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Revisão psicologia PR2

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Transcrição aula revisão Silvana
FILME O PEQUENO NICOLAS:
→ Pensamento mágico;
→ Mais apegado à mãe do que ao pai, possui até certo receio do pai;
→ Achava que o fato de ter um irmão, sua mãe iria deixá-lo de lado, abandonaria-o;
→
HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO NA CONSULTA COM CRIANÇAS
- Precisa ser atendida na presença do responsável;
- Crianças são seres humanos que precisam de cuidados de adultos – necessitam de informação;
- A criança vive uma relação de simbiose com a mãe;
- São pessoas em fase de vulnerabilidade máxima e limitada autonomia;
- Ela não sabe explicar o que está sentindo – pensamento mágico pode explicar;
- Dependência de um adulto que reconheça e traduza seus problemas, mas isso não quer dizer que ela deva ser ignorada durante a consulta.
1. Habilidades afetivas e de comunicação médico – paciente/família
- A relação com a criança durante a consulta pode ser estabelecida das seguintes formas: conversa ou brincadeira apropriada ao seu desenvolvimento, oferecendo-lhe brinquedos, mostrando-se sensível aos temores que ela possa ter, cumprimentá-la pelo nome.
- O médico deve distinguir o problema clínico real que a criança apresenta e a eventual leitura ansiosa ou distorcida da família, fazendo com que esta entenda a distinção entre suas ansiedades e o problema da criança. No entanto, é preciso valorizar adequadamente os sentimentos maternos e da percepção que fazem da doença de seu filho. Outro recurso é uma triangulação com outros membros da família, no intuito de refletir e ponderar as impressões e interpretações maternas.
- As estratégias de comunicação e habilidades necessárias para realizar o exame clínico variam conforme as crianças são sadias ou doentes ou em diferentes faixas etárias.
- Estratégias de prevenção e de orientação antecipadas: orientação sobre vacinas; início da escovação dentária; atenção à prevenção de possíveis acidentes e necessidades emocionais, angústia de separação, birra, etc.
- No atendimento de crianças com demandas comportamentais ou psíquicas, devem ser identificadas e encaminhadas para os profissionais especialistas.
2. A CRIANÇA DOENTE E SEU IMPACTO NA VIDA DA FAMÍLIA
- A essência da medicina de crianças é entender que a criança só existe em sua íntima relação com a família, em especial, sua mãe, e com o contexto sociocultural onde vive. Os processos de adoecimento da criança estão fortemente relacionados com o modo de vida de sua família.
- Quando uma criança adoece, imediatamente se produzem alterações na dinâmica da família – pais superprotetores sentirão grande culpa pelo adoecimento do filho.
- O médico precisa reconhecer e levar na devida conta o sofrimento psicológico da família.
3. ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA CRIANÇA
Envolve um conjunto amplo de ações de promoção, prevenção e tratamento que só podem ser realizados de modo satisfatório com acompanhamento programado de vistas às unidades de saúdes ou consultórios.
Inclui ações e práticas de assistência como: alimentação, estado nutricional, desenvolvimento, estado vacinal, estado sensorial, saúde oral, situações de riscos para acidentes, relações afetivas, atividades escolares, qualidade do cuidador.
4. O MÉDICO E SUAS CARACTERÍSTICAS NA COMUNICAÇÃO COM AS CRIANÇAS E SUAS FAMÍLIAS
Três níveis de interação: 1. Paternalista, quando o médico toma todas as decisões; 2. Ainda paternalista mas buscando cooperação do paciente/família e 3. Envolvendo o respeito pela pessoa da criança e seus familiares, quando médico ajuda os pais e a criança a ajudarem-se a si mesmos. Os 3 níveis concorrem simultaneamente, ora predominando um ou outro nível; o que requer considerável maleabilidade do médico.
O médico, frequentemente, sente onipotência ao atender uma criança doente.
Além das habilidades específicas de qualquer abordagem de aproximação com o paciente, o médico dever possuir: intuição, criatividade, improvisação e sensibilidade. Mesclar empatia e responsabilidade.
