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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM PROCESSOS QUÍMICOS KAYQUE ARAÚJO BORGES ROSSI SÍNTESE E CARACTERIZAÇÃO DA PENEIRA MOLECULAR Sn-Al- MCM-41 UTILIZADA NA REAÇÃO DE ETERIFICAÇÃO DO GLICEROL TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO I APUCARANA 2015 KAYQUE ARAÚJO BORGES ROSSI SÍNTESE E CARACTERIZAÇÃO DA PENEIRA MOLECULAR Sn-Al- MCM-41 UTILIZADA NA REAÇÃO DE ETERIFICAÇÃO DO GLICEROL Projeto apresentado à disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso I, do Curso Superior de Tecnologia em Processos Químicos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, como requisito de aprovação. Orientador: Prof. Dr. Márcio Eduardo Berezuk APUCARANA 2015 RESUMO Rossi, Kayque Araújo Borges. Síntese e caracterização da peneira molecular Sn-Al- MCM-41 utilizada na reação de eterificação do glicerol 2015. 28 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso Superior de Tecnologia em Processos Químicos) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Apucarana, 2015. Este trabalho apresenta a síntese da Sn-Al-MCM-41 na razão alumínio/silício em 1/10 e 1/50 por meio da metodologia sol-gel e posterior impregnação úmida do metal estanho tendo a concentração de metal correspondida de 10% e 20% em massa. As amostras serão caracterizadas pela técnica de difração de raios-X (DRX) e também pela análise textural dos materiais pela técnica de adsorção/dessorção de N2. Os materiais obtidos devem possuir estrutura característica da MCM-41 possuindo alta área superficial e diâmetro médio dos poros indicando mesoporosidade. A presença dos metais de estanho também deverá ser investigada bem como a sua natureza nas estruturas formadas. Ensaios reacionais da eterificação do glicerol com benzaldeído deverão mostrar a atividade catalítica dos catalisadores de estanho sintetizados buscando obter bons rendimentos de reação de acetais cíclicos valiosos derivados do glicerol. Palavras Chave: Eterificação. MCM-41. Estanho. Sol-gel. Glicerol. Sumário 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4 2 OBJETIVOS ............................................................................................................. 7 2.1 OBJETIVO GERAL .............................................................................................. 7 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 7 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................... 8 3.1 BIODIESEL ........................................................................................................... 8 3.1.1 Definições ........................................................................................................... 8 3.1.2 Transesterificação .............................................................................................. 8 3.1.3 Subproduto Glicerol ............................................................................................ 9 3.2 PENEIRAS MOLECULARES .............................................................................. 10 3.2.1 Família M41S ................................................................................................... 12 3.2.2 MCM-41 ............................................................................................................ 12 3.3 SÍNTESE E MECANISMO DE FORMAÇÃO ....................................................... 13 3.3.1 Geração de sítios ativos ................................................................................... 14 4 METODOLOGIA .................................................................................................... 16 4.1 SÍNTESE DOS CATALISADORES ..................................................................... 16 4.1.1. Formação das peneiras moleculares .............................................................. 16 4.1.2. Incorporação do metal de estanho .................................................................. 