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EVOLUÇÃO HISTORICA DO ESTADO LIBERAL


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Data: 1º de setembro de 2016.
 
Disciplina: TGE - CIÊNCIA POLÍTICA
Curso de Direito : Turma 1 B 
Professor: Carlos Henrique Hofmann 
 
 Acadêmicos
Elisa Nass
Nilson Cesar Pens
Regina Nass
Rafaela Gomes da Silva
TRABALHO
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO – VIII
1
CONTEÚDO DO TRABALHO
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO – VIII
Temas abordados
O liberalismo na Inglaterra;
América do Norte;
França;
Declaração dos direitos fundamentais do homem. 
A DECADÊNCIA DO LIBERALISMO – XXVII
Temas abordados
O Estado liberal, seus erros e sua decadência;
A encíclica “Rerum Novarum”.;
O Estado Evolucionista.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO – VIII
O liberalismo na Inglaterra;
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Inglaterra anglo-saxã
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_da_Inglaterra
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O LIBERALISMO TEVE O SEU BERÇO NA INGLATERRA, E , ASSIM, 
É NA HISTÓRIA DESSE PAIS QUE VAMOS ENCONTRAR AS SUAS ORIGENS.
O próprio termo liberalismo tem a seguinte origem: O segundo Bill of Rights que
O PARLAMENTO impôs a coroa, em 1689, em um dos seus treze artigos que estabeleciam os princípios de igualdade individual, especialmente os de ordem religiosa, Autorizava o porte de armas pelos cidadãos ingleses que professavam a fé PROTESTANTE.
Foi precisamente esse sistema de liberdade defendida pelas armas, que recebeu, na época, a denominação de LIBERALISMO.
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A Revolução Gloriosa Inglesa
Fonte:[http://www.isaquelsilva.com/util/downloads/livros/Historia-2-ano-UNIDADEII.pdf]
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Revolução Gloriosa
O Parlamento então passou a conspirar para depô-lo. Em seu lugar assumiria o trono sua filha Maria, casada com Guilherme de Orange, rei dos Países Baixos, que desembarcou com suas tropas no país, em 1688. Em que pesem os pequenos combates, o movimento foi essencialmente pacífico, passando à história com o nome de "Revolução Gloriosa" ou "Revolução Sem Sangue".
O Parlamento proclamou Guilherme e Maria reis, embora aceitando uma Declaração de Direitos, segundo a qual:
os reis não podiam cancelar as leis do Parlamento;
o Parlamento decidiria a sucessão ao trono e
o Parlamento votaria o orçamento anual;
as contas reais seriam controladas por inspetores;
o Tesouro seria dirigido por funcionários.
Desse modo, criou-se a monarquia parlamentarista inglesa que vigora até os dias de hoje. 
O predomínio dos produtores rurais progressistas e da burguesia urbana e mercantil no Parlamento criou as condições necessárias para o avanço do capitalismo e o advento da industrialização no século seguinte.
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Carlos I
Rei da Inglaterra, Escócia, França e Irlanda
Carlos se recusou a aceitar as exigências de uma monarquia constitucional protestante e temporariamente fugiu em novembro de 1647. 
Recapturado na Ilha de Wight, ele criou uma aliança com a Escócia, porém o Exército Novo de Oliver Cromwell consolidou seu controle da Inglaterra no final de 1648. 
Carlos I, foi julgado, condenado e executado por traição em janeiro de 1649. A monarquia foi abolida e uma república foi declarada. OInterregnum inglês terminou em 1660 e a monarquia foi restaurada com seu filho Carlos II.
A trajetória de Oliver Cromwell
Oliver Cromwell foi o principal nome da Revolução Puritana inglesa, chegando a se tornar ditador por 10 anos nesse período.
Oliver Cromwell foi o nome mais destacado da Revolução Puritana inglesa (1642-1651), também conhecida como a Guerra Civil inglesa. Membro de uma família de pequenos proprietários rurais puritanos.
Sua família havia recebido terras que foram confiscadas da Igreja Católica pelo Estado durante a Reforma Protestante na Inglaterra. Com uma formação religiosa puritana (nome dado aos calvinistas na Inglaterra) e anticatólica, Oliver Cromwell foi eleito para a Câmara dos Comuns em 1628. Porém, no ano seguinte, o rei Carlos I (1600-1649) dissolveu o Parlamento e governou autocraticamente até o ano de 1640.
A ação do rei levou Cromwell a nutrir uma profunda aversão a seu governo. Com a reinstauração do Parlamento em 1640, Cromwell voltou a compô-lo, defendendo o puritanismo e atacando as ações arbitrárias do rei. Com a eclosão da Guerra Civil, em 1642, ele passou a compor as forças bélicas de defesa do Parlamento.
Como um dos homens à frente do chamado Exército de Novo Tipo (New Model Army), Cromwell começou a ganhar destaque no cenário político inglês. Ele ainda formou uma seção de cavalaria denominada de Ironsides, marcada pelo fanatismo religioso e pela combatividade.
Cromwell participou da captura do rei Carlos I e da instauração de seu julgamento. Com a condenação do rei à morte, em 1649, e sua posterior decapitação, o Parlamento inglês passou a controlar o poder na Inglaterra, abolindo a monarquia e instaurando a República, ou Commom wealth.
