Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Abastecimeto de Água para Consumo Humano By anaflaviamendes | Studymode.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA CAMPUS DE RIO PARANAÍBA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS Ana Flávia Duarte Mendes 3462 Hugo Vaz Marques 3458 Iara Santana de Azevedo 3461 Lucas Aguimar Silva Ribeiro 3484 Luiza de Oliveira Azevedo 3454 Sergio Saith Loureiro 3468 ABASTECIMENTO DE ÁGUA RIO PARANAÍBA – MG 2014 Ana Flávia Duarte Mendes 3462 Hugo Vaz Marques 3458 Iara Santana de Azevedo Lucas Aguimar Silva Ribeiro 3484 Luiza de Oliveira Azevedo 3454 Sergio Saith Loureiro 3468 INTRODUÇÃO A ENGENHARIA CIVIL ABASTECIMENTO DE ÁGUA Trabalho referente ao curso de desenvolvido Engenharia Civil da Universidade Federal de Viçosa - Campus Rio Paranaíba, da disciplina Introdução a Engenharia Civil, ministrada pelo professor Frederico Menezes Filho. Rio Paranaíba – MG 2014 3 Resumo A água possui um papel essencial para a sobrevivência humana, porém sua disponibilidade na natureza tem sido insuficiente para atender à demanda. As instalações para abastecimento de água devem ser capazes de fornecer água com qualidade, com regularidade e de forma acessível para as populações, além de respeitar os interesses dos outros usuários dos mananciais utilizados, pensando na presente e nas futuras gerações. A Engenharia mostra-se essencial para assegurar condições adequadas de abastecimento de água, pois as instalações devem ser planejadas, projetadas, implantadas, operadas e mantidas. Já que o papel da engenharia é: formar conhecimentos científicos e empíricos e habilitações específicas à criação de estruturas,dispositivos e processos que convertam recursos naturais em formas adequadas ao atendimento das necessidades humanas. Dentro do tema de abastecimento de água para consumo humano irá abordar os assuntos de utilização da água, qualidade de água para consumo humano, mananciais, formas de captação da água, adução, tubulações e acessórios e gerenciamento de perdas de água. 4 SUMÁRIO Resumo.............................................................................................3 1 Introdução....................................................................................7 2 Histórico........................................................................................9 2.1 Eventos relevantes na história do abastecimento de água .......................9 2.2 Ordem cronológica das preocupações com o abastecimento de água ...11 3 Necessidade de água ................................................................12 3.1 Usos consuntivos .....................................................................................12 3.1.1 Usos não consuntivos ........................................................................12 3.1.2 Necessidades quanto ao uso da água ...............................................13 3.2 Oferta x Demanda ....................................................................................13 3.3 Qualidade da água ...................................................................................13 3.4 Doenças transmitidas pela água ..............................................................13 3.4.1Mecanismos de transmissão de doenças a partir da água................14 3.5 Abastecimento de água ...........................................................................14 3.5.1 Projeto das instalações para abastecimento de água .......................15 3.5.2 Potenciais impactos da instalação do sistema de abastecimento de água...................................................................................................................16 3.6 Consumo de água........................................................................................16 3.7 Desperdícios de água .................................................................................18 3.8 Perdas de água ...........................................................................................18 3.8.1 Fatores que influenciam no índice de perdas .......................................18 4 Mananciais e captações ............................................................19 4.1 Mananciais subterrâneos e captações ....................................................20 4.1.1 Aquíferos ............................................................................................21 4.1.2 Drenos horizontais .............................................................................22 5 4.1.3 Barragens subterrâneas e diques ......................................................22 4.1.4 Proteção das captadoras ...................................................................23 4.1.5 Adução...............................................................................................23 4.2 Mananciais superficiais e captações .......................................................25 4.2.1 Tipos de captação de água e superfície ............................................27 4.2.2 Captações não convencionais ...........................................................27 4.2.3 Dispositivos constituintes das captações de água da superfície .......28 4.2.4 Desarenador ......................................................................................29 5 Métodos utilizados para o tratamento de água ......................30 5.1 Tratamento da água .................................................................................30 5.2 Processos utilizados para o tratamento da água .....................................30 5.2.1 Micropeneiração ................................................................................30 5.2.2 Oxidação ............................................................................................30 5.2.3 Adsorção ............................................................................................32 5.2.4 Coagulação e mistura rápida .............................................................32 5.2.5 Floculação ..........................................................................................33 5.2.6 Decantação ........................................................................................33 5.2.7 Flotação .............................................................................................33 5.2.8 Filtração rápida..................................................................................34 5.2.9 Desinfecção .......................................................................................34 5.2.2.1 Fluoretação ..................................................................................35 5.2.2.2 Estabilização química ..................................................................35 5.3 Técnicas de tratamento de água .............................................................35 5.3.1 Filtração lenta ....................................................................................35 5.3.2 Filtração direta ...................................................................................36 5.3.3 Tratamento convencional e flotação ..................................................37 5.3.4 Separação em membranas ................................................................37 6 6 Reservação .................................................................................38 6.1 Localização no sistema .........................................................................38 6.2 Localização no terreno ..........................................................................38 6.3 Materiais de contrução ..........................................................................396.4 Tubulações de entrada e saída ............................................................39 6.5 Ventilação .............................................................................................39 6.6 Qualidade de água nos reservatórios ...................................................40 7 Redes de distribuição...............................................................41 7.1 