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� CENTRO DE EDUCAÇÃO E DE CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA Prática de Pesquisa FICHAMENTO Aluna: Mércia Santos Cardoso – 29/08/2016. Referência DOSSE, François. O Desafio Biográfico: escrever uma vida. Tradução Gilson César Cardoso de Souza. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2009. Tema Central Perspectiva histórica das produções biográficas. Palavras- chave Produções biográficas, idade heroica, biografias modais, era hermenêutica. Objetivos: - Estabelecer e caracterizar os tipos de biografias escritas ao decorrer da história. - Demonstrar que a utilidade da biografia para a história pode ser tão importante quanto à história para a biografia. - Situar as obras biográficas como obras de história. Idéias-chaves “função pedagógica”, “importância do indivíduo”, “estruturalismo sociológico”, “história das mentalidades”, “gênero híbrido”, “micro-história”. Comentários e Impressões de Leitura: O artigo de Fernanda Lorandi Lorenzetti trás um apanhado das questões centrais do livro de François Dosse “O Desafio Biográfico: escrever uma vida” de forma bastante didática, apontando nitidamente as teorias em que Dosse se respalda e as quais critica. De antemão, é evidente a importância e necessidade da obra, uma vez que o autor estabelece divisões das características das biografias na história, definindo uma ordem temporal para cada transformação no modo de escrita – biográfica heroica, biografia modal e hermenêutica – e a relação dos tipos de biografias com o momento histórico e teórico. Quanto à concepção de François Dosse – em leitura unicamente do artigo referente à obra – sobre o processo de escrita biográfico, soa preferencialmente centrada no indivíduo e na sua especificidade, de modo que escanteia a influência das estruturas excessivamente. A relação entre indivíduo e estrutura em Dosse, torna-se pêndula e pouco dialética, apesar do apreço que demonstra pela micro-história. Citações “Essa história das mentalidades é intensivamente criticada por Dosse, pois generaliza à sociedade uma estrutura mental comum, quando na realidade, as sociedades não pensam, somente os indivíduos apresentam capacidade intelectual.” “Dosse denomina esse rompimento como idade hermenêutica, ligada, sobretudo à singularidade individual, à reflexão sobre as heterogeneidades, às identificações diversas dos sujeitos no decorrer de sua trajetória, que não é mais linear e centralizada, mas apresenta reentrâncias e singularidades. É o momento da biografia existencialista, e não-causalista (...), do uso da história oral, da valorização do indivíduo e da narrativa, da micro-história de Carlo Guinzburg (O queijo e os vermes), Jacques Le Goff (São Luis) e Michel Foucault... “[...] é o retorno do sujeito após um longo eclipse ao peso das estruturas.”. (“DOSSE, 2009: 252)”.
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