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Aula 14 Direito Constitucional

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Estratégia
C O N C U R S O S ^
Direito constitucional p/afkfb - zui5
Profa. Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale
AULA 14: DIREITO CONSTITUCIONAL
SUMÁRIO PÁGINA
1- Ordem Econômica e Financeira 1 - 34
2- Lista de Questões e Gabarito 35 - 42
Ordem Econômica e Financeira
1- Introdução:
A ordem econômica consiste em um conjunto de normas que regulam o 
sistema econômico do País, definindo, dentre outros pontos, a forma de 
intervenção do Estado na economia.
A disciplina constitucional da ordem econômica forma aquilo que a doutrina 
denomina "Constituição econômica", que, nas palavras do Prof. Uadi 
Lammêgo Bulos, "consiste em um microssistema normativo, integrado à 
própria carta constitucional positiva, em cujo esteio erigem-se normas e 
diretrizes constitucionais que disciplinam, juridicamente, a macroeconomia".1
Há que se destacar, ainda, que a "Constituição econômica" não se esgota no 
texto constitucional: ela também se manifesta por meio de normas 
infraconstitucionais. É a partir disso que se pode fazer a distinção entre 
Constituição econômica material (núcleo essencial de normas que regem o 
sistema econômico, quer constem ou não do texto constitucional) e 
Constituição econômica formal (normas que regem o sistema econômico e 
que estão positivadas no texto constitucional, ainda que não dotadas de 
relevância material).2
A constitucionalização da ordem econômica foi um movimento que ganhou 
força com a Primeira Guerra Mundial. Em virtude daquele conflito, o 
Estado teve que assumir um papel mais ativo na regulação da economia, o que 
se acentuou ainda mais com a Crise da bolsa de Nova York (1929) e com a 
Segunda Guerra Mundial.
Constata-se que a inserção da ordem econômica nos textos constitucionais foi 
uma das características da transição do Estado liberal para o Estado 
social. O Estado liberal era eminentemente não intervencionista; o Estado 
social, por sua vez, é marcado pela maior atuação governamental, seja 
intervindo na economia, seja ofertando prestações positivas em favor dos 
indivíduos. Dessa forma, a constitucionalização da ordem econômica é 
resultado do aparecimento da ideia de Estado de bem-estar social.
1 BULOS, Uadi Lammêgo. Curso de Direito Constitucional, 6a edição. Ed. Saraiva. São
2 CUNHA JÚNIOR, Dirley da. Curso de Direito Constitucional, 6a edição. Ed. Juspodium. 
Salvador: 2012, p. 1276 - 1277.
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No Brasil, a Constituição de 1934 foi a primeira a trazer em seu texto a 
disciplina da ordem econômica, o que se deveu à forte influência da 
Constituição alemã de Weimar (1919). Destaque-se que a Carta de 1934 
também tratou com pioneirismo a disciplina da ordem social, que está 
intimamente relacionada à ordem econômica.
Na CF/88, a ordem econômica e financeira é dividida da seguinte forma:
- Princípios Gerais da Ordem econômica (art. 170 - art. 181)
- Política Urbana (art. 182 - art. 183)
- Política agrícola e fundiária e a reforma agrária (art. 184 - art. 191)
- Sistema Financeiro Nacional (art. 192)
Essas normas, que consubstanciam a chamada "Constituição econômica", 
podem ser classificadas, segundo a doutrina do Prof. José Afonso da Silva, 
como elementos socioideológicos. São elementos socioideológicos o 
conjunto de normas que refletem a existência do Estado social,
intervencionista, prestacionista.
2- Fundamentos e Princípios gerais da Ordem econômica:
2.1- Princípios constitucionais da ordem econômica:
A doutrina considera que a Constituição Federal de 1988, ao tratar da ordem 
econômica, estabeleceu princípios e soluções um tanto quanto 
contraditórios. Ao mesmo tempo em que consagra a liberdade de iniciativa, a 
CF/88 busca, em diversos momentos regulamentar a atividade econômica. 
Assim, liberalismo e intervencionismo se alternam na formulação dos 
princípios da ordem econômica, o que demonstra o resultado consensual de 
um debate entre as diversas correntes que participaram da formulação da 
CF/88.3
Segundo o art. 170, CF/88, a ordem econômica, fundada na valorização do 
trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos 
existência digna, conforme os ditames da justiça social. Por meio desse 
dispositivo, a CF/88 consagra a existência de uma economia de mercado, de 
índole capitalista. Isso fica claro ao estabelecer-se que o fundamento da ordem 
econômica é a livre iniciativa; com efeito, a livre iniciativa é característica 
central do sistema capitalista.
3 MORAES, Alexandre de. Constituição do Brasil Interpretada e Legislação 
Constitucional, 9a edição. São Paulo Editora Atlas: 2010, pp. 1875-1877.
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Ao mesmo tempo, percebe-se que o art. 170, CF/88, estabeleceu que a 
finalidade da ordem econômica é promover a existência digna de todos, 
conforme os ditames da justiça social. Nesse sentido, busca-se compatibilizar 
o desenvolvimento econômico com o princípio da dignidade da pessoa 
humana.
Os princípios constitucionais da ordem econômica são os seguintes:
a) Soberania nacional. A soberania é um dos fundamentos da 
República Federativa do Brasil (art. 1°, I). Aqui, ela aparece no sentido 
de "soberania econômica". Com isso, o legislador constituinte quis deixar 
claro que o Brasil deve buscar o seu desenvolvimento e evitar a situação 
de dependência em relação aos países industrializados.
b) Propriedade privada. A propriedade privada dos meios de produção 
é a grande característica do sistema econômico capitalista.
c) Função social da propriedade. O direito à propriedade não é 
absoluto; em outras palavras, a propriedade é garantida, desde que 
cumpra sua função social. Nos termos do art. 5°, XXIII, "a propriedade 
atenderá a sua função social".
d) Livre concorrência. A livre concorrência é um princípio que deriva 
do princípio da livre iniciativa. Ao estabelecer a livre concorrência como 
um princípio geral da ordem econômica, a CF/88 reconhece, 
implicitamente, a tese de que mercados competitivos geram maior 
eficiência econômica, possibilitando maior bem-estar e qualidade de vida 
aos cidadãos.
Destaque-se, entretanto, que, embora o legislador constituinte tenha 
optado pela livre concorrência, esta não é absoluta. O Estado possui 
diversas formas de intervenção na economia. A intervenção estatal 
pode ser direta (como no caso de monopólios em setores estratégicos) 
ou indireta (através da regulação econômica).
Em consonância com o princípio da livre concorrência, o art. 173, § 4°, 
dispõe que "a lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à 
dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento 
arbitrário dos lucros." Perceba que a livre concorrência é a regra geral 
na ordem econômica do Estado brasileiro, admitindo-se a intervenção 
estatal para reprimir condutas anticoncorrenciais, caracterizadas 
pelo abuso do poder econômico.
Segundo o STF, os regimes jurídicos sob os quais, em regra, são 
prestados os serviços públicos importam em que essa atividade seja 
desenvolvida sob privilégio, inclusive o da exclusividade. Por esse
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motivo, o privilégio de entrega de correspondência da ECT (Empresa de 
Correios e Telégrafos) não violaria a proteção à livre concorrência4.
e) Defesa do consumidor. A ordem econômica tem como finalidade 
assegurar a todos uma existência digna; dito de outra maneira, ela visa 
garantir a dignidadeda pessoa humana. É justamente nesse contexto 
que se busca assegurar a defesa do consumidor, que é a parte 
hipossuficiente em uma relação de consumo.
f) Busca do pleno emprego. Conforme já comentamos, a ordem 
econômica tem como um de seus fundamentos a valorização do trabalho 
humano. Nesse sentido, a busca do pleno emprego é diretriz 
constitucional que tem como objetivo assegurar que toda a força de 
trabalho disponível seja utilizada na atividade econômica.
g) Redução das desigualdades sociais e regionais. Nos termos do 
art. 3°, III, um dos objetivos fundamentais da República Federativa do 
Brasil é "erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as 
desigualdades sociais e regionais".
h) Defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento 
diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de 
seus processos de elaboração e prestação.
i) Tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte
constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e 
administração no País. Esse tratamento diferenciado se materializa no 
art. 179, CF/88:
Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, 
assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a 
incentivá-las pela simplificação de suas obrigações 
administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou 
pela eliminação ou redução destas por meio de lei.
