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9 Processos da dinâmica superficial

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Processos da dinâmica superficial
Adaptado de Infantil Jn, N. & Fornassari Fo., N. in Oliveira e Brito (2009)
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Processos da dinâmica superficial
São processos que modificam a superfície da Terra e que agem na interface entre a hidrosfera, atmosfera e litosfera.
São movidos principalmente pela energia solar e gravitacional.
São responsáveis pela modelagem da superfície da Terra.
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Classificação dos processos
Agentes envolvidos: rios, ondas, ventos e, geleiras. Os processos causados por eles são agrupados como erosão.
A variação termo-higrométrica diária, o congelamento da água em fraturas e a dissolução de calcários em cavernas são agrupados como intemperismo. 
Os vários processos móveis ou imóveis que destroem as rochas corrasão ou abrasão é o desgaste mecânico realizado pelas partículas transportadas pelos rios e ventos.
Corrosão é o desgaste químico
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EROSÃO
É o processo de desagregação e remoção de partículas de solo ou fragmentos e partículas de rocha, pela ação combinada da gravidade com a água, vento, gelo e organismos.
Erosão natural ou geológica se desenvolve em condições de equilíbrio com a formação do solo. 
Erosão acelerada ou antrópica, a intensidade é superior à da formação do solo, não permitindo a sua recuperação natural.
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Cobertura vegetal
É o fator mais importante de proteção do solo contra a erosão.
Fonte:
 Leinz e 
Amaral, (1998).
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Erosão pela Água
Começa pelo impacto das gotas de chuva que causa a desagregação das partículas, remoção e transporte pelo escoamento superficial e posterior deposição dos sedimentos produzidos, causando o assoreamento.
Erosão Laminar ou em lençol é causado pelo escoamento difuso das águas das chuvas resultando na remoção progressiva e uniforme dos horizontes superficiais do solo.
Erosão linear é causada pela concentração das linhas de fluxo das águas de escoamento superficial, resultando em pequenas incisões na superfície do terreno, em forma de sulcos, que pode evoluir por aprofundamento para ravinas e daí para voçorocas ou boçorocas, quando há a contribuição do lençol freático causando a erosão interna ou entubamento (piping) .
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Efeito de um pingo de chuva em solo desprotegido.
FONTE: LEINZ & AMARAL, 1998.
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Erosão laminar
Erosão linear
Entupimento do sistema de drenagem urbana
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FATORES CONDICIONANTES DA EROSÃO
Fatores antrópicos como desmatamento e formas de uso e ocupação do solo (agricultura, urbanização, obras civis, mineração etc).
Fatores Naturais como a chuva, cobertura vegetal, relevo, tipos de solo e substrato rochoso.
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CHUVA
Chuvas torrenciais de grande intensidade precedidas por período chuvoso anterior que provoca a saturação dos solos, determinam eventos erosivos de grande velocidade de propagação, nos locais onde o regime de escoamento das águas é concentrado, com altos valores de vazão. 
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Relevo
A influência do relevo na intensidade erosiva verifica-se principalmente pela declividade e comprimento da rampa, da encosta ou da vertente, que interferem diretamente na velocidade de escoamento superficial das águas pluviais.
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Solos
Propriedades dos solos que conferem maior erodibilidade: textura, estrutura, espessura e permeabilidade.
A textura, ou seja, o tamanho das partículas, influi na capacidade de infiltração e absorção da água da chuva. Solos com textura arenosa dificultam o escoamento superficial, apesar de serem facilmente erodíveis devido a baixa presença de argila.
A estrutura, ou seja, o modo como se arranjam as partículas do solo, influi na capacidade de absorção e de arraste das partículas.
A espessura: solos rasos permitem a rápida saturação dos horizontes superficiais, permitindo maior escoamento superficial e consequente erosão. 
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Substrato Rochoso
As principais áreas de ocorrência das voçorocas no País, estão relacionadas às áreas de ocorrência das rochas sedimentares, cujas coberturas pedológicas correspondem a materiais arenosos (solos podzólicos, latossolos ou depósitos colúvio-aluvionares).
Em áreas de rochas pré-cambrianas, modeladas em relevo de colinas, as voçorocas e ravinas estão geralmente relacionadas à natureza e constituição dos solos de alteração de rochas xistosas e graníticas que, quando apresentam textura siltosa e micácea, são altamente porosas, permeáveis e friáveis.
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	EROSÃO EÓLICA
Em rochas, o impacto das partículas sólidas carregadas pelo vento que provoca o desgaste. 
Em solos, cujas partículas são desagregadas por diversos agentes, o vento como veículo de transporte, age no sentido de colocá-las em suspensão.
A erosão eólica não age nas partículas agregadas pelas águas. Neste sentido, o calor solar atua como elemento regulador do processo, ao interferir no grau de umidade. 
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Erosão eólica em cinzas vulcânicas em clima semi-árido.
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Cinzas Vulcânicas
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EROSÃO DE LEITOS ROCHOSOS
A erosão de maciços em cachoeiras, corredeiras e falésias se dá pela dissipação de energia das quedas de água.