A abrangência da consulta pediátrica:
Crianças de idades cronológicas diferentes;
Crianças com variados problemas clínicos;
Crianças em muitos momentos ou etapas de desenvolvimento;
Crianças em distintos ambientes clínicos;
Crianças de dessemelhantes contextos sociofamiliares;
Crianças de diversos contextos ambientais e necessidades nutricionais, de proteção e necessidades afetivas específicas;
Crianças portadoras de defeitos congênitos, doenças genéticas.
5. HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO NA CONSULTA
Fase 1: Reflexões preparatórias para o encontro
São aspectos que preparam e condicionam as habilidades de comunicação que devem ser postas em prática durante a consulta.
Em que ambiente se realizará a consulta (ambulatório, UTI, consulta de emergência, etc);
Primeira consulta ou o profissional é o médico da família?;
Que idade tem a criança? É possível comunicação verbal inteligível com ela?
Qual o grau de gravidade do problema? Doença aguda ou de longa duração?
Como captar os primeiros instantes da consulta, as expectativas e preocupações da mãe?
Quais as características da família que podem estar relacionadas com a natureza do problema?
Fase 2: A consulta começou!
- O profissional precisa se dirigir à mãe e à criança (necessidade de comunicação com todos);
- Precisa exercer a habilidade de acolher - atenção cuidadosa voltada aos primeiros relatos da mãe e ao estabelecimento amistoso e gentil com a criança;
- Deve-se avaliar o “clima emocional” dos acompanhantes e da criança – identificação da vitalidade geral da criança e da sua família;
- É preciso criar condições estruturais em que seja possível realizar atividade clínica em um ambiente onde a criança se ache à vontade – os pais devem levar um brinquedo favorito ou outro objeto que irá facilitar a comunicação com a criança; se a criança não trouxer, alguns poderão estar disponíveis no próprio consultório. Recomendável que o ambiente seja decorado com brinquedo e figuras infantis, para que a criança se sinta em um ambiente familiar e colabore com o profissional.
- Táticas para aproximação com as crianças: cumprimentar com um sorriso, uma saudação gestual, um comentário elogioso, um aperto de mão, um comentário qualquer de acolhida; pode-se indicar o lugar para onde a criança deve se dirigir, onde possa brincar (uma mesa com cadeirinhas p. ex.); perguntar o nome do melhor amigo, da professora, do que gosta de comer, etc.
Fase 3: Coleta de informações: o lugar da criança, a perspectiva dos pais, em especial, da mãe.
- Explicar, antecipadamente, à criança e aos pais que a participação da criança é importante.
- Sempre incluir a criança na consulta para que ela vá familiarizando com a natureza do diálogo com médicos e ir desenvolvendo, gradualmente, um senso de responsabilidade para com o cuidado com a própria saúde.
- Explicar clara e honestamente o que irá acontecer durante as várias fases da consulta, deixa os jovens pacientes menos ansiosos.
Fase 4: Habilidades de comunicação na fase de realização do exame físico
- Levar em conta a faixa de idade: 
a. Crianças pequenas (menores de 1 ano): 
- Costumam ser de abordagem fácil e simples; 
- O olhar como estratégia básica de aproximação (acertar a distância adequada de aproximação para não parecer ameaçador), próximo o suficiente para estabelecer contato visual e sonoro;
- de 0 a 2 anos = fase oral (já anda, corre, lateraliza)
- Expressões gentis, calmas, movimentos suaves.
b. Crianças entre 10 e 12 meses e 2 e 3 anos: 
- Costumam demonstrar receios de estranhamentos e crises de birra;
- Frequentemente a criança recusa entrar no consultório;
- Com crianças envoltas em clima de ansiedade e de temor, melhor iniciar o contato com a criança no colo da mãe, e mais tarde, decidir quais procedimentos de exame físicos podem ser realizados.
- Entre 2 e 4 anos = fase anal (desenvolvimento neuropsicomotor, começa a ter o controle dos esfíncteres).
c. Crianças maiores de 2 e 3 anos de idade: 
- Período de “contato social” – explicar o que é certo e o que é errado, ensinar a dividir,deve quebrar a dependência (deve estimular a comer sozinho, dormir sozinho, ir ao banheiro).
- Punição – se infringir a lei deve puní-lo de acordo com o que fez. Aprender as leis da convivência.
