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O GOVERNO PROFº ARTUR PAIVA FACULDADE JOAQUIM NABUCO CURSO DE DIREITO CIÊNCIAS POLÍTICAS O Governo O Governo 4.1. Formas de Governo. 4.2. Sistemas de Governo. 4.3. Regimes de Governo. Formas de Governo A partir do Estado Moderno, teremos uma nova concepção de Governo. Recordando que: Moderno se refere a um período histórico que nasce após a revolução renescentista humanista do seculo XV. Neste período temos o Modernismo como mentalidade. Aqui afirma-se que a verdade tem por fundamento a ciência. O Estado Moderno é aquele que pretende possuir um fundamento teórico científico, ou seja, demosntrado. Aqui encontraremos as duas grandes linhas do pensamento político Moderno, a saber, o Historicismo de Maquiavel e o Jusnaturalismo iniciado pelos humanistas e desenvolvido teoricamente por Jonh Locke, Rousseau, e outros. A partir da constituição do Estado Moderno teremos duas formas de Governo possíveis: Governo Monárquico. Governo Republicano. Vejamos: Monarquia Na forma monárquica a autoridade é exercida por um soberano. Características Principais da Monarquia Vitaliciedade: Significa dizer que o governante reina até sua morte. Hereditariedade Seu reino é imediatamente transferido,após sua morte, ao herdeiro legítimo. Irresponsabilidade : Significa dizer que o rei não presta contas de seus atos a nenhum outro poder, seja interno ou externo ao seu reino. República a forma republicana adota regras (como a ideia de maioria) para a formação da vontade coletiva. O principal filósofo antigo a pensar a república foi o orador romano Cícero. A palavra república vem do latim, e quer dizer, literalmente, coisa pública (res = coisa). Para Cícero a república era aquela associação de homens orientada por interesses comuns e dirigida por leis reconhecidas por todos. As decisões, medidas e políticas de uma república devem ser sempre orientadas para o bem comum, isto é, por aquilo que satisfaz a anseios que são comuns a todos os cidadãos. Características Principais da República Temporariedade Aquele que governa o faz por tempo determinado. Eletividade representatividade popular Responsabilidade Aquele que governa presta contas de seus atos. Separação das funções de Poder Um dos princípios fundamentais da democracia contemporãnea é o da separação de poderes A ideia da separação de poderes para evitar a concentração absoluta de poder nas mãos do soberano, comum no Estado absoluto que precede as revoluções burguesas, fundamenta-se com as teorias de John Locke e de Montesquieu. Imaginou-se um mecanismo que evita- se esta concentração de poderes, onde cada uma das funções do Estado seria de responsabilidade de um órgão ou de um grupo de órgãos. Este mecanismo será aperfeiçoado posteriormente com a criação de mecanismo de freios e contrapesos, onde estes três poderes que reúnem órgãos encarregados primordialmente de funções legislativas, administrativas e judiciárias pudessem se controlar. Os três poderes são autônomos, mas ao mesmo tempo, interdependentes . Outra ideia equivocada a respeito da separação de poderes é a de que os poderes não podem, jamais, intervir no funcionamento do outro. Importante lembrar que os poderes (que reúnem órgãos) são autônomos e não soberanos ou independentes. No sistema presidencial, onde os mandatos são fixos, não existindo as possibilidades de intervenção radical do parlamentarismo, a intervenção ocorre na forma de controle e de participação complementar, como por exemplo quando o executivo e legislativo participam na escolha dos membros do Supremo Tribunal Federal. Com a evolução do Estado moderno, percebemos que a idéia de tripartição de poderes se tornou insuficiente para dar conta das necessidades de controle democrático do exercício do poder, sendo necessário superar a idéia de três poderes, para chegar a uma organização de órgãos autônomos reunidos em mais funções do que as três originais. Esta idéia vem se afirmando em uma prática diária de órgãos de fiscalização essenciais a democracia como os Tribunais de Contas e principalmente o Ministério Público. O Ministério Público recebeu na Constituição de 1988 uma autonomia especial, que lhe permite proteger, fiscalizando o respeito a lei