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Comércio Exterior

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Prévia do material em texto

EA
D
2
Mercado Internacional: 
Protecionismo e 
Blocos Econômicos
1. OBJETIVOS
•	 Compreender	as	preferências	comerciais,	as	práticas	des-
leais	de	comércio	e	os	mecanismos	de	defesa	comercial.
•	 Conhecer	os	principais	blocos	econômicos.
2. CONTEÚDOS
•	 Protecionismo:	barreiras	ao	livre-comércio.
•	 Defesa	comercial:	dumping,	subsídios	e	salvaguardas.
•	 Acordos	comerciais	e	formação	de	blocos	econômicos.
•	 Principais	blocos	econômicos	e	suas	fases	de	integração.
3. ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO DA UNIDADE
Antes	de	dar	 início	ao	estudo	desta	unidade,	é	 importante	
que	você	leia	as	orientações	a	seguir:
© Comércio Exterior68
1)	 Leia	 os	 livros	 da	 bibliografia	 indicada,	 para	 que	 você	
amplie	seus	horizontes	teóricos.	Coteje	com	o	material	
didático	e	discuta	a	unidade	com	seus	colegas	e	com	o	
tutor.	Pesquise	novas	fontes	e	troque	experiências	com	
seus	colegas	e	tutor,	pois	toda	experiência	é	bem-vinda	
e	ajudará	no	aprendizado.
2)	 As	explanações	acerca	dos	blocos	econômicos	apresen-
tadas	 são	 sucintas,	 em	 virtude	 das	 limitações	 de	 seu	
programa.	Entretanto,	não	se	limite:	procure	mais	infor-
mações	a	respeito	de	tais	blocos	e	de	outros	blocos	não	
abordados	aqui.
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Na	unidade	anterior,	 estudamos	os	 conceitos	 relacionados	
ao	comércio	internacional	e	os	organismos	a	ele	vinculados.
Nesta	unidade,	vamos	estudar	as	práticas	desleais	de	comér-
cio	 e	os	mecanismos	de	defesa	 comercial	 e	 compreender	 como	
ocorrem	as	preferências	comerciais.	Veremos,	também,	os	princi-
pais	blocos	econômicos.
Comecemos,	então!
5. DOUTRINAS E BARREIRAS AO COMÉRCIO INTER-
NACIONAL
Duas	 foram	 as	 doutrinas	 que	 influenciaram	 o	 desenvolvi-
mento	do	comércio	internacional:	a	do	livre-cambismo	e	a	do	pro-
tecionismo.
No	livre-cambismo,	a	liberdade	de	comércio	permite	a	dis-
tribuição	da	produção	conforme	a	disponibilidade	dos	recursos	na-
cionais,	propiciando	a	especialização	 internacional	e	permitindo,	
também,	a	ampliação	dos	mercados.
No	protecionismo,	há	o	cerceamento	à	liberdade	de	comér-
cio.	Seus	defensores	afirmam	que	todo	país	em	processo	de	evolu-
Claretiano - Centro Universitário
69© U2 - Mercado Internacional: Protecionismo e Blocos Econômicos
ção	industrial,	por	exemplo,	deve	proteger	seu	mercado	interno	com	
a	finalidade	de	propiciar	o	crescimento	de	seu	parque	industrial.
Essas	duas	doutrinas	são	utilizadas	de	forma	alternada,	con-
forme	o	interesse	do	país	em	determinada	etapa	de	sua	vida	econô-
mica.	Todavia,	a	realidade	mundial	é	a	do	protecionismo.	Mesmo	os	
países	que	defendem	o	livre	mercado	e	a	circulação	sem	restrição	
de	bens	e	de	serviços	são,	atualmente,	os	mais	protecionistas.
Protecionismo
Nas	últimas	décadas,	houve	o	grande	desenvolvimento	do	
comércio	de	produtos	manufaturados	entre	as	nações,	porém	com	
pequena	participação	dos	países	em	desenvolvimento.
Para	 dinamizar	 as	 exportações,	 esses	 países	 começaram	 a	
aplicar	diferentes	políticas	econômicas;	eles	intensificam	suas	ven-
das	externas	de	produtos	onde	há	a	predominância	de	matéria-
-prima	abundante	e	de	mão	de	obra	barata.	
Essa	política	dos	países	em	desenvolvimento,	de	participar	
no	comércio	ativa	e	agressivamente,	leva	os	países	desenvolvidos	
a	utilizarem	barreiras	tarifárias	e	não	tarifárias,	afetando	as	expor-
tações	daqueles	países.
Assim,	o	protecionismo	acontece	por	 ação	do	Estado,	que	
passa	 a	 agir	 de	 forma	bastante	 intervencionista	 na	 política	 eco-
nômica.	 É	 por	 isso	 que	 ele	 constitui	 instrumento	 determinante	
no	que	chamamos	"barreiras	ao	comércio	internacional".	Ao	con-
trário	do	que	muitos	afirmam,	o	protecionismo	é	um	expediente	
muito	usado	atualmente	pelos	considerados	países	desenvolvidos,	
que	criam,	constantemente,	barreiras	aos	produtos	importados.
O	protecionismo	está	presente	na	dinâmica	do	comércio	inter-
nacional	de	diversas	maneiras,	mas,	basicamente,	sob	duas	formas:
•	 de	barreiras	tarifárias;	e	
•	 de	barreiras	não	tarifárias.	
Veremos	cada	uma	delas,	mais	detalhadamente,	a	seguir.
© Comércio Exterior70
Barreiras tarifárias (alfandegárias)
Constitui	 o	 grupo	das	barreiras	 tarifárias	 ou	 alfandegárias:	
os	impostos,	as	taxas	e	as	tarifas	de	importação	estabelecidas	pelo	
governo	para	os	produtos	 importados.	Podem	ser	gradualmente	
aumentados	conforme	os	interesses	do	país.
Esse	mecanismo	não	proíbe	a	importação	de	produtos,	mas	
cria	dificuldades	com	suas	tarifas	altas,	levando	tais	produtos	a	se-
rem	internamente	comercializados	por	preços	elevados.
Referente	às	barreiras	tarifárias,	Maia	(2007,	p.	208)	diz:
Há	barreiras	necessárias	e	 também	barreiras	 inaceitáveis.	As	ne-
cessárias	são	implantadas	quando	a	produção	nacional	está	sendo	
agredida	por	empresas	do	exterior	com	a	finalidade	de	destruir	a	
produção	nacional	e	os	empregos.	Até	os	defensores	do	imposto	
único	admitem	a	necessidade	de	ser	mantido	o	imposto	aduaneiro,	
com	o	fim	exclusivo	de	proteger	a	produção	nacional.
De	qualquer	maneira,	há	um	esforço	mundial	para	a	redução	
dessas	barreiras	tarifárias,	e	elas	têm	sofrido	uma	progressiva	re-
dução	desde	a	criação	do	GATT.
Como	exemplos	de	barreiras	tarifárias	ou	alfandegárias,	te-
mos	os	impostos	de	importação	e	as	tarifas,	bem	como	outras	ta-
xas	e	outros	procedimentos	de	valoração	aduaneira.
Barreiras não tarifárias
As	barreiras	não	tarifárias	são	as	chamadas,	atualmente,	"novas	
barreiras"	ao	comércio	 internacional.	Elas	"são	restrições	à	entrada	
de	mercadorias	importadas	que	possuem	como	fundamento	requisi-
tos	técnicos,	sanitários,	ambientais,	laborais,	restrições	quantitativas	
(quotas	e	contingenciamento	de	importação)"	(ICONE,	2012).
Essas	barreiras	são	diferentes	das	tarifárias,	que,	por	sua	vez,	se	
baseiam	na	imposição	de	tarifas	aos	produtos	importados.	Portanto:
Qualquer	governo	pode	estabelecer	normas e regulamentos técni-
cos,	bem	como	normas sanitárias e fitossanitárias (aplicável	a	es-
pécies	vegetais	importadas)	que,	na	prática,	impeçam	a	importação	
de	certos	produtos.	Pode,	também,	tornar	mais	difíceis	os	procedi-
Claretiano - Centro Universitário
71© U2 - Mercado Internacional: Protecionismo e Blocos Econômicos
mentos	ou	impor	quotas	de	importação,	por	país	ou	por	produto.	
Todas	essas	práticas	correspondem	a	barreiras	não	tarifárias	(FIESP;	
CIESP,	2003,	p.	20).
As	principais	barreiras	não	tarifárias	são	as	barreiras técni-
cas,	as	barreiras sanitárias e fitossanitárias,	as	quotas de impor-
tação	e	as	licenças de importação e de exportação.	
A	seguir,	observe	uma	breve	explanação	a	respeito	de	cada	
uma	delas.
