Buscar

CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

O que é uma infecção hospitalar 
Qualquer tipo de infecção adquirida após a entrada do paciente em um hospital ou após a sua alta quando essa infecção estiver diretamente relacionada com a internação ou procedimento hospitalar, como, por exemplo, uma cirurgia.
O diagnóstico de infecção hospitalar envolve o uso de alguns critérios técnicos, previamente estabelecidos:
 
	
	Observação direta do paciente ou análise de seu prontuário.
	
	Resultados de exames de laboratório.
	
	Quando não houver evidência clínica ou laboratorial de infecção no momento da internação no hospital, convenciona-se infecção hospitalar toda manifestação clínica de infecção que se apresentar após 72 horas da admissão no hospital.
	
	Também são convencionadas infecções hospitalares aquelas manifestadas antes de 72 horas da internação, quando associadas a procedimentos médicos realizados durante esse período.
	
	Os pacientes transferidos de outro hospital são considerados portadores de infecção hospitalar do seu hospital de origem.
	
	As infecções de recém-nascidos são hospitalares, com exceção das transmitidas pela placenta ou das associadas a bolsa rota superior a 24 horas.
A prevenção de infecções hospitalares por todo o mundo depende muito mais da instituição hospitalar e de seus trabalhadores do que dos pacientes, já que ninguém se interna com intenção de contrair doenças dentro do hospital.
Os cuidados para não ocorrer elevado número de infecções e sua prevenção e controle envolvem medidas de qualificação da assistência hospitalar, de vigilância sanitária e outras, tomadas no âmbito do município e estado. 
Devem ser tomadas medidas de precaução padrão, independente de suspeitar-se de uma doença transmissível ou não, protegendo deste modo os profissionais e o paciente. Essas medidas englobam: adequada higienização das mãos, com água e sabão ou gel alcoólico; uso de luvas quando há qualquer tipo de risco de contato com fluídos corpóreos; uso de avental, quando também há um risco de contato do profissional da saúde com fluídos corporais do paciente; prevenção de acidentes com materiais perfurocortantes; descontaminação do ambiente após a alta do paciente; limpeza, desinfecção ou esterilização de todos os artigos e equipamentos antes de serem utilizados em outro paciente.
Também devem ser tomadas precauções respiratórias, quando se trata de doenças respiratórias que eliminam para o ambiente, gotículas ou aerossóis contaminados. Nesses casos, os pacientes, obrigatoriamente, necessitam ficar em um quarto privativo; os visitantes e profissionais que entrarem no quarto devem utilizar máscara cirúrgica e desprezá-la ao sair do cômodo; o paciente deve evitar sair do quarto e, quando for fazê-lo, este deve usar máscara cirúrgica. Precauções de contato também devem ser tomadas.
Quando se tratar de bactérias multirresistentes, é necessário o máximo empenho para prevenção de sua transmissão entre os pacientes, sendo de extrema importância, como: higienizar as mãos ao atender qualquer paciente e seguir precauções de contato ao atender os portadores desse tipo de bactéria. Quando esta está colonizando apenas um indivíduo, as precauções de contato são suficientes para conter sua disseminação. No entanto, quando a bactéria está espalhada por toda a unidade, o empenho se concentra em diminuir a incidência da bactéria entre os pacientes, mesmo que ela não seja completamente eliminada da unidade.
Quando se tratar de pacientes transferidos de outras unidades, recomendam-se as seguintes medidas preventivas:
Manter o paciente sob precaução de contato;
Colher materiais para culturas de vigilância (urina, pele, secreção traqueal, secreção da orofaringe, entre outros);
Após saírem os resultados das culturas de vigilância, caso sejam detectadas bactérias multirresistentes, manter precauções de contato, caso contrário, manter apenas precaução padrão.
Composição da equipe e suas funções
As estratégias para a implementação de um programa de uso racional e controle de antimicrobianos em hospitais, bem como a composição de suas respectivas equipes, variam conforme as características institucionais, em especial, a complexidade dos procedimentos realizados (ex: cirurgias de grande porte, terapia intensiva, transplantes, quimioterapia oncohematológica, etc) e o número de leitos disponíveis, bem como o acesso a recursos humanos e tecnológicos adequados para a realização de tal atividade.
No Brasil, as comissões de controle de infecções hospitalares (CCIH), conforme exigências legais, são as responsáveis pela implementação destes programas:
assumindo as principais atividades executivas com o apoio de setores-chave (laboratório, farmácia, etc);
estimulando a criação de comitês específicos com a participação de profissionais de áreas afins (infectologistas, epidemiologistas, representantes de clínicas médicas e cirúrgicas, microbiologistas, administradores, etc).
 Composição da equipe e suas funções
	