Importância da rede de distribuição .........................................................41 7.2 Pressão dinâmica ....................................................................................41 7.3 Ações de combate as perdas d’água .......................................................42 8 Tubulações e acessórios .........................................................43 8.1 Critérios para escolha de tubulações .......................................................43 8.2 Tipos de tubulações .................................................................................43 8.3 Acessórios ...............................................................................................43 9 Inovações ...................................................................................44 Conclusão......................................................................................46 Referências Bibliográficas............................................................47 7 Abastecimento de Água para Consumo Humano Abastecimento de água, sociedade e ambiente Capítulo 1 Introdução A água possui um papel essencial para a sobrevivência humana, porém sua disponibilidade na natureza tem sido insuficiente para atender à demanda. As instalações para abastecimento de água devem ser capazes de fornecer água com qualidade, com regularidade e de forma acessível para as populações, além de respeitar os interesses dos outros usuários dos mananciais utilizados, pensando na presente enas futuras gerações. A Engenharia mostra-se essencial para assegurar condições adequadas de abastecimento de água, pois as instalações devem ser planejadas, projetadas, implantadas, operadas e mantidas. Já que o papel da engenharia é: formar conhecimentos científicos e empíricos e habilitações específicas à criação de estruturas, dispositivos e processos que convertam recursos naturais em formas adequadas ao atendimento das necessidades humanas. Porém, a engenharia mostra-se insuficiente para conduzir todo o processo de abastecimento de água, pois a questão da água é interdisciplinar, abrangendo inúmeras áreas do conhecimento. A vida sedentária levou a necessidade do abastecimento de água para as populações. O abastecimento de água insere-se no contexto de saneamento que é um conjunto de ações sobre o meio ambiente no qual vivem populações, visando a garantir a elas condições de salubridade, que protejam a sua saúde (seu bem-estar físico, mental ou social). A demanda de água determina a localização das comunidades, pois ela é um fator limitante para o desenvolvimento local, ou seja, lugares onde tinha maior quantidade e qualidade de água foram povoados primeiro, e até hoje essa lógica existe. O que se observa, então, é um progressivo desenvolvimento de tecnologias para a captação, o transporte, o tratamento e a distribuição desse recurso tão importante, além do crescimento da consciência quanto à 8 importância da qualidade da água para a saúde do homem e da importância de se preservar os mananciais nosquais a água é retirada. Também é importante frisar que a água possui um valor econômico, a maioria das pessoas paga pela água que consome, por isso deve ser utilizada a quantidade estritamente necessária desta, evitando uso supérfluo, as perdas (fugas e vazamentos) e os desperdícios. 9 Capítulo 2 Histórico A necessidade de utilização da água para abastecimento é indissociável da história da humanidade. suprimentode água são Vários registros de experiências de encontrados, desde a Antiguidade. Inicialmente era utilizada água de nascentes e de lençóis freáticos rasos, por meio de escavações rudimentares, que evoluíram para cacimbas revestidas de pedra e betume. Os qanats também eram utilizados na Antiguidade, são galerias e túneis horizontais. Um túnel de inclinação suave é escavado em um solo aluvionar, para, por gravidade conduzir água de seu extremo de montante, até o seu extremo de jusante. Galerias verticais são escavadas em intervalos igualmente espaçados para permitir o acesso ao túnel. Esses sistemas, apesar de serem desenvolvido na Antiguidade, ainda são encontrados nas regiões áridas e semiáridas do Oriente Médio e Norte da África. 2.1 Eventos relevantes na história do abastecimento de água c. 2600 a.C.: existência de reservatórios de terra e utilização de captação subterrânea pelos povos orientais. c. 2000 a.C.: utilização do sulfato de alumínio na clarificação da água pelos egípcios. c. 691 a.C.: construção do aqueduto de Jerwan (Assíria) , constituinte do primeiro sistemapúblico de abastecimento de água conhecido. c. 312 a.C.: construção do primeiro grande aqueduto romano, o AquaApia, com cerca de 17 km de extensão. 10 Figura 1 Fonte:http://2.bp.blogspot.com/_vQwdxlOcydM/S9pMZZLwn6I/AAAAAAAAAFE/6JQFZrcjKsM/s 1600/acquappia.gif. até o século III d.C.: no período, a população de Roma totalizava entre 700.000 e 1.000.000 de habitantes, ocupando área de cerca de 200 ha, sendo que, no tempo de Constantino (306-337 d.C.), a cidade possuía 247 reservatórios, 11 grandes termas, 926 banheiros públicos e 1.212 chafarizes. 1883: construção da primeira hidrelétrica no Brasil, em Diamantina-MG (para mineração). 11 Figura 2 Fonte: http://www.constelar.com.br/constelar/168_junho12/brasil-geracao-energia.php. 1908: primeira aplicação do cloro na desinfecção de água de abastecimento nos EUA, em Nova Jersey. 1913: invenção dos tubos de cimento amianto, por A. Mazza, na Itália. 1936: lançamento do tubo PVC, na Alemanha, com a montagem de uma rede experimental enterrada para teste de durabilidade (amostras dessa rede, retiradas em 1957, mostraram que os tubos não sofreram qualquer alteração). 2.2 Ordem cronológica das preocupações com o abastecimento de água Água para a agricultura, pecuária e consumo humano; Transporte de água em canais e tubulações; Captação de água subterrânea; Armazenamento de água; Tratamento de água; Acumulação da água em represas; Elevação da água; Compreensão da hidráulica; Organização deserviços de abastecimento de água. 12 Capítulo 3 Necessidades de água Foram se tornando crescentemente mais diversificadas e exigentes, em quantidade e qualidade, as necessidades de uso da água. A garantia da sobrevivência passou a exigir mais segurança no suprimento de água e maiores aportes tecnológicos. Novas demandas por água foram surgindo com o passar do tempo, como exemplo pode-se citar a indústria de lazer e a sociedade de consumo. Maior quantidade de água é usada para irrigação no mundo, mas principalmente nos países subdesenvolvidos, já que nos desenvolvidos, o consumo de água é grande para uso industrial. Para preservar a saúde, o consumo mínimo de água deve ser de 20 litros por habitante. Além de o seu fornecimento ser contínuo, com boaqualidade e por meio de canalizações o que reduz grandemente o risco de transmissão feco-oral de doenças. Quanto maior o tempo despendido na obtenção de água, menor vai ser o tempo produtivo para obtenção da mesma. Pode-se dividir o uso da água em duas partes. Os usos que resultam em perdas entre o volume de água captado e o volume que retorna ao curso de água (usos consuntivos) e o uso, no qual não se verifica essas perdas (usos não consuntivos). 3.1 Usos consuntivos Abastecimento doméstico; Abastecimento industrial; Irrigação; Agricultura. 3.1.1 Usos não consuntivos Geração de energia; Navegação; Recreação e harmonia paisagística; 13 Pesca; Diluição, assimilação e afastamento deefluentes. 3.1.2 Necessidades quanto ao uso da água: Uso da água relacionado à proteção da saúde humana: usos essenciais, que dependendo da quantidade per capita, podem implicar transmissão de doenças para o homem. Incluem os usos para fins de ingestão, higiene e descarga dos vasos sanitários. Uso relacionado ao preparo de alimentos. Uso relacionado a atividades econômicas. Uso destinado a elevar o nível de conforto, à satisfação estética e cultural das pessoas e à manutenção dos espaços públicos urbanos e rurais. 