Barreiras	técnicas
Conforme	conceituado	pela	Organização	Mundial	do	Comér-
cio	(OMC)	e	praticado	pelo	Inmetro,	barreiras	técnicas:
[...]	são	barreiras	comerciais	derivadas	da	utilização	de	normas	ou	
regulamentos	 técnicos	não	transparentes	ou	não	embasados	em	
normas	internacionalmente	aceitas	ou,	ainda,	decorrentes	da	ado-
ção	de	procedimentos	de	avaliação	da	conformidade não	transpa-
rente	 e/ou	 demasiadamente	 dispendiosos,	 bem	 como	 de	 inspe-
ções	excessivamente	rigorosas	(INMETRO,	2012a).
As	normas técnicas,	às	quais	se	refere	a	citação,	são	padrões	ela-
borados	por	organismos	internacionais	privados,	como	a	International 
Organization for Standardization (ISO),	que	podem	ser	voluntariamente	
cumpridas	pelos	países,	enquanto	os	regulamentos técnicos	são	regras	
elaboradas	pelos	governos,	que	são	de	cumprimento	obrigatório.
Para	garantir	a	qualidade	dos	produtos	e	dos	serviços	inter-
nacionalmente	comercializados,	os	países	adotam	a	avaliação de 
conformidade.
Segundo	o	Inmetro	(2012b),	avaliação	de	conformidade	é	o:
Processo	sistematizado,	acompanhado	e	avaliado,	de	forma	a	pro-
piciar	adequado	grau	de	confiança	de	que	um	produto,	processo	
ou	serviço,	ou	ainda	um	profissional,	atende	a	requisitos	pré-esta-belecidos	em	normas	e	regulamentos	técnicos	com	o	menor	custo	
para	a	sociedade.
Ressaltamos	que	tais	normas	e	regulamentos	foram	criados	
com	o	objetivo	de	harmonizar	a	qualidade,	a	segurança	e	as	espe-
cificações	dos	produtos	e	dos	serviços	a	serem	importados,	con-
© Comércio Exterior72
forme	o	pactuado	por	meio	do	Acordo	sobre	Barreiras	Técnicas,	
ainda	no	GATT,	na	rodada	de	Tóquio	(1973-1979),	e	reformulado	
pela	OMC,	em	1995,	em	um	documento	chamado	TBT	Agreement	
(Technical Barriers to Trade	ou	Acordo	sobre	Barreiras	Técnicas	ao	
Comércio).
Nesse	acordo,	os	países	mais	desenvolvidos	se	compromete-
ram	a	desenvolver	programas	de	cooperação	técnica	com	os	paí-
ses	menos	desenvolvidos	para	transferir	tecnologia	e	experiência	
às	áreas	de	metrologia	legal	e	industrial.
Conforme	esclarece	Segre	(2006,	p.	32):
É	importante	observar	que	as	normas	e	os	regulamentos	técnicos	
não	são	barreiras	comerciais.	Entretanto,	as	barreiras	técnicas	po-
dem	 assumir	 caráter	 protecionista,	 não	 apresentar	 a	 necessária	
transparência	ou	 impor	procedimentos	morosos	ou	dispendiosos	
para	avaliação	de	conformidade.
Esses	são	alguns	exemplos	de	barreiras	técnicas	na	história:
•	 A	 tarifa	 estabelecida	 pelos	 Estados	 Unidos	 para	 impor-
tação	 de	 abacaxi	 não	 constitui	 elemento	 impeditivo	 à	
entrada	do	produto	naquele	país.	Mas,	só	quem	produz	
abacaxi	com	o	grau	de	acidez	 igual	ao	do	Havaí	(grande	
fornecedor	desse	fruto	para	os	Estados	Unidos)	pode	ex-
portar	para	os	Estados	Unidos.
•	 Para	 que	 as	 bananas	 importadas	 pudessem	 entrar	 na	
União	Europeia,	elas	deveriam	ter,	pelo	menos,	14	cen-
tímetros	de	 comprimento	e	2,7	 centímetros	de	 largura.	
Esta	barreira	foi	caracterizada	hilariante	e	injustificável.
Barreiras	sanitárias	e	fitossanitárias
De	acordo	com	Icone	(2012):
Uma	medida	sanitária	é	uma	barreira	não	tarifária	que	visa	prote-
ger	a	vida	e	a	saúde	humana	e	animal,	de	riscos	oriundos	de	conta-
minantes,	aditivos,	toxinas,	agrotóxicos,	doenças,	pestes	e	organis-
mos	causadores	de	doenças	(ex.:	o	estabelecimento	de	limites	de	
resíduos	nos	alimentos	e	a	proteção	dos	rebanhos	de	gado	contra	a	
possibilidade	da	contaminação	pela	doença	da	vaca	louca).	Já	uma	
Claretiano - Centro Universitário
73© U2 - Mercado Internacional: Protecionismo e Blocos Econômicos
medida	fitossanitária	é	uma	barreira	não	tarifária	que	objetiva	pro-
teger	as	plantas	e	as	frutas	de	doenças	e	pestes	(ex.:	a	proteção	das	
plantações	de	maçãs	e	mangas	contra	pestes	e	doenças).	
As	barreiras	sanitárias	e	fitossanitárias	são	reguladas,	no	âm-
bito	da	OMC,	pelo	Acordo	Sanitary and Phytosanitary Measures	
ou	Aplicação	de	Medidas	Sanitárias	e	Fitossanitárias	(SPS).	Estão	
em	vigor	no	Brasil	desde	a	promulgação	do	Decreto	nº	1.355,	de	
30/12/1994.	
Conforme	o	referido	Acordo	SPS	em	seu	artigo	2:
1.	Os	Membros	têm	o	direito	de	adotar	medidas	sanitárias	e	fitos-
sanitárias	 para	 a	 proteção	da	 vida	ou	 saúde	humana,	 animal	 ou	
vegetal,	desde	que	tais	medidas	não	sejam	incompatíveis	com	as	
disposições	do	presente	Acordo	(ITAMARATY,	2012).	
Com	fundamento	nos	artigos	2,	5	e	7	do	Acordo	SPS,	a	aplica-
ção	dessa	medida	deve	apenas	ser	realizada	quando	for	necessário	
para	proteger	a	vida	ou	a	saúde	humana,	animal	ou	vegetal.	Ela	
deve	ser	baseada	em	princípios	científicos,	exceto	nas	 situações	
em	que	não	 for	possível	 auferir	o	 risco	com	base	nos	princípios	
científicos	conhecidos,	casos	esses	em	que	deverá	ser	utilizada	a	
melhor	informação	disponível;	não	deve	ser	utilizada	de	forma	dis-
criminatória,	isto	é,	com	arbitrariedade	ou	sem	justificação;	e	não	
deve	ser	aplicada	a	fim	de	constituir	restrição	velada	ao	comércio	
internacional.	
O	grande	problema	na	aplicação	de	medidas	sanitárias	e	fi-
tossanitárias	tem	sido	determinar	quando	esta	é	legítima	ou	não,	
pois	essa	forma	de	proteção	à	saúde	pública	pode	dar	margem	a	
um	protecionismo	disfarçado.
Vários	 são	os	 casos	 trazidos	 ao	Órgão	de	 Solução	de	Con-
trovérsias	da	OMC	em	que	são	alegadas	infrações	às	disposições	
do	 acordo.	 Embora	muitos	 desses	 casos	 de	 alegada	 violação	 ao	
Acordo	SPS	não	estejam	entre	as	causas	mais	comuns	de	disputas	
na	OMC,	que	é	amplamente	dominado	pela	análise	de	subsídios	e	
de	dumping,	algumas	decisões	já	começam	a	criar	case law	(juris-
prudência).
© Comércio Exterior74
Conforme	o	artigo	3	do	Acordo	SPS,	a	aplicação	dessas	me-
didas	sanitárias	e	fitossanitárias	deve	considerar	uma	análise	dos	
riscos	à	vida	ou	à	saúde	humana,	animal	ou	vegetal	e	as	evidências	
científicas	disponíveis,	além	de	considerações	de	natureza	econô-
mica,	como	a	relação	entre	o	dano	econômico	causado	e	a	medida	
aplicável	(princípio	da	proporcionalidade).
O	Acordo	SFS	prevê,	ainda,	a	obrigação	de	serem	levadas	em	
consideração	as	necessidades	especiais	dos	países	em	desenvol-
vimento	e	de	menor	desenvolvimento	relativo.	Em	seu	artigo	11,	
ele	coloca	que	as	controvérsias	serão	analisadas	pelo	Órgão	de	So-
lução	de	Controvérsias,	e	há	previsão	de	um	waiver,	 isto	é,	uma	
renúncia	−	a	não	aplicação	do	acordo	−,	de	cinco	anos	aos	países	
de	menor	desenvolvimento.
Assim,	 as	 diversas	 alegações	 recíprocas	 de	 infrações	 ao	
Acordo	SFS	são,	apenas,	a	nova	faceta	do	contencioso	comercial	
internacional.	Como	a	aplicação	de	tarifas	ad valorem	 se	tornou	
praticamente	impossível,	pois	sua	contestação	tende	a	ser	quase	
que	 imediata	pelos	membros	afetados,	não	restou	aos	governos	
nenhuma	outra	alternativa	senão	aplicar	de	forma	ilícita	medidas	
não	tarifárias.
O que são tarifas ad valorem? –––––––––––––––––––––––––
"É a tributação que se faz de acordo com o valor da mercadoria importada, e não 
por seu volume, peso, espécie ou quantidade. É usada geralmente por ser trans-
parente, acompanhando a evolução dos preços, e não discriminatória" (PLANAL-
TO, 2012).
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
A	prática	tem	mostrado	que,	embora	não	tenha	sido	esse	o	
objetivo	do	Acordo	SFS,	a	complexidade	da	medida	sanitária	ou	fi-
tossanitária,	bem	como	as	diversas	etapas	de	aplicação	e	os	reque-
rimentos	que	deve	seguir,	tem	servido	muito	mais	para	dificultar	
seu	questionamento	do	que	para	regular	sua	aplicação.
As	discussões	em	andamento	na	rodada	do	milênio	−	a	Roda-
da	Doha	−	não	preveem	negociações	destinadas	a	mudar	o	acordo;	
Claretiano - Centro Universitário
75© U2 - Mercado Internacional: Protecionismo e Blocos Econômicos
ao	contrário	do	que	desejava	a	União	Europeia,	é	bastante	prová-
vel	que	o	contencioso	do	Acordo	SFS	na	OMC	continue	crescente.
Quotas	de	importação
As	quotas	de	importação	são	as	formas	mais	simples	de	restrição	
quantitativa.	Consistem	na	limitação	da	quantidade	de	produto	impor-
tado	a	um	valor	preestabelecido,	o	que	obriga	o	país	a	criar	um	controle,	
que	geralmente	é	feito	por	meio	da	emissão	de	licença	de	importação.
Segundo	Maia	(2007,	p.	217):
Alguns	economistas	acham	que	esse	sistema	oferece	mais	vanta-
gens	do	que	a	restrição	por	meio	de	barreiras	alfandegárias.	 Isso	
porque,	pelas	quotas,	há	uma	limitação	precisa	da	quantidade	ou	
do	valor	das	mercadorias	importadas;	o	sistema	de	barreiras	alfan-
degárias	 limita	sem	estabelecer	precisamente	a	quantidade	ou	o	
valor	que	será	importado.
Um	aspecto	importante	a	respeito	das	quotas	de	importação	
é	o	fato	de	que	elas	não	oneram	o	produto	importado,	diferente-
mente	das	barreiras	tarifárias.
Observe	este	 exemplo	de	 funcionamento	da	quota	de	 im-
portação:	o	país	 "A"	estabelece	que,	durante	o	ano	vigente,	 so-
mente	poderão	ser	importados	um	milhão	de	toneladas	de	fios	de	
algodão	do	Brasil.	Isto	é	uma	restrição	quantitativa.
A	quota	poderia	ser	estabelecida	de	forma	diferente.	Nesse	
exemplo,	em	vez	de	o	país	"A"	estabelecer	um	milhão	de	toneladas	
de	fios,	 ficaria	a	quota	em	valor	e	a	 importação	ficaria	restrita	a	
US$	50	milhões.	Obviamente,a	quota	que	fica	é	inferior	ao	mon-
tante	que	seria	importado	se	não	houvesse	nenhuma	restrição.
Licenças	de	importação	e	exportação
Maia	 (2007,	p.	216)	diz	que	"quando	um	país	enfrenta	es-
cassez	 de	 divisas,	 pode	 controlar	 a	 importação	 e	 a	 exportação	
mediante	a	emissão	de	 licenças".	Assim,	 com	esse	 instrumento,	
o	governo	autoriza,	somente,	a	importação	de	artigos	essenciais.
© Comércio Exterior76
No	caso	das	licenças	para	a	importação,	estas	se	tratam	de	
um	procedimento	 administrativo	 que	 requer	 a	 apresentação	 de	
uma	solicitação	ou	outra	documentação	(diferente	da	necessária	
para	efeitos	de	despacho	aduaneiro)	ao	órgão	administrativo	per-
tinente,	como	uma	condição	prévia	para	efetuar	a	importação	de	
mercadorias.
Quanto	às	licenças	de	importação,	estas	são	praticadas	em	
duas	modalidades:
•	 Licença de importação automática:	é	a	modalidade	em	
que	a	aprovação	do	pedido	é	concedida	em	todos	os	ca-
sos	e	não	é	administrada,	de	modo	a	exercer	efeitos	res-
tritivos	 às	 importações	 −	 objeto	 de	 licença	 automática.	
São	usadas,	apenas,	para	registro	de	estatísticas.
•	 Licença de importação não	automática:	é	a	 licença	que	
não	se	ajusta	à	definição	de	licença	automática	de	impor-
tação.	É	usada	para	administrar	 restrições	ao	comércio,	
por	exemplo,	de	quantidade,	quando	justificada	no	con-
texto	jurídico	do	comércio	internacional.
Nas	exportações,	as	licenças	podem	ser	requeridas	pelo	go-
verno	quando	houver	o	perigo	de	faltar	matéria-prima	no	país	ou	
mesmo	de	outros	produtos	com	valor	agregado.	Para	o	país	não	
ficar	dependente	de	futuras	importações,	controla-se	o	que	se	ex-
porta	com	licenças	de	exportação.	
6. DEFESA COMERCIAL
É	essencial	conhecer	os	acordos	internacionais	de	comércio,	
exigir	sua	aplicação	justa	e	zelar	pelas	exportações.	É	imperioso	ado-
tá-los	de	modo	correto	e	eficaz	na	vertente	das	importações,	cum-
prindo	procedimentos	e	regras,	a	fim	de	garantir	à	indústria	nacional	
o	acesso	pleno	aos	efeitos	das	medidas	de	defesa	comercial.
As	medidas	de	defesa	comercial	mais	adotadas	pelos	países,	
especialmente	pelo	Brasil,	são:
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77© U2 - Mercado Internacional: Protecionismo e Blocos Econômicos
•	 Medidas	antidumping;
•	 Medidas	compensatórias	(countervailing duties);
•	 Medidas	de	salvaguardas.
Vamos	conhecer	cada	uma	delas.
Medidas antidumping
O	 dumping	 é	 a	 prática	 desleal	 do	 comércio	 internacional,	
condenada	pela	OMC	por	ser	uma	das	formas	de	entrave	ao	livre-
-comércio.	Essa	prática	consiste	na	venda	de	produtos	por	preços	
abaixo	do	seu	custo	efetivo	de	produção.	Veja	este	esquema:
DUMPING	=	PREÇO	DE	EXPORTAÇÃO	<	VALOR	NORMAL
O	dumping	 tem	por	objetivo	a	destruição	do	 concorrente,	
tornando-se	 seu	praticante	dono	do	mercado	e	podendo,	desse	
modo,	impor	preços	e	condições	que	lhe	sejam	favoráveis.
A	OMC	é	o	organismo	competente	para	o	 julgamento	dos	
processos	que	envolvem	essas	práticas.	Nos	casos	em	que	elas	fi-
cam	efetivamente	constatadas,	autoriza-se	os	países	onde	estão	
localizadas	as	empresas	prejudicadas	a	adotar	taxas	antidumping 
(antidumping duties).	 Esse	direito	antidumping	 será	baseado	na	
diferença	 entre	 o	 preço	 de	 exportação	 praticado	 por	 aquela(s)	
empresa(s)	e	o	valor	normal	das	vendas	em	seu	país	de	origem.
As	medidas	antidumping	objetivam	evitar	que	os	produtos	
nacionais	sejam	prejudicados	por	importações	realizadas	a	preços	
de	dumping.	No	Brasil,	compete	à	Secretaria	de	Comércio	Exterior	
a	decisão	sobre	a	abertura	de	investigação	e	o	início	do	processo	
de	revisão	do	direito	definitivo	ou	de	compromisso	de	preço.
Medidas compensatórias (countervailing duties)
As	medidas	compensatórias	ou	countervailing duties	visam	
neutralizar	os	efeitos	danosos	que	alguns	produtos	estrangeiros,	
© Comércio Exterior78
subsidiados	em	seus	países	de	origem,	possam	causar	à	produção	
doméstica	ao	serem	importados.
É	possível	definir	os	subsídios	como	concessões	de	benefício	
em	razão	das	seguintes	hipóteses:
•	 Que	haja,	no	país	exportador,	quaisquer	 formas	de	sus-
tentação	de	renda	ou	de	preços	que	contribuam,	direta	
ou	indiretamente,	para	aumentar	as	exportações	ou	para	
reduzir	as	importações	de	qualquer	produto.
•	 Que	haja	contribuição	financeira	por	um	governo	ou	por	um	
órgão	público	no	interior	do	território	do	país	exportador.
