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Apostila Higiene e Segurança

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Higiene Industrial
A ausência de segurança nos ambientes de trabalho no Brasil tem levado a grandes despesas com indenizações pagas pela Previdência Social, custos em saúde e perda de produtividade. Parte deste “custo segurança no trabalho” afeta negativamente a competitividade das empresas, pois aumenta o preço da mão-de-obra, o que se reflete no preço dos produtos.
Segundo o Anuário Estatístico de Proteção 2013 aponta que no ano de 2011, 2.884 trabalhadores perderam suas vidas durante o exercício de suas atividades profissionais, enquanto que em 2010 foram registrados 2.753 mortes no trabalho
Segundo o dicionário Aurélio Higiene é: 1. Parte da Medicina que ensina a conservar a saúde. 2. Ramo da medicina que visa à prevenção da doença. 3. Limpeza, asseio. 
Pode-se definir higiene como a ciência que visa à preservação da saúde e a prevenção de doenças.
Entende-se por Saúde um completo bem estar físico, mental e social, não consistindo somente na ausência de enfermidades. 
A Higiene do Industrial propõe-se combater, dum ponto de vista não médico, as doenças profissionais, identificando os fatores que podem afetar o ambiente do trabalho e o trabalhador, visando eliminar ou reduzir os riscos profissionais (condições inseguras de trabalho que podem afetar a saúde, segurança e bem estar do trabalhador). Pode-se definir Higiene industrial como a ciência e a arte devotada ao reconhecimento, avaliação e controle dos riscos profissionais visando a saúde, bem estar e a produtividade. 
Define-se segurança como a condição daquilo que pode se confiar. Ou a probabilidade de que algo indesejável não aconteça. Neste caso sendo o complementar do risco. 
A segurança do trabalho propõe combater, também de um ponto de vista não médico, os acidentes de trabalho, quer eliminando as condições inseguras do ambiente, quer educando os trabalhadores a utilizarem medidas preventivas.
Entende-se por condições de trabalho, toda e qualquer variável presente ao ambiente de trabalho capaz de alterar e/ou condicionar a capacidade produtiva de um indivíduo causando ou não agressão ou depreciação à saúde deste.
Alguns autores discutem o nome dado à disciplina se deveria ser Higiene Industrial ou salubridade ambiental. Na realidade Higiene Industrial é uma tradução quase literal do termo em inglês.
Segurança tem por objeto o estudo, avaliação e controlo dos riscos de operação.
Higiene tem por objeto identificar e controlar os riscos ambientais no local de trabalho que possam prejudicar a saúde do trabalhador.
A NR 9 define risco ambientais como aqueles associados a agentes físicos, químicos e biológicos existentes no ambiente de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar dano à saúde do trabalhador.
Riscos operacionais são os associados às condições adversas no ambiente de trabalho, apresentadas por aspectos administrativos ou operacionais, que aumentam a probabilidade de ocorrer um acidente.
Embora nem sempre seja possível estabelecer uma linha nítida de separação entre a Saúde Ocupacional e a Segurança do Trabalho, costuma-se, por uma questão didática, estabelecer distinção entre uma e outra, podendo então se dizer que em tese, a Saúde Ocupacional visa proteger a integridade física do trabalhador contra as conseqüências crônicas (lesões a longo prazo) que lhe poderão advir do trabalho, enquanto que a Segurança do Trabalho procura resguardá-la contra as conseqüências de caráter agudo (lesão imediata).
Diversas são as doenças ocupacionais que podem ser produzida por estes agentes, por exemplo: i)O Ar comprimido (Pressões Anormais) pode levar a intoxicação CO2 e embolia devido o nitrogênio; ii)o calor pode pode levar a intermação, prostração térmica, desidratação e câimbra do calor; iii)a radiação infravermelho pode levar a problemas de calor; iv) ruídos leva a problemas de surdez, redução na produtividade, desfavorável ao estado emocional.
Tendo em vistas estas doenças ocupacionais a NR 15 estabeleceu limites de tolerância para diversos agentes e identificou quais são considerados insalubres.
A Figura 1 apresenta os principais agentes causadores das doenças ocupacionais.
Figura 1: Principais Agentes causadores de doenças ocupacionais
Voltemos ao conceito de Higiene Industrial. Higiene industrial como a ciência e a arte devotada ao reconhecimento, avaliação e controle dos riscos profissionais visando a saúde, bem estar e a produtividade. Três elementos necessitam ser descritos: reconhecer, avaliar e controlar.
Reconhecer os riscos é a identificação qualitativa de potenciais e reais dos riscos no ambiente de trabalho. Para tanto se devem conhecer as diferentes formas com que se apresentam os agentes e riscos peculiares a cada atividade profissional. Demandando conhecimento das características intrínsecas dos materiais utilizados e o conhecimento dos processos e operações.
Avaliar consiste em verificar quantificando o nível de exposição, para isto pesquisas epidemiológicas e a identificação de medidas preventivas são importantes. Na avaliação deve-se medir com aparelho adequado (leitura direta, separação e coleta), identificar o local corretor de medição, a duração da medida e o número de medidas necessárias.
O reconhecimento e avaliação fazem parte do processo de análise de risco. O gerenciamento de risco ocorre quando associamos a esta análise as medidas de controle.
O controle pode ser sobre o ambiente de trabalho ou sobre o trabalhador. A NR 6 sempre prefere a proteção coletiva sobre a individual. As medidas de controle podem ser executas com:
Projeto adequado
Substituição de agentes
Modificação de processos
Segregação ou isolamento
Ventilação ( leva o contaminante para longe por dentro do prédio
Ventilação local exaustora 
Ventilação diluidora
Histórico
A preocupação com o ambiente de trabalho data de há muitos anos. No Egito antigo há se escreviam papiros observando as condições entre os operários nos fornos, tecelões pedreiros e lavanderias.
Hipocrates, em 460 a.c, enunciava doenças específicas aos trabalhadores das minas de chumbo (saturnismo). Plínio o velho em 55 d.c observou o que seria o primeiro Equipamento de Proteção Individual, a utilização da bexiga de carneiro com filtro respiratório para evitar a inalação de partículas.
A época do renascimento encontra-se escritos como os de Georgius Agrícola identificando doenças associados aos mineiros. 
No iluminismo, o pai da medicina do trabalho Bernardino Ramazzine em 1700 descreve varias ocupações e suas doenças relacionadas. É desta época que é incorporada na anamnésia a pergunta: onde você trabalha?
Ainda no século XVIII identifica-se o câncer de próstata nos limpadores de chaminé londrinos. Identificando-se a fuligem e a falta de higiene como as causas. 
Com a revolução industrial surge uma precária indústria em galpões que incorpora o trabalho infantil, longas jornadas de trabalho em ambientes insalubres. Nestas condições surge na Inglaterra, berço da revolução industrial, o “Ato das Fábricas” em 1833. Neste ato estabelece-se que a jornada diária não pode ultrapassar 12 horas diárias e 69 horas semanais; que menores de 18 anos não podem fazer trabalhos noturnos. Nascendo assim a primeira legislação trabalhista da nova era. 
Em 1919 após muitas discussões é criada a Organização Internacional do Trabalho, tratado de Versalhes, que em sua criação estabelece regras para questões tais como: limitação da jornada de trabalho, proteção à maternidade, trabalho noturno para mulheres, idade mínima para admissão de crianças e o trabalho noturno para menores.
Após a criação da ONU em 1945 é criada a Organização Mundial da Saúde (OMS) que em conjunto com a OIT definem atualmente os princípios internacionais da saúde ocupacional.
No Brasil a preocupação com o tema foi iniciada em 1919 quando lei estabelece que: os acidentes de trabalho são de responsabilidade do empregador.
O Estado Novo de Getúlio Vargasinicia o processo de industrialização brasileira e estabelece a Consolidação das Leis Trabalhistas.
Os acidentes de trabalho cresceram com o processo de industrialização brasileira; fazendo o Brasil iniciar a década de 1970 como o campeão mundial dos acidentes de trabalho. 
Em 1967 foi estatizado o Seguro Acidente de Trabalho (SAT) transferindo o risco individual para a sociedade.
Em 1977 é incorporada a CLT o Capítulo referente a segurança e medicina do trabalho. Tendo como mecanismos de regulamentação as Normas Regulamentadoras (NR) instituídas em portarias do Ministério do Trabalho. 
Com a Constituição de 1988 nasce o marco principal da etapa de saúde do trabalhador no nosso ordenamento jurídico. Está garantida a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança. E, ratificadas as Convenções 155 e 161 da OIT, que também regulamentam ações para a preservação da Saúde e dos Serviços de Saúde do Trabalhador.
Como diria a FIESP: “A primazia dos meios de produção em detrimento da própria saúde humana é fato que, infelizmente, vem sendo experimentado ao longo da história da sociedade moderna. É possível conciliar economia e saúde no trabalho”.
Sistema Brasileiro
O sistema Brasileiro de Engenharia de Segurança do Trabalho incorpora um amplo conjunto de instrumentos entre eles:
A Constituição Federal
A CLT e as Normas Regulamentadoras;
A previdência social (RAT, FAT...)
As normas da ABNT 
Este sistema pode ser aperfeiçoado.
Higiene Industrial e Riscos Ambientais
As estratégias básicas de gestão do risco ambiental são:
 i)eliminar/reduzir o risco; 
ii)proteger (coletiva/individual) e 
iii) avisar sobre o risco. 
Estas estratégias estão associadas a medidas:
construtivas (eliminar o risco ou envolvê-lo), 
organizacionais (afastar o homem) ou de 
proteção individual (proteger o homem).
Medidas construtivas ou medidas de engenharia:
Devem ser adotadas na fase de concepção e projeto. Atuam sobre os meios de trabalho (equipamentos, máquinas, edifícios). Incluem-se aqui as medidas de proteção coletiva.