- A comunicação flui de maneira tranquila, as crianças estão mais disponíveis para o diálogo;
- São mais fáceis de abordar com comunicação direta, pequenas brincadeiras, pequenas “seduções”;
- Dar oportunidade para que a criança fale de seus sentimentos, de suas dúvidas, de seus incômodos;
- As explicações às perguntas das crianças devem ser dadas de maneira inteligível para a criança e na presença dos pais. Verificar sempre o que a criança entendeu e ajustar com novas explicações, se necessário;
- O exame físico deve ser feito na presença da mãe ou de pessoas próximas à criança. Em algumas situações, é mais adequado e eficiente examinar a criança no colo da mãe, do pai ou do acompanhante.
- 4 aos 6 anos = Fase Fálica – diferença entre meninos e meninas, pergunta de onde vem.
- de 7 até a puberdade = Fase de latência – tem que aprender a esperar, a aceitar e esperar.
6. O QUE O MÉDICO DEVE FAZER DURANTE O EXAME FÍSICO
- aproximação inicial com a criança, um vínculo antes de tocá-la, ganhar sua confiança;
- não ignorar a criança durante o exame físico;
- colocar-se no mesmo nível físico da criança quando examiná-la ou falar com ela;
- explicar os procedimentos antes de fazê-los;
- utilizar linguagem que a criança compreenda;
- Manter-se conversando com a criança para deixa-la mais segura;
- Engajar os pais durante o exame físico da criança.
HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO NA CONSULTA COM ADOLESCENTES
A adolescência é deflagrada com a puberdade. A exposição precoce da relação homem/mulher sexualmente, questões sobre excesso de hormônios nos alimentos, fazendo com que o surgimento da puberdade seja precoce. 
Adolescência é um rito de passagem da fase criança para adulta. 	A diferença do adulto para criança é a autonomia que o adulto tem. Autonomia tem um aspecto psicológico - angustia quando a mãe não está perto; social - responder pelos atos juridicamente; afetivo - construir redes de suporte fora da família, ter autonomia de conseguir se relacionar; objetivamente - ganhar e conseguir gerenciar o seu dinheiro, saber cozinhar, limpar casa, saber prover-se, ter um emprego.
Uma “Fase de Acerto de contas” – o adolescente devolve para os pais tudo o que sentia enquanto criança e estava “por baixo”.
 	O sistema de saúde, no modelo atual, não capta o adolescente por este estar em uma etapa de vida em que são pouco frequentes as doenças. E como os profissionais da saúde foram formados para cuidar de doentes perderam o contato com os adolescentes.
Todos os atributos que caracterizam um bom atendimento têm que estar aqui presentes, e são imprescindíveis – empatia, contra-transferência e um grande ouvido. 
CONHECENDO OS ADOLESCENTES
É obrigatório para o médico estar familiariazado com suas peculiaridades
Perdas e lutos na adolescência
- Processo de luto pelo corpo infantil – o adolescente percebendo suas alterações corporais não as domina e não as reconhece.
- Constata que não é mais criança, mas que, ainda não ascendeu à condição de adulto, gerando insegurança e ansiedade.
- Luto pela identidade infantil.
- Luto pelos pais idealizados na infância.
- O tédio em relação as atividades de criança é seguido pela busca de novidades (eventualmente comportamento de risco).
b. Vulnerabilidade
- Durante esta fase o indivíduo apresenta-se mais instável e vulnerável às influências externas, sendo momento oportuno para incorporação de valores, tanto adequados quanto inadequados.
- Fatores que contribuem para vulnerabilidade: sentimentos como onipotência, influência do grupo, desinformação, pensamento mágico ou altos níveis de cobrança social.
- Fatores de proteção: família bem estruturada com fortes laços afetivos; participação efetiva dos pais na vida dos filhos, determinado regras claras de conduta dentro do núcleo familiar; rendimento escolar satisfatório; relações com outros núcleos da comunidade como igreja, grupos desportivos, iniciativas culturais ou solidárias.
c. Sinais de Alerta
- Isolamento, desleixo com o aspecto corporal e vestimentas, queda do rendimento escolar, afastamento de companheiros.
