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DIABETES MELLITUS CLASSIFICAÇÃO E DIAGNÓSTICO UFCG – Universidade Federal de Campina Grande Disciplina de Endocrinologia Dra. Paula Beatriz de Oliveira Soares INTRODUÇÃO Grupo de doenças metabólicas com etiologias diversas, caracterizado por hiperglicemia Secreção deficiente de insulina pelas células β, resistência periférica à ação desta ou ambas Diabetes Mellitus tipo 2 (85-90% dos casos) Diabetes Tipo 1 (5-10% dos casos) Prevalência tem se elevado em todos os países INTRODUÇÃO 30-50% dos diabéticos são assintomáticos ou oligossintomáticos = DIAGNÓSTICO TARDIO Complicações micro e macrovasculares frequentemente presentes Redução na expectativa de vida e mortalidade 2-3x maior Importância do diagnóstico e tratamento precoces CLASSIFICAÇÃO DO DIABETES ADA – 1997 Baseia-se na etiologia da doença DIABETES TIPO 1 X DIABETES TIPO 2 Baseada em dados clínicos DM Tipo 1 - Sintomatologia clássica (Polis, perda de peso) está presente em quase 100% dos casos DM Tipo 2 – Oligossintomáticos e diagnóstico em exames de rotina Dúvida? – Dosagem de auto-anticorpos e peptídeo C Influência genética maior no DM Tipo 2 Os sintomas de polis só acontecem normalmente acima de glicemia maior que 200 Então os DM2 podem ficar por muitos anos assintomáticos Em quase 100% dos casos vai ter a presença de autoanticorpos no dm1 Peptídio c = metabólito da insulina endógena No dm1 Se o pâncreas ta sendo destruído e não ta mais produzindo insulina a lógica é o peptídio c vir baixo, já na DM2 obeso, tem resistência a insulina, o peptídio c vai ta mais alto porque ele ta produzindo ais insulina para vencer a resistência 5 DIABETES TIPO 1 Deficiência absoluta de insulina – auto-imune ou idiopática IMC normal Cetoacidose pode ser a primeira manifestação em até 65% das crianças Idiopática é apenas quando não se acha os autoanticorpos, que provavelmente são autoimunes. 6 DIABETES TIPO 1 AUTOIMUNE 5-10% dos casos de Diabetes Predomina em crianças e adolescentes, mas pode surgir em qualquer idade Acomete 0,3% da população < 20 anos 0,5 - 1% da população geral Incidência no Brasil varia de 7-12/100.000/ano Se for falar em idade limite se fala em 29 anos, mas não é regra 7 DIABETES TIPO 1AUTOIMUNE Deficiência absoluta na produção de insulina por destruição autoimune das células beta Processo provavelmente desencadeado por fatores ambientais em indivíduos geneticamente susceptíveis Agressão inicial ocorre por mimetismo molecular com antígenos virais 90% de destruição ► Hiperglicemia 90% de destruição ► Hiperglicemia 8 DIABETES TIPO 1AUTOIMUNE Anticorpos anti-ilhotas (ICA) Anti-insulina (IAA) Antidescarboxilase do ácido glutâmico (anti-GAD) Anti-tirosinofosfatases IA2 Precedem a hiperglicemia por meses a anos Presentes em até 90% dos pacientes na ocasião do diagnóstico Anti-ZnT8 Anticorpos anti-ilhotas (ICA) - agride várias porções da célula beta Anti-insulina (IAA) - produz a insulina que não funciona pois ela se liga ao anticorpo Antidescarboxilase do ácido glutâmico (anti-GAD) e Anti-tirosinofosfatases IA2 – anticorpos que destroem uma porção da célula beta Anti-ZnT8 – transportador de zinco presente nos grânulos de secreção da insulina Até 98% de chance do DM1 dá positivo com a dosagem desses anticorpos Se iniciar o tto com insulina (é diferente da endógena) ao dosar o anticorpo antiinsulina vai dar negativo o antiilhota negativa com tratamento de 2 a 3 anos Os mais sensíveis saõ o anti-GAD, IA2 e