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SOBERANIA – resumo (aula de -09-2010)
1. CONCEITO DE SOBERANIA
O conceito de soberania, segundo Paulo Bonavides não foi conhecido na Antiguidade em suas formas de organização política, surgindo apenas com o Estado moderno, a partir da Revolução Francesa.
A PALAVRA SOBERANIA ORIGINA-SE DE “SOBERANO”, QUE POR SUA VEZ, VEM DE SUSERANO, TERMO MEDIEVAL PARA DESIGNAR SENHOR.
NO INICIO ERA ATRIBUIÇÃO DO GOVERNANTE QUE, COM O ADVENTO DOS GOVERNOS DEMOCRÁTICOS, A PARTIR DA REVOLUÇÃO FRANCESA, PASSOU A SER ATRIBUIÇÃO DO ESTADO.
ESTADO SOBERANO É AQUELE QUE TEM O PODER DE DECLARAR SEU PROPRIO DIREITO POSITIVO DE MODO INCONTRASTÁVEL, ISTO É, SEM TER QUE DAR SATISFAÇÃO A NENHUMA INSTANCIA SUPERIOR.
É UMA REALIDADE POLITICA QUE COMEÇA A SE CONSTRUIR NOS TEMPOS MODERNOS, POIS A IDADE MÉDIA DESCONHECEU O ESTADO PLENAMENTE SOBERANO, JÁ QUE SUBORDINAVA O PODER POLITICO TEMPORAL AO PODER ESPIRITUAL DA IGREJA ( DAÍ O SIMBOLISMO DAS DUASA CHAVES QUE REPRESENTARIAM AMBOS OS PODERES NAS MAOS DE SÃO PEDRO (PRIMEIRO PAPA)
SOBERANIA CONCEITO – SOB O PONTO DE VISTA POLITICO: SOBERANIA É A INDEPENDENCIA FUNDAMENTAL DO PODER DO ESTADO PERANTE OUTROS PODERES E, DO PONTO DE VISTA JURIDICO – É O DIREITO INCONTRASTÁVEL DE GOVERNAR.
POR SUA PROPRIA NATUREZA, A SOBERANIA É ;
UNA (NÃO PODEM EXISTIR MAIS DE UMA SOBERANIA NO ESTADO)
INDIVISIVEL( PORQUE NÃO ADMITE SOBERANIA PARTILHA DO PODER)
INALIENÁVEL( PORQUE É INTRANSFERÍVEL)
IMPRESCRIÍVEL (PORQUE TEM COMO OBJETIVO JAMAIS ACABAR NO TEMPO.)
 
2. TEORIAS A RESPEITO DA SOBERANIA
 
Segundo Sahid Maluf, com relação à Fonte do Poder Soberano, existem várias teorias:
 
2.1. Teoria da Soberania Absoluta do Rei (Teoria do direito divino)
 
Esta Teoria, segundo Sahid Maluf, começou a ser sistematizada na França, no século XVI, tendo como um de seus mais destacados teóricos Jean Bodin, que sustentava que: “a soberania do rei é originária, ilimitada, absoluta, perpétua e irresponsável em face de qualquer outro poder temporal ou espiritual”.
Segundo o autor esta teoria tem fundamento histórico e baseou-se nas antigas monarquias fundadas no direito divino dos reis. O poder de soberania era o poder pessoal do rei e não admitia limitações. Esta doutrina “(...) firmou-se nas monarquias medievais, consolidando-se nas monarquias absolutistas e alcançando a sua culminância na doutrina de Maquiavel”. 
 NO Egito e na Babilônia – o governo do imperador ou do Faraó era conseqüência de uma virtude divina, que os fazia filhos dos deuses
2.2. Teoria da Soberania Popular
 Como reação à teoria do direito divino que servia de alicerce para os regimes absolutistas, os pensadores do sec. XVII e XVIII buscaram sua inspiração na Republica Romana e na Democracia Ateniense para dizer que efetivamente soberano é o povo – verdadeiro titular da soberania da qual so governantes têm o exercício por delegação popular – é o momento que se separam nitidamente crença religiosa e doutrina política – desvincula´se o estado da Igreja.
Sahid Maluf ensina que esta teoria teve como precursores, entre outros, Altuzio, Marsilio de Padua, Francisco de Vitoria, Soto, Molina, Mariana, Suarez os quais reformularam a doutrina do direito divino sobrenatural, com a criação da teoria do direito divino providencial: “o poder público vem de Deus, sua causa eficiente, que infunde a inclusão social do homem e a conseqüente necessidade de governo na ordem temporal. Mas os reis não recebem o poder por ato de manifestação sobrenatural da vontade de Deus, senão por uma determinação providencial da onipotência divina. O poder civil corresponde com a vontade de Deus, mas promana da vontade popular - omnis potestas a Deo per populum libere consentientem-, conforme com a doutrinação do Apóstolo São Paulo e de São Tomás de Aquino”.
Verifica-se que esta Teoria deixou de aceitar o poder soberano do rei, passando a reconhecer um poder maior, exercido pelo povo, no sentido amplo, incluindo-se os estrangeiros residentes no país, sendo reconhecida como soberania constitucional.
 