O Prof. José Afonso da Silva chama de princípios de 
integração os seguintes princípios da ordem 
econômica:
INDO
V/mais fundo
a) defesa do consumidor;
b) defesa do meio ambiente;
c) redução das desigualdades sociais e regionais;
44 ADPF 46, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 05.08.2009.
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d) busca do pleno emprego.
Essa denominação se deve ao fato de que esses 4 
(quatro) princípios têm como objetivo resolver os 
problemas da marginalização regional ou social^
Há que se mencionar também o que estabelece o art. 170, parágrafo único, 
CF/88. Segundo esse dispositivo, é assegurado a todos o livre exercício de 
qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de 
órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. Trata-se do princípio da 
liberdade de exercício de atividade econômica.
Todos esses princípios devem ser interpretados em conjunto, em harmonia, 
evitando contradições aparentes entre si. Neles, verifica-se que o constituinte 
adotou o modelo capitalista, porém não se esqueceu da finalidade da 
ordem econômica: assegurar a todos a existência digna, conforme os ditames 
da justiça social.
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2.2- Investimentos estrangeiros no Brasil:
A disciplina dos investimentos estrangeiros no Brasil está prevista no art. 172, 
CF/88:
Art. 172. A lei disciplinará, com base no interesse nacional, os 
investimentos de capital estrangeiro, incentivará os reinvestimentos e 
regulará a remessa de lucros.
A regulação do investimento estrangeiro é corolário do princípio da 
soberania nacional. Note que a CF/88 não impede o ingresso de capital 
estrangeiro no País; ao contrário, ela permite que sejam feitos 
investimentos estrangeiros, uma vez que estes podem funcionar como 
importante instrumento para o desenvolvimento econômico nacional.
A legislação ordinária irá, portanto, disciplinar os investimentos de capital 
estrangeiro, incentivar os reinvestimentos e regular a remessa de lucros
para o exterior.
2.3 - Empresa nacional x Empresa estrangeira:
A Emenda Constitucional n° 06/1995, a fim de incentivar a realização de 
investimentos estrangeiros no País, acabou com a distinção entre empresa 
brasileira de capital nacional e empresa brasileira de capital estrangeiro. 
Agora, só há que se diferençar a empresa brasileira da empresa estrangeira.
E qual o conceito de empresa brasileira?
Empresa brasileira é aquela constituída sob as leis brasileiras e que 
tenha sua sede e administração no País. Assim, não interessa se o capital é 
nacional ou estrangeiro; caso a empresa seja constituída sob as leis brasileiras 
e tenha sede e administração em nosso território, ela será considerada uma 
empresa brasileira.
2.3- Atuação estatal no domínio econômico:
Embora a Constituição Federal de 1988 tenha estabelecido que a livre iniciativa 
é um princípio geral da ordem econômica, desenhou-se, paralelo a isso, um 
modelo de Estado intervencionista. A doutrina considera que há 3 (três) 
formas de intervenção estatal na economia:5
5 CUNHA JÚNIOR, Dirley da. Curso de Direito Constitucional, 6a edição. Ed. Juspodium. 
Salvador: 2012, p. 1280.
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a) Intervenção direta.
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A intervenção direta do Estado fica caracterizada quando o Estado explora 
diretamente uma atividade econômica. Trata-se de situação excepcional, 
regulada no art. 173, CF/88:
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a 
exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será 
permitida quando necessária aos imperativos da segurança 
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em 
lei.
O art. 173 consagra, assim, o princípio da subsidiariedade na atuação 
direta do Estado na economia, ou seja, este somente atuará quando o setor 
privado não tiver capacidade ou interesse de atuar em determinado setor 
econômico ou, ainda, por imperativos de segurança nacional ou relevante 
interesse coletivo.
E bastante comum que as bancas examinadoras digam que o 
Estado somente pode explorar diretamente atividade 
econômica em caso de imperativo de segurança nacional ou 
de relevante interesse público. Isso está ERRADO!
Com base no art. 173, que ressalva "os casos previstos na 
Constituição", é possível afirmar que os imperativos da 
segurança nacional e o relevante interesse coletivo não são 
os únicos casos em que o Estado poderá explorar 
diretamente atividade econômica. Há outros casos 
previstos na CF/88, como as atividades submetidas ao regime 
de monopólio da União (art. 177)._______________________
Essa atuação direta do Estado no domínio econômico é feita por meio das 
empresas públicas e das sociedades de economia mista exploradoras de 
atividades econômicas. Cabe destacar que, nos termos do art. 173, § 2°, "as 
empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de 
privilégios fiscais não extensivos às do setor privado".
A CF/88 prevê a elaboração de um estatuto jurídico para as empresas 
públicas e sociedades de economia mista exploradoras de atividade 
econômica:
§ 1° A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da 
sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem 
atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de 
prestação de serviços, dispondo sobre:
I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela 
sociedade;
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II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, 
inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e 
tributários;
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, 
observados os princípios da administração pública;
IV - a constituição e o funcionamento dosconselhos de administração e 
fiscal, com a participação de acionistas minoritários;
V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos 
administradores.
Note que esse dispositivo se refere às empresas públicas e sociedades de 
economia mista exploradoras de atividades econômicas em sentido 
estrito. Não trata das empresas públicas e sociedades de economia mista 
prestadoras de serviços públicos. Destaque-se que essas pessoas jurídicas em 
regra são alcançadas por todas as normas constitucionais aplicáveis à 
Administração Pública. Entretanto, possuem algumas características 
próprias do setor privado, devido à "sujeição ao regime jurídico próprio das 
empresas privadas", conforme previsto pela Carta Magna.
b) Intervenção indireta.
A intervenção indireta na economia fica caracterizada quando o Estado assume 
o papel de agente normativo e regulador da atividade econômica. O 
fundamento da intervenção indireta é o art. 174, CF/88:
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o 
Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e 
planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo 
para o setor privado.
§ 1° - A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do 
desenvolvimento nacional equilibrado, o qual incorporará e 
compatibilizará os planos nacionais e regionais de desenvolvimento.
§ 2° - A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de 
associativismo.
§ 3° - O Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em 
cooperativas, levando em conta a proteção do meio ambiente e a 
promoção econômico-social dos garimpeiros.
§ 4° - As cooperativas a que se refere o parágrafo anterior terão 
prioridade na autorização ou concessão para pesquisa e lavra dos 
recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas onde estejam 
atuando, e naquelas fixadas de acordo com o art. 21, XXV, na forma da 
lei.
Quando o Estado intervém indiretamente na economia, ele exerce três 
funções: i) fiscalização; ii) incentivo e; iii) planejamento.
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A fiscalização é atividade tipicamente estatal, que engloba o poder 
regulamentar, a investigação e aplicação de sanções. Como exemplo da 
atividade de fiscalização estatal, podemos citar o art. 173, § 4° e § 5°:
§ 4° - A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação 
dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos 
lucros.
§ 5° - A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes 
da pessoa jurídica, estabelecerá a responsabilidade desta, sujeitando-a 
às punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados contra a 
ordem econômica e financeira e contra a economia popular.
Como se pode perceber, esses dois dispositivos são normas de eficácia 
limitada, dependentes de regulamentação por lei para que produzam todos os 
seus efeitos.
