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Produção de Álcool e Açúcar Componentes: Diego Tafarel Silva Egidio Guilherme Augusto Silva de Souza Luciene Yumi Kohama Paulo Henrique Coelho da Costa William Rodrigues de Oliveira UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – CAMPUS DIADEMA Unidade Curricular: Processos Químicos e Industriais 2º semestre/2012 – Seminário : Produção de Álcool e Açúcar 2 História da cana-de-açúcar A cana de açúcar é uma planta que pertence ao gênero Saccharum L; Provenientes do sudeste asiático; Posteriormente levada para America durante a expansão marítima; É a principal matéria prima para a fabricação do álcool e do açúcar; No Brasil ,a cana foi introduzida pelos portugueses no inicio do século XVI quando foi iniciada a instalação de engenhos de açúcar que em pouco tempo substituiu a industria do pau-brasil; Graças a qualidade do solo e a temperatura favorável do nordeste a cana foi a base da economia desta região no século XVI; Com o tempo, a economia dos engenhos entrou em decadência, sendo praticamente substituída pelas usinas; O termo engenho hoje em dia é usado para as propriedades que plantam cana-de-açúcar e a vendem, para ser processada nas usinas e transformada em produção de derivados. 3 Matéria-prima • Capaz de converter 2% da radiação incidente em açúcares(2/3 lignina e celulose,1/3 sacarose); • Bagaço da cana * 2/3 da energia total da cana; * 240 a 280 kg por tonelada de cana; * fonte de energia para caldeiras (resultando em energia térmica e mecânica). • Percentual dos principais componentes variam com as condições climáticas,do solo e estado de maturação da cana • Antes da utilização a cana e submetida há uma analise dos seguintes componentes (Brix, Pol, Pureza, Açúcares redutores, Fibras, Cinza e Goma) 4 Composição da Cana-de-açúcar 5 Aplicação dos Produtos • Açúcar; • Etanol; • Aguardente; • Rapadura; • Energia elétrica (a partir do bagaço da cana-de-açúcar); • Produtos de limpeza doméstica. 6 Condições para o cultivo de cana-de-açúcar Solo Apesar de se desenvolver em solos de baixa fertilidade ou com condições físicas desfavoráveis, a cana-de-açúcar é uma cultura que responde aos solos férteis e fisicamente adequados, atingindo altas produtividades nestas condições. Os solos ideais para o desenvolvimento da cana são bem arejados e profundos, com boa retenção de umidade e alta fertilidade. Clima A cultura da cana-de-açúcar se adapta muito bem as regiões de clima tropical, quente e úmido, cuja temperatura predominante seja entre 19ºC e 32ºC e onde as chuvas sejam bem distribuídas, com precipitação acumulada acima de 1000 milímetros por ano. 7 Situação do processo no Brasil Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Historicamente, a cana-de- açúcar sempre foi um dos principais produtos agrícolas do Brasil e, hoje, o país ocupa a primeira posição no ranking mundial da cultura. A cana-de-açúcar é produzida em quase todo o país, sendo 60% em São Paulo. As demais áreas produtoras são Paraná, Triângulo Mineiro e Zona da Mata Nordestina. 8 Situação do processo no Brasil 9 Situação do processo no Brasil Fonte: UNICA (União da Indústria de cana-de-açúcar) O Brasil não importa açúcar e etanol e é responsável por 61,8% das exportações de açúcar de cana no mundo. O principal mercado para o açúcar brasileiro é o da Rússia. Em 2006, o país importou 25% da produção brasileira de açúcar, somando um volume de 4,2 milhões de toneladas no ano. Países do Oriente Médio e da África também estão no ranking. 10 Evolução na oferta de cana-de-açúcar nos próximos anos 11 Descrição do Processo 12 Colheita De acordo com o CTC, cerca de 85 % da colheita de cana-de-açúcar no Brasil é feita de forma mecânica. É importante destacar que o processamento da cana-de-açúcar deve ser realizado sem grande demora após a colheita, para evitar modificações na composição original desta matéria-prima. 13 Transporte Cerca de 95% de toda a cana-de-açúcar colhida no país é transportada por meio da malha rodoviária. As composições de transporte rodoviário mais comuns são apresentados na figura abaixo. As carrocerias para acomodação da cana variam em função do tipo de cana – inteira ou picada – a ser trabalhada. 14 Pesagem Na entrada do parque industrial o caminhão passam por uma balança para precisar a quantidade de cana nele contido. 