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BÁSICO DE MEDIDAS ELÉTRICAS Introdução ao Laboratório de Eletrônica U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D O P A M P A U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D O P A M P A 1 S U M Á R I O Multímetro ........................................................................... 3 Osciloscópio digital .................................................................. 4 Botões de controle .................................................................. 8 Controles Verticais: ............................................................... 10 Controles Horizontais: ........................................................... 10 Gerador de funções: .............................................................. 11 Características técnicas: ......................................................... 11 Controle e ajuste do equipamento: .......................................... 12 U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D O P A M P A 2 Prefácio No âmbito das atividades de ensino do grupo PET Engenharias, este material foi pensado e elaborado com base no desenvolvimento do projeto PET Aplica, que busca oferecer à comunidade acadêmica e demais interessados capacitação prévia na utilização de equipamentos laboratoriais, bem como auxiliar no manuseio e entendimento de seus corretos funcionamento e operação, facilitando e proporcionando aos acadêmicos maior e prévia interatividade nas disciplinas em que estes conhecimentos são requisitados. Universidade Federal do Pampa Endereço: Travessa 45, nº 1650 – Bairro Malafaia – Bagé – RS - CEP 96413-179 Autores: Natanael Bolson (Eng. de Energias Renováveis e Ambiente) Revisor: Prof. Dr. Fábio Tomm (Eng. de Energias Renováveis e Ambiente) Diagramação: Erick Fernandes (Eng. de Alimentos) Bagé, maio de 2014. P E T E n g e n h a ri a s Editorial U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D O P A M P A 3 M U L T Í M E T R O O multímetro é um equipamento multifuncional que permite realizar as medidas elétricas mais triviais. Ele pode atuar como voltímetro, amperímetro e ohmímetro. Escalas de Tensão (V~ e V---): é o equipamento que mede a diferença de potencial (ddp) entre dois pontos do circuito, a tensão pode ser alternada (AC / V~) o continua (CC / V---). O voltímetro ideal possui resistência infinita. Como não existem voltímetros ideais é importante consultar o manual do equipamento e conferir o valor da resistência interna, tensão máxima e frequência máxima (normalmente inferior a 300Hz). Para medir a tensão entre dois pontos os ponteiros do equipamento devem ser conectados em paralelo. Escalas de Corrente: consiste do equipamento utilizado para medir corrente elétrica (fluxo de elétrons) podendo ser continua ou alternada. Um amperímetro ideal deve possuir resistência nula (o mais próximo de zero Ω), na pratica deve-se conferir o valor dessa resistência e consoante a escala de medida trabalhada verificar se há interferência. Para medir a corrente que passa em um dispositivo o amperímetro deve ser conectado em série. Ohmímetro: é o equipamento utilizado para medir resistência elétrica. Geralmente o ohmímetro possui escala não linear. O zero deve ser calibrado contatando as duas ponteiras para dar um ajuste de medida e posteriormente pode ser utilizado. Importante: Deve-se sempre verificar a escala em que o multímetro esta operando para evitar danos ao equipamento. Este dispositivo é muito útil para medidas que não precisam de grande precisão. Em muitos casos deve-se recorrer a outros equipamentos quando se deseja obter medidas precisas, ou as condições de medidas U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D O P A M P A 4 estão fora da faixa de operação do multímetro. Ao realizar alguma medida em que não se tem ideia da grandeza a ser medida deve-se sempre utilizar uma escala maior no multímetro, sendo que o valor exibido na escala corresponde ao valor máximo a ser medido. OSCILOSCÓPIO DIGITAL O osciloscópio digital é um equipamento que possibilita visualizar um sinal elétrico. Muitas grandezas podem ser medidas através do sinal elétrico, este equipamento é muito sensível à tensão e possibilita obter valores instantâneos de medições de tensão, corrente elétrica, frequência e diferença de fase. No laboratório de eletrônica e automação temos a nossa disposição o modelo TDS 1012B. Na figura 1 visualiza-se o modelo. Figura 1- Osciloscópio Digital TDS 1012B Sempre que vamos trabalhar com um equipamento é muito importante ter conhecimento das suas características técnicas e verificar se o equipamento não possui limitações para a aplicação desejada. Na tabela 1 verifica-se algumas característica do osciloscópio. U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D O P A M P A 5 Tabela 1- Características TDS 1012B