Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
RESUMO 04 RESUMO EM TÓPICOS DA MATÉRIA DIREITO PROCESSUAL CIVIL Bibliografia: GONÇALVES, M. V. R.; LENZA, P. (Coord.). Direito Processual Civil Esquematizado. 7 ed. São Paulo: Saraiva, 2016. DAS PARTES DE DOS PROCURADORES Relembrando sobre a personalidade no código civil, toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil, Art 1º CC. É conferida a pessoa natural e a pessoa jurídica, é a aptidão da pessoa para ser titular de direitos e deveres na ordem civil. Capacidade= Adquiriu direitos A CAPACIDADE PROCESSUAL: ➔ É medida da personalidade ➔ De acordo com o art. 70 do CPC, toda pessoa que se acha no exercício dos seus direitos tem capacidade para estar em juízo. ➔ A relação processual é formada pelas partes e pelo juiz. As partes podem receber várias denominações. - Por exemplo: credo e devedor, autor e réu, executante e executado De acordo com o art. 70 do CPC, toda pessoa que se acha no exercício dos seus direitos tem capacidade para estar em juízo. São as duas capacidades previstas no ordenamento jurídico: Capacidade de direito e a de fato. Capacidade de direito ou de gozo: Para ser titular de direitos, não podendo sofrer limitação. Todos nós possuímos, bastando nascer com vida; porém, aqueles que possuam somente a capacidade de direito, mas não a capacidade de fato ou de exercício, não podem, por si só, ser parte em um processo sem que seja representado ou assistido A capacidade de fato ou de exercício: Para exercício dos direitos, não podendo sofrer limitação. Somente aqueles que podem exercer pessoalmente seus direitos e deveres. É a capacidade de exercer tais direitos por si só. Qualquer pessoa que possua capacidade de ser sujeito de direitos e obrigações na esfera civil, possui capacidade de estar em juízo. Para ser considerada réu, a pessoa deve: I – Comparecer em juízo devido à citação; II – Comparecer voluntariamente. Consoante com o art. 75 do CPC, serão representados em juízo, ativa ou passivamente: I – A União, pela Advocacia-Geral da União, diretamente ou mediante órgão vinculado; II – O Estado e o Distrito Federal, por seus procuradores; III – o Município, por seu prefeito ou procurador; IV – a autarquia e a fundação de direito público, porque a lei do ente federado designar; V – A massa falida, pelo administrador judicial; VI – A herança jacente ou vacante, por seu curador; VII – o espólio, pelo inventariante; VIII – a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, não havendo esta designação, por seus diretores; IX – A sociedade e a associação irregulares e outros entes organizados sem personalidade jurídica, pela pessoa a quem couber a administração de seus bens; X – A pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil; XI – o condomínio, pelo administrador ou síndico. Para relembrar: Incapaz Limitação absoluta: Não pode exercer direitos sem estar representado = menor de 16 anos (absolutamente incapaz Art 3ª CC). Limitação relativa: Pode praticar alguns atos da vida civil, mas para outros deve estar assistido. (Relativamente incapaz Art 4º). O Estatuto da pessoa com deficiência- EPD, alterou a teoria dos incapazes, passando somente para menores de 16 anos a incapacidade absoluta. Art. 4 CC o São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) I - Os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II - Os ébrios habituais e os viciados em tóxico; (exemplo: Alcoólatras, maconha, crack e etc.) III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; (exemplo: estado de coma) IV - Os pródigos. (ex: viciados em jogos) Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) A SUBSTITUIÇÃO DE PARTE E A SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL: As partes em um processo não podem ser modificadas, a lei somente permite a substituição das partes originárias de um processo em caso de morte, o processo será suspenso até que se proceda a habilitação dos seus sucessores O LITISCONSÓRCIO: Quando duas ou mais pessoas litigam no mesmo processo e do mesmo lado, ou seja, quando há mais de um autor ou mais de um réu. Podendo acontecer de forma: Ativa: Quando existir uma pluralidade de autores na ação. Passiva: Quando houver mais de um réu. Mista: Quando a pluralidade de autores e réus. O litisconsórcio nasce no momento da petição inicial ou no ulterior durante o andamento do processo, que neste ultimo caso é o falecimento de uma das partes durante o processo, que pode ocasionar a entrada dos herdeiros no lugar do falecido. O litisconsórcio pode ser ainda divido em: Necessário: Nos casos em que se tem uma lei obrigando a sua formação, exemplo: em uma ação de usucapião é