns pa rê nc ia pa ra qu em e st á seg ui nd o as ex ig ên ci as de um da do pl an o de car rei ra. 6.1 Finalid ades de um plano de carreira 63 Projeto profissional : • Faze r dia gn ós tic o/a uto av al ia çã o; • Estab ele ce r obje tiv os e tra ça r p lan os ; • Impl eme nta r o pla no e ca pa ci tar - se pa ra co mpe tir. Ausência de projeto : • Des co nfo rto pr ofi ss io na l: de smo tiv aç ão , de si nte re ss e e in sa tis faç ão co m a pr óp ria ca rr ei ra ; • Visã o limitad a das alt ern ati va s; • Armad ilh as pr ofi ss io na is : o pç ão po r f un çõ es nã o a d e q u a d a s ( f o r ç a s x f r a q u e z a s ) . 6.2 Papel da pessoa 64 Facilitar o planejamento das carreiras por meio de um sistema composto por diretrizes, estruturas e instrumentos de gestão. • Dire tri ze s : prin cí pi os , comp ro miss os en tre a emp re sa e as pe ss oa s. • Estru tur a : def ine po siç ões e for mas de ac es so . • Ins tru men tos de ge st ão : gar an tem o f lu xo de in for maç õe s en tre pe ss oa s e emp re sa – av al ia çõ es , ac on se lh ame nto s pr ofi ss io na is , feed ba ck s, pr og ra mas de de se nv ol vi men to, di vu lg aç ão da s opo rtu ni da de s e da s dema nd as po r p es so al . 6.3 Papel da organização 65 • Identificação de perfis necess ários; • Retenção de talentos; • Diminuição da rotatividade ( turnover) ; • Movimentação de pess oal eficaz e eficiente. Perigo: rigor nos critérios veta ascensões e movimentações, gerando desmotivação, demissões. 6.3.1 Vantagens de planos de carreira 66 Existem três formatos principais de carreira: • Em linha; • Em rede; • Paralela – totalmente paralela e em Y. 6.3.2 Estruturas de carreira 67 6.3.2.1 Em Linha Di retor Gerente 1 Peão 1 Peão 2 Gerente 2 Peão 3 Peão 4 Gerente 3 Peão 5 Peão 6 • Sequ ên ci a d e p os iç õe s ali nh ad a em uma ún ic a di re çã o. • Não h á a lte rna tiv as par a as pes so as . • Posi çõ es ge re nc ia is em n úme ro men or tor na m - s e ini bid ore s d o d es env olv iment o p rof iss ion al. • Várias poss ibilidades para cada posição. • Propiciam o crescimento do profissional pelo conhecimento em áreas diferentes. • Há integração entre as diversas áreas. 68 6.3.2.2 Em Rede • Permite às pess oas orientar suas trajetórias profissionais em duas direções: uma de natureza profissional (especialista, técnica) e outra de natureza gerencial. • Procura valorizar o trabalho do especialista e satisfazer às necess idades individuais dos profissionais. • Permite remuneração igual a cada grau, tanto pela ascensão gerencial, como pela linha de especialização técnica. 69 6.3.2.3 Parale las • Também chamada Por linha de Especialização. • Permite ao funcionário um plano de desenvolvimento em sua área de atuação. 70 6.3.2.3 Totalmente Parale las Gerente Mark eting Co or dena dor Mark eting Analista Marke ting Auxiliar Mark eting Gerente Produç ão Co or dena dor Produç ão Analista Produç ão Auxiliar Produç ão Gerente Finanç as Co or dena dor Finanç as Analista Finanças Auxiliar Finanç as • Os níveis iniciais são básicos, e , a partir de certo patamar, o profissional pode optar por seguir cargos gerenciais ou técnicos. 