anti-ZnT8 9 DIABETES TIPO 1AUTOIMUNE Desenvolvimento do diabetes tipo 1 - Pré-clínica com autoimunidade - Clínico com hiperglicemia - Remissão transitória (Lua de mel) - Diabetes estabelecido A presença dos anticorpos precedem a glicemia por meses até anos - Pré-clínica com autoimunidade – sem hiperglicemia Lua de mel: quando diminui a glicemia as células beta dao uma recuperada transitória e depois volta a subir a glicemia causa glicotoxidade 10 DIABETES TIPO 1 idiopático Até 7% dos pacientes com DM1 Não são mediados por autoimunidade Apresentam diferentes graus de deficiência insulínica A maioria dos pacientes são de descendência africana ou asiática Podem ser encontradas mutações no gene da insulina LADA - DIABETES AUTOIMUNE LATENTE NO ADULTO Destruição das células β é mais lenta que a habitual Manifesta-se entre 30 e 50 anos de idade 10% dos casos de DM1 Anti GAD é o mais prevalente LADA - DIABETES AUTOIMUNE LATENTE NO ADULTO CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS - Idade no diagnóstico entre 25-65 anos - Ausência de necessidade de insulinoterapia por 6 a 12 meses após o diagnóstico - Presença de auto-anticorpos DIABETES TIPO 2 Até 90% de todos os casos de diabetes Surge habitualmente após os 40 anos de idade e a maioria dos pacientes é obesa Pode acometer crianças e adolescentes 70-90% tem síndrome metabólica DIABETES TIPO 2 DIABETES TIPO 2 – Fatores de risco • Obesidade • História familiar de diabetes (parentesde primeiro grau) • Raça/etnia (negros, hispânicos) • Idade a partir dos45 anos • Diagnóstico prévio de intolerância à glicose ou glicemia de jejum alterada • Hipertensão arterial • Dislipidemia • História de Diabetes gestacional oumacrossomiafetal • Tabagismo OUTROS TIPOS ESPECÍFICOS DE DIABETES Defeitos genéticos na função da célula beta MODY (maturityonsetdiabetesoftheYoung) GENE ENVOLVIDO MODY 1 HNF-4α MODY 2 GCK MODY 3 HNF-1α MODY4 IPF-1 MODY 5 HNF-1β MODY 6 NeuroD1 Não precisa se deter, só saber que existe Do adulto que aparece no mais jovem por mutação genética 18 Defeitos genéticos na função da célula beta Transmissão autossômica dominante 3 gerações da mesma linhagem 95% desenvolvem Diabetes Até 5% dos diabéticos tipo 2 e até 10% dos diabéticos tipo 1 Pouco associado a obesidade Defeitos genéticos na ação insulínica Leprechaunismo: Forma mais extrema de RI Síndrome de Rabson-Mendenhall Diabetes lipoatrófico Outros Doenças do pâncreas exócrino Neoplasias Pancreatites Fibrose cística Pancreatectomia Hemocromatose Trauma endocrinopatias Acromegalia Síndrome de Cushing Glucagonoma Feocromocitoma Hipertireoidismo Aldosteronoma Síndrome dos ovários policísticos (SOP) Exceço de GH EXCEÇO DE CORTISOL cushing Glucagon- hiperglicemiante Feocromocitoma – por conta das catecolaminas Hipertireoidismo Aldosteronoma- com menor frequência SOP- muito importante- fator de risco 22 DIABETES INDUZIDO POR FÁRMACOS Glicocorticóides Diuréticos tiazídicos Pentamidina Fenitoína Inibidores da protease Hormônios tireoidianos α- interferon A dose de HTZ não ultrapassar 25 mg em pct com risco Hormônios tireoidianos em excesso 23 Síndromes genéticas associadas ao diabetes Síndrome de Down S. Klinefelter S. de Turner S. de Prader-Willi DIABETES GESTACIONAL Acomete até 18% das gestantes dependendo da população estudada Brasil – 7,6% (Estudo Brasileiro sobre Diabetes Gestacional, 2000) Qualquer grau de intolerância à glicose diagnosticada na gravidez, a partir da 24ª semana Aumento na incidência do Diabetes