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Ética e exercício profissional do assistente social

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Ética e exercício profissional do assistente social
Redação I: Serviço social, conservadorismo e ética profissional.
O Serviço Social surgiu como profissão, relacionado com a doutrina da Igreja católica, como uma forma organizada de praticar a caridade de caráter assistencial; suas primeiras ações foram distribuir bens materiais, fazer um trabalho educativo no sentido de conhecer as necessidades de cada pessoa e poder dar conselhos, além de ajudar a prevenir os problemas derivados da pobreza, depois, como resposta ao acirramento das contradições do capitalismo na sua fase monopolista, para controlar a classe trabalhadora, garantir a reprodução da produção e das relações sociais que mantém o trabalhador e legitimar os setores dominantes do Estado. 
A questão social passa a se constituir na contradição entre burguesia e proletariado, a atuação do Serviço Social é bem delimitada porque tem por objetivo ajustar os indivíduos ao que é considerado como normal, remediando tanto suas deficiências como as da coletividade. Para o positivismo, a sociedade é regida pelas leis naturais, que não dependem da vontade e ação humana e na vida social tem uma harmonia natural. Assim, as ciências da sociedade, e da natureza, devem limitar-se a explicação causal dos fenômenos, de maneira objetiva e neutra, excluindo toda e qualquer possibilidade de superação ou negação da ordem social estabelecida.
	
