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PROCESSO NO DIREITO ROMANO

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PROCESSO ROMANO
Gaio – Edito do pretor: - Ordem da gramática- organização das Institutas - Sujeito de direito – objeto do direito – processo - Pessoas coisas ação
História do Processo: Gaio, 4º livro das Institutas
Autotutela Processo
ANTES DO PROCESSO
- 1º MODO DE ORGANIZAÇÃO: Autotutela: Cada um protege seus próprios interesses com suas próprias forças. Vence a disputa quem tem as melhores condições; aquele que pode (e não necessariamente aquele que tem razão). A sociedade passa a se intrometer, a intermediar para que aquele que tem razão passe a vencer a disputa. Assim surge o processo
PROCESSO
Intervenção social – intervenção da sociedade organizada (independente da organização política) no conflito
Sociedade: mediadora do conflito, reguladora do conflito- oferece um 3º imparcial que media a situação sob vigilância e controle social, verificando se houve violação da norma e determinando e aplicando sanções
A execução da sanção era feita pela parte vencedora da Ação. O processo cria o Direito (regras), é anterior ao Direito. O conflito cria a necessidade de regras que criem uma resolução para o conflito. Existe para manter a ordem (interesse da sociedade organizada).
 
Funções do processo: (1) Conhecimento/execução (2) Cautela
Conhecimento/Execução
Identificar e definir se houver lesão a um direito/interesse juridicamente relevante e aplicação da sanção (o lesado age para que se reconheça o caso e a existência ou não do direito e em que medida ele existe; buscar uma resposta). 
Execução – se não cumprir voluntariamente
Sociedade define quais mecanismos a parte pode utilizar para receber a reparação do dano (caso não tenha sido reparado voluntariamente). Magistrado com jurisdição diz quem está certo ou errado a partir de uma sentença que é executada. Ex: Como o credor pode buscar o crédito.
Cautela – auxilio instrumental
Processo cautelar- processo com função cautelar. Medidas que o 3º imparcial toma buscando a efetividade da decisão; medida de proteção para viabilizar a decisão. Ex: se atribui o objeto sob litígio e se define um valor de caução (garantia que no momento que a sentença fosse dada, o bem ainda seria passível de reparação).
 Público- qualquer pessoa
Duas ordens
(I.4.18) Privado- só o lesado
- Publico: qualquer cidadão é parte legitima, qualquer um do povo pode movimentar o 3º imparcial, entrar com a ação frente ao magistrado. Todos (sociedade são ofendidos). (Sociedade identifica que o direito lesado interessa a toda comunidade - crimes - e tem que ter repressão ao violador perpetrada pela própria comunidade > âmbito penal; qualquer um do povo pode entrar com uma ação)
-Privado: só o lesado pode começar o processo e pedir reparação. (interesse lesado é de um só, não de toda coletividade > sociedade interfere só pra mediar, porque não quer conflitos espalhando-se; somente a parte lesada pode entrar com a ação a fim de buscar a reparação).