Tipo 2 Complicações obstétricas → Polidrâmnio, ruptura prematura de membrana amniótica, morte súbita intra-útero, macrossomia fetal, etc) Se o dx for antes da 24º semana é dm pré-gestacional (tipo 1 ou tipo 2) Morte intra-útero é o mais comum Geralmente se interrompe a gestação em 38 semanas 25 DIAGNÓSTICO DO DIABETES rastreamento Idade acima de 45 anos de idade Fatores de risco Crianças a partir da puberdade quando houver sobrepeso Rastreamento é feito por GJ independente de fatores de risco aos 45 anos Se houver fatores de risco rastreia em qualquer idade 27 rastreamento Idade acima de 45 anos de idade Fatores de risco Crianças a partir da puberdade quando houver sobrepeso Obesidade História familiar de diabetes DMG prévio Macrossomia fetal Hipertensão Dislipidemia SOP Esteatose hepática rastreamento Idade acima de 45 anos de idade Fatores de risco Crianças a partir da puberdade quando houver sobrepeso DIAGNÓSTICO CLÍNICO DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Glicemia de jejum TOTG (Glicemia 2h após 75g de glicose anidra) Hemoglobina glicada (HbA1c) Glicemia casual TOTG (Glicemia 2h após 75g de glicose anidra) – usa na dúvida. Glicemia capilar não serve para dar dx de diabetes, tem que ser glicemia plasmática 31 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Pré-diabetes = glicemia de jejum alterada (nome mais correto) - Glicemia maior que 126 tem que repetir em outra ocasião, independente do tempo entre uma e outra TOTG entre 140- 199 = intolerância aos carboidratos ou intolerância a glicose e acima de 200 tem que ser repetido ( a não ser eu não haja nenhuma dúvida quanto a hiperglicemia) que seria dx de diabetes. Glicemia casul acima de 200 com sintomas aí já pode fechar o dx de diabetes 32 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Repetido DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Repetido DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Glicemia de jejum alterada E Intolerância aos carboidratos DIAGNÓSTICO LABORATORIAL GLICEMIA DE JEJUM GLICEMIADE 2h APÓS SOBRECARCA DE GLICOSE INCIDÊNCIA CUMULATIVA DE DM2(5 – 6 anos) NORMAL NORMAL BAIXA- 4 A 5% NORMAL TDG INTERMEDIÁRIA – 24-34% GJA TDG ELEVADA – 38-65% Risco de desenvolver DM 37 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Indicações do TOTG75 Associação com risco CV Indicações do TOTG75 – quando a glicemia de jejum vem alterada (qualquer alteração, independente do valor) ou em pacientes obesos com mais um fator de risco para diabetes já há alteração para pedir TOTG. 38 Hemoglobina glicada (HbA1c) Representa 4-6% da hemoglobina total Reação enzimática entre a glicose e a cadeia β da hemoglobina, de intensidade proporcional ao valor da glicemia Reflete a média das glicemias nos últimos 2 a 3 meses HbA1c entre 5,7 e 6,4% - Pré – diabetes HbA1c > 6,5% = DIABETES (2 medidas ou associado) Hemoglobina glicada (HbA1c) - ARMADILHAS Método laboratorial (HLPC) Situações que alteram a sobrevida das hemácias Fatores que influenciam na metodologia (HLPC) – único método aceito 40 Diabetes gestacional TOTG feito entre a 24ª e 28ª semana de gestação SBD/FEBRASGO/ACOG ADA/IDF Jejum 95mg/dl 92mg/dl 1 hora após 180mg/dl 180mg/dl 2 horas após 155mg/dl 153mg/dl Os valores são os a da ada São 75g de glicose anidra 41 Diabetes gestacional Rastreamento de DM tipo 2 no pós-parto: 6-12 semanas GJ, TOTG75 e Hemoglobina glicada Se normal: Repetir a cada 1 – 3 anos OBRIGADA!!
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