Esse processo pode ser acelerado pelo vertedor de uma barragem, onde a descarga de enchentes é capaz de erodir rochas muito resistentes.
No Brasil, o caso mais conhecido é o da Usina de Jaguara da CEMIG, no Rio Grande, cuja erosão formada na bacia de dissipação, em quartzitos muito fraturados, aprofundou 31 metros em seis anos. 
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MOVIMENTOS DE MASSA
Rastejos: movimentos lentos e contínuos da massa de solo de um talude. Não apresenta desenvolvimento de uma superfície definida de ruptura. São identificados por inclinação de árvores, muros, pequenos abatimentos ou degraus na encosta.
Os rastejos podem causar danos em taludes e encostas adjacentes a obras civis como comprometimento das fundações de pilares de pontes e viadutos. Podem evolui para escorregamentos, servindo como indicador de movimentos mais rápidos. 
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Fenda aberta no solo, em geral no topo do talude, onde a água da chuva infiltra, desencadeando a desestabilização do talude, Morro do Iririú, na Rua Raul Seixas.
 
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MOVIMENTOS DE MASSA
Escorregamentos: São movimentos rápidos de solo ou rocha, geralmente bem definidos quanto ao volume, cujo centro de gravidade se desloca para baixo e para fora do talude (natural, de corte ou de aterro).
Envolve superfície até o contato com a rocha subjacente, alterada ou não.
São condicionados por estruturas planares desfavoráveis à estabilidade, relacionadas a feições geológicas diversas (foliação, xistosidade, fraturas e falhas). 
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Condicionante geológico – estrutural, verificado por plano de falha onde se deu o rompimento do talude. : BR 101/SC – Corte Km 33 + 300 
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MOVIMENTOS DE BLOCOS ROCHOSOS
Queda de blocos: blocos de rochas que desplacam de taludes ou encostas íngremes.
Tombamento de blocos: rotação de blocos rochosos condicionados por estruturas geológicas com grande mergulho.
Rolamento de blocos: movimentos de blocos imersos numa matriz terrosa, que por perda de apoio destacam-se dos taludes e encostas.
Desplacamentos: desprendimento de lascas que se desprendem de estruturas como xistosidade e acamamento devido às variações térmicas ou alívio de tensão.
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CORRIDAS DE MASSA
São corridas de grandes volume de massa na forma de escoamento rápido.
Está associado a dinâmica de evolução das vertentes de relevos montanhosos e, portanto, é natural que mostre certa recorrência ao longo do tempo. 
A ocupação de encostas sem os devidos critérios técnicos, pode ampliar ou antecipar o processo.
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Corridas de massa na Região Serrana do RJ em janeiro de 2011
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ASSOREAMENTO
É a acumulação de sedimentos em meio aquoso ou aéreo, quando a força do agente transportador (rio, vento, geleira) é sobrepujada pela força da gravidade ou quando a supersaturação das águas permite a deposição de partículassólidas.
A intensificação do processo por atividades antrópicas decorre, em geral, diretamente do aumento da erosão pluvial, por práticas agrícolas inadequadas e infra-estrutura precária de urbanização , bem como a modificação da velocidade dos cursos de água por barramentos, desvios etc
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Escorregamentos associados às inundações causaram o rompimento de pontes na SC 301 em Fev. 95 em Jlle.
O material erodido das partes elevadas da bacia hidrográfica
Se deposita nas partes baixas, onde as travessias de obras de arte 
Das estradas não previa tamanho volume de sedimentos. Rio da Prata, 
Joinville - 1995.
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Infra-estrutura de drenagem precária
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INUNDAÇÃO
Está normalmente associada à enchente ou cheia (acréscimo da descarga por certo período de tempo), assoreamento de canal, barramentos ou remansos.
O tipo de cobertura existente na bacia de captação pode reduzir a significância da inundação ou potencializar inundações expressivas. Por exemplo, a cobertura vegetal facilita a infiltração das águas pluviais e serve de barreira ao seu escoamento, o que reduz a quantidade de água que poderia chegar bruscamente as calhas dos rios. 
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SUBSIDÊNCIAS E COLAPSOS
A subsidência consiste no afundamento lento do terreno, enquanto colapso é um afundamento rápido.
A subsidência pode ocorrer por causas naturais, como dissolução de rochas (carstificação) como calcários, dolomitos, evaporitos (gipsita, halita) ou acomodação de rochas pelo seu próprio peso ou por pequena movimentação segundo planos de falhas.
Subsidência acelerada pela ação antrópica ocorre em decorrência de bombeamento de águas subterrâneas, por acréscimo de peso devido a obras civis. Ou por acidificação das águas por poluentes que aumenta o seu poder de dissolução em terrenos de rochas carbonáticas. 
