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ESTATUTO DO ESTRANGEIRO

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ESTATUTO
 DO ESTRANGEIRO
Lei nº 6.815, de 19 de agosto de 1980
Decreto nº 86.715, de 10 de dezembro de 1981
Karine Arnemann
Nadine Drexler
Rafael Gassen 
Rafael Zanini
ADMISSÃO DO ESTRANGEIRO 
Visto é uma permissão individual concedida para que o estrangeiro permaneça no país por certo tempo. Essa permissão terá que ser concedida por autoridade competente. Visto, materialmente, trata-se de sinal aposto no passaporte, que enseja nessa permissão. 
Visto De Trânsito: 
Concedido aos estrangeiros que indo para um país diverso do Brasil, precisam passar ou transitar pelo território brasileiro, nele permanecendo por curto período. 
O visto é concedido pelo prazo máximo de 10 dias.
Visto De Turista:
Concedido ao estrangeiro que venha ao Brasil em caráter recreativo ou de visita.
Aquele que não tenha finalidade imigratória, nem intuito de exercício de atividade remunerada.  
Prevê estadas de no máximo 90 dias, entretanto, sua validade pode ser de até 5 anos
O prazo pode ser prorrogado uma única vez, junto ao Departamento de Polícia Federal, antes do seu vencimento. 
 Visto Temporário: 
- Concedido ao estrangeiro que pretenda ficar no Brasil, por determinado tempo, para a realização justificada de diversas atividades. (Artigo 13)
 Visto Permanente: 
Concedido ao estrangeiro que pretenda estabelecer-se no Brasil de forma definitiva, permanente. Para a obtenção desse visto é necessário que o estrangeiro tenha um vínculo forte e estável com o país, que deverá ser comprovado perante as autoridades de imigração. 
Cônjuge e dependente de um cidadão brasileiro ou residente permanente no Brasil.
Visto de cortesia: 
Concedido aos empregados domésticos estrangeiros dos chefes de missão e de funcionários diplomáticos e consulares acreditados junto ao governo brasileiro; também à autoridades estrangeiras em viagem não-oficial ao Brasil;  e aos dependentes de portadores de visto oficial ou diplomático, maiores de 21 anos ou até 24 anos  na condição de estudantes. 
Válido por 90 dias.
- Art. 19º: O Ministério das Relações Exteriores definirá os casos de concessão, prorrogação ou dispensa dos vistos diplomáticos, oficial e de cortesia.
Visto Oficial: 
- Poderá ser concedido a autoridades e funcionários estrangeiros e de organismos internacionais que viajem ao Brasil em missão oficial de caráter transitório ou permanente, incluídas nessa definição as missões de cunho científico-cultural e a assistência técnica praticada no âmbito de acordos que contemplem expressamente a concessão de visto oficial a técnicos, peritos e cooperantes.
Visto Diplomático:
- Concedido a autoridades e funcionários estrangeiros e de organismos internacionais que tenham status diplomático, que viajem ao Brasil em missão oficial.
- A concessão de visto diplomático e de visto oficial poderá ser estendida, por reunião familiar, ao cônjuge do interessado e aos descendentes do casal, menores de 21 anos, e terão validade por 2 anos.
ENTRADA E IMPEDIMENTO DO ESTRANGEIRO 
A entrada ocorre somente pelos locais onde houver fiscalização dos órgãos competentes dos Ministérios da Saúde, da Justiça e da Fazenda
O impedimento pode ocorrer de acordo com as situações do artigo 7º: Não se concederá visto ao estrangeiro:
I - menor de 18 (dezoito) anos, desacompanhado do responsável legal ou sem a sua autorização expressa;
II - considerado nocivo à ordem pública ou aos interesses nacionais;
III - anteriormente expulso do País, salvo se a expulsão tiver sido revogada;
IV - condenado ou processado em outro país por crime doloso, passível de extradição segundo a lei brasileira; ou
V - que não satisfaça às condições de saúde estabelecidas pelo Ministério da Saúde.
CONDIÇÃO DO ASILADO 
- Para solicitar asilo, o estrangeiro deve procurar a Polícia Federal no local onde se encontra e prestar declarações, onde serão justificados os motivos da perseguição que sofre. 
- As garantias são dadas apenas após a concessão. Antes disso, a pessoa que estiver em território nacional estará em situação de ilegalidade. 
CONDIÇÃO DO ASILADO
 