e a Constituição, e logo, os direitos fundamentais da pessoa, o patrimônio publico, histórico, o meio ambiente, o respeito aos direitos humanos, etc. Para exercer de forma adequada as suas funções constitucionais o Ministério Público não pode estar vinculado a nenhum dos poderes tradicionais, especialmente porque sua função preponderante é a de fiscalização e proteção da democracia e dos direitos fundamentais e não de legislação, administração, governo, ou jurisdição. Sistemas de Governo Presidencialismo; Parlamentarismo; Presidencialismo Os teóricos da política, em sua grande maioria, estão de acordo nos seguintes pontos: 1º. O Presidente da República é Chefe de Estado e Chefe de Governo. O Presidente na República ocupa simultaneamente as duas chefias de um Estado, e, ao mesmo tempo, preside a nação e a representa internacionalmente enquanto chefe de Estado, bem como administra e desenvolve diretrizes do Executivo para o Estado. 2º. A chefia do Executivo é unipessoal. Significa que cabe ao Presidente exercer sozinho ou com a ajuda de auxiliares escolhidos por ele o Poder Executivo, cabendo-lhe ditar as diretrizes da administração e do desenvolvimento do Estado. 3º. O Presidente da República é escolhido pelo povo. Verifica-se a adoção do qualitativo “Democracia”; o povo elege diretamente, como no Brasil, ou indiretamente, como nos Estados Unidos da América (através de colégios eleitorais), ou seja, o povo participa de alguma forma da escolha do Chefe de Estado e de Governo. 4º. O Presidente da República é escolhido por um prazo determinado. Com receio da perpetuidade do exercício arbitrário do poder do Estado, o presidencialismo foi moldado para que o presidente, após eleito, tivesse um tempo determinado para exercer a função de presidente. 5º. O Presidente da República tem poder de veto. Para manter o sistema de “freios e contrapesos”, o Presidente, no uso de suas atribuições, nega (veta) no todo ou em parte um projeto de lei aprovado pelo Legislativo. Cabe ao Legislativo apreciar novamente as partes vetadas, ou o todo, e reavaliar se o veto foi bem aplicado. Em caso de negativa, o Congresso publicará e tornará vigente e válida a lei, mesmo contrariando a decisão do Presidente da República. O presidencialismo tem sua criação associada à experiência estadunidense do séc. XVIII, tendo resultado da aplicação das idéias democráticas, concentradas na liberdade e na igualdade dos indivíduos e na soberania popular, conjugadas com o espírito pragmático dos criadores do Estado norte- americano. Parlamentarismo Republicano Diferentemente da Monaquia Moderada, o parlamento republicano é uma forma de governo. Parlamentarismo é um sistema de governo em que o poder legislativo (parlamento) oferece a sustentação política (apoio direito ou indireto) para o poder executivo. Logo, o poder executivo necessita do poder do parlamento para ser formadoe também para governar. No parlamentarismo, o poder executivo é, geralmente, exercido por um primeiro- ministro (chanceler). A vantagem do sistema parlamentarista sobre o presidencialista é que o primeiro é mais flexível. Em caso de crise política, por exemplo, o primeiro-ministro pode ser trocado com rapidez e o parlamento pode ser destituído. Regimes de Governo Democracia. Totalitarismo. Democracia Aristóteles definiu a Democracia como sendo o “Governo da Maioria”. ORIGEM HISTÓRICA E CONCEITO Tanto o conceito como a palavra Democracia foi originada na Grécia (Atenas). Entende-se como o poder exercido pelo povo. Porém, mesmo em Atenas, este poder nunca foi um governo exercido direto e exclusivamente pelo povo. A democracia, em um sentido formal, pode ser definida como forma de governo, onde o povo é o detentor de seu próprio destino, ou seja, o povo governa a si mesmo. O conceito contemporâneo de Democracia é o “Governo do Povo”. Na Grécia clássica, a partir do século V a.c., se consolida a Democracia a partir dos princípios de igualdade dos cidadãos em face da lei. DEMOCRACIA DOS "ANTIGOS" E DOS "MODERNOS" A democracia moderna tem suas raízes no século XVII, fundada em valores fundamentais da pessoa humana - liberdade e igualdade. A democracia consiste numa forma de governo que supõe como fundamentos, a liberdade e