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Marcos históricos da Governança Corporativa

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Administração UNIP – Aula 4 
Disciplina: Governança Corporativa Profa. Vanessa 
1 
 
MARCOS HISTÓRICOS DA GOVERNANÇA CORPORATIVA 
FUNDAMENTOS DA GOVERNANÇA CORPORATIVA 
1- INTRODUÇÃO 
 Como já visto nas aulas anteriores, a Governança Corporativa teria surgiu principalmente 
para mediar os conflitos de interesses existentes entre principal e agente e entre acionistas 
majoritários e minoritários. Diversos movimentos favoreceram a ascensão do conceito de 
governança que tem se tornado cada vez mais importante para as grandes corporações 
que se beneficiam dos chamados ágios de Governança, em virtude da prática de elementos 
como transparência, prestação de contas, dentre outros que estruturam e solidificam o 
significado da Governança Corporativa. 
 A primeira vez em que se ouviu falar em Governança Corporativa nos Estados Unidos 
foi em 1972, conforme mencionam Ocasio e Joseph (2005). Segundo estes autores Ralph 
Nader teria realizado a primeira análise teórica sobre a Governança Corporativa baseada 
na lógica de que as organizações deviam prestar contas às pessoas que as servem, ou seja, 
aos shareholders. 
Alguns acontecimentos se destacam em torno do desenvolvimento da Governança 
Corporativa, dentre eles: 
- década de 90 - o ativismo pioneiro de Robert Monks mudou o curso da Governança 
Corporativa nos EUA quando focou nos direitos dos acionistas e mobilizando-os para que 
tomassem uma posição mais ativa (SENSO DE JUSTIÇA, CUMPRIMENTO DE LEIS), 
inclusive lançou um livro, ao lado de Nell Minow, intitulado Governança Corporativa; 
- 1992 - o Relatório Cadbury, código pioneiro de boas práticas de Governança 
Corporativa, surge como resposta aos escândalos registrados no mercado corporativo e 
financeiro da Inglaterra no final dos anos 80. Esse relatório reunia um conjunto de novas 
propostas sobre a forma de governo das organizações britânicas, que buscavam contrapor 
o poder dos executivos. 
Em 1995, o Comitê Greenbury, realizando uma revisão do Cadbury, elaborou um 
documento para incorporar ao Relatório de Cadbury orientações quanto a remuneração 
de executivos e conselheiros. 
Em 1995 também, a Bolsa de Valores de Londres organizou o Comitê Hampel para uma 
segunda revisão no Cadbury, desta vez no papel do Conselho de Administração. O 
Relatório Hampel foi publicado em 1998 e denominado de Combined Code e tornou-se 
uma exigência para que as empresas pudessem participar da Bolsa de Valores de Londres. 
O Relatório Cadbury com todas as suas revisões serviu como parâmetro para o 
desenvolvimento de códigos de boas práticas de governança pelo mundo todo. 
- Em 2004 são publicados os princípios da OECD (Organization for Economic Co-
Operation and Development), uma organização multilateral, fundada em 1960, que 
engloba os 34 países mais industrializados do mundo e mantém relações ativas com mais 
outros 70 países, ONGs e várias sociedades civis de abrangência internacional. 
Administração UNIP – Aula 4 
Disciplina: Governança Corporativa Profa. Vanessa 
2 
 
 
 
 + + = 
 
A governança Corporativa ganha cada vez mais espaço no mundo corporativo e 
acadêmico já que favorece a promoção de mercados transparentes e eficazes. A 
Governança Corporativa é praticada, sobretudo, em empresas que abrem seu capital, 
apresentando como vantagem, além da real possibilidade de regular e organizar o 
relacionamento existente entre agente e proprietário, razão pela qual o conceito emergiu, 
também regular a relação entre majoritários e minoritários, além de incorporar questões 
como ética, transparência e maximização do controle interno em todas as áreas da 
organização, ampliando seu alcance, ao invés de se limitar às questões puramente 
financeiras. 
Alguns movimentos têm favorecido a expansão da Governança Corporativa, dentre eles 
destacam-se: 
- o aumento de privatizações; 
- o movimento internacional de fusões e aquisições; 
- o impacto da globalização que abriu os mercados e facilitou a entrada e saída de 
investimentos estrangeiros, promovendo novas possibilidades para o capital financeiro 
subsumidas no conceito de financeirização; 
- as necessidades de financiamentos por parte das empresas para maximizar suas 
vantagens competitivas; 
- a postura mais ativa dos investidores; 
- o maior ativismo dos fundos de pensão e de investimentos e das companhias de seguros 
na década de 80, e 
- os escândalos financeiros que ocorreram em empresas como a Enron, a WorldCom e a 
Tyco. 
 
Bibliografia: 
OCASIO, William; JOSEPH, J. Cultural adaptation and institutional change: The 
evolution of vocabularies of corporate governance, 1972-2003, Poetics 33 (3-4). P. 163-
178, 2005. 
 
Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Uma década de governança: história do 
IBGC, marcos da governança e lições de experiência. São Paulo: Saint Paul Editora: 
Saraiva, 2006. 222 p. 
Monks Cadbury OCDE 
Difusão e evolução mundial da 
Governança Corporativa

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