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ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 98 Órgãos de máquinas que transmitem movimento de um veio para outro, por meio de dentes que entram sucessivamente em contacto uns com os outros Pinhão ou Carreto – a menor das duas rodas em contacto (Pinion). Roda – a maior das duas (Gear). Vantagens: • Permitem distâncias entre eixos pequenas. • Rendimentos muito elevados. • Longa duração. Cap. 6 – Engrenagens (Gears) Fig. 6.1. – Engrenagens primitivas. (2600 a.c.) [Fig. 15.1 Juvinal] ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 99 Engrenagens (Gears) Fig. 6.2. – Engrenagens dentro de uma misturadora. [Fig. 14.27 Hamrock] Fig. 6.3. – Engrenagens dentro de uma caixa redutora de velocidades. [Fig. 16.26 Juvinal] ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 100 Engrenagens Cilíndricas de dentes rectos SPUR GEAR Fig. 6.4. – Engrenagens cilíndricas de dentes rectos. [Fig. 14.1 Hamrock] • É o tipo de engrenagens mais simples e mais comum. • Transmite movimento entre eixos paralelos. • Dentes paralelos ao eixo de rotação. ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 101 Engrenagens Cilíndricas de dentes helicoidais HELICAL GEAR • Menos ruidosas que as engrenagens cilíndricas de dentes rectos. • Dentes inclinados com o eixo de rotação. • Podem transmitir movimento entre eixos paralelos ou não paralelos. Fig. 6.5. – Engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais. [Fig. 14.2 Hamrock] ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 102 Engrenagens Cónicas de dentes rectos BEVEL GEAR with straight teeth • Dentes em superfícies cónicas. • Dentes podem ser rectos ou em espiral. • As engrenagens cónicas são montadas em eixos que se intersectam entre si. Estes podem ser ou não perpendiculares. Fig. 6.6. – Engrenagens cónicas de dentes rectos. [Fig. 14.3 Hamrock] ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 103 Engrenagens parafuso sem-fim WORM GEAR • É constituído por uma rosca de um parafuso com uma roda dentada especial. Tal como um parafuso, também pode possuir mais que uma rosca. • Usado para razões de velocidades elevadas. • Tem uma eficiência de transmissão elevada. • Transmite movimento entre veios que não sejam paralelos nem se intersectem. Fig. 6.7. – Engrenagens parafuso sem-fim. [Fig. 14.3 Hamrock] ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 104 Nomenclatura das Engrenagens Cilíndricas de dentes rectos (SPUR GEAR) Fig. 6.8. – Nomenclatura das Engrenagens cilíndricas de dentes rectos. [Fig. 13.5 Shigley] Fig. 6.9. – Nomenclatura das Engrenagens cilíndricas de dentes rectos. [Fig. 14.5 Hamrock] (a) (b) (p) (c) ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 105 Nomenclatura Circulo Primitivo (Pitch circle) – é o circulo teórico, sobre o qual os cálculos são normalmente efectuados. Diâmetro Primitivo (pitch diameter) “d” – diâmetro do circulo primitivo. Passo Primitivo (circular pitch) “p” – é a distância, medida no circulo primitivo, de um ponto num dente, até ao ponto correspondente no dente adjacente. O passo primitivo é igual á soma da espessura do dente (tooth thickness) e intervalo entre dentes (width of space). Módulo (module)”m” – é a razão entre o diâmetro primitivo, “d” e o número de dentes, “N”. [m = d/N] Diametral Pitch “P” – é a razão entre o número de dentes da engrenagem, “N” e o diâmetro primitivo, “d”. [P = N/d] ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 106 Nomenclatura (cont.) Saliência (addendum) “a” – é a distância radial entre a superfície da coroa (top land) e o diâmetro primitivo. Reentrância (dedendum) “b” – é a distância radial entre a superfície da raiz (bottom land) e o diâmetro primitivo. Altura do dente (whole depth) “ht” – é a soma da saliência e da reentrância. Circulo de folga (clearance circle) – é o circulo tangente ao circulo de saliência da engrenagem. Folga (clearance) “c” – é a saliência subtraída da reentrância. Backlash – é a quantidade que o intervalo entre dentes (width of space) excede a espessura do dente engrenado no circulo primitivo. ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 107 Nomenclatura (cont.) g g p p d N d N d N P === P mp p =p= g g p p N d N d N d P 1 m ==== m – módulo [mm] ou [in] N – número de dentes d – diâmetro primitivo [mm] ou [dentes/in] P – diametral pitch, [dentes/in] ou [dentes/mm] N – número de dentes d – diâmetro primitivo [in] ou [mm] p – passo primitivo [in] ou [mm] m – módulo [in] ou [mm] P – diametral pitch, [dentes/in] ou [dentes/mm] ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 108 Módulo / Diametral Pitch Dente => ¯ diametral pitch Tabela 6.1. – Tamanho dos dentes usados normalmente. [Tab. 13.3. Shigley] Fig. 6.10. – Tamanho do dente para vários “diametral pitch”. [Fig. 15.10 Juvinal] ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 109 Perfil Envolvente Fig. 6.11. – Modo de construção dos dentes de uma engrenagem. [Fig. 14.9 Hamrock] O desenho do dente das engrenagens, não serve para a sua construção, mas para a sua compreensão e cálculo do engrenamento. 1 – dividir o círculo base em partes iguais. 2 – desenhar as linhas OA0, OA1, etc. 3 – desenhar perpendiculares em A1B1, A2B2, etc. 4 – Em A1B1 desenhar com um compasso a distância A1A0, em A2B2, desenhar com um compasso os dobro da distância A1A0, etc. ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 110 Circunferência de Base e Primitiva ggpp rrv w=w= f= cosrr pbp f= cosrr gbg Velocidade linear no círculo primitivo. Raios dos círculos base. Fig. 6.12. – Duas rodas engrenadas, onde os círculos primitivos rolam um sobre o outro, sem escorregamento. [Fig. 14.8 Hamrock] Diâmetros dos círculos base. f= cosdd pbp f= cosdd gbg Passos dos círculos base. f= cospp pbp f= cospp gbg ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 111 Engrenagens Cilíndricas de Dentes Rectos (cont.) Tabela 6.2 – Sistema de dentes mais utilizado para engrenagens cilíndricas de dentes rectos. [Tab. 13.2 Shigley] Fig. 6.13. – Engrenagem interna. (Roda + Pinhão) [Fig. 13.15 Shigley 2001] ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 112 Razão de Contacto pqqq rat =+= p q cosp L m tabc =f = Razão de contacto – indica o número médio de dentes engrenados. (quando qt > p) 2,1mc » Para não ocorrer deficiências de montagem, aumentando a possibilidade de impacto entre dentes e o ruído. Linha de Engrenamento (pressure line) – Lugar geométrico dos pontos de contacto de um par de dentes. O contacto inicial dá-se no ponto a e o final no b. Quando um dente está a iniciar o seu contacto em a, nesse instante está o dente anterior a finalizar o contacto em b. AP – arco de aproximação (qa). PB – arco de intervalo (qr). AB – arco de acção (qt) Fig. 6.14. – Zona de contacto. [Fig. 13.15 Shigley] ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 113 Interferência Se houver interferências com folga grande entre os dentes, o contacto dá-se em péssimas condições, verificando-se vibrações importantes e desgaste rápido. Se a folga for zero, dá-se o encravamento da transmissão. O perigo da existência de interferência aumenta com o aumento do número de dentes da roda. Fig. 6.15. – Esquema da interferência. [Fig. 14.12 Hamrock] ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 114 Interferência (cont.) Tabela 6.3. – Número mínimo de dentes para evitar problemas de interferência. [Tab. 13.1 Shigley] ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 115 Fabrico de Engrenagens Fig. 6.17. – Fabrico de uma engrenagem com roda dentada. [Fig. 15.13 Juvinal] Fig. 6.16. – Fabricode uma engrenagem com cremalheira, com roda dentada e com fresa. ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 116 Materiais das engrenagens Ferro Fundido: Menos ruídosas que as de aço inox. Alta resistência à flexão. Boa durabilidade superfícial. Mais barato. Aços Inox com ligas de: Niquel – Facilita a execução da tempera e aumenta a resistência à tracção e à fadiga, sem reduzir a plasticidade e a resiliência. Crómio – Facilita a execução da tempera, aumentando a dureza, ou seja, a resistência aos esforços e ao desgaste, mas dá-lhe mais fragilidade. Molibdénio – Concede aos aços uma textura fina, pelo que também lhes aumenta a dureza, mantendo a plasticidade. Niquel + Crómio + Molibdénio – melhores resultados Bronze: Material não ferroso. Plásticos: Nylon – Resistência ao desgaste. Baixo coeficiente de atrito. Baixo ruído. Não necessitam de lubrificação quando a baixas cargas. ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 117 Engrenagens Cónicas de Dentes Rectos (BEVEL) P G N N tan =G G P N Ntan =g “Pitch angle” do pinhão “Pitch angle” da roda Fig. 6.18. –Terminologia de uma engrenagem cónica de dentes rectos. [Fig. 13.20 Shigley] ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 118 Engrenagens Cilíndricas de Dentes Helicoidais (HELICAL) t x Y= cospp tn Y = tan p p tx pn – passo primitivo normal px – passo primitivo axial pt – passo primitivo transversal y - ângulo da hélice Fig. 6.19. – Engrenagem cilíndrica de dentes helicoidais. [Fig. 14.25, 14.26 Hamrock] ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 119 Engrenagens Cilíndricas de Dentes Helicoidais (cont.) t n tan tan cos f f =Y Y =p= cos P P,Pp tnnn Y=p= cosmm,mp tnnn Pn – normal “diametral pitch” Pt – transversal “diametral pitch” fn – ângulo de pressão normal ft – ângulo de pressão transversal mn – módulo normal m t – módulo transversal Fig. 6.20. – Nomenclatura das engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais. [Fig. 13.22 Shigley] ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 120 Engrenagens Cilíndricas de Dentes Helicoidais (cont.) Tabela 6.4. – Proporções de dentes standards [Tab. 13.5 Shigley]. ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 121 Engrenagens de Parafuso-Sem-Fim (WORM) p = tGG PN d 7,1 C d 0,3 C 875,0 W 875,0 ££ Wx NpL = Wd L tan p =l dG – diâmetro primitivo da roda dW – diâmetro primitivo do parafuso L – avanço l – ângulo do avanço C – distância entre centros Nw – nº dentes do parafuso px – passo primitivo axial Fig. 6.21. – Nomenclatura das engrenagens de parafuso-sem-fim. [Fig. 13.24 Shigley] ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 122 Direcção da rotação das engrenagens de dentes rectos Fig. 6.22. – Engrenagens externas. [Fig. 14.13 Hamrock] Fig. 6.23. – Engrenagens internas. [Fig. 14.14 Hamrock] ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 123 Direcção da rotação das engrenagens de dentes helicoidais Fig. 6.24. – Direcção da rotação das engrenagens de dentes helicoidais. [Fig. 13.26 Shigley] ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 124 Trens de Engrenagens Objectivo – Obter uma velocidade angular desejada no veio de saída enquanto que o veio de entrada roda a uma velocidade angular diferente. Fig. 6.25. – Trens de engrenagens. Simples e compostos. [Fig. 14.15, 14.16 Hamrock ] Trem de engrenagem plano – quando os veios intermédios são paralelos. Trem de engrenagem esférico – quando existem veios intermédios que não são paralelos. ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 125 Trens de Engrenagens (cont.) Nas engrenagens cilíndricas de dentes rectos: e (+) – se a última engrenagem roda no mesmo sentido da 1ª. e (-) – se a última engrenagem roda no sentido contrário à 1ª.movidosdentesdosprimitivodiâmetroproduto motoresdentesdosprimitivodiâmetroproduto e ou n n movidosdentesnproduto motoresdentesnproduto e F L = = ° ° = Fig. 6.26. – Trem de engrenagem. [Fig. 13.27 Shigley] Valor do trem ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 126 Trens de Engrenagens (cont.) 2 643 532 6 nNNN NNN n = Velocidade da engrenagem 6. Engrenagens 2, 3 e 5 – Motoras Engrenagens 3, 4 e 6 – Motrizes Engrenagem 3 Roda doida (Motora e Motriz) Fig. 6.26. – Trem de engrenagem.