a igualdade, princípios cujas bases são encontradas no espírito de solidariedade e no respeito às diferenças que existem entre as pessoas. DEMOCRACIA DOS "ANTIGOS" E DOS "MODERNOS" A democracia clássica, resultante da vitória das idéias de liberdade contra o absolutismo, apresenta três movimentos como marcos fundamentais: I. Revolução Inglesa (Bill of Rights), 1689 - Locke - limites ao poder do monarca; II. Revolução Americana (Declaração de Independência das 13 Colônias) - separação dos poderes, influência de Locke e Montesquieu, não intervenção do Estado; III. Revolução Francesa (Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão), 1789 - Rousseau - liberdade, fraternidade e igualdade. No entanto, do exercício da Política ficam de fora as mulheres, os estrangeiros e os escravos, isto é, muitas pessoas ficavam de fora dessa Democracia. A Democracia contemporânea nasce com a pretensão de ser fundada sobre os princípios da “Liberdade e da Igualdade” de todos, influenciada pelos ideais humanistas do século XV e pelo Jus naturalismo do século XVII. Na contemporaneidade a democracia mais que um regime de governo passou a significar uma forma de pensar, ou seja uma “Mentalidade”. A Mentalidade Democrática defende a participação de todos na política e a Liberdade de expressão para todos. Permanece no entanto, a ideia de “Vontade da Maioria” quando se trata de determinar regras e normas de conduta. VISÕES DE DEMOCRACIA A democracia não se limita ao processo eleitoral, nem deve ser exercida apenas pela ação dos políticos, mas sim, por toda a sociedade. Democracia política A grande maioria dos brasileiros (infelizmente), vota pensando, tão somente, nos seus interesses particulares ou regionais - raramente com uma visão nacional. Democracia dinâmica As mudanças que ocorreram com o decorrer do tempo fizeram novas necessidades surgirem e, com isso, a democracia deve passar por uma fase adaptativa. A democracia não mais deve ser classificada somente como uma forma de governo. DEMOCRACIA E IGUALDADE Formal A lei é uma só para todos (povo, nobreza, clero), ou seja, as pessoas são iguais entre si; Material Sentido jurídico, as pessoas ou situações são iguais ou desiguais de modo relativo. DEMOCRACIA E LIBERDADE Poder do homem de buscar sua realização pessoal. É na democracia que alcança sua maior atuação. Estão elencadas no art.5º da CF. Ex: liberdade de locomoção (XV), pensamento (VI, VII), escolha profissional (XIII), etc. FORMAS E EXERCÍCIO DO PODER DEMOCRÁTICO Poder Político (soberania popular) Democracia direta Povo exerce por si os poderes governamentais, fazendo leis, administrando e julgando (Gregas). Democracia indireta ou representativa é aquela onde o povo é a fonte primária do poder, não dirigindo o Estado diretamente, e sim, por delegação a representantes DEMOCRACIA INDIRETA As principais características: a soberania popular, como fonte de poder legítimo do povo; a vontade geral; o sufrágio universal, com pluralidade partidária e de candidatos; a distinção e a separação dos poderes; o regime presidencialista; a limitação das prerrogativas do Estado; e a igualdade de todos perante a lei FORMAS E EXERCÍCIO DO PODER DEMOCRÁTICO Democracia semidireta É a modalidade na qual se alternam as formas clássicas da democracia representativa. Seu berço foi a Suíça. Nesta forma de democracia, a soberania está com o povo. O governo pertence por igual ao elemento popular no que diz respeito às matérias mais importantes da vida pública. Existem alguns institutos representativos da democracia semidireta que até hoje são conhecidos e praticados: o referendum; o plebiscito; a iniciativa popular; o veto popular e o recall. MECANISMOS DE PARTICIPAÇÃO Sufrágio universal Trata-se de mecanismo de controle de índole eminentemente política. A CF – Art.14 - assegura além do sufrágio universal, o voto direto e secreto, de igual valor para todos. Constitui-se no direito de escolha dos representantes e de ser escolhido pelos seus pares. Visa à escolha de pessoas para atuar em seu nome, através de mandatos com períodos determinados. MECANISMOS DE PARTICIPAÇÃO Plebiscito Art.14, I, da CF/88 - Consiste na possibilidade de o eleitorado decidir uma determinada questão de relevo