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Declaração de Direitos de 1689 - Bill of Rights of 1689)
A Declaração de direito de 1689 (em inglês: Bill of Rights of 1689) é um documento feito na Inglaterra pelo Parlamento que determinou, entre outras coisas, a liberdade, a vida e a propriedade privada, ele foi assegurado o poder do Parlamento na Inglaterra.
História
Durante a Revolução Gloriosa, Guilherme de Orange chegou com seu exército à Inglaterra em 5 de novembro de 1688. O então rei Jaime II tentou resistir a invasão de Guilherme. O rei mandou representantes para negociar com o rei jaime II, mas este último acabou fugindo em 23 de dezembro de 1688.
Antes de Guilherme e sua esposa, Maria II serem coroados no trono inglês, eles aceitaram a Declaração de Direito feita pelo Parlamento Inglês. Após eles aceitarem a Declaração, eles foram coroados monarcas conjuntos em abril de 1689. A Declaração de Direito foi anexada em um Ato do Parlamento, atualmente conhecido como Bill of Rights, em 16 de dezembro de 1689.
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Iluminismo
O iluminismo, também conhecido como Século das Luzes[1] e como Ilustração[2][3][4][5] foi um movimento cultural da elite intelectual europeia do século XVIII que procurou mobilizar o poder da razão, a fim de reformar a sociedade e o conhecimento herdado da tradição medieval. Abarcou inúmeras tendências e, entre elas, buscava-se um conhecimento apurado da natureza, com o objetivo de torná-la útil ao homem moderno e progressista[6]. Promoveu o intercâmbio intelectual e foi contra a intolerância da Igreja e do Estado.
O centro do iluminismo foi a França e culminou com a grande Encyclopédie (1751-1772) editada por Denis Diderot (1713-1784) e Jean Le Rond d'Alembert com contribuições de centenas de líderes filosóficos (intelectuais), tais como Voltaire (1694 -1778) e Montesquieu (1689-1755). Cerca de 25.000 cópias do conjunto de 35 volumes foram vendidos, metade deles fora da França.  
Impacto
 
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, França, 1789, um dos muitos documentos políticos produzidos no século XVIII sob a inspiração do ideário iluminista.
O iluminismo exerceu vasta influência sobre a vida política e intelectual da maior parte dos países ocidentais. A época do iluminismo foi marcada por transformações políticas tais como a criação e consolidação de estados-nação, a expansão de direitos civis e a redução da influência de instituições hierárquicas como a nobreza e a igreja.
O iluminismo forneceu boa parte do fermento intelectual de eventos políticos que se revelariam de extrema importância para a constituição do mundo moderno, tais como a Revolução Francesa, a Constituição polaca de 1791, a Revolução Dezembrista na Rússia em 1825, o movimento de independência na Grécia e nos Balcãs, bem como, naturalmente, os diversos movimentos de emancipação nacional ocorridos no continente americano a partir de 1776.
Muitos autores associam ao ideário iluminista o surgimento das principais correntes de pensamento que caracterizariam o século XIX, a saber, liberalismo, socialismo, e social-democracia.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Iluminismo
As ideias de John Locke nortearam os lideres da revolução.
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Fonte [http://pt.slideshare.net/pauloalx/a-revoluo-inglesa-19191585]
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3. AMÉRICA DO NORTE
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO – VIII
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AMÉRICA DO NORTE
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AMÉRICA DO NORTE
Magnifica súmula dos ideias que nortearam a sua arrancada heroica pela independência e liberdade: 
Cremos axiomáticas as seguintes verdades: que os homens foram criados iguais; que lhes conferiu o Criador certos direitos inalienáveis, entre os quais o de vida, o de liberdade e o de procurarem a própria felicidade; que para a segurança desses direitos se constituíram entre os homens governos, cujos justos poderes emanam do consentimento dos governados; que sempre que qualquer forma de governo tenda a destruir esses fins assiste ao povo o direito de mudá-la ou aboli-la, instituindo um novo governo cujos princípios básicos e organização de poderes obedeçam às normas que pareçam mais próprias a promover a segurança e a felicidade gerais. 
4 de julho de 1776.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO – VIII
3. FRANÇA
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FRANÇA
NA FRANÇA O LIBERALISMO GANHA FORMA, SOB A LIDERANÇA DE MONTESQUIEU, VOLTAIRE E D’ARGERSON.
OUTROS FORMARIAM A CORRENTE DOS ENCICLOPESISTAS, HELVETIUS, HOLBACH, MABLY E CONDORCET. 
(e inúmeros outros revolucionários).
Todos influenciados pelo gênio fulgurante de Rousseau, que abriram ao homem a estrada larga da DEMOCRACIA. Que deveria libertar da escravidão.
Esses revolucionários inspirados em Rousseau, mudariam o mundo com seus ideais.
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Corrente do Enciclopedistas
Paul-Henri, baron d'Holbach
Visconde Gabriel Bonnot de Mably
Maquis de Condorcet
Claude Adrien Helvetius
FRANÇA
D'Argenson
ENCICLOPEDISTA
O termo enciclopedista é normalmente utilizado para designar um grupo de filósofos franceses que colaboraram no século XVIII na produção da Enciclopédia sob a direção.
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Na história das idéias, o nome do suíço Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) se liga inevitavelmente à Revolução Francesa. Dos três lemas dos revolucionários - liberdade, igualdade e fraternidade -, apenas o último não foi objeto de exame profundo na obra do filósofo, e os mais apaixonados líderes da revolta contra o regime monárquico francês, como Robespierre, o admiravam com devoção. 
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Luís XIV – O Rei Sol
A monarquia absolutista dos BOURBONS, matinha a divisão social em três classes, NOBREZA, CLERO E POVO. 
Cada um com suas leis, sua justiça e sistema tributário.
A nobreza e alto clero somados eram menos de 4% da população;
E desfrutavam de todas imunidades e privilégios possíveis; 
O povo era escravo/miserável pagava por todos os privilégios da monarquia e clero; 
 
Esplendor da Corte.
Povo
Dinastias de governantes Bourbon
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A PARTIR DE 1750, INTENSIFICOU-SE A LUTA SUBTERRANEA DO PRINCÍPIO 
DEMOCRÁTICO CONTRA O REGIME DOMINANTE.
O REI TRANSIGE EM PARTE E CONVOCA A ASSEMBLÉIA DOS NOTÁVEIS.
1786
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Assembleia dos Notáveis
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Já então Luiz XVI reconhecia que sua posição se tornara insustentável, e o seu ato foi motivo de blague (PIADA) entre o povo: e dizia-se abertamente Nas ruas que “le roi donne sa demission” Rei faz a sua demissão .
A convocação da Assembléia, dos Notáveis não produziu efeito no espirito público, porque esse órgão não representa o povo, e porque a reforma fiscal só podia ser consentida pelos Três Estados.
Em 17 de junho de 1789 a Assembleia do Terceiro Estado decidiu chamar-se 
ASSEMBLEIA NACIONAL, e enfrentando o poder real.
 Em seguida, a ASSEMBLEIA NACIONAL, assume o poder constituinte, e elabora a CARTA CONSTITUCIONAL DA REPÚBLICA.
 
INICIO DA REVOLUÇÃO.
O povo apoderou-se da Bastilha,
que era
 O símbolo do ABSOLUTISMO.
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OU REVOLTA POPULAR DE 1789.
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Juramento do Jogo da Péla
O juramento do jogo da Péla (em francês: Serment du jeu de paume) foi o marco inicial da 
Revolução Francesa, realizado em 20 de junho de 1789 pelos membros do terceiro estado, 
que decidiram permanecer reunidos até formarem umaConstituição para a França.[1]
No período anterior à Revolução Francesa, a França estava em crise: Déficit interno, 
dívida externa, falência de fábricas francesas e a Grande Fome de 1787-1789.
O Rei havia convocado a Assembléia dos Estados Gerais para encontrar uma solução a essa crise econômica e social da França. 
O terceiro estado, então, pressiona a assembleia para fazer o voto por deputados, ao invés de ser por estado. Isso retirou a garantia de vitória do rei sobre as votações. Assim, o rei fechou a Assembleia, causando revolta entre a burguesia e o povo.
Então a burguesia, o baixo clero e os sans-culottes se reuniram no salão do Jeu de Paume e juntos decidiram formar umaAssembleia Constituinte para criar uma nova constiuição que limitasse o poder do rei.
Nesse mesmo salão, no mês seguinte, formaram eles mesmos uma nova Guarda Nacional e então partiram para a Tomada da Bastilha.
O juramento feito pelos representantes da Assembléia de vereadores era o de Liberdade, Igualdade e Fraternidade (lemas da Revolução francesa).
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A Monarquia Constitucional
Em 1791, após a elaboração da Carta Constitucional, a França tornou-se uma Monarquia Constitucional, dominada pela burguesia. Os principais pontos dessa constituição foram:
• Igualdade jurídica de todos os cidadãos franceses. (mantendo-se a escravidão nas colônias).
• Completa liberdade de produção e de comércio e proibição das greves dos trabalhadores.
• Liberdade de crença religiosa e a separação entre Estado e Religião.
• Divisão do Estado em três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário. Nas eleições, foi instituído o voto censitário.
A ASSEMBLEIA NACIONAL ASSUME O PODER CONSTITUINTE E ELABORA A 
CARTA COSTITUCIONAL CONSTITUINTE.
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A Convenção
A partir desse momento, foi proclamada a República Francesa, que passou a ser governada pela Assembléia Nacional, chamada de Convenção.
Nesse período, as mais importantes forças políticas do país eram as seguintes:
• PARTIDO FEUILLANTS (representantes da burguesia financeira), defensores da monarquia constitucional.
• PARTIDO GIRONDINO (representantes da burguesia comercial e industrial), representantes da República.
• PARTIDO JACOBINO (a pequena burguesia) e os Cordeliers (representantes das camadas populares), ambos defendiam a execução do rei e a instauração da República.
• Partido da Planície, representando, uma parte, a burguesia financeira, e uma outra, a burguesia industrial.
O rei foi julgado na Convenção, acusado por Robbespierre, e condenado como traidor à execução por guilhotina. Foi executado em 21 de janeiro de 1793.
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INSTITUIA-SE ASSIM O ESTADO LIBERAL,
 BASEADO NA CONCEPÇÃO
 INDIVIDUALISTA.
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Surgimento do Estado Liberal.
