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EA D 2 Mercado Internacional: Protecionismo e Blocos Econômicos 1. OBJETIVOS • Compreender as preferências comerciais, as práticas des- leais de comércio e os mecanismos de defesa comercial. • Conhecer os principais blocos econômicos. 2. CONTEÚDOS • Protecionismo: barreiras ao livre-comércio. • Defesa comercial: dumping, subsídios e salvaguardas. • Acordos comerciais e formação de blocos econômicos. • Principais blocos econômicos e suas fases de integração. 3. ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO DA UNIDADE Antes de dar início ao estudo desta unidade, é importante que você leia as orientações a seguir: © Comércio Exterior68 1) Leia os livros da bibliografia indicada, para que você amplie seus horizontes teóricos. Coteje com o material didático e discuta a unidade com seus colegas e com o tutor. Pesquise novas fontes e troque experiências com seus colegas e tutor, pois toda experiência é bem-vinda e ajudará no aprendizado. 2) As explanações acerca dos blocos econômicos apresen- tadas são sucintas, em virtude das limitações de seu programa. Entretanto, não se limite: procure mais infor- mações a respeito de tais blocos e de outros blocos não abordados aqui. 4. INTRODUÇÃO À UNIDADE Na unidade anterior, estudamos os conceitos relacionados ao comércio internacional e os organismos a ele vinculados. Nesta unidade, vamos estudar as práticas desleais de comér- cio e os mecanismos de defesa comercial e compreender como ocorrem as preferências comerciais. Veremos, também, os princi- pais blocos econômicos. Comecemos, então! 5. DOUTRINAS E BARREIRAS AO COMÉRCIO INTER- NACIONAL Duas foram as doutrinas que influenciaram o desenvolvi- mento do comércio internacional: a do livre-cambismo e a do pro- tecionismo. No livre-cambismo, a liberdade de comércio permite a dis- tribuição da produção conforme a disponibilidade dos recursos na- cionais, propiciando a especialização internacional e permitindo, também, a ampliação dos mercados. No protecionismo, há o cerceamento à liberdade de comér- cio. Seus defensores afirmam que todo país em processo de evolu- Claretiano - Centro Universitário 69© U2 - Mercado Internacional: Protecionismo e Blocos Econômicos ção industrial, por exemplo, deve proteger seu mercado interno com a finalidade de propiciar o crescimento de seu parque industrial. Essas duas doutrinas são utilizadas de forma alternada, con- forme o interesse do país em determinada etapa de sua vida econô- mica. Todavia, a realidade mundial é a do protecionismo. Mesmo os países que defendem o livre mercado e a circulação sem restrição de bens e de serviços são, atualmente, os mais protecionistas. Protecionismo Nas últimas décadas, houve o grande desenvolvimento do comércio de produtos manufaturados entre as nações, porém com pequena participação dos países em desenvolvimento. Para dinamizar as exportações, esses países começaram a aplicar diferentes políticas econômicas; eles intensificam suas ven- das externas de produtos onde há a predominância de matéria- -prima abundante e de mão de obra barata. Essa política dos países em desenvolvimento, de participar no comércio ativa e agressivamente, leva os países desenvolvidos a utilizarem barreiras tarifárias e não tarifárias, afetando as expor- tações daqueles países. Assim, o protecionismo acontece por ação do Estado, que passa a agir de forma bastante intervencionista na política eco- nômica. É por isso que ele constitui instrumento determinante no que chamamos "barreiras ao comércio internacional". Ao con- trário do que muitos afirmam, o protecionismo é um expediente muito usado atualmente pelos considerados países desenvolvidos, que criam, constantemente, barreiras aos produtos importados. O protecionismo está presente na dinâmica do comércio inter- nacional de diversas maneiras, mas, basicamente, sob duas formas: • de barreiras tarifárias; e • de barreiras não tarifárias. Veremos cada uma delas, mais detalhadamente, a seguir. © Comércio Exterior70 Barreiras tarifárias (alfandegárias) Constitui o grupo das barreiras tarifárias ou alfandegárias: os impostos, as taxas e as tarifas de importação estabelecidas pelo governo para os produtos importados. Podem ser gradualmente aumentados conforme os interesses do país. Esse mecanismo não proíbe a importação de produtos, mas cria dificuldades com suas tarifas altas, levando tais produtos a se- rem internamente comercializados por preços elevados. Referente às barreiras tarifárias, Maia (2007, p. 208) diz: Há barreiras necessárias e também barreiras inaceitáveis. As ne- cessárias são implantadas quando a produção nacional está sendo agredida por empresas do exterior com a finalidade de destruir a produção nacional e os empregos. Até os defensores do imposto único admitem a necessidade de ser mantido o imposto aduaneiro, com o fim exclusivo de proteger a produção nacional. De qualquer maneira, há um esforço mundial para a redução dessas barreiras tarifárias, e elas têm sofrido uma progressiva re- dução desde a criação do GATT. Como exemplos de barreiras tarifárias ou alfandegárias, te- mos os impostos de importação e as tarifas, bem como outras ta- xas e outros procedimentos de valoração aduaneira. Barreiras não tarifárias As barreiras não tarifárias são as chamadas, atualmente, "novas barreiras" ao comércio internacional. Elas "são restrições à entrada de mercadorias importadas que possuem como fundamento requisi- tos técnicos, sanitários, ambientais, laborais, restrições quantitativas (quotas e contingenciamento de importação)" (ICONE, 2012). Essas barreiras são diferentes das tarifárias, que, por sua vez, se baseiam na imposição de tarifas aos produtos importados. Portanto: Qualquer governo pode estabelecer normas e regulamentos técni- cos, bem como normas sanitárias e fitossanitárias (aplicável a es- pécies vegetais importadas) que, na prática, impeçam a importação de certos produtos. Pode, também, tornar mais difíceis os procedi- Claretiano - Centro Universitário 71© U2 - Mercado Internacional: Protecionismo e Blocos Econômicos mentos ou impor quotas de importação, por país ou por produto. Todas essas práticas correspondem a barreiras não tarifárias (FIESP; CIESP, 2003, p. 20). As principais barreiras não tarifárias são as barreiras técni- cas, as barreiras sanitárias e fitossanitárias, as quotas de impor- tação e as licenças de importação e de exportação. A seguir, observe uma breve explanação a respeito de cada uma delas. Barreiras técnicas Conforme conceituado pela Organização Mundial do Comér- cio (OMC) e praticado pelo Inmetro, barreiras técnicas: [...] são barreiras comerciais derivadas da utilização de normas ou regulamentos técnicos não transparentes ou não embasados em normas internacionalmente aceitas ou, ainda, decorrentes da ado- ção de procedimentos de avaliação da conformidade não transpa- rente e/ou demasiadamente dispendiosos, bem como de inspe- ções excessivamente rigorosas (INMETRO, 2012a). As normas