3.2 Oferta x Demanda A oferta de água não é homogênea pelo mundo, existindo locais com mais abundância e outros com escassez. Porém, a demanda por água está sempre crescendo. Por isso é que no balanço oferta vezes demanda haverá sempre um deslocamento em direção à demanda. 3.3 Qualidade da água É fato de que mesmo muitos anos atrás já se sabia que a qualidade da água interfere na qualidade da saúde (transmissão de doenças). Do volume total de água existente na natureza, apenas um pequeno percentual apresenta qualidade, quantidade e acessibilidade para ser utilizado nos sistemas de abastecimento. A degradação das águas por meio de poluição e a não racionalização do seu uso vêem dificultando seu tratamento, intensificando a escassez hídrica e aumentando os riscos à saúde humana pelo seu consumo. Pode-se definir como água potável aquela que pode ser consumida sem riscos à saúde humana. O consumo de água não potável mata mais pessoas no mundo do que outras formas de violência,incluindo a guerra. 3.4 Doenças transmitidas pela água 14 De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) a cada 8 segundos uma criança morre de infecção relacionada com a água. Isso por que um número muito grande de doenças são transmitidas através da água. 3.4.1 Mecanismos de transmissão de doenças a partir da água: a) Ingestão da água contaminada. b) Insuficiência da água usada para higiene. Ainda existe as doenças transmitidas por mosquitos que se procriam na água. O aparecimento de muitas doenças está mais associado às mãos sujas do que com a qualidade da água consumida. Quando a água destinada para consumo doméstico for de boa qualidade, entre outras coisas, levará a prevenção de doenças. A quantidade mínima de água necessária às boas condições de saúde (doméstica) está entre 15 e 20 L/hab.dia. 3.5 Abastecimento de água Correta concepção do abastecimento de água: equacionamento entre a necessidade do uso da água e os impactos provocados por esse uso. Existe um contingente considerável da população mundial que ainda se encontra afastada ao acesso de abastecimento de água de boa qualidade, a grande maioria dessas pessoas se encontram em países pobres, os ditos subdesenvolvidos. Porém, mesmo quando existe sistema de abastecimento, a segurança da água, nem sempre é garantida. Podem-se observar importantes diferenciais de qualidade com que o abastecimento de água é realizado em nível estadual e regional. E mesmo em nível estadual, se observam grandes e importantes diferenciais no atendimento e nosindicadores de eficiência dos serviços, entre companhias estaduais de saneamento. É importante frisar que o sistema de abastecimento de água deve ser bem planejado para o adequado equacionamento dos esgotos gerados. 15 3.5.1 Projeto das instalações para abastecimento de água Para um sistema de abastecimento de água ser implantado em algum lugar deve-se primeiro pensar no alcance desse projeto, ou seja, na população e área que serão abastecidos por ele. Por isso o valor da população deve ser estimado. Deve-se existir uma margem de segurança na estimativa para que por alguma forte razão imprevisível, as populações reais futuras não ultrapassem a estimativa feita pelo processo. Porém, podem ocorrer eventos inesperados que mudem totalmente a trajetória prevista para o crescimento populacional. Isso ressalta a necessidade do estabelecimento de um valor realístico para o horizonte do projeto, assim como da implantação do sistema em etapas. Para o projeto do sistema de abastecimento de água, é necessário o conhecimento da população de final de plano, bem como sua evolução ao longo do tempo, para o estudo das etapas de implantação. Na fixação do alcance, deve-se considerar as incertezas da projeção populacional e o impacto de a população não evoluir da forma estimada. Por exemplo, em um sistema de pequeno porte o alcance estimado é por volta de 10 anos. Para estimativas da população de novos loteamentos, ou seja, lugares onde não há dados censitários históricos da áreaa ser ocupada é necessário se informar sobre experiências de implantação de loteamentos com características similares, analisando a taxa de ocupação ao longo do tempo. As instalações para abastecimento de água devem estar preparadas para suprir um conjunto amplo e diferenciado de demandas (não apenas as referentes ao uso domiciliar). Devem ser estimadas todas as demandas a serem satisfeitas pelas instalações, considerando o período futuro de alcance do sistema e não apenas a realidade presente, e observando as vazões corretas em cada umas de suas unidades. A decisão a ser tomada para fixação do alcance contém uma maior responsabilidade, deve-se sempre realizar um estudo econômico-financeiro para dar suporte a essa decisão. 16 3.5.2 Potenciais impactos da instalação do sistema de abastecimento de água: Erosões nas margens e assoreamento nos leitos. Impactos ambientais do represamento da água. Resíduos gerados na operação das estações de tratamento de água (lavagem dos filtros e de descarga de decantadores e floculadores) devem ser tratados antes do descarte. Rebaixamentos de lençol de água, movimentos de terra e ocupação de terrenos, são gerados nas obras de instalação de tubulações. Quando não é tratada pelo sistema, a água após ser consumida, retorna ao ambiente na forma de esgoto sanitário e industrial. O esgoto representa potencial poluidor ao manancial em que foi jogado. 3.6 Consumo de Água Vários são os consumos atendidos pelo sistema de abastecimento de água, entre eles estão o doméstico, ocomercial, o público, o industrial, somando-se os consumos do próprio sistema e as perdas (que acontecem mesmo nos sistemas mais modernos). Consumo per capita é classificado como a divisão entreo total de demanda a ser atendida pelo sistema e a população abastecida e também a média diária, por indivíduo, dos volumes requeridos para satisfazer aos consumos doméstico, comercial, público e industrial, além das perdas no sistema. As unidades devem ser operadas para funcionar para a demanda média, mas também capazes de suprir as variações que ocorrem ao longo do ano e ao longo dos dias. Deve sempre ser lembrado que o acréscimo populacional gerará consumo de água e que em localidades turísticas e de veraneio , onde a população é flutuante, vai ocorrer uma variação da população ao longo do ano, os valores mais elevados serão durante as férias e os feriados. Existe consumo doméstico de água verificado também fora do domicílio como rega de gramados e jardins, esses consumos vão de 300 a 600 L/hab.dia somente para tais fins. Existe uma correlação entre a demanda doméstica de 17 água e variáveis como o número de habitantes por domicílio, área construída, área do terreno, valor venal do imóvel e renda familiar. A água também é consumida para fins comerciais, entre eles estão: a demandas de água por hotéis, bares, restaurantes, escolas, hospitais, postos de gasolina e oficinas mecânicas. O consumo público de água se resume na manutenção de parques e jardins, monumentos,aeroportos, terminais rodoviários, limpeza de vias, prevenção de incêndios. E o abastecimento dos próprios prédios públicos. O consumo industrial, varia com as diversas tipologias industriais, já que o tipo de matéria prima utilizada, bem como o tipo de limpeza, a forma das instalações sanitárias, cozinhas e refeitórios influenciam na quantidade de água que é gasta. A partir de 1980 ocorreu uma tendência de redução do consumo de água nas atividades industriais por meio de racionalização do uso e do reuso. Algumas indústrias até dispõem de unidades de captação próprias, por isso o consumo de água para fins comercias é tão pequeno em alguns lugares comerciais. É intuitiva a relação entre o mais elevado padrão socioeconômico da população e o maior consumo de água, manifesto em atividades que proporcionam conforto e lazer como máquinas de lavar, piscinas, duchas, lavagem de carros, rega de jardins. Porém, relacionar às regiões quentes e secas com um consumo de água mais elevado, se comparado às regiões temperadas e frias nem sempre é verdade. O porte da cidade (relacionado com seu número de habitantes), seu grau de industrialização e seu potencial turístico também afetam o consumo de água. É importante lembrar que a administração do sistema de abastecimento pode influenciar, de diversas maneiras, o consumo de água, em todos os tipos de demanda mencionados. E que nas estações consome-se água para lavagem de filtros, para lavagem de outras unidades (como de cantadores) e para atividades na casa de química (ou seja, no processo de tratamento deágua). Esse consumo 3.7 Desperdícios de água chega a ser 2% da vazão produzida. 