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[ESQUISTOSSOMOSE] 30 de março de 2016 A esquistossomose é conhecida também como barriga d’água, ou doença do caramujo, porque o vetor intermediário é o caramujo. Na espécie humana, no Brasil, geralmente se tem a Esquistosoma mansoni. O verme adulto é um nematodo que é encontrado no plexo venoso intestinal, região da bexiga: onde se tem veias e artérias irrigadas que envolvem todo o intestino (grosso e delgado). Ficam preferencialmente no intestino grosso. Há o acasalamento e a liberação dos óvulos, que são encontrados nas fezes (formados no intestino grosso). O SISTEMA REPRODUTOR Masculino: testículos (6 a 8 lóbulos) e canal deferente (se dilata e forma a vesícula seminal). MACHO Mais ou menos 1cm; Apresenta ventosas oral e acetábulo (auxílio na fixação); Corpo com canal ginecóforo (acasalamento; inserção da fêmea); Tegumento revestido por espinhos que auxiliam na fixação do plexo venoso. auxiliam na fixação do plexo venoso. FÊMEA Delgada e cilíndrica; Maior que o macho; Ventosas pequenas ( precisa de auxílio na fixação). [ESQUISTOSSOMOSE] 30 de março de 2016 Feminino: ovário único e oviduto. O oviduto se abre no poro genital, onde estará conectado com o reprodutor masculino. NUTRIÇÃO Alimenta-se de sangue. Ingestão através das ventosas (machos se alimentam facilmente por causa do tegumento revestido e seu tamanho maior), além de alimentação por pinocitose (através do tegumento). A nutrição pode auxiliar na resposta imunológica: o verme na hora da nutrição pega proteínas do nosso corpo e reveste seu tegumento. Sendo assim, ele se protege para que o sistema imunológico não o reconheça. OVOS Alguns ovos são destruídos pelo sistema imunológico. 6-7 dias para formar o embrião dentro do ovo e a liberação desses ovos se dá após 20 dias. São pequenos e possuem uma espícula em sua morfologia. Normalmente as fezes são liberadas em locais úmidos (lagos, açudes), e não tem bom desempenho em locais que sejam secos. Em ambientes úmidos há a liberação do MIRACÍDIO (penetra no caramujo e vai liberar a cercária, que penetra o homem), liberado em contato com a água e revestido por um epitélio ciliado (auxílio na movimentação para encontrar o caramujo; existem vesículas, com secreções que facilitam que o miracídio penetro o caramujo; além de alimentação de matéria orgânica. Papilas sensoriais que servem para fototropismo (tem fototropismo positivo, e fica em regiões claras, rasas). CICLO Eliminação de ovos por um paciente infectado. O ovo cai na água, recebe fonte de luz e libera o miracídio, que penetra o caramujo. Ao penetrar no caramujo, o miracídio vai se transformar em esporocisto I, e depois, ainda dentro do caramujo, se transforma em esporocisto tipo II, que vai migrar para o hepatopâncreas e nessa região vai formar as cercárias (a forma infectante para o homem). Geotropismo negativo (regiões próximas ao solo) e fototropismo positivo (liberação regulada pela luz). Principais espécies relacionadas ao ciclo: das várias espécies de caramujos existentes em nosso meio, três mostraram-se capazes de infectar-se com o S. mansoni: Biomphilaria tenagophila, B. glabrata e B. straminea. Sendo as duas últimas mais encontradas no Brasil. OBS.: O único esporocisto que não se transforma em cercária é o tipo I, já que é um esporocisto jovem. O tipo II, III e IV consegue se transformar em cercária. A cercária quando penetra perde a cauda, e aquelas que sobrevivem à penetração (por causa do sistema imune) vão cair nos vasos sanguíneos e levadas ao fígado, onde terão condições ideiais e sobrevivem para formar vermes adultos (macho ou fêmea). Ocorrerá o acasalamento e vão se desgrudar da região venosa-hepática e vão seguir o fluxo sanguíneo; chegando à região mesentérica (vasos de pequeno calibre), eles se fixam novamente. (No fígado vira verme adulto) As fêmeas quando liberam os ovos nos vasos de pequeno calibre, próximo à região mesentérica (intestino grosso), vão começar a obstruir os vasos, o fluxo sanguíneo não vai conseguir passar, havendo acúmulo do sangue e o rompimento do vaso, aqueles ovos vão cair na luz intestinal e vão ser expostos junto às fezes, que cairão no ambiente líquido, liberando os miracídios e reiniciando o ciclo. ESQUISTOSSOMOSE NO BRASIL Prevalência de acordo com a distribuição do caramujo. As regiões mais frequentes são no nordeste e no sudeste. Histórico no Brasil: foi introduzida através do tráfico negreiro. Os primeiros locais colonizados foram os do Nordeste. A partir do momento que começou a migração para o sudeste, a doença se espalhou (por fluxo migratório). [ESQUISTOSSOMOSE] 30 de março de 2016 SINTOMAS E PATOLOGIA Dermatite, vermelhidão (Devido à entrada do parasito na pele). O esquistossoma pode chegar ao pulmão; Febre e aumento da produção de eosinófilos (reações alérgicas), linfoadenite (inflamação dos vasos linfáticos), esplenomegalia (aumento do baço) e urticária (vermelhidão + coceira) – isso tudo é de acordo com a quantidade de parasitas; Na fase crônica, os pacientes podem levar até 10 anos de reinfecção; a pessoa é reinfectada muitas vezes, por muito tempo; Má digestão (dependendo da carga parasitária). [Manuela Menezes, 2016. Recife.]
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