Medidas organizacionais:
Dirigem-se ao sistema Homem - Equipamento - Ambiente. Visam afastar o Homem dos riscos.
A elaboração dos mapas de risco pela CIPA com o acompanhamento da SESMT é uma medida organizacional importante, assim como, as ações específicas da SESMT como a determinação dos EPIs, o acompanhamento da CIPA e as ações conscientização e esclarecimento dos trabalhadores.
Proteção individual:
Atuam exclusivamente sobre o Homem, obrigando-o ao uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Devem ser tomadas como último recurso.
Existem diversas abordagem para evitar situações perigosas, tais como: fiscalização (comando e controle), Abordagem psicológica, abordagem de engenharia e a abordagem analítica.
Abordagem de Comando e controle (fiscalização) esta é abordagem que define um conjunto de regulamentos que devem ser estabelecidos, fiscaliza a aplicação deste regulamento e pune quem não estiver em conformidade com o mesmo. Esta abordagem é a utilizada pela OSHA nos EUA e pelo Ministério do Trabalho aqui no Brasil e hipotetiza um estado onisciente (conhecedor e capaz de prever quaisquer circunstâncias) e define regras do tipo sempre e nunca; que tem dificuldade de operarem sobre incertezas.
A abordagem psicologia tenta recompensar comportamento em favor da segurança. Esta abordagem enfatiza a religião da segurança contra a ciência. É muito sensível ao apoio da alta direção.
A abordagem da engenharia procura eliminar ou envolver o risco. Procurando eliminar a necessidade de viver com as condições perigosas. Para tanto estabelece fatores de segurança para o dimensionamento de equipamentos; Opera sob o princípio à prova de falha utilizando-se de: i)redundância (unidades ou processos alternativos), ii) considerando o pior situação a qual o equipamento estará sujeito e/ou iii)se falhar o sistema estará em um modo seguro.
 A grande ironia da abordagem da engenharia é se o dispositivos não funcionarem pode se produzir uma quantidade de males muito maior.
A abordagem analítica utiliza-se de dados estatísticos para calcular riscos e realizar avaliação custo-benefício da eliminação das condições inseguras, utilizando metodologias como análise da arvore de falhas. 
ACIDENTE DO TRABALHO
Ocorrência de acidentes do trabalho – danos imediatos à sociedade
Comprometimento da saúde e integridade física do trabalhador,
Eventualmente, a perda da base de sustentação familiar,
Custos que ocorrem na área social, principalmente na saúde e previdência social.
Como a ocorrência de acidentes do trabalho causa danos imediatos à sociedade, e um destes danos diz respeito a custos, existe uma alíquota paga pelos empregadores, a título de contribuição, para o financiamento do benefício concedido em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa, decorrente dos riscos ambientais do trabalho.
A alíquota SAT (Seguro Acidente do Trabalho) incide sobre a massa salarial paga mensalmente aos trabalhadores, e assume três valores distintos, 1, 2 e 3%, de acordo com a CNAE (Classificação Nacional das Atividades Econômicas).
Este sistema de cobrança é ineficiente, pois não estimula as empresas a investirem em medidas de segurança adequadas para manterem seus trabalhadores afastados dos riscos de acidentes do trabalho, visto que a alíquota é função somente da atividade, e não da sinistralidade (freqüência e gravidade).
E o que é o acidente de trabalho?
Em primeiro lugar define-se acidente como acontecimento casual, inesperado, imprevisto e trabalho como a atividade coordenada, de caráter físico e/ou intelectual necessária à realização de qualquer tarefa, serviço ou empreendimento.
Desta forma pode-se definir ACIDENTE DE TRABALHO (CLTPS) como aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa, que provoca lesão corporal ou perturbação funcional que cause morte, perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade de trabalho. 
Para que haja acidente de trabalho faz-se necessário que haja um triplo nexo causal:
Trabalho – Acidente
Acidente – Lesão 
Lesão – Incapacidade
Para que seja caracterizado um acidente do trabalho é necessário que haja uma vítima e que apresente algum tipo de lesão.
A Lei 8213/91 considera acidente de trabalho as seguintes entidades mórbidas:
I – doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade constante da respectiva relação elaborada pelo MTPS;
II – doença do trabalho, adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente.
Equiparam-se a acidentes do trabalho (CLTPS):
I – o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda de sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para recuperação;
II – o acidente sofrido pelo segurado no local do trabalho, em conseqüência de: a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; c) ato de imprudência, negligência ou imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; d) ato de pessoa privada do uso da razão; e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;
III – doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade;
IV – o acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local de trabalho: a) na execução de ordem ou serviço sob a autoridade da empresa; b) na prestação de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo, quando financiada por esta, dentro de seus planos,para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive o veículo de propriedade do segurado.
Os acidentes são, em geral, o resultado de uma combinação de fatores, entre os quais se destacam as falhas humanas e as falhas materiais. Pode-se daí definir ato e condição insegura.
ATO INSEGURO é o ato praticado pelo homem, em geral consciente do que está fazendo, que está contra as normas de segurança. Ex.: subir em telhado sem cinto de segurança, ligar aparelhos elétricos com a mão molhada e dirigir em alta velocidade.
CONDIÇÃO INSEGURA é a condição do ambiente de trabalho que oferece perigo e/ou risco ao trabalhador. Ex.: instalações elétricas com fios desencapados, máquinas em estado precário de manutenção, andaimes em obras de engenharia feitos com materiais inadequados.
Os acidentes de trabalho podem ser classificados de acordo com a forma de ocorrência em:
Acidente Típico: caracterizados por acidentes de trabalho que ocorrem em razão direta à atividade profissional do empregado;
Acidente de Trajeto: quando o empregado é vítima de qualquer acidente no percurso entre sua residência e o local de trabalho;
Doença: quando o empregado é acometido por alguma doença resultante da atividade profissional que ele exerce.
Os acidentes do trabalho podem também ser classificados em:
Acidente sem Afastamento
Acidente com Afastamento
	Incapacidade Temporária
	Incapacidade Permanente Parcial
	Incapacidade Permanente Total
RISCOS PROFISSIONAIS
Risco consiste na probabilidade ou possibilidade de evento, fato ou resultado indesejável ocorrer. A severidade de um risco é dada pelo produto da possibilidade de ocorrência pelo dano, podendo ser classificada em muito baixa, baixa, média, alta e muito alta.
A Análise de Riscos é uma ferramenta que permite, de forma racional, organizar e processar dados a respeito de eventos indesejáveis relacionados a uma atividade, possibilitando uma antecipação ao fato ou, pelo menos, a adoção de medidas que atenuem os efeitos negativos da ocorrência do fato. Para isso se torna necessário a: a) qualificação ou identificação dos riscos e b) a quantificação ou avaliação dos riscos.
O gerenciamento dos riscos diz respeito ao comportamento dos tomadores de decisão, através de análises do sistema, seleção de alternativas, otimização de opções ou minimização de determinados riscos.
Para a segurança do trabalho o risco é cada oportunidade de dano à integridade ou a saúde de uma pessoa em seu ambiente de trabalho.
Desde a pré-história todas as atividades humanas têm envolvido riscos. Hoje chamaríamos os riscos de trabalho de riscos profissionais. Entre estes riscos podemos distinguir os riscos de operação e os riscos ambientais. 
Os riscos operacionais são aqueles inerentes ao tipo de operação ou trabalho executado (máquinas desprotegidas, pisos escorregadios, ..), já os riscos ambientais são específicos do local de trabalho ( presença de gases, vapores, poeiras, ruídos,..).
Os riscos operacionais são objeto de estudo da Segurança do Trabalho, já os riscos ambientais são da Higiene Industrial.
Segundo a NR 9 Riscos Ambientais são aqueles associados a agentes físicos, químicos e biológicos existentes no ambiente de trabalho que, em função da natureza, intensidade ou concentração e tempo de exposição são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.
Riscos Operacionais são aqueles associados às condições adversas no ambiente de trabalho, no que se refere a aspectos administrativos e/ou operacionais, que aumentam a probabilidade de ocorrer um acidente.
Riscos Comportamentais são os que envolvem os aspectos individuais do trabalhador, motivado pelo despreparo técnico, desequilíbrio psíquico ou de saúde.
Riscos Ergonômicos, definidos na NR 17 como aqueles decorrentes das condições de trabalho, envolvendo fatores biomecânicos (postura, esforço e movimento), exigências psicofísicas do trabalho (esforço visual e atenção), deficiência do processo (ritmo de produção, trabalho monótono e repetitivo) ou até mesmo condições ambientais que possam ocasionar estresses profissionais.
Outra classificação de riscos é a que se segue (Portaria do MT):
Riscos de Acidentes – qualquer fator que coloque o trabalhador em situação vulnerável e possa afetar sua integridade, seu bem estar físico e psíquico. Ex.: máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de explosão ou incêndio, etc
Riscos Ergonômicos – qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando a saúde. Ex.: levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade, etc.
Riscos Físicos – formas de energia a que possa estar exposto o trabalhador. Ex: frio, calor, radiação, ruído, pressão, umidade, vibração, etc.
Riscos Químicos – substâncias, compostos ou produtos que podem penetrar no organismo por via respiratória, absorvidos pela pele ou por ingestão, na forma de gases, vapores, neblinas, poeiras ou fumos. 
Riscos Biológicos- consideram-se como agentes de risco biológico os vírus, bactérias, parasitas, fungos, etc
ÍNDICE DE FREQUÊNCIA E GRAVIDADE
Índice de afastamento por acidentes de trabalho (Iat) – razão entre o total de afastados por acidentes do trabalho e o total de empregados ativos (por mil)
Iat = total de afastados por acidentes do trabalho*1000/nº total de empregados
Índice de Freqüência (If) – número de acidentes de trabalho, com interrupção do trabalho (afastamento) igual ou superior a um dia, registrado durante o ano, multiplicado por 106, sobre o número de horas trabalhadas por todas as pessoas expostas ao risco durante esse período. 