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4. DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO
Com tal orientação politico-filosófico, a Assembleia Nacional (3 º Estado), proclamou a célebre 
DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO, pelo seguinte preambulo:
Os representantes do povo francês, constituídos em Assembleia Nacional, considerando 
Que a ignorância, o esquecimento ou o desprezo dos direitos do homem são as únicas 
Causas das desgraças públicas e da corrupção dos governos, resolveram expor, numa 
Declaração solene, os direitos naturais, inalienáveis, e sagrados do homem...
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Declara%C3%A7%C3%A3o_dos_Direitos_do_Homem_e_do_Cidad%C3%A3o
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Declara%C3%A7%C3%A3o_dos_Direitos_do_Homem_e_do_Cidad%C3%A3o
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O povo, que constituía o
3º Estado no ancien regime, 
Assume o poder , representado 
pela Assembleia Nacional, 
elabora e promulga 
A 1ª Constituição da República de 1791.
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4. Declaração dos Direitos Fundamentais do Homem.
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4. Declaração dos Direitos Fundamentais do Homem.
Com tal orientação politico –filosófico, a Assembleia Nacional proclamou imediatamente a célebre;
O terceiro Estado no “ancien regime” B, assumiu o poder, Representado
pela Assembleia Nacional , que elaborou
e Promulgou a 1ª Constituição da República em 1791.
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Em decorrência das contra revoluções que se registraram no conturbado 
panorama francês, no fim do século XVIII e começo do século XIX, outras Constituições
Foram promulgadas , sendo a segunda a Constituição GIRONDINA DE 1793.
 a França de 12 constituições.
Girondinos ou girondinismo era a denominação de um grupo político moderado, chefiado por Jacques-Pierre Brissott (1754-1793) durante a Revolução Francesa. Compreendia junto com os jacobinos (jacobinismo, liderados por Robespièrre) e cordeliers (porDanton) o Terceiro Estado, e ocupavam o lado direito da Assembléia, ficando no centro, o Clero (Primeiro Estado) e Aristocracia (Segundo Estado). Defendiam uma Monarquia Constitucional e se enfraqueceram politicamente com a tentativa de fuga de Luis XVI. A conotação política dos termos Esquerda e Direita provém desta divisão inicial da Assembléia Nacional. Os Girondinos tinham em seus quadros representantes da alta burguesia.
Todas as Cartas Magnas do Estado liberal Implantado pela revolução francesa inseriram com destaque o conceito altissonante Do 1º dos direitos naturais e sagrados do homem, o direito a liberdade, que consiste em poder fazer tudo o que não for contrario ao Direitos de outrem. 
Não cogitaram, essa Constituições dos direitos 
Sociais, nem dos deveres dos indivíduos para com a sociedade. Essa preocupação individualista, Como adiante veremos, levaria o Estado liberal a DECADÊNCIA.
DECADÊNCIA do liberalismo.
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Constituição de 4 de junho de 1814.
A Carta Constitucional de 4 de Junho de 1814 (Louis XVIII)
Louis, Rei de França e Navarra a todos a quem este presente documento se dirige, vos Saúda.
A Divina Providência, lembrando‐nos dos nossos Estados após uma longa ausência, impôs‐nos grandes obrigações. A paz foi a primeira necessidade dos nossos súbditos: nós ocupámo‐nos desta sem descanso, e esta paz tão necessária para a França e ao resto da Europa, está assinada.
Direitos dos franceses
Artigo 1. ‐‐ Os franceses são iguais perante a lei, independentemente dos seus títulos, ou hierarquia.
Artigo 2. ‐‐ Eles contribuem indiscriminadamente, na proporção da sua riqueza, para os impostos do estado.
Artigo 3. ‐‐ Eles também são igualmente elegíveis para funções civis e militares.
Artigo 4. ‐‐ A sua liberdade individual também está garantida, ninguém pode ser perseguido ou detido nos casos previstos por lei e, na forma prescrita.
Artigo 5. ‐‐ Cada um professa a sua religião com igual liberdade, e goza da mesma protecção para o culto.
Artigo 6. ‐‐ No entanto, a religião católica, apostólica e romana é a religião do Estado.
Artigo 7. ‐‐ Apenas os Ministros da religião Católica, Apostólica e Romana, e os de outras denominações cristãs, recebem salários do Real Tesouro.
Artigo 8. ‐‐ Os franceses têm o direito de publicar e de imprimir as suas opiniões, de acordo com as leis que reprimem o abuso dessa liberdade.
Essa constituição tem 76 artigos.
Direitos políticos (de cidadania)
Direitos públicos, propriamente ditos, civis e políticos
Direitos de liberdades (civis negativos)
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Danton
Político de  França
Membro da Convenção Nacional
Presidente do Comitê de Salvação Pública
Vida
Nome completo
Georges Jacques Danton
Nascimento
26 de outubro de 1759
Arcis-sur-Aube, Aube
Morte
5 deabril de 1794 (34 anos)
Paris
Na história da Revolução Francesa, A Montanha (em francês: La Montagne) foi um grupo político na 
Convenção Nacional. 
Seus membros eram chamados  Montanheses (em francês: les Montagnards).
Alguns lideres condenados a morte por guilhotina, por serem considerados ameaça ao 
Sistema da ordem liberal, esses lideres proeminentes foram decapitados.