Para dar efetividade a esses dispositivos constitucionais, foi editada a Lei n° 
12.529/2011, que estrutura o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência 
(SBDC) e dispõe sobre a prevenção e a repressão às infrações contra a 
ordem econômica, orientada pelos ditames constitucionais de liberdade de 
iniciativa, livre concorrência, função social da propriedade, defesa dos 
consumidores e repressão ao abuso do poder econômico. A Lei n° 12.529/2011 
também prevê a atuação do CADE (Conselho Administrativo de Defesa 
Econômica) no controle das práticas anticoncorrenciais.
O incentivo, por sua vez, é a atuação estatal no sentido de estimular 
determinados setores da economia. É a atividade de fomento estatal, que se 
evidencia no art. 174, §§ 2°, 3° e 4° (estímulo ao cooperativismo) e art. 179 
(estímulo às microempresas e empresas de pequeno porte).
Por último, cabe tratar sobre a função de planejamento, que é 
determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.
Segundo o art. 174, § 1°, CF/88, "a lei estabelecerá as diretrizes e bases do 
planejamento do desenvolvimento nacional equilibrado, o qual incorporará e 
compatibilizará os planos nacionais e regionais de desenvolvimento".
c) Intervenção mediante a instituição de monopólios.
O art. 177, CF/88, prevê que determinadas atividades serão exploradas sob o 
regime de monopólio. Veja sua redação:
Art. 177. Constituem monopólio da União:
I - a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros 
hidrocarbonetos fluidos;
II - a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro;
III - a importação e exportação dos produtos e derivados básicos 
resultantes das atividades previstas nos incisos anteriores;
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IV - o transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional ou de 
derivados básicos de petróleo produzidos no País, bem assim o 
transporte, por meio de conduto, de petróleo bruto, seus derivados e gás 
natural de qualquer origem;
V - a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a 
industrialização e o comércio de minérios e minerais nucleares e seus 
derivados, com exceção dos radioisótopos cuja produção, 
comercialização e utilização poderão ser autorizadas sob regime de 
permissão, conforme as alíneas b e c do inciso XXIII do caput do art. 21 
desta Constituição Federal.
§ 1° A União poderá contratar com empresas estatais ou privadas a 
realização das atividades previstas nos incisos I a IV deste artigo 
observadas as condições estabelecidas em lei.
A atividades a serem exploradas sob o regime de monopólio são apresentadas, 
no dispositivo supratranscrito, em rol exaustivo (lista "numerus clausus"). 
Todas elas foram atribuídas exclusivamente à União.
É necessário enfatizar, todavia, o seguinte:
a) As atividades descritas nos incisos I a IV podem ter seu exercício 
contratado, pela União, com empresas estatais ou privadas, observadas 
as condições estabelecidas em lei.
b) As atividades previstas no inciso V, relacionadas aos radioisótopos, 
poderão ser autorizadas sob o regime de permissão, segundo as regras do 
art. 21, XXIII:
- sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a 
utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas 
e industriais;
- sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização 
e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas 
horas.
Trata-se de regra que visa flexibilizar o controle da União, que passa a se 
limitar a casos muito específicos, de modo a permitir o avanço das 
pesquisas em medicina nuclear. A submissão ao regime de permissão 
garantirá o necessário controle da referida atividade pelo Poder Público.
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L________________________________________
f ------------------------------------------------------------------
PARA USOS 
MÉDICOS, 
AGRÍCOLAS E 
INDUSTRIAIS
. ________________________________________
f--------------------
DE MEIA-VIDA 
IGUAL OU 
INFERIOR A DUAS 
HORAS
/
2.4- Serviços Públicos:
Inicialmente, é importante destacar que a Constituição Federal e a legislação 
infraconstitucional não estabelecem o conceito de serviço público. No
entanto, é possível afirmar que o Estado é o titular exclusivo dos serviços 
públicos. Assim, nenhum serviço público será livre à iniciativa privada.
O art. 175 versa sobre a prestação de serviços públicos pelo Estado, que 
pode ser feita direta ou indiretamente(sob o regime de concessão ou 
permissão).
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob 
regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a 
prestação de serviços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços 
públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem 
como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão 
ou permissão;
II - os direitos dos usuários;
III - política tarifária;
IV - a obrigação de manter serviço adequado.
A prestação direta de um serviço público é aquela realizada pelo próprio 
Estado, por meio de seus órgãos ou entidades da administração indireta. Já a 
prestação indireta é a realizada por particulares, mediante delegação 
estatal, sob o regime de concessão ou permissão.
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A titularidade do serviço público será sempre do Poder 
Público. A execução do serviço público é que poderá ser 
delegada a um particular, sob o regime de concessão ou 
permissão.
Os conceitos de "concessão" e de "permissão" estão previstos no art. 2°, da 
Lei n° 8.987/1995:
a) Concessão de serviço público: delegação de sua prestação, feita 
pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de 
concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre 
capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo 
determinado.
b) Permissão de serviço público: a delegação, a título precário, 
mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder 
concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para 
seu desempenho, por sua conta e risco.
Na concessão, a delegação do serviço público não poderá ser feita a 
pessoa física, mas somente a pessoa jurídica ou consórcio de empresas, 
devendo ser precedida de licitação na modalidade de concorrência. Além 
disso, a concessão é feita por prazo determinado e não possui caráter 
precário.
Na permissão, a delegação do serviço público poderá ser feita tanto a pessoa 
física quanto a pessoa jurídica. Também é precedida de licitação, mas não 
há previsão de qual modalidade deverá ser usada. Além disso, possui caráter 
precário, podendo ser revogada a qualquer tempo.
Em ambos os casos (concessão e permissão), o particular será responsável 
pela execução do serviço público por sua conta e risco, sendo 
remunerado por tarifas cobradas diretamente dos usuários do serviço.
A delegação de serviço público, seja por concessão ou permissão, deverá ser 
sempre precedida de licitação, nos termos do art. 175, caput. Nesse 
sentido, o STF declarou a inconstitucionalidade de lei estadual que pretendia 
prorrogar contratos administrativos indefinidamente (ADI n° 3521).
Há previsão constitucional (art. 175, parágrafo único) para a edição de lei 
que disponha sobre o regime das concessionárias e permissionárias de serviços 
públicos, os direitos dos usuários, a política tarifaria e a obrigação de manter 
serviço adequado. Trata-se de lei de normas gerais de caráter nacional 
(aplicável à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios), já 
editada: a Lei 8.987/1995. Destaque-se, ainda, que há outras leis de 
abrangência nacional que também tratam de serviços públicos, a exemplo da 
Lei 9.074/1995 e da Lei 11.079/2004.
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A LEI
ORDINÁRIA
REGULADORA
DOS
SERVIÇOS
PÚBLICOS
DEVERÁ
DISPOR
SOBRE:
O REGIME DAS EMPRESAS CONCESSIONÁRIAS 
E PERMISSIONÁRIAS DE SERVIÇOS PÚBLICOS, 
O CARÁTER ESPECIAL DE SEU CONTRATO E DE 
SUA PRORROGAÇÃO, BEM COMO AS 
CONDIÇÕES DE CADUCIDADE, FISCALIZAÇÃO E 
RESCISÃO DA CONCESSÃO OU PERMISSÃO
OS DIREITOS DOS USUÁRIOS
A POLÍTICA TARIFÁRIA
A OBRIGAÇÃO DE MANTER SERVIÇO 
ADEQUADO
Aprofundando no tema, é importante que você saiba que, além da permissão e 
da concessão, também é possível a prestação indireta de serviços públicos 
por meio de autorização (art. 21, XII, CF). Esta, ao contrario da permissão e 
da concessão, dispensa procedimento de licitação, de forma geral.