ACOLHENDO O ADOLESCENTE
Parece não existir afinidade com as expectativas e necessidades dos adolescentes, tanto por parte dos médicos quanto das instituições, originando constrangimento e o consequente afastamento do paciente do serviço. Fatores que contribuem para este afastamento: falta de privacidade, instalações inadequadas, ambientes em que se misturam as mais diversas faixas etárias, decorações infantis, macas de tamanho pequeno, consultas rápidas, interrupções frequentes.
Material educativo (livros, revistas, vídeos) pode ser distribuído já na sala de espera como um reforço de informações de qualidade. Questionários podem ser utilizados para adiantar a coleta dos dados e para dar oportunidade ao paciente de se expressar escrevendo (diminui o embaraço para falar de alguns assuntos).
É de suma importância que todos os profissionais da instituição estejam cientes e preparados para receberem paciente adolescente – cordialidade e compreensão.
Após a entrevista acompanhado dos pais ou responsáveis, deve permanecer a sós com o profissional onde o sigilo das informações esteja assegurado.
O ATENDIMENTO CLÍNICO
O atendimento clínico do adolescente comporta dois momentos distintos: Primeiro a entrevista é realizada com o paciente e seus acompanhantes, em seguida, o atendimento é realizado apenas com o paciente. Neste momento deve-se: confrontar as colocações dos pais com a visão do principal interessado, proporcionar momento propício para elucidação de assuntos sigilosos ou causadores de apreensão por parte do adolescente.
No primeiro momento da consulta o médico deve, acolher respeitosamente as pessoas; deve dirigir perguntas diretamente ao paciente, demonstrando valorizar suas respostas. 
No segundo momento da consulta (paciente e médico apenas) o médico de evitar questionamento direto ao adolescente para facilitar a abordagem de temas desconfortáveis (p. ex. - Algumas pessoas da sua idade usam drogas, você já tomou alguma?); deve usar palavras que estimulam a continuação do discurso do paciente, sem incorrer em juízo de valor (p. ex. – Com sua amiga longe e tudo isso acontecendo, imagino como você tem estado.); e discutir com o paciente a possível, ou possíveis causas da sua queixa, propor conduta e acompanhamento à adolescente e intermediar a comunicação do adolescente com sua mãe ou pai ou responsável.
O médico deve identificar a idade emocional do adolescente.
Habilidades necessárias ao profissional para o atendimento do adolescente:
- Acolher adequadamente;
- Adotar linguagem compreensível, sem, no entanto tentar usar gírias típicas de adolescentes;
- Respeitar o espaço do adolescente (reflete na relação medico paciente o que ele esta vivendo);
- Escuta atenta e respeitosa;
- Ausência de julgamento;
- Utilizar frases de apoio e compreensão;
- Incentivo à adoção de responsabilidades sobre a própria saúde;
- Estabelecimento de pacto de confidencialidade;
- Elaborar plano terapêutico e proposta de acompanhamento;
- Fornecimento de informações ao acompanhante;
- Capacidade de ficar à vontade na abordagem de temas como uso de drogas e sexualidade;
- Capacidade de instituir um relacionamento amigável, respeitoso e técnico.
O Exame Físico
Momento mais delicado do atendimento, tanto pelo constrangimento do paciente como pelo desconforto do profissional.
- Explicar previamente o procedimento;
- Fazer abordagem educativa durante o exame;
- Evitar desnudar completamente o paciente;
- É de estimável valor a presença de um componente da equipe do mesmo sexo do paciente;
- São pontos fundamentais no exame: avaliação do estado nutricional; visão e audição; pele e mucosas; estado de saúde bucal; coluna vertebral; aferição de medidasantropométricas; sinais vitais e aferição de pressão arterial.
Problemas clínicos comuns
Podem ser divididos em 3 grandes grupos:
Doença Crônica
“Crise sobre crise” = crise da adolescência - transformações corporais intensas e rápidas (acne, apofisites de tração, anormalidades do desenvolvimento puberal, transtornos alimentares, gravides, violência, abuso, dependência de drogas) + diagnóstico de afecção de curso crônico (diabetes mellitus, artrite reumatoide, febre reumática, asma, etc).