- Diplomático: quando o requerente está em país estrangeiro e pede asilo à embaixada brasileira 
Territorial: quando o requerente está em território nacional. 
Fica sujeito aos direitos impostos pelo Direito Internacional, além das impostas pelo governo brasileiro.
O asilado não pode sair do país sem autorização.
DO REGISTRO E SUAS ALTERAÇÕES
Estrangeiro:	-> Permanente; 
			-> Temporário; 
			-> Asilado.
Registro é feito no Ministério da Justiça, com a Polícia Federal.
		-> Visto Diplomático (Oficial ou Cortesia): 
Registro é feito no Ministério das Relações Exteriores.
DA SAÍDA E DO RETORNO
Podem sair e retornar sem prejuízo do registro.
	
	Estrangeiro de país limítrofe nos casos de:
	 a) atividade remunerada; 
	 b) frequentar estabelecimento de ensino.
Os demais podem sair e retornar sem prejuízo do registro dentro do prazo inicialmente autorizado.
PRAZO
Aumento de prazo: Competência do Ministério da Justiça.
- De turista (até 90 dias);
- Temporário: ->viagem de negócios (até 02 anos);
	 -> artista/desportista (até 90 dias); 
	
Visto diplomático (Oficial ou Cortesia): 
Competência do Ministério das Relações Exteriores.
TRANSFORMAÇÃO DO VISTO/ LEGALIZAÇÃO
Em temporário:
- Profissional sob regime de contrato ou a serviço do Governo Brasileiro;
- Estrangeiro na condição de categoria religiosa (exige 02 anos de residência).
Não há transformação PERMANENTE:
	> turistas
	> temporários nas seguintes condições: 
		a) viagem cultural; 
		b) estudantes;
		c) correspondentes de meios comunicativos;
Não há legalização:
	a) clandestinos
	b) irregulares
CANCELAMENTO DO REGISTRO
Caso o estrangeiro:
a) obtenha naturalização;
b) expulsão decretada;
c) renunciar o direito de retorno de forma expressa;
d) permanecer ausente por mais de dois anos;
RESTABELECIMENTO DO REGISTRO/ DOCUMENTOS
Pode ser restabelecido o registro de estrangeiro que:
a) não tiver sido expulso
Via documento de entrada e saída.
Documentos de Viagem:
		a) Passaporte
		b) laissez-passer 
	
-> (comum quando não há relação diplomática entre os países).
O ESTATUTO DO ESTRANGEIRO E AS MEDIDAS COMPULSÓRIA DE DEPORTAÇÃO, EXPULSÃO E EXTRADIÇÃO
DEPORTAÇÃO
Entre as formas coercitivas de retirada do estrangeiro do Brasil, temos a deportação, regulada nos artigos 57 a 64 da Lei 6815/80 e artigos 98 e 99, do respectivo Decreto de regulamentação. 
A deportação consiste em fazer sair do território brasileiro o estrangeiro que nele tenha entrado clandestinamente ou nele permaneça em situação de irregularidade legal, se do País não se retirar voluntariamente dentro do prazo que lhe for fixado (art. 57).	
Segundo estabelece o art. 98, do Decreto 86.715/81, o estrangeiro que entrou ou se encontra em situação irregular no país, será notificado pela Polícia Federal, que lhe concederá um prazo variável entre um mínimo de três e máximo de 8 dias, conforme o caso, para retirar-se do território nacional. Se descumprido o prazo, o Departamento de Polícia Federal promoverá a imediata deportação.
Vale ressaltar que a deportação só ocorrerá se o estrangeiro não se retirar voluntariamente depois de haver recebido a notificação da autoridade competente. A retirada voluntária é, pois, o elemento que diferencia, fundamentalmente, a deportação dos outros dois meios de afastamento compulsório, a expulsão e a extradição.
 