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SUBSIDÊNCIAS E COLAPSOS
Em agosto de 1986, os bairros de Lavrinhas e Vila Branca da cidade de Cajamar (SP) sofreram um colapso, originando uma cavidade de 10 m de diâmetro e 10 m de profundidade, que progrediu rapidamente chegando a 32 m de diâmetro e 13 m de profundidade, destruindo casas e ruas. O fenômeno foi causado pela carstificação do calcário.
Também ocorre subsidência associada a mineração subterrânea e a exploração de petróleo. Em Criciuma ocorrem rachaduras nas casas e secagem de poços rasos em decorrência da mineração do carvão.
Ainda ocorre colapsos de terreno resultantes da combustão da turfa (estágio inicial da formação do carvão). 
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Processos Costeiros
A costa ou zona costeira abriga 2/3 da população mundial.
O estudo dos processos costeiros exige a observação da pressão barométrica, temperatura, umidade, direção e intensidade dos ventos, direção e velocidade das correntes marinhas, geometria das ondas, natureza e distribuição dos sedimentos durante um longo período de tempo (no mínimo 2 anos caso disponha de dados históricos de alguns parâmetros).
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Processos Costeiros
As ondas oceânicas resultam da ação dos ventos sobre a superfície do oceano. Elas podem ser representadas pela amplitude, comprimento de onda e período. 
As ondas se modificam a medida que se aproximam da linha de costa, onde o efeito do fundo se faz sentir. Quando a profundidade atinge ¼ do comprimento de onda, tem início a arrebentação. A massa de água transportada para a praia retorna por “canais”discretos, para além da arrebentação, formando células de circulação costeira.
As ondas de tempestade resultam de perturbações atmosféricas internas que geram ventos violentos, as vezes conjugados com marés elevadas.
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Processos Costeiros
A direção, velocidade e volume de transporte de sedimentos paralelamente à praia (deriva litorânea) dependem da obliquidade de incidência das ondas. Dependendo da intensidade da deriva litorânea, execução de obras costeiras, especialmente espigões, afeta o balanço de sedimentos, provocando a deposição a montante do obstáculo e erosão a jusante.
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Erosão nas casas construídas em restinga de Barra Velha /SC– nov. de 2010
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Morfologia Costeira
Praias: São constituídas por sedimentos soltos, geralmente de origem terrestre, de granulometria variada (areia fina a seixo), compostos principalmente de quartzo, mas podendo conter feldspatos, fragmentos de rocha, etc. Possuem mobilidade perpendicular à costa, pela ação das ondas, como paralelamente pela ação da deriva litorânea.
As causas da erosão das praias podem ser: redução do aporte de sedimentos fluviais, seja pela extração de areia no leito dos rios ou pela construção de barragens, obras portuárias e espigões (molhes) para proteção de trechos litorâneos.
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Morfologia Costeira
Dunas: São formações arenosas produzidas pela ação dos ventos, às vezes estabilizadas ou fixadas por vegetação. Normalmente são constituídas por areias finas e possuem estratificação cruzada em decorrência da variação da intensidade e direção dos ventos. 
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Estratificação se formando em duna. 
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Morfologia Costeira
Nas dunas costeiras o transporte das areias da praia para o continente pelo vento é um processo importante no desenvolvimento da morfologia costeira. 
Nas áreas onde o suprimento não é grande, as dunas costeiras são limitadas a cordões de dunas praias ou simplesmente dunas frontais ou ante-dunas. Estas dunas constituem a principal defesa da praia durante as ressacas por comportarem-se como trocadores de energia com as ondas, sua erosão absorve o impacto das ondas. Nas épocas secas, os ventos encarregam-se de reconstituir a duna frontal
Quando o transporte eólico é bastante intenso, há problemas relativo ao assoreamento de canais costeiros, soterramento de casas e de rodovias.
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Morfologia Costeira
Manguezal se desenvolve nas regiões baixas do litoral abrigadas e de declividade muito suave, com deposição de sedimentos finos, além de um equilíbrio dinâmico entre as variações dos níveis de maré, o aporte de água doce e as taxas de deposição/erosão.
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Restingas
São cordões arenosos, que protegem costas baixas ou fecham pequenas enseadas, originados por recuo do mar, onde se encontram associações vegetais características, comumente conhecidas como vegetação de restinga. Apresentam alinhamento paralelo , pequena elevação e ausência de estratificação.
A restinga brasileira mais conhecida é a da Marambaia entre Parati e Pedra de Guaratiba (RJ).
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Lagunas 
São corpos de água, alongados paralelamente ao traçado do litoral, pouco profundos, isolados do mar por uma barra móvel de areia ou seixo. A comunicação com o mar é realizada por aberturas através da barra. Lagunas fechadas também existem, temporária ou permanentemente.
Algumas lagunas recebem cursos de água, outras não.
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Falésias
Esta se forma quando o mar ataca uma encosta continental criada por erosão, por erupção vulcânica ou por movimentos tectônicos.
No Brasil a mais conhecia é a de Torres (RS) constituída s pelo encontro entre os basaltos da escarpa da Serra Geral e alinha de costa, com alturas entre 25 e 30 m.

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