Buscar

Código Civil algumas passagens

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

AULA DE DIREITO CIVIL 
 
 DIREITO CIVIL
DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE
Art. 1º CC - Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
Art. 2°, CC - A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. 
 Capacidade 
A capacidade em comento poderá ser de direito ou de gozo (capacidade de aquisição de direitos ou de exercício). A primeira vincula-se ao fato de ser pessoa, de modo que todo ser humano terá tem capacidade de direito, pelo fato de que a personalidade jurídica é atributo inerente à sua condição. 
Capacidade de direito (de gozo): para ser titular de direitos, todos têm direito, não pode sofrer limitações. 
 CAPACIDADE 
Capacidade de fato (de exercício): para exercer seus direitos, pode sofrer limitações, cinde-se nas seguintes classes: 
a) ABSOLUTAMENTE INCAPAZES: 
consideram-se absolutamente incapazes as pessoas que desfrutam de capacidade de gozo, mas que se encontram completamente limitadas para os atos da vida civil em razão de certas circunstâncias. 
Serão absolutamente incapazes os:
Art. 3o  São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.          
RELATIVAMENTE INCAPAZ
b) Relativamente incapaz: considerando a relativização da incapacidade, importante mencionar desde logo que os atos praticados por pessoas que se encontram nesses estágios sem a necessária assistência serão anuláveis.
 Tais pessoas possuem capacidade relativa para, em conjunto com seus representantes, firmar negócios, assumir obrigações e realizar os atos da vida civil. Ademais, também se encontram no grau de incapacidade relativa os ébrios habituais, os viciados em tóxicos e os deficientes mentais de discernimento reduzido. 
Art. 4o  São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer
          
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;        
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;        
IV - os pródigos.
Parágrafo único.  A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.        
 Código Civil 
c) Plenamente capazes: a capacidade civil plena será adquirida: aos 18 anos; por meio da emancipação; ou em razão da cessação do motivo causador da incapacidade plena ou da incapacidade relativa. 
d) Emancipação: a emancipação nada mais é do que a forma de aquisição antecipada da capacidade civil plena. Poderá ser voluntária; judicial ou legal. 
 Art. 5o  do CC
Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
 Código Civil 
Art. 6o A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
 Código Civil 
Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.
 Código Civil 
Art. 8o Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.
Art. 9o Serão registrados em registro público:
I - os nascimentos, casamentos e óbitos;
II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz;
III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa;
IV - a sentença declaratória de ausência e de morte presumida.
 Cessação da incapacidade
a) quando cessarem os motivos que lhe deram origem. 
b) pela emancipação: 
b1) voluntária – os pais emancipam através de instrumento público; 
b2) judicial – o juiz emancipa através de sentença, ouvido o tutor; 
b3) legal - hipóteses previstas em lei: casamento, colação de grau em curso superior, exercício de unção pública em caráter efetivo, exercício de atividade civil ou empresarial ou relação de emprego que permita ao menor relativamente incapaz ter economia própria. 
Fim da personalidade: Morte 
a) morte real: a morte encefálica indica morte real; 
b) morte presumida: 
b1) com decretação de ausência – morte depois de 10 anos da abertura da sucessão provisória; 
b2) sem decretação de ausência 
Quando a morte for extremamente provável da pessoa desaparecida, ou feita prisioneira, se permanecer desaparecida por até 2 anos após o término da guerra.
Direitos da personalidade 
São todos os direitos que decorrem da essência da pessoa (vida, nome, integridade física, dignidade, etc). 
Características 
1. Ilimitados; 
2. Indisponíveis; 
3. Impenhoráveis;
4.Imprescritíveis; e 
5. Vitalícios.
Art. 16, CC – Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
Domicilio: Trata-se do vínculo jurídico especial estabelecido em relação ao local em que se situa a residência habitual.
Definição legal: residência com animo definitivo. 
Residência é uma relação duradoura ou potencialmente duradoura de um indivíduo com um determinado lugar
Principais características: 
a) O Código Civil adotou o conceito de domicílio plural, que se configura quando a pessoa vive de forma alternada em várias residências. 
b) Domicílio aparente (art. 73, CC): usada para pessoas que não possuem residência fixa. Pelo domicílio aparente, onde a pessoa estiver, ainda que permaneça por um curto período de tempo, lá será configurada a relação domiciliar. 
c) Domicílio necessário (art. 76, CC): o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso terão seu domicílio fixado por lei. Atenção: o domicílio do marítimo será onde o navio estiver matriculado. 
A residência do incapaz será a de seu representante ou assistente, mesmo que com esta não resida. 
 PESSOA JURÍDICA 
O art. 44 do CC prevê cinco espécies de pessoa jurídica de direito privado. São elas: 
a) Associações: São entidades formadas pela união de indivíduos com o propósito de realizarem fins não econômicos. A assembleia geral é o órgão máximo das associações. 
b) Sociedades: São as entidades formadas pela união de pessoas que exercem atividade econômica e buscam o lucro como objetivo. Dependendo do tipo de atividade realizada, as sociedades podem ser simples ou empresárias. 
 PESSOA JURÍDICA 
c) Fundações: São entidades resultantes de uma afetação patrimonial, por testamento ou escritura pública. Para a criação de uma fundação, há uma série ordenada de etapas que devem ser observadas, a saber: afetação de bens livres por meio do ato de dotação patrimonial; instituição por escritura pública ou testamento; elaboração dos estatutos e aprovação dos estatutos; e realização do registro civil. 
d) Partidos Políticos: São entidades com liberdade de criação, tendo autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento,
devendo seus estatutos estabelecer normas de fidelidade e disciplina partidária. 
e) Organizações religiosas: São entidades que muito se assemelham às associações. 
Contudo, o § 1º do art. 44 do CC, garante-lhes liberdade de criação, organização, estruturação interna, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos. 
 FATOS JURÍDICOS 
 
São acontecimentos, indistintamente considerados, que geram direitos subjetivos são chamados, em sentido amplo, de fatos jurídicos ou fatos jurígenos. Fato jurídico em sentido estrito são todos os acontecimentos naturais que determinam efeitos na órbita jurídica. 
Os fatos jurídicos em sentido estrito subdividem-se em: 
• Ordinários – São fatos da natureza de ocorrência comum, costumeira, cotidiana: o nascimento, a morte, o decurso do tempo. 
• Extraordinários – São fatos inesperados, às vezes imprevisíveis: um terremoto, uma enchente, o caso fortuito e a força maior.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando