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Estudos Bíblicos Contextualizados

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CONTEXTUALIZADOS
ESTUDOS BÍBLICOS
Alberto R. Timm
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foco na pessoa 33
www.foconapessoa.org.br
Alberto R. Timm, Ph.D.
os interesses e ocupações dos homens, a fim de 
obter-lhes acesso ao coração”.2 “O Salvador mis-
turava-Se com os homens como uma pessoa que 
lhes desejava o bem. Manifestava simpatia por 
eles, ministrava-lhes às necessidades e granjeava-
-lhes a confiança”.3 
Em Seus ensinos, “o desconhecido era ilustrado 
pelo conhecido; verdades divinas por coisas terre-
nas, com as quais o povo estava mais familiarizado”.4
Um dos exemplos mais interessantes de con-
textualização do evangelho é, sem dúvida, o diálo-
go de Cristo com a mulher samaritana (ver João 
4). A mulher estava buscando água natural no poço 
de Jacó, e Cristo lhe ofereceu a “água viva” (v. 10). 
Nesse diálogo Cristo atraiu o interesse da mulher, 
referindo-se às circunstâncias em que ambos se 
encontravam e despertando a curiosidade dela por 
algo importante que ela ainda não possuía. De ma-
neira maravilhosa, Cristo conduziu o interesse da 
mulher do que lhe era conhecido para o desconhe-
cido. Assim as portas se abriram para a compreen-
são e aceitação do evangelho.
O discurso de Paulo no Areópago de Atenas (ver 
Atos 17:16-34) é outro exemplo extraordinário de 
contextualização do evangelho “em face da idola-
tria dominante” naquela cidade (v. 16). Paulo intro-
duziu sua mensagem com uma alusão explícita ao 
“altar” ateniense dedicado “AO DEUS DESCONHE-
CIDO”, para então falar do verdadeiro “Deus que fez 
Os adventistas do sétimo dia creem que sobre eles repousa a sagrada missão de pregar o “evangelho eterno”, nestes últimos dias, “a cada nação, e tribo, e língua, e povo” (Apoc. 14:6). Nas palavras de Cristo, quando “este evangelho do reino” for pregado “por todo o mundo, para testemunho a todas as nações”, “então, virá o fim” (Mat. 24:14). Mas a comunicação glo-bal do evangelho tem se defrontado com sérias barreiras culturais e ideológicas.No mundo existem inúmeras culturas e pessoas as mais diversas que não podem ser 
alcançadas da mesma forma e com a mesma abordagem evangelística. Nosso grande desafio é desco-
brirmos a melhor maneira de comunicar a mensagem bíblica a cada pessoa.
Uma das formas mais eficazes de evangelismo são os contatos pessoais que resultam na apresen-
tação de séries de estudos bíblicos. Essas séries, para serem eficazes, devem conter uma sequência 
de pelo menos quatro blocos temáticos básicos: (1) 
uma introdução contextualizada às necessidades 
da pessoa, com o propósito de despertar o interes-
se pelo estudo bíblico; (2) os temas de conversão, 
destinados a gerar a verdadeira motivação espiri-
tual; (3) os temas de doutrinação, que fornecerão 
o conhecimento necessário à obediência à Pala-
vra de Deus e (4) os temas de estilo de vida, que 
conduzirão à vivência prática da religião. Algumas 
publicações tratam, de forma elucidativa, dos três 
últimos blocos,1 mas pouco tem sido dito a respeito 
do primeiro deles.
O presente artigo fornece subsídios que ajudam 
o leitor a identificar e explorar os principais focos 
de contextualização da mensagem às pessoas a 
quem se deseja ministrar estudos bíblicos. As bre-
ves sugestões aqui apresentadas se limitam à par-
te introdutória das séries de estudos bíblicos, que 
poderão ser aprofundadas e ampliadas em futuras 
abordagens de forma a globalizar todo o conteúdo 
das respectivas séries.
Modelos bíblicos de contextualização da mensagem
As Escrituras apresentam inúmeros exemplos 
de contextualização da mensagem divina às neces-
sidades humanas. Em relação a Cristo, é dito que 
Ele “foi ao encontro de todas as classes nos tópicos 
e maneiras de Seu ensino. Ele comeu e hospedou-
-se com os ricos e os pobres, e Se familiarizou com 
o mundo e tudo o que nele existe”, 
o qual “não habita em santuários 
feitos por mãos humanas” (ver-
sos 23 e 24), bem como do juízo 
final e da ressurreição dos mor-
tos (v. 31). Desta forma o corajoso 
apóstolo conseguiu admoestar al-
guns filósofos atenienses contra 
a própria idolatria ateniense. Em 
decorrência, algumas pessoas 
aceitaram o evangelho em Atenas 
(v. 34), que era o próprio “centro 
da cultura pagã”.5 
Os exemplos de contextuali-
zação do evangelho deixados por 
Cristo e Paulo deveriam ser imita-
dos por todos aqueles que desejam 
comunicar com êxito o evangelho 
eterno nos dias finais da história 
humana. Somos advertidos por 
inspiração divina que “cada obreiro 
na vinha do Senhor deve estudar, 
planejar, idear métodos, a fim de al-
cançar o povo onde está. Devemos 
fazer algo fora do curso comum das 
coisas. Temos que prender a aten-
ção. Temos de ser intensamente 
fervorosos”.6 Mas, a fim de mani-
festarmos simpatia pelas pessoas 
e transmitirmos o evangelho ade-
quadamente a elas, é necessário 
conhecermos detidamente suas 
mais profundas necessidades.