18 Grande quantidade da água que é captada pelo sistema de abastecimento é desperdiçada. Porém os desperdícios são evitados com modelos tarifários que punem os consumos elevados e pela implantação de equipamentos sanitários de baixo consumo. Emprego de válvulas de descarga nas instalações sanitárias podem consumir de 12 a 25 litros a cada acionamento. No Brasil e nos EUA foram criadas válvulas de consumo inferior a 6 litros por acionamento, o que diminui muito o desperdício de água. 3.8 Perdas de Água As perdas de água são relevante parcela da demanda de água em um sistema de abastecimento. Elas correspondem à diferença entre o volume de água produzido e o volume entregue nas ligações domiciliares. A diferença entre o consumo per capita macromedido (calculado) e o consumo per capita micromedido (consumo real) é as perdas no sistema. 3.8.1 Fatores que influenciam no valor do índice de perdas Eficiência administrativa do sistema de abastecimento (detecção de vazamentos, qualidade de operação das unidades, controle de ligações clandestinas, aferição e calibração de hidrômetros). Topografia da cidade e a idade das tubulações (fatores preponderantes na magnitude das perdas por vazamento). A topografia do município, que pode condicionar a rede de distribuição de água a maiores pressões, o que favorece o consumo pela possibilidade de elevação das perdasfísicas. 19 Capítulo 4 Mananciais e captações Manancial de abastecimento público é a fonte de água doce superficial ou subterrânea utilizada para consumo humano ou desenvolvimento de atividades econômicas. Os mananciais são recarregados pela chuva. Essas recargas aumentam por lagos e cursos d'água influentes. Há ainda as recargas artificiais através do excesso de irrigação, de vazamentos em canais e adutoras e do uso de poços alimentados com excedentes de águas de enchentes ou estações de tratamento de esgoto ou de água. Com aumento do consumo de água, poços, drenos e galerias filtrantes são usados para captar água subterrânea. A super exploração dos mananciais é considerada insustentável (superiores aquelas de recarga natural). Como consequências: redução dos níveis dos lençóis freáticos, produtividade dos poços, escoamento de base e dos níveis mínimos dos reservatórios de áreas pantanosas, aumento dos custos de exploração, ocorrência de subsidência e intrusão salina, e desaparecimento de nascentes. As águas subterrâneas estão sendo poluídas cada vez mais por efluentes domésticos, industriais e agrícolas. A disponibilidade de água, tanto em quantidade como em qualidade, é um dos principais fatores limitantes ao desenvolvimento das cidades. Para a manutenção sustentável do recurso água, é necessário o desenvolvimento de instrumentos gerenciais de proteção, planejamento e utilização, adequando o planejamento urbano à vocação natural do sistema hídrico. A vegetação é de fundamental importância para a retenção da água nos continentes, pois deladepende a maior ou menor quantidade da água que se infiltra no solo, parcela essa que garante as vazões das nascentes e dos poços, além de ser grande responsável pela perenidade dos corpos de água superficial. O desmatamento predatório pode comprometer seriamente os recursos hídricos. As bacias que contêm mananciais de abastecimento devem receber tratamento especial e diferenciado, pois a qualidade da água bruta depende da forma pela qual os demais trechos da bacia são manejados. As vazões de uma bacia hidrográfica resultam de uma complexa interação dos diversos processos de armazenamento e transporte do ciclo hidrológico. O 20 estudo aprofundado das vazões de cursos d'água é extremamente importante para: Projetos de vão de pontes; Projetos de obras de drenagens; Retificação de cursos d'água; Dimensionamento de vertedores de barragens; 4.1 Mananciais subterrâneos e captações O uso das águas subterrâneas (20% da demanda mundial) para o suprimento das necessidades é crescente, usada para o abastecimento público e atividades agrícolas e industriais. Águas subterrâneas são águas do subsolo que se encontram abaixo do lençol freático, em solose formações geológicas completamente saturadas. As águas subterrâneas não respeitam limites, portanto às vezes devem ser avaliados em âmbito internacional, porque o bombeamento de água de um país pode interferir no bombeamento ou vazões de rios de outro país. A água subterrânea move-se de forma muito lenta em comparação com aágua superficial. O que significa dizer que os mananciais subterrâneos podem ser considerados uma reserva de longo prazo. Uma vez poluídos, uma auto descontaminação, de maneira natural, pode levar centenas de anos. Vantagens ao aproveitamento de águas subterrâneas em relação às superficiais: Abastecimento não esta sujeito à ocorrência de condições climáticas anormais (variabilidade sazonal ou fontes de recarga; estiagem.) São considerados recursos estratégicos, sua exploração não é afetada pela ocorrência de eventos catastróficos (terremotos, vulcões, guerra). Pode ser explorada no local onde ocorre a demanda, pois não há necessidade barragens). de construir adutoras (construções de grandes 21 Geralmente são compatíveis com os padrões de potabilidade e são isentas de bactérias encontradas normalmente na superfície. Dispensam investimentos em estações completas de tratamento, quando não estão poluídas, em adutoras e na construção de barragens. As desvantagens são: Geralmente têm que ser bombeadas. As vazões individuais são relativamente pequenas, limitadas pelas características geológicas do manancial. Podem apresentar alto teor salino, sendo imprópria para o consumo (dependendo, a salinização pode afetar reservatórios superficiais). Se a dureza das águas subterrâneas for excessiva (concentração de cálcio ou magnésio acima do limite), o consumo pode provocar problemas de saúde, o que demandaria um tratamento especial. As atividades de investigação, monitoramento e gestãosão muito mais complexas e caras, demandam maior tempo de avaliação. Para selecionar um manancial para abastecimento é necessário além de um estudo sobre a disponibilidade de água, um estudo da cidade que será abastecida e da sua população. 4.1.1 Aquíferos Aquífero é uma formação geológica saturada que pode armazenar e transmitir quantidades significativas de água sob gradientes hidráulicos naturais ou como uma transformação geológica que pode armazenar e transmitir águas a taxas suficientemente rápidas para fornecer quantidade razoáveis para os poços. Toda perfuração através na qual se obtém água de um aquífero é, genericamente, chamada de poço. Há muitas formas de classificá-los. Será mostrada aqui uma classificação baseada em sua profundidade: Poço manual simples: Esse tipo de poço é recomendado pra abastecer residências unifamiliares ou de pequenos agrupamentos 22 populacionais. Esse poço deve ser construído na época de estiagem para que não ocorra acidentes devido ao clima. Deve ser feito manualmente com uso de equipamentos como picateras, seu diâmetro deve ter no máximo 1 m e sua profundidade varia, mas deve penetrar no mínimo 1 m no lençol freático e sua profundidade mínima é de 3 m. Poço tubular raso: É, na maioria dos casos, utilizado para abastecimento individual na zona rural, O diâmetro da perfuração varia de 50 a 100 mm e a perfuração raramente ultrapassa 20 m. Poço Amazonas: Esse poço é mais recomendado para abastecer comunidades onde existem aquíferos granulares. É recomendado um diâmetro de 4 metros ondesão delimitados os poços, isso garante 12,5 m³ a cada metro de penetração no aquífero captado. Poços tubulares profundos: Também conhecido como “poço artesiano” e/ou “semi-artesiano”, é utilizado para o aproveitamento da água do subsolo, praticamente encontrada em todas as regiões do globo terrestre. Um bom projeto para um poço deve ter como objetivos: máxima eficiência, longa duração e baixo custo. Referindo-se aos aspectos qualitativos, poços não controlados perfurados é motivo de preocupação, devido aos riscos de contaminação dos aquíferos. É necessária também, uma análise laboratorial, para testar a potabilidade da água. Além dos exames bacteriológicos e fisioquímicos, análises da presença de solventes clorados e de metais pesados. 