2.5- Exploração de Recursos minerais e potenciais de energia 
hidráulica:
A exploração de recursos minerais e de potenciais de energia hidráulica é 
regulada pelo art. 176, CF/88. Esse dispositivo deixa bastante claro que a 
propriedade do solo não se confunde com a propriedade dos recursos 
minerais e dos potenciais de energia hidráulica.
A propriedade dos recursos minerais e dos potenciais de energia 
hidráulica será sempre da União, por força do que determina o art. 20, VIII 
e IX, CF/88. A propriedade do solo, por sua vez, pode ser de um particular ou 
mesmo do Poder Público. Isso é exatamente o que dispõe o art. 176, caput:
Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os 
potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do 
solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, 
garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra.
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A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos
potenciais de energia hidráulica somente poderão ser efetuados mediante 
autorização ou concessão da União, no interesse nacional, por brasileiros 
ou empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sua sede e 
administração no País, na forma da lei. Assim, a União delega essas atividades 
a um particular (minerador), o qual é denominado de concessionário.
O concessionário realizará a pesquisa e a lavra dos recursos minerais e ficará 
com a propriedade do produto da lavra. Nada mais natural! Segundo o 
Ministro Eros Grau, "a concessão seria materialmente impossível sem que o 
proprietário se apropriasse do produto da exploração da jazida".6 Como 
contrapartida, o concessionário (mineradora) deverá recolher uma 
compensação financeira, nos termos do art. 20, § 1°:
Art. 20. (...)
§ 1° - É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal 
e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, 
participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de 
recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros 
recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar 
territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por 
essa exploração.
A CF/88 também assegura ao proprietário do solo participação nos 
resultados da lavra, na forma e nos valor que dispuser a lei. É o que dispõe 
o art. 176, § 2°, CF/88:
Art. 176 (...)
§ 2° - É assegurada participação ao proprietário do solo nos resultados 
da lavra, na forma e no valor que dispuser a lei.
Para finalizar, vejamos o que dispõem os § 3° e § 4°, do art. 176:
§ 3° ação de pesquisa será sempre por prazo determinado, e
as autorizações e concessões previstas neste artigo não poderão ser 
cedidas ou transferidas, total ou parcialmente, sem prévia anuência do 
poder concedente.
§ 4° - Não dependerá de autorização ou concessão o aproveitamento do 
potencial de energia renovável de capacidade reduzida.
Suponha que em um sítio exista uma pequena cachoeira com capacidade para 
gerar energia elétrica suficiente para atender a família que ali vive. Nesse 
caso, por se tratar de aproveitamento de potencial de energia renovável de 
capacidade reduzida, não será necessária concessão ou autorização. 6
6 In: CANOTILHO, J.J.Gomes; MENDES, Gilmar Ferreira; SARLET, Ingo Wolfgang; STRECK, 
Lenio Luiz. Comentários à Constituição do Brasil. Ed. Saraiva, São Paulo: 2013, pp. 1850.
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2.6 - Ordenação dos Transportes / Incentivo ao Turismo / Requisição 
de documentos:
Segundo o art. 178, a lei disporá sobre a ordenação dos transportes
aéreo, aquático e terrestre, devendo, quanto à ordenação do transporte 
internacional, observar os acordos firmados pela União, atendido o princípio 
da reciprocidade.
Cabe destacar que a atual redação do art. 178 é fruto da EC n° 07/1995, que 
realizou mudanças substanciais nesse dispositivo. Uma das alterações de maior 
destaque foi a extinção da exclusividade das embarcações brasileiras na 
navegação de cabotagem.
O art. 180, CF/88, por sua vez, dispõe que a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios promoverão e incentivarão o turismo como fator 
de desenvolvimento social e econômico. Trata-se de norma programática, que 
estabelece uma diretriz para todos os entes federativos.
Por fim, mencionamos o art. 181, CF/88, que trata da requisição de 
documentos por autoridades estrangeiras. Segundo esse dispositivo, o 
atendimento de requisição de documento ou informação de natureza 
comercial, feita por autoridade administrativa ou judiciária estrangeira, a 
pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no País dependerá de 
autorização do Poder competente.
1. (ESAF / SUSEP - 2010) São princípios da Ordem Econômica, 
exceto:
a) tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob 
as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.
b) defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado 
conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de 
elaboração e prestação.
c) propriedade privada.
d) integração nacional.
e) função social da propriedade.
Comentários:
HORA DE
raticar!
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Os princípios da ordem econômica estão elencados no art. 170, CF/88. Dentre 
as opções relacionadas, apenas não é princípio da ordem econômica a 
integração nacional. A resposta é, portanto, a letra D.
2. (ESAF / AFRFB - 2009) A ordem econômica e financeira rege-se, 
entre outros, pelo princípio da função econômica da propriedade.
Comentários:
Nada disso! Um dos princípios da ordem econômica é o da função social da 
propriedade (art. 170, III, CF). Questão incorreta.
3. (ESAF / CGU - 2006) Um dos princípios constitucionais da ordem 
econômica é o tratamento favorecido das empresas brasileiras de 
capital nacional de pequeno porte.
Comentários:
Um dos princípios da ordem econômica é o tratamento favorecido para as 
empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que 
tenham sua sede e administração no País (art.170, IX, CF). Não existe a 
exigência de que essas empresas tenham capital nacional. Questão incorreta.
4. (ESAF / PFN - 2006) Nos termos da Constituição, a ordem 
econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre 
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os 
ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
a) obediência aos tratados internacionais de que o Brasil seja signatário, 
propriedade privada, função social da propriedade, livre concorrência, defesa 
do consumidor, defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento 
diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus 
processos de elaboração e prestação, redução das desigualdades regionais e 
sociais, busca do pleno emprego, tratamento favorecido para as empresas de 
pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e 
administração no País.
b) soberania nacional, propriedade privada, função social da propriedade, livre 
concorrência, defesa do consumidor, defesa do meio ambiente, inclusive 
mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos 
e serviços e de seus processos de elaboração e prestação, redução das 
desigualdades regionais e sociais, busca do pleno emprego, tratamento 
favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis 
brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.
c) defesa intransigente do patrimônio nacional, propriedade privada, função 
social da propriedade, livre concorrência, defesa do consumidor, defesa do 
meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o 
impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração
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e prestação, redução das desigualdades regionais e sociais, busca do pleno 
emprego, tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte 
constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no
d) soberania nacional, propriedade privada, função social da propriedade, livre 
concorrência, direitos humanos, defesa do consumidor, defesa do meio 
ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto 
ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e 
prestação, redução das desigualdades regionais e sociais, busca do pleno 
emprego, tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte 
constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no
e) soberania nacional, propriedade privada, função social da propriedade, livre 
concorrência, defesa do consumidor, defesa do meio ambiente, inclusive 
mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos 
e serviços e de seus processos de elaboração e prestação, redução das 
desigualdades regionais e sociais, busca do pleno emprego, tratamento 
favorecido para as empresas de pequeno e médio porte constituídas sob as leis 
brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.
Comentários:
São princípios da ordem econômica (art. 170): i) soberania nacional; ii) 
propriedade privada; iii) função social da propriedade; iv) livre concorrência; 
v) defesa do consumidor; vi) defesa do meio ambiente, inclusive mediante 
tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços 
e de seus processos de elaboração e prestação; vii) redução das desigualdades 
regionais e sociais; viii) busca do pleno emprego e; ix) tratamento favorecido 
para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que 
tenham sua sede e administração no País.
A letra B é o gabarito da questão.
5. (ESAF / PGFN - 2007) A redução das desigualdades sociais e 
regionais e a busca do pleno emprego são princípios constitucionais 
que expressamente vinculam a ordem econômica brasileira.
Comentários:
Esses princípios são previstos no art. 170, incisos VII e VIII da Constituição. 
Questão correta.