Ação (I.4.6)- direito de pedir em juízo quanto devido (material)
 - formal
 Reinvindicações
 Típica 
 Condições (Conditione)
Real/pessoal
Objeto/pena/mista
 Simples
-Ação: é o mecanismo de quem teve seu direito violado para buscar resposta/manifestação deste terceiro imparcial
- Material: parte do pressuposto de que o pedido da pessoa é realmente devido
-Formal (processualistas alemães): Direito de movimentar a jurisdição, direito de saber se eu tenho ou não tenho o direito de pedir algo, direito de pedir a resposta para a pergunta “se me é devido ou não”
 Tipos de ações (na ordem privada):
A) Típicas – próprias para cobrar cada tipo de direito (o processo vai ganhando forma, um tipo especifico)
1. Reivindicações: buscar coisas; direito de propriedade
2. Condições: ações para cobrar créditos 
B) Real/Pessoal
 1. Real: defender direitos de uma pessoa em relação a coisas (res
2. Pessoal: defender direitos de uma pessoa em relação a outra(s) condutas
Objeto/Pena/mista- o que leva a buscar o processo; objeto da ação
O processo é simples se buscar só o objeto (reparação com aquisição de crédito, coisas, etc) ou só a pena (aplicação de uma sanção) e misto se busca objeto e pena
Pena- lesão legitima: lesão que a sociedade reconhece que pode ser aplicada a alguém que violou uma norma
Fases: 
 Pretor Urbano
 Pretor Peregrino Lei Julia
753 a.C. 450 a.C. 367 a.C. 242 a.C. 120 a.C. 17 a.C 342 d.C. 565 d.C
 XII Tabuas Lei Aebutia C.I.C
 EXTRAORDINÁRIO
 AÇÕES DA LEI FORMULÁRIO Monofásico
 Formal Flexível Juiz funcionário
 Bifásico Monofásico
Processo e ações privadas
 AÇÕES DA LEI
 remi
CONHECIMENTO Legis actio per sacramentum
 Personarum
 Legis actio para postulações do juiz
 Conditiones
EXECUÇÃO Legis actio manus iniectionem
 Pignoris copionem
-G. 4. 13 a 30 (possuem lacunas)
Processo criado pelos Pontífices (titulas do conhecimento) - constrói a ideia de Conhecimento e Execução, identifica os direitos de coisas e pessoas
Aplicadas exclusivamente nas relações entre romanos
Processo formal (formalismo nas palavras e nos gestos), rigoroso, restrito, solene, plástico, ritualístico
Bifásico: uma fase perante o magistrado e outra perante um juiz particular (pago por ambas as partes)
3 etapas:
1. In ius vacatio(chamamento do réu a juízo – a cargo do autor)- ANTES DO INICIO DO PROCESSO
2. In iure (diante do magistrado estatal)- pontífice: define qual a ação e qual regra juridica
3. Apud iudicem (diante do juiz particular- árbitro privado que as partes escolhem) – analisa as provas e dá a sentença
Não tem instancia superior a quem recorrer, não cabe recurso
Vigoraram até o advento da Lei Aebutia
Proibidas pela Lei Julia em 17 a.C.
Ações advinham de um texto legal; situações jurídicas por elas tuteladas eram fundadas em uma lei;
Cinco ações, sendo 3 de conhecimento e 2 de execução:
A) Conhecimento (declaratórias):
1. Legis Actio sacramenti: ação da lei por sacramento. Criação para direito das coisas e das pessoas.
-Sacramento: quantia que as partes (autor e réu) tinham que depositar para que o pontífice (ponte entre a terra e a Lei – deuses) decidisse sobre o seu conflito (quebra de ordem). É, de certa forma, um estimulo para que as partes resolvam o conflito entre si.
2. Legis Actio per iudicis postulationem: ações da lei para postulação do juiz, criadas pela Lei das XII Tábuas, substitui a por sacramento quando existe sponsio (promessa solene, obrigação de dar, fazer ou não fazer), elimina o sacramento (o pontífice não pode cobra-lo) por serem ações civis (laicização).
-divisão de herança, cobrança de crédito e divisão de bens comuns.
3. Legis actio per conditionem: obrigações cuja pretensão seria um objeto determinado.
B) Execução
4. Legis actio per manus iniectionem: execução pessoal.“Ação da mão”. Aplicada em qualquer situação em que o Direito não é voluntariamente cumprido. 
-Extremo: ou paga ou é vendido como escravo.
5. Legis actio per pignoris capionem: penhora extrajudicial (se apoderar das coisas do devedor sem a autorização do magistrado). Ação executiva direta (dispensa o processo de conhecimento). Aplicada pelo exercito e ofícios religiosos (é uma ação extraordinária).
PROCESSO FORMULÁRIO
-Fase Republicana e boa parte do Principado
-Criado pelo Pretor Peregrino
-Introduzido pela Lei Aebutia – os romanos podem litigar por fórmulas, podem usar o processo formulário em relações entre romanos
-Mais flexível e mais rápido
Aplicação:
- Pretor Peregrino- a partir de 242 a.C. 342 d.C. – Fim do Processo Formulário
- Pretor Urbano- a partir de 120 a.C.
 As soluções do Pretor Peregrino (Direito das Gentes: relações entre romanos e não-romanos) se tornam acessíveis ao Pretor Urbano (relações entre romanos)
PRETOR: titular da jurisdição; quem dirige o processo; quem diz o Direito entre as partes e dirige o processo de aplicação do Direito, efetivando esse direito. Quando a competência da jurisdição é laicizada para se tornar uma função civil ela deixa de ser dos pontífices e passa a ser dos pretores.