4.1.2 Drenos horizontais Os drenos horizontais são captadores de água subterrânea indicadas, para meios porosos, cujo nível de água está posicionado a pequena profundidade. Geralmente a capitação é feita por um ou mais drenos horizontais assentados no fundo de uma vala. 4.1.3 Barragens subterrâneas e diques 23 Barragens subterrâneas ou diques são construções destinadas a armazenar águas em unidades rochosas de natureza sedimentar, criando um aquífero granular artificial. Barragem de areia: essas construções foram idealizadas para aproveitar as águas subterrâneas nas bordas de chapadas. Nelas são colocados tubos drenos para tirar à areia, e também é feita uma barragem para o aumento do nível da água. 4.1.4 Proteção das captadoras Em todas as obras de capitação há necessidade de adotar medidas deproteção do local, para evitar a poluição de origem humana e animal. Assim recomenda-se que sejam postas em pratica as seguintes medidas. Isolamento de uma área em torno da obra. Construção de terraços e drenos superficiais. Plantio sistemático de espécies de vegetais adaptadas à área. 4.1.5 Adução Processo que se baseia na derivação e/ou condução de águas pelo sistema de distribuição (abastecimento de águas). É um conjunto de encanamento, peças especiais, obras de arte e instalações diversas que promovem a circulação da água entre a captação e a reservação ou entre a captação e a rede de distribuição quando no sistema não existe reservação. A escolha da adutora varia de acordo com fatores como: Método de fabricação dos tubos e acessórios; Condição de funcionamento hidráulico; Pressão interna e durabilidade do material face às características do solo; Cargas externas; Natureza da água transportada; 24 Custo. Os materiais mais empregados são: PVC; Ferro fundido, cimentado internamente; Aço soldado; Aço com junta ponta e bolsa, junta travada, etc; Concreto armado; Fibra de vidro impregnado em resinas de poliéster; Polietileno. O traçado das adutoras geralmente é definido com base em critérios técnicos e econômicos. Por isso, a sua concepção deve ser realizada com estudos sobre o local utilizado. Cuidados especiais devem ser tomados nos pontos mais baixos das adutoras, com a instalação de válvulas dedescarga, para proporcionar o esvaziamento completo do trecho da adutora. Esse esvaziamento é necessário principalmente no momento de pré-operação para a limpeza das adutoras. Uma estação elevatória, por vezes chamada estação de bombagem, é usada quando as águas residuais têm que ser deslocadas de um nível baixo para um mais elevado, para que possam fluir pela tubagem do sistema de rede de esgotos ou quando a topografia não permite a ação da gravidade. Os tipos de adução variam, eles podem ser: Adução por Gravidade A capacidade máxima de uma adutora por gravidade ocorre quando toda a carga hidráulica disponível é utilizada na perda de carga ao longo do conduto. Adutora por gravidade em conduto livre: A água escoa sempre em declive, mantendo umasuperfície livre sob o efeito da pressão atmosférica. Os condutos podem ser abertos ou fechados, não funcionando com seção plena (totalmente Adutora cheios). por gravidade em conduto forçado: A pressão interna permanentemente superior à pressão atmosférica permite à água mover-se, quer em sentido descendente quer em sentido ascendente, graças à existência 25 de uma carga hidráulica. No conduto forçado a pressão no escoamento é diferente da atmosférica, portanto, tem que ter superfície fechada e normalmente seção circular. Adução por recalque Quando, por exemplo, o local da captação estiver em um nível inferior, que não possibilite a adução por gravidade, é necessário o emprego de equipamento de recalque (conjunto moto-bomba e acessórios). O sistema de adução écomposto por condutos forçados. Aduções mistas Constituída uma parte por recalque outra por gravidade. 4.2 Mananciais superficiais e captações Para escolha adequada do manancial e do local de implantação da capitação, deve-se considerar: os tipos de estudos a realizar, condições gerais a serem atendidas pelo local, inspeção de campo e consulta à comunidade beneficiada. 1º) Tipos de estudo a realizar: Mapa geográfico da área, do tipo planialtimétrico. O manancial e sua localização têm influência no tipo de tratamento de água, comprimento, acesso, perfil topográfico e desnível altimétrico de adução, aproveitamento de unidades já existentes, racionalidade na disposição das unidades de reservação e distribuição. Estimativa de vazão mínima dos mananciais em estudo. Levantamento sanitário da bacia hidrográfica (com atenção para atividades degradadoras da vegetação e poluidoras da água, solo e do ar) Conhecimento dos usos da água. Levantamento características físicas, químicas e biológicas da água e a avaliação do transporte de sólidos. Informações ou estimativas sobre os níveis de água máximo e mínimo 26 nos locais de captação. A complexidade dos elementos acima dependerá da grandeza da vazão necessária e da disponibilidade de recursos hídricos na região de interesse. 2º) Condições gerais a serem atendidas pelo local de captação: Situar em um ponto que garanta a vazão demandada. Situar-se em local que garanta água de qualidade compatível com tecnologias de tratamento deágua técnica e economicamente possíveis de serem adotadas. Situar-se em cota altimétrica (marcação de nível ou altitude de um terreno) superior a localidade a ser abastecida (adução por gravidade); caso a adução por gravidade seja inviável técnica ou economicamente, o local de captação deve situar-se em cota altimétrica que resulte menor desnível geométrico em relação a localidade e que possibilite as condições apropriadas de bombeamento e adução por recalque(menor comprimento, perfil adequado e condições satisfatórias de acesso). Situar-se em um terreno que apresente condições acesso. Situar-se em um trecho reto ou em um local próximo à sua margem externa. (sem favorecer acúmulo de sedimentos) Permitir que as estruturas e dispositivos de captação fiquem protegidos de ação erosiva e dos efeitos de remanso e da variação de nível d curso d'água. Resultar no mínimo de alterações do curso d'agua. 3º) Inspeção de campo (levantamento sanitário) e consulta à comunidade a ser beneficiada: Escolher o melhor manancial, em função da demanda, da quantidade, da qualidade e da economicidade do sistema. Escolher o melhor local para a captação, evitando a captação de água poluída ou em quantidade insuficiente, tornando mais econômica as operações do sistema. Medir e avaliar a vazão disponível. Identificar os níveis máximo e mínimo de água nos prováveis locais de 27 captação. Identificar medidas necessárias para a proteção do manancial e da bacia hidrográfica, referindo-se a melhoria daqualidade e quantidade da água; Conseguir o envolvimento e o apoio da comunidade a ser beneficiada. 