A deportação afasta o estrangeiro do país, mas não impede seu regresso, de forma regular. Exige-lhe a Lei 6815/80 que para retornar ao Brasil, o deportado deverá ressarcir ao Governo brasileiro as despesas efetuadas com sua deportação.
No que tange ao país de destino, a Lei 6815/80, art. 58, parágrafo único: “A deportação far-se-á para o país de nacionalidade ou de procedência do estrangeiro, ou para outro que consinta em recebê-lo”. Dá-se direito de opção ao deportando.
EXPULSÃO
A expulsão do
estrangeiro que se encontre em território brasileiro está disciplinada na Lei 6815/80, nos artigos 65 a 75 e no Decreto 86.715/81, art. 100 a 109.
O artigo 65 (Lei 6815/80) determina: “É passível de expulsão o estrangeiro que, de qualquer forma, atentar contra a segurança nacional, a ordem política ou social, a tranquilidade ou moralidade pública e a economia popular, ou cujo procedimento o torne nocivo à conveniência e aos interesses nacionais”.
Mas, não se esgotam ali as causas de expulsão, sendo igualmente passível de deportação, o estrangeiro que (parágrafo único do art. 65):
a)“praticar fraude a fim de obter sua entrada ou permanência no Brasil;
b) havendo entrado no território nacional com infração à lei, dele não se retirar no prazo que lhe for determinado, não sendo aconselhável a deportação;
c) entregar-se à vadiagem ou à mendicância; ou
d) desrespeitar proibição especialmente prevista em lei para estrangeiro”.
O estrangeiro legalmente expulso do país, pela autoridade competente, que retorna e adentra o território nacional cometerá esse crime. Mas, caso a expulsão tenha sido ilegal o delito não subsiste. E se nenhum país aceitar o ingresso do expulso indesejável, a única solução é regressar para o território nacional.
EXTRADIÇÃO
A extradição é o ato pelo qual um Estado faz a entrega, para fins de ser processado ou para a execução de uma pena, de um indivíduo acusado ou reconhecido culpável de uma infração cometida fora de seu território, a outro Estado que o reclama e que é competente para julgá-lo e puni-lo.
 
A extradição está definida nos artigos 76 a 94 do Estatuto do Estrangeiro, e constitui uma faculdade do País concedê-la (“poderá ser”), como se depreende do art.76: “A extradição poderá ser concedida quando o governo requerente se fundamentar em tratado, ou quando prometer ao Brasil a reciprocidade”. Baseia-se, pois, em pedido de governo estrangeiro, fundamentado em tratado existente com o Brasil ou em compromisso de reciprocidade. 
A legislação brasileira é taxativa quanto às situações em que a extradição não será concedida (art. 77):
I – se tratar de brasileiro, salvo se a aquisição dessa nacionalidade se verificar após o fato que motivar o pedido;
II – quando o fato que está à base do pedido não for crime no Brasil ou no Estado requerente;
III – nos casos em que o Brasil for competente, segundo suas leis, para julgar o crime imputado ao extraditando
IV – se a pena imposta pela lei brasileira para o crime for igual ou inferior a um ano;
V – no caso em que o extraditando estiver respondendo processo ou já houver sido condenado ou absolvido no Brasil pelo mesmo fato em que se funda o pedido de extradição;
VI – quando estiver a extinta a punibilidade pela prescrição de acordo com a lei brasileira ou a do Estado requerente;
VII – se o for pedida com base em crime político; mas essa exceção não impedirá a extradição, quando o crime comum, conexo ao delito político, constituir o fato principal;
VIII – se o extraditando tiver que responder, no Estado requerente, perante um Tribunal ou Juízo de Exceção.
Cesare Batisti
Um caso recente sobre extradição, que tem sido colocado muito na mídia, é o de Cesare Battisti, ex-ativista italiano. A Itália pediu ao Brasil para extraditar Cesare Battisti, para que na Itália ele possa cumprir a pena que lhe foi imposta na condenação. Ele foi condenado por quatro homicídios que praticou na época que integrava a organização PAC (Proletários Armados para o Comunismo).
DIREITOS E DEVERES 
DOS ESTRANGEIROS
NATURALIZAÇÃO
INFRAÇÕES, PENALIDADES
 E SEU PROCEDIMENTO
DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
NOVA LEI DA MIGRAÇÃO
PLS 288/2013
Aprovada em 21/05/2015
O Estatuto do Estrangeiro é uma herança da ditadura civil-militar.
Redução da burocracia para a acolhida de estrangeiros vindos de países em situação de instabilidade institucional, guerra, calamidades ou graves violações de direitos humanos. Todas essas opções garantirão vistos temporários aos estrangeiros que buscarem asilos no país.
Proibida a concessão de asilo para aqueles estrangeiros que tenham cometido os crimes de genocídio, de guerra ou contra a humanidade.
 Brasileiros que residem fora do país e que desejam voltar a residir no Brasil podem trazer bens sem que sejam cobradas tarifas de importação e taxas aduaneiras.

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