If = nº de acidentes do trabalho com pessoas afastadas por ≥ 1dia ou número de acidentes que ganharam benefício (para previdência)*106/HHT 
Entende-se por horas x homem trabalhadas, o somatório do número de horas trabalhadas por ano e por cada trabalhador ou, o produto do número de trabalhadores pelo número de horas de trabalho, num ano.
Índice de Gravidade (Ig) mede a intensidade média dos acidentes ocorridos considerando a duração do afastamento do trabalho, para mensurar a perda laborativa devido à incapacidade. É igual a soma de dias perdidos (decorrência de acidentes com incapacidade temporária total) mais os dias debitados por acidente com incapacidade permanente parcial ou total, ou morte do acidentado pelo total de horas trabalhadas por cada mil.
Ig = soma dos dias perdidos em decorrência de acidente com incapacidade temporária total mais os dias debitados por acidente com incapacidade permanente parcial ou total, ou morte do acidentado / horas trabalhadas.
Os dias perdidos foram computados em função de todos os acidentes ocorridos no período, incluindo os afastamentos por menos de 15 dias e o tempo de permanência como beneficiário de auxilio doença. Além disso, foram computados os dias a debitar por acidentes qe causaram a morte, a incapacidade total permanente e a incapacidade parcial permanente. Neste último caso o cálculo do número de dias perdidos deve seguir as normas preestabelecidas. No caso de morte ou incapacidade total permanente a norma determina que seja computada como equivalente a 6000 dias de trabalho perdido .
TEMPERATURA EXCESSIVA
Atualmente a competição entre as empresas cresce a cada dia, a produtividade de seus funcionários é um diferencial e, um dos fatores que influenciam esta produtividade diz respeito às condições ambientais a que eles estão sujeitos.
As temperaturas excessivas são um desses fatores ambientais que possibilitam oferecer melhores condições de trabalho e aumento de produtividade.
Além do aspecto de melhoria na produção outro aspecto que deve ser tomado em conta é que, se o ambiente estiver acima do limitede tolerância estabelecido pelo Ministério do Trabalho o ambiente será considerado insalubre, portanto, gerará mais custos à empresa que terá que pagar a insalubridade aos funcionários e uma taxa maior à Previdência, além disso, o afastamento de funcionários devido a doenças ocupacionais será maior.
No que diz respeito a temperatura existem diversas alternativas de mercado para acondicionamento térmico: sistema de ventilação e exaustão, sistema de insuflamento, sistema eólico, revestimento de teto, resfriadores evaporativos, etc. Uns de maior custos que outros, e, cada um se apresentando como a melhor solução. Para saber ao certo qual a melhor solução é necessário a análise e o conhecimento sobre o calor e como ele atua nas pessoas e como os sistemas de ventilação influenciam esta relação.
Doenças ocupacionais podem ocorrer em decorrência de temperaturas excessivas. A NR 15 trata de calor no anexo 3 e de frio no anexo 9. Devido as situações de calor serem mais freqüentes elas terão um tratamento mais detalhado. A NR 9 diz que as situações de frio são insalubres e dependem de laudo pericial.
A NR 15 quando trata de calor diz que a falta de avaliação do calor utilizando a Temperatura do Bulbo Úmido e a Temperatura de Globo é infração de nível 4.
A norma de Higiene Ocupacional 6 da FUNDACENTRO estabelece procedimentos técnicos para a avaliação a exposição ao calor.
CALOR SENSÍVEL E CALOR LATENTE (TRANSFERÊNCIA DE CALOR)
O ser humano mantém uma temperatura interna aproximadamente constante (em torno de 37°C) seja qual for a temperatura externa (ambiente). Essa característica está ligada a existência de um mecanismo de regulação interna do corpo, o qual é responsável pela conservação e dissipação do calor.
O equilíbrio térmico entre o corpo e o ambiente baseia-se na igualdade:
QUANTIDADE DE CALOR RECEBIDA = QUANTIDADE DE CALOR CEDIDA
As trocas de calor necessárias para se manter essa igualdade dependem, fundamentalmente, das diferenças de temperatura entre a pele e o ambiente e da pressão do vapor d’água no ar em torno do organismo, a qual, por sua vez, é influenciada pela velocidade do ar e podem ser de dois tipos:
Calor Latente é o calor associado à mudança de fase, por exemplo, entre líquida e gasosa.
Calor Sensível é o calor associado ao aumento da temperatura.
É importante apresentar, portanto, os mecanismos de transmissão de calor entre o homem e o meio ambiente de trabalho, para que se possa entender, na prática, os índices de sobrecarga térmica e as técnicas de avaliação e melhoria do ambiente.
O calor tende a passar do meio onde a temperatura é maior para outro onde a temperatura é menor caso não exista um isolamento térmico entre eles.
O organismo é afetado pelo calor ambiente através dos mecanismos naturais de transmissão de calor, que acontecem através de três formas básicas de transferência. 
Condução: é a troca térmica, ocorrida entre os corpos através de um meio sólido que esteja em contato;
Convecção: é a troca térmica, ocorrida através de um fluido normalmente o ar atmosférico;
Radiação: é a troca térmica entre o ambiente e o corpo por meio de ondas eletromagnéticas, cujos comprimentos de onda se localizam na região do infravermelho no espectro luminoso.
No caso do organismo humano, se a temperatura da superfície do corpo for mais elevada do que a temperatura do ambiente, o organismo cedera calor para as moléculas do ar pelo fenômeno da condução. Simultaneamente, quando a pele se aquece, o ar torna-se menos denso, deslocando-se para cima, este fenômeno da convecção faz com que outras moléculas do ar ainda fria, entrem em contato com a superfície do corpo, ganhando calor através do processo continuo de troca térmica.
Se a temperatura do ar for exatamente igual a temperatura da superfície do corpo, não ocorrera transmissão de calor pelos fenômenos descritos, se for maior do que a temperatura do corpo, este ganhara calor, invertendo o mecanismo.
A temperatura e a velocidade do ar são fatores ambientais que influenciam o mecanismo de troca térmica.
Fisiologicamente, podemos falar num quarto mecanismo: a evaporação. Esse fenômeno auxilia o organismo a dissipar calor, cuja ação se intensifica a medida que as condições ambientais diminuem as possibilidades de perda de calor por condução e convecção.
O processo de evaporação do suor permite o resfriamento da superfície da pele que, por sua vez, reduz a temperatura do sangue. Esse fenômeno é conhecido como termoregulação e ajuda a manter a temperatura do corpo constante. 
	E ainda um quinto mecanismo, o metabolismo. Esse fenômeno diz respeito ao calor decorrente das reações químicas e físico-químicas mediante as quais são feitas a assimilação e desassimilação das substâncias necessárias à vida.
ÍNDICE DE CONFORTO TÉRMICO E SOBRECARGA TÉRMICA
O Índice de Exposição ao Calor, que determina os índices máximos de exposição ao calor, pode ser classificado em:
Índice de conforto térmico e
Índice de sobrecarga térmica, 
ÍNDICES DE CONFORTO TÉRMICO: 
Os índices de conforto térmico foram obtidos de forma empírica, decorrente de observações práticas no ambiente de trabalho e experiências subjetivas realizadas com trabalhadores expostos a diferentes condições ambientais. Dentre estes índices destaca-se:
- Temperatura Efetiva (TE): leva em consideração 
 temperatura, 
 umidade e 
 velocidade do ar. 
É adotado como parâmetro na determinação do conforto térmico. Calculado por meio de ábacos, com três variáveis plotadas (temperatura de bulbo seco, temperatura de bulbo úmido, velocidade do ar.
- Temperatura Efetiva Corrigida (TEC) considera a:
temperatura, 
 umidade 
 velocidade do ar e
calor radiante
ÍNDICE DE SOBRECARGA TÉRMICA
Os índices de sobrecarga térmica partem de aspectos técnicos bem definidos, uma vez que a natureza humana é a mesma em qualquer parte do mundo. São os mais importantes do ponto de vista da Higiene Ocupacional.
A sobrecarga térmica é a quantidade de energia que o organismo precisa dissipar para atingir o equilíbrio térmico. O organismo também gera calor interno, chamado de calor metabólico, por causa da atividade celular. Essa energia interna é a combinação do calor gerado pelo metabolismo e o calor resultante da atividade física. Dentre os índices pode-se citar:
- Índice de sobrecarga térmica (IST): leva em consideração 
a temperatura, 
a umidade e 
a velocidade do ar, 
o calor radiante e 
o metabolismo da atividade;
- Índice de Bulbo Úmido e Termômetro de Globo (IBUTG): leva em consideração:
a temperatura, 
a umidade; 
o calor radiante e 
o metabolismo da atividade. 
Instituído, pela Portaria 3214/78 – NR 15 – anexo 3, foi adotado como Índice de Avaliação das condições de insalubridade.
As condições limitantes quanto a temperatura, segundo a NR17 são: temperatura efetiva entre 20 e 23°C, velocidade não superior a 0,75m/s e umidade relativa do ar não inferior a 40%. 
Em função do tipo de atividade (leve, moderada ou pesada) e do regime de trabalho existem limites para o Índice do Bulbo Úmido e Temperatura de Globo (IBUTG), recomendado pela NR15, anexo 3. O IBUTG é claculado pelas expressões: 
IBUTG= 0,7 tbu + 0,3 tg (para ambiente internos / externos sem carga solar)
IBUTG= 0,7 tbu + 0,1 tbs + 0,2 tg (para ambientes externos com carga solar)
Após o cálculo do IBUTG e verificação, na tabela, do tipo de atividade, calcula-se o limite de tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente.