6. (ESAF / CGU - 2012) Embora capitalista, não é possível afirmar 
que a ordem econômica prioriza os valores do trabalho humano sobre 
todos os demais valores da economia de mercado.
Comentários:
País.
País.
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A valorização do trabalho humano é um dos fundamentos da ordem 
econômica, de acordo com o art. 170, "caput", da Constituição. Questão 
incorreta.7. (ESAF / AFRFB - 2009) A lei disciplinará, com base no interesse 
social, os investimentos de capital estrangeiro, incentivando os 
reinvestimentos.
Comentários:
Questão meramente "decoreba". Segundo o art. 172 da Carta Magna, a lei 
disciplinará, com base no interesse nacional, os investimentos de capital 
estrangeiro, incentivará os reinvestimentos e regulará a remessa de lucros. 
Questão incorreta.
8. (ESAF / CGU - 2012) Além da remessa de lucro, que inclui a 
transferência de rendimento e de juros para o estrangeiro, também 
tem sua importância a transferência de capital. Só esta está prevista 
na Constituição, mas aquela tem sua importância porque implica 
retirada de recursos da economia nacional, quer quando se dá o 
retorno de capital das empresas, quer pelas amortizações de 
empréstimos e pagamento de juros da dívida externa.
Comentários:
A Constituição também faz menção à remessa de lucros (art. 172). Questão 
incorreta.
9. (ESAF / AFRFB - 2009) A União poderá contratar somente com 
empresas estatais a refinação do petróleo nacional.
Comentários:
De acordo com o art. 177, § 1°, CF/88, a União poderá contratar tanto 
empresas estatais quanto empresas privadas para a refinação do petróleo 
nacional, observadas as condições estabelecidas em lei. Questão incorreta.
10. (ESAF / CGU - 2006) A União poderá contratar com empresas 
estatais ou privadas a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro, 
observadas as condições estabelecidas em lei.
Comentários:
É o que determina o § 1° do art. 177 da Constituição. Questão correta.
11. (ESAF / TCU - 2006) A Constituição Federal veda, por razões de 
segurança nacional, que o transporte de produtos sensíveis na 
cabotagem seja feito por embarcações estrangeiras.
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Comentários:
Não há tal vedação. A Constituição apenas determina que, na ordenação do 
transporte aquático, a lei estabelecerá as condições em que o transporte de 
mercadorias na cabotagem e a navegação interior poderão ser feitos por 
embarcações estrangeiras (art. 178, parágrafo único). Questão incorreta.
12. (ESAF / AFRF - 2005) A Constituição Federal veda o transporte de 
mercadorias na cabotagem por embarcações estrangeiras.
Comentários:
Não há tal vedação. A Constituição apenas determina que, na ordenação do 
transporte aquático, a lei estabelecerá as condições em que o transporte de 
mercadorias na cabotagem e a navegação interior poderão ser feitos por 
embarcações estrangeiras (art. 178, parágrafo único). Questão incorreta.
13. (ESAF / AFRF - 2005) Nos termos da Constituição
Federal, havendo reciprocidade de tratamento, o atendimento de 
requisições de documento ou informação de natureza comercial, feitas 
por autoridade administrativa ou judiciária estrangeira a pessoa física 
ou jurídica residente ou domiciliada no País, não dependerá de 
autorização do Poder competente.
Comentários:
Reza o art. 181 da Constituição que o atendimento de requisição de 
documento ou informação de natureza comercial, feita por autoridade 
administrativa ou judiciária estrangeira, a pessoa física ou jurídica residente ou 
domiciliada no País dependerá de autorização do Poder competente.
Questão incorreta.
14. (ESAF / Processo Seletivo Simplificado/Engenharia - 2008) A 
exploração direta de atividade econômica pelo Estado será permitida 
sem restrições.
Comentários:
De jeito nenhum! Segundo o art. 173 da Carta Magna, ressalvados os casos 
previstos na Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo 
Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança 
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. 
Questão incorreta.
15. (ESAF / MPOG - 2005) A exploração direta de atividade 
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária ao 
relevante interesse coletivo, conforme definido em lei.
Comentários:
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A exploração direta de atividade econômica pelo Estado também será 
permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional (art. 173, 
CF). Questão incorreta.
16. (ESAF / Processo Seletivo Simplificado/Engenharia - 2008) A lei 
disciplinará, com base no interesse nacional, os investimentos de 
capital estrangeiro, incentivará os reinvestimentos e regulará a 
remessa de lucros.
Comentários:
É o que dispõe o art. 172 da Constituição. Questão correta.
17. (ESAF / Processo Seletivo Simplificado/Engenharia - 2008) É 
assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, 
independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos 
casos previstos em lei.
Comentários:
É o que determina o parágrafo único do art. 170 da Constituição. É livre o 
exercício de qualquer atividade econômica, salvo nos casos previstos em lei. 
Questão correta.
18. (ESAF / Processo Seletivo Simplificado/Engenharia - 2008) Não 
dependerá de autorização ou concessão o aproveitamento do potencial 
de energia renovável de capacidade reduzida.
Comentários:
Essa é a literalidade do § 4° do art. 176 da Constituição. Independe de 
autorização ou concessão o aproveitamento do potencial de energia renovável 
de capacidade reduzida. Questão correta.
19. (ESAF / Processo Seletivo Simplificado/Engenharia - 2008) O 
transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional ou de 
derivados básicos de petróleo produzidos no País, bem assim o 
transporte, por meio de conduto, de petróleo bruto, seus derivados e 
gás natural de qualquer origem constituem monopólio da União.
Comentários:
É o que estabelece o art. 177, IV, da Constituição Federal. Trata-se de 
atividade submetida ao regime de monopólio da União. Questão correta.
20. (ESAF / AFRF - 2005) Nos termos da Constituição Federal, pode a 
União contratar com particulares a realização de lavra e 
enriquecimento de minérios e minerais nucleares.
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Comentários:
A lavra e enriquecimento de minérios e minerais nucleares é monopólio da 
União (art. 177, V). Segundo o art. 177, § 1°, a União não poderá contratar 
essa atividade com empresas estatais ou privadas. Questão incorreta.
21. (ESAF / MPOG - 2005) Constituem monopólio da União a 
pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e o transporte 
marítimo do petróleo bruto de origem nacional, sendo que a União 
poderá contratar empresa estatal ou privada para a realização dessas 
atividades.
Comentários:
De fato, essas atividades são monopólio da União (art. 177, I e IV). Além 
disso, a União poderá contratar empresa estatal ou privada para a realização 
dessas atividades (art. 177, § 1°). Questão correta.
22. (ESAF / CGU - 2012) A Constituição condena o capitalismo 
monopolista, não como um dos princípios da ordem econômica, mas 
como um fator de intervenção do Estado na economia, em favor da 
economia de livre mercado.
Comentários:
De fato, a Constituição condena o monopólio, sendo a livre concorrência um 
dos princípios da ordem econômica (art. 170, CF). Questão correta.
23. (ESAF / SEFAZ-CE - 2007) Na exploração direta de atividade 
econômica por sociedade de economia mista, poderá ser editada lei 
ordinária que, dispondo de forma diferenciada quanto à contratação de 
obras e serviços, a desobrigue de observar os princípios gerais de 
licitação e restrinja a aplicação do princípioda publicidade.
Comentários:
Reza o art. 173, § 1°, III, da Carta Magna que a lei estabelecerá o estatuto 
jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas 
subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou 
comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre 
licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados 
os princípios da administração pública. Questão incorreta.
24. (ESAF / SEFAZ-CE - 2007) A defesa do meio ambiente constitui 
um dos princípios informadores da atividade econômica, inclusive 
mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos 
produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação.
Comentários:
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É o que determina o art. 170, VI, da Constituição Federal. A defesa do meio 
ambiente é um dos princípios gerais da ordem econômica. Questão correta.