Pretor – Império menor (parcela do Império, do poder de mando)= jurisdição - direção do Processo Cônsules: Império maior (engloba a jurisdição, mas não interessa a eles serem os titulares da jurisdição, ainda que tenham o poder para sê-lo.
- A sentença do pretor é mando jurisdição parcela do Império
-O pretor é eleito para ocupar o cargo por um ano
O Pretor Urbano supre, corrige e melhora o Direito Civil
(Ação fictícia – G.4.36 e Concebidas in verbae- G.4.46)
- O Pretor Urbano aplica o Direito Civil nas cidades
-Supre as lacunas, corrige os defeitos e assim melhora o Direito Civil
 criando ações novas fórmulas as que vão sendo repetidas pelos 
 próximos pretores vão se tornando verdadeiras 
 Ações Fictícias ações – uma ação para cada tipo de direito
 Pretor- quer proteger um interesse juridicamente relevante que 
 não é de fato um “direito” livre para criar novas ações
 fingia algo para encaixar aquela situação em uma já existente(por analogia); não cria uma ação nova, corrige uma já existente por analogia
-Ação Publiciana (um exemplo de ação fictícia por analogia): para quem ainda não usucapiu a coisa, mas tem a justa causa – finge-se que ele já usucapiu a coisa.
-Ações concebidas in verbae: concedem um novo direito (um interesse juridicamente relevante que antes não era protegido) por meio da fórmula, feita por meio das palavras que ele quiser, não há a rigidez das Ações da Lei.
-Quando não existe uma ação que possa ser encaixada por analogia em uma ação já existente cria-se uma ação nova, cria-se uma tipicidade. Ação Típica: O pretor tem liberdade para suprir as lacunas do Direito Civil com as palavras que ele quiser. Os pretores seguintes não precisam usar as mesmas palavras que o pretor criador da nova ação, mas precisam utilizar a mesma fórmula. Cria-se uma tipicidade.
O Pretor Peregrino aplica o Direito das Gentes
Estrutura – continua bifásico - uma fase perante o magistrado e outra perante um juiz particular (pago por ambas as partes)
3 etapas:
1. In ius vacatio (chamamento do réu a juízo – a cargo do autor)- ANTES DO INICIO DO PROCESSO
2. In iure (diante do magistrado estatal)- pontífice: define qual a ação e qual regra juridica
3. Apud iudicem (diante do juiz particular- árbitro privado que as partes escolhem) – analisa as provas e dá a sentença
*Citação do réu – as duas partes têm que estar na frente do pretor para iniciar o processo- responsabilidade das partes privadas.
-Foro romano: lugar público=presença de testemunhas=criar provas
 dare – fórmula- litiscontestação
IN IURE Pretor: iudicium
(diante do magistrado estatal) Negare
-Estar na frente do Pretor é estar em juízo, é estar in iure (estar no tribunal).
-A Ação desencadeia o processo, é a 1ª manifestação na frente do pretor para o autor pedir o que lhe é devido, ou ao menos receber a resposta do pretor se o pedido lhe é devido ou não.
-Só analisa se há ou não um direito abstrato que deve ser protegido, se há ou não uma norma que foi quebrada. Não se analisa os fatos, as provas, só se analisa se há o não o direito (ou um interesse juridicamente relevante) a ser protegido.
-Iudicium: começar o processo; mas antes se analisa se há algo juridicamente relevante no pedido.
 Se o pretor der o iudicium: o pretor dá o direito de ação- começo do processo.
 Se o pretor negar o iudicium: o processo nem se inicia.
 Litiscontestatio: era o compromisso das partes em aceitar a vontade do pretor; acordo entre as partes sobre o que se trata a causa (fórmula) e quem será o juiz/árbitro privado (não precisa possuir império, é um par, igual das partes) que julgará a causa (não é o pretor que julga a causa) e o acordo em cumprir a sentença (independente de qual for) do juiz privado. Testemunhar em conjunto à aceitação da fórmula, se quem seria o árbitro privado e da sentença que o árbitro concedesse. 