2.3. Teoria da Soberania Nacional
 
Esta Teoria também deixou de aceitar o poder soberano do rei, passando a reconhecer que a soberania provém da vontade da nação.
Conforme Sahid Maluf, esta teoria pertence à Escola clássica da qual Rousseau foi o mais destacado expoente e foi desenvolvida por Esmein, Harior, Paul Duez e outros que sustentaram que “(...) a Nação é a fonte única do poder de soberania. O órgão governamental só o exerce legitimamente mediante o consentimento nacional”.
Verifica-se, portanto, que para esta teoria a soberania é originária da Nação, no sentido estrito de população nacional ou povo nacional. 
Acrescente-se ainda que, as características da soberania, no conceito da Escola Clássica Francesa são as seguintes: una, indivisível, inalienável e imprescritível.  
UNA: A Soberania é una, porque não existe mais de uma autoridade soberana na mesma área de validez da ordem jurídica.
INDIVISÍVEL: a soberania não se divide apesar de existir a delegação de funções e a repartição de competências pelo poder soberano
INALIENÁVEL: a soberania não pode ser transferida ou alienada a outrem. 
IMPRESCRITÍVEL: a soberania é imprescritível porque não existe soberania temporária, ou por prazo determinado.  
 
2.4. Teoria da Soberania do Estado
Foi principalmente na Alemanha que surgiu a teoria de que SOBERANO NÃO É P GOVERNANTE, NEM O POVO, MAS O PROPRIO ESTADO – CONSIDERADO COO UM SER QUE REALIZA PLENAMENTE A ORGANIZAÇÃO DA NAÇÃO
 
Esta teoria pertence às escolas alemã e vienense apoiando-se na idéia de que a soberania origina-se do Estado. Sahid Maluf ensina que seu maior expoente foi Jellinek o qual sustentou que “(...) a soberania é a capacidade de autodeterminação do Estado por direito próprio e exclusivo”. Segundo o autor, Jellinek desenvolveu o pensamento de Von Ihering, segundo o qual a Soberania é uma qualidade do Estado.
ESTA TEORIA CORESPONDE À ASCENSÃO DOS ESTADOS AUTORITARIOS – COMO O IMPÉRIO DO KAISER ALEMÃO E DEPOIS DO NACIONAL SOCIALISMO, SERVIU DE SUPORTE AO FASCISMO E NOS PAISES LATINO AMERICANOS COMO O BRASIL DO ESTADO NOVO  DE GETULIO VARGAS E A ARGENTINA DE JUAN DOMINGO PERÓN
2.4.1. Escola alemã e austríaca.
Lideradas por Jellinek e Kelsen que defendem a estatalidade integral do direito. Nesse contexto, eles sustentam que a soberania é um direito do Estado, elaborado e promulgado pelo Estado de caráter absoluto e ilimitado, nem mesmo do direito natural. Assim, “toda forma de coação estatal é legítima, porque tende a realizar o direito como expressão da vontade soberana do Estado”.
Em que pese o seu caráter absolutista e totalitário, as Teorias da soberania absoluta do Estado acabaram por influenciar o pensamento político universal, tendo justificado o totalitarismo, especialmente, os Estados nazista e fascista.
 
2.5. Teoria Negativista da Soberania
 
Esta teoria também é absolutista, tendo sido formulada por Léon Duguit, desenvolvendo o pensamento de Ludwig Gumplowicz, para os quais a soberania é abstrata, não existe. O que existe é apenas a crença na soberania. 
 
2.6. Teoria Realista ou Institucionalista
 
Sahid Maluf ensina que, para a teoria realista ou institucionalista “(...) a soberania é originária da Nação (quanto à fonte do poder), mas, juridicamente, do Estado (quanto ao seu exercício)”.
Para esta teoria a Soberania é um poder relativo que se sujeita a limitações.
 
3. Limitações da Soberania
Segundo Sahid Maluf a soberania é limitada:
a) pelo princípio de direito natural, na medida em que “(...) o Estado é apenas instrumento de coordenação do direito, e porque o direito positivo, que do Estado emana, só encontra legitimidade quando se conforma com as leis eternas e imutáveis da natureza.” 
b) pelos direitos dos grupos particulares que compõe o Estado;
c) pelos imperativos da coexistência pacífica dos povos na órbita internacional;
A IDEIA DE DIREITO NASTURAL , ACIMA DO DIREITO POSITIVO DO ESTADO, RETORNOUSOB A FORMA DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM ( 1948) CRIANDO UM LIMITE A SOBERANIA DO ESTADO NÃO APENAS NUMA IDEIA DE DIREITO IDEAL SUPRA-ESTATAL, MAS DE LEI ESCRITA DE VALIDADE UNIVERSAL PARA CONHECIMENTO GERAL DE QUE EXISTEM DIREITOS SAGRADOS DA PESSOA HUMANA E QUE ESTADO NENHUM SOB QUALQUER JUSTIFICATIVA PODERÁ VIOLAR.

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