Entretanto,	 da	 mesma	 forma	 que	 o	 dumping,	 o	 subsídio,	
quando	destinado	à	exportação,	é	uma	prática	desleal	de	comércio.
Muitas	vezes,	o	subsídio	é	destinado	à	produção	de	merca-
dorias	para	consumo	interno,	pois,	sem	esse	auxílio,	a	produção	
nacional	não	terá	condições	de	competir	com	a	produção	estran-
geira.	Os	subsídios	são	sustentados	por	meio	de	impostos,	oneran-
do	o	consumidor.
Os	subsídios	são	mais	prejudiciais	do	que	proveitosos,	 tra-
zem	como	consequência	o	obsoletismo	da	produção	nacional	em	
virtude	da	proteção	oferecida.
Da	mesma	forma	que	ocorre	com	as	medidas	antidumping,	
não	basta	provar	que	há	subsídios.	É	necessário	demonstrar	que	
as	importações	do	produto	subsidiado	estão	causando	danos	à	in-
dústria	doméstica.	
Determinando	 a	 existência,	 o	 grau	 e	 o	 efeito	 de	 qualquer	
subsídio	alegado,	sua	investigação	será	conduzida	de	acordo	com	
as	 normas	 da	OMC,	 garantindo-se	 a	 transparência	 na	 condução	
do	processo	e	a	ampla	oportunidade	de	defesa	a	todas	as	partes	
interessadas.	As	investigações	terão	o	prazo	de	um	ano,	contado	
desde	sua	abertura,	para	serem	concluídas.	Excepcionalmente,	o	
prazo	poderá	ser	estendido	para	18	meses.
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79© U2 - Mercado Internacional: Protecionismo e Blocos Econômicos
O	direito compensatório	é	a	taxa	imposta	às	importações	dos	
produtos	beneficiados	por	 subsídio	acionável,	que	 tem	por	 finali-
dade	neutralizar	o	dano	causado	à	 indústria	doméstica.	Essa	 taxa	
deverá	ser	igual	ou	inferior	ao	montante	do	subsídio	acionável.
Os	 direitos	 compensatórios	 e	 os	 compromissos	 permane-
cerão	em	vigor	somente	enquanto	perdurar	a	necessidade	de	se	
neutralizar	o	subsídio	causador	do	dano,	devendo	ser	extintos	em,	
no	máximo,	cinco	anos.	Todavia,	esse	prazo	poderá	ser	prorrogado	
se	ficar	provado	que	sua	extinção	poderá	levar	à	continuação	ou	à	
retomada	do	subsídio	e	do	dano	decorrente	dele.
Compete	à	Secretaria	do	Comércio	Exterior,	do	Ministério	do	
Desenvolvimento,	Indústria	e	Comércio	Exterior,	a	decisão	sobre	a	
abertura	da	investigação	e	o	início	do	processo	de	revisão	do	direi-
to	definitivo	ou	de	compromisso.
Medidas de salvaguardas
As	medidas	de	salvaguardas	são	medidas	de	urgência,	adota-
das	para	aumentar,	temporariamente,	a	proteção	a	uma	indústria	
nacional	que	esteja	sofrendo	prejuízo	grave	ou	ameaça	de	prejuízo	
grave	por	causa	do	aumento,	em	quantidade,	das	importações	que	
podem	causar	danos	em	termos	absolutos	ou	em	relação	à	produ-
ção	nacional.
Por	exemplo:	um	produtor	nacional	que	considerar	que	suas	
vendas	no	mercado	 interno	estão	sendo	prejudicadas	por	deter-
minadas	 importações	 de	 certo	 produto	 semelhante	 e	 que	 tiver	
conhecimento	de	que	essas	vendas	se	realizam	em	condições	des-
leais,	terá	o	direito	de	solicitar	aos	órgãos	oficiais	medidas	de	pro-
teção	para	sua	indústria,	com	o	intuito	de	que,	durante	o	período	
de	vigência	das	medidas,	a	indústria	doméstica	se	ajuste	e	aumen-
te	sua	competitividade.
A	salvaguarda	será	precedida	de	investigações	e	terá,	inicial-
mente,	um	prazo	de	vigência	de	até	quatro	anos.
© Comércio Exterior80
Uma	ressalva:	ao	estudarmos	o	protecionismo	e	a	defesa	co-
mercial,	podemos	perceber	dois	aspectos,	aparentemente	contra-
ditórios:	a	necessidade	do	controle	restritivo	das	importações	e	a	
liberdade	de	comércio	entre	os	países.	
Com	os	governos	orientando	as	transações	externas	de	acor-
do	com	as	metas	de	importação	prefixadas,	o	primeiro	gera	dificul-dades	no	relacionamento	internacional.	E	o	segundo	mostra	a	pro-
gressiva	e	crescente	interdependência	econômica	entre	as	nações.
O	 comércio	 internacional	 não	 se	 pauta,	 apenas,	 nas	me-
didas	protecionistas.	Pelos	interesses	comuns	das	nações,	estão	
sendo	 constituídos	blocos	econômicos	que	visam	a	uma	maior	
aproximação	comercial	entre	os	países	e,	em	parceria,	o	estabe-
lecimento	de	 regras	que	garantam	uma	prática	comercial	 livre,	
não	predatória,	às	indústrias	nacionais	de	cada	país	membro	do	
bloco	e,	ao	mesmo	tempo,	com	força	de	articulação	para	estra-
tégias	comuns	de	defesa	contra	produtos	oriundos	de	países	que	
sejam	 exportadores	mais	 agressivos	 ou	 detentores	 de	 práticas	
comerciais	desleais.
7. ACORDOS COMERCIAIS E FORMAÇÃO DE BLOCOS 
ECONÔMICOS
Com	 a	 globalização	 econômica,	 temos	 a	 oportunidade	 de	
presenciar	 uma	 verdadeira	 revolução	 financeira	 e	 industrial.	 Os	
continentes	 tornaram-se	um	 só	e	 as	 empresas	e	mercadorias	 já	
não	mais	possuem	sedes	ou	pátrias	bem	definidas.
Ao	mesmo	tempo,	essa	nova	realidade	mostra	aspectos	pro-
fundamente	conflitantes	no	mundo	empresarial,	como	a	existên-
cia,	dentro	de	um	mesmo	setor,	de	estruturas	produtivas	arcaicas	
concorrendo	com	estruturas	detentoras	de	 tecnologia	de	ponta.	
Isso,	no	final,	provoca	uma	competitividade	desleal,	uma	vez	que	
gera	 uma	 concentração	 tecnológica	 muito	 grande	 entre	 alguns	
países	e	profundas	assimetrias	no	desenvolvimento	das	nações.
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81© U2 - Mercado Internacional: Protecionismo e Blocos Econômicos
A	globalização	tornou-se	um	fenômeno	irreversível	e	tem	sido	
implacável,	surtindo	efeitos	predatórios	às	indústrias	nacionais.	
Assim,	 nesse	 processo	 de	 globalização,	 os	 países	 começa-
ram	a	perceber	que	as	negociações	comerciais	se	tornariam	mais	
eficientes	se	houvesse	a	aproximação	setorial	de	suas	economias,	
seja	por	meio	da	intensificação	dos	acordos comerciais,	seja	por	
meio	da	formação	de	blocos econômicos.
É	o	que	vamos	ver	a	seguir.
Acordos comerciais
Os	acordos	comerciais	são	acertos	firmados	entre	países	ou	
entre	um	país	e	uma	organização	internacional,	nos	quais	são	es-
tabelecidos	objetivos	e	período	de	vigência.
A	negociação	de	um	acordo	comercial	objetiva	a	ampliação	
do	acesso	 aos	mercados	 externos	por	meio	de	preferências	 aos	
produtos	com	capacidade	real	ou	potencial	de	exportação.
Podem	ser:
•	 Bilaterais
[...]	são	acordos	firmados	entre	dois	sujeitos	de	direito	internacio-
nal	(Estados	ou	Organizações	 Internacionais),	podendo	versar	so-
bre	os	mais	diversos	 temas,	como	cooperação	econômica	ou	se-
gurança.	Por	ser	este	um	tipo	de	acordo	em	que	estão	envolvidas	
somente	duas	partes,	sua	entrada	em	vigor	coincide	com	a	respec-
tiva	troca	dos	instrumentos	de	ratificação	pelas	partes	pactuantes	
(no	caso	dos	Estados).	Normalmente,	há	nesses	acordos	reciproci-
dade	de	concessões.	No	entanto,	podem	ser	formados	por	meio	de	
barganha,	envolvendo	elementos	de	favorecimento,	diferenciação,	
preferência	e/ou	tratamento	especial,	caracterizando-se	assim	um	
acordo	evidentemente	discriminatório	(ICONE,	2012).