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Identificando o foco principal de contextualização
Um dos aspectos mais importantes de uma boa série de estudos 
bíblicos é identificar claramente o foco principal da contextualização. 
Esse foco deve levar em consideração, dentro de uma escala de valo-
res bem definida, os aspectos mais relevantes. Trataremos a seguir, 
por ordem de importância, de algumas das principais áreas a serem 
levadas em consideração. 
(1) Estado emocional. De todas as áreas a serem consideradas, talvez 
a mais importante seja o estado emocional em que se encontra a pes-
soa que receberá os estudos bíblicos. Se ela está feliz e realizada, essa 
área poderá não interferir sobre os temas a serem estudados. Mas, se 
a pessoa está enfrentando crises existenciais, é provável que ela esteja 
buscando, antes de tudo, um lenitivo psico-espiritual para os seus an-
seios pessoais. Desconhecer tais anseios pode levar facilmente a pessoa 
a perder o interesse pelos estudos bíblicos. É importante identificar pre-
cisamente, talvez com o auxílio de um familiar ou amigo da pessoa, os 
motivos dessa condição emocional. 
Entre as causas mais comuns se encontram a morte de alguém 
próximo, uma doença pessoal ou de algum familiar ou amigo, o divór-
cio ou o rompimento de outros tipos de relacionamento social, bem 
como frustrações profissionais, comerciais ou mesmo acadêmicas. Se 
soubermos sintonizar os estudos adequada e respeitosamente com as 
necessidades emocionais dessas pessoas, elas se tornarão bem mais 
receptivas à mensagem. 
(2) Conhecimento religioso. Outra área fundamental a ser identi-
ficada é, sem dúvida, o comprometimento religioso ou ideológico do 
candidato a receber estudos bíblicos. Por exemplo, pessoas sem re-
ligião normalmente se interessam menos pelos argumentos lógicos 
da religião e mais pela maneira como a religião consegue preencher o 
vazio existencial do ser humano.
Por contraste, cristãos que pertencem a igrejas com ênfase exis-
tencialista e sem um corpo doutrinário definido, são mais atraídos pela 
lógica da verdade revelada nas Escrituras, ou seja, por aquilo que ain-
da não têm e que poderia enriquecer a sua experiência de vida. 
Donald McGavran sugere que a abordagem adventista, sem muita 
flexibilidade, parece mais voltada à evangelização de católicos nomi-
nais do que a outros grupos religiosos.7 Mas jamais deveríamos ima-
ginar que católicos, evangélicos e pentecostais são todos iguais pelo 
simples fato de serem todos cristãos.
(3) Nível cultural. Devemos ser cuidadosos para não estereotipar as 
pessoas. Mas a questão do nível cultural do interessado deve ser levada 
em consideração ao se ministrar estudos bíblicos. Se a pessoa possui 
algum título universitário ou é um autodidata, a abordagem poderá ser 
mais conceitual do que com uma pessoaque não tenha tido a oportu-
nidade de receber uma instrução formal. Isso não significa, no entanto, 
que pessoas cultas não tenham também carências afetivas, problemas 
de relacionamento social e anseios espirituais não preenchidos.
Muitas pessoas intelectuais estão cansadas dos valores relativos 
da cultura pós-moderna na qual vivemos. Consciente ou mesmo in-
conscientemente elas se abririam aos valores absolutos da fé se tão 
somente encontrassem cristãos capazes de demonstrar em sua pró-
pria experiência de vida o poder transformador do evangelho. Em re-
alidade, “se nos humilhássemos perante Deus, e fôssemos bondosos 
e corteses e compassivos e piedosos, haveria uma centena de conver-
sões à verdade onde agora há apenas uma”.8
(4) Carreira profissional. Ou-
tra área importante que poderá 
ser explorada para despertar o 
interesse pela Bíblia é a carreira 
profissional do candidato a re-
ceber estudos bíblicos. Existem 
experiências ou relatos bíblicos 
que podem ser usados positi-
vamente para levar a pessoa a 
identificar-se com as Escrituras 
como um livro que fala às suas 
necessidades e interesses pes-
soais. Mas devemos ser cuida-
dosos em salientarmos apenas 
aspectos mais gerais, sem en-
trarmos em detalhes desneces-
sários da profissão com a qual 
o candidato poderá estar bem 
mais familiarizado do que o pró-
prio instrutor bíblico.