técnicas, às quais se refere a citação, são padrões ela- borados por organismos internacionais privados, como a International Organization for Standardization (ISO), que podem ser voluntariamente cumpridas pelos países, enquanto os regulamentos técnicos são regras elaboradas pelos governos, que são de cumprimento obrigatório. Para garantir a qualidade dos produtos e dos serviços inter- nacionalmente comercializados, os países adotam a avaliação de conformidade. Segundo o Inmetro (2012b), avaliação de conformidade é o: Processo sistematizado, acompanhado e avaliado, de forma a pro- piciar adequado grau de confiança de que um produto, processo ou serviço, ou ainda um profissional, atende a requisitos pré-esta-belecidos em normas e regulamentos técnicos com o menor custo para a sociedade. Ressaltamos que tais normas e regulamentos foram criados com o objetivo de harmonizar a qualidade, a segurança e as espe- cificações dos produtos e dos serviços a serem importados, con- © Comércio Exterior72 forme o pactuado por meio do Acordo sobre Barreiras Técnicas, ainda no GATT, na rodada de Tóquio (1973-1979), e reformulado pela OMC, em 1995, em um documento chamado TBT Agreement (Technical Barriers to Trade ou Acordo sobre Barreiras Técnicas ao Comércio). Nesse acordo, os países mais desenvolvidos se compromete- ram a desenvolver programas de cooperação técnica com os paí- ses menos desenvolvidos para transferir tecnologia e experiência às áreas de metrologia legal e industrial. Conforme esclarece Segre (2006, p. 32): É importante observar que as normas e os regulamentos técnicos não são barreiras comerciais. Entretanto, as barreiras técnicas po- dem assumir caráter protecionista, não apresentar a necessária transparência ou impor procedimentos morosos ou dispendiosos para avaliação de conformidade. Esses são alguns exemplos de barreiras técnicas na história: • A tarifa estabelecida pelos Estados Unidos para impor- tação de abacaxi não constitui elemento impeditivo à entrada do produto naquele país. Mas, só quem produz abacaxi com o grau de acidez igual ao do Havaí (grande fornecedor desse fruto para os Estados Unidos) pode ex- portar para os Estados Unidos. • Para que as bananas importadas pudessem entrar na União Europeia, elas deveriam ter, pelo menos, 14 cen- tímetros de comprimento e 2,7 centímetros de largura. Esta barreira foi caracterizada hilariante e injustificável. Barreiras sanitárias e fitossanitárias De acordo com Icone (2012): Uma medida sanitária é uma barreira não tarifária que visa prote- ger a vida e a saúde humana e animal, de riscos oriundos de conta- minantes, aditivos, toxinas, agrotóxicos, doenças, pestes e organis- mos causadores de doenças (ex.: o estabelecimento de limites de resíduos nos alimentos e a proteção dos rebanhos de gado contra a possibilidade da contaminação pela doença da vaca louca). Já uma Claretiano - Centro Universitário 73© U2 - Mercado Internacional: Protecionismo e Blocos Econômicos medida fitossanitária é uma barreira não tarifária que objetiva pro- teger as plantas e as frutas de doenças e pestes (ex.: a proteção das plantações de maçãs e mangas contra pestes e doenças). As barreiras sanitárias e fitossanitárias são reguladas, no âm- bito da OMC, pelo Acordo Sanitary and Phytosanitary Measures ou Aplicação de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS). Estão em vigor no Brasil desde a promulgação do Decreto nº 1.355, de 30/12/1994. Conforme o referido Acordo SPS em seu artigo 2: 1. Os Membros têm o direito de adotar medidas sanitárias e fitos- sanitárias para a proteção da vida ou saúde humana, animal ou vegetal, desde que tais medidas não sejam incompatíveis com as disposições do presente Acordo (ITAMARATY, 2012). Com fundamento nos artigos 2, 5 e 7 do Acordo SPS, a aplica- ção dessa medida deve apenas ser realizada quando for necessário para proteger a vida ou a saúde humana, animal ou vegetal. Ela deve ser baseada em princípios científicos, exceto nas situações em que não for possível auferir o risco com base nos princípios científicos conhecidos, casos esses em que deverá ser utilizada a melhor informação disponível; não deve ser utilizada de forma dis- criminatória, isto é, com arbitrariedade ou sem justificação; e não deve ser aplicada a fim de constituir restrição velada ao comércio internacional. O grande problema na aplicação de medidas sanitárias e fi- tossanitárias tem sido determinar quando esta é legítima ou não, pois essa forma de proteção à saúde pública pode dar margem a um protecionismo disfarçado. Vários são os casos trazidos ao Órgão de Solução de Con- trovérsias da OMC em que são alegadas infrações às disposições do acordo. Embora muitos desses casos de alegada violação ao Acordo SPS não estejam entre as causas mais comuns de disputas na OMC, que é amplamente dominado pela análise de subsídios e de dumping, algumas decisões já começam a criar case law (juris- prudência). © Comércio Exterior74 Conforme o artigo 3 do Acordo SPS, a aplicação dessas me- didas sanitárias e fitossanitárias deve considerar uma análise dos riscos à vida ou à saúde humana, animal ou vegetal e as evidências científicas disponíveis, além de considerações de natureza econô- mica, como a relação entre o dano econômico causado e a medida aplicável (princípio da proporcionalidade). O Acordo SFS prevê, ainda, a obrigação de serem levadas em consideração as necessidades especiais dos países em desenvol- vimento e de menor desenvolvimento relativo. Em seu artigo 11, ele coloca que as controvérsias serão analisadas pelo Órgão de So- lução de Controvérsias, e há previsão de um waiver, isto é, uma renúncia − a não aplicação do acordo −, de cinco anos aos países de menor desenvolvimento. Assim, as diversas alegações recíprocas de infrações ao Acordo SFS são, apenas, a nova faceta do contencioso comercial internacional. Como a aplicação de tarifas ad valorem se tornou praticamente impossível, pois sua contestação tende a ser quase que imediata pelos membros afetados, não restou aos governos nenhuma outra alternativa senão aplicar de forma ilícita medidas não tarifárias. O que são tarifas ad valorem? ––––––––––––––––––––––––– "É a tributação que se faz de acordo com o valor da mercadoria importada, e não por seu volume, peso, espécie ou quantidade. É usada geralmente por ser trans- parente, acompanhando a evolução dos preços, e não discriminatória" (PLANAL- TO, 2012). –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– A prática tem mostrado que, embora não tenha sido esse o objetivo do Acordo SFS, a complexidade da medida sanitária ou fi- tossanitária, bem como as diversas etapas de aplicação e os reque- rimentos que deve seguir, tem servido muito mais para dificultar seu questionamento do que para regular sua aplicação. As discussões em andamento na rodada do milênio − a Roda- da Doha − não preveem negociações destinadas a mudar o acordo; Claretiano - Centro Universitário 75© U2 - Mercado Internacional: Protecionismo e Blocos Econômicos