Ela será igualmente guilhotinada uma semana mais tarde, em 13 de abril de 1794, acusada de haver conspirado para uma revolta contra o Tribunal Revolucionário para libertar seu marido (acusação esta que não dispunha de nenhuma prova).
é guilhotinado com os principais partidários de Robespierre, à tarde, sem direito a julgamento.
Robespierre
Nome completo
Maximilien François Marie Isidore de Robespierre
Nascimento
6 de maio de 1758
Arras
Morte
28 de julho de 1794 (36 anos)
Paris
Nacionalidade
Francesa
Uma das Almas da Revolução!
Robespierre foi um dos raros defensores do sufrágio universal e da igualdade dos direitos, defendendo a abolição da escravidão e as associações populares. Ele defendia que "a mesma autoridade divina que ordena aos reis serem justos, proíbe aos povos serem escravos".
Execução de Robespierre.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Maximilien_de_Robespierre
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Danton
Robespierre
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O governo do Diretório foi dissolvido pelo Exercito.
Nesse tempo, a figura de um jovem militar passou a ganhar um destaque de projeções meteóricas. Nascido na Córsega, em 1769, Napoleão Bonaparte ficara conhecido pela sua invejável habilidade militar e sua capacidade de vencer batalhas que pareciam estar praticamente perdidas. Em pouco tempo, a população francesa reconheceu em sua imagem a figura de um herói defensor do ideal revolucionário.
Fustigada pelas sucessivas crises internas, a burguesia viu em Napoleão a oportunidade perfeita para que as contendas políticas cessassem e o desenvolvimento econômico surgisse. Por isso, em 1799, Bonaparte teve o apoio político necessário para derrubar o Diretório que controlava seu país e organizar o Consulado. Neste novo sistema de governo, Napoleão já possuía em suas mãos as mais importantes atribuições políticas da nação.
Aproveitando da situação, as tropas monarquistas da Europa se reorganizaram para derrotar o governo francês. A primeira derrota aconteceu em 1814, na cidade de Leipzig, onde Napoleão se entregou aos inimigos. Depois disso, foi exilado na pequena ilha mediterrânea de Elba para que não oferecesse maiores riscos. Entretanto, um destacamento de soldados fiéis conseguiu retirá-lo da região e devolver-lhe o controle da França.
Conhecido como o “Governo de Cem Dias”, essa desesperada volta de Napoleão ao poder foi logo fustigada pelos seus inimigos na batalha de Waterloo. Dessa vez, o lendário militar foi exilado na ilha africana de Santa Helena. Seis anos mais tarde, ele morreu em consequência de uma terrível doença (provavelmente câncer) que acometia o seu estômago.
http://brasilescola.uol.com.br/historiag/era-napoleonica.htm
Imperador Napoleão
Obra de Jacques-Louis David, pintada entre 1805 e 1807, retrata a coroação de Napoleão Bonaparte. Perceba que a coroa está nas mãos de Napoleão e não nas do Papa, deixando muito claro que havia um novo poder na França pós-revolução. Um poder que não era religioso, mas econômico e político.
Napoleão ao ser Investido como Imperador, Restabelece o absolutismo de Luiz XIV, com uma diferença, o Rei Sol se proclamava que sua Majestade provinha de Deus. 
E a sua era investida da realeza do povo. 
Napoleão dava ao seu império um aspecto constitucional.
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Do Diretório ao Império
Emmanuel Sieyès, um dos idealistas da Revolução Francesa, insatisfeito com a corrupção generalizada no Diretório, estava à procura de alguém que o ajudasse a depor o governo. A princípio, ele pensou no General Joubert, mas, após sua morte em uma batalha contra a Rússia, Sieyès procurou Napoleão. Ele propôs a Bonaparte que fosse instituído um triunvirato, semelhante aos estabelecidos antigamente na República Romana. Napoleão aceitou a proposta e, em novembro de 1799, sob uma nova constituição, o governo francês foi cedido ao trio de cônsules, em que Bonaparte exercia uma influência muito maior que os outros. Esse foi o fim da Revolução Francesa e o início da Era Napoleônica. Tal dia ficou conhecido na História como o golpe do “18 Brumário” no calendário revolucionário, que corresponde a 9 de novembro de 1799 no calendário gregoriano.
Por meio da força militar e das mudanças no sistema eleitoral, Napoleão fez com que apenas 10% da população tivesse
direito a voto e que constasse em uma “lista de confiança”. Essa situação transformou o Primeiro-cônsul da França em um legítimo ditador. No início de 1800, 3 milhões de franceses votaram em um plebiscito para aprovar a nova Constituição, em que Bonaparte recebeu irrisórios 1.500 votos contrários. Em 1802, outro plebiscito concedeu-lhe o consulado vitalício. Em 1804, novo plebiscito o transformou em Imperador dos franceses. A França — que havia feito uma revolução para pôr fim ao Antigo Regime — presenciou o nascimento de um imperador e, é claro, de toda sua corte, formada por militares, religiosos e parentes.
Enquanto consolidava seu poder, Napoleão introduziu diversas reformas que perduram até os tempos atuais. 
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A derrota de Napoleão na Batalha de Batalha de Waterloo.
