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* Membranas biológicas e mecanismos de transporte Profa. Ana Rita Breier Profa. Carolina Didonet Pederzolli Universidade do Vale do Rio dos Sinos Ciências da Saúde – Curso de Farmácia Disciplina de Fisiologia Humana * * Membranas Biológicas e Mecanismos de Transporte Roteiro de Aula Membrana Plasmática Estrutura Composição Mecanismos de transporte através da membrana plasmática Transporte passivo Difusão passiva Difusão facilitada Transporte ativo * * Membrana Plasmática Estrutura delgada e elástica com espessura entre 7,5-10 nm que reveste inteiramente toda a célula Lipídeos, proteínas e carboidratos Principais componentes Lipídeos – estrutura característica e seletividade (natureza lipídica –permeabilidade seletiva) Proteínas – função das membranas (comunicação e transporte) Receptores, canais e transportadores Pequena quantidade de carboidratos – reconhecimento * * Membrana Plasmática Funções Isolamento físico- barreira que separa conteúdo intracelular do líquido extracelular Regulação de trocas com meio externo - transporte de íons e nutrientes e eliminação de resíduos e produtos Reconhecimento e comunicação intercelular – proteínas permitem reconhecer e responder a moléculas ou mudanças no meio externo alterando funções celulares Morfologia (supore estrutural) e movimento celular – proteínas da membrana fixam o citoesqueleto (rede estrutural do interior das células para manter sua forma) * * Bicamada lipídica Mosaico fluido Bicamada lipídica Proteínas (integrais e periféricas) imersas na bicamada lipídica Alto grau de organização Estabilidade e fluidez Permeabilidade Seletiva Diferentes graus de permeabilidade * * Colesterol – molécula compacta, rígida e hidrofóbica Constituinte de membranas, fonte de ácidos biliares e hormônios esteroidais (progesterona, testosterona, estrógenos) Componentes 1) Lipídeos de Membrana – composição variável Esfingolipídeos Esfingosina e diidroesfingosina = base dos esfingolipídeos Ceramida = ácido graxo + esfingosina * * Glicerofosfolipídeos – mais abundantes Moléculas ANFIPÁTICAS = terminação polar e apolar * * Transporte de moléculas Canais e transportadores, sem (a) ou com (b) gasto de energia (ATP) 2) Proteínas de Membrana – múltiplas funções Transdução de sinal Receptor específico (sítio de ligação a ligantes específicos) Hormônios, NTs Atividade enzimática Sítio ativo voltado ao meio intracelular Reconhecimento intercelular Glicoproteínas= “etiqueta” de identificação Reconhecida por receptores específicos Função estrutural Adesão intercelular Manutenção da coesão celular * * 3) Carboidratos de Membrana Um ou mais sacarídeos ligados covalentemente a proteínas (glicoproteínas) ou lipídeos (glicolipídeos) Encontram-se na superfície extracelular da membrana plasmática Açúcares presentes: glicose, galactose, manose, fucose, N-acetilgalactosamina, N-acetilglicosamina e ácido N-acetilneuramínico (ácido siálico) Glicoproteína Função: reconhecimento intercelular, adesão e ação receptora (resposta imunitária) Sítio de ligação para hormônios e toxinas bacterianas (tétano e cólera) e vírus (Influenza) * * Influenza A (H1N1) Vírus de RNA (fita simples), envelopado Envolto em membrana plasmática (bicamada lipídica) do hospedeiro = capacidade de “disfarce” Causa infecção viral aguda no sistema respiratório Febre alta repentina ≥ 38oC, calafrios, cefaléia intensa, tosse, congestão nasal, coriza, mialgia * * Subtipos determinados pelas suas glicoproteínas de superfície Hemaglutinina (H) – subtipos H1 – H16 Reconhece receptor → Ligação do vírus à receptores na membrana da célula hospedeira (glicoproteína contendo ácido N-acetilneuramínico), facilitando sua ENTRADA para replicação na célula Neuraminidase (N) – subtipos N1 – N9 Cliva resíduos de ácido N-acetilneuramínico do receptor glicoprotéico, permitindo a SAÍDA das novas partículas virais da célula hospedeira → liberação de vírions → infestação Papel essencial na replicação viral * * Mecanismo de replicação viral e infecção * * Tratamento Fosfato de oseltamivir (Tamiflu,Roche) = pró-fármaco Nova classe de medicamentos = glicomiméticos Ácido N-acetilneuramínico Tamiflu * * Mecanismo de Ação Anti-viral inibidor da neuraminidase Atividade importante