ao contrário do que desejava a União Europeia, é bastante prová- vel que o contencioso do Acordo SFS na OMC continue crescente. Quotas de importação As quotas de importação são as formas mais simples de restrição quantitativa. Consistem na limitação da quantidade de produto impor- tado a um valor preestabelecido, o que obriga o país a criar um controle, que geralmente é feito por meio da emissão de licença de importação. Segundo Maia (2007, p. 217): Alguns economistas acham que esse sistema oferece mais vanta- gens do que a restrição por meio de barreiras alfandegárias. Isso porque, pelas quotas, há uma limitação precisa da quantidade ou do valor das mercadorias importadas; o sistema de barreiras alfan- degárias limita sem estabelecer precisamente a quantidade ou o valor que será importado. Um aspecto importante a respeito das quotas de importação é o fato de que elas não oneram o produto importado, diferente- mente das barreiras tarifárias. Observe este exemplo de funcionamento da quota de im- portação: o país "A" estabelece que, durante o ano vigente, so- mente poderão ser importados um milhão de toneladas de fios de algodão do Brasil. Isto é uma restrição quantitativa. A quota poderia ser estabelecida de forma diferente. Nesse exemplo, em vez de o país "A" estabelecer um milhão de toneladas de fios, ficaria a quota em valor e a importação ficaria restrita a US$ 50 milhões. Obviamente,a quota que fica é inferior ao mon- tante que seria importado se não houvesse nenhuma restrição. Licenças de importação e exportação Maia (2007, p. 216) diz que "quando um país enfrenta es- cassez de divisas, pode controlar a importação e a exportação mediante a emissão de licenças". Assim, com esse instrumento, o governo autoriza, somente, a importação de artigos essenciais. © Comércio Exterior76 No caso das licenças para a importação, estas se tratam de um procedimento administrativo que requer a apresentação de uma solicitação ou outra documentação (diferente da necessária para efeitos de despacho aduaneiro) ao órgão administrativo per- tinente, como uma condição prévia para efetuar a importação de mercadorias. Quanto às licenças de importação, estas são praticadas em duas modalidades: • Licença de importação automática: é a modalidade em que a aprovação do pedido é concedida em todos os ca- sos e não é administrada, de modo a exercer efeitos res- tritivos às importações − objeto de licença automática. São usadas, apenas, para registro de estatísticas. • Licença de importação não automática: é a licença que não se ajusta à definição de licença automática de impor- tação. É usada para administrar restrições ao comércio, por exemplo, de quantidade, quando justificada no con- texto jurídico do comércio internacional. Nas exportações, as licenças podem ser requeridas pelo go- verno quando houver o perigo de faltar matéria-prima no país ou mesmo de outros produtos com valor agregado. Para o país não ficar dependente de futuras importações, controla-se o que se ex- porta com licenças de exportação. 6. DEFESA COMERCIAL É essencial conhecer os acordos internacionais de comércio, exigir sua aplicação justa e zelar pelas exportações. É imperioso ado- tá-los de modo correto e eficaz na vertente das importações, cum- prindo procedimentos e regras, a fim de garantir à indústria nacional o acesso pleno aos efeitos das medidas de defesa comercial. As medidas de defesa comercial mais adotadas pelos países, especialmente pelo Brasil, são: Claretiano - Centro Universitário 77© U2 - Mercado Internacional: Protecionismo e Blocos Econômicos • Medidas antidumping; • Medidas compensatórias (countervailing duties); • Medidas de salvaguardas. Vamos conhecer cada uma delas. Medidas antidumping O dumping é a prática desleal do comércio internacional, condenada pela OMC por ser uma das formas de entrave ao livre- -comércio. Essa prática consiste na venda de produtos por preços abaixo do seu custo efetivo de produção. Veja este esquema: DUMPING = PREÇO DE EXPORTAÇÃO < VALOR NORMAL O dumping tem por objetivo a destruição do concorrente, tornando-se seu praticante dono do mercado e podendo, desse modo, impor preços e condições que lhe sejam favoráveis. A OMC é o organismo competente para o julgamento dos processos que envolvem essas práticas. Nos casos em que elas fi- cam efetivamente constatadas, autoriza-se os países onde estão localizadas as empresas prejudicadas a adotar taxas antidumping (antidumping duties). Esse direito antidumping será baseado na diferença entre o preço de exportação praticado por aquela(s) empresa(s) e o valor normal das vendas em seu país de origem. As medidas antidumping objetivam evitar que os produtos nacionais sejam prejudicados por importações realizadas a preços de dumping. No Brasil, compete à Secretaria de Comércio Exterior a decisão sobre a abertura de investigação e o início do processo de revisão do direito definitivo ou de compromisso de preço. Medidas compensatórias (countervailing duties) As medidas compensatórias ou countervailing duties visam neutralizar os efeitos danosos que alguns produtos estrangeiros, © Comércio Exterior78 subsidiados em seus países de origem, possam causar à produção doméstica ao serem importados. É possível definir os subsídios como concessões de benefício em razão das seguintes hipóteses: • Que haja, no país exportador, quaisquer formas de sus- tentação de renda ou de preços que contribuam, direta ou indiretamente, para aumentar as exportações ou para reduzir as importações de qualquer produto. • Que haja contribuição financeira por um governo ou por um órgão público no interior do território do país exportador. Entretanto, da mesma forma que o dumping, o subsídio, quando destinado à exportação, é uma prática desleal de comércio. Muitas vezes, o subsídio é destinado à produção de merca- dorias para consumo interno, pois, sem esse auxílio, a produção nacional não terá condições de competir com a produção estran- geira. Os subsídios são sustentados por meio de impostos, oneran- do o consumidor. Os subsídios são mais prejudiciais do que proveitosos, tra- zem como consequência o obsoletismo da produção nacional em virtude da proteção oferecida. Da mesma forma que ocorre com as medidas antidumping, não basta provar que há subsídios. É necessário demonstrar que as importações do produto subsidiado estão causando danos à in- dústria doméstica. Determinando a existência, o grau e o efeito de qualquer subsídio alegado, sua investigação será conduzida de acordo com as normas da OMC, garantindo-se a transparência na condução do processo e a ampla oportunidade de defesa a todas as partes interessadas. As investigações terão o prazo de um ano, contado desde sua abertura, para serem concluídas. Excepcionalmente, o prazo poderá ser estendido para 18 meses. Claretiano - Centro Universitário 79© U2 - Mercado Internacional: Protecionismo e Blocos Econômicos O direito compensatório é a taxa imposta às importações dos produtos beneficiados por subsídio acionável, que