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CASOS concretos

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CASO CONCRETO AULA 1:
Leia o caso concreto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no plano de aula e pelo seu professor. CARLOS, funcionário público de um determinado Ente Federativo, auxiliado por seu irmão SÉRGIO, vendedor autônomo, no dia 14 de janeiro de 2016, apropriou-se, em proveito de ambos, de alguns Notebooks pertencentes à repartição pública em que se achava lotado, os quais eram utilizados, diariamente, para a realização de suas tarefas administrativas. Levado o fato ao conhecimento da autoridade policial, instaurou-se o competente inquérito, restando indiciados CARLOS e SÉRGIO, sendo o primeiro como incurso no art. 312, caput, e o segundo no art. 168, ambos do Código Penal. Pergunta-se: Está correta tal classificação? 
Resposta: O crime de peculato é um crime próprio, onde o tipo penal exige uma situação de fato ou de direito diferenciada por parte do sujeito ativo , mas podem ser praticados em coautoria, nada impede qué seja um crime próprio cometido por uma pessoa que preencha uma situação fática ou jurídica pela lei em concurso com terceira pessoa, sem essa qualidade, ambos respondem por peculato. Essa conclusão se coaduna com a regra traçada pelo  art.  30 do código penal  por ser à condição de funcionário público elementar do peculato, comunica-se a quem participa do crime, desde que dela tenha conhecimento.
QUESTÃO OBJETIVA A respeito do concurso de pessoas, assinale a opção correta. (TRE-PI 2016. CESPE) 
a) As circunstâncias objetivas se comunicam, mesmo que o partícipe delas não tenha conhecimento. 
b) Em se tratando de peculato, crime próprio de funcionário público, não é possível a coautoria de um particular, dada a absoluta incomunicabilidade da circunstância elementar do crime. 
c) A determinação, o ajuste ou instigação e o auxílio não são puníveis. 
correta ⇒ d) Tratando-se de crimes contra a vida, se a participação for de menor importância, a pena aplicada poderá ser diminuída de um sexto a um terço.
e) No caso de um dos concorrentes optar por participar de crime menos grave, a ele será aplicada a pena referente a este crime, que deverá ser aumentada mesmo na hipótese de não ter sido previsível o resultado mais grave.
CASO CONCRETO AULA 2:
Leia o caso concreto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no plano de aula e pelo seu professor. Suponha que um agente subtraia R$1.000,00 de seu pai, não idoso, com o auxílio de sua namorada. Descoberto o fato, o mesmo sustenta em tese defensiva que não poderá ser responsabilizado criminalmente por ser filho da vítima, conforme estabelece o art.181, II, do Código Penal. De acordo com os estudos realizados sobre concurso de pessoas é correto afirmar que a referida condição negativa de punibilidade também será aplicada à sua namorada? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
Resposta: De acordo com : Ar t. 29 – Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominada na medida de sua culpabilidade, ou seja, a namorada teve uma relevância causal no delito, e sua cooperação caracterizou os requisitos necessários do concurso de pessoas. Cada um respondendo o delito na medida de sua culpabilidade e irá ser indiciado.
QUESTÃO OBJETIVA Sobre a participação em sentido estrito, é correto afirmar que: (Polícia Civil PA) 
a) adota-se, no Brasil, a teoria da acessoriedade máxima. 
b) o auxílio material é ato de participação em sentido estrito, ao passo em que a instigação é conduta de autor. 
c) assume a condição de participe aquele que executa o crime, salvo quando adotada a teoria subjetiva. 
correta ⇒ d) não há participação culposa em crime doloso. 
e) na teoria do domínio do fato, participe é a figura central do acontecer típico.
CASO CONCRETO AULA 3:
SÃO PAULO – Uma farmácia foi assaltada quatro vezes pelo mesmo ladrão em São Carlos, a 229 km da capital paulista. Nesta quinta-feira, ele foi preso. As câmeras de segurança da farmácia gravaram a ação. O vídeo mostra o assaltante chegando à farmácia e pedindo um xarope à atendente. Em seguida, ele anuncia o assalto com uma faca e pede todo o dinheiro no caixa. Ele fez dois assaltos seguidos à farmácia: na manhã de quarta-feira e nesta quinta-feira. O cara virou meu sócio. Todo dia ele vem sangrar meu caixa. Eu não agüento mais – desabafou o dono da farmácia, Paulo César Castilho. Atos Henrique Pinto, de 26 anos, acabou preso (Fonte: Jornal O Globo, 08/04/2011). 
Analisando a reportagem acima, podemos dizer que Atos responderá pelos crimes de roubo, em qual modalidade de concurso de crimes? Explique, inclusive se haverá exasperação ou cumulação das penas. 