17 4.2 CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS .............................................................. 18 4.3 REAÇÕES DE ETERIFICAÇÃO ......................................................................... 18 5 RESULTADOS ESPERADOS ............................................................................... 20 6 CRONOGRAMA .................................................................................................... 20 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 22 4 1 INTRODUÇÃO Em consequência da crise do petróleo em 1973, desencadeada por fatores políticos e econômicos, associados às mudanças climáticas, surgiu a necessidade de buscar novas fontes de energia alternativa e renováveis proveniente da biomassa e de gordura animal, afim de reduzir a dependência de combustível fóssil e minimizar os impactos ambientais pela emissão de gases de efeito estufa (CANDEIA 2008). A busca por combustíveis renováveis alternativos aos derivados de petróleo têm ganhado espaço na comunidade científica, voltando a valorizar o uso de óleos vegetais, gorduras de animais e derivados como matérias-primas para a produção destes combustíveis alternativos. Para que seja produzido o biodiesel estes óleos e gorduras têm-se realizado a reação de transesterificação na presença de um catalisador (usualmente uma base) com um álcool (geralmente metanol ou etanol) para produzir alquil-ésteres e glicerol. Estes alquil-ésteres são o que se chama de biodiesel ao qual podem ser produzidos por uma grande variedade de matérias-primas que incluem a maioria dos óleos vegetais e óleos residuais bem como gorduras de animais (CANDEIA, 2008). A transformação química do óleo in natura pode ser feita por esterificação, transesterificação, craqueamento térmico ou catalítico (SUAREZ; MENEGHETTI, 2007). A comunidade cientifica e tecnológica juntamente com a indústria do biodiesel observaram que o uso do subproduto glicerol (glicerina) no biodiesel ocasiona sérios problemas para a qualidade do biocombustível. A grande quantidade de glicerol obtido pela transesterificação associado a uma menor demanda de consumo fez aumentar os estoques de glicerol ocasionando baixos preços desta matéria-prima no mundo todo. Alternativas devem ser buscadas para agregar valor ao glicerol por meio de se obter novos subprodutos químicos que possam sustentar este mercado (ZHENG et al., 2008). A glicerina está presente em diversas aplicações comerciais e industriais, desde as linhas de medicamentos e cosméticos, passando pela alimentícia, as indústrias de tabaco, petroquímica, papel e celulose (CORMA et al., 2007). Estudos científicos indicam que catalisadores ácidos favorecem as reações de eterificação do glicerol e o uso da catálise heterogênea tem sido desenvolvido aos 5 processos químicos devido à diminuição de etapas de separação e a possibilidade de reutilização/regeneração dos catalisadores (GU et al., 2008). A MCM-41 (Mobil Composition Mater) é uma peneira molecular da classe mesoporosa (20-100 Å de tamanho de poros) que desde sua descoberta nos anos 90 vem obtendo grande destaque como um ótimo material para catálise heterogênea, tendo como características importantes relevantes poros bem uniformes, alta área superficial e grande capacidade de adsorção.Estas propriedades evidenciam uma variedade de aplicações, especialmente quando estabilidade térmica e mecânica são desejadas, no caso aos catalisadores industriais (BECK et al., 1992; CAI et al., 1999). A incorporação de átomos trivalentes (Al, Fe, Ga) e outros metais de transição (Sn, Zn, Ir) nas paredes da MCM-41 cria sítios ácidos de Lewis e permite a preparação de diversos materiais com diferente acidez, o que promove propriedades catalíticas distintas (CORMA et al., 1994, HERAVI et al., 2011; OPRESCU et al., 2013). A capacidade ácida das peneiras moleculares tipo MCM-41 e SBA-15, suas características cristalinas com canais