15 Amostragem Uma amostra do carregamento é retirada por meio de uma sonda, podendo ser horizontal ou a mais utilizada hoje em dia, a sonda oblíqua. Cada amostra tem de 7 kg a 15 kg. 16 Análise em laboratório O caldo extraído da amostra tem o pH avaliado. Posteriormente, o caldo é clarificado para ser analisado em um sacarímetro com o objetivo de determinar a quantidade de ATR (Açúcares Totais Recuperáveis). Faixa ideal do pH: 5,6 ~ 5,8 17 Lavagem A cana passa por uma processo de lavagem para que seja retirado boa parte da terra que vem junto da lavoura. Um novo processo, ainda em estudo, é a lavagem de cana a seco, que se utiliza de grande "ventiladores" para retirar as impurezas como a palha. 18 Picador e Desfibrador vertical Após ser lavada, a cana ainda não está pronta para ser moída. Para isso existe o índice de preparo que nada mais é do que o rompimento dessa casca por meio de um picador (formado por um conjunto de facas e martelos) e um desfibrador vertical. 19 Moenda e Difusor A moenda é formada por vários ternos com dimensões diferentes para a cana ser esmagada e o caldo ser retirado ao máximo. Outro processo utilizado é o difusor que extrai o caldo da cana com água quente. 20 Geração de energia a partir do bagaço O bagaço formado após a extração do caldo é utilizado como fonte energética que ao ser queimado pela caldeira gera vapor que aciona uma turbina e produz energia elétrica. Esse processo é conhecido como co- geração ou bioeletricidade. As usinas brasileiras são auto-suficientes durante o período da safra e ainda exportam excedentes para as redes de distribuição com a venda de créditos de carbono em conformidade com o protocolo de Kyoto. 1 ton de cana processada gera, em média, 260 kg de bagaço. 21 Tratamento do Caldo Após a extração do caldo da cana, o passo seguinte será o tratamento do caldo com o objetivo de: • Eliminar as impurezas grosseiras (bagacilho, areia); • Máxima eliminação de partículas coloidais, responsáveis por formação de espuma; • Preservação de nutrientes, vitaminas, açúcares, fosfatos, sais minerais; • Minimização de contaminantes microbianos, os quais competem com as leveduras pelo substrato; 22 Peneiramento Tem por objetivo reduzir as partículas leves (bagacilho) e pesadas (areia, terra etc.) As principais vantagens de sua utilização são, sobretudo, a redução de entupimento e de desgastes em outros equipamentos, válvulas e bombas. 23 Caleação e Decantação O tratamento do caldo com leite de cal não somente provoca a floculação e favorece a decantação das impurezas, mas também protege os equipamentos contra a corrosão. A decantação visa a separação (por meio da gravidade) de impurezas com mínima remoção de nutrientes. É conduzida em menor intensidade na clarificação do caldo para destilaria do que para produção de açúcar. 24 Açúcar Fonte: http://www.serquimica.com.br 25 Açúcar: Evaporação Após o tratamento por caleação, o caldo é levado à evaporadores para a eliminação da água excedente.E o teor de sólidos solúveis contido no caldo vão de 15º brix para 65º brix, tomando a consistência de um xarope. 26 Açúcar - Flotador O flotador terá como função eliminar parte da cor, materiais em suspensão e impurezas que passam pela decantação e pelos evaporadores. 27 Açúcar - Cozimento O xarope segue para os cozedores e chegam até a sua supersaturação. Primeiramente tomando consistência de mel e em seguida começa a formação dos cristais de açúcar aumentando de volume e de tamanho. O principal objetivo dessa etapa é produzir maior porcentagem possível de cristais com a uniformidade do tamanho desejado. 28 Açúcar – Cristalização e Centrifugação Os cristalizadores fazem com que os açúcares contidos no mel entrem em contato com os cristais, aumentando o volume enquanto também se processa o resfriamento. A mistura de mel e cristais se dirigem à centrifuga, aonde haverá a separação do mel e dos cristais por meio de forças centrífugas. 29 Açúcar – Secagem e Estocagem O processo de secagem consiste basicamente das etapas de evaporação e de resfriamento Em seguida, o açúcar é levado por esteiras até uma moega com fundo afunilado, despejando diretamente em sacos para estocagem. Durante o período de estocagem é preciso manter o controle da temperatura, umidade e luminosidade. 30 Açúcar - Distribuição 31 Álcool É obtido como resíduo da fermentação de açúcares, realizada por leveduras (Saccharomyces cerevisiae). Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/bioquimica/bioquimica3.php 32 Fermentação alcoólica • Reação biológica que acontece somente na ausência de gás oxigênio; • É a alternativa de alguns organismos para se sustentar na ausência de O2; • Nunca vai ter um rendimento de 100%; • Necessita de um meio reacional tolerável pelas leveduras. 33 Destilação Destilação extrativa; Destilação azeotrópica; Desidratação em peneiras moleculares; Pervaporação. 34 Destilação extrativa Consiste na adição de um solvente à mistura que aumente a volatilidade relativa do etanol. • Benzeno; • Glicerina; • Etilenoglicol. 35 Destilação Azeotrópica Adição de solvente orgânico no topo de uma coluna de destilação, que gera uma fase aquosa e uma fase orgânica, que são separadas. Fonte: JUNIOR, R. J. S. M., Obtenção do álcool etílico hidratado, com graduação alcoólica para uso automotivo: validação de um processo em batelada.2010. 159f. Dissertação mestrado (Mestrado em Engenharia Química), Santa Maria, RS, 2010. 36 Peneiras Moleculares Faz-se uso de zeólitas que permitam a passagem das moléculas de água, mas não das moléculas de etanol. É um processo mais caro para ser implantado, mas permite um corte de gastos compensador a longo prazo, com relação a destilação azeotrópica. 37 Pervaporaçao Um processo interessante para desidratar misturas azeotrópicas de água e etanol fazendo uso de uma membrana não-porosa com vácuo de um lado e a mistura do outro. Depende das diferenças de difusividade e solubilidade das substâncias presentes na mistura, diferente da destilação, que depende de pontos de ebulição. 38 Fluxograma do Álcool 39 Relação da cana com o meio ambiente •Apesar dos benefícios econômicos, algumas questões precisam ser mais bem discutidas sobre a cultura, como os impactos ambientais causados pelas queimadas. Uma das práticas mais comuns ainda hoje utilizada no Brasil é a queima da palha da cana-de-açúcar , com o propósito de facilitar as operações de colheita. A queimada consiste em atear fogo no canavial para promover a limpeza das folhas secas e verdes que são consideradas matéria-prima descartável. •Um dos pontos mais críticos são as emissões de gases do efeito estufa (CO2),(CO), (N2O),(CH4),(O3), além da poluição do ar atmosférico pela fumaça e fuligem. •Do ponto de vista da agronomia a queima afeta a atividade biológica do solo,responsável também por sua fertilidade •Na visão industrial acarreta dificuldades na conservação e purificação dos caldos, leva a um aumento de Brix e fibra devido ao ressecamento dos colmos e favorece o aumento da infestação de microrganismos nos colmos, ocasionando exsudação e predispondo-os à deterioração. •Observa-se também impactos econômicos e energéticos. 40 Referências Bibliográficas • RODRIGUES, A. P. Perspectivas do mercado sucroalcooleiro. São Paulo, 2007. • CARVALHO, D. M. Proposta de um modelo de planejamento agregado da produção numa usina de açúcar e álcool vinculado a flutuação de preços em mercados à vista e no mercado futuro. São Paulo, 2009. 201 p. • MEZAROBA, S., MENEGUETTI, C. C., GROFF, M. A. Processos de produção do açúcar de cana e os possíveis reaproveitamentos dos subprodutos e resíduos resultantes do sistema. Campo Mourão, 2010. • http://www.novacana.com (Acessado em: 05 de Janeiro de 2013) • http://www.inovaçãotecnologica.com.br (Acessado em: 01 de novembro de 2011) • http://www.vermelho.org.br (Acessado em: 19 de Janeiro de 2013) • http://sucroonline.blogspot.com.br/. (Acessado em: 19 de Janeiro de 2013) • http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/. (Acessado em: 19 de Janeiro de 2013) • http://tecnosugar.com.br (Acessado em: 18 de Janeiro de 2013) Número do slide 1 Número do slide 2 Número do slide 3 Número do slide 4 Número do slide 5 Número do slide 6 Número do slide 7 Número do slide 8 Número do slide 9 Número do slide 10 Número do slide 11 Número do slide 12 Número do slide 13 Número do slide 14 Número do slide 15 Número do slide 16 Número do slide 17 Número do slide 18 Número do slide 19 Número do slide 20 Número do slide 21 Número do slide 22 Número do slide 23 Número do slide 24 Número do slide 25 Número do slide 26 Número do slide 27 Número do slide 28 Número do slide 29 Número do slide 30 Número do slide 31 Número do slide 32 Número do slide 33 Número do slide 34 Número do slide 35 Número do slide 36 Número do slide 37 Número do slide 38 Número do slide 39 Número do slide 40
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