Resposta: De acordo com o texto, Atos praticou crimes de mesma espécie e em condições semelhantes de tempo, lugar e maneira de execução, o que permite afirmar que se trata de crime continuado, de acordo com o art., 71 do cp. Ainda de acordo com este artigo, aplica-se à exasperação.
Questão objetiva Assinale a opção correta, no que se refere ao concurso de crimes. 
a) Não se admite a suspensão condicional do processo se a soma da pena mínima com o aumento mínimo de um sexto for superior a um ano. 
b) Não se aplica a continuidade delitiva quando os delitos atingirem bens jurídicos personalíssimos de pessoas diversas, segundo o entendimento do Supremo Tribunal Federal.
c) O Supremo Tribunal Federal admite a continuidade delitiva entre os crimes de furto e roubo. d) Configura-se concurso material a ação única lesiva ao patrimônio de diversas pessoas. 
correta ⇒ e) Conforme o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, não se aplica o princípio da consunção entre os crimes de falsidade e estelionato, por se tratar de caso de aplicação do concurso formal.
CASO CONCRETO AULA 4:
O Juiz da Décima Vara Criminal da Comarca da Capital do RJ condenou ANACLETO a uma pena privativa de liberdade que foi substituída por uma pena restritiva de direitos de perda do seu automóvel Gol, ano 2010 (CP, art. 43, II), que fazia parte de seu considerável acervo patrimonial. Em fase de Execução da Pena, ANACLETO vem a falecer, ocasião em que o Estado vem a se habilitar em seu inventário judicial. Em defesa, ANATÉRCIA, viúva de ANACLETO, sustentou a inconstitucionalidade da referida atividade estatal trazendo como fundamento constitucional que a pena estaria passando da pessoa do condenado. 
Considerando a situação hipotética, indaga-se se assiste razão à defesa de ANATÉRCIA e qual(is) o(s) princípio(s) a ser(em) invocado(s) ? 
Resposta: O argumento de defesa de Anacleto foi equivocado. Existe na Constituição Federal sim a regra, no art. 5º , inciso XLV, de que nenhuma pena passará da pessoa do condenado, mas o mesmo inciso tem um complemento: “… podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, entendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do patrimônio transferido”.
No caso em tela, a execução vai até o limite do patrimônio deixado por Anacleto, e por isso não passa da pessoa do condenado. Por isso, a execução é possível e não viola princípio constitucional.
Questões objetivas. 
1)São Princípios da pena criminal, exceto: 
a) Humanização. 
b) Individualização. 
c) Intransmissibilidade. 
correta ⇒ d) Evitabilidade. 
2) No que se refere à teoria da pena, assinale a assertiva correta: 
a) o Brasil adotou a teoria absoluta. 
b) a prevenção geral é direcionada ao criminoso 
c) a prevenção especial é direcionada à sociedade 
correta ⇒ d) o Brasil adotou a teoria eclética
CASO CONCRETO AULA 5:
JONATAS, 28 anos, aproveitando-se do caos que se instalou no Estado do Espírito Santo, por conta da manifestação de greve da polícia militar, subtraiu de uma grande estabelecimento empresarial varejista, na cidade de Vitória, uma televisão de 40 polegadas. Sua atividade ilícita foi filmada por câmeras da Prefeitura e passada em Programa Jornalístico de grande audiência nacional. O jovem, envergonhado perante seus familiares, deliberadamente no dia seguinte devolve a res furtiva, sendo processado criminalmente pelo seu ato. OJuiz, no momento da aplicação da penal criminal, entendendo que ao caso concreto nenhuma pena seria necessária ao réu, considerando a vergonha que este passou, deixou de aplicar a pena tendo em vista que o CP, no seu art. 59 preconiza que o juiz estabelecerá conforme seja “necessário” e “suficiente” para reprovação e prevenção do crime. 
Considerando o caso acima, aponte, fundamentadamente, a legalidade da decisão judicial. 
Resposta: A decisão está equivocada. O juiz teria agido corretamente se considerasse atenuante que recai sobre o agente, pelo cometimento do crime sob a influência de multidão e tumulto, art. 65, III, E. O princípio da inderrogabilidade da pena, reconhece que uma vez constatada a prática do crime, a pena não pode deixar de ser aplicada por liberalidade do juiz ou de qualquer outra autoridade. Não está previsto no art. 107 CP, o perdão judicial para crimes de furto (Art. 155 CP), neste caso o máximo que pode ser adotado é uma causa de diminuição de pena devido ao arrependimento posterior, devolução da res furtiva, art. 16 do CP, onde terá uma diminuição de 1 a 2/3.