tanto para a entrada do vírus em células não-infectadas quanto para a liberação de novas partículas virais Bloqueia a liberação das novas partículas virais da superfície da célula infectada, impedindo que a infecção se alastre Reduz replicação e patogenicidade viral * * Mecanismo de ação do Tamiflu Moscona, 2005 * * * * Transporte através da membrana Natureza lipídica = restringe a difusão de moléculas através da membrana Compostos lipossolúveis = difundem prontamente através da membrana Íons inorgânicos, moléculas polares, macromoléculas = não atravessam livremente a membrana Necessitam de mecanismos de transporte específicos Proteínas integrais de membrana Mecanismos de transporte Transporte passivo – difusão simples/facilitada Transporte ativo – primário/secundário * * Transporte Passivo - Difusão Simples Moléculas de alta permeabilidade Moléculas LIPOSSOLÚVEIS Hormônios esteróides, colesterol, vitaminas Gases CO2, N2 , NO, CO, H2S e O2 Moléculas polares neutras muito pequenas Etanol * * Meio externo Meio interno Envolve EQUILÍBRIO DE CONCENTRAÇÃO entre os meios intra e extracelular Ocorre sempre da maior para a menor concentração * * Transporte Passivo - Difusão Facilitada Moléculas de média e baixa permeabilidade H2O e alguns íons (Na+, Cl-) Através de canais ou póros na membrana Moléculas orgânicas neutras (Glicose) Transporte mediado por carreadores = GLUTs Ocorre a favor do gradiente de concentração Sem gasto energético * * Também envolve EQUILÍBRIO DE CONCENTRAÇÃO entre os meios intra e extracelular Também ocorre da maior para a menor concentração * * Canais iônicos Canais iônicos sem comporta - Estão permanentemente abertos * * 2) Canais iônicos COM comporta Abrem-se mediante estímulos específicos, direta ou indiretamente Abertura de canais é rápida (envolvidos na condução nervosa e contração muscular) Estímulos químicos Estímulos físicos Ligante-dependentes Voltagem-dependentes Sensor no canal detecta alterações no potencial de membrana, transferindo energia ao canal para controlar abertura/fechamento Ligação de agonista abre o canal Acetilcolina (Ach) em receptor nicotínico abre canal de Na+ = importante para transmissão elétrica neuronal * * Transporte Ativo Moléculas de baixíssima permeabilidade Moléculas HIDROSSOLÚVEIS Polares carregadas e macromoléculas Aminoácidos, ATP, proteínas, polissacarídeos, ácidos nucléicos Íons (Na+, K+, Mg2+, Ca2+, Cl-) Ocorre CONTRA o gradiente de concentração Ocorre COM gasto energético A energia para o transporte é proveniente da hidrólise do ATP ATPases Transporte mediado por transportadores Específicos para cada soluto * * ANTIPORTE Substâncias transportadas simultaneamente em direções opostas SIMPORTE Substâncias transportadas simultaneamente na mesma direção Mecanismos de co-transporte * * Hidrólise do ATP Alterações conformacionais Bombeamento de Na+ Bombeamento de K+ Ion potássio Ion sodio Bicamada lipídica Meio intracelular Meio extracelular Extraído de http://www.ibiblio.org/virtualcell/index.htm Na+,K+-ATPase Transporte ativo primário para manter o potencial elétrico celular = Antiporte de Na+ e K+ * * DEVLIN, T.M. Textbook of Biochemistry with Clinical Correlations. 4a. Ed. New York: Wiley-Liss, 1997. GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. 11a. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. DE CLERCQ, E. Antiviral agents against Influenza A viruses. Nature Reviews Drug Discovery 5(12): 1015-1025, 2006. MOSCONA, A. Neuraminidase inhibitors for Influenza. The New England Journal of Medicine 353: 1363-1373, 2005. SANTOS, A.A.M., VEROTTI, M.P., SANMARTIN, J.A., MESIANO, E.R.A.B. Importância do álcool no controle de infecções em serviços de saúde. Disponível em: www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/controle_alcool.pdf WATTS, G. A/H1N1 Influenza virus – The Basics. British Medical Journal 339: b3046, 2009. Bibliografia * * Ministério da Saúde do Brasil http://www.saude.gov.br Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) http://www.saude.gov.br/svs Organização Mundial de Saúde http://www.who.int/csr/disease/swineflu/en/index.html Centro de Controle de Doenças http://www.cdc.gov/h1n1flu/ Informações sobre a gripe suína *
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