Doenças Agudas
Doenças ou situações típicas da idade
Ações preventivas na adolescência
Programas de atenção ao adolescente – inclusão de medidas preventivas (implementado há 30 anos).
“Puericultura de adolescentes” – captação da população adolescente (à partir de 10 anos de idade) da área de abrangência da equipe da estratégia da saúde da família, para possibilitar ações de promoção da saúde - grupos informativos, palestras, grupos de discussão, contatos com a escola e mobilização comunitária. 
Fim da adolescência - pessoa autônoma ou em condição para obtê-la.
HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO NA CONSULTA COM ADULTOS
 
	Cada adulto é um adulto, não tem muito o que dizer. Cada um se coloca de acordo com sua história.
FATORES RELACIONADOS AO PACIENTE ADULTO
Final da adolescência e início da terceira idade, entre 20 e 60 anos.
Não há ou não deveria haver superioridade e inferioridade na relação entre o médico e o paciente.
O adulto é um ser autodirigido e sempre espera poder tomar suas próprias decisões. O médico pode assumir o papel de consultor e instrutor, tendo que não somente transmitir algumas informações mas também ensinar ou instruir o paciente.
Os adultos são portadores de uma experiência que os distinguem das crianças e dos jovens; médico deve compreender e utilizar este fato para fazer uma abordagem mas personalizada e para que o paciente aprenda com maior facilidade as informações sobre a doença e adira melhor ao tratamento.
Para que o adulto aprenda uma informação ou realize uma ação é necessário que ele compreenda sua utilidade. 
Motivação – os adultos são sensíveis a estímulos de natureza externa (elogios) mas são estímulos de ordem interna (motivação intrínseca) que motivam o adulto para aprendizagem (satisfação, auto estima, qualidade de vida).
A maturidade da fase adulta trás certa independência. Quando está com uma doença séria pode ter uma privação da tua independência, no entanto ainda é capaz de julgar e resolver suas coisas - tende a se comportar como quando era criança. Por isso o médico deve na anamnese, perguntar como foi a socialização do adulto quando era adolescente.
FATORES RELACIONADOS AO MÉDICO
Há médicos com maior facilidade de comunicação, outros são menos comunicativos. Mas a comunicação é algo que pode e deve ser treinado.
FATORES RELACIONADOS AO AMBIENTE DA CONSULTA
A privacidade, em termos de ambiente, é o aspecto que mais pode influir na comunicação médico-paciente. O paciente precisa ter segurança de que mais ninguém, além do médico, pode ouvir o seu relato.
A disposição das cadeiras e mesa também pode influenciar na comunicação médico-paciente.
Um ambiente bem iluminado e com boa temperatura.
A CONSULTA COM OS PACIENTES ADULTOS
HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO NA CONSULTA COM IDOSOS
Idade traz experiência e maior conhecimento, mas isto na sociedade ocidental não é tão valorizado quanto na oriental – maior respeito pelo conhecimento que advêm da maior idade. No entanto, a aquisição de conhecimento hoje é rápida, velocidade de acesso à informação é muito grande, o que “abre um pouco a mão” da experiência. 
Seria idoso todo indivíduo com idade de 60 ou mais anos, nos países em desenvolvimento. A velhice é culturalmente e biologicamente determinada. Quando você perde habilidades pessoais - não é capaz de fazer mais o que fazia antes.
O idoso possui dificuldade na evocação (resgatar a memória que está na sua cabeça) e não na fixação. Tem coisas que não consegue lembrar. O fato, a lembrança está lá, mas ele não consegue retirar do reservatório da lembrança. Já a pessoa que possui demência não possui a memória guardada, perdeu. 
Memória – Função: é a fixação, reter coisas novas.
	 - Fato: lembranças guardadas
 - Executiva: senhas cartão p. ex. – memória do movimento
Um idoso saudável não perde sua autonomia, mas perde um pouco sua autonomia física. Lentificação - demora um pouco mais para aprender as coisas novas.
 Os traços que mais conferem especificidade a uma pessoa idosa seriam: maior ocorrência de incapacidade e morbidade, incluindo a de natureza mental, maior vulnerabilidade a intercorrências clínicas e efeitos de agentes agressores (biológico ou social).