APUD IUDICEM Juiz/árbitro ou colégio de árbitros: analise de provas e sentença (diante do juiz particular)
-Analise das provas (probatória)
-Dá a sentença fecha o processo
Fórmula – acarreta na perda do caráter extremamente oral
- Garante uma tipologia de Direito; organiza e reduz o caos
-Tecnicidade Repetição Tipicidade Segurança jurídica= aumenta a certeza
IN IURE (diante do magistrado estatal) 
- Juizo hipotético alternativo 
 Se não A, então B. 
-Similar a o que uma petição inicial hoje.
Partes:
 Demonstração – G.4.40: Explicar o motivo da ação, por que o processo foi iniciado
 menos – G.4.56
 Intentio (pretensão) – G.4.41 na Ação Certa
 mais- (perda)
 -O que o autor pediu, o que ele quer
 Pode ser certa ou incerta:
- Pedido incerto: será avaliado pelo árbitro quanto é devido
-Pedido certo: pedido com uma quantia definida, certa. Há consequências para o pedido certo com quantia indevida.
 Pedir menos do que é devido: pode entrar com uma nova ação pedindo o resto, mas só no ano seguinte (mandato de um novo pretor).
 Pedir mais do que é devido: perde a ação
-Condiciona o que o juiz privado pode ou não julgar
 Adjudicação (não está presente em todas as formulas)
-Pretor reconhece ao árbitro o poder de atribuir a coisa em litígio a uma das partes
-Autoriza o árbitro a fazer a entrega da coisa (ou de parte dela) em litígio a uma das partes (ou as parcelas às partes).
-Coisa comum em litígio divisão de coisa comum- ex: herança
 Todo poder que o árbitro (pessoa comum: não possui poder de mando) possui vem ou do acordo entre as partes (litiscontestação) ou do pretor.
 condena
 Condenação G.4.43
 absolve
-Obrigatoriamente presente na fórmula
-Mandado para condenar (se pareceu que violou o direito) ou absolver (se parecer que não violou o direito)
 Sempre em dinheiro (G.4.48) – a sentença tem que ser exequível (nem sempre é possível cobrar uma conduta, por issoa condenação também era expressa em dinheiro- ou faz ou paga)
 Certa – 4.49
 Incerta – 4.51
 Outras Exceptio – dolo, coisa julgada
 Praexiptio – 4.131 – prestação continuada
-Não são parte obrigatória da fórmula, nem sempre estão presentes
-Exceção: é combinado na fórmula que o negócio foi feito sob violência, dolo, coação. Coação de metos (medo): motivos válidos para desfazer negócios.
Ex: O réu não entregou o bem por que o negócio foi feito sob violência. O réu é condenado caso não se comprove a situação de exceção; se comprovada, ele é absolvido e o negócio é desfeito.
- Praexiptio: são defesas (réplicas, tréplicas) do autor feitas além do que já tinha sido dito previamente.
Ex: prestação continuada – parcelas vencidas (não é de toda a dívida, só das parcelas já vencidas que não foram pagas)
 B) APUD IUDICEM (diante do juiz particular)
-Sentenças limitadas ao pedido 
 Pedido certo: árbitro não pode julgar nem a mais nem a menos do que foi pedido 
 Pedido incerto: nem a mais nem a menos de modo diverso
-O árbitro não pode ser parcial: é uma violação ao pacto arbitral. Ele tem que se ater ao que foi pedido.
-Prazo de 1 ano e meio nos juízos legítimos (consolidados no Direito Civil) ou até o fim do cargo do pretor nos honorários (direitos fundamentados em ações criadas pelo pretor)
-Réu não comparece – indefensus – perde a lide julgado a revelia
-Conteúdo da sentença: absolve/condena ou declara depende do que foi pedido na fórmula
 Fórmula com condenatio: absolve/condena
 Fórmula sem condenatio: declara (declaração de algo)
 Depois que a sentença (ligada ao que foi pedido na intentio) foi dada: 
-30 dias para cumprir voluntariamente (obrigado pela sentença), senão actio judicat (ação de execução forçada) com litiscrecência com execução (pagamento) em dobro
- Litiscrecência – o pretor pode colocar todo o patrimônio do que perdeu em hasta (venda de bens penhorados)
 Missio in bona: o pretor manda os lictores (espécie de polícia que fazem cumprir as ordens do pretor) confiscarem o bem para devolver a posse – ação com coisa em litígio
 Venditio bonorum: venda de todos os bens em leilão
 proibitórios
 Interditos (cautelares) restituitórios
 exibitórios Império do Pretor
 Instrumentos Restitulio in integrum em função do poder 
 do pretor de mando – não estão na
 Missio in bona/Missio in possessionem posse do juiz
 
 Estipulações pretorianas
 Para dar efetividade ao processo, para conseguir aplica-lo ao caso concreto. 