QUESTÕES OBJETIVAS 
1) Na reincidência: 
a) O Brasil adotou o sistema da perpetuidade. 
b) O tratamento se assemelha a maus antecedentes. 
c) O Brasil adotou a especial ou específica. 
correta ⇒  d) O Brasil adotou a espécie ficta. 
2) Um réu reincidente: 
a) é possível ter inicialmente seu regime prisional semiaberto, desde que favoráveis as circunstâncias judiciais e sua pena seja igual ou inferior a 4 anos. 
b) não pode ter progressão de regime 
c) não poderá ter sua pena privativa de liberdade substituída. 
correta ⇒ d) possui, necessariamente, maus antecedentes
CASO CONCRETO AULA 6:
ANACLETO SOARES subtraiu para si coisa alheia móvel mediante violência contra a pessoa. Por se tratar de réu primário, com bons antecedentes, maior de dezoito e menor de 21 anos, o juiz, atento aos ditames do art. 59, do Código Penal, fixou a pena-base no mínimo legal (quatro anos de reclusão), desconsiderando, no cálculo da pena intermediária, a atenuante da menoridade prevista no art. 65, do Código Penal. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema, responda de forma objetiva e fundamentada se o magistrado agiu corretamente de acordo com a jurisprudência majoritária
Resposta: O magistrado agiu corretamente pois a jurisprudência majoritária entende que a pena não pode ficar abaixo do mínimo legal estipulado no tipo penal. É importante frisar que o Superior Tribunal de Justiça, pacificando  tal entendimento, editou a súmula 231 que fala “ a incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal ”.
Questão objetiva. 
Levando em conta as regras pertinentes à aplicação e execução das penas, é INCORRETO afirmar que: 
a) no concurso formal perfeito de crimes é observado o sistema de exasperação da pena; 
correta ⇒ b) o condenado que for punido por falta grave perderá todo o tempo até então remido, começando nova contagem do período de remição a partir da data da infração disciplinar; 
c) as causas de aumento de pena podem elevar a pena além do máximo abstratamente cominado ao crime; 
d) a superveniência de condenação definitiva por outro crime durante o cumprimento de pena restritiva de direitos pode ser causa de sua conversão; 
e) a pena unificada para atender ao limite de trinta anos de cumprimento, determinado pelo art. 75 do Código Penal, não é considerada para a concessão de outros benefícios, como o livramento condicional ou regime mais favorável de execução
CASO CONCRETO AULA 7:
Carlos foi condenado pelas práticas de lesão corporal grave (art. 129, §2º, I, do CP), à pena de 02 anos de reclusão, e furto simples (art. 155, do CP), às penas de 01 ano de reclusão e 10 D.M., em concurso material. 
Há possibilidade de fazer incidir pena alternativa em qualquer das condenações? Qual o regime prisional a ser fixado, considerando que Carlos é primário, de bons antecedentes e menor de 21 anos? Fundamente (XLII Concurso para Ingresso na Magistratura de Carreira do Estado do Rio de Janeiro).
Resposta: Não poderá ocorrer a substituição da pena prevista de liberdade por restritiva de direito, no crime de lesão corporal, pois, o Art. 44 C.P. veda a substituição quando ocorre violência ou grave ameaça contra pessoa. Contudo, no caso de crime de furto simples, Carlos preenche os requisitos objetivos e subjetivos do Art. 44 C.P. O regime de cumprimento de pena será o aberto, que demonstra ser suficiente para reprimir a conduta criminosa de Carlos e atende aos preceitos da teoria da pena.
Questão Objetiva. A pena de reclusão 
a) é semelhante à pena de prisão simples
b) deve ser cumprida sempre em regime fechado. 
correta ⇒ c) pode ser cumprida, inicialmente, em regime aberto. 
d) foi considerada inconstitucional pelo STF.
CASO CONCRETO AULA 8:
Jonas foi condenado às penas do art. 302 da Lei 9503/97 (CTB), em concurso formal próprio, por ter atropelado, na direção de veículo automotor, cinco pessoas que estavam paradas num ponto de ônibus. Considerando que Jonas já possuía em suas anotações criminais condenação transitada em julgado por crime de Latrocínio na forma tentada, cuja pena fora totalmente cumprida há dois anos, o juiz que o condenou pelos novos crimes cometidos, não substituiu sua pena privativa de liberdade definitiva por restritiva de direitos sob a fundamentação de se tratar de réu reincidente. Considerando o caso hipotético, análise a decisão do magistrado quanto ao seu fundamento
Resposta: A decisão judicial que negou ao condenado a substituição da pena de prisão por restritiva de direito foi equivocada porque a lei só impede a substituição ao reincidente em crime doloso e ainda se a reincidência tenha se operado pela prática do mesmo crime, o que não é o caso. 