para os destinos da sociedade, com efeito vinculante para as autoridades públicas atingidas. Alguns autores o consideram de democracia semidireta. Na verdade, a participação, se dá de forma direta, o povo decide diretamente, sem intermediários ou representantes. MECANISMOS DE PARTICIPAÇÃO Referendo O referendum também importa na participação do povo, mediante voto, mas com o fim específico de confirmar, ou não, um ato governamental. A decisão do referendo, assim como a do plebiscito, tem eficácia vinculativa, não podendo ser desrespeitada pelo administrador. MECANISMOS DE PARTICIPAÇÃO Iniciativa popular Este procedimento consiste no desencadeamento do processo legiferante pelo povo, mediante proposição de determinado projeto de lei (ou EC), por certo número de eleitores. Há vinculação do órgão para com o projeto apresentado. No Brasil, o mecanismo está regulado pelo artigo 61, 2º da CF, estabelecendo as premissas básicas da iniciativa popular no plano federal. MECANISMOS DE PARTICIPAÇÃO Veto popular Prazo de 60 dias dado aos eleitores, após a aprovação de um projeto pelo Legislativo, para que requeiram sua aprovação popular. Deve haver certo número de eleitores. Recall Revogação de uma eleição ou legislador. Perante a Vontade da Maioria, no entanto, permanece o direito de expressão da minoria. Hoje no Brasil, criou- se uma política de “defesa dos grupos minoritários”, uma forma de paternalismo político. Nossa Democracia é “Representativa Indireta”, pois, a Vontade do Povo (de todos e ou da maioria) é representada pelos legítimos representantes eleitos Deputados. Vivemos, no entanto, sempre frente ao risco da manipulação da massa e ou da imposição da vontade de uma “Oligarquia”. Como mentalidade, a atual Democracia encontranos Estados Unidos seu principal defensor. O famoso “Sonho Americano” faz alusão à igualdade e a liberdade de todos. O povo americano possui a pretensão de serem os guardiões da Democracia no mundo. Em nome dessa defesa democrática, no entanto, pode estar escondida varias ideologias imperialistas.... Vejamos que a democracia mais que uma forma de governar, se constituiu como um ideal, um estilo de vida Totalitarismo Enquanto na América (USA) crescia, já no final do século XIX progressivamente a idéia de Democracia, a partir dos ideais de “liberdade e igualdade”, na Europa a crise do liberalismo capitalista fomentou o desenvolvimento de teorias anti-liberais e, portanto, totalitárias. Definição de Totalitarismo Totalitarismo é um sistema de governo em que todos os poderes ficam concentrados nas mãos do governante. Desta forma, no regime totalitário não há espaço para a prática da democracia, nem mesmo a garantia aos direitos individuais. No regime totalitário, o líder decreta leis e toma decisões políticas e econômicas de acordo com suas vontades. Embora possa haver sistema judiciário e legislativo em países de sistemas totalitários, eles são apenas representativos e acabam por ficar às margens do exercício do poder. Características do Regime Totalitário 1º. Uso excessivo de força militar como forma de reprimir qualquer tipo de oposição ao governo; 2º. Falta de eleições ou, quando ocorrem, são manipuladas; 3º. Censura e controle dos meios de comunicação (revistas, jornais, rádio); 4º.Propaganda governamental como forma de exaltar a figura do líder. Origens do Totalitarismo Europeu Com o Positivismo de Augusto Comte e a empolgação tecnológica cientificista do século XIX, a revolução industrial ganha grandes proporções no cenário politico – econômico mundial. Juntamente com o ideal democrático americano, a revolução industrial coloca em moto uma relação politico - econômica que acabará por definir o Liberalismo. O Liberalismo começou a se fortalecer em meados do século XIX, após as décadas de 1830-1840, teve sua maior representação na França. Se juntou mais tarde à ideia de Nacionalismo, onde foi usado como pilar da Unificação da Alemanha (1864-1870 - Otto von Bismarck) e a Unificação da Itália (1848 - Mazzini e Garibaldi) . No campo político o liberalismo defende a não interferência do Estado no mercado e na economia. Nascia assim um conceito forte e autônomo de Capitalismo. No inicio do século XX a Inglaterra era a maior potencia