hexagonais regulares oferecem ótimas condições para incorporar outros metais por diversas técnicas de inserção (impregnação, troca iônica, precipitação, deposição a vapor), tornando a estrutura bastante versátil em seus sítios ácidos (MOTA; SILVA; GONÇALVES, 2009; KIM et al., 2014). Uma das principais rotas de transformação do glicerol é a eterificação do mesmo com a presença de álcoois, cetonas e aldeídos, no intuito de formar compostos químicos de grande valor comercial como: aditivos para combustíveis, surfactantes, flavorizantes e solventes para uso em medicina como também agentes anti-bacterianos (GU et al., 2008; SILVA et al., 2009). Quando a eterificação provêm da reação de álcoois com aldeídos ou cetonas leva o nome de acetalização, ao qual são produzidos acetais e, considerando o uso do glicerol, acetais do glicerol (MOTA; SILVA; GONÇALVES, 2009). A acetalização de benzaldeído com o glicerol é capaz de formar acetais cíclicos como [1,3] fenil- dioxan-5-ol ou [1,3] fenil-dioxalan-4-metanol (6 ou 5 átomos em anéis) que são vistos como importantes intermediários de reação da plataforma “green” para a produção de dihidroxiacetona e 1,2-propanodiol, de grande valor comercial (DEUSTCH et al, 2007). A eterificação do glicerol com outros álcoois formam éteres do glicerol que aumentam as propriedades de queima da gasolina, portanto podem ser considerados 6 aditivos aos combustíveis. Estudos mostram que acetais do glicerol também auxiliam em melhorias para misturas com biodiesel (GARCIA et al., 1995). Neste trabalho, realizou-se a síntese de peneiras moleculares Al-MCM-41 impregnando com teores do metal estanho para uso como catalisadores ácidos na reação de eterificação de glicerol com benzaldeído. A caracterização dos materiais formados será realizada pelos métodos de Difração de Raio-X (DRX) e análise textural pela adsorção/dessorção de N2. 7 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Estudar o comportamento catalítico do uso da peneira molecular Sn-Al-MCM- 41, maximizando a formação de seus sítios ácidos, para utilização na reação de eterificação do glicerol com benzaldeído, observando as melhores condições de reação e a formação dos produtos químicos derivados do glicerol. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Sintetizar a peneira molecular denominada Al-MCM-41 maximizando os sítios ácidos; Incorporação de metal de estanho na superfície da Al-MCM-41 pelo método de impregnação úmida; Caracterizar todos os catalisadores de alumínio e estanho formados; Realizar as reações de eterificação do glicerol com benzaldeído, em fase líquida e em reator batelada com os catalisadores sintetizados; Analisar os parâmetros envolvidos na reação (temperatura, concentração dos reagentes e reuso dos catalisadores) para a determinação das melhores condições reacionais. 8 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3.1 BIODIESEL 3.1.1 Definições De acordo com lei n° 11.097 de 13 de janeiro de 2005 define-se biodiesel como combustível de fontes renováveis e biodegradável para o uso em motores a combustão interna com ignição por compressão derivados de plantas oleaginosas ou de gorduras animais, que venha a substituir parcial ou totalmente o óleo diesel derivado de origem fóssil (ANP, 2015). Por estar definido de forma sutil não existe nenhuma restrição quanto a rota tecnológica utilizada para produção, sendo possível utilizar os produtos obtidos pelos processos de transesterificação, esterificação e craqueamento térmico ou por catálise. No entanto, a Agencia Nacional do Petróleo (ANP), por meio da Resolução ANP n° 42 de 24 de novembro de 2004, regulamenta apenas o uso de ésteres metílicos ou etílicos de ácidos graxos, sejam esses obtidos por reações de transesterificação ou de esterificação. Entretanto, a utilização do biodiesel de outras formas alternativas está descrito na resolução ANP n° 19 de 2007, sendo esse em caráter experimental, em frotas cativas ou para consumo próprio, desde que monitorado por essa agencia (ANP, 2015). 