Se usarmos a carreira profis-
sional do candidato como ponto 
de partida, é importante que o 
estimulemos a expressar a sua 
opinião a respeito de como o 
relato bíblico em questão pode 
falar a nós hoje, especialmente 
às pessoas que exercem aquela 
mesma carreira profissional re-
ferida no texto. Além de levar o 
interessado a se identificar com o 
texto bíblico, esse método pode-
rá motivá-lo a testemunhar mais 
efetivamente aos seus próprios 
colegas de profissão.
Portanto, cabe ao instrutor 
bíblico a tarefa de identificar se 
o foco principal de contextuali-
zação seria o estado emocional, 
o conhecimento religioso, o ní-
vel cultural ou a carreira pro-
fissional da pessoa, ou ainda 
uma combinação dessas áreas. 
Contudo, ao identificarmos uma 
dessas áreas como a mais con-
veniente para introduzirmos a 
série de estudos, não devería-
mos desconhecer a importância 
das demais.
Em outras palavras, seria 
conveniente elaborarmos o es-
tudo com base na área em evi-
dência, levando em consideração 
a maneira como a pessoa se re-
laciona com as outras três áreas.
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Explorando o foco principal da contextualização
Mencionaremos a seguir alguns exemplos de relatos bíblicos sugestivos para se introduzir estudos 
bíblicos com ênfase nas diferentes áreas de contextualização.
(1) Foco nas crises existenciais. Para pessoas emocionalmente abaladas por crises existenciais, 
uma boa maneira de se introduzir a série de estudos bíblicos é através de algum relato bíblico de 
pessoas que superaram crises semelhantes. Por exemplo, pessoas enlutadas poderão se identifi car 
facilmente com o relato da ressurreição de Lázaro (ver João 11). Nesse caso, deveríamos dizer aos en-
lutados que, embora o ente querido certamente não venha a ressuscitar logo como ocorreu com Láza-
ro, o relato bíblico nos fala da esperança na ressurreição fi nal, à qual Marta se referiu em João 11:24.
(2) Foco nas distorções religiosas. Um aspecto fundamental de uma série de estudos com indiví-
duos que acalentam distorções religiosas é salientar, já no início da série, a autoridade normativa das 
Escrituras, com ênfase na sua exclusividade e totalidade. Pentecostais e carismáticos normalmente 
colocam a experiência pessoal mística com o Espírito Santo acima da autoridade bíblica. A estes seria 
interessante apresentar um estudo inicial com base em Mateus 7:15-23, em que o compromisso pesso-
al com “a vontade” revelada de Deus o Pai é tido como bem mais importante do que profetizar, expelir 
demônios e operar milagres.
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(3) Foco nos níveis culturais. É importante que se adapte a lin-
guagem e o conteúdo do estudo introdutório ao nível cultural do 
candidato. Como regra geral, pessoas mais simples costumam se 
interessar mais por histórias bíblicas com ênfase nas atitudes dos 
personagens envolvidos. Já indivíduos com maior formação acadê-
mica poderão interessar-se mais pelos conceitos bíblicos. Mas pre-
cisamos despertar o interesse da pessoa em buscar uma solução 
satisfatória para as suas mais profundas necessidades espirituais.
Uma maneira interessante de se começar a estudar com pes-
soais racionalistas, que cultuam o intelecto, talvez seja o diálogo 
de Cristo com Nicodemos (ver João 3). Nesse diálogo, Cristo ofere-
ce reavivamento espiritual a alguém que encobria, com discussões 
teóricas, as suas mais profundas necessidades espirituais.
(4) Foco nas carreiras profissionais. Outra maneira interessante 
de se começar uma série de estudos é com algum incidente bíblico 
relacionado à carreira profissional da pessoa.9 Na Bíblia encontra-
mos vários episódios que podem ser utilizados nesse tipo de abor-
dagem. Por exemplo, agricultores certamente se interessarão por 
um estudo inicial sobre a parábola do semeador (ver Mat. 13:1-23). 
A ênfase dessa parábola está nos diferentes tipos de solo e na for-
ma distinta como cada um deles reage à semeadura da Palavra de 
Deus (versos 19-23). Esse assunto pode estimular a receptividade 
pessoal ao estudo da Bíblia.
Alguns astrônomos terão interesse em saber que a Bíblia men-
cionou, há mais de 3.500 anos, que as estrelas do céu podem ser 
comparadas à areia do mar (ver Gên. 22:17) e que a Terra é redonda 
(ver Jó 37:12). É interessante salientar que foi Deus quem criou e 
quem mantém os astros que gravitam no vasto Universo (ver Sal. 