A Batalha de Waterloo foi um confronto militar ocorrido a 18 de Junho de 1815 perto de Waterloo, na atual Bélgica(então parte integrante do Reino Unido dos Países Baixos). Um exército do Primeiro Império Francês, sob o comando do Imperador Napoleão (72 000 homens), foi derrotado pelos exércitos da Sétima Coligação que incluíam uma força britânica liderada pelo Duque de Wellington, e uma força prussiana comandada por Gebhard Leberecht von Blücher(118 000 homens). Este confronto marcou o fim dos Cem Dias e foi a última batalha de Napoleão; a sua derrota terminou com o seu governo como Imperador.
                                                                   
Arthur Wellesley, duque de Wellington
                                                                         
O general Hill sugere a rendição do que restou da Guarda Imperial francesa.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_Waterloo
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Revoluções de 1848 – República - 2º Império
Dá-se o nome de Revoluções de 1848 à série de revoluções na Europa Central e Oriental que eclodiram em função de regimes governamentais autocráticos, de crises econômicas, do aumento da condição financeira e da falta de representação política das classes médias e do nacionalismo despertado nas minorias da Europa central e oriental, que abalaram as monarquias da Europa, onde tinham fracassado as tentativas de reformas políticas e econômicas.
Também chamada de Primavera dos Povos, este conjunto de revoluções, de caráter liberal, democrático, nacionalista e socialista, foi iniciado por uma crise econômica na França, e foi a onda revolucionária mais abrangente da Europa, embora em menos de um ano, forças reacionárias tenham retomado o controle e as revoluções em cada nação tenham sido dissipadas. Ao direcionar seu governo para interesses da Burguesia, Luís Felipe despertou a oposição da população mais pobre, dos republicanos e também dos socialistas, grupo que se fortalecia cada vez mais na Europa. O primeiro presidente eleito para esse cargo foi Luís Bonaparte, sobrinho do Imperador Napoleão Bonaparte. Pouco antes do final de seu mandato, em 1851, Luís Bonaparte deu um golpe de estado e implantou o Segundo Império. Cerca de 50 países foram afetados, embora as revoluções fossem locais e não houvesse uma coordenação entre elas. Os levantes foram liderados por uma mistura de reformadores, de membros da classe média e de trabalhadores, que não se mantiveram unidos por muito tempo.
As mudanças significantes que duraram após esses levantes foram a abolição da servidão na Áustria e Hungria, o fim do absolutismo monárquico na Dinamarca e o fim definitivo da monarquia carolíngia na França. As revoluções foram mais importantes na França, Alemanha, Polônia, Itália e no Império Austríaco, mas não chegou a alcançar aRússia, Grã-Bretanha, Espanha, Suécia, Portugal ou o Império Otomano. A partir de 1845, a situação política francesa foi profundamente agravada pela eclosão de uma crise econômica devido a escassez de alimentos. Essa crise acabaria se estendendo por todo o continente e estaria na origem das revoluções liberais que abalaram a Europa Centro-Ocidental, no ano de 1848. Os anos de 1845 e 1846 foram de péssimas colheitas, desencadeando uma crise agrícola em todo o continente. A crise agrícola iniciou-se em Flandres e na Irlanda, com as péssimas colheitas de batatas. Na Europa ocidental, a má colheita de trigo desencadeou em 1846 uma série de revoltas camponesas. Essa crise desencadeou uma alta vertiginosa do custo de vida, atirou à miséria grandes setores da população rural e reduziu drasticamente a sua capacidade de consumo de produtos manufaturados.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%B5es_de_1848
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A DECADÊNCIA DO LIBERALISMO – XXVII
O Estado liberal, seus erros e sua decadência;
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"Empolgados pelas novas ideias racionalistas, fortemente sedutoras mas impregnadas de misticismo, os construtores do Estado liberal perderam de vista a realidade. Desconheceram (e isto foi o seu maior erro) uma das mais importantes revoluções que a história política do mundo registra - a revolução industrial - que, se iniciara na Inglaterra em 1770 e que modificaria fatalmente a realidade social em todos os países, criando problemas até então desconhecidos mas perfeitamente previsíveis. Processada à ilharga da revolução popular francesa, continuaria pelos tempos modernos a hostilizar cada vez mais o Estado liberal, minando os alicerces da sua estrutura.
Em verdade, o liberalismo que se apresentaria perfeito na teoria bem cedo se revelou irrealizável por inadequado à solução dos problemas reais da sociedade. Converteu-se no reino da ficção, com cidadãos teoricamente livres e materialmente escravizados.
A revolução industrial apresentara ao mundo um novo tipo de homem até então desconhecido: o operário de fábrica. O aparecimento das máquinas produziu o desemprego em massa. Cada nova máquina introduzida na organização industrial jogava à rua centena de milhares de desempregados. O trabalho humano passa a ser negociado como mercadoria, sujeito à lei da oferta e procura. O operário se vê compelido a aceitar salários ínfimos e a trabalhar quinze ou mais horas por dia para ganhar o mínimo necessário à sua subsistência. A mulher deixa o lar e procura no trabalho das fábricas um reforço ao salário insuficiente do marido. As crianças não podem frequentar as escolas e são atiradas no trabalho impróprio, prejudicial à sua formação física e moral, na luta pela subsistência que o pai não pode prover. E assim, o liberalismo trazia mais no seu bojo, inconscientemente, a desintegração da família.    
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 Quando colhido pela doença ou pela velhice quase sempre precoce, outra alternativa não restava ao operário senão estender a mão à caridade pública. 