3.1.2 Transesterificação No Brasil a principal rota de transformação é a transesterificação de óleos vegetais com álcoois metílico e etílico empregando uma catálise básica, obtendo a geração de um subproduto denominado glicerina que, teoricamente, a estequiometria de reação cita que a cada 3 mol de ésteres metílicos ou etílicos gera-se 1 mol de 9 glicerina bruta, sendo aproximadamente 10% da massa do produto final (ZHOU et al., 2008). O processo de reação química mais viável para produção de biodiesel consiste em reagir lipídios (óleos ou gorduras), e de preferência com ésteres de cadeia curta normalmente um álcool metílico ou etílico, na presença de um catalisador (básico ou ácido de Brönsted), sendo o resultado desta mistura a produção de ésteres alquílicos de ácidos graxos denominado de biodiesel e o subproduto glicerol (GL). Esta reação ocasiona a quebra da molécula do triacilglicerol (TAG), por uma sequência de três reações reversíveis e consecutivas, em que os monoacilgliceróis (MAG) e os diaciligliceróis (DAG) são os intermediários (VISENTAINER; SANTOS, 2013) como pode ser visualizado pela Figura 1. Figura 1- Reação de transesterificação R representa um mistura de várias cadeias de ácidos graxos, o álcool empregado geralmente é o metanol ou etanol. Fonte: Adaptado de VISENTAINER e SANTOS (2013). 3.1.3 Subproduto Glicerol Quimicamente, a glicerina é um tri-álcool com 3 carbonos, denominado pela (IUPAC) como 1,2,3-propanotriol como pode ser vista pela na Figura 2. Figura 2- Estrutura da molécula de glicerina. Fonte: Adaptada de MOTA, et al., (2009). 10 O glicerol apresenta uma estrutura versátil que pode ser transformada em diversas substâncias químicas de maior valor de mercado que são conhecidas pela comunidade cientifica e tecnológica. Foi adotado comercialmente o nome de glicerina. Em 1779, Carl. W. Scheele (químico sueco), mediante ao aquecimento de azeite de oliva com óxido de chumbo (PbO), produziu pela primeira vez o glicerol, que por meio de lavagem com água e posteriormente com a evaporação desta água obteve-se um líquido pesado e viscoso de sabor adocicado batizando-o de “o doce princípio das gorduras”. O glicerol é encontrado naturalmente em diversas plantas oleaginosas e em gorduras animais em conjunto com triglicerídeos. Desde 1949 a rota de produção do glicerol vem sendo feita por derivados da petroquímica pela síntese do propeno. Este quadro vem mudando rapidamente com o aumento da produção mundial de biodiesel (ZHOU et al., 2008). Podendo ser chamado de um álcool trihidroxilado, o glicerol é um líquido viscoso de coloração clara semelhante à da água, de gosto doce e em temperaturas elevadas acima do ponto de fusão apresenta características higroscópicas (GERHARD et al, 2006). O glicerol é completamente solúvel em água e álcool, e insolúvelem hidrocarbonetos. Por ter uma tendência de super resfriamento e sua pronunciada depressão do ponto de congelamento, raramente pode-se verificar uma molécula de glicerol cristalizada quando misturada com água. Em uma solução de 66,7% de glicerol com 33,3% de água forma-se uma mistura eutética levando o ponto de congelamento da água de 0 °C para - 46,5°C. O glicerol por ser um molécula versátil, o álcool tri hídrico mais simples, pode formar aldeídos, éteres, ésteres, haletos de aminas e componentes insaturados, como a acroleína. Por ter características de um álcool o glicerol tem a habilidade de formar sais como o gliceróxido de sódio (GERHARD et al, 2006). 