Questões Objetivas. 
1) Assinale a assertiva INCORRETA sobre as espécies de pena: 
a) o regime aberto baseia-se na auto-disciplina e senso de responsabilidade do condenado 
b) é admissível trabalho externo àquele que está cumprindo pena em regime semi-aberto 
correta ⇒ c) condenado reincidente não poderá nunca cumprir a pena, desde o início, em regime semi-aberto. 
d) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado. 
2) São penas restritivas de direito, exceto: 
correta ⇒ a) multa 
b) prestação pecuniária 
c) perda de bens e valores 
d) prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas
CASO CONCRETO AULA 9:
João Inácio, 27 anos, mora com seu tio, Franklin Galvão, 63 anos, há exatos três anos. A Residência em que se dá a referida coabitação é situada numa área nobre da cidade do Rio de Janeiro. Em viagem de férias, pelo sul da Bahia, neste último verão, junto com seu referido sobrinho, Franklin Galvão sentiu falta de seu relógio de ouro. Chegando ao Rio de Janeiro, João Inácio, mostrando-se arrependido, confessou a um amigo seu que foi ele quem subtraiu o relógio de seu tio objetivando o vender para comprar drogas, fato este que realmente aconteceu no âmbito de seu passeio pelo sul da Bahia. O amigo de João Inácio, advogado criminalista, sugeriu-lhe contar todo o ocorrido ao seu tio, mostrando seu real arrependimento, até porque se trata de fato penal que desafia ação penal pública condicionada à representação. Considerando o caso acima, indaga-se se assiste razão ao advogado amigo de João Inácio. Responda fundamentadamente. 
Resposta:
Questões objetivas. 
1) Os crimes de Dano (CP, art.163 caput), de Ameaça (CP, art.147) e de Lesão Corporal Leve (CP, art. 129 caput) são, respectivamente, de: 
1. a) ação penal pública incondicionada, ação penal de iniciativa privada e ação penal pública condicionada à representação. 
2. b) ação penal de iniciativa privada, ação penal pública incondicionada e ação penal pública condicionada à representação. 
3. c) ação penal pública condicionada à representação, ação penal de iniciativa privada e ação penal pública incondicionada. 
4. d) ação penal de iniciativa privada, ação penal pública condicionada à representação e ação penal públicacondicionada à representação.
CASO CONCRETO AULA 10:
Condenado pela prática do crime de furto por 2 anos e 7 meses, JOÃO, que já possui uma condenação pelo crime de lesão corporal culposa, com extinção da pena pelo seu cumprimento há dez anos, vinha cumprindo sua nova pena em regime semi-aberto, quando regrediu de regime pelo cometimento de falta grave. Passado o cumprimento de mais de um terço de sua pena, JOÃO requereu seu livramento condicional ordinário, nos termos do CP, art. 83, I que lhe foi negado sob os seguintes fundamentos: 1) possui maus antecedentes e 2) cometimento de falta grave. 
Analise, fundamentadamente, as teses defensivas de JOÃO em sede da Vara de Execuções Penais, objetivando a concessão da referida medida penal. 
Resposta:
Questões Objetivas. 
1) No dia 26 de janeiro de 2011, João Porto, 21 anos, ofendeu a integridade corporal de seu vizinho, Jorge Antônio, ao desferir-lhe um soco no olho esquerdo, causando-lhe a perda da visão. O Ministério Público ofereceu denúncia contra o acusado pelo crime de lesão corporal de natureza grave, art. 129, §1º, inciso III (debilidade permanente de sentido), do CP. A peça vestibular foi recebida no dia 14 de fevereiro de 2011. A ação penal foi julgada procedente, condenando João Porto à pena de um ano de reclusão, dada a sua condição de primário, de bons antecedentes e com circunstâncias judiciais favoráveis. A sentença condenatória foi publicada no dia 29 de março de 2014, que se tornou definitiva para as partes em abril do mesmo ano. Assim, na hipótese apresentada, e com base na pena aplicada, confere-se ao condenado o direito à: 
1. a) suspensão condicional do processo. 
2. b) suspensão condicional da pena. 
3. c) substituição da pena privativa de liberdade por uma restritiva de direitos. 
4. d) substituição da pena privativa de liberdade por duas restritivas de direitos. 
5. e) extinção da punibilidade pela prescrição. 
2) Caio, reincidente em crime de estupro, também é reincidente em crime de roubo. Diante disso, para obter o livramento condicional, de acordo com o disposto no art. 83, do Código Penal, deverá cumprir: 
1. a) mais de três quintos da pena do crime hediondo e mais de um terço da pena do crime de roubo. 