     Por outro lado, o contraste era chocante: fortunas imensas se acumulavam nas mãos dos dirigentes do poder econômico: o luxo, a ostentação, a ânsia irrefreada de ganhar cada vez mais criaram o conflito entre as classes patronais e assalariadas. Organizaram-se as grandes empresas, os trusts, os cartéis, os monopólios e todas as formas de abuso do poder econômico, acentuando-se cada vez mais o desequilíbrio social. E o Estado liberal a tudo assiste de braços cruzados, limitando-se a policiar a ordem pública. 
É o Estado-Polícia (L'État Gendarme).
     Indiferente ao drama doloroso da imensa maioria espoliada, deixa que o forte esmague o fraco, enquanto a igualdade se torna uma ficção e a liberdade uma utopia.
Sem dúvida, eram anti-humanos os conceitos liberais de igualdade e liberdade."
     Trechos retirados do livro "Teoria Geral do Estado", do autor Sahid Maluf. Recomendo leitura.
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Revolução Industrial que inicia na Inglaterra em 1770, e que modificaria fatalmente a 
realidade social em todos os paises, criando problemas até então desconhecidos, mas previsíveis. 
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A DECADÊNCIA DO LIBERALISMO – XXVII
2. A encíclica “Rerum Novarum”.;
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“Rerum Novarum”
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A Encíclica Rerum Novarum
Rerum Novarum
Significado da Rerum Novarum : sobre a condição dos operários (em latim Rerum Novarum significa "Das Coisas Novas") é uma encíclica escrita pelo Papa Leão XIII a 15 de Maio de 1891. Era uma carta
aberta a todos os bispos, debatendo as condições das classes trabalhadoras. Wilhelm Emmanuel von Ketteler e Edward Manning tiveram grande influência na sua composição.
A encíclica trata de questões levantadas durante a revolução industrial e as sociedades democráticas no final do século XIX. Leão XIII apoiava o direito dos trabalhadores formarem sindicatos, mas rejeitava o socialismo e defendia os direitos à propriedade privada. Discutia as relações entre o governo, os negócios, o trabalho e a Igreja.
A encíclica critica fortemente a falta de princípios éticos e valores morais na sociedade de seu tempo e laica, uma das grandes causas dos problemas sociais. O documento papal refere alguns princípios que deveriam ser usados na procura de justiça na vida industrial e sócio-económica, como por exemplo a melhor distribuição de riqueza, a intervenção do Estado na economia a favor dos mais pobres e desprotegidos, a caridade do patronato aos trabalhadores.
A encíclica veio completar outros trabalhos de Leão XIII durante o seu papado (Diuturnum, sobre a soberania política; Immortale Dei, sobre a constituição cristã dos Estados e Libertas, sobre a liberdade humana) para modernizar o pensamento social da Igreja e da sua hierarquia. Em geral é considerada como o pilar fundamental da Doutrina Social da Igreja. Pelos sucessores no papado foi denominada de "Carta Magna" do "Magistério Social da Igreja".
Esta famosa encíclica pode ser basicamente dividida, para fins de estudo, em quatro grandes partes:
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Esta famosa encíclica pode ser basicamente dividida, para fins de estudo, em quatro grandes partes:
I - A Questão Social e o Socialismo
Inicia o texto fazendo um levantamento da situação social da época e da crise social que o mundo passava, de conflitos, e critica a situação de miséria e pobreza que os trabalhadores estavam submetidos em razão de um liberalismo irresponsável, de um capitalismo selvagem e de patrões desumanos. Os trabalhadores estavam sendo vítimas da cobiça e de uma concorrência desenfreada da ganância e de leis que haviam perdido o sentido e os princípios cristãos: ...é necessário, com medidas prontas e eficazes, vir em auxílio dos homens das classes inferiores, atendendo a que eles estão, pela maior parte, numa situação de infortúnio e de miséria imerecida.
E ainda criticava a concentração das riquezas nas mãos de poucos e do mal uso que dela faziam: A usura voraz veio agravar ainda mais o mal. Condenada muitas vezes pelo julgamento da Igreja, não tem deixado de ser praticada sob outra forma por homens, ávidos de ganância, e de insaciável ambição. A tudo isso deve acrescentar-se o monopólio do trabalho e dos papéis de crédito, que se tornaram um quinhão de um pequeno número de ricos e de opulentos, que impõe assim um julgo quase servil à imensa multidão dos operariados.
Nesta primeira parte a encíclica refuta o critério socialista sobre a propriedade privada, acusa de injustas e absurdas as razões aduzidas pelos socialistas. Afirma que o homem antecede ao Estado em valor, dignidade e importância e o antecede também no tempo, que o fim do Estado é propiciar o bem comum do homem e de prover-lhe os meios para que possa alcançar a felicidade. Não é o homem para o Estado mas o Estado que existe em função do homem.
Afirma que o direito de propriedade é de direito natural, fruto e baseia-se no trabalho humano e baseia-se ainda na essência da vida doméstica. Chama de desastrosas as conseqüências da solução socialista:
Por tudo o que Nós acabamos de dizer, se compreende que a teoria socialista da propriedade colectiva deve absolutamente repudiar-se como prejudicial àqueles membros a que se quer socorrer, contrária aos direitos naturais dos indivíduos, como desnaturando as funções do Estado e perturbando a tranquilidade pública.