3.2 PENEIRAS MOLECULARES Embora houvessem estudos científicos voltados ao trabalho e a utilização destes materiais com um acúmulo de 200 anos de pesquisas, em 1932, McBain definiu o conceito de peneira molecular como um sólido poroso capaz de absorver uma 11 molécula seletivamente (FLANIGEN, 1991). A acessibilidade da superfície desses sólidos é delimitada em função do diâmetro dos poros, daí o efeito do peneiramento molecular mostrado pela Figura 3. Figura 3 - Moléculas lineares sendo absorvidas pela zeolitas A (a); impedimento estérico por poros (b). Fonte: Del Val Alonso (1995). A peneira molecular, por apresentar uma estrutura bastante porosa, baseia- se em uma extensa rede de íons de oxigênio contendo elementos do tipo (TO4), onde T representa átomo central com sítios tetraédricos (Si, Al, P, etc.) (DEL VAL ALONSO, 1995). A família das peneiras moleculares abriga diversos materiais como: aluminiofosfatos, metaloaluminiofostatos, silicoaluminiofosfatos, germanatos, estanatos, metalossilicatos, aluminogermanatos dentre outros (PEREIRA, 2010). Conforme a IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada) as peneiras moleculares são classificadas de acordo com o tamanho dos seus poros, sendo microporosas (< 2 nm), mesoporosas (2 a 50 nm) e macroporosas (> 50 nm). Entre a família dos materiais microporoso, temos as zeolitas, que são aluminossilicatos cristalinos que podem ser obtidos na forma natural ou sintética. Esses aluminossilicatos possuem uma elevada área superficial e estabilidade térmica, entre outras propriedades que são de enorme interesse para áreas afins como absorção e catálise (PEREIRA, 2010). (a) (b) 12 3.2.1 Família M41S De acordo com Beck e colaboradores (1992), no mesmo ano de sua publicação a empresa Mobil Oil Corporation desenvolveu uma nova classe de peneiras moleculares mesoporosas, visando a demanda por materiais que possuam diâmetro de poros maiores que as das zeólitas que foram denominadas de M41S sendo composta por três mesofases: hexagonal MCM-41, cúbica MCM-48 e laminar MCM-50 conforme mostra a Figura 4 (BIZ et at., 1998). Figura 4 - (a) estrutura hexagonal, (b) estrutura cubica e (c) laminar. Fonte: BECK et al., (1992); KRESGE et al., (1992). 3.2.2 MCM-41 A MCM-41 da Mobil Oil Corporation, por ser um material nanoestruturado, está presente na maioria das aplicações de catálise em processamento de hidrocarbonetos, isto pode ser justificado por apresentar de fato uma estrutura hexagonal mesoporosa uniforme com diâmetro variável de 2 a 10 nm, boa estabilidade térmica, alta área superficial de poros acima de 700 m2.g-1, tendo uma maior acessibilidade de moléculas volumosas aos sítios ativos no interior dos poros (CASTRO, 2009). 13 3.3 SÍNTESE E MECANISMO DE FORMAÇÃO A síntese da estrutura mesoporosa é análoga ao das zeólitas, sendo dependente de alguns fatores como a fonte de silício utilizada, a natureza do surfactante, a concentração dos reagentes, o pH da solução, a temperatura e etc. A diferença entre a síntese dessas duas classes está no uso do agente direcionador estrutural que no caso das mesoporosas e o próprio surfactante utilizado (PEREIRA, 2010). O surfactante é uma molécula orgânica que em sua estrutura possui uma extremidade polar (hidrofílica) e outra apolar (hidrofóbica) composta por uma cadeia de hidrocarbonetos. Por terem a parte hidrofílica os surfactantes podem ser classificados como aniônicos, catiônicos, anfóteros e não iônicos (SILVA, 2009). Como há diversas rotas de sínteses existentes foram propostos alguns modelos para explicarem o mecanismo de formação de materiais mesoporosos. No contexto geral, estes modelos se baseiam na presença de arranjos supramoleculares de surfactantes, para orientar a formação da mesoestrutura inorgânica a partir de percursores inorgânicos solubilizados no meio. Estes modelos embora ainda esteja em discussão devido às suas limitações encontradas, contribuem para o entendimento da morfologia macroscópica bem como a orientação dos poros (SOUSA, 2006.) Beck e colaboradores (1992) propuseram dois mecanismos de formação típicos acompanhados por outras rotas modificadas (ZHAO et al., 1998). O mecanismo de síntese proposto inicialmente é o LCT (Liquid Crystal Template) – mecanismo de direcionamento por cristal líquido conforme a rota 1 da Figura 5, em que as micelas do surfactante formadas se agrupam em tubos micelares servindo como suporte de polimerização das espécies de silicato via interação eletrostáticas, levando a geração de paredes inorgânicas. 