•	 Multilaterais
[...]	são	acordos	firmados	por	três	ou	mais	sujeitos	de	direito	interna-
cional	no	âmbito	internacional,	podendo	versar	sobre	os	mais	diver-
sos	temas,	como	cooperação	econômica	ou	segurança.	Por	estarem	
diversas	partes	envolvidas	na	celebração	do	acordo,	sua	entrada	em	
vigor	somente	ocorre	no	momento	em	que	se	atinge	o	número	mí-
nimo	estabelecido	de	depósitos	dos	instrumentos	de	ratificação	das	
partes	pactuantes	(no	caso	dos	Estados)	[...]	(ICONE,	2012).
© Comércio Exterior82
•	 Plurilaterais
No	âmbito	da	OMC,	os	acordos	plurilaterais	são	aqueles	que	têm	
como	característica	principal	a	adesão	facultativa,	ou	seja,	são	váli-
dos	somente	para	seus	signatários.	Como	exemplos,	destacam-se	o	
Acordo	sobre	Compras	Governamentais,	o	Acordo	sobre	o	Comér-
cio	de	Aeronaves	Civis	e	o	Acordo	sobre	Produtos	de	Tecnologia	da	
Informação	(ICONE,	2012).
Essas	preferências	concedidas	nos	acordos	firmados	são	cha-
madas	preferências tarifárias	e	conhecidas	também	como	margem 
de preferência.	Elas	representam	"concessões	em	termos	percen-
tuais	e	para	produtos	específicos,	promovidas	pelos	países-membros	
de	um	determinado	acordo	comercial.	Quanto	maior	a	margem	de	
preferência,	menor	será	a	alíquota	do	Imposto	de	Importação	efeti-
vamente	cobrada"	(PLANEJANDO	A	EXPORTAÇÃO,	2012).
Considerando	 todos	 os	 acordos	 internacionais	 existentes	
que	 norteiam	 as	 relações	 comerciais	 no	mercado	 internacional,	
podemos	 citar	 dois	 deles	 como	os	mais	 abrangentes:	 o	 Sistema	
Geral	de	Preferências	e	o	Sistema	Global	de	Preferências	Comer-
ciais	entre	Países	em	Desenvolvimento.
Sistema Geral de Preferências
Os	países	desenvolvidos,	membros	da	Organização	de	Coo-
peração	e	Desenvolvimento	Econômico	(OCDE),	por	meio	de	acor-
do	aprovado	em	outubro	de	1970	pela	Junta	de	Comércio	e	De-
senvolvimento	da	Conferência	das	Nações	Unidas	sobre	Comércio	
e	Desenvolvimento	(UNCTAD),	estabeleceram	o	Sistema	Geral	de	
Preferências	 (SGP),	 mediante	 o	 qual	 concedem	 redução	 parcial	
ou	total	do	Imposto	de	Importação	incidente	sobre	determinados	
produtos,	quando	estes	forem	originários	e	procedentes	de	países	
em	desenvolvimento.
No	Brasil,	a	administração	do	SGP	é	exercida	pela	Secretaria	
de	Comércio	Exterior	do	Ministério	do	Desenvolvimento,	Indústria	
e	Comércio	Exterior,	por	meio	do	Departamento	de	Negociações	
Internacionais.
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83© U2 - Mercado Internacional: Protecionismo e Blocos Econômicos
Sistema Global de Preferências Comerciais entre Países em 
Desenvolvimento
O	Sistema	Global	de	Preferências	Comerciais	entre	Países	em	De-
senvolvimento	 (SGPC)	 foi	 criado	com	o	propósito	de	 funcionar	como	
uma	 instância	para	o	 intercâmbio	de	concessões	comerciais	entre	os	
membros	do	Grupo	dos	77,	e	pleiteia	ser	um	instrumento	para	a	promo-
ção	do	comércio	entre	os	membros	desse	grupo.	Todavia,	dos	77	países,	
apenas	40	são	participantes	do	SGPC,	entre	eles,	o	Brasil	(MDIC,	2012).	
Blocos econômicos
Os	blocos	econômicos	são	associações	de	países,	em	geral,	de	
uma	mesma	região	geográfica	ou	que	possuem	afinidades	culturais	
ou	 comerciais	 que	 estabelecem	 relações	 comerciais	 privilegiadas	
entre	si	e	que	atuam	de	forma	conjunta	no	mercado	internacional.	
Eles	consistem	em	um	processo	político,	pois	dependem	de	árduas	
negociações,	uma	vez	que	provocam	a	regionalização	da	economia.
Os	 países,	 ao	 associarem-se,	 atendem,	 objetivamente,	 ao	
desenvolvimento	do	comércio	de	sua	região.	Partem	do	princípio	
de	que	o	 fortalecimento	do	mercado	entre	eles	permite	melhor	
desempenho	no	mercado	global.
Os	blocos	econômicos	são	uma	tendência	(a	regionalização)	
contraposta	à	globalização,	mas	bem	vista	pelos	países	em	desen-
volvimento.	Há	economistas	que	afirmam	que	ficar	fora	de	um	blo-
co	econômico	é	viver	isolado	do	mundo	comercial.
Nesse	processo	de	 formação	de	blocos	econômicos,	há	al-
guns	aspectos	importantes	a	serem	considerados:
1)	 A	redução	ou	a	eliminação	das	alíquotas	de	importação	
entre	os	países	sócios	do	bloco.
2)	 A	busca	conjunta	pela	solução	de	problemas	comerciais.
3)	 O	aumento	da	 interdependência	da	economia	dos	paí-
ses	do	bloco.
4)	 O	aumento	gradativo	do	 comércio	entre	os	 sócios	e	o	
consequente	crescimento	econômico	deles.
© Comércio Exterior84
A	 formação	de	blocos	econômicos	 regionalizados	não	é	uma	
iniciativa	 recente.	 Há	 muitas	 décadas,	 busca-se	 essa	 configuração	
político-econômica	 em	 diversas	 regiões	 internacionais,	 adquirindo	
maior	importância	e	sistematização	após	a	Segunda	Guerra	Mundial.
Essa	tendência	se	iniciou	com	a	criação,	em	1957,	da	Comu-
nidade	Econômica	Europeia	(CEE),	o	embrião	da	atual	União	Eu-
ropeia,	pormeio	do	Tratado	de	Roma.	Mas	essa	tendência	só	se	
consolidou	nos	anos	1990,	com	o	desaparecimento	dos	dois	gran-
des	blocos	da	Guerra	Fria	−	liderados	por	Estados	Unidos	e	União	
das	Repúblicas	Socialistas	Soviéticas	–	que	estimulou	a	formação	
de	zonas	independentes	de	livre-comércio,	um	dos	processos	de	
globalização.
Entretanto,	não	existe	modelo	rígido	a	ser	seguido	pelos	blo-
cos	de	 integração.	As	características	variam	conforme	uma	série	
de	fatores.	Os	objetivos	a	serem	alcançados,	a	profundidade	da	in-
tegração	desejada,	a	velocidade	verificada	no	processo	e	a	vonta-
de	política	em	obter	certos	resultados	interferem	definitivamente	
no	delineamento	da	integração.
Portanto,	a	maneira	com	que	os	blocos	econômicos	têm	se	
formado	no	decorrer	da	história	recente	varia	conforme	as	especi-
ficidades	e	os	interesses	dos	países	envolvidos.
Principais fases de integração dos blocos econômicos
Ao	 assinar	 um	 acordo	 comercial	 para	 participação	 em	um	
bloco	econômico,	um	país	compromete-se	a	eliminar	as	barreiras	
e	aumentar	o	envolvimento	no	 intercâmbio	comercial,	passando	
por	várias	fases.	
Cada	fase	tem	um	nível	de	envolvimento	e	de	complexidade.	
Acompanhe-as	no	Quadro	1.
Claretiano - Centro Universitário
85© U2 - Mercado Internacional: Protecionismo e Blocos Econômicos
Quadro 1	Fases	de	integração	econômica.	
FASES DE INTEGRAÇÃO ECONÔMICA
1ª fase:	Zona	de	Livre-comércio.
2ª fase:	União	Aduaneira.
3ª fase:	Mercado	Comum.
4ª fase:	União	Econômica.
5ª fase:	Integração	econômica	total.
6ª fase:	União	Política.
1ª fase: Zona de Livre-comércio
A	fase	da	Zona	de	Livre-comércio	caracteriza-se	por:
1)	 Barreiras	progressivamente	eliminadas	apenas	aos	pro-
dutos	importados	entre	os	países	que	compõem	o	bloco;
2)	 Autonomia	de	política	tarifária	sobre	produtos	de	países	
não	pertencentes	ao	bloco;
3)	 Baixa	harmonização	de	políticas	nacionais.
2ª fase: União Aduaneira
A	União	Aduaneira	tem	as	seguintes	características:
1)	 Bens	e	serviços	circulam	livremente;
2)	 Tarifa	Externa	Comum	(TEC)	em	relação	aos	países	fora	
do	bloco;
3)	 Baixa	harmonização	de	políticas	nacionais.