tem por finali- dade neutralizar o dano causado à indústria doméstica. Essa taxa deverá ser igual ou inferior ao montante do subsídio acionável. Os direitos compensatórios e os compromissos permane- cerão em vigor somente enquanto perdurar a necessidade de se neutralizar o subsídio causador do dano, devendo ser extintos em, no máximo, cinco anos. Todavia, esse prazo poderá ser prorrogado se ficar provado que sua extinção poderá levar à continuação ou à retomada do subsídio e do dano decorrente dele. Compete à Secretaria do Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a decisão sobre a abertura da investigação e o início do processo de revisão do direi- to definitivo ou de compromisso. Medidas de salvaguardas As medidas de salvaguardas são medidas de urgência, adota- das para aumentar, temporariamente, a proteção a uma indústria nacional que esteja sofrendo prejuízo grave ou ameaça de prejuízo grave por causa do aumento, em quantidade, das importações que podem causar danos em termos absolutos ou em relação à produ- ção nacional. Por exemplo: um produtor nacional que considerar que suas vendas no mercado interno estão sendo prejudicadas por deter- minadas importações de certo produto semelhante e que tiver conhecimento de que essas vendas se realizam em condições des- leais, terá o direito de solicitar aos órgãos oficiais medidas de pro- teção para sua indústria, com o intuito de que, durante o período de vigência das medidas, a indústria doméstica se ajuste e aumen- te sua competitividade. A salvaguarda será precedida de investigações e terá, inicial- mente, um prazo de vigência de até quatro anos. © Comércio Exterior80 Uma ressalva: ao estudarmos o protecionismo e a defesa co- mercial, podemos perceber dois aspectos, aparentemente contra- ditórios: a necessidade do controle restritivo das importações e a liberdade de comércio entre os países. Com os governos orientando as transações externas de acor- do com as metas de importação prefixadas, o primeiro gera dificul-dades no relacionamento internacional. E o segundo mostra a pro- gressiva e crescente interdependência econômica entre as nações. O comércio internacional não se pauta, apenas, nas me- didas protecionistas. Pelos interesses comuns das nações, estão sendo constituídos blocos econômicos que visam a uma maior aproximação comercial entre os países e, em parceria, o estabe- lecimento de regras que garantam uma prática comercial livre, não predatória, às indústrias nacionais de cada país membro do bloco e, ao mesmo tempo, com força de articulação para estra- tégias comuns de defesa contra produtos oriundos de países que sejam exportadores mais agressivos ou detentores de práticas comerciais desleais. 7. ACORDOS COMERCIAIS E FORMAÇÃO DE BLOCOS ECONÔMICOS Com a globalização econômica, temos a oportunidade de presenciar uma verdadeira revolução financeira e industrial. Os continentes tornaram-se um só e as empresas e mercadorias já não mais possuem sedes ou pátrias bem definidas. Ao mesmo tempo, essa nova realidade mostra aspectos pro- fundamente conflitantes no mundo empresarial, como a existên- cia, dentro de um mesmo setor, de estruturas produtivas arcaicas concorrendo com estruturas detentoras de tecnologia de ponta. Isso, no final, provoca uma competitividade desleal, uma vez que gera uma concentração tecnológica muito grande entre alguns países e profundas assimetrias no desenvolvimento das nações. Claretiano - Centro Universitário 81© U2 - Mercado Internacional: Protecionismo e Blocos Econômicos A globalização tornou-se um fenômeno irreversível e tem sido implacável, surtindo efeitos predatórios às indústrias nacionais. Assim, nesse processo de globalização, os países começa- ram a perceber que as negociações comerciais se tornariam mais eficientes se houvesse a aproximação setorial de suas economias, seja por meio da intensificação dos acordos comerciais, seja por meio da formação de blocos econômicos. É o que vamos ver a seguir. Acordos comerciais Os acordos comerciais são acertos firmados entre países ou entre um país e uma organização internacional, nos quais são es- tabelecidos objetivos e período de vigência. A negociação de um acordo comercial objetiva a ampliação do acesso aos mercados externos por meio de preferências aos produtos com capacidade real ou potencial de exportação. Podem ser: • Bilaterais [...] são acordos firmados entre dois sujeitos de direito internacio- nal (Estados ou Organizações Internacionais), podendo versar so- bre os mais diversos temas, como cooperação econômica ou se- gurança. Por ser este um tipo de acordo em que estão envolvidas somente duas partes, sua entrada em vigor coincide com a respec- tiva troca dos instrumentos de ratificação pelas partes pactuantes (no caso dos Estados). Normalmente, há nesses acordos reciproci- dade de concessões. No entanto, podem ser formados por meio de barganha, envolvendo elementos de favorecimento, diferenciação, preferência e/ou tratamento especial, caracterizando-se assim um acordo evidentemente discriminatório (ICONE, 2012). • Multilaterais [...] são acordos firmados por três ou mais sujeitos de direito interna- cional no âmbito internacional, podendo versar sobre os mais diver- sos temas, como cooperação econômica ou segurança. Por estarem diversas partes envolvidas na celebração do acordo, sua entrada em vigor somente ocorre no momento em que se atinge o número mí- nimo estabelecido de depósitos dos instrumentos de ratificação das partes pactuantes (no caso dos Estados) [...] (ICONE, 2012). © Comércio Exterior82 • Plurilaterais No âmbito da OMC, os acordos plurilaterais são aqueles que têm como característica principal a adesão facultativa, ou seja, são váli- dos somente para seus signatários. Como exemplos, destacam-se o Acordo sobre Compras Governamentais, o Acordo sobre o Comér- cio de Aeronaves Civis e o Acordo sobre Produtos de Tecnologia da Informação (ICONE, 2012). Essas preferências concedidas nos acordos firmados são cha- madas preferências tarifárias e conhecidas também como margem de preferência. Elas representam "concessões em termos percen- tuais e para produtos específicos, promovidas pelos países-membros de um determinado acordo comercial. Quanto maior a margem de preferência, menor será a alíquota do Imposto de Importação efeti- vamente cobrada" (PLANEJANDO A EXPORTAÇÃO, 2012). Considerando todos os acordos internacionais existentes que norteiam as relações comerciais no mercado internacional, podemos citar dois deles como os mais abrangentes: o Sistema Geral de Preferências e o Sistema Global de Preferências Comer- ciais entre Países em Desenvolvimento. Sistema Geral de Preferências Os países desenvolvidos, membros da Organização de Coo- peração e Desenvolvimento Econômico (OCDE), por meio de acor- do aprovado em outubro de 1970 pela Junta de Comércio e De- senvolvimento da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), estabeleceram o Sistema Geral de Preferências (SGP), mediante o qual concedem