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27 Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR Escola de Ciências Agrárias e Medicina Veterinária – ECAMV Curso de Medicina Veterinária Matéria de Parasitologia Veterinária Professoras Valéria Natascha Teixeira e Ana Sílvia Passerino Aluna Louise Helene Bacher FILO APICOMPLEXA, FILO ACANTHOCEPHALA, CLASSE CESTODA, CLASSE TREMATODA, BABESIA E GIARDIA Curitiba 2015 TOXOPLASMA HD: Felinos HI: Aves e mamíferos Os gatos e os hospedeiros intermediários se infectam após terem ingerido qualquer uma das formas infectantes: Taquizoíto: forma de multiplicação rápida (líquidos somáticos: sangue, linfa, líquor, líquido amniótico, etc) Cistos com bradizoítos: forma de multiplicação lenta (carne mal cozida, aves e mamíferos) Oocistos (água e alimentos contaminados, solo) CICLO: No estômago ocorre a digestão do cisto com bradizoíto (forma mais comum de infecção) → bradizoítos penetram nas células do intestino → se transforma em trofozoíto → esquizonte → merozoíto → penetram em outra célula intestinal → trofozoíto → esquizonte → merozoíto → formação de macro e microgametócitos → fecundação → ovo ou zigoto → formação do oocisto → eliminação dos oocistos nas fezes → esporulação do oocisto ocorre no ambiente. Taquizoítos APICOMPLEXA Coccídios – coccidiose CICLO: Ingestão do oocisto esporulado → desencista no ID → liberação dos esporozoítos → penetram nas cs intestinais → REPRODUÇÃO ASSEXUADA → cada geração produz merozoítos → saem da célula e infectam novas cs GRANDE DESTRUIÇÃO CELULAR Desenvolvimento de gametócitos → REPRODUÇÃO SEXUADA → Macrogametócito e Microgametócito → OOCISTOS → fezes ESPORULAÇÃO → n⁰ esporocistos e esporozoítos EIMERIA HD: Aves, ruminantes H: id ISOSPORA HD: Suínos, caninos, felinos e aves H: id NEOSPORA HD: Canídeos H: Neuromuscular SARCOCYSTIS HD: Carnívoros H: Intestino CRYPTOSPORIDIUM HD: Mamíferos e aves H: Intestino Zoonose BABESIA Forma arredondada, pirirforme ou amebóide Estádios em eritrócitos e outras células Multiplicação por cissiparidade e esporogonia Ciclo Heteroxeno Hospedeiros Vertebrados: bovinos, ovinos, eqüinos, suínos, caninos, felinos e galináceos Invertebrados: ixodides (carrapatos) Localização: eritrócitos CICLO: Inoculação da Babesia através da picada do carrapato Parasito penetra no eritrócito trofozoítos multiplicação por divisão binária ou esquizogonia 2 trofozoítos piriformes destruição do eritrócito penetram em outros eritrócitos BABESIA BIGEMINA HD: bovinos HI: boophilus microplus H: eritrócitos BABESIA BOVIS HD: bovinos HI: boophilus microplus H: eritrócitos BABESIA CANIS HD: cão HI: Rhipicephalus sanguineus H: citoplasma BABESIA CABALLI – THEILERIA EQUI HD: equinos HI: amblyomma/anocentor H: GIARDIA HD: mamíferos, aves, répteis e anfíbios H: ID Zoonose TROFOZOÍTOS – forma de pêra, disco ventral CICLO: Monoxênico e Direto Transmissão pela ingestão dos cistos Ingestão dos cistos → desencistamento inicia no estômago → termina no ID → colonização do ID pelos trofozoítos → divisão binária → multiplicação dos trofozoítos → encistamento→ eliminação no meio ambiente ACANTHOCEPHALA Akantha = espinho Kephale = cabeça Corpo alongado, cilíndrico, às vezes achatado Cutícula espessa e pregueada Extremidade anterior com probóscide retrátil (espinhos ou acúleos) Parasitos de tubo digestivo de vertebrados Tromba retrátil (receptáculo) fixação CICLO: Fecundação no pseudoceloma segmentação dos ovos -- Ovos