71 6.3.2.3 Parale la em Y Di retor Gerente Anal i s ta II Anal i s ta I Auxil i ar As s i s tente Peão Di retor Tec nol ogi a Gerente Tec nol ogi a Anal i s ta II Tec nol ogi a Anal i s ta I Tecnol ogia 7 GESTÃO DE DESEMPENHO • Visa diagnosticar e analisar o desempenho individual e grupal dos funcionários, com o objetivo final de melhorar o próprio desempenho das pess oas e da organização. • Possibilita identificar problemas de: supervisão, gerência, integração, adequação aos cargos, falta de conhecimentos etc. • Serve de base para outros subsistemas de RH: capacitação, benefícios, carreira, promoções, punições etc. 73 7 Gestão de Desemp enho Quatro tipos de dados: – de pr od uç ão : i nfo rma çõ es ob je tiv as so br e v en da s, un id ad es pr od uz id as , l uc ro etc . – pes so ais : rot ati vid ade , ab se nte ísmo, rec lamaç ões , el og io s etc . – su bj eti vo s: pe rg un tas qu al ita tiv as re fer en tes ao co mpo rta men to, at itu de , inic ia tiv a, lid er an ça . – ad mini st ra çã o p or ob je tiv os : se o fun ci on ár io ati ng iu as metas e obj eti vo s t raç ado s dire tamen te co m se u su pe rio r. 74 7 Gestão de Desemp enho • Auto av al ia çã o • Supe rio r • Ind iv ídu o e ge rê nc ia • Equi pe de tr ab al ho • Para ci ma • Comis sã o • RH • Aval ia çã o 180 ° • Aval ia çã o 360 ° 75 7.1 Tipos de Avali ação • Os chefes são solicitados a dar um parecer sobre o desempenho de seus subordinados. • É rápido e favorece a livre expressão. • São subjetivos e , geralmente, incompletos, tornando difícil compilar os dados e gerar resultados mensuráveis. 76 7.2 Métodos tradicio nais de avali ação 7.2.1 Rel atórios 77 7.2.2 Escalas Gráficas 78 7.2.3 Escolha forçada AVALIA ÇÃO DE DE SE MP ENHO Funci onário ________ ________ ________ ________ ________ ________ ________ ____ Cargo ___________ ________ ________ ________ ____ Seç ão ________ ________ ____ Abai xo v ocê encontrará fras es de desempenho combi nadas em bloc os de quatro. Anote um "x" na c ol una ao l ado, s ob o s i nal "+"para i ndi c ar a frase que me l hor defi ne o des empen ho do empregado e também o s i nal " - "para a frase que menos defi ne s eu des empen ho. Não dei xe nenhum bl oc o s em preenc her duas v ez es . N o + - N o + - Faz apenas o que ma ndam 0 1 Tem m edo de pedi r ajuda 2 1 Comportamen to i rrepreens ív el 0 2 Mantém s eu arqui v o s empre em ordem 2 2 Ac ei ta c rític as c ons trutiv as 0 3 J á aprese ntou queda de produç ão 2 3 Não produz quando es tá s ob press ão 0 4 É di nâmi c o 2 4 Expres s a - s e c om di fi c ul dade 11 É c riteri os o ao tomar dec i s ões 3 1 Conhec e s eu trabal ho 1 2 Prec i s a s er c hamad o à atenç ão regularmen te 3 2 É c ui dados o c om as i ns tal aç ões da empres a 1 3 É rápido 3 3 Agua rda sem pre por uma recom pens a 1 4 É um pouc o hos ti l por naturez a 3 4 • Um especialista em avaliação (interno ou externo) faz entrevistas padronizadas com a gerência imediata dos avaliados. • Procura - se obter o máximo de informações sobre o desempenho do empregado avaliado. • Levanta - se as causas/motivos. • Propõe - se medidas corretivas e acompanha - se a execução. É o método mais completo, porém é caro e lento. 79 7.2.4 Pesquisa de Camp o • Baseado no registro dos comportamentos extremos (críticos), sejam bons ou ruins. • Três fases: I. Obse rv aç ão s is temá tic a, pe lo s up er vi so r i med ia to, do co mpo rta men to fun ci on al do av al ia do . II. Regi st ro do s fato s exc ep ci on ai s no de se mpe nh o do fun ci on ár io . III. Pesqu isa de ati tud es e do co mpor tamen to do fun ci on ár io an al is ad o. 80 7.2.5 Incidentes Críticos • É uma simplificação da escala gráfica. • É feita uma listagem de fatores a serem avaliados, aos quais o superior atribui uma nota. 81 7.2.6 Listas de verificação ou checkli sts 1 2 3 4 5 Acata or dens X Obed ec e re gr as X Aceita cr ítica s co ns trutivas X Co oper a co m os co legas X Produtividade X Conhec imento técnico X Comunicaç ão X Iniciativa pess oal X • Comparam - se os empregados dois a dois, anotando - se na coluna da direita aquele considerado o melhor. 