 -Permanecem no Direito Romano: vão se tornando típicas
Interditos (cautelares): o que é dito no curso do processo e o tornam efetivo
Proibitórios: proibição do uso da força (pelas partes) para pegar o objeto
Restituitórios: muda a posse da coisa em litígio durante o processo
Exibitórios: “exibam-se os dados”- provas, documentos
Restitulio in integrum: restituição da coisa integralmente a condição anterior ao contrato: feito sob dolo, ameaça, fraude, agressão - vícios da vontade= causas de invalidez de contrato para o Pretor: causa apta de desfazimento do contrato (atuação pretoriana). O contrato era válido até que a parte lesada reclamou.
Missio in bona: ameaçar a “venda” de todo o patrimônio: meter/inserir alguém na totalidade da titularidade do patrimônio de outro.
Missio in possessionem: ameaça de tirar definitivamente só o bem (a coisa em litígio) que satisfaz a lide.
Estipulações pretorianas: promessas de ameaças de pretor, um contrato verbal que estipula sanções ao descumprimento – ex: multa por descumprimento
COGNIÇÃO EXTRAORDINÁRIA
- 17 a.C. a 565 d.C. 
-A Cognição Extraordinária começou restrita a 2 situações e progressivamente se estende até englobar todas. Por isso “extraordinária”: especial, anômala; enquanto o processo ordinário, que era aplicado na maioria das situações, era o Processo Formulário (pelo menos durante o inicio do Principado).
-1º momento: O Príncipe define Pretores especiais, que trabalharão em paralelo aos outros pretores, para lidar com os casos relacionados à tutela e ao fideicomisso (interesse que o Príncipe reconheceu como juridicamente relevante).
 Fideicomisso: “comissão em confiança”; estipulação testamentária em que o testador constitui uma pessoa como legatário ou herdeiro, mas impõe que, uma vez verificada certa condição, deverá transmitir a outra pessoa, por ele indicada, o legado ou a herança; substituição, fideicomissória.
 No Direito Civil (pré-Principado) não existia essa obrigação para o herdeiro de cumprir essa “comissão em confiança”
- Destinação do Pretor Fideicomissário: fazer cumprir o fideicomisso
 Braço administrativo do Príncipe, subordinado ao Príncipe
Progressivamente a autonomia do Pretor Republicano vai acabando e ele vai sendo submetido ao Príncipe, conforme a aproximação do Dominato – cabeça = Príncipe
 membros – subordinados ao 
 Príncipe (não tem autonomia)
- Ex: Edito do Pretor: se congela, o Pretor não cria mais normas perda da autonomia
-O Pretor Republicano vai se equivalendo ao Pretor Fideicomissário administração pública; submetido ao Príncipe – é a longa manus do Príncipe
Existe uma hierarquia:
Príncipe/Imperador – concentra todo o Império
 (conselho de juristas) 
Monofásico
 
todo
 na 
frente
 do juiz província cidade autônoma
 Governador/Prefeito da cidade- magistratura de substituição
 Juiz oficial amplo poder discricionário e coercitivo
 Imparcial- a garantia da imparcialidade é a apelação, não a 
 independência funcional
 partes submetidas – litiscontestação é só resposta do réu
 Autor Réu - preclusão só na sentença
Monofásico: todo o processo acontece na frente do Juiz Funcionário
 Confere rapidez ao processo 
Processo: torna-se inteiramente estatal (não há mais o juiz privado)
Juiz Funcionário: submetidos ao Príncipe; assume as funções dos pretores. É um único funcionário que faz tudo – desde a citação até a execução da sentença.