elípticos com casca com mais de uma membrana -- Embrião fusiforme ciliado com acúleos (extremidade anterior) -- Pseudoceloma útero oviduto vagina meio ambiente Ingestão pelo HI (encistamento) HD ingestão do HI + larva Macracanthorhynchus hirudinaceus Esbranquiçado Habitat: adultos no ID Fêmea corpo enrolado em espiral extremidade posterior obtusa Macho corpo em forma de vírgula extremidade posterior campanuliforme HD: suínos, carnívoros e acidentalmente o homem HI: larvas e adultos de coleópteros coprófagos Ciclo evolutivo Ovos (embrião armado – larva I - acanthor) exterior ingerido pelas larvas de besouro acanthella (larva II infectante em 60-90 dias) encista cistacantho Contaminação Ingestão HI + larva cistacantho TREMATODA – Platyhelminthes Platyhelminthes com aspecto de folha Corpo não segmentado Ventosas: 2 Ventosa oral e ventosa ventral Adesão – Forma de taça – sem acúleos Células flama (eliminar produtos de desassimilação) → canais excretores Vesícula excretora → poro externo (extremidade posterior) FASCIOLA HEPATICA HI: caramujos Lymnaea columela, L. viatrix Aspecto foliáceo Corpo achatado dorso-ventralmente *** DECORAR CICLO Paramphistomum Espesso: + largo e obtuso posteriormente Vermelho Hospedeiro Definitivo: Ruminantes Hospedeiro Intermediário: Moluscos gastrópodes pulmonados planorbídeos (Biomphalaria tenagophyla) Localização HD Formas Imaturas: duodeno Adultos: rúmen Localização no HI Cavidade geral dos moluscos CICLO: Ovos → miracídio → molusco → esporocisto → rédias → rédias filhas → rédias netas → cercárias → metacercárias → Ingestão dos cistos de metacercária EURYTREMA Corpo largo Cutícula com pequenas papilas Mamíferos e aves Pâncreas e raramente dutos biliares Hospedeiro Definitivo: Ruminantes, suínos, seres humanos Hospedeiros Intermediários: 2 Moluscos: Bradybaena Artrópodes: formigas e gafanhotos CICLO: Bradybaena ingere os ovos → miracídio (intestino caracol) → esporocisto → esporocisto de 2ª geração → cercárias → 2º HI (artrópode) → metacercárias infectantes Ingestão do 2º HI + metacercária Platynosomum fastosum Parasito hepático de felinos Fígado, dutos biliares e vesícula biliar Intestino delgado, pulmões e dutos pancreáticos HI - caracóis de terra (Subulina octona), lagartixas (Anolis cristatellus, A. equestris, A. sagrei, A. carolinensis), sapos (Bufo marinus, B. terrestrus) e isópodos terrestres CICLO: Ovos ingeridos por um caracol → miracídios são liberados → esporocistos migratórios na cavidade celomática e digestiva → cercárias se formam dentro do esporocisto O próximo hospedeiro ingere o caracol com esporocistos com cercárias → se transforma em metacercárias O gato ingere o 2° HI com metacercárias CESTODA Cestoda – (do Grego: cesto = fita, cinto) Hermafroditas – cada proglote contém os orgãos sexuais –maturação ao longo do estróbilo Aspecto de fita Corpo segmentado Órgãos de adesão situados na parte anterior Hermafroditas Parasitos de ID de vertebrados Necessitam de HI Corpo muito alongado - comprimento de centenas de vezes maior do que a largura Parte anterior – escólex com 4 ventosas com ou sem ganchos Colo ou pescoço – onde se originam as proglotes Estróbilo – cadeia de segmentos (proglotes) Parasita o intestino delgado dos HD As fases larvais parasitam o HI – Proglotes sexualmente maduras estão no fim do estróbilo Proglótides: Jovem: Não se vê estruturas de reprodução Madura:Aparelho genital pode ser simples ou duplo e ainda pode haver três testículos