14 Figura 5 - Possíveis rotas de obtenção de peneiras moleculares mesoporosas, (1) mecanismo de formação iniciado pela fase de cristal líquido do surfactante (2) mecanismo iniciado pelo ânion silicato. Fonte: Adaptado de SOUSA, 2009. O segundo caminho proposto é a rota 2 da Figura 5 denominado de mecanismo cooperativo que sugere que a adição das espécies de silicato levaria a ordenação das micelas do surfactante presente em uma das fases do cristal líquido. Neste caso, é desprezada a ideia de arranjo micelar, levando-se em consideração o pares iônicos inorgânicos-orgânicos, de maneira que a combinação entre as cargas na interface surfactante-silicato é quem direciona e define o tipo final de estrutura (SILVA, 2009). Na comunidade cientifica este modelo é mais aceito do que o LCT, principalmente por não estar restrito a concentrações especifica de surfactantes, além de que as soluções de silicato são sistemas complexos de espécies oligoméricas e ânions poliméricos, cuja composição e concentração das espécies podem influenciar a fase de cristal líquido do direcionador (PEREIRA, 2010). 3.3.1 Geração de sítios ativos A incorporação de átomos trivalentes (Al, Fe, Ga) e outros metais de transição (Sn, Zn, Ir) nas paredes da MCM-41 cria sítios ácidos de Lewis e permite a preparação de diversos materiais com diferente acidez, o que promove propriedades catalíticas distintas (CORMA et al., 1994; HERAVI et al., 2011). 15 Os sítios ácidos de Brönsted também estão presentes em uma estrutura aluminossilicato da MCM-41 contribuindo para a acidez da estrutura e são prótons (H+) ligados aos átomos de oxigênio na vizinhança com átomos de alumínio e silício. Uma técnica que permite a maximização na formação destes sítios ácidos de Brönsted em materiais mesoporosos consiste em realizar a troca iônica dos cátions existentes na estrutura por íons (NH4+) vindos de uma solução de nitrato de amônio, seguido por uma decomposição térmica dos íons amônio formando gás amônio (NH3) e deixando um próton em seu lugar (MORENO; RAJAGOPAL, 2009). A Figura 6 apresenta um esquema de formação dos sítios de Brönsted em uma peneira Al-MCM-41. Figura 6 – Geração dos sítios de Brönsted para a peneira molecular.Fonte: Adaptado de MORENO e RAJAGOPAL, 2009. 16 4 METODOLOGIA A síntese da MCM-41, Al-MCM-41 e a impregnação úmida com o metal de estanho se darão conforme as literaturas estudadas (PREETHI et al., 2008; HERAVI et al., 2011; DECYK et al., 2003; ERTL et al., 2008; CORMA et. al., 1994). As reações de eterificação do glicerol com benzaldeído serão realizadas em balão de vidro, sob agitação magnética. Serão verificadas as melhores condições de reação observando o comportamento perante algumas variáveis do sistema (temperatura, concentração dos reagentes e reuso dos catalisadores). As amostras recolhidas serão analisadas com o auxílio de um cromatógrafo gasoso com espectrômetro de massas (CGMS). 4.1 SÍNTESE DOS CATALISADORES 4.1.1. Formação das peneiras moleculares A síntese das peneiras moleculares serão desenvolvidas conforme Heravi et al. (2011) e Preethi et al. (2008). O processo de formação dos materiais mesoporosos MCM-41 (sem alumínio) e Al-MCM-41 será realizada por metodologia sol-gel ao qual levará em consideração a composição molar de SiO2:xAl2O3:0.2CTAB:0.89H2SO4:120H2O. No caso da presença de alumínio na matriz da peneira molecular, irão se fazer duas razões alumínio/silício de 1/10 e 1/50. A fonte de silício a ser utilizada é o metassilicato de sódio, o agente direcionador de estrutura usada é o CTAB e a fonte de alumínio utilizada será o sulfato de alumínio. Metassilicato de sódio vai ser dissolvido em água destilada sob agitação mecânica por meia hora. Após isso feito, a quantidade requerida de sulfato de alumínio também dissolvido em água destilada foi adicionada à solução contendo o metassilicato de sódio e soma das soluções permanecera por uma 1 hora de agitação. 