capitalista do mundo. Porém, após a segunda Revolução Industrial, emergiram outras potencias dentre as quais a Alemanha, graças a sua unificação após 1871. Como resultado de acirradas disputas entre as potencias comerciais, difundiu- se na Europa um surto de “sentimentos nacionalistas”, que não demorou a criar formas de intolerância. A intolerância se apresentava sobre os aspectos do “Chauvinismo (nacionalismo exacerbado) e Xenofobismo (ódio ao estrangeiro)”. Logo esta concorrência comercial e industrial se transformou em uma “corrida armamentista”. Se destacavam como potencias a Inglaterra e a Alemanha. Logo a Europa se viu dividida em dois blocos: A Tríplice Aliança formada por: Alemanha, Áustria e Itália; A Tríplice Entente formada por: Inglaterra, França e Rússia. Das rivalidades entre estes dois blocos explodiu a Primeira Guerra Mundial. Em 1918 a Rússia abandona a Alemanha e a Itália em 1915 havia abandonado a Tríplice Aliança para apoiar a Entente. A Alemanha sozinha foi derrotada em 1918. É de se destacar que, a entrada dos Estados Unidos na guerra em 1917 a favor da Entente foi decisiva para a vitória. Com o fim da primeira guerra mundial, os Estados Unidos emergiram como potencia mundial e sua economia tornou-se a mais forte; Ao contrario do capitalismo europeu, o capitalismo americano partia do principio que “o funcionamento da economia deveria ser entregue ao livre jogo do mercado”; Os americanos defendiam as quebras das fronteiras comerciais e a não interferência dos estados no mercado; No entanto, a partir 1920 o mercado internacional, principalmente o americano, começou a declinar graças a superprodução. Em 1929 o mundo capitalista enfrentou sua primeira grande crise graças a saturação do mercado internacional; Os pilares do capitalismo foram abalados: Livre comércio; Não interferência do Estado; Para se superar a crise foi necessária a intervenção do Estado; Diante da crise do capitalismo duas tendências políticas se desenvolveram n Europa: O Socialismo; O Nazi- Fascismo; O Socialismo A maior expressão do Socialismo foi o Stalinismo. O Socialismo foi inspirado nos movimentos operários e nas teorias do filosofo Karl Marx; Constituiu no século XIX a maior resistência e critica ao capitalismo liberal e a Democracia; Os grandes princípios do Socialismo foram inspirados por: 1º. Desejo de revolução social; 2º. O apego a doutrina marxista; 3º. A defesa da ditadura do proletariado; Os Socialistas combatiam os ideais do capitalismo liberal e da democracia, pois, afirmavam que se tratava de ideais da burguesia e criavam uma profunda desigualdade social; O Socialismo Stalinista levou a Rússia ao mais sombrio regime totalitário a partir de 1928. O Nazi-fascismo Como consequência da Primeira Guerra Mundial e causa para a Segunda Guerra Mundial, estruturou-se na Europa um fenômeno político chamado de “Nazi- fascimo”. Tratou-se de um movimento essencialmente: Nacionalista; Antidemocrático; Antioperário; Antiliberal; Anti- socialista; A doutrina Nazi -fascista destacava basicamente os seguintes pontos: 1º. Totalitarismo: princípio que afirma que nada pode estar acima do Estado, fora do Estado e contra o Estado. 2º. Nacionalismo: a nação representa a mais alta forma de sociedade. . 3º. Autoritarismo: via-se a autoridade do líder de forma indiscutível 4º. Militarismo: a força militar como autodefesa do Estado. 5º. Romantismo Patriótico: sacrifício pela pátria. O Fascismo Italiano A palavra “fascismo” vem do italiano “Fascio”, que traduzindo para o português temos o correspondente Feixe. Dá a ideia de unidade e força. Em 1919, na cidade de Milão, Benitto Mussolini fundou o “Partido Fascista” e fundou uma milícia armada denominada “Camisas Negras”. Atacando os comunistas socialistas, este partido ganhou a simpatia da elite italiana e da classe média; Os efeitos negativos da guerra e a crise econômica fizeram com que o Fascismo ganhassem força por toda a Itália, pois este trazia consigo um sentimento nacionalista, de orgulho pela pátria e promessa de restruturação nacional. Em 1921, graças a continua desmoralização do partido do governo socialista, os fascistas conseguiram eleger o maior número de membros no Parlamento; Em 1922, graças a crise