Frequência Máxima - Amostragem 100MHz Nº de canais 2 Taxa de amostragem em cada Canal 1.0 GS/s Tempo/DIV - Memória 5nS a 5S - 2500 pontos por canal Impedância de entrada 1 MΩ em paralelo com 20 pF Máxima Tensão de entrada 300 VRMS CAT II; a capacidade é reduzida em 20 dB / década acima de 100 kHz a 13 Vp-p AC em 3 MHz Pontas de prova: são as pontas de prova que fazem o contato entre o osciloscópio e o circuito a ser estudado. Outro aspecto importante que deve ser analisado é a conexão das pontas, se verificar no cabo da ponta pode-se escolher entre 1X e 10X. Pode se utilizar até duas pontas de prova e uma terceira para o trigger. Comumente é utilizado apenas o CH1 com o terra da ponta de prova e o CH2 sem o terra para que não o seja conectado por engano em local que o faça fechar um circuito internamente. Uma destas pontas de prova irá ter a garra de referência que serve para medir o terra, ou seja, as ddp medidas terão o ponto de referencia como “zero” por isso é importante escolher bem o referencial. U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D O P A M P A 6 Figura 2- Ponta de prova ( Sonda ) No menu de cada canal deve-se manter configurado a seleção da atenuação da sonda para 1X ou 10X. Neste menu de canal é definido se a medição será de corrente alternada ( CA ) ou corrente contínua ( CC ) onde o nível médio da tensão é subtraído da onda mostrada. No menu do canal também é possível inverter o sinal mostrado na tela. Se o sinal é invertido em 11 da figura 3 é apresentado uma seta para baixo. Na tela do osciloscópio visualiza-se as informações conforme a figura 3. U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D O P A M P A 7 Figura 3- Tela Osciloscópio Fonte: Apostila Laboratório de Eletricidade Na tabela 2 tem-se a legenda da figura 3. Tabela 2- Descrição da figura 2 Número Legenda 1 Significa o modo de exibição. 2 Status do trigger se está adquirindo dados ou foi interrompido 3 Posição horizontal do trigger. 4 Mostra diferença de tempo entre o centro e o trigger. O tempo do trigger é igual a zero. 5 Exibe o nível do trigger. 6 Valor numérico do nível do trigger. 7 Mostra a inclinação selecionada de trigger para trigger de borda. 8 Exibe qual canal está sendo utilizado para trigger. 9 Mostra a base de tempo da janela. 10 Mostrao ajuste da base de tempo. 11 Exibe as escalas dos canais. 12 Exibe mensagens momentaneamente U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D O P A M P A 8 Botões de controle Figura 4- Botões de controle Os botões de controle são: AUTORANGE: ativa ou desativa a função automática sendo indicada pelo LED. SAVE/RECALL: exibe o menu para configurações e formas de onda. MEASURE: exibe o menu de medidas automatizadas. Neste menu estão importantes funções que é importante esclarecer. Figura 5- Tela onde foi selecionado o menu Measure Ao selecionar o botão MEASURE é viável acessar as medições automáticas. É possível selecionar o canal para fazer medidas, escolher qual o canal utilizado como origem. Ao selecionar o tipo você mudara o tipo de medida que está sendo feita. Pressionando voltar, irá retornar ao menu de medidas e exibir as medidas selecionadas. As medições atualizam próximo de duas vezes por segundo. U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D O P A M P A 9 Tipo de medição: Freq: Calcula a frequência da forma de onda , medindo o primeiro ciclo. Período: Calcula o período de tempo do primeiro ciclo. Média: Calcula a média aritmética de amplitude ao longo de todo o registro. Pk- Pk: Calcula a diferença entre o ponto máximo e mínimo da forma de onda. Cyc RMS: Calcula uma verdadeira medida RMS de primeiro ciclo completo da onda. Min: Examina a forma de onda e apresenta o valor mínimo Max: Examina a forma de onda e apresenta o valor máximo Tempo de ascensão: Mede o tempo entre 10% e 90 % da primeira borda de subida da forma de onda. Tempo de queda: Mede o tempo entre 90 % e 10 % da primeira borda de descida da forma de onda. Pos Largura: Mede o tempo entre a primeira borda de subida e a próxima borda de descida no nível de 50% da forma de onda Neg Largura: Mede o tempo entre a primeira borda de descida e na subida seguinte, no nível de 50% da forma de onda. Nenhum: Não realiza medida. ACQUIRE: exibe o menu de aquisição. UTILITY: exibe o menu de utilidades. CURSOR: exibe o menu do cursor, sendo que eles podem ser visíveis ou não, mas não são ajustáveis. AUTOSET: Configura o osciloscópio para exibir o sinal de entrada de maneira útil. HELP: exibe o menu ajuda. DEFAULT SETUP: configura para os parâmetros de fábrica. SINGLE SEQ: adquire uma única forma de onda depois para. RUN/STOP: adquire uma forma de onda ou para a aquisição. U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D O P A M P A 10 Controles Verticais: Figura 6- Controle vertical POSITION: ajusta a posição vertical da forma de