ou mais na mesma proglote Grávida: Pode ser útero transversal com saculações horizontais ou útero horizontal com saculações transversais e ainda pode apresentar cápsulas ovígeras com os ovos no seu interior, contendo um embrião hexacanto. Proglotes: Proglotes Jovens – terço anterior do corpo Sem órgãos sexuais Proglotes Maduras- terço médio do corpo Com órgão sexuais diferenciados Proglotes Grávidas - terço posterior do corpo Útero contendo ovos e demais órgãos sexuais degenerados CICLO: Adultos parasitam o intestino delgado de vertebrados Apósa fertilização e liberação dos ovos: rompimento da proglote dentro do hospedeiro ou por sua desintegração no meio ambiente Os ovos contém no seu interior um embrião hexacanto (possuem 6 ganchos) ou oncosfera que está protegido por uma casca estriada, escura e espessa denominada embrióforo Os ovos são ingeridos por hospedeiros intermediários No tubo digestivo a casca é digerida liberando o embrião hexacanto Em seguida há a formação das larvas que variam em função da espécie do cestódeo As larvas podem invadir a mucosa intestinal, atingir a circulação linfática ou venosa e migrar para outros órgãos TIPOS LARVARES CISTICERCO: vesícula semitranslúcida que apresenta no seu interior um escólex, que está invaginado e que pode apresentar rostelo com ganchos ou não. Ex: T. saginata e T. Solium CENURO: vesícula que apresenta no seu interior vários escólex invaginantes. Ex: T. multiceps HIDÁTIDE: cisto revestido por epitélio germinativo com vários escólices livres Ex: E. granulosus Cisticercóide: vesícula quase sem líquido com um único escólex invaginado. Ocorre em hospedeiros invertebrados, é a forma larval de Moniezia e Anoplocephala Cyclophyllidea • Cestoda com escólex apresentando quatro ventosas • Poros genitais laterais • Proglótides grávidas somente com útero contendo ovos embrionados • Ovo não operculado Famílias Taeniidae Davaineidae Anoplocephalidae Dilepididae Hymenolepididae TAENIDAE Gêneros Taenia Hydatigera Multiceps Echinococcus TAENIA SOLIUM Rostro armado com acúleos em dupla coroa Hospedeiro Definitivo: Homem Hospedeiro Intermediário: Suínos Adulto: ID do hospedeiro definitivo Larvas: Cysticercus cellulosae TAENIA SAGINATA Escólex cubóide sem acúleos HD: homem (intestino delgado) HI: bovinos (ovinos, caprinos, homem) Cysticercus bovis (4 – 6 mm x 3 – 5 mm) Destacam-se isoladamente com movimentação ativa Chegam ao exterior independente da defecação TAENIA HYDATIGENA – CISTICERCUS TENUICOLLIS TAENIA PISIFORMIS – CYSTICERCUS PISIFORMIS ovos MULTICEPS Multiceps multiceps HD – canídeos HI – ovinos Forma larval – Coenurus cerebralis Ovo: Cenurose: buraco no cérebro ECHINOCOCCUS Echinococcus granulosus HD – Canídeos HI – ovinos, outros herbívoros, homem Forma larval – hidátide ou cisto hidático FAMÍLIA DAVAINEIDAE Parasitos de aves Hospedeiros Intermediários: artrópodes DAVAINEA PROGLOTTINA Hospedeiros definitivos: galináceos Hospedeiros intermediários: lesmas e caramujos terrestres Habitat: Forma adulta no duodeno. Forma larval: cisticercóide. Forma adulta: Estróbilo com poucas proglotes, ventosas com ganchos no escólex CICLO: Adultos no intestino delgado da ave proglotes grávidas são eliminadas com as fezes. -- Proglotes são ativas, se movimentam liberando as cápsulas ovígeras ingeridas pelo hospedeiro intermediário (molusco terrestre). -- Desenvolvimento da larva cisticercóide no hospedeiro intermediário (3 semanas). - Molusco é ingerido: larva