redução parcial ou total do Imposto de Importação incidente sobre determinados produtos, quando estes forem originários e procedentes de países em desenvolvimento. No Brasil, a administração do SGP é exercida pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, por meio do Departamento de Negociações Internacionais. Claretiano - Centro Universitário 83© U2 - Mercado Internacional: Protecionismo e Blocos Econômicos Sistema Global de Preferências Comerciais entre Países em Desenvolvimento O Sistema Global de Preferências Comerciais entre Países em De- senvolvimento (SGPC) foi criado com o propósito de funcionar como uma instância para o intercâmbio de concessões comerciais entre os membros do Grupo dos 77, e pleiteia ser um instrumento para a promo- ção do comércio entre os membros desse grupo. Todavia, dos 77 países, apenas 40 são participantes do SGPC, entre eles, o Brasil (MDIC, 2012). Blocos econômicos Os blocos econômicos são associações de países, em geral, de uma mesma região geográfica ou que possuem afinidades culturais ou comerciais que estabelecem relações comerciais privilegiadas entre si e que atuam de forma conjunta no mercado internacional. Eles consistem em um processo político, pois dependem de árduas negociações, uma vez que provocam a regionalização da economia. Os países, ao associarem-se, atendem, objetivamente, ao desenvolvimento do comércio de sua região. Partem do princípio de que o fortalecimento do mercado entre eles permite melhor desempenho no mercado global. Os blocos econômicos são uma tendência (a regionalização) contraposta à globalização, mas bem vista pelos países em desen- volvimento. Há economistas que afirmam que ficar fora de um blo- co econômico é viver isolado do mundo comercial. Nesse processo de formação de blocos econômicos, há al- guns aspectos importantes a serem considerados: 1) A redução ou a eliminação das alíquotas de importação entre os países sócios do bloco. 2) A busca conjunta pela solução de problemas comerciais. 3) O aumento da interdependência da economia dos paí- ses do bloco. 4) O aumento gradativo do comércio entre os sócios e o consequente crescimento econômico deles. © Comércio Exterior84 A formação de blocos econômicos regionalizados não é uma iniciativa recente. Há muitas décadas, busca-se essa configuração político-econômica em diversas regiões internacionais, adquirindo maior importância e sistematização após a Segunda Guerra Mundial. Essa tendência se iniciou com a criação, em 1957, da Comu- nidade Econômica Europeia (CEE), o embrião da atual União Eu- ropeia, pormeio do Tratado de Roma. Mas essa tendência só se consolidou nos anos 1990, com o desaparecimento dos dois gran- des blocos da Guerra Fria − liderados por Estados Unidos e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas – que estimulou a formação de zonas independentes de livre-comércio, um dos processos de globalização. Entretanto, não existe modelo rígido a ser seguido pelos blo- cos de integração. As características variam conforme uma série de fatores. Os objetivos a serem alcançados, a profundidade da in- tegração desejada, a velocidade verificada no processo e a vonta- de política em obter certos resultados interferem definitivamente no delineamento da integração. Portanto, a maneira com que os blocos econômicos têm se formado no decorrer da história recente varia conforme as especi- ficidades e os interesses dos países envolvidos. Principais fases de integração dos blocos econômicos Ao assinar um acordo comercial para participação em um bloco econômico, um país compromete-se a eliminar as barreiras e aumentar o envolvimento no intercâmbio comercial, passando por várias fases. Cada fase tem um nível de envolvimento e de complexidade. Acompanhe-as no Quadro 1. Claretiano - Centro Universitário 85© U2 - Mercado Internacional: Protecionismo e Blocos Econômicos Quadro 1 Fases de integração econômica. FASES DE INTEGRAÇÃO ECONÔMICA 1ª fase: Zona de Livre-comércio. 2ª fase: União Aduaneira. 3ª fase: Mercado Comum. 4ª fase: União Econômica. 5ª fase: Integração econômica total. 6ª fase: União Política. 1ª fase: Zona de Livre-comércio A fase da Zona de Livre-comércio caracteriza-se por: 1) Barreiras progressivamente eliminadas apenas aos pro- dutos importados entre os países que compõem o bloco; 2) Autonomia de política tarifária sobre produtos de países não pertencentes ao bloco; 3) Baixa harmonização de políticas nacionais. 2ª fase: União Aduaneira A União Aduaneira tem as seguintes características: 1) Bens e serviços circulam livremente; 2) Tarifa Externa Comum (TEC) em relação aos países fora do bloco; 3) Baixa harmonização de políticas nacionais. Tarifa Externa Comum –––––––––––––––––––––––––––––––– A Tarifa Externa Comum (TEC) é um instrumento utilizado nos acordos de inte- gração, mais especificamente nas seguintes espécies de blocos econômicos: União Aduaneira, Mercado Comum e União Econômica. Consiste na imposição, por parte de todos os países-membros do bloco eco- nômico em questão, de uma tarifa igual (comum) incidente às importações de países terceiros, estranhos ao bloco, havendo ainda a prática de livre-comércio ou tarifas preferenciais nas relações intrabloco (ICONE, 2012). –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– © Comércio Exterior86 3ª fase: Mercado Comum O Mercado Comum caracteriza-se por: 1) Livre circulação de bens, serviços e fatores de produção (o capital e o trabalho); 2) Tarifa Externa Comum (TEC); 3) Média harmonização de políticas nacionais. Nessa fase, acontece, resumidamente, o que se chama fase das cinco liberdades: havia a livre circulação de bens (1), a livre circulação de pessoas (2), a livre prestação de serviços (3), a liber- dade de capitais (4) e a livre concorrência (5). É importante que você saiba que o Tratado de Assunção, que originou o Mercado Comum do Sul (Mercosul), conforme es- tudaremos mais adiante, tem por finalidade a constituição de um mercado comum, mas ainda não atingiu essa etapa de integração. 4ª fase: União Econômica A União Econômica automaticamente associada à "união monetária" e caracteriza-se por: 1) Livre circulação de bens, serviços e fatores de produção (o capital e o trabalho); 2) Tarifa Externa Comum (TEC); 3) Alta harmonização das políticas nacionais. Nessa fase, os países mudam suas legislações para adequá-las aos princípios dela. A União Europeia, por exemplo, criou o Parla- mento Europeu para alcançar esses objetivos. 