Grande parte dos idosos defronta-se com sentimentos: 1. A que ele tem se transformado em uma pessoa que tem pouco ou nada para oferecer, e portanto, de muito pouca utilidade para os outros; e 2. O de que ele está se transformando em uma pessoa diferente do que sempre foi.
É um luto por perder coisas que tinha e ganhar coisas que não queria (óculos). Mudanças físicas que podem impor limitação na resposta fisiológica a eventos estressores, somadas à perda de familiares, dos amigos. Acrescenta-se às alterações funcionais, mudança ou perdas de papéis sociais comuns no envelhecimento, em face de aposentadoria, perda de entes queridos e desvantagens financeiras.
O AMBIENTE FÍSICO DA CONSULTA
Necessita estar adequado as limitações funcionais do idoso (livre de barreiras, bem iluminado, rampas não derrapantes, escadas devem ser evitadas ou possuírem corrimão).
A disposição das cadeiras e mesas pode influenciar a comunicação médico/paciente.
ENTRANDO EM CONTATO COM O PACIENTE
- Chamar o paciente pelo nome, mostrar satisfação em atendê-lo e cumprimentá-lo.
- Orientar o paciente quanto ao local que deverá sentar na sala.
- Ainda que seja importante se obter informações de familiares e cuidadores, é necessário ouvir o paciente. Não deixa-lo em posição secundária.
- Atendimento ao idoso: se tiver lúcido não precisa entrar ninguém com ele durante a consulta. Explicar com calma, devagar, com paciência.
ESTABELECENDO LAÇOS E EMPATIA COM O PACIENTE IDOSO E SUA FAMÍLIA
Empatia (se colocar no lugar do outro) é favorecida por estratégias como a reflexão (declaração por parte do médico de um sentimento ou emoção do paciente percebido na consulta) e legitimação (reconhecer o desconforto do paciente).
Ter cautela em dar conselhos aos idosos uma vez que estes podem entender que o médico o vê como incapaz de lidar com seus problemas e tomar decisões.
QUEIXA PRINCIPAL
Coexistências de múltiplas doenças crônicas e relato de vários sintomas, sendo então necessário que o médico faça uma hierarquização em ordem de relevância.
Manifestação de muitas doenças através de um mesmo sintoma, o que faz com que o sintoma isolado que muitas vezes constitui a queixa principal, não contribua para o diagnóstico do problema.
 A HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL
A história geriátrica cobre habitualmente vários anos, sendo inclusive necessária a revisão de resultados de exames previamente realizados, o que torna complexa e demorada. A abordagem geral do paciente, no entanto, pode ser realizada em várias consultas.
PROBLEMAS DE COMUNICAÇÃO NO ENCONTRO PROFISSIONAL DE SAÚDE DO IDOSO
- Comprometimento frequente de órgãos sensoriais dificultando a comunicação – fazer perguntas com voz clara e bom tom, não gritar.
- Ambiente sem barulho, sentar perto do idoso.
- Utilização de termos mais apropriados para idade do paciente. Checar se o que foi dito foi claramente entendido pelo paciente.
- Ocorrência frequente de comprometimento cognitivo – boa parte da informação é fornecida pelo acompanhante ou cuidador.
- Circunlóquio – quando o idoso relata aspectos da sua vida. Não deve ser evitado pelo médico. Facilita o estabelecimento de laços ou afinidade do profissional com o paciente. Consulta com maior tempo(o passado para o idoso é muito importante, portanto tem que ter paciência para ouví-lo).
- Prolixidade – recomenda-se que o médico, de forma sutil oriente o paciente, de tempo em tempo para o foco de interesse.
- Longevidade – o idoso possui desejo de relatar eventos julgados como relevantes para sua vida. Cabe ao profissional entender esta característica, mas ao mesmo tempo discernir informações.
- Leitura atenta dos seus exames – pacientes entendem como gesto de interesse.
ELEMENTOS IMPORTANTES DA ENTREVISTA GERIÁTRICA
São relevantes as informações sobre:
- Uso de medicamentos;
- Capacidade funcional;
- Avaliação mental (depressão p. ex.);
- Avaliação do cuidador (estresse do cuidador);
- Avaliação de hábitos e estilo de vida.

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