17 Após o tempo decorrido, adiciona-se o ácido sulfúrico à solução realizada gota por gota até o surgimento de um gel, corrigindo o pH do meio de 13,5 para 10,5. O CTAB necessário para o direcionamento da estrutura ter que ser dissolvido totalmente em água destilada e adicionado à solução com gel. A solução final obtida será transferida para autoclaves para o envelhecimento da solução. A temperatura é mantida em 145 ºC por 36 horas de exposição em uma estufa controlada e com circulação forçada. A solução obtida é retirada das autoclaves e filtrada à vácuo. Tem se a necessidade de lavar a solução com água destilada várias vezes. O material sólido obtido será seco em estufa a 80 ºC por 2 horas e posteriormente calcinado em um forno mufla em uma temperatura de 550 ºC por 6 horas para remover o agente direcionador. Com o intuito de maximizar os sítios ácidos da peneira molecular formada, realizara uma troca iônica dos átomos de sódio com íons amônio por meio de uma solução preparada de cloreto de amônio 1 mol.L-1, mantendo a solução sob agitação magnética com a peneira molecular durante 24 horas. Após isso feito, realiza-se a filtragem e a lavagem novamente do material sólido com água destilada, levando para secar em estufa seguido de calcinação em forno mufla a 550ºC por 6 horas. 4.1.2. Incorporação do metal de estanho Na metodologia de impregnação úmida, a inserção do metal em estudo será realiza por meio de sua solubilidade em água para que ocorra a deposição deste metal na superfície do suporte (DECYK et al., 2003; ERTL et al., 2008). Sendo definido o volume aparente da Al-MCM-41 seca por medição em proveta graduada. Obtendo o volume aparente, aplica-se um volume 10 vezes maior para a solução de metal utilizada na impregnação. A solução do cloreto de estanho (II) será preparada e misturada ao suporte em um béquer utilizando um agitador magnético a uma temperatura de 70 ºC por um período de 6 horas. Após isso realizado leva-se o material para secar, em estufa a 80 ºC por 4 horas e calcinar em mufla a 550 ºC por 6 horas. 18 4.2 CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS Para a caracterização dos materiais sintetizados serão realizados as seguintes técnicas físico-químicas: Difração de Raios-X em pó (DRX) e Análises Texturais por técnicas de adsorção/dessorção de N2, para determinação da área superficial dos materiais, o volume dos poros e o diâmetro médio dos poros, além de obter as isotermas de adsorção. A realização destas análises serão feitas na Universidade Estadual de Maringá (UEM) junto ao Departamento de Engenharia Química (DEQ) e ao Laboratório de Adsorção e Troca Iônica (LATI). 4.3 REAÇÕES DE ETERIFICAÇÃO As reações de eterificação do glicerol com benzaldeído se darão com o uso de balões volumétricos de 50 ml cada, sem o uso de solventes orgânicos. Para manter o aquecimento térmico e agitação farão uso de chapas de aquecimento dotadas com sistema de agitação magnética. O tempo de reação será de 2 horas e a massa de catalisador em 100 mg por reação, variando a temperatura e as concentrações dos reagentes. Após o término das reações, uma alíquota filtrada do material em papel de filtro com algodão será coletada em frascos de 2 mL, guardando-os em um freezer. Os ensaios serão feitos em duplicata. A análise dos compostos será realizada por equipamento de cromatografia gasosa com detector de massas da marca Shimadzu QP-2010 Ultra, utilizando a coluna Rtx-Wax (Restek) de 30 m x 0,25 mm x 0,25 m. A temperatura de injeção cromatográfica adotada será 250 C, variando a temperatura do forno de 40 C até 200 C, com rampa de aquecimento em 15 C/min com tempo total de corrida em 22 minutos. O monoetilenoglicol será utilizado como padrão interno com diluição em metanol, para a quantificação dos elementos de reação. A Tabela 1 mostra o planejamento de reações para os ensaios. 