5ª fase: Integração econômica total A fase de integração econômica total entre países ou terri- tórios tem como objetivos fazer com que seus membros adotem uma moeda comum, harmonizar por completo suas políticas fis- cais e transferir o controle sobre a política econômica para o con- junto dos membros. Ela tem as seguintes características: Claretiano - Centro Universitário 87© U2 - Mercado Internacional: Protecionismo e Blocos Econômicos 1) Livre circulação de bens, serviços e fatores de produção (o capital e o trabalho); 2) Tarifa Externa Comum (TEC); 3) Total harmonização das políticas nacionais e delegação a uma autoridade supranacional com poderes para elabo- rar e para aplicar essas políticas; 4) Moeda única. Saliente-se que a União Europeia caminha para essa fase, porém com enormes dificuldades. Desde 1º de janeiro de 2002, apenas 13 dos 27 países que compõem a União Europeia estão na Zona do Euro, ou seja, adotaram essa moeda única − o Euro − em sua política monetária nacional. São eles: Áustria, Bélgica, Finlândia, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Holan- da (Países Baixos), Portugal, Grécia, Espanha e Eslovênia. Os de- mais 14 países não aprovaram, internamente, a adesão à moeda única. Maia (2007, p. 282) diz que há um aspecto fundamental para essa fase ser coroada de êxito: "é necessário que as economias dos países-membros mantenham padrões coerentes, como taxa de juros, déficit orçamentário, nível de inflação e dívida pública". 6ª fase: União Política Muitos cientistas geopolíticos acreditam (ou querem crer) que essa união total seja possível no futuro. Por enquanto, ela só é um mero exercício imaginativo. Não faz parte do caminho comum de integração, mas é possível ocorrer havendo uma só representa- ção política ou uma espécie de confederação. Anterior a essas cinco fases (excluindo-se a sexta fase por ela ser remota), alguns autores detectam, ainda, a passagem pelas áreas de preferências tarifárias. © Comércio Exterior88 Áreas de preferências tarifárias Áreas de preferências tarifárias são acordos estabelecidos entre os países para redução de tarifas alfandegárias no comér- cio entre seus membros, por meio da concessão de preferências tarifárias. Tais arranjos podem firmar a seleção de um grupo ou a inclusão da totalidade das mercadorias negociadas, em acordos de redução das tarifas de importação. Quanto às áreas de preferências, é possível classificá-las em três tipos: • Áreas tarifárias; • Áreas alfandegárias; • Áreas econômicas. Vejamos alguns detalhes sobre essas áreas a seguir. Tarifárias Tarifárias são as áreas mais simples e se referem, exclusiva- mente, às concessões relativas aos direitos alfandegários que gra- vam a importação ou a exportação de mercadorias. Atingem, ape- nas, os tributos incidentes sobre o comércio exterior: o Imposto de Importação (II) e o Imposto de Exportação (IE). Alfandegárias As áreas alfandegárias abrangem as preferências quanto aos tributos do comércio exterior, como também a outros tributos, ge- ralmente indiretos, aplicados no comércio. Podem, ainda, regular restrições diretas, como quotas, licenças ou monopólios. Econômicas As áreas econômicas podem abranger aspectos que não são de natureza alfandegária, mas que constituem um tratamento discrimi- Claretiano - Centro Universitário 89© U2 - Mercado Internacional: Protecionismo e Blocos Econômicos natório em relação à mercadoria estrangeira importada. Podem, tam- bém, ser feitas concessões que digam respeito à tributação interna. As áreas de preferências − tarifárias, alfandegárias ou eco- nômicas − não representam formas de integração, em virtude de sua superficialidade e pequena abrangência. Por isso, seria cor- reto incluí-las, apenas, entre os modelos de cooperação interna-cional. 8. PRINCIPAIS BLOCOS ECONÔMICOS A OMC registra a existência de mais de 200 blocos econô- micos em todo o planeta. Entretanto, sabemos que são poucos os que existem de fato, estabelecendo papel determinante no comér- cio internacional. Para melhor visualização, apresentamos a você as localiza- ções dos principais blocos econômicos na Figura 1, bem como seus nomes e respectivas siglas no Quadro 2. Fonte: Brasil Escola (2012). Figura 1 Mapa-múndi com as localizações dos principais blocos econômicos mundiais. © Comércio Exterior90 Quadro 2 Descrição das siglas dos principais blocos econômicos. SIGLAS DOS PRINCIPAIS BLOCOS ECONÔMICOS Aladi – Associação Latino-Americana de Integração Anzcerta – Acordo Comercial sobre Relações Econômicas entre Austrália e Nova Zelândia Apec – Fórum Econômico da Ásia e do Pacífico Asean – Associação de Nações do Sudeste Asiático CAN – Comunidade Andina/Grupo Andino/Pacto Andino Caricom – antiga Comunidade e Mercado Comum do Caribe e atual Comunidade do Caribe ou Comunidade das Caraíbas CEI – Comunidade dos Estados Independentes Efta – Associação Europeia de Livre Comércio EU – União Europeia MCCA – Mercado Comum Centro-Americano Mercosul – Mercado Comum do Sul Nafta – Acordo de Livre Comércio da América do Norte SADC – Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral Após essa breve visualização da distribuição mundial dos principais blocos econômicos, veremos, as seguir, mais detalhes sobre cada um deles. Principais Blocos Econômicos ––––––––––––––––––––––––– Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte) Constitui-se em um instrumento de integração das economias dos EUA, do Ca- nadá e do México. O Nafta (North America Free Trade Agreement) foi iniciado em 1988, entre norte- -americanos e canadenses, e por meio do Acordo de Liberalização Econômica, assinado em 1991, formalizou-se o relacionamento comercial entre os Estados Unidos e o Canadá. Em 13 de agosto de 1992, o bloco recebeu a adesão dos mexicanos. O Nafta entrou em vigor em 1º de janeiro de 1994, com um prazo de 15 anos para a total eliminação das barreiras alfandegárias entre os três países, estando aberto a todos os Estados da América Central e do Sul. O Nafta consolidou o intenso comércio regional no hemisfério norte do Conti- nente Americano, beneficiando grandemente à economia mexicana, e aparece como resposta à formação da Comunidade Europeia, ajudando a enfrentar a concorrência representada pela economia japonesa e por este bloco econômico europeu. São países-membros do Nafta: Estados Unidos, Canadá e México (BRASIL, 2012b). Claretiano - Centro Universitário 91© U2 - Mercado Internacional: Protecionismo e Blocos Econômicos MCCA (Mercado Comum Centro-Americano) Surgiu em 1960 na tentativa de promover a paz na região, afetada por graves conflitos bélicos. Em 4 de junho de 1961 foi assinado o Tratado de Integração Centro-Americana com o objetivo de criar um mercado comum nessa região. Na mesma época foi criado o Parlamento Centro-Americano (Parlacen) e a Corte Centro-Americana de Justiça, que ainda não possui caráter permanente. Hoje, os estados-membros do MCCA designaram um grupo de trabalho para preparar o processo de constituição da União Centro-Americana, nos mesmos moldes da União Europeia. São países-membros do MCCA: Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua (BRASIL, 2012j). Caricom (Mercado Comum e Comunidade do Caribe) É um bloco de cooperação econômica e política, criado em 1973, formado por quatorze países e quatro territórios da região caribenha. Em 1998, Cuba foi admitida como observadora do Caricom. O bloco foi formado por ex-colônias de potências europeias que, após a sua inde- pendência, viram-se na contingência de aliar-se para suprir limitações decorrentes da sua nova condição e