	 
	A seguir, sintetizamos as principais funções exercidas por cada um dos integrantes de uma equipe multi-profissional e apresentamos alguns comentários pontuais.
Infectologistas ou profissionais médicos com boa formação em antibioticoterapia.
Farmacêutico clínico e/ou hospitalar.
Laboratório de microbiologia.
Comissão de controle das infecções hospitalares.
Administradores hospitalares.
Estatísticos com formação em epidemiologia hospitalar e equipe de suporte de informática.
Infectologistas ou profissionais médicos com boa formação em antibioticoterapia
Conforme comprovado por diversas publicações, infectologistas com boa formação são fundamentais para programas de racionalização do uso de antimicrobianos.
Portanto, é fundamental que essa atividade seja realizada de forma integrada com os demais componentes do corpo clínico, em especial as coordenações de serviço e demais formadores de opinião, com as regras de atuação pré-definidas e aprovadas pela alta direção dentro de um ambiente motivacional favorável. A alta direção deverá ter em mente o ótimo custo-benefício desta atividade, fato já extensamente pormenorizado por diversas publicações científicas.
Farmacêutico clínico e/ou hospitalar
Sugere-se, especialmente para hospitais terciários de alta complexidade, a contratação de um farmacêutico clínico com expertise em antibioticoterapia, para a realização de atividades de orientação e intervenção junto ao corpo clínico, principalmente no que se refere à dosagem, farmacocinética, interações medicamentosas e efeitos colaterais dos antimicrobianos.
Laboratório de microbiologia
Um dos grandes entraves para a implementação de um bem sucedido programa de controle de antimicrobianos é a carência de laboratórios de microbiologia qualificados na maioria dos hospitais brasileiros, inclusive naqueles de maior porte e alta complexidade. Entre as principais causas, estão a falta de profissionais experientes e atualizados, especialmente em pequenas e médias cidades, a baixa remuneração dos recursos humanos, o que desestimula movimentos de educação continuada e aperfeiçoamento profissional, defasagens nos preços dos exames complementares pagos pelos convênios privados de saúde e pelo SUS, o alto custo de aquisição e manutenção de novos equipamentos e o desconhecimento da importância desse setor por boa parte dos administradores hospitalares.
Comissão de controle das infecções hospitalares
Poderá contribuir decisivamente com a implementação e monitorização do impacto sistêmico de medidas que visam reduzir a dispersão intra-hospitalar de bactérias multirresistentes, com ênfase em treinamentos das técnicas de precauções universais e barreiras de isolamento; monitorização contínua dos padrões e tendências da resistência microbiana institucional, com intervenções específicas para o controle de eventuais desvios; monitorização contínua dos padrões de prescrição dos antimicrobianos nos diversos setores do hospital através de informações da farmácia (DDD), com a análise de tendências e correlações epidemiológicascom a incidência de germes multirresistentes e a curva de gastos com antimicrobianos, promovendo retornos para o corpo clínico e administradores e intervindo corretivamente quando necessário.
Administradores hospitalares
Esses profisisonais estimulam e garantem as condições necessárias (recursos humanos, tecnológicos, apoio político, etc) para a implementação dos programas de controle do uso de antimicrobianos conforme as necessidades e as características institucionais.
Os administradores hospitalares deverão estar cientes do custo-benefício desta atividade. Além disso, com o forte direcionamento das ações gerenciais para a qualificação dos serviços prestados, atendendo às exigências dos clientes e do mercado da saúde, torna-se essencial a visão administrativa de que reduções das infecções hospitalares e dos germes multirresistentes pelo controle do uso dos antimicrobianos é ferramenta fundamental para a segurança dos pacientes e o reconhecimento institucional perante as fontes pagadoras e os órgãos de certificação.
Estatísticos com formação em epidemiologia hospitalar e equipe de suporte de informática
Estatísticos participam da análise de tendências de vários indicadores, incluindo o consumo global e específico dos antimicrobianos, a taxa de resistência microbiana e os gastos com antimicrobianos; auxílio à CCIH na análise de indicadores específicos de controle de infecções hospitalares e na investigação de surtos e pseudo-surtos, incluindo aqueles relacionados a germes multirresistentes; provisão de um sistema de informática que permita uma ágil interação entre o prontuário eletrônico, os protocolos clínicos e os dados microbiológicos e da farmácia hospitalar.
Setor de Controle Hospitalar Controle de Infecção 
	Formada por representantes de diferentes setores do hospital, a Comissão de Controle da Infecção Hospitalar (CCIH) define ações normativas e coordena, rigorosamente, todas as atividades de prevenção, investigação e controle das infecções hospitalares. 
Simultaneamente, o Setor de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH)  executa as ações necessárias para a identificação precoce destas infecções, avaliando diariamente os métodos de assespsia e antisepsia do hospital, garantindo a segurança total dos pacientes. Em áreas críticas como as Unidades de Terapia Intensiva, este cuidado é especial e redobrado, a fim de manter os pacientes em lugares protegidos, livres de contaminação.

Continue navegando