Tarifa Externa Comum ––––––––––––––––––––––––––––––––
A Tarifa Externa Comum (TEC) é um instrumento utilizado nos acordos de inte-
gração, mais especificamente nas seguintes espécies de blocos econômicos: 
União Aduaneira, Mercado Comum e União Econômica.
Consiste na imposição, por parte de todos os países-membros do bloco eco-
nômico em questão, de uma tarifa igual (comum) incidente às importações de 
países terceiros, estranhos ao bloco, havendo ainda a prática de livre-comércio 
ou tarifas preferenciais nas relações intrabloco (ICONE, 2012). 
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
© Comércio Exterior86
3ª fase: Mercado Comum
O	Mercado	Comum	caracteriza-se	por:
1)	 Livre	circulação	de	bens,	serviços	e	fatores	de	produção	
(o	capital	e	o	trabalho);
2)	 Tarifa	Externa	Comum	(TEC);
3)	 Média	harmonização	de	políticas	nacionais.
Nessa	fase,	acontece,	resumidamente,	o	que	se	chama	fase 
das cinco liberdades:	havia	a	 livre	circulação	de	bens	(1),	a	 livre	
circulação	de	pessoas	(2),	a	livre	prestação	de	serviços	(3),	a	liber-
dade	de	capitais	(4)	e	a	livre	concorrência	(5).
É	 importante	 que	 você	 saiba	 que	 o	Tratado de Assunção,	
que	originou	o	Mercado	Comum	do	Sul	(Mercosul),	conforme	es-
tudaremos	mais	adiante,	tem	por	finalidade	a	constituição	de	um	
mercado	comum,	mas	ainda	não	atingiu	essa	etapa	de	integração.
4ª fase: União Econômica
A	 União	 Econômica	 automaticamente	 associada	 à	 "união	
monetária"	e	caracteriza-se	por:
1)	 Livre	circulação	de	bens,	serviços	e	fatores	de	produção	
(o	capital	e	o	trabalho);
2)	 Tarifa	Externa	Comum	(TEC);
3)	 Alta	harmonização	das	políticas	nacionais.
Nessa	fase,	os	países	mudam	suas	legislações	para	adequá-las	
aos	princípios	dela.	A	União	Europeia,	por	exemplo,	criou	o	Parla-
mento	Europeu	para	alcançar	esses	objetivos.
5ª fase: Integração econômica total
A	fase	de	integração	econômica	total	entre	países	ou	terri-
tórios	tem	como	objetivos	fazer	com	que	seus	membros	adotem	
uma	moeda	comum,	harmonizar	por	completo	suas	políticas	fis-
cais	e	transferir	o	controle	sobre	a	política	econômica	para	o	con-
junto	dos	membros.	Ela	tem	as	seguintes	características:
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87© U2 - Mercado Internacional: Protecionismo e Blocos Econômicos
1)	 Livre	circulação	de	bens,	serviços	e	fatores	de	produção	
(o	capital	e	o	trabalho);
2)	 Tarifa	Externa	Comum	(TEC);
3)	 Total	harmonização	das	políticas	nacionais	e	delegação	a	
uma	autoridade	supranacional	com	poderes	para	elabo-
rar	e	para	aplicar	essas	políticas;
4)	 Moeda	única.	
Saliente-se	que	a	União	Europeia	caminha	para	essa	fase,	
porém	com	enormes	dificuldades.	Desde	1º	de	janeiro	de	2002,	
apenas	13	dos	27	países	que	compõem	a	União	Europeia	estão	
na	Zona	do	Euro,	ou	seja,	adotaram	essa	moeda	única	−	o	Euro	
−	em	sua	política	monetária	nacional.	São	eles:	Áustria,	Bélgica,	
Finlândia,	França,	Alemanha,	Irlanda,	Itália,	Luxemburgo,	Holan-
da	(Países	Baixos),	Portugal,	Grécia,	Espanha	e	Eslovênia.	Os	de-
mais	14	países	não	aprovaram,	internamente,	a	adesão	à	moeda	
única.
Maia	(2007,	p.	282)	diz	que	há	um	aspecto	fundamental	para	
essa	 fase	 ser	 coroada	de	êxito:	 "é	necessário	que	as	economias	
dos	 países-membros	mantenham	padrões	 coerentes,	 como	 taxa	
de	juros,	déficit	orçamentário,	nível	de	inflação	e	dívida	pública".
6ª fase: União Política
Muitos	 cientistas	 geopolíticos	 acreditam	 (ou	 querem	 crer)	
que	essa	união	total	seja	possível	no	futuro.	Por	enquanto,	ela	só	é	
um	mero	exercício	imaginativo.	Não	faz	parte	do	caminho	comum	
de	integração,	mas	é	possível	ocorrer	havendo	uma	só	representa-
ção	política	ou	uma	espécie	de	confederação.
Anterior	 a	 essas	 cinco	 fases	 (excluindo-se	 a	 sexta	 fase	por	
ela	ser	remota),	alguns	autores	detectam,	ainda,	a	passagem	pelas	
áreas	de	preferências	tarifárias.
© Comércio Exterior88
Áreas de preferências tarifárias
Áreas	 de	 preferências	 tarifárias	 são	 acordos	 estabelecidos	
entre	os	países	para	 redução	de	 tarifas	alfandegárias	no	 comér-
cio	entre	seus	membros,	por	meio	da	concessão	de	preferências	
tarifárias.	Tais	arranjos	podem	firmar	a	seleção	de	um	grupo	ou	a	
inclusão	da	totalidade	das	mercadorias	negociadas,	em	acordos	de	
redução	das	tarifas	de	importação.	
Quanto	às	áreas	de	preferências,	é	possível	classificá-las	em	
três	tipos:	
•	 Áreas	tarifárias;
•	 Áreas	alfandegárias;
•	 Áreas	econômicas.	
Vejamos	alguns	detalhes	sobre	essas	áreas	a	seguir.
Tarifárias
Tarifárias	são	as	áreas	mais	simples	e	se	referem,	exclusiva-
mente,	às	concessões	relativas	aos	direitos	alfandegários	que	gra-
vam	a	importação	ou	a	exportação	de	mercadorias.	Atingem,	ape-
nas,	os	tributos	incidentes	sobre	o	comércio	exterior:	o	Imposto	de	
Importação	(II)	e	o	Imposto	de	Exportação	(IE).
Alfandegárias
As	áreas	alfandegárias	abrangem	as	preferências	quanto	aos	
tributos	do	comércio	exterior,	como	também	a	outros	tributos,	ge-
ralmente	indiretos,	aplicados	no	comércio.	Podem,	ainda,	regular	
restrições	diretas,	como	quotas,	licenças	ou	monopólios.
Econômicas
As	áreas	econômicas	podem	abranger	aspectos	que	não	são	de	
natureza	alfandegária,	mas	que	constituem	um	tratamento	discrimi-
Claretiano - Centro Universitário
89© U2 - Mercado Internacional: Protecionismo e Blocos Econômicos
natório	em	relação	à	mercadoria	estrangeira	importada.	Podem,	tam-
bém,	ser	feitas	concessões	que	digam	respeito	à	tributação	interna.
As	áreas	de	preferências	−	tarifárias,	alfandegárias	ou	eco-
nômicas	−	não	representam	formas	de	integração,	em	virtude	de	
sua	superficialidade	e	pequena	abrangência.	Por	isso,	seria	cor-
reto	incluí-las,	apenas,	entre	os	modelos	de	cooperação	interna-cional.
8. PRINCIPAIS BLOCOS ECONÔMICOS
A	OMC	registra	a	existência	de	mais	de	200	blocos	econô-
micos	em	todo	o	planeta.	Entretanto,	sabemos	que	são	poucos	os	
que	existem	de	fato,	estabelecendo	papel	determinante	no	comér-
cio	internacional.
Para	melhor	visualização,	apresentamos	a	você	as	 localiza-
ções	dos	principais	blocos	econômicos	na	Figura	1,	bem	como	seus	
nomes	e	respectivas	siglas	no	Quadro	2.
Fonte:	Brasil	Escola	(2012).
Figura	1	Mapa-múndi com as localizações dos principais blocos econômicos mundiais.
© Comércio Exterior90
Quadro 2 Descrição	das	siglas	dos	principais	blocos	econômicos.
SIGLAS DOS PRINCIPAIS BLOCOS ECONÔMICOS
Aladi	–	Associação	Latino-Americana	de	Integração
Anzcerta	–	Acordo	Comercial	sobre	Relações	Econômicas	entre	Austrália	e	Nova	
Zelândia
Apec	–	Fórum	Econômico	da	Ásia	e	do	Pacífico
Asean	–	Associação	de	Nações	do	Sudeste	Asiático
CAN	–	Comunidade	Andina/Grupo	Andino/Pacto	Andino
Caricom	–	antiga	Comunidade	e	Mercado	Comum	do	Caribe	e	atual	Comunidade	do	
Caribe	ou	Comunidade	das	Caraíbas
CEI	–	Comunidade	dos	Estados	Independentes
Efta	–	Associação	Europeia	de	Livre	Comércio
EU	–	União	Europeia
MCCA	–	Mercado	Comum	Centro-Americano
Mercosul	–	Mercado	Comum	do	Sul
Nafta	–	Acordo	de	Livre	Comércio	da	América	do	Norte
SADC	–	Comunidade	para	o	Desenvolvimento	da	África	Austral
Após	 essa	 breve	 visualização	 da	 distribuição	 mundial	 dos	
principais	 blocos	 econômicos,	 veremos,	 as	 seguir,	mais	 detalhes	
sobre	cada	um	deles.