2. b) mais da metade da pena do crime hediondo e mais de dois terços da pena do crime de roubo. 
3. c) integralmente a pena do crime hediondo e mais de dois terços da pena do crime de roubo. 
4. d) integralmente a pena do crime hediondo e mais da metade da pena do crime de roubo.
CASO CONCRETO AULA 11:
João foi denunciado como incurso no art. 157, § 2º, I, do CP. Instaurado o incidente de insanidade mental, o laudo constata que o réu é portador de doença mental de natureza psicótica, e ao tempo da ação era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Esclarecem os peritos que o réu necessita de medicação antipsicótica, devendo manter-se sob acompanhamento e tratamento psiquiátrico ambulatorial, não havendo necessidade de internação em hospital de custódia e tratamento. A prova produzida demonstra a autoria. Em alegações finais, o Ministério Público requer a absolvição, face a inimputabilidade, com a imposição da medida de segurança de internação, pois o crime praticado é punido com reclusão, a periculosidade é presumida, e o art. 97, do CP, constitui norma cogente. 
De acordo com os estudos em sala de aula, o que pode ser alegado em defesa de João? (Magistratura do Estado do Rio de Janeiro – modificada) 
Resposta:
Questões Objetivas. 
1) Quanto às medidas de segurança, é correto afirmar que 
1. a) são sujeitas à prescrição, mas não a outras causas de extinção da punibilidade. 
2. b) podem ser aplicadas independentemente da prática pelo agente de ilícito punível. 
3. c) podem substituir pena imposta ao agente considerado imputável no momento da condenação, se sobrevier doença mental no curso da execução 
4. d) a desinternação será sempre incondicional. 
5. e) o juiz, enquanto não superado o prazo mínimo de duração da medida, não poderá ordenar o exame para que se verifique a cessação da periculosidade. 
2) No instituto da medida de segurança 
1. a) é vedada a sua conversão no curso do cumprimento de um a pena privativa de liberdade. 
2. b) a periculosidade é sempre presumida. 
3. c) é inviável a internação do paciente no tratamento ambulatorial. 
4. d) é necessária a prática de fato típico e antijurídico para sua imposição.
CASO CONCRETO AULA 12:
JOÃO MARIA, pai de ANATÉRCIA, SEMPRÔNEA e CAIO, todos menores impúberes, foi condenado por estupro de vulnerável, afigurando-se como vítima, sua filha ANATÉRCIA. Na sentença condenatória o Juiz o julgou incapaz de exercer o poder familiar. Passado o período legal após o cumprimento da respectiva pena, JOÃO MARIA conseguiu sua reabilitação e dois meses depois está sendo acusado pelo crime de furto simples. 
Diante da situação narrada, pergunta-se: JOÃO MARIA voltará a exercer o poder familiar sobre seu(s) filho(s) em decorrência da reabilitação a ele concedida?
Resposta:
Questões Objetivas 1) À luz do que dispõe o CP acerca da reabilitação, assinale a opção correta. 
1. a) Caso o condenado seja reabilitado, terá assegurado o sigilo dos registros sobre o seu processo e a condenação. 
2. b) Após o decurso de dois anos do dia em que for extinta, de qualquer modo, a pena ou terminar sua execução, o condenado poderá requerer a reabilitação, não se computando o período de prova da suspensão e o do livramento condicional. 
3. c) Caso o reabilitado seja condenado, como reincidente, por decisão definitiva, à pena de multa, o Ministério Público pode requerer a revogação da reabilitação. 
4. d) A reabilitação não pode ser revogada de ofício. 
2) Assinale a opção correta no que se refere a reabilitação. 
1. a) Considere que Marcelo tenha sido condenado por crime de furto qualificado e que tenha sido reabilitado após regular cumprimento da pena e decurso do prazo legal. Considere, ainda, que, após a reabilitação, ele tenha cometido novo crime, nessa vez, de estupro. Nessa situação, o juiz, ao proferir sentença condenatória contra Marcelo pela prática do crime de estupro, não poderá considerá-lo reincidente por causa do furto qualificado anteriormente praticado. 
2. b) Para fins de reabilitação, é desnecessária, em caso de crime contra o patrimônio, a análise de ressarcimento do dano causado pelo crime. 
3. c) A prescrição da pretensão punitiva do Estado não impede o pedido de reabilitação. 
4. d) Sendo o reabilitado condenado exclusivamente a pena de multa, a reabilitação não será revogado.