acelerar o seu processo de desenvolvimento econômico. São países-membros do CARICOM: Antigüa e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Dominica, Granada, Guiana, Haiti, Jamaica, Montserrat, Santa Lúcia, São Cristóvão e Neves, São Vicente e Granadinas, Suriname e Trinidad e Tobago (BRASIL, 2012l). Aladi (Associação Latino-Americana de Integração) Criada em 12 de agosto de 1980 pelo Tratado de Montevidéu, a ALADI objetivou criar um mercado comum latino-americano, a longo prazo e de maneira gradual, mediante a concessão de preferências tarifárias e acordos regionais e de alcan- ce parcial. A Aladi substituiu a Alalc, a antiga Associação Latino-Americana de Livre Comér- cio, que foi criada em 1960. [...] Cuba é o mais recente país-membro da Aladi. São países-membros da ALADI: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela (BRASIL, 2012e). CAN (Pacto Andino, Comunidade Andina ou Grupo Andino) Em 26 de maio de 1969, pelo Acordo de Cartagena, Colômbia, Peru, Venezuela, Equador, Bolívia e Chile criaram uma União Aduaneira e Econômica para fazer restrições à entrada de capital estrangeiro, com base em estudos da Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL), órgão da ONU. Em 1973, com a subida ao poder do General Augusto Pinochet, o Chile retirou-se do Pacto, abrindo sua economia ao mercado externo, principalmente ao norte- -americano. Hoje, o grupo de países remanescentes objetiva criar um mercado comum, em função do processo de globalização econômica que exige a formação em bloco para melhor defesa de seus interesses e promoção integrada do seu desenvol- vimento. [...] © Comércio Exterior92 São países-membros da CAN: Bolívia, Colômbia, Equador e Peru (BRASIL, 2012f). Em 1977 o Chile deixa o Pacto (e em 2006 se reintegra como membro associa- do) e, em 2006, a Venezuela sai do Bloco. Mercosul (Mercado Comum do Sul) O Tratado de Assunção (26/03/1991) e o Protocolo de Ouro Preto (17/12/1994) criaram o Mercado Comum do Sul ou Mercosul, uma organização internacional formada por quatro países-membros, Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai e dois Associados, Bolívia (Tratado assinado em 28/02/1997) e Chile (Tratado assinado em 25/06/1996), na região denominada Cone Sul do Continente Americano. Em 17 de dezembro de 1991, foi assinado o Protocolo de Brasília, mais tarde complementado pelo Protocolo de Olivos, assinado em 18 de fevereiro de 2002, ambos com o objetivo de estabelecer normas para a Solução de Controvérsias no Mercosul, ou seja, constituindo um Tribunal Permanente de Revisão para con- solidar a segurança jurídica na região. O Mercosul tem como principal objetivo criar um mercado comum com livre cir- culação de bens, serviços e fatores produtivos. Complementando esse objetivo maior busca-se a adoção de uma política externa comum, a coordenação de posições conjuntas em foros internacionais, a formulação conjunta de políticas macroeconômicas e setoriais, e, por fim, a harmonização das legislações nacio- nais, com vistas a uma maior integração. [...] São países-membros e associados do Mercosul: Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela e, associados, Bolívia e Chile (BRASIL, 2012k). CEI (Comunidade dos Estados Independentes) Criada em 1991, a Comunidade dos Estados Independentes (CEI) constitui-se num bloco político-econômico que reúne 12 das 15 repúblicas que formavam a antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Ficaram de fora apenas os três países bálticos: Lituânia, Letônia e Estônia, sen- do que este último está solicitando ingresso na União Europeia. A CEI, com uma população de 273,7 milhões de habitantes, está organizada em um confederação de Estados, que preserva a soberania de cada um. A Comuni- dade prevê a centralização de Forças Armadas e o uso de uma moeda comum: o Rublo. São países-membros da CEI: Armênia, Belarus, Cazaquistão, Federação Russa, Moldávia, Quirquistão, Tadjiquistão, Turcomenistão, Ucrânia, Uzbequistão, des- de 1991, e Geórgiae Azerbaidjão, a partir 1993 (BRASIL, 2012g). Efta (Associação Europeia de Livre Comércio) A EFTA foi constituída pela Convenção de Estocolmo, assinada em 4 de janeiro de 1960, tendo como primeiros parceiros Áustria, Dinamarca, Noruega, Portugal, Suécia, Suíça e Reino Unido (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte). A EFTA surgiu como uma oposição à Comunidade Econômica Europeia (CEE), pois seus Estados-Membros procuravam evitar o que consideravam pesados compromissos econômicos e institucionais, pois enquanto o Reino Unido busca- va total liberdade econômica, sem maiores compromissos institucionais, a Áus- tria, a Suécia e a Suíça defendiam o direito à soberania política. Claretiano - Centro Universitário 93© U2 - Mercado Internacional: Protecionismo e Blocos Econômicos Com o fortalecimento da Comunidade Europeia, a EFTA perdeu a maioria de seus integrantes, pois Áustria, Dinamarca, Portugal, Suécia, Reino Unido e Fin- lândia, que entrou em 1986, aderiram ao bloco de maior magnitude. Hoje, a EFTA restringe-se à associação de apenas quatro países, a saber, Islân- dia, Liechtenstein, Noruega e Suíça. Em 2 de maio de 1992, na cidade do Porto, Portugal, a EFTA assinou com a União Europeia um acordo criando o Espaço Econômico Europeu (EEE), o qual viabilizará, não só aumento do volume de comércio com a União Europeia como também a participação dos seus quatro Estados-Membros em outros programas da União Europeia. São países-membros da EFTA: Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça (BRA- SIL, 2012d). UE (União Europeia) A União Europeia representa o estágio mais avançado do processo de formação de blocos econômicos no contexto da globalização. Originada da Comunidade Econômica Europeia (CEE), fundada em 1957, pelo Tratado de Roma, a União Europeia (UE) é o maior bloco econômico do mundo em termos de PIB: 14,7 trilhões de dólares (2009 – Fundo Monetário Internacional). A UE (União Europeia) é um bloco econômico, político e social de 27 países eu- ropeus que participam de um projeto de integração política e econômica. A União Europeia é resultado de um longo caminho de discussões e de ajustes políticos e econômicos. Seu formato organizacional é resultado de vários trata- dos como o Tratado da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), o Tratado da Comunidade Econômica Europeia (CEE), o Tratado da Comunidade Europeia da Energia Atômica (Euratom) e o Tratado da União Europeia (UE), o Tratado de Maastricht, que estabeleceu a integração monetária por meio do euro e importantes fundamentos para uma futura integração política. São países-membros da União Europeia: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária. Chipre, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estônia, Finlândia, Fran- ça, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos (Holanda), Polônia, Portugal, Reino Unido, República, Romênia e Suécia. Macedônia, Croácia e Turquia encontram-se em fase de negociação. Estes paí- ses são politicamente