onda. CH1-CH2 MENU: Exibe as opções de menu vertical e alterna a visualização da forma de onda do canal ligado e desligado. VOLTS/DIV: ajusta o fator de escala vertical. MATH MENU: Menu de operações, exibe forma de onda matemática. Controles Horizontais: Figura 7- Controle horizontal POSITION: ajusta a posição horizontal das ondas. Ele é utilizado para ajustar o Trigger em relação ao centro da tela, sendo que este pode ser ajustado a esquerda ou a direita do centro. Este ajuste é limitado de acordo com a base de varredura do tempo que é selecionada. Quando o Trigger é colocado a esquerda do centro é o que se chama de varredura atrasada. HORIZ MENU: exibe o menu horizontal. SET TO ZERO: define a posição horizontal para zero. U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D O P A M P A 11 SEC/DIV: Seleciona o tempo horizontal / div (fator de escala) para a janela base de tempo. GERADOR DE FUNÇÕES: Um gerador de funções é um equipamento eletrônico utilizado para gerar sinais elétricos, alguns modelos que possuem micro controlador são amplamente versáteis na geração de sinais e facilmente manuseáveis. Este equipamento pode fornecer sinais com diferentes frequências, formatos de onda e amplitude. No laboratório de eletrônica e automação tem-se disponível o modelo visualizado na figura 8. Figura 8- Gerador de funções Este dispositivo é muito sensível e é extremamente importante ter noções de suas limitações técnicas e cuidados na operação. Algumas situações podem danificar o equipamento. Características técnicas: Modos de operação: Senoidal, Quadrada, Triangular , Rampa, Pulso, TTL, CMOS e varredura Faixa de Frequência: 0,2Hz ~ 5MHz, em 8 escalas Precisão de Frequência: 0,0005 Escala de Frequência e Modo de Seleção: Micro controlado Distorção da onda Senoidal: 0,01 Tempo de subida e descida da onda Quadrada: <= 20ns Pulso de Duty Cycle: 20 – 80% Triangular (Nonlinearity): <=1% Impedância de saída: 50 Ohms Tensão de saída: 20Vpp Atenuação: 20dB, 40dB e 20dB DC offset: 5V ajustável Varredura interna: 10ms ~ 5s Modulação: FM e AM Standard, AM Balanceado, FM, PWM Faixa de Modulação de Frequência: DC até 20KHz Entrada de modulação: 2Vppmax. Frequencímetro: 0,2Hz ~100MHz Precisão de frequência: 0,05% Resolução: 1Hz Sensibilidade: 0,5V Impedância de entrada: 1M ohm U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D O P A M P A 12 Alimentação: 115 / 230V ± 10%, 50/60Hz Controle e ajuste do equipamento: Os botões são: Frequency ADJ: permite ajustar a frequência ( f ) de saída dentro da escala selecionada. Como será trabalhado diferentes frequências deve se ajustar o mais próximo e conferir se o valor desejado está dentro da escala selecionada. SYMM: permite ajustar a simetria do sinal, permitindo inserir ou corrigir uma deformação na forma de onda do sinal. DC level: ajusta o nível médio (CC) do sinal de saída da função. Para as funções a serem realizadas verifique se este se encontra desligado. Amplitude ADJ: permite ajustar a amplitude (tensão) do sinal de saída. Ao se comparar o valor exibido pelo display do gerador com o valor medido no osciloscópio haverá uma diferença entre os valores, isto ocorre devido impedâncias internas do equipamento e deve-se utilizar o valor medido no osciloscópio por ser mais preciso. Os botões são: RANGE: permite alterar o comando que estiver selecionado. Este botão altera a escala da frequência , quando o ‘Frequency ADJ’ atingir o seu limite e não se chegar ao valor desejado deve-se alterar a escala, para um valor maior ou menor conforme for conveniente. WAVEFORM: permite selecionar a forma de onda do sinal de saída. Neste caso deve-se conferir se a forma senoidal de onda está selecionada. ATTENUATION: altera a escala da tensão em dB, seria como estivesse aplicando um divisor de tensão. Para os experimentos conferir se no display está selecionado 0dB para a escala máxima de tensão de saída. U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D O P A M P A 13 AMPLITUDE: altera a amplitude entre o valor rms e valor pico a pico. É importante verificar se está selecionado o valor pico a pico. MODE: serve para selecionar os diferentes modos de entrada e saída do sinal, podendo variar a varredura, frequência e amplitude. Para as aulas deve-se conferir de estar selecionada a opção INT LOG. Referências: Manual TDS. Disponível em: http://ssdl.iitd.ac.in/tds.pdf. Apostila Laboratório de Eletricidade. Disponível em: https://www.google.com/search?q=introdu%C3%A7ao+a+laboratori o+de+eletricidade. Especificações técnicas do gerador de funções. Disponível em: http://www.politerm.com.br/Eshop.Admin/Imagens/politerm/Folheto- Gerador-de-Funcao---POL-400.pdfManual de operação gerador/ contador de funções modelo POL-400. Disponível em versão impressa no laboratório de eletrônica e automação.
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