 Em 1948 têm-se noticias do primeiro documento dos Assistentes Sociais brasileiros sobre ética profissional. Tivemos novos Códigos de Ética de 1965, que é reflexo dos valores tradicionais que são oriundos do caráter conservador e cristão, sobre a atuação profissional, confia na solidariedade entre as classes e se reproduz com o projeto reformista conservador e um novo código em 1975, que, não absorvia com fidelidade as perspectivas mais críticas de uma parte da categoria. No final da década de 70, o Serviço Social entra de forma mais intensa nas mobilizações do país, o que trouxe rebatimentos também dentro da profissão. Quando o Serviço Social surgiu no Brasil, em meados do sec. XX, não captou seus contornos, socioeconômicos e políticos, por causa do desenvolvimento da classe operária e da sua entrada na política e na sociedade, houve a necessidade de que o Estado passasse a mediar os conflitos que começaram a acontecer por causa da consolidação da burguesia como classe dominante. Inspirado na vertente de intenção de ruptura a categoria profissional construiu um novo projeto ético-político, fundamentado no pensamento marxista, assumiu a partir da década de 80, outra posição na dinâmica do capital, que se materializou com o Código de Ética de 1986.
Para Henrkin (1993), “a história moderna dos direitos humanos tem a 2ª Guerra Mundial como marco divisor”. As características do código de ética são: universais, invioláveis, inalienáveis, indivisíveis e interdependentes. O Serviço Social surge na ditadura de Vargas e o trabalho do assistente Social não é conhecer a operacionalização do sistema de justiça, embora a lei seja muito importante. Ele não opera garantindo o direito do cidadão, mas participa de ações do Estado que podem garantir os direitos. 
Hoje predomina na sociedade uma ética individual, não mais coletiva porque a sociedade precisa de pessoas que pensem individualmente, com autonomia, há o encantamento de você viver sua vida numa sociedade sem limites de liberdade, porem o avanço que a sociedade trouxe tem limites, porque a liberdade dá acesso à riqueza. Os aspectos teóricos que o Serviço Social usava para explicar a realidade social impediam de ter uma visão critica da questão social, mas havia a necessidade de, baseado no código de ética o assistente social se adequar à pratica ética da profissão e mudar seu perfil profissional. Assim, com base no 1º principio que é a liberdade, o profissional deve reconhecer os direitos e as necessidades do individuo, pois facilitará a compreensão do profissional sobre a demanda.
Contudo, o Assistente Social deve reconhecer o aspecto político como um aspecto importante da vida humana, a mudança de valores devem ser valores laicos, rompendo com a visão de liberdade, emancipação e justiça na perspectiva religiosa, rompendo com a visão do positivismo que entende a condição do individuo como natural, onde ele precisa ser ajustado, deve buscar compreender o social, uma vez que o conservadorismo da profissão era visto na ação profissional como assistencialismo, e seus efeitos eram essencialmente políticos, tentando enquadrar o trabalhador ás relações sociais vigentes. 
Redação II: A atualidade ética do Serviço Social 
O objetivo da ética na profissão é regular o relacionamento do profissional com a construção do bem estar no contexto sócio cultural que o profissional é inserido. Ela é importante porque diz respeito a eficiência e á conduta do profissional, além de garantir a liberdade para o profissional agir de acordo com a conduta da classe. 
De acordo com a lei nº 8.662/9 Parágrafo único – “O exercício da profissão de Assistente Social requer prévio registro nos Conselhos Regionais que tenham jurisdição sobre a área de atuação do interessado nos termos desta Lei”. Ainda de acordo coma a lei, constituem competência do Assistente Social: elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da administração pública direta ou indireta, empresas, entidades e organizações populares; Coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam do âmbito de atuação do Serviço Social com participação da sociedade civil; Encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à população;
Os princípios que fundamentam o código de ética do Serviço Social são 11, e vão dar o universo de valores e referência profissional, o Assistente Social, deve se basear nesses princípios do código para exercer sua profissão. A ausência desses princípios ou o não cumprimento, de um dever, numa determinada situação, pode caracterizar como violação dos princípios. Para tanto, o profissional precisa entender o código de ética para que possa se pronunciar de acordo com suas atribuições. Uma vez que ele tem o direito de interferir na elaboração de políticas e programas sociais, ele deve analisar as situações a partir do ponto de vista teórico e com justiça e o sigilo da profissão aplicando o cumprimento do código.O código de ética de 1986 mostrou parâmetros contrapondo o princípio da neutralidade, refletindo a normatização da ética. Desde o fim dos anos 1980, havia a necessidade de se fazer uma revisão no código. Ele fala das competências do Assistente Social, direitos e responsabilidades e da relação com o usuário e a instituição empregadora e social. Trata ainda do sigilo na profissão e das penalidades e aplicação do cumprimento do mesmo.
O código de ética atual foi aprovado através da resolução do CFESS nº 273/9 de 13 de março de 1993 – “considerando a necessidade da criação de novos valores éticos, fundamentados na definição mais abrangente do compromisso com os usuários, com base na liberdade, democracia, justiça e igualdade social”. (CFESS) Ele mostra os direitos e deveres que o assistente social tem e esses direitos não são exclusivos do Serviço Social, porém são traduzidos para a profissão. As concepções teóricas do positivismo e do funcionalismo impulsionaram o Serviço Social e deram a ele a ele as representações teóricas que iam abrir espaço para outras discussões.
Quando o Assistente Social, quando intervém nas expressões da questão social, ele expressa com a sua prática um posicionamento ético, político e técnico, basicamente orientado pelos componentes, princípios e valores do projeto, buscando favorecer os interesses dos trabalhadores ou servindo como um mediador que respondesse aos interesses de ambos – trabalhador e empregador. Então, é possível afirmar que, a efetivação do projeto encontra-se principalmente atrelada ao conjunto de intervenções profissionais,mesmo que este profissional atue sozinho em seu espaço institucional.
O projeto ético político do assistente social reconhece a liberdade como valor ético central e autônomo, emancipado e com grandes ideais sociais, além de defender os direitos humanos, focalizando o campo de trabalho. No universo de valores onde o assistente social esta inserido, o desafio dele é ser tolerante e aceitar as diversidades, se desnudar de seus preconceitos e valores para que possa agir com isenção e neutralidade no seu ambiente de trabalho. Diante disso, dentro da categoria profissional, apareceram novos campos de atuação e de praticas interventivas, por causa das conquistas que se observam na sociedade brasileira. 
Foi necessário que houvesse uma regulamentação para que o profissional responda por seus atos e ações, e que ele passe a ter postura para assumir o que faz. Através do numero de registro de exercício profissional, cada profissional será acompanhado pelo CRESS e pelo CFESS. O artigo I cita que, “uma das competências do CFESS é a observância dos princípios e diretrizes do código de ética”, ou seja, ele tem o papel de fiscalizar o CRESS e quando o assistente social se sente prejudicado com a atuação do CRESS ele recorre ao CFESS.
Toda profissão precisa ter sua autonomia reconhecida e os assistentes sociais só podem ser cobrados pelas atribuições que lhes são de direito. Para entender o Serviço Social, é necessário saber o que são os direitos na sociedade, uma vez que eles se relacionam. De acordo com o código de ética o assistente social tem direitos e deveres e deve-se observar se esses direitos estão sendo cumprido, para isso, o profissional precisa saber interpretar as regras que se encontram no código, para lutar pela realização dos direitos e deveres do usuário, e “basear seus atos nos princípios universais para levar a sociedade para se livrar dos males sociais e atingir o bem comum”. 
Em suma, o profissional de Serviço Social tem que ser ético, ser permanentemente crítico diante de todas as formas de exploração, exclusão e discriminação do homem diante da liberdade, porque a liberdade é a possibilidade de construir a história e os valores que se efetivam na sociabilidade do homem, pois pensar o projeto ético-político é entendê-lo como movimento do pensamento e da ação, voltados à transformar o individuo.
 
NIVEA VALERIO DA SILVA
Trabalho elaborado como pré-requisito para obtenção da nota correspondente a 2ª unidade da disciplina Ética em Serviço Social. 
Referências 
BARROCO, M. L. Ética e Serviço Social: fundamentos ontológicos. São Paulo: Cortez, 2001
 BRASIL. Lei de Regulamentação da Profissão de Serviço Social (Lei 8662/1993).
BRITES,C.M.; SALES, M.A. Ética e práxis profissional. 2.ed., Brasília: CFESS, 2007.
CFESS. Código de Ética do Assistente Social. 1993.
VINAGRE,M.;PEREIRA,T. Ética e direitos humanos. 2.ed, Brasília: CFESS, 2007.
Maceió- Al
2013

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