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Este conhecimento é muito útil na compreensão das diferenças em morfologia, composição e capacidade do solo em fornecer nutrientes às plantas, e também pode servir de base para trabalhos. Clima Organismos vivos Material de origem Relevo Idade da superfície terrestre ou tempo A idéia de que os solos são resultantes da combinação desses fatores foi inicialmente elaborada por Dokoukchaiev (1877), acrescido do relevo por Jenny. PRINCIPAIS FATORES NA FORMAÇÃO DO SOLO O aumento da temperatura, dobra a velocidade das reações químicas Mesma rocha poderá formar solos completamente diversos se decomposto em condições climáticas diferentes. A temperatura e a umidade regulam a velocidade e o tipo de intemperismo das rochas CLIMA Por outro lado, em clima árido (termoclastia) e muito frio (crioclastia), os solos são normalmente rasos e contém quantidades apreciáveis de minerais pouco afetado pelos processos de decomposição. A água é responsável pela maior parte das reações químicas para o processo de intemperismo. Quanto mais quente e mais úmido for o clima, mais rápida e intensa será a decomposição. Portanto darão origem a solos muito intemperizados e muito profundos. No clima desértico existe vegetação escassa formada de cactáceas, arbustos espinhosos bromeláceas. Em regiões áridas e semi-áridas, apresentam sais solúveis e pouca matéria orgânica. Em climas muito úmidos, a grande freqüência de chuvas faz com que maior volume de água se infiltre, arrastando para o fundo elementos da solução do solo. Também a distribuição da vegetação no globo está relacionada ao clima. Nos climas quentes e úmidos encontram-se florestas exuberantes (Congo /Floresta Amazônica) As raízes dos vegetais superiores penetram nas fendas das rochas auxiliando a intemperização através da ação física e química. Compreendem, microorganismos (bactérias, algas e fungos),vegetais e animais. Os microorganismos são responsáveis pela decomposição de restos de animais e vegetais. Os ácidos húmicos promovem, a união das partículas formando agregados. ORGANISMOS Os animais que vivem no solo estão constantemente triturando restos dos vegetais, cavando galerias e misturando os materiais Os vegetais inferiores (líquens e musgos) podem viver diretamente sobre a rocha, criando condições para fixação das plantas superiores. As plantas também podem auxiliar na conservação do solo, protegendo contra a erosão, quando a cobertura vegetal é bem densa Ex: gramíneas • ...um agregado natural, formado de um ou mais minerais, que constitui parte essencial da crosta terrestre e é nitidamente individualizado. • Ígneas ou magmáticas: intrusivas (ex. granito); extrusivas (basalto); • Metamórficas: ex. quartzito e ardósia; • Sedimentares: ex. arenitos e argilitos (LEINZ e AMARAL, 2001). MATERIAL DE ORIGEM SOLO O material de origem pode determinar bom número de características do solo sobretudo os mais jovens. A maior ou menor velocidade com que o solo se forma depende do tipo de material. Sob condições idênticas de clima, organismos e topografia, certos solos se desenvolvem mais rapidamente que outros. Ex. Basalto vesicular ou maciço Os solos podem desenvolver-se a partir de um grande número de materiais de origem, como granitos, gnaisses, xistos e quarzitos, basaltos, diabásios, gabros, (arenitos, siltitos, argilitos). No clima semi-árido, as partes mais baixas do relevo ficam sujeitas ao acúmulo de sais que são concentrados pelo transporte. O fator relevo promove no solo diferenças facilmente perceptíveis pela variação da cor (estudo em toposseqüência). Solos de baixadas em climas úmidos são encharcados por um período de tempo maior. Poderá nesse lugar haver acumulação de matéria orgânica, (horizonte A escuro) ocorre a oxidação (solos gleisados). RELEVO O grau de amadurecimento do solo está baseado na diferenciação dos horizontes. Quanto mais horizontes mais desenvolvidos mais maduros eles serão. O relevo pode facilitar a absorção e retenção da água, influenciar no grau de remoção de partículas do solo pela erosão, espessura dos solos. A variação da topografia origina uma seqüência de perfis geneticamente ligados entre si, mas diferenciados por características morfológica (cor, estrutura, textura, consistência, espessura dos horizontes), O período necessário para que um solo passe do estágio jovem para o maduro varia com o tipo de material de origem, clima e o grau de erosão. Com o passar do tempo um afloramento rochoso começa a aparecer musgos sobre a camada decomposta. Com o passar do tempo não havendo erosão acelerada, as características desses solos começam a tornar-se cada vez mais distintas, podendo chegar a metros de profundidade. Solos jovens são rasos, solos velhos são profundos TEMPO PERFIL E HORIZONTES DO SOLO • ...horizonte é uma seção de constituição mineral ou orgânica, geralmente paralela à superfície, que possui propriedades geradas por processos formadores do solo. O conjunto de horizontes e/ou camadas que vão desde a superfície até a rocha é denominado perfil do solo. Apresenta basicamente os respectivos horizontes principais: O,H, A, E, B e C (LEPSCH, 2002). Horizonte O Horizonte orgânico dos solos minerais. Pode conter matéria orgânica fresca ou parcialmente decomposta. A ação conjunta de fenômenos físicos, químicos e biológicos dão origem aos horizontes. O conjunto de horizontes, num corte vertical que vai da superfície até a rocha sã, chama-se perfil de solo. As camadas principais de solo são simbolizadas por letras maiúsculas; O, H, A, E, B, C e R Horizonte H – composto de matéria orgânica misturado com material mineral em vários estágios de decomposição. Horizonte E – horizonte mineral resultante da perda de minerais de argila, ferro, alumínio ou matéria orgânica. Horizonte A – mineral, superficial ou em sequência a horizonte ou camada O ou H, de concentração de matéria orgânica decomposta. Horizonte C – constituída de material não consolidado, com pouca influência de organismos. Composição química, física e mineralógica similares ao material onde se desenvolveu. Horizonte B – apresenta concentração iluvial de argilas, ferro e alumínio ou humos, denominado horizonte de acúmulo. Horizonte R – representa a rocha inalterada, que poderá ser ou não matriz do solo acima desenvolvido. i - Incipiente desenvolvimento. Utilizado como sufixo do símbolo B para indicar horizonte imaturo. Além dos símbolos utilizados para designar os horizontes ou camadas principais do perfil, empregam-se sufixos de símbolos adicionais que servem como diferenciações importantes. c – concreções ou nódulos endurecidos, servem para indicar uma acumulação significativa de concreções ou nódulos nos horizontes A, E, B ou C d – decomposição adiantada de material orgânico é indicativo de horizonte O ou H g – gleização intensa devido a prolongados períodos de encharcamento, apresentam cores acinzentadas, azuladas, esverdeadas. Aplica-se esse símbolo para horizontes B e C e ocasionalmente E ou mesmo A SUBSCRITOS w – Intensa intemperização não conjugada com acumulação de argila. Exclusivo do horizontes B para designar estágio avançado de intemperismo. Apresenta concentração residual de óxido de ferro e alumínio e inexpressivo acúmulo de argila. Designa horizonte B típico dos Latossolos (B latossólico). o – Material orgânico mal ou não decomposto. Empregado para horizontes O ou H. p – Aração (plow = lavrar em inglês) indica modificação na camada superficial atingida por aração, gradagem ou demaisoperações agrícolas. Usado para os horizontes A ou H. r – Rocha branda ou semi- intemperizada. t – Acumulação de minerais de argila. Exclusivo de horizontes B de natureza iluvial. Chamado também de B textural
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