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1) Leia o caso concreto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no plano de aula e pelo seu professor. CAIO resolve realizar uma viagem ao Pantanal, contratando um experiente guia da região, TÍCIO, para auxiliá-lo. Mesmo tendo comunicado ao guia sua total inexperiência neste tipo de viagem, TÍCIO não vê perigo em deixar CAIO sozinho no acampamento, local que acreditava ser seguro, enquanto foi buscar lenha. De repente, TÍCIO ouve gritos vindo do rio, e ao chegar lá, depara-se com a cena de um enorme jacaré segurando CAIO pelas pernas. Em face da magnitude do animal, e por não possuir qualquer arma, TÍCIO se abstém de tentar o salvamento, observando enquanto CAIO é morto pelo animal. Indaga-se: Poderá TÍCIO ser responsabilizado pelo resultado morte? Responda de forma fundamentada, apontando o dispositivo legal aplicável. (30º Exame OAB/RJ – 1ª Fase) Reposta: A questão versa sobre a responsabilização ou não de Tício, guia turístico, pelo resultado morte de Caio, no qual este realizou uma viagem ao Pantanal e teve como seu guia aquele. Chegando no local Tício deixa Caio na cabana, pois acreditava ser seguro, e sai para buscar lenha. Tício ouve gritos vindo do rio e ao lá chegar ver Caio ser davorado por um enorme jacaré, devido o tamanho do animal e por não possuir arma, ele não tenta salvar Caio que é morto pelo animal. Com efeito, observamos que Tício se encontrava na qualidade de agente garantidor contratual, uma vez que este foi contratado por Caio, logo assumiu o dever legal de agir para evitar o resultado, mas o código penal em seu parágrafo segundo do artigo 13 é bem claro,e diz se ``devia e podia``. O que nao foi o caso apresentado,Devido a magnitude do animal e por não possuir meios de enfrentar o animal, obtém-se estado de necessidade, apesar do artigo 24 em seu parágrafo segundo do código penal dizer que não se pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo; Fernando Capez em seu livro diz que o agente poderá recusar-se a uma situação perigosa quando impossível o salvamento, ou o risco for inútil. Partindo do principio da equidade- não e’ razoável exigiratos de heroísmo ou abdicação sobre-humana, como, por exemplo, sacrificar a própria vida para salvar a de outrem. Conclui-se que Ticio não sera responsabilizado pelo resultado morte de Caio, por se tratae de estado de necessidade e esta afasta a culpa. 2) Maurício de Oliveira, médico plantonista em um hospital público, tendo sob sua responsabilidade diversos pacientes, constata que, dois deles precisam ser encaminhados com urgência, à UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em razão da gravidade e piora dos respectivos quadros clínicos. Cientifica-se, contudo, momentos depois, que só há um leito disponível na UTI e, percebendo que se nenhuma providência for tomada os dois pacientes morrerão, encaminha um deles (o que lhe parece mais necessitado de cuidados intensivos) à aludida unidade. Esse paciente consegue sobreviver, mas o outro, pela falta dos cuidados médicos que se faziam necessários nas circunstâncias, pouco tempo depois vem a falecer. A família do paciente morto leva o ocorrido ao conhecimento do Delegado de Polícia da circunscrição e, após a apuração dos fatos mediante inquérito policial, é oferecida denúncia pelo Ministério Público, contra Maurício de Oliveira, por crime de homicídio (comissivo por omissão). Tendo sido a denúncia recebida, o médico é citado, sendo instaurado processo criminal. Ao final do processo, contudo, o réu é absolvido, considerando-se que houve, no caso, exclusão de ilicitude. Em virtude dos fatos narrados, pode-se concluir que se configurou uma situação de: (Exame OAB/MG. 1° Fase.Abril/2006) a) legítima defesa. b) estado de necessidade. c) estrito cumprimento de dever legal. d) exercício regular de direito. 3) Hélio, ao conduzir seu veículo em uma rua residencial avista uma vaga e ao iniciar a manobra de estacionamento percebe que o veículo estacionado à sua frente está sendo roubado. Com a intenção de evitar que o condutor do veículo seja ferido, pois estava sob a mira de uma arma de fogo, acelera vindo a atropelar o ladrão e lesioná-lo. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre as causas excludentes de ilicitude, assinale a opção correta: a) realiza a lesão corporal dolosa, mas está acobertado pelo estado de necessidade; b) realiza a lesão corporal culposa, mas está acobertado pelo estado de necessidade; c) realiza a lesão corporal culposa, mas está acobertado pela legítima defesa de terceiro; d) realiza a lesão corporal dolosa e não estará protegido por qualquer causa de justificação. JURISPRUDêNCIA Processo AGARESP 201301623604 AGARESP - AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL - 343894 Relator(a) OG FERNANDES Órgão julgador SEXTA TURMA Fonte DJE DATA:01/08/2013 ..DTPB: Decisão Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Sexta Turma do Superior Tribunalde Justiça, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Sebastião Reis Júnior, Assusete Magalhães e Maria Thereza de Assis Moura votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, a Sra. Ministra Alderita Ramos de Oliveira (Desembargadora convocada do TJ/PE). Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Og Fernandes. Ementa ..EMEN: PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. ARMA DE FOGO. PORTE ILEGAL. EXCLUDENTE DE ILICITUDE. RECONHECIMENTO. PRETENSÃO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ. INCIDÊNCIA. 1. O Tribunal de origem, soberano na análise das circunstâncias fáticas da causa, entendeu não configurada a inexigibilidade de conduta diversa nem a excludente de ilicitude de estado de necessidade. 2. Induvidoso que a análise do pedido recursal implicaria incursão em matéria probatória, medida defesa em sede derecurso especial, a teor da Súmula 7 desta Corte. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. ..EMEN: Indexação VEJA A EMENTA E DEMAIS INFORMAÇÕES. ..INDE: Data da Decisão 25/06/2013 Data da Publicação 01/08/2013 Referência Legislativa LEG:FED SUM:****** ***** SUM(STJ) SÚMULA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA SUM:000007 ..REF: 3) C
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