Principais Blocos Econômicos –––––––––––––––––––––––––
Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte)
Constitui-se em um instrumento de integração das economias dos EUA, do Ca-
nadá e do México.
O Nafta (North America Free Trade Agreement) foi iniciado em 1988, entre norte-
-americanos e canadenses, e por meio do Acordo de Liberalização Econômica, 
assinado em 1991, formalizou-se o relacionamento comercial entre os Estados 
Unidos e o Canadá. Em 13 de agosto de 1992, o bloco recebeu a adesão dos 
mexicanos.
O Nafta entrou em vigor em 1º de janeiro de 1994, com um prazo de 15 anos 
para a total eliminação das barreiras alfandegárias entre os três países, estando 
aberto a todos os Estados da América Central e do Sul.
O Nafta consolidou o intenso comércio regional no hemisfério norte do Conti-
nente Americano, beneficiando grandemente à economia mexicana, e aparece 
como resposta à formação da Comunidade Europeia, ajudando a enfrentar a 
concorrência representada pela economia japonesa e por este bloco econômico 
europeu.
São países-membros do Nafta: Estados Unidos, Canadá e México (BRASIL, 2012b).
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MCCA (Mercado Comum Centro-Americano)
Surgiu em 1960 na tentativa de promover a paz na região, afetada por graves 
conflitos bélicos.
Em 4 de junho de 1961 foi assinado o Tratado de Integração Centro-Americana 
com o objetivo de criar um mercado comum nessa região.
Na mesma época foi criado o Parlamento Centro-Americano (Parlacen) e a Corte 
Centro-Americana de Justiça, que ainda não possui caráter permanente.
Hoje, os estados-membros do MCCA designaram um grupo de trabalho para 
preparar o processo de constituição da União Centro-Americana, nos mesmos 
moldes da União Europeia.
São países-membros do MCCA: Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, 
Nicarágua (BRASIL, 2012j). 
Caricom (Mercado Comum e Comunidade do Caribe)
É um bloco de cooperação econômica e política, criado em 1973, formado por 
quatorze países e quatro territórios da região caribenha.
Em 1998, Cuba foi admitida como observadora do Caricom.
O bloco foi formado por ex-colônias de potências europeias que, após a sua inde-
pendência, viram-se na contingência de aliar-se para suprir limitações decorrentes 
da sua nova condição e acelerar o seu processo de desenvolvimento econômico.
São países-membros do CARICOM: Antigüa e Barbuda, Bahamas, Barbados, 
Belize, Dominica, Granada, Guiana, Haiti, Jamaica, Montserrat, Santa Lúcia, São 
Cristóvão e Neves, São Vicente e Granadinas, Suriname e Trinidad e Tobago 
(BRASIL, 2012l).
Aladi (Associação Latino-Americana de Integração)
Criada em 12 de agosto de 1980 pelo Tratado de Montevidéu, a ALADI objetivou 
criar um mercado comum latino-americano, a longo prazo e de maneira gradual, 
mediante a concessão de preferências tarifárias e acordos regionais e de alcan-
ce parcial.
A Aladi substituiu a Alalc, a antiga Associação Latino-Americana de Livre Comér-
cio, que foi criada em 1960.
[...]
Cuba é o mais recente país-membro da Aladi.
São países-membros da ALADI: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, 
Cuba, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela (BRASIL, 2012e).
CAN (Pacto Andino, Comunidade Andina ou Grupo Andino)
Em 26 de maio de 1969, pelo Acordo de Cartagena, Colômbia, Peru, Venezuela, 
Equador, Bolívia e Chile criaram uma União Aduaneira e Econômica para fazer 
restrições à entrada de capital estrangeiro, com base em estudos da Comissão 
Econômica para a América Latina (CEPAL), órgão da ONU.
Em 1973, com a subida ao poder do General Augusto Pinochet, o Chile retirou-se 
do Pacto, abrindo sua economia ao mercado externo, principalmente ao norte-
-americano.
Hoje, o grupo de países remanescentes objetiva criar um mercado comum, em 
função do processo de globalização econômica que exige a formação em bloco 
para melhor defesa de seus interesses e promoção integrada do seu desenvol-
vimento. [...]
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São países-membros da CAN: Bolívia, Colômbia, Equador e Peru (BRASIL, 
2012f).
Em 1977 o Chile deixa o Pacto (e em 2006 se reintegra como membro associa-
do) e, em 2006, a Venezuela sai do Bloco.
Mercosul (Mercado Comum do Sul)
O Tratado de Assunção (26/03/1991) e o Protocolo de Ouro Preto (17/12/1994) 
criaram o Mercado Comum do Sul ou Mercosul, uma organização internacional 
formada por quatro países-membros, Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai e dois 
Associados, Bolívia (Tratado assinado em 28/02/1997) e Chile (Tratado assinado 
em 25/06/1996), na região denominada Cone Sul do Continente Americano.
Em 17 de dezembro de 1991, foi assinado o Protocolo de Brasília, mais tarde 
complementado pelo Protocolo de Olivos, assinado em 18 de fevereiro de 2002, 
ambos com o objetivo de estabelecer normas para a Solução de Controvérsias 
no Mercosul, ou seja, constituindo um Tribunal Permanente de Revisão para con-
solidar a segurança jurídica na região.
O Mercosul tem como principal objetivo criar um mercado comum com livre cir-
culação de bens, serviços e fatores produtivos. Complementando esse objetivo 
maior busca-se a adoção de uma política externa comum, a coordenação de 
posições conjuntas em foros internacionais, a formulação conjunta de políticas 
macroeconômicas e setoriais, e, por fim, a harmonização das legislações nacio-
nais, com vistas a uma maior integração.
[...]
São países-membros e associados do Mercosul: Argentina, Brasil, Paraguai, 
Uruguai e Venezuela e, associados, Bolívia e Chile (BRASIL, 2012k).
CEI (Comunidade dos Estados Independentes)
Criada em 1991, a Comunidade dos Estados Independentes (CEI) constitui-se 
num bloco político-econômico que reúne 12 das 15 repúblicas que formavam a 
antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).
Ficaram de fora apenas os três países bálticos: Lituânia, Letônia e Estônia, sen-
do que este último está solicitando ingresso na União Europeia.
A CEI, com uma população de 273,7 milhões de habitantes, está organizada em 
um confederação de Estados, que preserva a soberania de cada um. A Comuni-
dade prevê a centralização de Forças Armadas e o uso de uma moeda comum: 
o Rublo.
São países-membros da CEI: Armênia, Belarus, Cazaquistão, Federação Russa, 
Moldávia, Quirquistão, Tadjiquistão, Turcomenistão, Ucrânia, Uzbequistão, des-
de 1991, e Geórgiae Azerbaidjão, a partir 1993 (BRASIL, 2012g).
Efta (Associação Europeia de Livre Comércio)
A EFTA foi constituída pela Convenção de Estocolmo, assinada em 4 de janeiro 
de 1960, tendo como primeiros parceiros Áustria, Dinamarca, Noruega, Portugal, 
Suécia, Suíça e Reino Unido (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do 
Norte).
A EFTA surgiu como uma oposição à Comunidade Econômica Europeia (CEE), 
pois seus Estados-Membros procuravam evitar o que consideravam pesados 
compromissos econômicos e institucionais, pois enquanto o Reino Unido busca-
va total liberdade econômica, sem maiores compromissos institucionais, a Áus-
tria, a Suécia e a Suíça defendiam o direito à soberania política.
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93© U2 - Mercado Internacional: Protecionismo e Blocos Econômicos
Com o fortalecimento da Comunidade Europeia, a EFTA perdeu a maioria de 
seus integrantes, pois Áustria, Dinamarca, Portugal, Suécia, Reino Unido e Fin-
lândia, que entrou em 1986, aderiram ao bloco de maior magnitude.
Hoje, a EFTA restringe-se à associação de apenas quatro países, a saber, Islân-
dia, Liechtenstein, Noruega e Suíça.
Em 2 de maio de 1992, na cidade do Porto, Portugal, a EFTA assinou com a 
União Europeia um acordo criando o Espaço Econômico Europeu (EEE), o qual 
viabilizará, não só aumento do volume de comércio com a União Europeia como 
também a participação dos seus quatro Estados-Membros em outros programas 
da União Europeia.