19:1-6; Isa. 40:26). 
Já um carpinteiro ou marceneiro poderá se interessar pela 
construção da arca de Noé (ver Gên. 6-8). A ênfase deve estar na 
proteção divina para aqueles que obedecem à Palavra de Deus, 
mesmo que ela esteja em desacordo com a cultura predominante 
(Heb. 11:7).
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Contextualização
Princípios universais
Aplicações temporais
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Notas de fim:
1 Ver Alberto R. Timm, “Preparo Para o Batismo: Assunto Sério”, Revista Adventista (Brasil), junho de 1997, págs. 8-10; Paulo 
Cilas da Silva, Séries de Estudos Bíblicos da Igreja Adventista do Sétimo Dia no Brasil: Breve História e Análise Comparativa 
do Seu Conteúdo, Série Teses Doutorais – Religião, vol. 3 (Engenheiro Coelho, SP: Imprensa Universitária Adventista, 2002).
2 E. G. White, Testemunhos Para a Igreja, vol. 3, p. 214.
3 E. G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 143.
4 E. G. White, Parábolas de Jesus, p. 17.
5 E. G. White, Atos dos Apóstolos, p. 239.
6 E. G. White, Evangelismo, pp. 122 e 123.
7 Ver “McGavran fala sobre o crescimento da Igreja Adventista”, O Ministério Adventista (Brasil), julho-agosto de 1986, págs. 9 e 10.
8 E. G. White, Beneficência Social, p. 86. Ver também Alberto R. Timm, “O Poder da Bondade”, Revista Adventista (Brasil), 
janeiro de 1981, pp. 15 e 16.
9 Subsídios adicionais sobre o exercício de algumas profissões nos tempos bíblicos podem ser encontrados em James I. Packer, 
Merrill C. Tenney e William White, Vida Cotidiana nos Tempos Bíblicos (Miami, FL: Vida, 1982); Henri Daniel-Rops, A Vida Diária 
nos Tempos de Jesus (São Paulo: Vida Nova, 1983); Joaquim Jeremias, Jerusalém no Tempo de Jesus (São Paulo: Paulinas, 
1983); Ralph Gower, Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos (Rio de Janeiro: CPAD, 2002).
Considerações finais
É importante que contextualizemos os estudos bíblicos aos interesses de cada pessoa, mas 
devemos ser cuidadosos para não levantarmos preconceitos desnecessários nesse aspecto. Al-
guns profissionaisliberais podem não estar ainda preparados para entender e aceitar alguns 
ensinamentos bíblicos relacionados à sua respectiva carreira profissional. Por exemplo, certas 
pessoas da área de saúde talvez ainda não estejam em condições de aceitar plenamente os prin-
cípios de saúde mencionados no Antigo Testamento. Alguns advogados poderão discordar das 
leis civis israelitas, considerando-as obsoletas, o que poderá não despertar neles a confiança na 
Bíblia como a Palavra de Deus. Mas essas exceções não deveriam nos inibir de contextualizar o 
estudo aos interesses e necessidades do candidato.
Para pregarmos “o evangelho eterno [...] a cada nação, e tribo, e língua, e povo” (Apoc. 14:6) 
é necessário que o adaptemos ao contexto em que cada pessoa se encontra, sem com isso ofus-
carmos seus valores absolutos.
Precisamos ir ao encontro das pessoas onde elas se encontram (ver I Cor. 9:16-23), sem com 
isso suprimirmos o conteúdo da mensagem (ver Mat. 28:20). Introduzir uma série de estudos 
bíblicos de forma contextualizada pode exigir do instrutor um pouco mais de preparo e de criati-
vidade, mas ela se tornará bem mais atrativa do que se for apresentada de uma mesma maneira 
a todas as pessoas.
Alberto R. Timm, Ph.D (Andrews University) é especialista nas doutrinas e na teologia 
adventista. Foi pastor distrital; professor de Teologia Histórica e coordenador de 
pós-graduação em Teologia no Unasp-EC; diretor do Centro de Pesquisas Ellen 
G White do Brasil; reitor do Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia 
(SALT) e coordenador do Espírito de Profecia para a Divisão Sul-Americana. Exer-
ce hoje a função de diretor associado do Ellen G. White Estate e é membro da 
Comissão de Pesquisas Bíblicas da Associação Geral. Casado com Marly L. Timm, 
tem três filhos: Suellen, William e Shelley.
Alberto r. timm
Este artigo foi publicado originalmente na Revista Adventista, Casa Publicadora Brasileira, com o título “Estudos Bíblicos Com 
Criatividade”.
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www.foconapessoa.org.br

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