Caso o local de descanso seja fora do local de trabalho, realiza-se o seguinte procedimento:
Calcula-se o IBUTG do local de trabalho e do descanso e calcula-se a média ponderada pela tempo de descanso e trabalho por hora:
Calcula-se a taxa metabólica no local de trabalho e descanso e calcula-se a média ponderada pelo tempo das mesmas pela expressão:
Onde:
Mt - taxa de metabolismo no local de trabalho.
Tt - soma dos tempos, em minutos, que sepermanece no local de trabalho.
Md - taxa de metabolismo no local de descanso.
Td - soma dos tempos, em minutos, que se permanece no local de descanso.
Obtêm-se o Máximo IBUTG para a taxa metabólica pela Tabela a seguir
Verifica-se se o IBUTG calculado é menor que o máximo se sim a situação é salubre se não é insalubre.
O aparelho para o cálculo do IBUTG é descrito a seguir. 
O termômetro de globo consiste em uma esfera de cobre de 1 mm de espessura de diâmetro de 152,4 mm pintado de preto fosco e com emissividade mínima de 0,95. Um termômetro de mercúrio é colocado nesta esfera como mostra a Figura 1.
O termômetro de bulbo úmido tem um pavio de algodão com alta capacidade de umedecimento e uma quantidade de água em um recipiente para umedecê-lo como mostra a Figura 2. Observe que a idéia é viabilizar troca de calor pela evaporação da água que reduzirá a temperatura deste termômetro com relação a temperatura do termômetro de bulbo seco.
A Figura 3 mostra todo o equipamento montado.
Figura 1: Termômetro de Globo
Figura 2: Termômetro de Bulbo Úmido
Figura 3: Conjunto convencional para avaliação do IBUTG.
TERMONOSES
Termonoses são quadros resultantes da ação do calor difuso sobre o corpo. Como exemplo tem-se:
A insolação ou intermação – distúrbio no centro termo-regulador que pode levar a morte. A pele fica seca, quente e avermelhada e tem como sintomas tontura, vertigens e tremores. Na insolação a fonte é natural, o Sol, já na intermação a fonte de calor é artificial (caldeira, fornalha). A intermação ocorre em locais fechados, tem como causa o excesso de energia muscular, o calor ambiente e a falta de arejamento local e como sintomas acrescenta-se hipertermia (+42°C), dor epigástrica e síncopes.
A exaustão do calor – vaso dilatação periférica em grande área do corpo podendo reduzir a irrigação sanguínea do córtex cerebral ocasionando insuficiência no suprimento de sangue nesta importante região.
A desidratação – perda de água e sais por evaporação associada a sudorese.
As câimbras de calor – perda de cloreto de sódio com o suor produzindo espasmos musculares
A prostração térmica – distúrbio circulatório que é resultante da impossibilidade de compensar uma solicitação excessiva.
A catarata – doença ocular irreversível causada por exposição prolongada à radiação infravermelha (calor radiante)
Aparelho termoregulador
O aparelho termoregulador é coordenado pelo hipotálamo e tem por objetivo adaptar o homem ao calor mantendo a temperatura constante
O hipotálamo é responsável pela regulação da ingestão da alimentação e da água, a regulação do comportamento emocinal e sexual. 
O hipotálamo anterior é responsável pelo controle dos mecanismos que favorecem a perda de calor. E o posterior controla os mecanismos que aumentam a produção e a conservação de calor.
Estímulos no hipotálamo anterior desencadeiam fenômenos de vasodilatação periférica e sudorese, que resultam em perda de calor, já estímulos no hipotálamo posterior resultam em vaso constrição periférica, tremores musculares (calafrios) e até mesma liberação do hormônio tireoidiano, que funcionam no sentido de gerar ou conservar calor.
A detecção da temperatura ambiental é feita por termorreceptores periféricos e os termorreceptores hipotalâmicos monitoram a temperatura central do corpo. Os termorreceptores hipotalâmicos situam-se na área pré-óptica (região anterior do hipotálamo) e são tão sensíveis que respondem a aumentos e decréscimos de temperatura na ordem de 1 a 2º C.
A termoregulação ao frio pode se dar por produção de energia nas células adiposas castanhas que são ricas em mitocôndrias e estão espalhas das entre o tecido adiposo branco; através de contração muscular que serve para queima de ATPs produzindo calor ou através de mecanismo cardiovasculares automáticos e endócrinos que determinam vaso constrição periférica. No frio há uma redução na produção de suor pelas glândulas sudoríparas. 
A termoregulação ao calor utilizada os mesmos mecanismos operando de forma inversa, há intensificação na circulação periférica com vistas a transportar calor para pele e com isto aumentar as trocas de calor sensível. Há também o aumento da sudorese com vistas a vaporizar o calor aumentando a troca de calor latente pela evaporação.
Este mecanismo de termoregulação é operado pelo sistema simpático.
O mecanismo de termoregulação tem sua fisiologia modificada com a idade.
TERMOREGULAÇÃO AO FRIO
ajustes cardiovasculares
receptores cutâneos + frio = vasoconstrição periférica
direcionamento sanguíneo para o centro (+ quente)
benefício isolante da gordura subcutânea
atividade muscular
regulação é mediada pela temperatura interna e não pela produção de calor
calafrios durante exercício
produção hormonal
adrenalina e noradrenalina (medula adrenal) 
estresse prolongado ao frio ( ( T4 ( ( TMB
TERMOREGULAÇÃO AO CALOR
radiação
troca global de energia térmica radiante (ar) 
não requer contato molecular
condução
 transferência direta por contato com líquido, sólido 
 ou gás 
 água absorve milhares de vezes mais calor
convecção:
 permuta de ar ou líquido adjacente já aquecido 
evaporação
�
MEDIDADE DE CONTROLE
As medidas de controle podem ser com relação ao ambiente ou com relação ao trabalhador.
Medida de controle da temperatura do ambiente de trabalho pode ser realizada através de Sistema de Ventilação e Refrigeração ou Redução de Calor. Foram analisados 5 sistema de ventilação, refrigeração ou redução, são eles:
Sistema de Ventilação e exaustão;
Sistema de Influsamento;
Revestimento de telhado;
Sistema de resfriamento evaporativo por névoa;
Sistema de resfriamento evaporativo.
As medidas de controle sobre o trabalhador consistem em:
Exames médicos
Aclimatação (adaptação fisiológica lenta e progressiva do organismo ao calor)
Ingestão de água e sal
Limitação do tempo de exposição
EPI: 
Vestimentas (por ex: levas e de cor clara para ambientes com alta temperatura)
Luvas, aventais, capuses
Óculos e protetores faciais: radiação eletromagnética.
Educação e treinamento.
�
RUÍDO EXCESSIVO
A ondulatória é a parte da física que estuda os fenômenos que se apresentam em forma de ondas. Existem dois tipos básicos de fenômenos que se apresentam dessa maneira: ondas mecânicas, que atuam ao nível das moléculas, cujo fenômeno perceptível é o som e ondas eletromagnéticas, causadas pelo movimento de partículas sub-atômicas, cujos fenômenos perceptíveis associados são, principalmente, a luz e as cores.
Ondas mecânicas podem ser de dois tipos: longitudinais ou transversais. No caso das longitudinais as moléculas movem-se na mesma direção de propagação da onda; no caso das transversais as moléculas movem-se perpendicularmente a direção de propagação. O som é sempre relacionado com ondas de pressão, que são do tipo longitudinal e se propagam por uma série de compressões e descompressões em um meio, normalmente o ar.
Som é toda vibração mecânica que se propaga num meio elástico desde que as freqüências que o compõem encontrem-se em uma faixa audível de freqüência, ou seja, som é uma variação de pressão de ambiente detectável pelo sistema auditivo.
Ruído é o fenômeno audível, cujas freqüências não podem ser discriminadas porque diferem entre si por valores inferiores aos detectáveis pelo aparelho auditivo.
Para que o fenômeno som ocorra são necessários três elementos relacionados em um sistema: o emissor, que tem a função de produzir um distúrbio no meio, o meio e o receptor.
Os limites de tolerância para ruídos em ambientes de trabalho está na NR 15, Anexo 1. Esta norma estabelece que o descumprimento dos níveis de ruído estabelecidos em norma é infração de nível 4. 
Os ruídos de grande intensidade, acima de 120 dB, causam dor ao ouvido. Exposições, mesmo muito breves, a ruídos de intensidade superior a 140 dB podem romper o tímpano e causar surdezpermanente. 
As exposições mais prolongadas, a níveis superiores a 60 dB, também podem prejudicar o ouvido, podendo haver perda de audição em certos intervalos de freqüências. 
 O quadro estabelece um nível de ruído máximo para diversas exposições máximas diárias, não sendo permitido exposições para níveis de ruído contínuo ou intermitente maiores que 115dB (A).
O Anexo 2 da NR15 estabelece que para ruídos de impacto (aquele que apresenta picos de energia acústica inferior a 1 segundo) o limite é de 130 dB (linear).
A NR 6 define três tipos básicos de EPI de protetores auditivos:
Circular auricular,
Protetor de inserção,
Protetor semi-auricular..
ANATOMIA DO OUVIDO HUMANO
O ouvido humano é formado por três partes principais: o ouvido externo, o médio e o interno. 
O ouvido externo é composto pela orelha e pelo canal auditivo. 
A orelha é o órgão especializado em concentrar as ondas sonoras na cavidade do ouvido. 
O canal auditivo é um tubo de mais ou menos 3cm de comprimento, fechado na parte interna pelo tímpano, membrana fina e elástica.