19 Tabela 1 – Ensaios programados para as reações de eterificação do glicerol. Ensaios Temperatura (C) Razão Gli/Bz Quantidade (mmol) Glicerol Benzaldeído 1 90 1--1 55 55 2 1--2 55 110 3 2--1 110 55 4 110 1--1 55 55 5 1--2 55 110 6 2--1 110 55 7 120 1--1 55 55 8 1--2 55 110 9 2--1 110 55 Os cálculos de conversão do glicerol e de benzaldeído, a seletividade aos produtos desejados e o rendimento final de reação serão definidos pelas Equações 1 a 3 (MISSEN et al., 1999). 𝐶𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜 (%) = 100 ∗ (𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙−𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙) 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 (1) 𝑆𝑒𝑙𝑒𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (%) = 100 ∗ 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑗𝑎𝑑𝑜 ∑ 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑡𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑠 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜𝑠 (2) 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (%) = 𝐶𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜 (%)∗𝑆𝑒𝑙𝑒𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (%) 100 (3) 20 5 RESULTADOS ESPERADOS Com base nos objetivos estabelecidos, como resultados espera-se que o método proposto para realizar a síntese da peneira molecular Al-MCM-41 e Sn-Al- MCM-41 demonstre ser eficiente na formação das estruturas propostas, na geração dos sítios ácidos de Lewis e de Brönsted agindo como catalisadores nas reações de eterificação do glicerol com benzaldeído obtendo os acetais cíclicos ao qual possuem grande valor comercial. Busca-se aliar uma boa atividade catalítica somada à seletividade aos acetais derivados do glicerol. A MCM-41, dotada de modificação estrutural, apresenta inúmeras vantagens catalíticas devido à sua estrutura estável, boa acidez, alta área superficial, capacidade de troca iônica, estabilidade térmica e mecânica. Tais características são importantes para o projeto de catalisadores suportados e favorecem o seu emprego no ramo industrial. Neste sentido, a busca por um catalisador heterogêneo eficaz na produção de acetaisé de grande importância para o desenvolvimento de novas tecnologias e aplicações industriais na gliceroquímica. Com os resultados a serem obtidos, anseia-se o entendimento da mecânica deste tipo de reação associada com o uso de condições reacionais que valorizem a formação dos produtos desejados, verificando a capacidade seletiva dos catalisadores utilizados. 6 CRONOGRAMA As atividades previstas para o desenvolvimento do presente trabalho estão descritas no Quadro 1. 21 Atividades Período Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Revisão Bibliográfica Estudo da Metodologia Apresentação do projeto Síntese da peneira molecular Caracterização da MCM-41 e Al-MCM-41 Análise da MCM-41 e Al-MCM- 41. Impregnação úmida do metal de estanho Análise Sn-Al-MCM-41 Escrita do trabalho Banca de defesa Quadro 1 – Cronograma de atividades a serem realizadas no decorrer do desenvolvimento do projeto proposto. 22 REFERÊNCIAS ANP – AGÊNCIA NACIONAL DE PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS. Resolução ANP n° 42, de 24 de novembro de 2004. Disponível em <http://nxt.anp.gov.br/NXT/gateway.dll/leg/leis/2005/lei%2011.097%20%202005.xml ?f=templates$fn=default.htm&sync=1&vid=anp:10.1048/enu>. Acessado em: 23 de setembro de 2015. ANP – AGÊNCIA NACIONAL DE PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS. Resolução ANP n° 7, de 19 de marco de 2008. Disponível em: <http://nxt.anp.gov.br/NXT/gateway.dll/leg/resolucoes_anp/2008/mar%C3%A7o/ranp %207%20-%202008.xml?f=templates$fn=document-frame.htm$3.0$q=$x=$nc=8430 >. Acessado em: 23 de setembro de 2015. BECK, J. S.; VARTULI, J. C.; ROTH, W. J.; LEONOWICZ, M. E.; KRESGE, C. T.; SCHMITT, K. D.; CHU, C. T. W.; OLSON, D. H.; SHEPPARD, E. 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