 Não tem mais a separação entre Pretor e Juiz não tinha mais sentido em litigar por fórmulas, já que o Pretor não tinha mais a autonomia de criar novas normas.
As partes (autor e réu) estão submetidas ao juiz, que é escolhido pelo Príncipe. O Príncipe concedeu o poder (discricionário e coercitivo)- que é amplo, porém restrito- ao Juiz funcionário. 
 P. Formulário: O Pretor tinha Império, um poder irrestrito e o juiz privado, o 3º imparcial escolhido pelas partes, estava no mesmo nível das partes, era um par (não possuía poder além do que o pretor delegava-o)
Imparcialidade do Juiz funcionário: o que a garante é a possibilidade de recurso, da parte reclamar ao Príncipe (proteção das partes frente ao juiz) se o Juiz for parcial.
Litiscontestatio-o acordo entre as partes de obedecer ao juiz privado não é mais necessário, já que na Cognição Extraordinária as partes estão submetidas ao juiz funcionário. Passa a ser só a resposta do réu, uma contestação a lide. 
-Serve para fechar a ação: preclusão (consumação da ação) só na sentença (antes era feita na litiscontestatio). 
-A sentença é o único modo de extinguir o processo depois de iniciado – não há mais denegação de ação pelo juiz (o juiz não tem a capacidade de negar a ação, o que resulta em demora, pois cresce o numero de causas que necessariamente precisam ser julgadas).
Possibilidade de recurso à instância superior=Príncipe –ultima instância recursal
Conselho de Juristas: poder de aconselhar – o Príncipe respeita o parecer técnico dos especialistas; não tem Império (o poder de mando é apenas do Príncipe). 
 ausente o réu- revelia
Citação oficial
 ausente o autor- absolve o réu
-Feita por um oficial cita a parte demandada a comparecer – inicia-se o processo
-Se o réu está ausente, a causa é julgada em revelia (independente) da vontade do réu
-Se o autor está ausente, o caminho comum (mas não necessário) é a absolvição do réu 
-Antes não se iniciava o processo sem a presença de ambas as partes
Defesa- qualquer afirmação do réu (comprovada) até a sentença
-Antes eram as exceções, agora é toda alegação que o réu faz em qualquer momento até a sentença e que necessariamente precisam ser comprovadas.
 
 Perícia V
Provas – livre convencimento Documentos públicos A confissão não
 Diocleciano – rigidez Documentos privados L substitui
 Testemunhas O sentença
 Juramento R
 +
-Possui ordem de valor, hierarquia de valor; existe um tabelamento das provas
-O Juramento é a prova de maior valor, pois consiste na afirmação de algo chamando os deuses em causa. Se fosse falso aplicava-se a pena de infâmia.
-A confissão não substitui a sentença- nem sempre o juiz acolhia a confissão do réu
Sentença – passa a ser escrita e lida (nem todo mundo sabe ler e escrever)
 Libelo (escrito) do autor – “petição inicial”
-A leitura não era necessariamente feita pelo juiz – o oficial a lê em público
-Pode possuir/determinar qualquer conteúdo, não só em dinheiro
-Preclusão: a sentença conclui, fecha, extingue o processo
-Coisa julgada “congela” tudo que cria obrigação
-Prazo para cumprir voluntariamente a sentença: 2 a 4 meses (depende do tipo de ação).
Recurso – direto a quem sentencia, relatório escrito à instancia revisora – apelação suspende execução
 Ideia de apelo, súplica- revisão da decisão
-Instâncias:
 Província- Governador
Juiz Funcionário Príncipe
 Cidade autônoma- Prefeito
1ª instância 2ª instância última instância
 Geral: missio in bona e vendettio bonorum – hasta oficial
Execução patrimonial 
 Coisas- oficial retira a força
 Específico 1º movéis
 Dinheiro- penhora de bens 2º imóveis
 3º direitos
 -Geral: leilão, muitos credores
 Missio in bona: o pretor manda os lictores (espécie de polícia que fazem cumprir as ordens do pretor) confiscarem o bem para devolver a posse – ação com coisa em litígio
 Venditio bonorum: venda de todos os bens em leilão
 -Específico:
 Coisas determinadas: o oficial retira a força
 Dinheiro: penhora dos bens necessário (primeiro ocorre a penhora dos bens móveis, depois dos bens imóveis e em ultimo caso, dos direitos).