4.2.1 Tipos de captação de água de superfície Captação direta ou fio d'água: aplicada em cursos de água que possuam vazão mínima utilizável superior à vazão de captação e que apresente nível de água mínimo suficiente para a adequada submergência ou posicionamento da tubulação ou outro dispositivo. Captação com barragem de regularização de nível de água: aplica-se em cursos de superfície com vazão mínima utilizável superior à vazão de captação, porém cujo o nível de água seja insuficiente para a necessária submergência ou posicionamento da tubulação ou outro dispositivo de tomada. O nível mínimo é elevado por meio de uma barragem de pequena altura, soleira, para que o manancial atinja um nível mínimo para sua captação. Capitação com reservatório de regularização de vazão destinado prioritariamente para o abastecimento público: empregada quando a vazão mínima utilizável do manancial de superfície é inferior à vazão de captação necessária. Torna-se necessária a construção de barragem de maior altura, para permitir o acúmulo de volume de água que possibilite a captação necessária em qualquer época do ano hidrológico, além de garantir o fluxo residual de água em quantidade adequada para manutenção da vida aquática. Captação em reservatórios ou lagos de usos múltiplos: se dá em reservatórios artificiais ou em lagos naturais cujas águas não têm seu uso prioritário relacionado ao abastecimento público. Captações nãoconvencionais. 4.2.2 Captações não convencionais São captações concebidas para permitir o emprego de equipamentos de elevação ou recalque de água movida por energia não convencional, como 28 eólica, a solar, a proveniente de transiente hidráulico (golpe de aríete) ou a decorrente do impulso proporcionado pelo jato de água. São soluções muito interessantes por dispensarem a utilização de energia elétrica gerada a partir do consumo de recursos naturais que estão se tornando cada vez mais escassos. Captação conjugada à roda de água Com a atual crise de energia elétrica, a roda de água voltou a ser usada, agora conjugada à bomba de êmbolo (pistão). A captação deve proporcionar um desnível geométrico em relação ao local de instalação da roda de água, de modo a resultar vazão adequada para fazer girar a roda com o número de rotações necessário para o funcionamento da bomba a ela conjugada. Captação conjugada a carneiro hidráulico (aríete hidráulico). O local da captação deve propiciar uma altura de água ou pressão adequada sobre o equipamento de recalque de água, conhecido como carneiro ou aríete hidráulico. Esse equipamento, desde que posicionado corretamente, gera uma sequência de rápidos e contínuos transientes hidráulicos (golpes de aríete) que resultam sobre pressões de intensidade adequada na linha adutora, possibilitando a elevação ou o recalque de vazões de água dentro de certos limites. 4.2.3 Dispositivos constituintes das captações de água da superfície: Tomada de água: finalidade de conduzir a água do manancial para asdemais partes da captação. Presente em todo o tipo de captação Barragem de nível ou soleira: utilizada onde a lâmina mínima de água é insuficiente para a necessária submergência. Reservatório de regularização de vazão: para situações em que a vazão mínima disponível for menor do que a vazão de captação. Grades e telas, presente em todo o tipo de captação. 4.2.4 Desarenador 29 Comumente designado caixa de areia, é instalação complementar das captações de água de superfície, utilizado quando o curso de água apresenta transporte de sólidos. Tem por finalidade remover da água captada a areia de uma dada granulometria. No seu interior ocorre a chamada sedimentação de partículas discretas, de partículas que não têm alterado seu tamanho, forma ou peso quando se sedimentam. Devem existir preferencialmente dois desarenadores, dimensionados, cada qual, para a vazão total, ou seja, um deles deve funcionar como unidade reserva. Este pode ser dispensado quando se comprovar que o transporte de sólidos sedimentados não é prejudicial ao sistema. 30 Capítulo 5 Métodos utilizados para o tratamento da água 5.1 Tratamento da água O tratamento da água começa na escolha da captação da água bruta e a partir do tipo de captação escolhida serão determinados os processos utilizados para o tratamento desta, para que ela chegue com qualidade aos consumidores. A água retirada de mananciais chega às estações de tratamento com diversos contaminantes, orgânicos e inorgânicos, que devem estar presentes na água potável emquantidades mínimas pré-estabelecidas pelo Ministério da Saúde, para não afetarem a saúde da população. Apesar de ser praticamente impossível especificar todos os contaminantes e as respectivas concentrações máximas para que não afetem a saúde humana, uma quantidade relativamente grande já foi especificada. 5.2 Processos utilizados para o tratamento da água: 5.2.1 Micropeneiração As unidades de micropeneiramento destinam-se à retenção de sólidos não coloidais (com diâmetro maior que 1000 mm) em suspensão e geralmente contam com sistema de limpeza por água contracorrente, ou seja, é a passagem da água por peneiras com malhas de pequena abertura visando à remoção de material particulado. As micropeneiras constituem em malhas com diferentes aberturas de filtração. 5.2.2 Oxidação Consiste em oxidar matéria orgânica e inorgânica indesejáveis, facilitando sua remoção posterior. Na oxidação por aeração e, especialmente, na oxidação química podem ser gerados subprodutos indesejados, que necessitam ser monitorados e 31 removidos, se forem encontrados em concentração superior ao valor máximo permitido. A oxidação por aeração destina-se a introduzir ar na água, por meio de aeradores, para a remoção de compostos voláteis e oxidáveis e gases indesejáveis. No caso de remoção de contaminantes por oxidação, em que a aeração não é eficiente, pode-se estudar o emprego de oxidantes químicos, o tipo de oxidante químico, sua dosagem e o tempo de contato devem ser estabelecidos em laboratório, em função da qualidade da água bruta, tomando-se cuidado especialcom os subprodutos gerados durante a oxidação. Alguns tipos de oxidantes químicos são: cloro, ozônio, dióxido de cloro, permanganato de potássio e peróxido de hidrogênio. A elevação do pH também pode ser utilizada para remoção de alguns metais, uma vez que tal procedimento faz com que alguns metais se tornem insolúveis em água, possibilitando sua remoção posterior em decantadores ou filtros. Figura 3. Fonte: http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/Tratam02_pre.htm . 32 Figura 4. Fonte: http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/Tratam02_pre.htm. 5.2.3 Adsorção A adsorção consiste na remoção de compostos orgânicos e inorgânicos indesejáveis, incluindo os que causam sabor e odor, fazendo a água entrar em contato com uma substância adsorvente (em geral o carvão). Os processos de adsorção utilizados podem ser representados, de modo simplificado, pela reação A + B é AB, em que A representa a substância adsorvida (adsorvato) e B o adsorvente. Os responsáveis por manter os compostos na superfície dos adsorventes são forças físicas tais como ligações de hidrogênio, interações dipolo-dipolo e forças de Van-Waals. 5.2.4 Coagulação e mistura rápida O processo de coagulação consiste na adição de coagulante, visando desestabilizar impurezas presentes na água e facilitar o aumento do tamanho das mesmas. A cor, a turbidez, o sabor, o odor e diversos tipos de contaminantes orgânicos e inorgânicos presentes na água geralmente estão associados a partículas suspensas ou dissolvidas, que podem requerer a coagulação 33química da água, a fim de facilitar a remoção dessas impurezas. Os coagulantes comumente usados nas ETAs (estações de tratamento de água) são o sulfato de alumínio, o cloreto férrico, o sulfato ferroso clorado, o sulfato férrico e o hidroxi-cloreto de alumínio. Quando ocorre a dispersão do coagulante, são originadas espécies hidrolisadas que reagem quimicamente, com as impurezas ou que atuam sobre a superfície delas e reduzem a força repulsiva que tende a mantê-las estáveis no meio aquoso, de modo a facilitar a remoção nas unidades posteriores do tratamento. A aplicação do coagulante deve ser ministrada corretamente, quando isso não ocorre compromete-se o desempenho de todas as unidades de tratamento a jusante, aumentando os riscos sanitários da água produzida. 