25. (ESAF / PGFN - 2007) Na perspectiva da livre concorrência,
consagrada no Texto Constitucional, deve ser considerado 
inconstitucional o tratamento diferenciado que a lei conferir a 
empresas constituídas sob as leis brasileiras.
Comentários:
A Constituição prevê essa possibilidade em seu art. 170, inciso VI e 146, III, 
"d". Não há inconstitucionalidade. Questão incorreta.
26. (ESAF / SEFAZ-CE - 2007) O Estado deve atuar como agente 
regulador da atividade econômica. Nessa tarefa, exercerá as funções 
de fiscalização e incentivo. O planejamento, por sua vez, por atribuição 
constitucional, deverá ser exercido pelo setor privado.
Comentários:
Segundo o art. 174 da Constituição, como agente normativo e regulador da 
atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de 
fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor 
público e indicativo para o setor privado. Questão incorreta.
27. (ESAF / CGU - 2006) Como agente normativo e regulador da 
atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de 
fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este, em razão da 
isonomia concorrencial, indicativo tanto para o setor público como 
para o setor privado.
Comentários:
O planejamento é indicativo apenas para o setor privado; para o setor público, 
é determinante (art. 174 da Constituição). Questão incorreta.
28. (ESAF / MPOG - 2005) Como agente normativo da atividade 
econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de 
fiscalização e planejamento, sendo este determinante, tanto para o 
setor público, como para o setor privado.
Comentários:
O planejamento é indicativo apenas para o setor privado; para o setor público, 
é determinante (art. 174 da Constituição). Questão incorreta.
29. (ESAF / CGU - 2006) As cooperativas de garimpeiros sempre 
terão prioridade na concessão de lavra dos recursos e jazidas de 
minerais garimpáveis.
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Comentários:
Não há tal previsão na Constituição. A Carta Magna prevê que o Estado 
favorecerá a organização da atividade garimpeira em cooperativas, levando em 
conta a proteção do meio ambiente e a promoção econômico-social dos 
garimpeiros (art. 174, § 3°, CF). Questão incorreta.
30. (ESAF / MPOG - 2005) A empresa pública que explore prestação 
de serviço poderá, desde que com autorização legal, gozar de 
privilégio não extensivo às empresas do setor privado.
Comentários:
De jeito nenhum! Reza a Carta Magna que as empresas públicas e as 
sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não 
extensivos às do setor privado (art. 173, § 2°, CF). Questão incorreta.
3- Política Urbana:
Segundo o art. 182, "caput", da Carta Magna, a política de
desenvolvimento urbano será executada pelo Poder Público municipal,
devendo obedecer diretrizes gerais fixadas em lei federal, de caráter nacional. 
O objetivo da política de desenvolvimento urbano é ordenar o pleno 
desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus 
habitantes.
O instrumento básico da política de desenvolvimento urbano é o Plano 
Diretor, que deve ser aprovado pela Câmara Municipal. Cabe destacar que, 
segundo a CF/88, o Plano Diretor é obrigatório para cidades com mais de 
20.000 habitantes.
A política de desenvolvimento urbano também se apoia na exigência de que a 
propriedade cumpra a sua função social. É o que dispõe o art. 182, § 2°, 
segundo o qual "a propriedade urbana cumpre sua função social quando 
atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano 
diretor". Recorde-se que o direito de propriedade, garantido pelo art. 5°, 
XXII, é normas constitucional de eficácia contida e, portanto, está sujeito à 
atuação restritiva, por parte do Poder Público. Assim como todos os direitos 
fundamentais, não é absoluto: a Constituição exige que a propriedade cumpra 
sua função social (art. 5°, XXIII).
A Constituição Federal abre a possibilidade para que seja realizada a 
desapropriação de imóveis urbanos. Segundo o art. 182, § 3°, as 
desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa 
indenização em dinheiro. Essa é a regra geral!
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No entanto, existem casos em que a desapropriação não ocorrerá com 
indenização em dinheiro:
a) O art. 182, § 4°, CF/88 estabelece que o Poder Público Municipal 
poderá exigir que o proprietário do solo urbano não edificado, 
subutilizado ou não utilizado promova seu adequado aproveitamento, sob
pena de sanções sucessivas.
§ 4° - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei 
específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da 
lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, 
subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado 
aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana 
progressivo no tempo;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida 
pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, 
com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e 
sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros 
legais.
O inciso III prevê a chamada desapropriação-sanção, que é uma clara 
consequência do descumprimento da função social da propriedade. A 
indenização não será em dinheiro, mas em títulos da dívida pública de 
emissão previamente previamente aprovada pelo Senado, com prazo de 
resgate de até 10 (dez) anos.
b) O art. 243, CF/88 estabelece a chamada desapropriação confiscatória, 
que foi objeto de relevante alteração promovida pela EC n° 81/2014. Segundo 
esse dispositivo, "as propriedades rurais e urbanas de qualquer região do 
País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a 
exploração de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e 
destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem 
qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções 
previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5°".
Como se pode verificar, no caso da desapropriação confiscatória, não haverá 
qualquer indenização ao proprietário. A propriedade, seja ela urbana ou 
rural, será expropriada e destinada à reforma agrária e a programas de 
habitação popular. Destaque-se que são dois os motivos que levamà 
desapropriação confiscatória: i) culturas ilegais de plantas psicotrópicas 
e; ii) exploração de trabalho escravo. Antes da EC n° 81/2014, apenas era 
motivo para a desapropriação confiscatória a existência de culturas ilegais de 
plantas psicotrópicas.
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Ainda sobre a política urbana, temos que mencionar o art. 183, CF/88, que 
trata da chamada usucapião constitucional do imóvel urbano.
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até 
duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos, 
ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia 
ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja 
proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
1° - O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao 
homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado 
civil.
§ 2° - Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais 
de uma vez.
§ 3° - Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
A usucapião constitucional do imóvel urbano, também chamada de usucapião 
pró-moradia, consiste na aquisição do domínio de área urbana por aquele 
que tenha tido sua posse durante um certo período de tempo. Os requisitos 
para que o usucapião pró-moradia se efetive são os seguintes:
a) Área urbana de até 250 metros quadrados;
b) Posse ininterrupta durante 5 anos, sem qualquer oposição. 
Segundo o STF, o tempo de posse anterior à promulgação da 
Constituição de 1988 não se inclui na contagem desse prazo quinquenal.7
c) Utilização para moradia própria ou da família.
Cabe destacar que, para usufruir desse direito, o indivíduo não poderá ser 
proprietário de nenhum outro imóvel urbano ou rural. Além disso, não é 
possível a usucapião de imóveis públicos.
4- Política agrícola, fundiária e a reforma agrária:
Esse assunto foi resultado de grandes confrontos à época da elaboração da 
Constituição Federal de 1988. De um lado, havia os "sem terra"; do outro, os 
grandes proprietários de terra (os ruralistas). Como resultado, os dispositivos
7 RE 206.659, Min. Rel. Galvão, DJ de 6.2.1998; RE 191.603, Min. Rel. Marco Aurélio, 
DJ de 28.8.1998; RE 187.913, Min. Rel. Néri, DJ de 22.5.1998; RE 214.851, Min. Rel. 
Moreira Alves, DJ de 8.5.1998; RE 217.414, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, j. 
11.12.1998, DJ de 26.3.1999.
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constitucionais que tratam da política agrícola e fundiária e da reforma agrária 
refletem interesses variados.8
A política agrícola, fundiária e a reforma agrária são tratadas nos arts. 184 a 
191 da Carta Magna. Em essência, todos esses dispositivos têm como fim 
último garantir que a propriedade atenda a sua função social.
Para sistematizar o nosso estudo, vamos falar, separadamente, sobre cada um 
desses três temas: i) política agrícola; ii) política fundiária e; iii) reforma
a) A política agrícola está intimamente relacionada à política economica. 