Casos Concretos Aula 13:
PEDRO e CALVINO têm em comum o benefício da extinção da punibilidade em relação as suas pretéritas condenações transitadas em julgado. O primeiro foi beneficiado pela Anistia, enquanto o segundo pelo Indulto. Consultando os processos do Tribunal de Justiça, depreende-se que essas duas pessoas possuem novas condenações, assim observadas: PEDRO foi condenado por Tráfico de Drogas (Lei 11343/2006), enquanto que CALVINO foi condenado por Latrocínio consumado. 
Diante do caso acima narrado, indaga-se: PEDRO e CALVINO são considerados reincidentes? Resposta justificada:
Questões Objetivas 
1) Assinale a alternativa correta relativamente às causas de extinção da punibilidade. 
1. a) Dentre as causas interruptivas da prescrição da pretensão punitiva, podem ser citadas a decisão de pronúncia e a reincidência. 
2. b) Em crimes cujas ações sejam de iniciativa privada ou pública, de competência do Juizado Especial Criminal, a composição civil extingue a punibilidade do autor do fato. 
3. c) A prescrição da pena de multa ocorrerá em dois anos, quando a multa for a única cominada ou alternativamente aplicada. 
4. d) Prescrição e Anistia são exemplos de causas de extinção da punibilidade que tanto podem recair sobre a pretensão punitiva quanto sobre a pretensão executória. 
2) De acordo com o Código Penal, dentre outras, extingue-se a punibilidade nas seguintes situações, exceto: 
1. a) anistia, graça ou indulto.
2. b) renúncia dodireito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada. 
3. c) doença incapacitante irreversível do agente. 
4. d) prescrição, decadência ou perempção. 
5. e) retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso e pela morte do agente.
Casos Concretos Aula 14:
JOÃO subtraiu uma bicicleta e por este fato está sendo processado criminalmente pelo crime de Furto Simples (CP, art. 155). Ao final da instrução criminal JOÃO restou condenado à pena de um ano, tendo sua pena privativa de liberdade substituída por uma restritiva de direitos. A defesa recorre pedindo sua absolvição tendo a sentença transitado em julgado para o Ministério Público. 
Considerando o caso narrado, quanto tempo o Estado possui para publicar o acórdão evitando a prescrição? Esclarecendo, em tese, qual tipo de prescrição. 
Resposta:
Questões Objetivas 1) Assinale a opção correta no que concerne à prescrição 
1. a) Nos crimes conexos que sejam objeto do mesmo processo, a interrupção da prescrição em relação a um deles não se estende aos demais, uma vez que a análise do prazo prescricional deve recair, de forma isolada, sobre cada conduta delitiva. 
2. b) As hipóteses que impõem a suspensão do processo a pedido da defesa também obrigam a suspensão do prazo prescricional por tempo indeterminado, uma vez que a ninguém é dado o direito de se prevalecer de sua própria torpeza. 
3. c) Caso o apenado seja reincidente, o prazo prescricional deve ser acrescido em um terço, não incidindo esse aumento sobre a pena imposta, mas sobre o prazo prescricional estabelecido conforme os parâmetros previstos abstratamente no CP. 
4. d) A prescrição da pena de multa e das restritivas de direito ocorre em dois anos quando forem únicas cominadas ou aplicadas 
5. e) De acordo com a jurisprudência pacífica do STJ, nos casos de falta disciplinar de natureza grave, a prescrição ocorre no prazo de cinco anos, a contar da abertura do procedimento administrativo instaurado por ordem do juízo das execuções penais
Casos Concretos Aula 15:
Reza o CP, art. 114, I que quando a pena de Multa foi a única cominada ou aplicada, o prazo prescricional é de dois anos. No entanto, conforme disposto no inciso II do indigitado artigo, caso a pena de Multa for alternativa ou cumulativa cominada ou cumulativamente aplicada com pena privativa de liberdade, a prescrição da multa ocorrerá no mesmo prazo estabelecido por aquela pena mais grave. ADALBERTO foi condenado a uma pena de um ano pelo crime de furto, que foi substituída por uma restritiva de direitos, pena esta que foi cumulada com uma pena de multa. Passados dois anos da publicação da sentença condenatória recorrível, o Tribunal ainda não decidiu sobre o único recurso que foi interposto pela defesa, que após este lapso temporal sustenta a ocorrência da prescrição, uma vez que a pena de Multa não foi cumulada com uma pena privativa de liberdade, mas com uma pena restritiva de direitos, razão pela qual, o referido prazo prescricional opera-se em dois anos e não em quatro. 
Pergunta-se: assiste razão à tese defensiva? 
Resposta:
Questão objetiva A prescrição: 
1. a) admite a interrupção, mas não a suspensão do respectivo prazo. 
2. b) exclui o dia de início na contagem do prazo. 
3. c) é calculada pelo total da pena no caso de concurso de crimes. 