 O ouvido médio é a continuação desta parte interna, após o tímpano, é conectado ao fundo da garganta pelo Tubo de Eustáquio para que as mudanças de pressão atmosférica sejam equalizadas dos dois lados do tímpano e não causem distorção na atuação deste.
É composto por três ossículos: martelo, bigorna e estribo, conectados, de forma não rígida, como mostra a figura. O martelo é conectado ao tímpano para se mover com ele. Na sua parte final, o estribo conecta-se a uma membrana chamada janela oval.
O ouvido interno é a porção do ouvido que está além da janela oval. Consiste em parte, de uma cavidade na estrutura óssea do crânio, chamada cóclea, cuja forma lembra de um caracol, a qual é preenchida por um fluido incompressível, perilinfa e dividida ao meio, em sua largura por uma membrana chamada basilar, a qual forma dois compartimentos longos, um dos quais está ligado aos ossículos do ouvido médio pela janela oval. O outro é separado do ouvido médio pela janela circular. Os dois estão interconectados por uma pequena abertura na membrana basilar, no final da cóclea que é chamada de ápice, a outra extremidade é a base.
Milhares de conexões nervosas estão ligadas a membrana basilar, que, recebendo distúrbios mecânicos, transmitem informação ao cérebro. O conjunto de células que respondem aos estímulos mecânicos da membrana basilar, transformando-os em impulsos nervosos é chamado de órgão de Corti.
EFEITOS DO RUÍDO SOBRE O APARELHO AUDITIVO
Ruptura do Tímpano – pode ser ocasionada por deslocamento de ar muito forte e variação brusca e relativamente acentuada de pressão. É geralmente reversível, pois o tímpano na maioria dos casos cicatriza normalmente. A sua ruptura ocorre, muito provavelmente entre 150-160 dB.
Perda de audição por trauma sonoro – pode ser temporária ou permanente. Quando permanente consiste na destruição das células sensoriais do órgão de Corti, sendo pois, surdez de percepção.
NÍVEL DE PRESSÃO E DE INTENSIDADE SONORA
A pressão sonora é uma variação dinâmica da pressão (atmosférica) que pode ser detectada pelo ouvido humano. Normalmente medida em Newton por metro quadrado (Pascal).
A variação das pressões que o ouvido humano pode detectar vão de 20µPa a 200 Pa (Pascal). Para poder operar em uma faixa tão grande de valores utiliza-se como medida a escala logarítmica para determinar os níveis de pressão (L). Assim os níveis de pressão são definidos pela escala:
Onde Q0 é um valor de pressão de referência. Estes níveis podem ser chamados de bel. Multiplicando-se este valor por 10 tem-se uma subunidade denominada de decibéis (dB). Os níveis em decibéis são calculados pela expressão:
Um cuidado que tem que ter é na soma entre medidas em decibéis. Esta não consiste na pura soma algébrica linear entre os valores medidos. Tem-se que transformar para a unidade inicial para somar os efeitos.
O nível de pressão sonora (SPL) é a medida mais usual quando se fala em amplitude da onda sonora, por duas razões: 
pela sensibilidade do ouvido às variações de pressão e 
por ser uma quantidade simples de ser medida. 
A pressão sonora para fontes sonoras reais pode variar de menos de 20μPa até mais que 200 Pa. Esses dois níveis de pressão correspondem mais ou menos ao mínimo de audição (20μPa) e ao limiar da dor (200 Pa), para o ouvido humano, a 1Khz de freqüência. 
Por causa das características da audição humana, o nível de pressão sonora (SPL), também é expresso numa escala logarítmica. Ela é baseada na razão entre a pressão sonora real e o limiar da audição a 1 Khz (20μPa):
SPL = nível de pressão sonora (NPS)
Pr = a pressão sonora real (em Pa)
Pref = a pressão sonora de referência (20μ Pa)
O multiplicador de 20 serve a dois propósitos: fazer do resultado um número em que uma variação de número inteiro seja aproximadamente o mínimo possível de mudança percebida pelo ouvido humano, e prover alguma equivalência às medições de intensidade sonora. 
Normalmente o que interessa é a quantidade de energia transmitida por unidade de tempo, e não a energia total transferida, que quer dizer o número em Joules por segundo (watts) que se propaga. Porém, o som é uma quantidade tridimensional, assim deve-se considerar a área quando se fala em transmissão de energia, isto é temos que definir uma quantidade em termos de watt por unidade de área. Essa quantidade é chamada de intensidade sonora.
A intensidade sonora é a medida da densidade da potência de um som propagando-se em uma direção particular, ou ainda o produto da pressão pela velocidade das partículas em um meio fluido. Assim, a intensidade sonora pode ser expressa da seguinte forma:
A intensidade do som tem sua variação percebida em escala logarítmica. A escala logarítmica usada é baseada na razão entre a densidade de potência real e uma intensidade de referência (1 picowatt por metro quadrado, 10-12Wm-2 ):
SIL = nível de intensidade sonora
Ir = o fluxo de potência sonora real (em Wm-2 , Watts por metro quadrado)
Iref = o fluxo de potência sonora de referência (10-12 Wm-2 )
O nível de potência sonora (PWL ou SWL), por sua vez é a potência sonora total irradiada em todas as direções pela fonte sonora. É similarmente expressado como o logaritmo de uma razão, em decibeis, entre a potência sonora real e uma potência sonora de referência de 1 picowatt (10-12W):
SWL = nível de potência sonora
Wr = potência sonora real (em W)
Wref = potência sonora de referência (10-12W )
Se há apenas uma onda de pressão sonora no ponto de medição, isto é nenhuma interferência devida a reflexões, etc, o nível de intensidade sonora (SIL) é aproximadamente equivalente ao nível de pressão sonora (SPL).
ISOFÔNICAS
O ouvido humano não é igualmente sensível ao som em todo o espectro de freqüências. Um ser humano exposto a dois ruídos iguais em intensidade, porém distintos em freqüência, terá uma sensação auditiva diferente para cada um deles. Um som de baixa freqüência é geralmente menos perceptível do que um de alta freqüência. 
Várias curvas foram então propostas na tentativa de se fazer com que os níveis sonoros captados pelos medidores fossem devidamente corrigidos para assemelharem-se à percepção do som pelo ouvido humano.
A resposta do sistema auditivo ao estímulo sonoro é estudado pela Psicoacustica.
Nível Físico( Nível Fisiológico ( Nível Psíquico
Segundo Fletcher e Munson o volume de som é percebido de sons senoidais, puros, como função da freqüência e do nível de pressão sonora, e dado pela escala de FONOS. 
O fono está relacionado aos decibéis e corresponde a medida psicofísica do ouvido. A percepção depende da intensidade e da freqüência do som, assim para traduzir uma dada intensidade de som em uma dada freqüência e unidades de inteligibilidade do som (fono) faz-se necessário a construção de curvas experimentais de igual entendimento (sonoridade) do som pelo ouvido.As curvas isofônicas são curvas de igual sonoridade. Estas curvas estabelecem a relação freqüência e intensidade com a sonoridade. 
Curvas de igual isofônia têm a mesma sonoridade. A faixa audível abrange normalmente o intervalo de freqüências entre 16 Hz e 20kHz. Tendo, como mostram as curvas, no intervalo de freqüência entre 2kHz e 5kHz maior percepção de som com mais baixa intensidade. Sendo o intervalo de 2kHz e 3kHz o de maior sensibilidade.
Segundo a lei de Fechner-Weber as sensações humanas respondem a um estimulo físico proporcional à variação relativa do estimulo.
Onde S é a sensação, E é o estimulo e K é uma constante.
O sone é derivado de medidas psicofísicas que envolvem voluntários que são solicitados a ajustarem o som a duas vezes o volume inicialmente ouvido. Considera-se que o volume inicialmente ouvido é de 40 fono. Há uma escala que correlaciona sones e fones que é mostrada a seguir.
ECO E TEMPO DE REVERBERAÇÃO
O estudo das reflexões sonoras mostra que, dependendo do tempo decorrido entre a emissão de uma onda sonora e a recepção da onda refletida, chamado tempo de reflexão, diferentes efeitos acústicos podem ser percebidos. 
Assim, o tempo de reflexão é o parâmetro que define se o reflexo é um simples brilho sonoro (t < 20 ms); se apresenta duplicidade de vozes (20 < t < 100 ms) ou se constitui um eco (t > 100 ms).
Nota-se que o mesmo som parece diferente quando é produzido em salas fechadas ou ambientes abertos. Isso ocorre porque nos ambientes abertos não existe reflexão, apenas o som direto, enquanto que nas salas fechadas estão presentes os sons diretos e reflexões. 
Reverberação, portanto, é definida como o processo de reflexão de uma onda sonora entre superfícies lisas e rígidas onde o tempo de reflexão se situa entre 20 e 100 ms. Se não houvesse perdas na energia sonora, o nível de cada reflexo seria o mesmo nível do som original e, portanto, as ondas sonoras ficariam eternamente percorrendo o mesmo caminho.
As perdas, entretanto, reduzem a intensidade de cada um dos reflexos, determinando um tempo de reverberação (T) como sendo, de acordo com normas, o tempo necessário para que o nível de pressão sonora decresça 60 dB após a fonte sonora ter sido desligada. É representado por T60 e expresso em segundos.
É importante notar que, embora, na realidade, cada impulso sonoro seja uma cópia exata do anterior, apenas defasado de alguns milisegundos, a reverberação é sentida pelo ouvido humano como um fenômeno de prolongamento de um som após o fim de emissão por parte de uma fonte sonora, diferente do eco que ocorre quando o atraso temporal for bastante grande, maior que 100ms, dada à discriminação temporal do nosso ouvido. 