instaurada no Parlamento italiano, Mussolini tomou o poder; Neste ano, mais de cinquenta mil soldados que militavam a favor de Mussolini, marcharam em direção à Roma e o rei Vitor Emanuel III cedendo à pressão deu ao líder fascista o poder de reorganizar o Estado; Em 1925 Mussolinitornou-se o “Duce”, ou seja, o condutor supremo da Itália, consolidando o Estado Totalitário Fascista; Houve a supressão da liberdade de imprensa entre outras medidas extremistas; Em 1929, após a continua desconfiança por parte da Igreja (que assim como o fascismo criticava o liberalismo democrático econômico e o socialismo) o clero italiano resolveu dá a Mussolini um voto de confiança. Disto se arrependeria mais tarde; Também em 1929 foi assinado o Tratado de Lateranno, aonde o Estado da Itália reconhecia o Estado do Vaticano. Por um tempo, o fascismo parecia trazer soluções à Itália, devolvendo a esta uma economia forte e um desenvolvimento industrial animando as classes burguesas; O Nazismo Alemão As razões que contribuíram para o êxito nazista na Alemanha são similares às do fascismo na Itália; Quanto ao nazismo alemão tem que se acrescentar: A humilhação da derrota na Primeira Guerra Mundial; As imposições do Tratado de Versalhes. Assinado em 28 de junho de 1919, o Tratado de Versalhes foi um acordo de paz assinado pelos países europeus, após o final da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Neste Tratado, a Alemanha assumiu a responsabilidade pelo conflito mundial, comprometendo-se a cumprir uma série de exigências políticas, econômicas e militares. Estas exigências foram impostas à Alemanha pelas nações vencedoras da Primeira Guerra, principalmente Inglaterra e França. Em 10 de janeiro de 1920, a recém-criada Liga das Nações (futura ONU ratificou o Tratado de Versalhes. Com o final da 1º. guerra, o regime dos Kaisers alemães foi substituído pela República de Weimar (1918 – 1933) que foi marcada pela crise econômica; Em 1923 a França invade a Alemanha como represaria ao não pagamento das taxas e indenizações; O Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães fundado em 1919 na cidade de Munique, de cunho totalitário inspirado no Fascismo italiano, ganhava cada vez mais a simpatia dos alemães; Com forte apelo ao “Nacionalismo” o nazismo despontava como a esperança da Alemanha; Este pregava amor à pátria, criação de um Estado forte e hostilizava os estrangeiros; O partido nazista contava com o apoio de uma polícia própria denominada “Seções de Assalto (SA)”, conhecidos como: “os camisas pardas”. Em 1920 Adolf Hitler já era o responsável pela propaganda do partido e mudou o nome para Partido Operário Alemão Nacional-Socialista; Em 1923, diante do agravamento da situação socioeconômica e da ineficiência da República de Weimar, Hitler e seus seguidores em uma cervejaria de Munique proclamou o fim da Republica, e embora fossem todos presos, ganharam apoio Nacional; Na prisão Hitler escreveu um livro , “MeinKampf” , onde ele desenvolveu os fundamentos do nazismo: A ideia pseudocientífica da raça arina; O nacionalismo como sentimento maior; O totalitarismo como forma de governo; O anticomunismo; O espaço vital – território indispensável ao desenvolvimento alemão; De 1923 a 1929 o nazismo não tinha grande expressão até a quebra da boça de Nova York; Todos, inclusive a elite alemã começaram a ver no nazismo uma proposta de salvação nacional; Em 1932 Hitler foi eleito chanceler da Alemanha, portanto, aquele que comandaria o Estado; Aos poucos, reprimindo o parlamentoe os partidos opositores, ele foi instalando uma ditadura totalitária; A nazificação alemã completou-se com o armamentismo e o militarismo, que reativou a indústria bélica e o desenvolvimento econômico. A partir da expansão territorial e da absurda perseguição aos judeus, a politica alemã provocou a segunda guerra mundial. Após a segunda guerra mundial, os Estados Unidos da América emergiu como potência absoluta mundial (economicamente e militarmente) e se impôs ideologicamente como modelo de democracia, economia e politica. Hoje ostenta o direito de ser o “tutor da liberdade” no mundo, mascarando assim seu imperialismo econômico e bélico.
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