Centralização: forma, prazos, custos – regulados por Constituição Imperial
 Poder Vertical – o Imperador delibera e cria as normas
Duração do processo com Just.: 3 anos após a contestação
Simulação de casos em cada uma das fases de processo
Ações da Lei
Processo rígido, formal, ritualístico – existem palavras determinadas que precisam ser ditas de um jeito e em uma ordem específicos para serem válidas
Disputa: ambas partes alegam propriedade do escravo – coisa em litígio ação in rem (coisas móveis)
Participantes: autor e réu (ambos romanos), escravo (coisa em litígio), pontífice e juiz privado
Magistrado com jurisdição: Pontífice
Legis Actio sacramenti: ação da lei por sacramento – deposita-se uma certa quantia para o pontífice decidisse sobre o conflito
O juiz concedia vindiciae a um dos litigantes, constituindo-o como possuidor precário (temporário) – esse litigante deveria pagar ao outro um valor de caução
Quem ganha a causa recebe de volta o valor que depositou em sacramento, enquanto quem perdeu a causa também perde o dinheiro depositado
Processo Formulário
Disputa: contrato de aluguel
Participantes: 
a) Autor: grego – locatário Relação entre um romano e 
b) Réu: latino – locador um não romano
c) Pretor Peregrino – aplica o Direito das Gentes e o Processo Formulário
d) juiz particular
IN IURE
O Pretor combina com as partes uma Fórmula (litiscontestatio – ambas as partes tem que concordar com a fórmula) composta por:
Demonstratio: sobre o que versa a lide contrato de locação; o locatário fez melhorias no imóvel do réu (latino que aluga o imóvel para o grego) e quer compensação por essas melhorias (seja pelo pagamento delas, seja pelo abatimento do custo no aluguel)
Intentio: pretensão – o que o autor da ação quer: compensação pelas melhorias feitas no imóvel (seja pelo pagamento delas, seja pelo abatimento do custo no aluguel).
Condenatio- condena ou absolve o réu
- A fórmula limita o poder de decisão do juiz
APUD IUDICEM
Escolhe-se um juiz privado imparcial que analisa as provas, julga e sentencia
-O juiz pode fazer perguntas- ex: por que fez a melhoria, por necessidade ou por estética? Tem como provar que foi por necessidade? Comunicou o locador (dono do imóvel)? O locador se negou a fazer as melhorias? Fez orçamentos? etc
Condenação: o juiz julga conforme a fórmula (caso geral aplicado no caso concreto/específico) e com base na cláusula de boa-fé, com base na confiança. O juiz pode condenar ou absolver o réu.
Após a sentença: 30 dias para cumprir voluntariamente (obrigado pela sentença), senão actio judicat (ação de execução forçada) com litiscrecência com execução (pagamento) em dobro
3. Cognição Extraordinária
Disputa: fideicomissos
Principado; começo da Cognição Extraordinária= ainda é oral
Participantes: autor, réu, Príncipe e jurisconsultos (conselho: elite jurídica do Principado possuidora de notório saber jurídico), Pretor Fideicomissário (subordinado do Príncipe)
O conselho deliberava sobre as questões de Direito, não sobre as provas.
Autor (quem age, começa o processo): quer receber o fideicomisso (pensão) 
Réu: herdeiro – não quer pagar o fideicomisso
Fundamento jurídico para a ação: Constituição do Príncipe – os fideicomissos estão protegidosCausa para a disputa: ausência de testamento
O autor traz uma testemunha: a pessoa falou (antes da morte) que queria que o fideicomisso fosse pago ao autor da ação
Pretor: analisa as provas para poder decidir
 O autor é um pródigo: gasta tudo quanto ganha, por isso não pode receber sua parcela da herança inteiramente, mas deve recebê-la por meio de pensão (fideicomisso).
-O Pretor decide em razão do autor da causa
O réu apela escreve a apelação e entrega ao Pretor. O Pretor então redige um relatório (escrito) e entrega ao Príncipe que deliberará (em cima da razoabilidade da norma) com o seu conselho de jurisconsultos
E se o réu não cumprir a decisão da apelação? Volta para o Pretor que aplicará a Ação de Execução necessária.

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