O tempo de reverberação costuma ser diferente para cada tipo de ambiente. É importante observar que o aumento das perdas na propagação, reduz o tempo de reverberação. Por isso, paredes com geometrias irregulares e com grande capacidade de absorção acústica reduzem o tempo de reverberação.
ACONDICIONAMENTO ACÚSTICO (CONTROLE DE RUÍDO)
O controle de ruído é realizado com ações sobre a fonte sonora, a trajetória ou sobre o receptor devendo considerar aspectos tais como:
a) características do local (número de trabalhadores e tempo de permanência); 
b) projeto (zoneamento, planejamento das formas); 
c) controle de ruído na fonte.
Existe uma hierarquia das medidas de controle que podem ser seguidas para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores: 
Eliminação das fontes de ruído; 
Controle do ruído na fonte; 
Medidas de controle coletivas da organização do trabalho e layout do local; 
Equipamentos de proteção individual 
Eliminar a fonte sonora - A eliminação de uma fonte de ruído é a forma mais eficaz de prevenir os riscos para os trabalhadores, e deve sempre ser considerado quando da instalação de novos equipamentos ou tarefas não antes previstas. A manutenção de níveis de ruído toleráveis é a melhor política para prevenir ou controlar a poluição sonora. 
O controle do ruído na fonte - A redução de ruído quer na sua origem ou na sua trajetória deve ser um foco importante nos programas de redução do ruído, considerando que os equipamentos devem passar por manutenção preventiva para garantir o seu perfeito funcionamento evitar vibrações e ruídos excessivos. 
Medidas de controle coletivo - Quando o ruído não pode ser adequadamente controlado na fonte, deverão ser tomadas outras medidas para reduzir a exposição dos trabalhadores ao ruído. Esses fatores podem incluir a mudança: 
- do local de trabalho; 
- da organização do trabalho; e 
- das máquinas e equipamentos - como estão instalados, e onde estão localizados, pode fazer uma grande diferença para os trabalhadores, do ponto de vista da exposição ao ruído. 
Intervenção sobre a propagação: 
utilização de painéis absorventes (tectos e zonas de trabalho).
utilização de amortecedores.
encapsulamento de elementos ruidosos. 
Atenuação da transmissão de ruído de percussão, com reforço das estruturas; 
desacoplamentodos elementos que radiam o ruído da fonte (utilização de ligações flexíveis nas tubagens) 
isolamento contra vibrações;
Materiais:
Materiais Absorventes: materiais fibrosos (lã de vidro; lã mineral); ou porosos (espuma de polietilenos;cortinas); 
Materiais Ressonantes: gesso e placas perfuradas de materiais plásticos
Intervenção na Fonte Sonora: 
eliminação ou substituição de máquinas excessivamente ruidosas.
modificação do ritmo de funcionamento da máquina. 
aumento da distância à fonte emissora. 
melhoria da manutenção preventiva. 
aplicação de silenciadores e atenuadores sonoros; 
melhorias da construção em chumaceiras, engrenagens, estruturas.
evitar choques muito fortes ou freqüentes (utilização de material resiliente nas superfícies de impacto) 
evitar quedas de grande altura ou fortes resistências aerodinâmicas.
Medidas organizacionais:
redução do tempo de exposição. 
rotação dos trabalhadores. 
separação de postos de trabalho em função do ruído produzido. 
utilização de EPI´s.
Equipamentos de proteção individual - Equipamentos de proteção individual (EPI) devem ser usados como último recurso depois que todos os esforços no sentido de eliminar ou reduzir a fonte do ruído forem esgotadas. As questões a ter em conta quando se utiliza EPI incluem: 
Ter certeza que é adequado para o tipo e duração do ruído; 
Escolher a solução mais confortável de proteção auditiva; 
Treinamento sobre as razões pelas quais o EPI é necessário, como ele deve ser utilizado, a forma de armazenar e mantê-lo. 
AVALIAÇÃO DO RUÍDO
O grau e o tipo de avaliação dependerão do âmbito e extensão do problema no local, mas todos os riscos resultantes do ruído devem ser considerados. Por exemplo, as formas em que ruído pode aumentar o risco de acidentes em uma fábrica devem ser consideradas juntamente com o risco de perda auditiva induzida por ruído (PAIR). 
A avaliação do ruído de forma simplificada, baseada na Norma de Higiene Ocupacional 1 da FUNDACENTRO, é apresentada a seguir. 
A dose é calculada pela expressão:
 (%)
onde: 
NE – nível de exposição
D – dose diária de ruído em porcentagem
TE – tempo de duração, em minutos, da jornada diária de trabalho
O nível médio é o ruído em decibéis que o trabalhador está submetido em sua jornada de trabalho.
O Nível de Exposição Normalizado (NEN) é determinado pela seguinte expressão:
 (dB)
Onde:
NE – nível médio representativo da exposição média diária
Te – tempo de duração, em minutos, da jornada diária de trabalho
Com os valores da dose diária e do Nível de Exposição Normalizado (NEN) entra-se na tabela a seguir e identifica-se a atuação recomendada.
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PRESSÕES ANORMAIS
Os riscos operacionais associados a ambientes hiperbáricos (superior à pressão atmosférica) estão associados às fases de compressão, pressão constante e descompressão.
Na fase de compressão o risco é a afecção do tímpano.Nesta fase a pressão externa é maior que a interna se não houver um equilíbrio entre a pressão externa e a do ouvido médio pode haver um rompimento do tímpano. Para que isso não ocorra deve-se realizar a compressão lentamente e não permitir a entrada de trabalhadores doentes, em especial com gripe e coriza.
Na fase de pressão constante o risco é de intoxicação com monóxido de carbono (CO). O monóxido tem afinidade com a hemoglobina 20 vezes maior que o oxigênio. Assim a hemoglobina fica “presa” ao monóxido de carbono não transportando o oxigênio. 
A fase de descompressão á a mais perigosa de todas. Podendo resultar em problemas no tímpano, associado à diferença de pressão (sendo a interna maior que a externa), e na cóclea (caracol) do ouvido interno onde podem aparecer bolhas. A descompressão rápida pode levar a formação de bolhas no sangue, principalmente de nitrogênio. Estas bolhas podem produzir embolia gasosa (oclusão) impedindo a irrigação do sangue de alguns tecidos, podendo levar a morte dos tecidos. 
No que diz respeito a sintomas relacionados a ambientes hipobáricos (pressões menores que a pressão atmosférica situações que ocorrem a elevadas altitudes) pode-se citar: coceira na pele, dores musculares, vômitos, hemorragias pelo ouvido e ruptura do tímpano.
TUBULAÇÕES E CAIXÕES PNEUMÁTICOS
A ABNT, em sua norma de fundações (NBR6122) e a NR15 normatizam os tubulões. Tubulões são elementos estruturais de fundação profunda geralmente dotados de base alargada, construídos concretando-se um poço revestido ou não, aberto no terreno com tubo de aço de diâmetro mínimo de 70 cm, de modo a permitir a entrada e o trabalho de um homem, pelo menos na sua etapa final, para completar a geometria da escavação e fazer a limpeza do solo. 
Divide-se em dois tipos básicos: os tubulões a céu aberto, normalmente sem revestimento e não armados, no caso de existir somente carga vertical, e os a ar comprimido ou pneumático sempre revestidos, podendo este revestimento ser uma camisa de concreto armado ou camisa metálica.
Os tubulões a ar comprimido são utilizados em solos onde haja a presença de água e não seja possível esgotá-la. O fuste do tubulão é sempre cilíndrico enquanto a base poderá ser circular ou em forma de falsa elipse.
Deve-se evitar trabalho simultâneo em bases alargadas de tubulões, cuja distância entre centros seja inferior a duas vezes o diâmetro da base, especialmente quando se tratar de tubulões a ar comprimido.
Em tubulões de ar comprimido, seja de camisa de aço ou de concreto, a pressão máxima de ar comprimido empregada é 3,4 atm (340kPa), razão pela qual esse tubulões tem sua profundidade limitada a 34m abaixo do nível do mar.
Em qualquer etapa da execução da obra deve-se observar que o equipamento deve atender, rigorosamente, os tempos de compressão e descompressão previstos pela boa técnica e pela legislação em vigor, só se admitindo trabalhos sob pressão superior a 150 kPa quando as seguintes providências forem tomadas:
- estar a disposição da obra equipe permanente de socorro médico,
- estar disponível na obra câmara de descompressão equipada
- existir na obra compressores e reservatórios de ar comprimido de reserva,
- garantia de renovação do ar, sendo o ar injetado satisfatório ao trabalho humano.
As estruturas do tipo caixão, como o próprio nome sugere, são um grande caixão impermeável, de seção transversal quadrada ou retangular, que tem as paredes laterais pré-moldadas. Este tipo de fundação profunda é destinado a escorar as paredes da escavação e impedir a entrada de água enquanto vai sendo cravado no solo. Terminada a operação o caixão passa a fazer parte da infra-estrutura. São utilizados, por exemplo como fundação de um pilar de ponte em que a substituição de dois ou mais tubulões por um caixão que os envolva seja mais econômica.
A estrutura básica de um tubulão compreende a campânula, a tubulação de ar comprimido e a câmara de trabalho.
a) Campânula – é uma câmara através da qual o trabalhador passa do ar livre para a Câmara de trabalho do tubulão e vice-versa;
b) Tubulão de Ar Comprimido – é a estrutura vertical que se estende abaixo da linha do solo ou da água, através da qual os trabalhadores devem descer, entrando pela campânula, para uma pressão maior que a da atmosfera. A atmosfera pressurizada opõe-se a pressão da água e permite que os homens trabalhem em seu interior;
c) Câmara de Trabalho – é o espaço ou compartimento, sob ar comprimido, no interior do qual o trabalho se realiza.
NORMAS DE SEGURANÇA
A NR 15 estabelece os critérios de operação em ambiente hiperbárico. Sendo as atividades ou operações realizadas sob ar comprimido, consideradas insalubres de grau máximo.
