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Universidade Federal do Rio Grande Escola de Engenharia Materiais de Construção Civil Tassia Fanton 1– CIMENTO Aglomerante ativo hidráulico, pulverulento de cor acinzentada, resultante da queima do calcário, argila e posterior adição de gesso. Distingue-se da cal hidráulica por ter um maior ter de argila e pela pega dos seus produtosmaior ter de argila e pela pega dos seus produtos ocorrer mais rapidamente e proporcionar maior resistência aos esforços mecânicos. 1– CIMENTO OBSOBS:: Pega é um fenômeno físico-químico através da qual a pasta e cimento se solidifica. Terminada a pega o processo de endurecimento continua ainda durante um longo período de tempo, aumentando gradativamente a sua dureza e resistência. A pega sofre influencia de diversos fatores, sendo retardada pelas baixas temperaturas e pelo gesso. É acelerada pelas altas temperaturas. 1– CIMENTO OBSOBS:: O cimento comum é chamado PORTLAND, havendo diferentes tipos no mercado, sendo classificados pelo início da pega da seguinte forma:da pega da seguinte forma: Pega rápida <30minPega rápida <30min Pega Pega semisemi--rápidarápida 30 a 60 30 a 60 minmin Pega normal >60min Pega normal >60min 1– CIMENTO CURIOSIDADECURIOSIDADE:: O cimento portland, foi criado por um construtor inglês , Josehp Aspdin, que o patenteou em 1824. Nessa época era comum na Inglaterra construir com rochacomum na Inglaterra construir com rocha de Portland, uma ilha situada ao sul do país. Como o resultado da sua invenção se assemelhava na cor e na dureza dessa pedra, ele registrou esse nome em sua patente. Por isso o cimento é chamado cimento portland. IlhaIlha dede PortlandPortland 2– PRODUÇÃO DO CIMENTO 22..11 MATÉRIASMATÉRIAS PRIMASPRIMAS PARAPARA AA PRODUÇÃOPRODUÇÃO DODO CIMENTOCIMENTO:: O cimento Portland é composto de clínquer e de adições. O clínquer é oclínquer e de adições. O clínquer é o principal componente e está presente em todos os tipos de cimento portland. As adições podem variar de um tipo de cimento para outro e principalmente elas que definem os diferentes tipo de cimento. ClínquerClínquer 2– PRODUÇÃO DO CIMENTO 22..11 MATÉRIASMATÉRIAS PRIMASPRIMAS PARAPARA AA PRODUÇÃOPRODUÇÃO DODO CIMENTOCIMENTO:: CLÍNQUERCLÍNQUER:: O clínquer tem como matérias-primas oO clínquer tem como matérias-primas o calcário e a argila. A rocha calcária é primeiramente britada, depois moída e em seguida misturada, em proporções adequadas com argila moída. MinaMina dede ArgilaArgila MinaMina dede CalcárioCalcário 2– PRODUÇÃO DO CIMENTO 22..11 MATÉRIASMATÉRIAS PRIMASPRIMAS PARAPARA AA PRODUÇÃOPRODUÇÃO DODO CIMENTOCIMENTO:: CLÍNQUERCLÍNQUER:: A mistura formada (calcário + argila)A mistura formada (calcário + argila) atravessa então um forno giratório de grande diâmetro e comprimento, cuja temperatura interna chega a alcançar 1450°C. VistaVista internainterna dodo fornoforno FornoForno rotativorotativo 2– PRODUÇÃO DO CIMENTO 22..11 MATÉRIASMATÉRIAS PRIMASPRIMAS PARAPARA AA PRODUÇÃOPRODUÇÃO DODO CIMENTOCIMENTO:: CLÍNQUERCLÍNQUER:: O intenso calor transforma a misturaO intenso calor transforma a mistura em um novo material, denominado clínquer, que se apresenta sob a forma de pelotas. Na saída do forno o clínquer ainda incandescente, é bruscamente resfriado para posteriormente ser finamente moído, transformando-se em pó. ClínquerClínquer moídomoído ClínquerClínquer 2– PRODUÇÃO DO CIMENTO 22..11 MATÉRIASMATÉRIAS PRIMASPRIMAS PARAPARA AA PRODUÇÃOPRODUÇÃO DODO CIMENTOCIMENTO:: ADIÇÕESADIÇÕES:: As adições são outras matérias-primas que,As adições são outras matérias-primas que, misturadas ao clínquer na fase de moagem, permitem a fabricação dos diversos tipos de cimento portland hoje disponíveis no mercado. Essas outras matérias primas são o gesso, as escórias de alto-forno, os materiais pozolânicos e os materiais carbonáticos (Fíler). 