democráticos, com um Estado de direito em vigor (adap- tado de BRASIL, 2012m). SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral) Foi criada em 1992, para incentivar as relações comerciais entre seus 14 países- -membros. Tem o objetivo de criar um mercado comum, a médio prazo, seguindo o modelo básico da União Europeia e alguns aspectos do Mercosul. Tem também o propó- sito de promover esforços para estabelecer a paz e a segurança na conturbada região meridional africana. O bloco reúne uma população de 206,4 milhões de habitantes e produz um PIB de US$ 162,2 bilhões, exportando US$ 52,4 bilhões de sua produção e importan- do US$ 50,8 bilhões de produtos do exterior. São países-membros da SADC: África do Sul, Angola, Botsuana, Lesoto, Malavi, Maurício, Moçambique, Namíbia, República Democrática do Congo, Seicheles, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue (BRASIL, 2012h). © Comércio Exterior94 Apec (Fórum Econômico da Ásia e do Pacífico) Organismo intergovernamental para consulta e cooperação econômica, na ver- dade constitui-se em um bloco econômico para promover a abertura de merca- dos entre vinte países, com Hong Kong representando a China. A APEC foi oficializada em 1993 e pretende estabelecer a livre troca de mercado- rias entre todos os países do grupo até 2020. A APEC é, sem sombra de dúvida, um poderoso bloco econômico, pois responde por cerca de metade do PIB e 40% do comércio mundial. O bloco reúne uma população de 2.559,3 milhões de habitantes, alcançando um PIB de US$ 18.589,2 trilhões, exportações no valor de US$ 2.891,4 trilhões e importações de US$ 3.094,5 trilhões. São países-membros da APEC: Austrália, Brunei, Darussalam, Canadá, Indoné- sia, Japão, Malásia, Nova Zelândia, Filipinas, Cingapura, Coreia do Sul, Tailândia e Estados Unidos da América, desde 1989; China, Hong Kong (China), Taiwan, desde 1991; México, Papua Nova Guiné, desde 1993; Chile, a partir de 1994; e Peru, Rússia e Vietnã, a partir 1998 (BRASIL, 2012) (BRASIL, 2012i). Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático) Surgiu em 1967, liderada pela Tailândia, com o objetivo de assegurar a estabili- dade política e de acelerar o processo de desenvolvimento da região. O bloco busca promover o desenvolvimento econômico, social e cultural da re- gião através de programas cooperativos, salvaguardando a estabilidade política e econômica da região, bem como servindo como fórum de discussão das dife- renças intrarregionais. Atualmente a ASEAN tem a intenção de acelerar as negociações para que se atinja o livre comércio durante o ano de 2003. São países-membros da ASEAN: Indonésia, Malásia, Filipinas, Cingapura e Tai- lândia, desde 1967; Brunei, a partir de 1984; Vietnã desde 1985; Mianmar e Laos a partir de 1997 e Camboja desde 1999 (BRASIL, 2012c). Anzcerta (Acordo Comercial sobre Relações Econômicas entre Austrália e Nova Zelândia) Criado em 1983, tornou-se o principal instrumento de administração das relações econômicas entre Austrália e Nova Zelândia. Foi planejado para transformar-se em um acordo entre os dois países, cujo prin- cipal objetivo é a criação de uma área de livre-comércio. Além do protocolo geral destinado a acelerar o livre comércio de mercadorias entre os dois países, o ANZCERTA destaca-se pelo seu protocolo sobre livre comércio na área de serviços, o primeiro do mundo globalizado. Vale destacar que o ANZCERTA assinou um acordo inicial com o ASEAN, em 1995, para facilitar os fluxos de comércio e de investimentos entre as duas re- giões. No momento, os dois blocos estabeleceram um grupo de trabalho que estuda a possibilidade de criação de uma área de livre comércio, reunindo o ANZCERTA e o ASEAN, até 2010. O bloco reúne uma população de 22,5 milhões de habitantes, com um PIB de US$ 468,1 bilhões, um montante de exportação no valor de US$ 70,3 bilhões e importações que atingem os US$ 75,7 bilhões. São países-membros do ANZCERTA: Austrália e Nova Zelândia (BRASIL, 2012a). –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– Claretiano - Centro Universitário 95© U2 - Mercado Internacional: Protecionismo e Blocos Econômicos E para complementar o assunto, destacamos que a Área de Livre Comércio das Américas (Alca) iniciou-se na reunião da Cúpula das Américas (Summit of Américas) realizada em Miami, nos Esta- dos Unidos, durante o mês de dezembro de 1994. Ela agrupa 34 países das Américas, o que dá quase a totalidade de países dos três continentes que as compõem, tendo, apenas, a exceção de Cuba, mas os países já estão em negociação para a sua implementação. 9. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS Confira, a seguir, as questões propostas para verificar seu de- sempenho no estudo desta unidade: 1) Leia a observação a seguir: Mesmo com toda a globalização econômica que vivenciamos atualmente e com toda a estrutura internacional existente para amparar o livre-comércio,ainda observamos o recrudescimento das ações protecionistas, que, em última análi- se, emperram o desenvolvimento das relações comerciais internacionais. De acordo com o trecho anterior, responda: a) Quais são as ações que os países e as empresas podem desenvolver para se contraporem a essa prática? b) As políticas de apoio e de financiamento subsidiadas pelo governo brasi- leiro aos seus produtores nacionais podem ser consideradas como ações antiprotecionistas? 2) Leia a observação a seguir: O mundo globalizado demonstra forte tendência para sua reorganização de forma regionalizada, ou seja, se antes se buscava estreitar e liberar totalmente os mercados nacionais, hoje, por meio dos blocos econômicos, criam-se bar- reiras para os produtos externos e privilégios para os produtos oriundos dos países que compõem determinado bloco. Considerando essa observação, quais são as etapas existentes nesse processo de reorganização político-econômica e quais são as dificuldades a elas inerentes? 10. CONSIDERAÇÕES Chegamos ao final da Unidade 2. Aqui, estudamos os aspec- tos essenciais das barreiras existentes no comércio internacional, © Comércio Exterior96 das defesas que os países utilizam contra elas e dos acordos que tentam contornar o protecionismo existente, bem como os dos blocos econômicos, que se apresentam como uma alternativa para o acesso ao mercado internacional. Vamos continuar nosso estudo seguindo para a Unidade 3. 11. E-REFERÊNCIAS Figura Figura 1 Mapa-múndi com as localizações dos principais blocos econômicos mundiais. Disponível em: <http://www.camara.gov.br/mercosul/Organograma/mapab.html>. Acesso em: 18 jul. 2012. Sites pesquisados APRENDENDO A EXPORTAR. Acordos comerciais. Disponível em: <http://www. aprendendoaexportar.gov.br/informacoes/acordoscomerciais5.htm>. Acesso em: 18 jul. 2012. ______. Planejando a exportação. Margens de preferência. Disponível em: <http:// www.aprendendoaexportar.gov.br/maquinas/planejando_exp/plan_estrategico/vant_ competitivas/margens.asp>. Acesso em: 17 jul. 2012. BRASIL. 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