As normas especificam diversas variáveis como tempo, pressões máximas, regras de operação e qualificação da equipe técnica que realiza o serviço.
PRESSÃO
Durante o transcorrer dos trabalhos sob ar comprimido, nenhuma pessoa poderá ser exposta à pressão superior a 3,4 kgf/cm², exceto em caso de emergência ou durante tratamento em câmara de recompressão, sob supervisão direta do médico responsável.
TEMPO DE EXPOSIÇÃO
O trabalhador não poderá sofrer mais que uma compressão no período de 24h, estando o período de trabalho associado à pressão de serviço.
REGRAS OPERACIONAIS
O operador da câmpanula ou eclusa deverá executar as operações do lado externo da mesma. Internamente deve haver dispositivos de manobra da campânula para serem utilizados em caso de emergência.
A ventilação deve ser continua e a temperatura não pode exceder os 27ºC. A quantidade de oxigênio deve ser superior a 20 % e de monóxido de carbono inferior a 20ppm.
O tubo de acesso a câmara de trabalho deve ter diâmetro ≥ a 70 cm.
Após a descompressão os trabalhadores serão obrigados a permanecer, no mínimo por duas horas no canteiro de obras cumprindo um período de observação médica.
É proibido ingerir bebidas gasosa e fumar dentro dos tubulões.
QUALIFICAÇÃO DOS PROFISSIONAIS
Todo empregado que vá exercer trabalho sob ar comprimido deverá ser orientado quanto aos riscos decorrentes da atividade e as precauções que deverão ser tomadas, mediante educação audiovisual.
Todo empregado sem prévia experiência em trabalhos sob ar comprimido deverá ficar sob a supervisão de pessoa competente e a sua compressão não poderá ser feita se não for acompanhada, na campânula, por pessoa hábil para instruí-lo quanto ao comportamento adequado durante a compressão.
As turmas de trabalho deverão estar sob a responsabilidade de um encarregado de ar comprimido, cuja principal tarefa será de supervisionar e dirigir as operações.
Os trabalhadores devem estar fisicamente habilitados devendo estar na faixa etária de 18 a 45 anos.
SUPORTE
Junto ao local de trabalho deverão existir instalações apropriadas à Assistência Médica, à recuperação, à alimentação, à higiene individual dos trabalhadores sob ar comprimido.
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RADIAÇÕES IONIZANTES
Ao interagir com a matéria, os diferentes tipos de radiação podem produzir variados efeitos que podem ser simplesmente a sensação de cor, a percepção de uma mensagem codificada e manipulada em áudio e vídeo numa televisão, a sensação de calor produzida por feixes de lasers, o aquecimento de um alimento num forno de microondas, uma chapa obtida numa chapa radiográfica ou então produzir íons e elétrons livres devido à ionização.
As radiações são denominadas de ionizantes quando produzem íons, radicais e elétrons livres na matéria que sofreu a interação. A ionização se deve ao fato das radiações possuírem energia alta o suficiente para quebrar as ligações químicas ou expulsar elétrons dos átomos após colisão.
Os elementos radioativos apresentam um núcleo instável. Desintegram-se transformam-se em outros, emitindo radiações penetrantes. O elemento resultante, filho ou produto, pode também ser radioativo, e sofrer nova desintegração.
O organismo humano não possui mecanismo sensorial que permita detectar asradiações ionizantes. Não havendo percepção, o trabalhador não poderá evitar a exposição às radiações. 
Sua velocidade varia de 7106 a 3.108 m/s. São bastante penetrantes se comparadas com os demais tipos de radiação.
TIPOS DE RADIAÇÕES IONIZANTES
As radiações ionizantes são provenientes de materiais radioativos como é o caso dos raios alfa ((), beta (() e gama ((), ou são produzidas artificialmente em equipamentos, como é o caso dos raios X .
Desta forma a atividade das substâncias radioativas é causada por três tipos de radiações:
1) Radiação gama (() - de natureza eletromagnética
2) Radiação alfa (() - de natureza corpuscular (+)
3) Radiação beta (() - de natureza corpuscular (-)
Raios Alfa ( ( ) (+) Carga Positiva - natureza corpuscular. Devido a isso, são desviados por campos elétricos e magnéticos. Rutherford comprovou que são constituídos de 2 prótons e 2 neutrons fortemente ligados (núcleo de Hélio). Massa: 4 vezes > massa do núcleo do Hidrogênio. Velocidade das partículas alfa: 20000 km/s. 
Poder de penetração: pequeno. São detidos pela pele, folha de papel ou 7 cm de ar. Poder ionizante elevado, por onde passam capturam elétrons, transformando-se em átomos de Hélio.
Alguns núcleos radioativos que emitem partículas alfa também emitem raios gama de frequências definidas. Esses raios gama são emitidos pelos núcleos produto, que após emissão de partículas alfa, ficam em estado excitado.
Raios Beta ( ( ) Carga negativa (-) - Partículas com carga elétrica negativa e massa desprezível. Neutron = próton + elétron + neutrino
Os prótons permanecem no núcleo e os elétrons e neutrinos são atirados fora dele. Velocidade média: 95% da velocidade da luz
Poder de penetração: 50 a 100 vezes mais penetrantes que as partícula alfa. São detidas por 1 cm de alumínio (Al) ou 2 mm de chumbo (Pb) Podem penetrar até 2 cm no tecido do corpo humano.
Raios Gama ( ( ) - São de natureza eletromagnética. Não são desviados por campos elétricos ou magnéticos. Velocidade = igual à da luz (300.000 km/s)
Poder de penetração alto. São mais penetrantes que os raios X. São detidas por 5 cm de chumbo.
A radiação Gama consiste na liberação eletromagnética de redução do estado energético do núcleo, acompanhando frequentemente as radiações alfa e beta Danos à saúde são muito grande. Podem atravessar o corpo humano, causando danos irreparáveis.
Raios X - são radiações eletromagnéticas de alta energia originadas em transições eletrônicas do átomo que sofreu excitação ou ionização, após sua interação. Similar a radiação gama está associado ao equilíbrio de energia quando um elétron sai de níveis de energia bem maior para um menor. O raio X tem bem menos radiação que a Gama.
RADIAÇÕES NATURAIS E ARTIFICIAIS
Vários elementos que compõem a crosta terrestre são naturalmente radioativos, isto é emitem radiação naturalmente. Ex: Urânio 238, Potássio 40, Carbono 14, Tório 232.
Todos os elementos de número atômico (número de prótons no núcleo) maior que 82 (chumbo), apresentam núcleo pesado, que causa instabilidade, logo são elementos radioativos naturais.
A radiação artificial está associada aquela produzida com tecnologia desenvolvida pelo homem para fins médicos, industrial e pesquisa.
UNIDADES DE RADIAÇÃO
Deve-se estabelecer unidades de grandeza para a radiação, desta forma podemos dividir tais unidades em dois grupos: 
as que tratam da caracterização da fonte radioativa, quantificando sua taxa de radiação
as que tratam dos efeitos produzidos pela radiação (ionização ou dano) no meio onde ela incide.
GRUPO 1
Curi (Ci) unidade de atividade radioativa de uma fonte radioativa (unidade antiga) – descreve o número de unidades de desintegração por unidade de tempo. Um Curi é igual a 3,7. 107 desintegrações por segundo.
Becquerel (Bq) unidade de atividade de uma fonte radioativa (SI) – representa uma desintegração por segundo
GRUPO 2
a) Expositor
Roentgen (R) efeito da radiação em 1 cm³ de ar em condições normais de temperatura e pressão - define a dose de exposição à radiação, expressando a quantidade de pares iônicos formados em 1 cm³ cúbico de ar em condições normais. (1RAD = 100erg/grama)
b) Dose absorvida
Para absorção de energia pela matéria, é atualmente aceita a unidade Rad. Um Rad define a quantidade de energia absorvida por unidade de massa. Corresponde à absorção de 100 erg por grama de qualquer radiação em qualquer meio. 
1 RAD = 100erg/g
Outra unidade para absorção é o Gray(Gy) = 1 joule/kg = 100 Rad
A dose média de radiação natural absorvida pela população mundial é 
2,6 10-3 Gy/ano, isto é 2,6m Gy/ano.
Dose absorvida – D – grandeza dosimétrica fundamental expressa por D=d/dm, onde d é a energia média depositada pela radiação em um volume elementar de massa dm. A unidade no sistema internacional é o joule por quilograma (J/Kg), denominada Gray. A dose letal com 50% é de 4 a 4,5 Gy.
b)Equivalente Dose
 Como o efeito de absorção da mesma quantidade de radiação é diferente para diferentes tipos de radiação, faz-se necessário saber o efeito da radiação absorvida. A unidade de dose equivalente é o Rem
A unidade da dose equivalente Rem é 10-2 J/Kg.
A energia porém não é suficiente para caracterizar os danos provocados pela radiação em organismos vivos. A distribuição deste danos depende da energia, da massa e da carga de radiação.
Para expressar esses danos existe uma outra unidade chamada Silvert (Sv). Ex: uma dose de 1Gy para radiação gama faz menos danos que a mesma dose de radiação beta. Este fator que quantifica o efeito de cada tipo de radiação é chamado de fator de qualidade e deve ser multiplicado pela dose absorvida Gy para se obter a dos equivalente Sv. 
No caso das radiações, gama e beta, este fator é igual a 1 e no caso da radiação alfa é igual a 20. Desta forma o equivalente de dose informa sobre o dano já considerando a natureza da radiação ionizante.
 1Sv = 1J/Kg = 100 Rem
A Dose Equivalente – HT – é a grandeza expressa por HT = DT.wr, onde DT é a dose média absorvida no órgão ou tecido e wr é o fator de ponderação da radiação e sua unidade é o Sievert (Sv).