São países-membros da EFTA: Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça (BRA-
SIL, 2012d).
UE (União Europeia)
A União Europeia representa o estágio mais avançado do processo de formação 
de blocos econômicos no contexto da globalização.
Originada da Comunidade Econômica Europeia (CEE), fundada em 1957, pelo 
Tratado de Roma, a União Europeia (UE) é o maior bloco econômico do mundo em 
termos de PIB: 14,7 trilhões de dólares (2009 – Fundo Monetário Internacional).
A UE (União Europeia) é um bloco econômico, político e social de 27 países eu-
ropeus que participam de um projeto de integração política e econômica. 
A União Europeia é resultado de um longo caminho de discussões e de ajustes 
políticos e econômicos. Seu formato organizacional é resultado de vários trata-
dos como o Tratado da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), o 
Tratado da Comunidade Econômica Europeia (CEE), o Tratado da Comunidade 
Europeia da Energia Atômica (Euratom) e o Tratado da União Europeia (UE), o 
Tratado de Maastricht, que estabeleceu a integração monetária por meio do euro 
e importantes fundamentos para uma futura integração política.
São países-membros da União Europeia: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária. 
Chipre, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estônia, Finlândia, Fran-
ça, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países 
Baixos (Holanda), Polônia, Portugal, Reino Unido, República, Romênia e Suécia. 
Macedônia, Croácia e Turquia encontram-se em fase de negociação. Estes paí-
ses são politicamente democráticos, com um Estado de direito em vigor (adap-
tado de BRASIL, 2012m). 
SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral)
Foi criada em 1992, para incentivar as relações comerciais entre seus 14 países-
-membros.
Tem o objetivo de criar um mercado comum, a médio prazo, seguindo o modelo 
básico da União Europeia e alguns aspectos do Mercosul. Tem também o propó-
sito de promover esforços para estabelecer a paz e a segurança na conturbada 
região meridional africana.
O bloco reúne uma população de 206,4 milhões de habitantes e produz um PIB 
de US$ 162,2 bilhões, exportando US$ 52,4 bilhões de sua produção e importan-
do US$ 50,8 bilhões de produtos do exterior.
São países-membros da SADC: África do Sul, Angola, Botsuana, Lesoto, Malavi, 
Maurício, Moçambique, Namíbia, República Democrática do Congo, Seicheles, 
Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue (BRASIL, 2012h).
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Apec (Fórum Econômico da Ásia e do Pacífico)
Organismo intergovernamental para consulta e cooperação econômica, na ver-
dade constitui-se em um bloco econômico para promover a abertura de merca-
dos entre vinte países, com Hong Kong representando a China.
A APEC foi oficializada em 1993 e pretende estabelecer a livre troca de mercado-
rias entre todos os países do grupo até 2020.
A APEC é, sem sombra de dúvida, um poderoso bloco econômico, pois responde 
por cerca de metade do PIB e 40% do comércio mundial.
O bloco reúne uma população de 2.559,3 milhões de habitantes, alcançando um 
PIB de US$ 18.589,2 trilhões, exportações no valor de US$ 2.891,4 trilhões e 
importações de US$ 3.094,5 trilhões.
São países-membros da APEC: Austrália, Brunei, Darussalam, Canadá, Indoné-
sia, Japão, Malásia, Nova Zelândia, Filipinas, Cingapura, Coreia do Sul, Tailândia 
e Estados Unidos da América, desde 1989; China, Hong Kong (China), Taiwan, 
desde 1991; México, Papua Nova Guiné, desde 1993; Chile, a partir de 1994; e 
Peru, Rússia e Vietnã, a partir 1998 (BRASIL, 2012) (BRASIL, 2012i).
Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático)
Surgiu em 1967, liderada pela Tailândia, com o objetivo de assegurar a estabili-
dade política e de acelerar o processo de desenvolvimento da região.
O bloco busca promover o desenvolvimento econômico, social e cultural da re-
gião através de programas cooperativos, salvaguardando a estabilidade política 
e econômica da região, bem como servindo como fórum de discussão das dife-
renças intrarregionais.
Atualmente a ASEAN tem a intenção de acelerar as negociações para que se 
atinja o livre comércio durante o ano de 2003.
São países-membros da ASEAN: Indonésia, Malásia, Filipinas, Cingapura e Tai-
lândia, desde 1967; Brunei, a partir de 1984; Vietnã desde 1985; Mianmar e Laos 
a partir de 1997 e Camboja desde 1999 (BRASIL, 2012c).
Anzcerta (Acordo Comercial sobre Relações Econômicas entre Austrália e 
Nova Zelândia)
Criado em 1983, tornou-se o principal instrumento de administração das relações 
econômicas entre Austrália e Nova Zelândia. 
Foi planejado para transformar-se em um acordo entre os dois países, cujo prin-
cipal objetivo é a criação de uma área de livre-comércio.
Além do protocolo geral destinado a acelerar o livre comércio de mercadorias 
entre os dois países, o ANZCERTA destaca-se pelo seu protocolo sobre livre 
comércio na área de serviços, o primeiro do mundo globalizado.
Vale destacar que o ANZCERTA assinou um acordo inicial com o ASEAN, em 
1995, para facilitar os fluxos de comércio e de investimentos entre as duas re-
giões. No momento, os dois blocos estabeleceram um grupo de trabalho que 
estuda a possibilidade de criação de uma área de livre comércio, reunindo o 
ANZCERTA e o ASEAN, até 2010.
O bloco reúne uma população de 22,5 milhões de habitantes, com um PIB de 
US$ 468,1 bilhões, um montante de exportação no valor de US$ 70,3 bilhões e 
importações que atingem os US$ 75,7 bilhões.
São países-membros do ANZCERTA: Austrália e Nova Zelândia (BRASIL, 2012a).
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Claretiano - Centro Universitário
95© U2 - Mercado Internacional: Protecionismo e Blocos Econômicos
E	para	complementar	o	assunto,	destacamos	que	a	Área	de	
Livre	Comércio	das	Américas	(Alca)	iniciou-se	na	reunião	da	Cúpula	
das	Américas	(Summit of Américas)	realizada	em	Miami,	nos	Esta-
dos	Unidos,	durante	o	mês	de	dezembro	de	1994.	 Ela	 agrupa	34	
países	das	Américas,	o	que	dá	quase	a	totalidade	de	países	dos	três	
continentes	que	as	compõem,	tendo,	apenas,	a	exceção	de	Cuba,	
mas	os	países	já	estão	em	negociação	para	a	sua	implementação.
9. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Confira,	a	seguir,	as	questões	propostas	para	verificar	seu	de-
sempenho	no	estudo	desta	unidade:
1)	 Leia	a	observação	a	seguir:	
Mesmo	com	toda	a	globalização	econômica	que	vivenciamos	atualmente	e	com	
toda	a	estrutura	 internacional	existente	para	amparar	o	 livre-comércio,ainda	
observamos	o	recrudescimento	das	ações	protecionistas,	que,	em	última	análi-
se,	emperram	o	desenvolvimento	das	relações	comerciais	internacionais.
De	acordo	com	o	trecho	anterior,	responda:
a)	 Quais	são	as	ações	que	os	países	e	as	empresas	podem	desenvolver	para	
se	contraporem	a	essa	prática?
b)	 As	políticas	de	apoio	e	de	financiamento	subsidiadas	pelo	governo	brasi-
leiro	aos	seus	produtores	nacionais	podem	ser	consideradas	como	ações	
antiprotecionistas?
2)	 Leia	a	observação	a	seguir:	
O	mundo	globalizado	demonstra	forte	tendência	para	sua	reorganização	de	
forma	regionalizada,	ou	seja,	se	antes	se	buscava	estreitar	e	liberar	totalmente	
os	mercados	nacionais,	hoje,	por	meio	dos	blocos	econômicos,	criam-se	bar-
reiras	para	os	produtos	externos	e	privilégios	para	os	produtos	oriundos	dos	
países	que	compõem	determinado	bloco.
Considerando	essa	observação,	quais	são	as	etapas	existentes	nesse	processo	de	
reorganização	político-econômica	e	quais	são	as	dificuldades	a	elas	inerentes?
10. CONSIDERAÇÕES
Chegamos	ao	final	da	Unidade	2.	Aqui,	estudamos	os	aspec-
tos	essenciais	das	barreiras	existentes	no	comércio	internacional,	
© Comércio Exterior96
das	defesas	que	os	países	utilizam	contra	elas	e	dos	acordos	que	
tentam	 contornar	 o	 protecionismo	 existente,	 bem	 como	 os	 dos	
blocos	econômicos,	que	se	apresentam	como	uma	alternativa	para	
o	acesso	ao	mercado	internacional.
Vamos	continuar	nosso	estudo	seguindo	para	a	Unidade	3.
11. E-REFERÊNCIAS
Figura
Figura 1	Mapa-múndi com as localizações dos principais blocos econômicos mundiais.	
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