82 7.2.7 Método de compara ção aos pares Co mpar aç ão dos empr egad os quan to à pr odutividade : A B C D A e B X A e D X C e D X A e C X B e C X B e D X Pontuação 2 3 1 0 • É um método moderno de avaliação, que leva em conta os resultados gerados pelo funcionário. • Funcionário e gestor participam ativamente. – Autono mia p ara def ini r met as – Dá c la re za às ex pe ct ati va s e ao s cr ité rio s – Melho ra co munic aç ão – Faci lit a o a lin ha men to en tre os ob je tiv os in di vi du ai s e os es tra tég ic os da or ga ni za çã o. 83 7.3 Avali ação Participa tiva por Objetivos (APPO) • Seis etapas: 1 . Formu la çã o de ob je tiv os c on se ns ua is 2 . Compr ome time nto pe ss oa l qua nto ao al ca nc e dos obj eti vo s co nju nta mente for mulad os 3 . Nego ci aç ão c om o ge re nte s ob re a al oc aç ão do s re cu rs os e meio s ne ce ss ár io s par a o alc an ce do s obj eti vo s 4 . Des emp en ho 5 . Cons tan te mon ito ra çã o do s re su lta do s e co mpa ra çã o c om o s ob je tiv os for mula do s 6 . Retr oa çã o i nte ns iv a e co ntí nu a a va lia çã o c on ju nta 84 7.3 APPO • Erros de avaliação de desempenho resultantes de julgamentos e observações equivocadas. • Diferença entre o desempenho real do avaliado e o julgamento feito pelo avaliador. • Gera: • res ult ado s inju sto s e d e s c o n e c t a d o s d a r e a l i d a d e ; • de smo tiv aç ão e co nfl ito s; • que da dos nív eis de pro dut ivi dad e; • fra ca ss o do mod el o de av al ia çã o d e d es emp en ho . 85 7.4 Falhas no processo de Avaliação • Tipos mais comuns: • Efeito Halo • Complacência • Rigor • Tendência Central • Recenticidade • Contraste 86 7.4 Falhas no processo de Avaliação • Feedback = retorno, retroação, realimentação. • Fundamental no process o de avaliação e melhoria do desempenho, • Feedback positivo – elogios – e o negativo – críticas – permitem que as pessoas entendam como estão em relação ao seu trabalho, ou ao seu comportamento. • O autoconhecimento facilita a reflexão sobre a atuação e a adoção de melhorias. 87 7.5 Feedback • Negação • Revolta • Indiferença • Racionalização • Aceitação 88 7.5.1 Reações ao Feedback Disc iplina : atuação de acordo com as regras de um comportamento aceitável pela organização. Sanções/ações disciplinares aos funcionários por desv ios de conduta ou desempenho. Variáveis: • Gravi dad e, dur aç ão, fre quê nc ia e nat ure za do pr ob le ma; • fat or es co nd ic io na nte s (q ue le va ra m a tal s itu aç ão ); • gra u de s oc ial iza çã o ( gra u d e fo rmali za çã o e di vu lg aç ão da s re gr as ); • hi st ór ic o da s aç õe s di sc ip lin ar es na or ga ni za çã o (bu sc a por equ ida de) ; • ap oi o ger en ci al às aç õe s. 89 7.6 Punições • Procedimentos disciplinares: – Comun ic aç ão da s reg ra s e cr ité rio s de des empe nho . – Doc ume nta çã o do s fato s. – Res po st a con si st en te a vi ol aç õe s das re gr as . • Princípios das ações disciplinares: – A aç ão c or re tiv a é pr efe rív el à aç ão pu ni tiv a. – A aç ão dis cip lin ar dev e s er pro gre ss iva . – Dev e ser ime di ata , co ns is ten te, impe ss oa l e in for mati va . – Deve se r p os itiv a. 90 7.6 Punições
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