Trata-se, na verdade, de importante vertente desta, buscando orientar as 
atividades agropecuárias com o objetivo de promover o desenvolvimento e 
o bem-estar da comunidade rural.
Segundo o art. 187, CF/88, a política agrícola será planejada e executada 
na forma da lei, com a participação efetiva do setor de produção, 
envolvendo produtores e trabalhadores rurais, bem como dos setores de 
comercialização, de armazenamento e de transportes, levando em conta, 
especialmente:
- Os instrumentos creditícios e fiscais;
- Os preços compatíveis com os custos de produção e a garantia de 
comercialização;
- O incentivo à pesquisa e à tecnologia;
- A assistência técnica e extensão rural;
- O seguro agrícola;
- O cooperativismo;
- A eletrificação rural e irrigação;
- A habitação para o trabalhador rural.
Incluem-se no planejamento agrícola as atividades agroindustriais, 
agropecuárias, pesqueiras e florestais (art. 187, § 1°, CF). Além disso, 
serão compatibilizadas as ações de política agrícola e de reforma agrária (art. 
187, § 2°, CF).
b) A política fundiária, por sua vez, é o que determina o destino das terras 
públicas e devolutas no Brasil. Essa destinação deve ser compatível com a
8 BULOS, Uadi Lammêgo. Curso de Direito Constitucional, 6a edição. Ed. Saraiva. 
São Paulo: 2011, pp. 1511.
agrária.
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política agrícola e com o plano nacional de reforma agrária (art. 188, "caput", 
CF). Por terras devolutas entende-se aquelas que, não sendo próprias nem 
aplicadas a algum uso público federal, estadual territorial ou municipal, não se 
incorporaram ao domínio privado (art. 5°, Decreto-Lei 9.760 de 1946). Trata- 
se de terras pertencentes ao Estado brasileiro, mesmo não estando destinadas 
a nenhum uso público.
Dispõe a Constituição (art. 188, § 1°, CF) que a alienação ou a concessão, a 
qualquer título, de terras públicas com área superior a 2.500 hectares a
pessoa física ou jurídica, ainda que por interposta pessoa, dependerá de 
prévia aprovação do Congresso Nacional. Excetuam-se dessa regra (art. 
188, § 2°, CF) as alienações ou as concessões de terras públicas para fins de 
reforma agrária.
Segundo o art. 190, CF/88, a lei regulará e limitará a aquisição ou o 
arrendamento de propriedade rural por pessoa física ou jurídica 
estrangeira e estabelecerá os casos que dependerão de autorização do 
Congresso Nacional.
Ainda no que tange à política fundiária, cabe fazer menção à usucapião 
constitucional rural, também denominado usucapião pro labore.
Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou 
urbano, possua como seu, por cinco anos ininterruptos, sem 
oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinquenta 
hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, 
tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por 
usucapião.
Esse instituto é chamado "usucapião pro labore" porque seu título deriva do 
fato de a área ter adquirido produtividade em virtude do trabalho do
usucapiente ou de seus familiares. Aplica-se exclusivamente às áreas rurais 
não superiores a 50 hectares.
Cabe enfatizar que a Carta Magna exige que o beneficiário não seja 
proprietário nem de imóvel rural, nem de imóvel urbano. Busca-se, com isso, 
que apenas os hipossuficientes sejam beneficiados por esse tipo de usucapião. 
Um importante requisito para que seja usufruída a usucapião constitucional 
rural é a posse da área rural durante 5 (cinco) anos ininterruptos, sem 
oposição. Por fim, os imóveis públicos não podem ser adquiridos por 
usucapião.
c) A reforma agrária, a seu turno, é um instrumento da política agrícola e 
fundiária por meio do qual o Estado intervém na economia agrícola a fim de 
promover a repartição da propriedade fundiária. Nesse sentido, o art. 
184, CF/88 determina que a União poderá realizar desapropriação por
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interesse social, para fins de reforma agrária, do imóvel rural que não estiver 
cumprindo a sua função social.
Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para 
fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo 
sua função social, mediante prévia e justa indenizaçãoem títulos 
da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, 
resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de 
sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.
§ 1° - As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em 
dinheiro.
§ 2° ecreto que declarar o imóvel como de interesse social, 
para fins de reforma agrária, autoriza a União a propor a ação de 
desapropriação.
§ 3° - Cabe à lei complementar estabelecer procedimento 
contraditório especial, de rito sumário, para o processo judicial de 
desapropriação.
§ 4° - O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da 
dívida agrária, assim como o montante de recursos para atender ao 
programa de reforma agrária no exercício.
§ 5° - São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as 
operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de 
reforma agrária.
A desapropriação por interesse social, para fins de reforma agrária, não será 
feita mediante indenização em dinheiro. A indenização ao proprietário 
será em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, 
resgatáveis no prazo de até 20 (vinte) anos, a partir do segundo ano de sua 
emissão, e cuja utilização será definida em lei. Por outro lado, as benfeitorias 
úteis e necessárias feitas no imóvel rural serão indenizadas em dinheiro.
JSÜ® FIQUE
A[yatento!
A desapropriação por interesse social, para fins de reforma 
agrária, é competência da União. Já a desapropriação de 
i móvel urbano é competência dos Municípios.
Conforme comentamos, a desapropriação para fins de reforma agrária ocorrerá 
quando o imóvel rural não estiver cumprindo a sua função social. É aí
que vem uma importante pergunta: quando é que se considera que a função 
social foi cumprida?
A resposta está no art. 186, CF/88. Segundo esse dispositivo, a função social é 
cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo 
critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
- aproveitamento racional e adequado;
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- utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do 
meio ambiente;
- observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
- exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos 
trabalhadores.
Uma vez atendidos esses requisitos, a propriedade rural estará cumprindo sua 
função social e, portanto, não poderá ser objeto de desapropriação.
A Constituição Federal também protegeu outros imóveis rurais da 
desapropriação. Vejamos o art. 185, CF/88:
Art. 185. São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma 
agrária:
I - a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, 
desde que seu proprietário não possua outra;
II - a propriedade produtiva.
Parágrafo único. A lei garantirá tratamento especial à 
propriedade produtiva e fixará normas para o cumprimento dos 
requisitos relativos a sua função social.
Note que a pequena e a média propriedade rural são insuscetíveis de 
desapropriação para fins de reforma agrária, desde que o seu proprietário 
não possua outra. Caso ele possua outra, será possível a desapropriação.
Também é insuscetível de desapropriação para fins de reforma agrária a 
propriedade produtiva. Perceba que o grande foco das desapropriações para 
reforma agrária são as grandes propriedades e as propriedades improdutivas.
5- Sistema Financeiro Nacional:
A Emenda Constitucional no 40 de 29 de maio de 2003 suprimiu todos os 
incisos, alíneas e parágrafos constantes da redação original do art. 182, CF, 
mas não lhe alterou o conteúdo de maneira substancial. Após a redação 
dada pela referida emenda, o capítulo da Constituição referente ao Sistema 
Financeiro Nacional passou a se resumir ao seguinte dispositivo:
Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma 
a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir 
aos interesses da coletividade, em todas as partes que o 
compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será 
regulado por leis complementares que disporão, inclusive, 
sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que 
o integram.
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A Constituição reserva a leis complementares a disciplina da matéria. Atente 
para o fato de que várias leis complementares poderão dispor sobre a 
matéria, não havendo restrição a uma só lei.
31. (ESAF/AFRFB - 2014) Compete ao Município estabelecer a 
política agrária e a desapropriação por interesse social para fins de 
reforma agrária no âmbito do seu território.
Comentários:
Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma 
agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social (art. 184, 
CF). Questão incorreta.
32. (ESAF/AFRFB - 2014) A lei que declarar o imóvel como de 
interesse social, para fins de reforma agrária, autoriza a União a 
propor a ação de desapropriação.