II - A Questão Social e a Igreja
Considera erro capital considerar que ricos e pobres são classes destinadas a se digladiarem. Sem o concurso da Igreja os esforços dos homens não obterão êxito satisfatório.
III - A Questão Social e o Estado
Nesta parte discorre sobre a garantia da propriedade e da paz. Fala da corrupção dos costumes na época. Da proteção dos bens da alma, do adequado regime de trabalho, da proteção da idade e do sexo do trabalhador e defende o justo salário.
IV - A Questão Social e ação conjunta de patrões e empregados
Neste capítulo considera de incalculável vantagem as associações de socorro e previdência dos trabalhadores, que são principalmente recomendáveis as associações de operários e que estas deverão ser prudentemente organizadas.
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Conseqüências
A Rerum Novarum, bem como outros trabalhos de Leão XIII e a sua ação no longo cargo como Papa (1878–1903), deu início a uma nova forma de relacionamento entre a Igreja Católica e o mundo moderno, que consiste na abertura da própria Igreja. A Igreja começou a empenhar-se a procurar soluções, à luz do Evangelho e dos ensinamentos cristãos, para os problemas sociais vividos pela humanidade.
Este documento introduziu também o princípio da subsidiariedade e estabeleceu orientações a respeito dos direitos e deveres do capital e do trabalho. O Papa Leão XIII refutou como falsas as teorias socialistas marxistas e defendeu a propriedade privada, acreditando que as soluções iriam surgir das acções combinadas da Igreja, do Estado, dos empregadores e dos empregados. No entanto, outras afirmações da encíclica opõem-se também aos excessos do capitalismo. Na altura, o apoio do Papa a sindicatos e a um salário decente era visto como radicalmente liberal.
Sistematização da Doutrina Social da Igreja
Com esta encíclica deu-se início à sistematização do pensamento social católico, passado a chamar-se vulgarmente de Doutrina Social da Igreja Católica. Este pensamento vai muito além de apresentar uma simples alternativa ao capitalismo e ao marxismo. Na "Doutrina Social da Igreja" a Igreja busca propiciar ao cristão os princípios de reflexão, os critérios de julgamento e as diretrizes de ação donde partir para promover esse humanismo integral e solidário. (...) Tal doutrina possui uma profunda unidade, que provém da Fé em uma salvação integral, da Esperança em uma justiça plena, da Caridade que torna todos os homens verdadeiramente irmãos em Cristo. (...) a Igreja, com a sua doutrina social, não entra em questões técnicas e não institui e nem propõe sistemas ou modelos de organização social: isto não faz parte da missão que Cristo lhe confiou.(Compêndio da Doutrina Social da Igreja, n. 3, 7 e 68).
No entanto, pela relevância pública do Evangelho e da fé e pelos efeitos perversos da injustiça, vale dizer, do pecado, a Igreja não pode ficar indiferente às vicissitudes sociais: Compete à Igreja anunciar sempre e por toda parte os princípios morais, mesmo referentes à ordem social, e pronunciar-se a respeito de qualquer questão humana, enquanto o exigirem os direitos fundamentais da pessoa humana ou a salvação das almas. (Compêndio da Doutrina Social da Igreja, n. 71)
Muitas das posições da Rerum Novarum foram suplementadas por encíclicas posteriores, em especial a Quadragesimo Anno de Pio XI em 1931, e a Mater et Magistra de João XXIII em 1961, e por Papa João Paulo II em 1991 com Centesimus annus. Estes documentos importantes vieram a constituir o corpo da moderna Doutrina Social da Igreja.
Esta encíclica também influenciou fortemente na formação de uma novo pensamento e movimento político, a Democracia cristã. Este pensamento defende a implantação de uma democracia baseada nos princípios cristãos.
http://www.jurassicos.com.br/leao_XIII/rerum_novarum.html
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3. O Estado Evolucionista.
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Lema do mundo moderno:
“fiat mundus, pereat justitia.”
Que o mundo pereça, mas faça-se a justiça.
Se a função primordial do Estado consiste em assegurar condições gerais de paz social e prosperidade pública, cumpre-lhe, efetivamente, intervir na ordem socioeconômica, impor restrições ao capital, prevenir os litígios, remover
as injustiças, edificar um mundo melhor onde a felicidade seja possível a todos os homens e o império da justiça seja uma realidade.
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De qualquer forma, ameaçado pelas duas extremas totalitárias, o Estado liberal foi colocado ante o dilema de reformar-se ou perecer. 
Efetivamente, onde ele permaneceu fraco e inerte, ocorreu a transformação violenta, surgindo o Estado revolucionário, como na Rússia, na Itália, na Alemanha, na Polônia e em vários países, como analisaremos nos capítulos seguintes. 
Quando não, o Estado liberal se transformou de maneira pacífica evoluindo para a forma social-democrática, através de reformas constitucionais e medidas legislativas. Tornou-se evolucionista, intervindo na ordem econômica, colocando-se como árbitro nos conflitos entre o capital e o trabalho, superintendendo a produção, a distribuição e o consumo.
A crítica demonstrou sempre, e com exuberante evidência, a inconsistência dos princípios teóricos do liberalismo, mas não chegou ainda a uma conclusão definitiva quanto à solução do problema.
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FIM...
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