5.2.5 Floculação A floculação se baseia na agitação da água após o processo de coagulação, com o objetivo de promover o contato entre as impurezas e, assim, aumentar o tamanho das mesmas. É importante ressaltar que nessa unidade não ocorre remoção das impurezas, sua finalidade é exclusivamente acondicionar a água que será encaminhada aos decantadores aumentando o tamanho das partículas como já mencionado. 5.2.6 Decantação Passagem da água por tanques, no fundo dos quais as impurezas em suspensão ficarão depositadas, ou seja, decantação por ação da gravidade. A coagulação e a floculação possibilitam a obtenção de partículas com maior velocidade de sedimentação, viabilizando a construção de unidades de decantação mais compactas. 5.2.7 Flotação É o arrastedas impurezas para a superfície de um tanque por meio da ação de microbolhas. 34 Enquanto na sedimentação a força de gravidade atua fazendo com que as partículas se depositem no fundo do decantador, na flotação a clarificação da água é conseguida por meio da produção de bolhas que se aderem aos flocos ou partículas em suspensão, aumentando o empuxo e provocando ascensão dos flocos até a superfície do flotador, de onde são removidas. As bolhas, ou microbolhas, são geradas por equipamentos como a bomba de recirculação, câmara de saturação e compressor de ar. 5.2.8 Filtração Rápida Em meio granular: É a remoção de material particulado presente na água, fazendo-a passar por um leito contendo meio granular (usualmente areia e/ou antracito). Ela é o resultado de três mecanismos: o de transporte, responsável por conduzir as partículas suspensas no líquido para as proximidades da superfície dos grãos do meio granular (coletores); aderência, responsável por aderir as partículas à superfície quando estas estiverem bem próximas das mesmas removendo-as da água; e o mecanismo de desprendimento, quando as forças que agem sobre o material depositado superam as forças adesivas as partículas são desprendidas e arrastadas para outras camadas do filtro. 5.2.9 Desinfecção A desinfecção da água tem caráter corretivo e preventivo. No primeiro caso, objetiva-se a eliminação de organismos patogênicos que possam estar presentesna água, incluindo bactérias, protozoários e vírus. Por outro lado, é mantido um residual do desinfetantena água fornecida à população, para atuar preventivamente, caso ocorra alguma contaminação na rede de distribuição, e indicar a qualidade da água distribuída. Os agentes desinfetantes agem por meio de um ou mais desses mecanismos: destruição da estrutura celular; interferência no metabolismo com inativações de enzimas; interferência na biossíntese e no crescimento celular, evitando a síntese de proteínas, ácidos nucléicos e coenzimas. 35 Os agentes químicos usados na desinfecção normalmente são os oxidantes cloro, bromo, iodo, ozônio, permanganato de potássio e peróxido de hidrogênio e os íons metálicos - prata, cobre- enquanto dentre os agentes físicos destacam-se o calor e a ação ultravioleta. 5.2.2.1 Fluoretação É o processo de adição de íons de flúor à água para a prevenção da carie infantil. O flúor age previamente contra a decomposição do esmalte dos dentes. A aplicação pode ser feita na forma concentrada ou diluída dependendo da vazão e precisão dos dosadores. 5.2.2.2 Estabilização química Após passar por todas as etapas de tratamento, a água distribuída à população deve atender ao padrão de potabilidade para o consumo humano vigente no país. Contudo, mesmo apresentando valores inferiores ao máximo permitido quanto a contaminantes, a água pode apresentar-se corrosiva ou incrustante e acarretar danos á tubulação. Assim a estabilização química consiste na correção da corrosão da água. 5.3 Técnicas de tratamento de água No Brasil, a prática consagrada para o tratamento de águas superficiais, na maioriadas situações, inclui as seguintes etapas: Clarificação: destinada a remover sólidos presentes na água. Esta etapa ocorre nos decantadores. Desinfecção: destinada a inativar microrganismos patogênicos. Fluoretação: para prevenção da cárie dentária infantil. Estabilização química, para controle da corrosão e da incrustação da água nas tubulações, concreto. 5.3.1 Filtração lenta 36 O filtro lento consiste basicamente de um tanque, onde é colocada areia sobre uma camada de pedregulho e sob esta tem se um sistema de drenagem, destinado a recolher a água filtrada. Uma das principais vantagens desse processo é a elevada eficiência de remoção de organismos parcialmente transmissores de doenças, devido a vários fatores como ao decaimento natural, devido as filtro lento ser um ambiente hostil para esses microrganismos; a predação; o efeito biocida da radiação solar; e a adsorção no biofilme aderido ao meio filtrante. 5.3.2 Filtração direta A filtração direta inclui todas as técnicas de tratamento em que filtros rápidos são as únicas unidades destinadas à remoção de sólidos presentes na água e nas quais a água bruta é coagulada, e se necessário floculada, antes de ser encaminhada às unidades de filtração. Figura 6. Fonte: Livro Abastecimento de água para o consumo humano- volume2; 2ª edição; 37 Em geral a filtração direta, dependendo das características, não apresenta desempenho satisfatório e, nesse caso, a floculação, ao promover o aumento das partículas, possibilita a melhoria do desempenho da ETA.5.3.3 Tratamento convencional e flotação No tratamento convencional, após a coagulação a água é sempre floculada e decantada antes de ser encaminhado às unidades de filtração rápida, as quais, em geral são de escoamento descendente. 5.3.4 Separação em membranas Na separação em membranas, utiliza-se uma matéria semipermeável com micro-aberturas de filtração, que permite a remoção de material particulado, micromoléculas, moléculas dissolvidas e íons dissolvidos. Figura 7. Fonte: www.revistatae.com.br/artigos.asp?id=91&fase=c. No tratamento de água destinada ao abastecimento de água destinada ao abastecimento publico, a separação em membrana é utilizada especialmente para tratar águas salobras. 38 Capítulo 6 Reservação As unidades de reservação são tradicionalmente concebidas e operadas enfocando como objetivos principais a regularização entre as vazões de adução e distribuição, o condicionamento das pressões na rede de distribuição, bem como, quando necessário, a reserva para combate a incêndios e outras situações emergenciais. Adicionalmente, uma vez que na maioria significativa dos sistemas de abastecimento a adução de água tratada ocorre por meio de instalações elevatórias, as unidades de reservação permitem menores variações nas vazões de recalque e o desenvolvimento de estratégias de reduzir o consumo de energia elétrica frequentemente interrompendo a adução nos períodos do dia de maior tarifa. O consumo de energia elétrica nos sistemas de abastecimentos de água no Brasil é altíssimo e com o propósito de minimizar odispêndio de energia elétrica, tem sido desenvolvidas estratégias para, em função dos níveis dos reservatórios e das pressões nas redes de distribuição aos mesmos associados, reduzir o tempo do funcionamento dos conjuntos elevatórios. 6.1 Localização no sistema As unidades de reservação podem ser instaladas a montante ou a jusante das redes de distribuição. Os reservatórios de montante sempre fornecem água à rede e consistem na alternativa mais extensivamente utilizada nos sistemas de abastecimento do Brasil. A localização desse tipo de reservatório é próxima aos centros de consumo. Já os reservatórios a jusante da rede de distribuição fornecem ou recebem água, respectivamente, nos períodos de maior ou menor demanda. 6.2 Localização no terreno 39 Os reservatórios podem ser elevados, apoiados, semienterrados e enterrados. Figura 8. Fonte: http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/Reserv01.html. 6.3 Materiais de construção Embora muitos materiais possam ser usados na construção das unidades de reservação, os reservatórios de maior porte são usualmente construídos de concreto armado e, menos frequentemente, aço, alvenaria estrutural e concreto protendido. Especialmente os reservatórios elevados de menor porte são também construídos em argamassa armada, fibra de vidro, aço e madeira. 