4. d) é calculada pelo máximo da pena cominada no caso de prescrição da pretensão executória e) não é interrompida pela sentença absolutória recorrível.
Casos Concretos Aula 16:
1) As medidas de segurança diferem das penas nos seguintes pontos: 
1. a) as penas são proporcionais à periculosidade do agente; 
2. b) as medidas de segurança e as penas são aplicáveis tanto aos inimputáveis como aos semi-imputáveis; 
3. c) as penas têm natureza retributiva-preventiva e as medidas de segurança são preventivas; 
4. d) as medidas de segurança ligam-se ao sujeito ativo pelo juízo de culpabilidade; 
2) Com relação à aplicação das medidas de segurança aos inimputáveis, o nosso Código Penal adotou o sistema: 
1. a) vicariante, aplicando-se somente medida de segurança; 
2. b) duplo binário, aplicando-se pena e a medida de segurança ao mesmo tempo; 
3. c) duplo binário, aplicando-se primeiro a medida de segurança e, em seguida, a pena; 
4. d) vicariante, aplicando-se a pena ou medida de segurança;
5. e) duplo binário, primeiro a pena e depois medida de segurança. 
3) A suspensão condicional da pena é providência que evita a prisão de condenados a penas de duração curta, sendo certo que sua concessão depende do atendimento de certos requisitos. Neste tema, o que se entende por sursis humanitário? 
1. a) É aquele concedido na execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 anos, podendo ser suspensa por 2 a 4 anos, independentemente da situação pessoal do condenado. 
2. b) Entende-se por sursis humanitário aquele que beneficia pessoa com mais de 70 anos de idade, sendo aplicado a penas superiores a 2 anos, não ultrapassando 4 anos, no qual o período de prova é fixado entre 4 e 6 anos. 
3. c) É aquele disciplinado no Código Penal, aplicável mesmo que a pena definida seja superior a 2 anos, não superando 4 anos, se razões de saúde do condenado justificarem o benefício. 
4. d) É aquele em que o agente é beneficiado com a suspensão condicional da pena em razão de questões humanitárias, tais quais, luto familiar, doenças graves de membros da família etc. 
4) O indivíduo de personalidade e conduta social consideradas boas, condenado a pena privativa da liberdade não superior a dois anos e ao qual não seja indicada a mera substituição por qualquer das penas previstas no art. 44, do Código Penal faz jus a: 
1. a) Livramento condicional; 
2. b) Suspensão condicional do processo; 
3. c) Suspensão condicional da execução da pena. 
4. d) Penas restritivas de direito. 
5) José, beneficiado com livramento condicional, comete novo crime doloso, pelo qual resultou condenado, em razão do que: 
1. a) deve ter decretada a extinção da punibilidade da primeira condenação; 
2. b) deve cumprir o restante da pena, deduzido o período em que ficou em liberdade; 
3. c) deve cumprir a integralidade da primeira pena; d)pode obter novo livramento condicional quanto à primeira pena. 
6) Assinale a alternativa correta de acordo com o Código Penal brasileiro (FEPESE – 2013 – DPE-SC): 
1. a) O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade inferior dois anos. 
2. b) Não será concedido livramento condicional para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à pessoa. 
3. c) Caso o liberado venha a ser condenado durante a vigência do benefício, revoga-se o livramento condicional. 
4. d) O juiz não poderá declarar extinta a pena, enquanto não passar em julgado a sentença em processo a que responde o liberado, por crime cometido na vigência do livramento. 
5. e) Revogado o livramento, a qualquer momento poderá o juiz da execução conceder novamente o benefício. 
7) De acordo com entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justiça (FCC – 2012 – MPE-AL – Promotor de Justiça): 
1. a) incabível a suspensão condicional do processo na desclassificação do crime e na procedência parcial da pretensão punitiva. 
2. b) o período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo mínimo da pena cominada. 
3. c) inadmissível a determinação de exame criminológico pelas peculiaridades do caso. 
4. d) a falta grave interrompe o prazo para obtenção de livramento condicional. 
5. e) vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena base. 
8) Assinale a alternativa correta relativamente ao tratamento dado pela legislação penal brasileira à Medida de Segurança (VUNESP – 2013 – TJ-RJ Juiz). 
1. a) Enquanto a detentiva é obrigatória para fatos punidos com reclusão, a restritiva pode ser aplicada em caso de fatos punidos com detenção. 
2. b) Pode ser aplicada tanto a inimputáveis quanto aos semi-imputáveis, sempre por meio de sentenças absolutórias impróprias. 
3. c) Tem como pressuposto a periculosidade, de forma que podeser aplicada ao inimputável ou semi-imputável que tenha praticado fato típico, mesmo que não antijurídico. 