(repetida) [Fig. 13.27 Shigley] ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 127 Trens de Engrenagens Planetários AF AL nn nn e - - = Quando os eixos das engrenagens rodam em torno de outros. Valor do trem nF – rev/min da primeira eng. (First) nL – rev/min da última eng. (Last) nA – rev/min do braço (Arm) Fig. 6.27. – Engrenagem planetária. [Fig. 13.28 Shigley] Fig. 6.28. – Engrenagem planetária. [Fig. 13.29 Shigley] ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 128 t 2aF r 2aF r 32F t 32F Forças em Engrenagem Cilíndrica Dentes Rectos VWH t= 60 dn V p = t 23t FW = f= tanFF t23 r 23 f = cos F F t 23 23 dn H)10(60 W 3 t p = Potência (kW) Carga transmitida (kN) e Velocidade linear (m/s) r 23F t 23F – Força radial da roda 2 na 3 – Força tangencial da roda 2 na 3 23F – Força da roda 2 na 3 tWrT ×= Torque aplicado (kNm) Fig. 6.29. – Diagramas de corpo livre. [Fig. 13.31 Shigley] Fb3 – Força do veio b na roda 3 ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 129 Forças em Engrenagem Cónica Dentes Rectos TVH = 60 dn V p = av t r T W = gf= costanWW tr gf= sintanWW ta Fig. 6.30. – Forças na engrenagem cónica de dentes rectos. [Fig. 13.31 Shigley] ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 130 Forças em Engrenagem Cilíndrica Dentes Helicoidais VWH t= 60 dn V p = ttnr tgWsinWW f=f= y=yf= tgWsincosWW tna yf = coscos W W n t dn H)10(60 W 3 t p = Fig. 6.31. – Forças na engrenagem cilíndricas de dentes helicoidais. [Fig. 13.37 Shigley] ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 131 Forças em Engrenagem Parafuso-Sem-Fim n y GrWr sinWWWW f==-= lf==-= sincosWWWW n x GaWt lf==-= coscosWWWW n z GtWa Fig. 6.32. – Forças na engrenagem parafuso-sem-fim. [Fig. 13.40 Shigley] Tabela 6.5. – Eficiência em função do ângulo y, com m=0,05. [Tab. 13.7 Shigley] ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 132 Engrenagens cilíndricas de dentes rectos e de dentes helicoidais - Fórmula de Lewis 2 t 3 t Ft LW6 12Ft 2tLW I Mc ===s Fig. 6.33. – Forças na engrenagem parafuso-sem-fim. [Fig. 14.1 Shigley] Tensão de flexão no dente na zona onde o esforço é máximo. Tensão máxima ocorre: 1º - no ponto onde a força actua. 2º - na base do dente (ponto a) Mais crítica ® 2º ponto. Fig. 6.34. – Ensaio de fotoelasticidade a uma engrenagem. [Fig. 15.19 Juvinal] W t – Força transversal L – Distância da base do dente até à zona de aplicação da força t – Espessura da base do dente F – Largura da base do dente ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 133 Fórmula de Lewis (cont.) m3 x2 You 3 xP2 Y == YmF PWt ×× =s O uso destas equações implica: • Não existem vários dentes com força aplicada; • Força de compressão é desprezada, só é considerada a força de flexão. • O maior esforço é na base do dente. A equação anterior pode ser substituída pela equação seguinte: P – “diametral pitch” (dentes/mm) m – módulo (mm) W t – força transversal (kN) Y – Factor de Lewis Sendo, Tabela 6.6. – Valores do factor de Lewis Y em função do número de dentes. [Tab. 14.2 Shigley] ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 134Formula de Lewis (cont.) – Efeito dinâmico v05,3 05,3 Kv + = v1,6 1,6 Kv + = Engrenagens obtidas por fundição Engrenagens obtidas por corte YmFK W v t ××× =s p5Fp3 << Em regra geral as engrenagens devem ser projectadas de modo a que a espessura do dente esteja entre 3 a 5 vezes o passo. Quando um par de engrenagens roda a uma velocidade moderada ou elevada e há ruído, vão ocorrer os efeitos dinâmicos. Kv – Factor de velocidade do efeito dinâmico V – Velocidade (m/s) A equação do esforço de flexão pode ser dada então em função do efeito dinâmico: ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 135 Dureza da Superfície ( ) ( ) 2 1 g 2 gp 2 p gpt Cmax E1E1 r1r1 cosF W p ú ú û ù ê ê ë é u-+u- + fp =s= 2 send r, 2 send r gg p p f = f = ( ) ( ) 2 1 g 2 Gp 2 p P E1E1 1 C ú ú û ù ê ê ë é u-+u- p = rp, rg ,dp, dg – raios e diâmetros dos círculos base do pinhão e da roda up, ug, Ep, Eg – constantes elásticas f - ângulo de pressão CP – Coeficiente elástico Cv = Kv – Efeito dinâmico (definido pela AGMA) Podem ocorrer vários tipos de desgaste da superfície de uma engrenagem: Pitting – falha por fadiga devido a tensões repetidas. Adesivo – Falha devido à lubrificação. Abrasivo – falha devido a presença de impurezas. Máxima pressão de contacto superficial: 2 1 gpv t PC r 1 r 1 cosFC W C ú ú û ù ê ê ë é ÷ ÷ ø ö ç ç è æ + f -=s com Tensão de compressão superficial ou tensão Herteziana: com ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 136 Formulas de Tensão AGMA J KK mF 1 K KW ms v at × =s 2 1 fms v at PC I CC dF C C CW C ú û ù ê ë é × =s W t – Força tangencial aplicada; Kv=Cv – Factor dinâmico; Ka=Ca – Factor de aplicação; Ks=Cs – Factor de tamanho; Km=Cm – Factor de distribuição de carga; F – Largura de dente; m – Módulo nominal; J- Factor de geometria; Cp – Coeficiente elástico; Cf – Factor condição superficial; d – diâmetro primitivo do pinhão; I – Factor de geometria . As Duas fórmulas fundamentais usadas pela AGMA*, são uma para a tensão de flexão e outra para a resistência ao desgaste, Piting. Tensão de flexão: Tensão de contacto devido ao desgaste por Piting: *AGMA – American Gear Manufacturers Association. ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 137 Formulas de Resistência AGMA RT Lt all KK KS =s St – Resistência à flexão KL= CL – Factor de vida KT= CT – Factor de temperatura KR= CR – Factor de fiabilidade SC – Resistência à fadiga superficial; CH – Factor de razão de dureza. RT HLC all,C CC CCS =s Tensão de flexão admissível Tensão de contacto admissível ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 138 Resistência à Flexão St Fig. 6.35. – Resistência à flexão dada pela AGMA. [Fig. 14.2 Shigley] Tabela 6.7. – Resistência à flexão dada pela AGMA. [Tab. 14.2 Shigley] ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 139 Resistência à Fadiga Superficial SC Fig. 6.36. – Resistência à fadiga superficial dada pela AGMA. [Fig. 14.3 Shigley] Tabela 6.8. – Resistência à fadiga superficial dada pela AGMA. [Tab. 14.4 Shigley] ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 140 Factor de Geometria J de Resistência à Fadiga Superficial Nf mK Y J = Fig. 6.37. – factor de geometria J. [Fig. 14.5 Shigley] ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 141 Factor de Geometria I de Resistência à Flexão 1m m m2 sincos I G G N tt + ff = Fig. 6.38. – factor de geometria I. [Fig. 14.4 Shigley] ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 142 Coeficiente Elástico Cp Tabela 6.9. – Coeficiente elástico. [Tab. 14.5 Shigley] ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 143 Factor Dinâmico Kv e Cv Fig. 6.39. – Factor dinâmico. [Fig. 14.7 Shigley] ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 144 Factor de Aplicação Ka, Ca Elevadores Ka, Ca = 2; Maquinaria leve, veios movidos Ka, Ca³1,2; Veios motores Ka, Ca³1,5. Factor Condição Superficial Cf Cf > 1, quando são detectados defeitos superficiais Factor de Tamanho Ks, Cs Ks, Cs = 1 (normalmente) Intenção de prever diferenças metalúrgicas devidas ao tamanho ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 145 Factor de Distribuição de Carga Km e Cm Tabela 6.10. – Factor de distribuição de carga. [Tab. 14.6 Shigley] ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 146 Factor de Razão de Dureza CH Fig. 6.40. – Factor de razão de dureza. [Fig. 14.8 Shigley] ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 147 Factor de Vida KL e CL Fig. 6.41. – Factor de vida. [Fig. 14.9 Shigley] ELEMENTOS DE MÁQUINAS II Cap. 6 - Engrenagens - 148 Factor de Fiabilidade KR e CR Tabela 6.11. – Factor de Fiabilidade. [Tab. 14.7 Shigley] Normalmente a fiabilidade é de R=0.99, o que corresponde a uma vida de 107 ciclos. Para outras fiabilidades deve-se usar a tabela abaixo. î í ì <£-- <£-- = 9999.0R99.0)R1log(25.05.0 99.0R9.0)R1log(15.07.0 CR
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