adulto. RAILLIETINA SP. – raillietina tetragona Hospedeiros definitivos: galináceos Hospedeiros intermediários: moluscos terrestres, formigas e moscas Proglotes em formato de trapézio Habitat Forma adulta no duodeno Forma larval: Cisticercóide FAMILIA ANOPLOCEPHALIDAE Anoplocephala Paranoplocephala Moniezia Thysanosoma Anoplocephala e Paranoplocephala A. perfoliata, A. magna, P. mamillana Parasitos de equídeos. HI ácaros de vida livre Anoplocephala (A. magna e A perfoliata) Paranoplocephala (P. mamillana). Hospedeiro definitivo: Equinos e asininos Hospedeiro intermediário: Ácaros de vida livre da família Oribatidae. Forma larval: cisticercóide Forma adulta no intestino A. perfoliata: intestino delgado e grosso (íleo e ceco). A. magna e Paranoplocephala mamillana: intestino delgado e eventualmente estômago. Larva: hemocele dos ácaros PERFOLIATA = Escólex musculoso, desprovido de rostelo e acúleos, de forma quase cúbica, apresenta 4 apêndices (ventrais e dorsais) abaixo de cada uma das 4 ventosas. Colo é muito curto, o estróbilo se alarga rapidamente, as proglotes são espessas, mais largas que longas em toda a extensão do estróbilo. ANO. MAGNA = Semelhante à A. perfoliata, mas muito mais longo, podendo atingir 80 cm, não possui apêndices no escólex. Paranoplocephala mamillana escólex com as 4 ventosas com aberturas em fenda longitudinal Proglotes se tornam mais largas que o escólex gradativamente, conservando-se largas até o final do estróbilo. Anoplocephala Ovos: irregularmente esféricos ou triangulares, contém embrião hexacanto cercado por um aparato quitinoso piriforme (semelhante a uma pêra). MONIEZIA M. expansa M. benedini HD – ruminantes HI – ácaros de vida livre Hospedeiro definitivo: M. expansa: ovinos, caprinos e, ocasionalmente bovinos. M. benedeni: bovinos (bastante frequentes), eventualmente ovinos Hospedeiro intermediário: oribatídeos (ácaros cryptostigmata) Local: forma adulta no intestino delgado Forma larval: cisticercóide MONIEZIA EXPANSA Estróbilo possui proglotes mais largas do que longas, escólex não possui rostelo e nem acúleos, Ovos: forma irregularmente triangular, contendo o embrião, há aparelho piriforme definidopossui ventosas. MONIEZIA BENEDENI Muito semelhante à M. expansa (mais largo que M. expansa), glândulas interproglotidianas se limitam a uma fileira curta próxima à parte central de segmento. Ovos: formato quadrangular, contém o embrião no interior do aparelho piriforme. CICLO: Larvas cisticercóides se desenvolvem no HI em 2 a 6 meses dependendo das condições climáticas. No hospedeiros: cestóides vivem de 2 a 6 semanas quando são eliminados pelas fezes. FAMÍLIA DILEPIDIDAE Dipyllidium caninum Rostro retrátil Várias coroas de acúleos (roseira) Proglótides com movimentação - Cápsulas ovígeras Adultos em carnívoros Larva cisticercóide em insetos Hospedeiro Definitivo: caninos, felinos, acidentalmente homem (ID) Hospedeiro Intermediário: Pulex irritans, Ctenocephalides felis, Trichodectes canis FAMÍLIA HYMENOLEPIDIDAE Hymenolepis Rostro inerme, rudimentar ou ausente Parasito de mamíferos e aves Larvas cicticercóides em insetos Hymenolepis carioca Escólex piriforme Rostro protátil e inerme – colo longo Hospedeiro Definitivo: Galináceos Hospedeiro Intermediário:Insetos: Stomoxys calcitrans, besouro coprófagos e terrícolas Hymenolepis diminuta ZOONOSE HD: Roedores (chinchila), cães, humanos H I: besouros (Tenebrio)
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