2– PRODUÇÃO DO CIMENTO 22..11 MATÉRIASMATÉRIAS PRIMASPRIMAS PARAPARA AA PRODUÇÃOPRODUÇÃO DODO CIMENTOCIMENTO:: ADIÇÕESADIÇÕES:: O GESSO tem como função básica controlar o tempo de pega, isto é, o início do endurecimento do clínquer moído quando misturado com água. Caso nãoclínquer moído quando misturado com água. Caso não e adicionasse gesso à moagem do clínquer, o cimento, quando entrasse em contato com a água, endurecia quase que instantaneamente, o que inviabilizaria seu uso em obras. Por isso, o gesso é uma adição presente em todos os tipos de cimento portland. A quantidade adicionada é pequena em geral 3%. GessoGesso 2– PRODUÇÃO DO CIMENTO 22..11 MATÉRIASMATÉRIAS PRIMASPRIMAS PARAPARA AA PRODUÇÃOPRODUÇÃO DODO CIMENTOCIMENTO:: ADIÇÕESADIÇÕES:: As ESCÓRIAS DE ALTO-FORNO (E) são obtidas durante a produção de ferro nas indústrias siderúrgicas e se assemelham aos grãos de areia. Antigamente as escórias de alto-forno eram consideradas com um material sem maior utilidade, até ser descoberto que elas também tinham propriedade de ligante hidráulico. Essa descoberta tornou possível adicionar a escória de alto-forno à moagem do clínquer com gesso, guardadas certas proporções, e obter como resultado um tipo de cimento que, além de atender plenamente aos usos mais comuns, apresenta melhoria de algumas propriedades, como maior durabilidade e maior resistência final. EscóriasEscórias 2– PRODUÇÃO DO CIMENTO 22..11 MATÉRIASMATÉRIAS PRIMASPRIMAS PARAPARA AA PRODUÇÃOPRODUÇÃO DODO CIMENTOCIMENTO:: ADIÇÕESADIÇÕES:: Os MATERIAIS POZOLÂNICOS (Z)são rochas vulcânicas ou matérias orgânicas fossilizadas encontradas na natureza, certos tipos de argilas queimadas a altas temperaturas e derivados da queima de carvão mineral nas usinas termelétricas, entre outros. Da mesma forma que no caso da escória de alto forno, pesquisas levaram a descoberta de que os materiais pozolânicos apresentam propriedades ligantes, porém essa reação só ocorre quando a pozolana for adicionada ao clínquer. A adição desse tipo de material é vantajoso, pois oferece maior impermeabilidade, aos concretos e argamassas. PozolanaPozolana 2– PRODUÇÃO DO CIMENTO 22..11 MATÉRIASMATÉRIAS PRIMASPRIMAS PARAPARA AA PRODUÇÃOPRODUÇÃO DODO CIMENTOCIMENTO:: ADIÇÕESADIÇÕES:: Os MATERIAIS CARBONÁTICOS (F) são rochas moídas que apresentam carbonato de cálcio em sua constituição tais como o próprio calcário. Tal adição serve para tornar os concretos e as argamassas mais trabalháveis. Quando presentes no cimento são conhecidos como fíler calcário. 4– CLASSE DE RESISTÊNCIA Quanto à granulometria o cimento pode ser diferenciado pelas classes: 25, 32 ou 40. Verifica-se que o cimento quanto mais finamente moído apresenta resistência a compressão superior a de um outro cimento (de grãos maiores) se comparado na mesma idade de hidratação, ou seja, aos 28 dias, verificamos que o CP 40 (grãos menores) possuí uma resistência à compressão superior do CP 32 e do CP25. O mesmo acontece com o CP 32 em relação ao CP25. 4– CLASSE DE RESISTÊNCIA Nas figuras abaixo, pode-se perceber que quanto mais fino for o cimento, maior será sua área específica, portanto maior será a quantidade de cimento em contato com a água, facilitando assim as reações de hidratação dos grãos do cimento. 4– CLASSE DE RESISTÊNCIA Resistência a compressão aos 28 dias dos Cimentos Portland 25, 32 e 40 5– NOMENCLATURA Os diferentes tipos e teores de adições usados na moagem do clínquer permitem que se obtenha cimentos de características diversas. Esses tipos se diferenciam de acordo com a proporção de clínquer e das adições, tais como as escórias, pozolanas e fíler. Além dissopodem diferir em função de propriedades intrínsicas, como alta resistência inicial e cor branca. NOME DO CIMENTO 5– NOMENCLATURA CP XX-X RR – RS/ARINOME Resistente a Alta Resistência Inicial Cimento Portland Tipo Resistência aos 28 dias (MPa) Adição Resistente a Sulfatos 5– NOMENCLATURA NOME TÉCNICO: Cimento Portland composto com escória 5– NOMENCLATURA Exemplos: Cimento Portland Pozolânico – Resistente a Sulfatos. Cimento Portland composto com Fíler 5– NOMENCLATURA Exemplos: Cimento Portland de Alta Resistência Inicial Cimento Portland composto com Pozolana 1. Atividades de Pesquisa tassiafanton@gmail.com
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