6.4 Tubulações de entrada e saída Para as tubulações de entrada e saída, o controle da afluência ou efluência, governada pelo nível d’água no interior da unidade, deve se realizar por sistema de fechamento por válvula ou equipamento similar localizado externamente aoreservatório. Para a tubulação de saída, pode ser necessário prever também a instalação de um dispositivo destinado a permitir a entrada de ar na canalização. 6.5 Ventilação A variação abrupta do nível de água no interior do reservatório, tanto no enchimento quanto no esvaziamento, pode suscitar esforços na cobertura na 40 unidade devido à variação da pressão interna. Para minimizar, a unidade deve possuir ventilação, protegida com telas e com cobertura para evitar a entrada de água de chuva e poeira. 6.6 Qualidade de água nos reservatórios Na concepção do sistema de reservação, diversas variáveis devem ser consideradas pelo projetista, visando à preservação da qualidade da água, uma vez que, durante a reservação a qualidade da água é afetada por inúmeros fatores. 41 Capítulo 7 Rede de Distribuição Característica de garantir, como derradeira unidade do sistema de abastecimento de água produzida e veiculada pelas unidades anteriores, chegue até os seus consumidores finais sem a deterioração de sua qualidade e com a quantidade, pressão e continuidade estabelecidas pela boa técnica e pelasnormas regentes no país, referentes ao abastecimento. 7.1 Importância da Rede de Distribuição Para funcionar adequadamente, a rede de distribuição deve estar sujeita a uma pressão mínima e uma pressão máxima. A pressão mínima tem por finalidade vencer os desníveis topográficos e as perdas de carga no ramal predial e nas tubulações internas dos prédios abastecidos, de modo a garantir que a água chegue até o reservatório predial padrão. A não superação dapressão máxima destina-se a garantir a integridade dos tubos, conexões e válvulas utilizadas nas instalações prediais e também reduzir as perdas de agua nas tubulações definida pela pressão referida ao nível do eixo da via publica, sob a condição de consumo nulo e com a ocorrência em nível máximo de água no respectivo reservatório de distribuição. 7.2 Pressão Dinâmica Máxima e Mínima Rede de distribuição é a unidade do sistema de abastecimento de água constituído por tubulações e órgãos acessórios instalados em logradouros públicos, e que tem por finalidade fornecer em regime contínuo (24h por dia, 7 dias por semana), água potável em quantidade, qualidade e pressão adequada a múltiplos tipos de consumidores, como por exemplo: residências, comércios, indústrias e prestadoras de serviços, localizados em cidades, vila, ou outro tipo de aglomeração urbana. 42 7.3 Ações de Combate as Perdas d’Água A solução definitiva para o problema das elevadas perdas de água em sistemas de abastecimento deve assegurar não somente a redução das perdas, mas sobretudo o seu controle e manutenção em níveis aceitáveis, com garantias de sustentabilidade ao longo do tempo. Pode-se traçar um roteiro básico de referencia para o gerenciamento sustentável das perdas, o qual deve abranger algumas fases: Fase um: Diagnóstico dos problemas. Fase dois: Identificar, avaliar e implementar ações de combate. Fase três: Corresponde à proposição de ações de curto e médio prazo, com previsão de custos, estimativas de benefícios e avaliação econômica– financeira. 43 Capítulo 8 Tubulações e Acessórios Os registros históricos indicam que provavelmente as primeiras tubulações utilizadas pelo homem precedem a historia escrita, havendo vestígios em ruinas da Babilônia e China antiga. A diversidade de tipos de matérias existentes exige estudo cuidadoso do projetista para definir a opção mais adequada para cada aplicação, em termos técnicos e econômicos. 8.1 Critérios para escolha de tubulações Para escolher o tipo de tubulações a ser utilizada em uma determinada obra, o projetista deve considerar diversos fatores, incluindo aspectos técnicos e econômicos. Os aspectos técnicos tais como: vazão, rugosidade, resistências físicas e químicas as ações internas e externas do sistema, facilidade de montagem, manutenção, dentre outros, devem assegurar-se a qualidade sanitária e o desempenho satisfatório do sistema projetado, de forma a minimizar a ocorrência de interrupções no abastecimento de água e garantir a segurança do sistema. 8.2 Tipos de tubulações Tubos de aço: Ideal para adutoras que trabalham sobre grandes pressões; Tubos de PVC: Limitações em questão de resistência a pressões internas e os diâmetros comerciais disponíveis; Tubos de polietileno e polipropileno: Facilmente soldáveis, leveza e elevada resistência química; Tubos de concreto armado; São indicados para adutoras de grande porte, como as redes de distribuição utilizadas em cidades; 8.3 Acessórios Em adutoras por gravidade em conduto forçado, além das conexões usuais, aprecem normalmente as seguintes peçasespeciais: valvular ou registros de paradas, registros de descarga, valvular redutoras de pressão, e em adutoras por recalque há a considerar além dessas, as válvulas de retenção e válvulas de aliviar a pressão. Os acessórios podem ser responsáveis por um custo bastante representativo do valor total da aquisição e assentamento das tubulações. Assim, a escolha incorreta desses dispositivos representaria prejuízo funcionamento do sistema de abastecimento. econômico e comprometeria o 44 Capítulo 9 Inovações A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) tem o objetivo de desenvolver novas tecnologias, Brasileiras, para empresas que possam fabricar os equipamentos ou fornecer os serviços. A detecção de vazamentos hoje utiliza um geofone, um aparelho formado por um sensor que, apoiado no chão, capta as vibrações do solo e depois envia para um amplificador e para um fone de ouvido. Estão desenvolvendo um geofone digital que fará a coleta e a gravação dos sinais digitalmente, criando uma biblioteca que permita a avaliação imediata dos sinais captados no campo - por enquanto, eles estão digitalizando o sinal dos geofones analógicos, até o desenvolvimento de um sensor adequado. “Além disso, com a finalidade de baratear o equipamento e tornar a tecnologia mais simples e de fácil utilização, decidiu-se utilizar smartphones como plataforma de base do geofone," conta o pesquisador. 45 Figura 9. Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=inovacoes economizar-agua#.U4vDdPldWjK . Outroproduto inovador que deve sair dos projetos entre a Sabesp e a Poli-USP é um micro laboratório eletrônico - um chip baseado em técnicas conhecidas como microfluídicas - para medir em tempo real a quantidade de fósforo na água, seja de mananciais ou de estações de tratamento. 46 Conclusão A partir da realização desse, pode-se concluir que a água deve ser fornecida à população com qualidade, acessibilidade, regularidade e nos padrões de potabilidade estabelecidos pelas estações de tratamento de água. É necessário também analisar os tipos de mananciais que serão escolhidos, uma vez que é a partir da escolha e analise desses que o processo de tratamento da água será estabelecido. Conclui-se também que a função do engenheiro civil no abastecimento urbano é calcular as vazões mínimas para o funcionamento dos aparelhos presentes nas edificações, e também deve-se calcular de forma segura e econômica os tipos e diâmetros das tubulações. 47 Referências Bibliográficas PÁDUA, V.L.; HELLER, L. (2010). Abastecimento de água para consumo humano: volume 1. Minas Gerais, 2010. (Edição Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, vol. 1.). PÁDUA, V.L.; HELLER, L. (2010). Abastecimento de água para consumo humano: volume 2. Minas Gerais, 2010. (Edição Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, vol. 2.). SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Inovações para economizar água. 26/02/2014. Online. Disponível em www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=inovacoeseconomizar-agua. Capturado em 30/04/2014.
Compartilhar