Comentários:
O instrumento apto a declarar o imóvel como de interesse social, para fins de 
reforma agrária, é o decreto, não a lei (art. 184, § 2°, CF). Questão incorreta.
33. (ESAF/AFRFB - 2014) A propriedade produtiva é insuscetível de 
desapropriação para fins de reforma agrária, desde que seu 
proprietário não possua outra.
Comentários:
A propriedade produtiva é sempre itisuscetível de desapropriação para fins 
de reforma agrária, mesmo que seu proprietário possua outra (art. 185, II, 
CF). Questão incorreta.
34. (ESAF/AFRFB - 2014) A desapropriação com pagamento
mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada 
pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em 
parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da 
indenização e os juros legais, é competência que a Constituição 
Federal defere somente à União.
Comentários:
praticar!
HORA DE
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Ao falar da indenização mediante títulos da dívida pública, a questão está se 
referindo à desapropriação sancionatório de imóvel urbano. Nesse caso, 
a competência para desapropriar é do Município, e não da União. Questão 
incorreta.
35. (ESAF / CGU - 2006) As desapropriações de imóveis urbanos 
serão sempre feitas com prévia e justa indenização em dinheiro.
Comentários:
Nem sempre! No caso de descumprimento de sua função social, a 
desapropriação de imóveis urbanos se dará com pagamento mediante títulos 
da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com 
prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, 
assegurados o valor real da indenização e os juros legais (art. 182, § 4°, III, 
CF). Questão incorreta.
36. (ESAF / ENAP - 2006) Se a propriedade urbana for não edificada, 
subutilizada ou não utilizada, descumprindo sua função social, 
expressa no plano diretor de ordenação territorial do município, ela 
poderá ser desapropriada pelo Poder Público municipal, nos termos e 
após o atendimento obrigatório das etapas estabelecidas no texto 
constitucional, devendo a desapropriação se dar sempre mediante 
prévia e justa indenização em dinheiro.
Comentários:
Nesse caso, a desapropriação dar-se-á com pagamento mediante títulos da 
dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com 
prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas,assegurados o valor real da indenização e os juros legais (art. 182, § 4°, III, 
CF). Questão incorreta.
37. (ESAF / CGU - 2006) A desapropriação pela União, por interesse 
social, para fins de reforma agrária, do imóvel rural, incluindo as suas 
benfeitorias, que não esteja cumprindo sua função social, será feita 
mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária.
Comentários:
De fato, a desapropriação pela União, para fins de reforma agrária, do imóvel 
rural que não esteja cumprindo sua função social, dar-se-á mediante prévia e 
justa indenização em títulos da dívida agrária (art. 184, "caput", CF). 
Entretanto, diferentemente do que diz o enunciado, as benfeitorias úteis e 
necessárias serão indenizadas em dinheiro (art. 184, § 1°, CF). Questão 
incorreta.
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38. (ESAF / STN - 2002) A Constituição expressamente admite a 
desapropriação para fins de reforma agrária de imóveis tanto rurais 
como urbanos.
Comentários:
A desapropriação para fins de reforma agrária só está prevista na Constituição 
para imóveis rurais (art. 184). Questão incorreta.
39. (ESAF / ANA - 2009) A propriedade urbana cumpre sua função 
social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da 
cidade expressas no plano diretor, por isso, o poder público municipal 
pode exigir do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado 
ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob 
pena de imediata desapropriação com prévia e justa indenização em 
dinheiro, vencido o prazo assinalado para o adequado 
aproveitamento.
Comentários:
Antes de haver a desapropriação, é necessária a aplicação sucessiva das 
sanções previstas no § 4° do art. 182: i) parcelamento ou edificação 
compulsórios e; ii) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana 
progressivo no tempo. Além disso, a desapropriação dar-se-á com pagamento 
mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo 
Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, 
iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais. 
Questão incorreta.
40. (ESAF / PFN - 2006) Consoante a Constituição, compete à União 
desapropriar imóveis rurais para fins de reforma agrária. As 
benfeitorias úteis e necessárias são indenizadas em títulos da dívida 
agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no 
prazo de até vinte anos.
Comentários:
Nada disso! Segundo o art. 184, § 1°, da Constituição Federal, as benfeitorias 
úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro. Questão incorreta.
41. (ESAF / CGU - 2006) A política agrícola, planejada e executada na 
forma da lei, deverá levar em conta, entre outros aspectos, o 
cooperativismo.
Comentários:
É o que determina o art. 187, "caput", da Constituição Federal. Questão 
correta.
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42. (ESAF / CGU - 2006) Nos termos constitucionais, considera-se 
como atendendo à função social a propriedade rural que, segundo 
critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, cumprir a um 
dos seguintes requisitos: aproveitamento racional e adequado ou 
exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos 
trabalhadores.
Comentários:
Segundo o art. 186 da Constituição Federal, a função social é cumprida quando 
a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de 
exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
a) Aproveitamento racional e adequado;
b) Utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação 
do meio ambiente;
c) Observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
d) Exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos 
trabalhadores.
Destaca-se que todos os requisitos deverão ser simultaneamente 
cumpridos para que se considere que a função social da propriedade rural foi 
atendida. Questão incorreta.
43. (ESAF / CGU - 2012) O Supremo Tribunal Federal, a respeito do 
usucapião constitucional, já decidiu que, na contagem dos 5 anos, será 
considerado o tempo de posse anterior à promulgação da Constituição 
da República de 1988.
Comentários:
O STF entende que o tempo de posse anterior à promulgação da Constituição 
não se inclui na contagem do prazo quinquenal na aplicação do usucapião 
constitucional. Questão incorreta.
44. (ESAF / PFN - 2006) Consoante a Constituição, compete à União 
desapropriar imóveis rurais para fins de reforma agrária. Não podem 
ser desapropriadas as propriedades rurais que cumpram sua função 
social, a qual pressupõe o aproveitamento racional e adequado, a 
utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação 
do meio ambiente, observância das disposições que regulam as 
relações de trabalho e exploração que favoreça o bem-estar dos 
proprietários, dos trabalhadores e dos consumidores.
Comentários:
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Segundo o art. 186 da Constituição Federal, a função social é cumprida quando 
a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de 
exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
a) Aproveitamento racional e adequado;
b) Utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação 
do meio ambiente;
c) Observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
d) Exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos 
trabalhadores.
Não há previsão de que a exploração da propriedade deva favorecer o 
bem-estar dos consumidores. Questão incorreta.
45. (ESAF / CGU - 2004) Segundo a CF/88, um dos requisitos da 
função social da propriedade rural é a exploração que favoreça o bem- 
estar dos proprietários e dos trabalhadores.
Comentários:
É o que determina o art. 186, IV, da Constituição. Questão correta.
46. (ESAF / PFN - 2006) Consoante a Constituição, compete à União 
desapropriar imóveis rurais para fins de reforma agrária. Não podem 
ser desapropriadas a pequena e média propriedade rural, mesmo que 
seu proprietário possua outra, bem como a propriedade produtiva.
Comentários:
É condição para que a pequena e a média propriedade rural, assim definidas 
em lei, não sejam desapropriadas o fato de seu proprietário não possuir outra 
(art. 185, I, CF). Questão incorreta.
47. (ESAF / PFN - 2006) Sobre as operações de transferência de 
imóveis desapropriados para fins de reforma agrária incidem apenas 
os impostos federais.
Comentários:
São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de 
transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária (art. 184, 
§ 5°, CF). Questão incorreta.
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LISTA DE QUESTÕES
1. (ESAF / SUSEP - 2010) São princípios da Ordem Econômica, 
exceto:
a) tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob 
as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.
b) defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado 
conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de 
elaboração e prestação.
c) propriedade privada.
d) integração nacional.
e) função social da

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