Dose efetiva – E – é a soma das doses equivalentes ponderadas nos diversos órgãos e tecidos, 
onde Ht é a dose equivalente no tecido ou órgão e wT é o fator de ponderação de órgão ou tecido. A unidade no SI também é J/Kg ou Sievert (Sv).
EFEITOS DA RADIAÇÃO
Uma das principais preocupações, sobre a exposição à radiação, é o potencial risco à vida da célula. Se uma radiação ionizante entrar numa célula viva, ela pode ionizar os átomos que a compõem. Já que um átomo ionizado é quimicamente diferente de um átomo eletricamente neutro, isto pode causar problemas dentro da célula viva.
Basicamente, podem ocorrer quatro situações quando uma radiação entra em uma célula:
1. A radiação pode atravessar a célula sem causar dano algum. 
2. A radiação pode danificar a célula, mas ela consegue reparar o problema.
3. A radiação pode causar danos que não podem ser reparados e, para piorar tudo, a célula cria réplicas defeituosas de si mesma.
4. A radiação causa tantos danos à célula que ela morre.
Os efeitos biológicos dependem do tipo e da qualidade da radiação, podendo ser somáticos ou genéticos. 
Os Efeitos somáticos são alterações que ocorrem no organismo atingido, gerando doenças e danos os quais se manifestam no indivíduo irradiado, não transmitindo para seus descendentes.
Os efeitos somáticos podem ser divididos em crônicos e agudos:
Crônicos – causados por baixas doses de radiação por longo período de exposição. Ex: catarata, anemia, leucemia, câncer da tireóide, etc
Agudos – ocasionados por exposição a grandes doses de radiação em curto espaço de tempo. Se a dose for de 200 Rem será uma Dose Letal (DL) de 15%, se for de 600 Rem será uma DL de 100%.
Os Efeitos Genéticos são mutações ocorridas nos cromossomos ou gens da células germinativas que podem causar alterações nas gerações futuras (descendentes)do indivíduo exposto.
A irradiação pode ser realizada por fontes internas ou externas ao organismo humano.
Fontes externas: 
Os raios X e gama são os mais freqüentes e constituem de maior perigo quando provêm de fonte externa, pois quando possuem energia suficiente podem penetrar no corpo ocasionando fortes lesões. 
As partículas beta podem ou não ser um risco externo, dependerá de sua energia, pois quando possuem energia suficiente para atingir camadas internas da pele podem ocasionar queimaduras doloridas e de cura lenta. 
As radiações nêutrons podem ser consideradasperigosas sendo seu risco agravado pela dificuldade de detê-las e retê-las. 
As radiações alfa perdem muito rapidamente sua energia para o meio que atravessam, por esta razão o trajeto por elas percorrido é muito curto.
Fontes internas:
Ocorre quando a fonte depositou-se no interior do organismo. Isso pode ocorrer por inalação, ingestão ou absorção através da pele.A presença dessas fontes é altamente perigosa pois provoca uma exposição contínua até que a desintegração cesse, ou a fonte seja eliminada do organismo.
Fontes de partículas alfa são a de maior perigo no interior do organismo, implicam em uma alta ionização específica da região afetada.
As partículas beta por reterem menor energia são menos graves que as alfas, tendo uma trajetória maior no corpo não ionizando uma área específica. Para produzir o mesmo efeito da alfa a radiação beta teria que ser 20 vezes maior que a alfa.
LIMITES DE TOLERÃNCIA
A NR 15 no seu apêndice 5 que trata de limites de tolerância para radiação ionizante remete para a Norma CNEN-NE-3.01: diretrizes básicas de radioproteção do Conselho Nacional de Energia Nuclear e estabelece como infração de grau 4 o não cumprimento desta norma.
O objetivo desta norma CNEN-NE-3.01 é estabelecer os requisitos básicos de proteção radiológica das pessoas em exposição à energia ionizante.
Os requisitos desta Norma CNEN-NE-3.01 se aplicam às exposições ocupacionais, exposições médicas e exposições do público, em situações normais ou de exposição potenciais.
Os principais responsáveis pela aplicação da norma são os empregadores. O limite de tolerância é estabelecido para a população controlada e não controlada.
Limitação de dose individual
A exposição normal dos indivíduos deve ser restringida de tal modo que nem a dose efetiva nem a dose equivalente nos órgãos ou nos tecidos de interesse, causadas pela possível combinação de exposições originadas por práticas autorizadas, excedam o limite de dose especificado na tabela a seguir, salvo em circunstâncias especiais autorizadas pela CNEN. Esses limites de dose não se aplicam às exposições médicas.
	Limites de doses anuais [a]
	Grandeza
	Órgão
	Indivíduo ocupacionalmente exposto
	Indivíduo do público
	Dose efetiva
	Corpo inteiro
	20 mSv[b]
	1 mSv[c]
	Dose equivalente
	Cristalino
	150 mSv
	15 mSv
	
	Pele [d]
	500 mSv
	50 mSv
	
	Mãos e pés
	500 mSv
	-
Os titulares, em cooperação como empregador devem estabelecer e implementar um programa de monitoração individual e de área, conforme aplicável levando-se em conta a natureza e intensidade das exposições normais e potenciais previstas.
Os titulares e empregadores são responsáveis pela avaliação da exposição ocupacional dos Indivíduos Ocupacionalmente Expostos (IOE). Esta monitoração deve estar baseada na monitoração individual e de área, conforme aplicável.
A CNEN estabeleceu a norma 3.02 que define as características dos serviços de radioproteção.
QUANTIFICAÇÃO DA RADIAÇÃO RECEBIDA
Com a finalidade de que os limites de tolerância não sejam ultrapassados utilizam-se tabelas contendo uma série de limitações e informações necessárias, específicas a cada fonte.
As radiações ionizantes por si só não podem ser medida diretamente, a detecção é realizada pelo resultado produzido da interação da radiação com um meio sensível (detector). 
Em um sistema detector os detectores de radiação são os elementos ou dispositivos sensíveis a radiação ionizante utilizados para determinar a quantidade de radiação presente em um determinado meio de interesse. A integração entre um detector e um sistema de leitura (medidor), como um eletrômetro ou a embalagem de um detector é chamado de monitor de radiação. Os sistemas detectores que indicam a radiação total a que uma pessoa foi exposta são chamados de dosímetros.
Existem diversos tipos de detectores de radiação ionizante. O princípio básico desses aparelhos é a utilização da capacidade ionizante das partículas. Os detectores podem ser de campo ou inspeção ou pessoais 
Detectores a gás são conhecidos também como detectores por ionização em gases. Isto porque a radiação incidente no volume sensível (o gás) cria pares de íons que podem ser contados em um dispositivo de medida elétrica (eletrômetro). Exemplos: câmaras de gás e Geiger Muller
Outro tipo de detector de inspeção é o detector cintilante, o qual transfere a energia da radiação para uma substância que por sua vez emite energia na faixa do visível ou próxima a esta. O feixe de luz é coletado por um sistema eletrônico e transformado em corrente elétrica. Este tipo de detector é muito eficiente para identificação de raios gama, medindo também alfa e beta.
Os detectores pessoais são de uso individual e tem por finalidade quantificar a dose de radiação acumulada pelo indivíduo exposto. Os detectores de bolso são câmaras de ionização. Funcionam com dois elementos separados que se aproximam à medida que a câmara se ioniza. Dosímetros de filme são dosímetros que se baseiam na propriedade das radiações alterarem a tonalidade do filme.
CONTROLE E MEDIDAS DE SEGURANÇA
A minimização dos efeitos da radiação nos trabalhadores inicia pela avaliação de risco, o correto planejamento das atividades a serem desenvolvidas, utilização de instalações e de práticas corretas, de tal forma a diminuir a magnitude das doses individuais, o número de pessoas expostas e a probabilidade de exposições acidentais.
Os equipamentos de proteção (EPC e EPI) devem ser utilizados por todos os trabalhadores, além disso deve ser observado a otimização desta proteção por meio da elaboração e execução correta de projeto de instalações, na escolha adequada dos equipamentos e na execução correta dos procedimentos de trabalho.
Os princípios que devem ser aplicados para prevenir ou controlar a exposição às radiações são:
Remover a fonte de radiação
Ter a fonte sobre controle (*)
Proteger aquele que trabalha com a fonte
Conhecer a fonte utilizada (tipo, etc.)
(*) Isto implica em ter conhecimentos de física e biologia
Trabalhadores expostos a fontes radioativas deverão utilizar vestimentas especiais, que evitem o contato do organismo com o material radioativo. Deve ser feita seleção de pessoal objetivando excluir o pessoal que certamente teria problemas quando exposto à radiação, além disso devem ser realizadas limpezas periódicas no ambiente de trabalho.
Todos os trabalhadores devem ser educados e treinados a executar suas tarefas e alertados aos perigos que estão expostos. Devem ainda conhecer os símbolos básicos que indicam radiação ionizante.
CONTROLES DE RISCOS DA RADIAÇÃO EXTERNA
Três são os princípios de controle da radiação externa: distância, blindagem e limitação do tempo de exposição.
Distância: segue o princípio que a razão da intensidade de radiação entre dois pontos é o inverso do quadrado das distâncias entre esses pontos
Conhecendo-se a intensidade a certa distância pode-se definir a distância segura entre as fontes.
A Blindagem é o controle realizado por barreiras adequadas, constituída de material que tenha a capacidade de absorver radiação ionizante.
A dose recebida é proporcional ao tempo de exposição e à velocidade da dose D = t x velocidade da dose, sendo assim determinadas atividades que solicitem que o trabalhador fique submetido a altos níveis de radiação implicam em um limite de tempo de exposição,

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