necessário citar, não só aquele que registrou o imóvel, mas todos os confrontantes e os terceiros interessados. Facultativo: Ocorre a critério do autor, isso só acontece se existir uma comunhão de direitos, entre os litisconsórcios, assim são chamados os que de forma conjunta em uma ação judicial. Pode ser: Simples: Quando a decisão do juiz, poder ser diferente para cada um dos litisconsortes, embora participe do mesmo processo. Exemplo: Quando ajuízam de forma conjunta uma ação de cobrança contra determinado banco. Não existe entre eles neste caso uma ação única indivisível, por isso cada um pode receber uma sentença diferente. Unitário: Quando a sentença terá que ser igual para todos os litisconsortes do processo. Exemplo: Quando dois ou mais condôminos atuam no mesmo processo, na defesa do interesse do lugar que eles moram. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art127 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art127 A INTERVENÇÃO DE TERCEIROS: Oportunidade concedida legalmente a uma pessoa que não participa de uma determinada relação jurídica processual, para nela atuar ou ser convocada para tal. (não é parte) São inúmeras modalidades de intervenção de terceiros, dentre as quais estão: assistência, denunciação da lide, chamamento ao processo, incidente de desconsideração da personalidade jurídica e Amicus Curie. De acordo com Ovídio A. Batista, a intervenção de terceiros no processo ocorre quando alguém participa dele sem ser parte na causa, com o intuito de auxiliar ou excluir os litigantes, para defender algum direito ou interesse próprio que possam ser prejudicados pela sentença. A intervenção de terceiros pode ser provocada ou espontânea. Terceiro entra no processo de forma espontânea: Assistência: Exemplo: Existem duas pessoas discutindo o domínio de quem é uma casa ‘A e B’ eu C amo esta casa e eu sei que se a parte B ganhar, ele vai construir outra coisa lá e eu não quero que a parte B ganhe se não eu vou perder esta casa que eu gosto tanto de morar, eu quero que a parte A ganhe, porque se a B ganhar vou ter que sair desta casa, vou ter que procurar outro lugar, então eu entro para ajudar, ajudar em uma prova ou no que precisar, então entro no processo como assistente. ➔ Que tenha interesse jurídico, não econômico ou moral. Exemplo: Tive um problema familiar e eu acho que todos os pais que são chamados em ação de alimentos eles têm que pagar metade do salário deles, este interesse é moral. ➔ Permitida a assistência em qualquer procedimento ou grau de jurisdição. Assistência simples:Exemplo: Caso parte B ganhe processo da casa, eu C não posso fazer nada. ➔ Auxiliar da parte principal ➔ Não poderá desistir da lide ➔ Caso o assistido não recorra, reconheça o pedido ou desista da ação, não poderá ser impedido pelo assistente. Assistência litisconsorcial: ➔ A sentença influi na relação jurídica entre o assistente e o adversário do assistido. ➔ Assistente ele poderá dispor da lide. ➔ Poderá recorrer ou prosseguir com processo em caso de desistência do assistido ➔ O assistente litisconsorcial é parte do processo ➔ Ele poderá fazer mais parte do processo. Amicus Curie: ➔ Instrui o poder judiciário para que sua decisão seja mais qualificada e motivada ➔ Sem interesse jurídico. Terceiro entra no processo de forma provocada: Denunciação da lide ➔ Terceiro que mantém vínculo de direito com a parte ➔ Chamado para litigar em conjunto com o denunciante ➔ Contém contra o denunciado uma pretensão indenizatória de reembolso, em caso de condenação. ➔ Espécie de ação de regresso antecipado pelo denunciante. ➔ Hipóteses de regresso Art. 125 CPC. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes: I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que dá evicção lhe resultam; Exemplo: Eu comprei um carro de uma outra pessoa, uma terceira pessoa entra com um processo contra mim, pedindo aquele carro, sobre um ônus que estava sobre ele e eu não sabia. Aquele que me vendeu o alienante imediato eu o chamo, denuncio ele no processo para ele exercer sobre os direitos de evicção que lhe resultam, porque eu não estava nesta relação, não sabia o que estava acontecendo e agora outra pessoa, vai querer tirar de mim o carro que eu comprei. Eu chamo a outra pessoa que me vendeu e falo. Neste caso eu já chamo dentro do processo, está outra pessoa moveu contra mim, a pessoa que me vendeu o carro. II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo. Exemplo: Eu bati o carro, tenho um seguro e estou em um processo, que a seguradora cobre. Eu já chamo a seguradora, para eu não ter que pagar tudo e depois chamar a seguradora. Já denuncio a seguradora a lide ela já entra no processo. No final das contas quem tem que pagar é ela. DIREITO REGRESSIVO AUTÔNOMO § 1º O direito regressivo será exercido por ação autônoma quando a denunciação da lide for indeferida, deixar de ser promovida ou não for permitida. § 2º Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, contra seu antecessor imediato na cadeia dominial ou quem seja responsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo promover nova denunciação, hipótese em que eventual direito de regresso será exercido por ação autônoma. Exemplo: Eu locadora de um carro denuncio meu locatário eu como sublocadora. Toda está situação foi formada pela pessoa que me vendeu antes, pessoa que alugou pra mim que está acima de mim. Só pode denunciar uma vez, para não virar bagunça. Chama-se de denunciação sucessiva. CONSEQUÊNCIAS DA DENUNCIAÇÃO PELO RÉU. Art. 128. Feita a denunciação pelo réu: I - se o denunciado contestar o pedido formulado pelo autor, o processo prosseguirá tendo, na ação principal, em litisconsórcio, denunciante e denunciado; - Denunciado fala, eu não tinha que está aqui neste processo não. II - se o denunciado for revel, o denunciante pode deixar de prosseguir com sua defesa, eventualmente oferecida, e abster-se de recorrer, restringindo sua atuação à ação regressiva; - Eu não contesto, mas vou entrar com uma ação contra este denunciado revel. III - se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor na ação principal, o denunciante poderá prosseguir com sua defesa ou, aderindo a tal reconhecimento, pedir apenas a procedência da ação de regresso. Denunciado ele nem faz provas, ele nem atua mais. Caso seja condenando está parte que eu denunciei me pague este dinheiro que eu paguei de forma regressiva. Art. 129. Se o denunciante for vencido na ação principal, o juiz passará ao julgamento da denunciação da lide. - Vai ter que pagar, vamos analisar. Quem vai ter que pagar no final das contas. Parágrafo único. Se o denunciante for vencedor, a ação de denunciação não terá o seu pedido examinado, sem prejuízo da condenação do denunciante ao pagamento das verbas de sucumbência em favor do denunciado. Incidente de desconsideração da personalidade jurídica ➔ Imputar ao patrimônio particular dos sócios, obrigações assumidas pela sociedade. Desconsideração inversa: ➔ Imputa ao patrimônio da sociedade o cumprimento de obrigações pessoais do sócio. AMICUS CURIAE Art 138 CPC. ➔ É um terceiro que ingressa no processo para fornecer subsídios ao órgão jurisdicional para o julgamento da causa. Pode ser pessoa natural ou jurídica, e até mesmo um órgão ou entidade sem personalidade jurídica (art. 138 ➔ Em sua tradução literal, condiz com “amigo do tribunal”, ou seja, é aquela pessoa que intervém no processo Julgamento por provocação de uma das partes ou mesmo de oficio, convoca um terceiro que não é parte do processo, julgador poderá solicitar ou admitir o amicus curiae, ➔ Para se admitir a participação de amicus curiae em processo judicial é necessário demonstrar ao órgão julgador a relevância da matéria, ou a especificidade do tema objeto da demanda, ou a repercussão social da controvérsia (condição objetiva). representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação. ➔ Cabe ao juiz ou relator, na decisão que solicitar ou admitir a intervenção, definir os poderes do amicus curiae, podendo este até recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas. • DO JUIZ E DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA, PODERES, DEVERES E RESPONSABILIDADE DO JUIZ: O juiz dirigirá o processo conforme o CPC, incumbindo-lhe: I – assegurar às partes igualdade de tratamento; II – velar pela duração razoável do processo; III – prevenir ou reprimir qualquer ato contraditório à dignidade da justiça e indeferir postulações meramente protelatórias; IV – determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária; V – promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio de conciliadores e mediadores judiciais; VI – dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito; VII – exercer o poder de polícia, requisitando, quando necessário, força policial, além da segurança interna dos fóruns e tribunais; VIII – determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las sobre os fatos da causa, hipótese em que não incidirá a pena de confesso; IX – determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios processuais; X – quando se deparar com diversas demandas individuais repetitivas, oficiar o Ministério Público, a Defensoria Pública e, na medida do possível, outros legitimados, para, se for o caso, promover a propositura da ação coletiva respectiva
Compartilhar