4. d) A desinternação será sempre condicional, devendo ser restabelecida a situação anterior se o agente, antes do decurso de dois anos, pratica fato indicativo de persistência de sua periculosidade. 
9) Sobre imputabilidade penal, analise as assertivas abaixo. ( CETRO – 2012 – TJRJ – Titular de Serviços de Notas e de Registros).
1. As medidas de segurança de internação ou tratamento ambulatorial serão sempre por tempo determinado. 
2. Em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar a internação do agente, se essa providência for necessária para fins curativos. 
III. Ainda quando extinta a punibilidade, impõe-se medida de segurança, se necessária. 
É correto o que se afirma em: 
1. a) I, apenas. b) II, apenas. c) III, apenas. d) I e II, apenas. 
10) Quanto às medidas de segurança, é correto afirmar que (FCC – 2012 – TJ-GO Juiz): 
1. a) são sujeitas à prescrição, mas não a outras causas de extinção da punibilidade. 
2. b) podem ser aplicadas independentemente da prática pelo agente de ilícito punível. 
3. c) podem substituir pena imposta ao agente considerado imputável no momento da condenação, se sobrevier doença mental no curso da execução. 
4. d) a desinternação será sempre incondicional. 
5. e) o juiz, enquanto não superado o prazo mínimo de duração da medida, não poderá ordenar o exame para que se verifique a cessação da periculosidade. 
11) Constituem causas de extinção da punibilidade relacionadas exclusivamente aos crimes de ação penal privada (FCC – 2013 – TRT – 6ª Região (PE) – Juiz do Trabalho): 
1. a) o perdão do ofendido e o perdão judicial. 
2. b) a decadência e o perdão do ofendido. 
3. c) a renúncia e a perempção. 
4. d) a perempção e o perdão judicial. 
5. e) a renúncia e a decadência. 
12) No tocante às causas de extinção da punibilidade, pode-se dizer que a anistia (FUNCAB – 2013 – PC-ES):
a) é individual, opera efeitos ex nunc, pode ocorrer antes da sentença final. 
1. b) é geral ou parcial, opera efeitos ex nunc, pode ocorrer depois da sentença final. 
2. c) opera efeitos ex tunc, pode ser condicionada ou incondicionada, geral ou parcial. 
3. d) pode ser aplicada aos crimes de tortura. e) atualmente pode ser aplicada aos crimes hediondos.
Caso concreto 1 : Joana Bela e João Charmoso, jovem casal de namorados com 19 e 20 anos, respectivamente, decidem que no carnaval deste ano pularão em todos os blocos da cidade. Para tanto, decidem beber muito líquido durante as danças a fim de evitar desidratação. No primeiro dia de maratona, após ingerirem uma quantidade expressiva de cerveja, João Charmoso não consegue se controlar e acaba por urinar escondido atrás de uma banca de jornal. Sendo certo que a mídia tem veiculado uma série de notícias condenando esta atitude, indaga-se:
1. a) A conduta de João Charmoso é, sob o aspecto penal, juridicamente relevante?
Resposta: Não, a conduta de João Charmoso não foi juridicamente relevante sob o aspecto penal. Apesar de uma parte da doutrina insistir que urinar na rua deva ser classificado como ato obsceno, conforme o art. 233 do Código Penal, os tribunais não entendem que o ato possa ser enquadrado como tal.
O ato obsceno exige conotação sexual, o que não é o caso quando alguém urina na rua, não sendo considerado um ato ofensivo ao pudor. Como também não foi feito com intenção de importunar, também não se encaixa no art. 61.
1. b) Caso João Charmoso não tivesse tido o cuidado de se esconder atrás da banca de jornal e, ao contrário, abaixasse a bermuda e urinasse em meio ao bloco de carnaval mirando os demais foliões, a resposta seria a mesma?
Resposta: A atitude de urinar em público pode se encaixar em outra descrição penal, constante no artigo 61 do Decreto-Lei n.º 3.688 de 1941, que traz a conduta de IMPORTUNAÇÃO OFENSIVA AO PUDOR, Para a configuração desta conduta faz-se necessário que a ofensa ao pudor seja dirigida a pessoa determinada, como, por exemplo, um indivíduo que venha a urinar com intuito de provocar outra pessoa, ou urinando em terceiro ou em direção à ele.
Questão objetiva. O Direito Penal é uma ferramenta de controle social, na medida que visa coibir condutas lesivas. Porém, num Estado Democrático de Direito, ainda que em um olhar Garantista a análise do bem jurídico é de suma importância critério limitador do poder punitivo do Estado. Assim, a partir das missões do Direito Penal, analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta:
correta ⇒ I. Entre outras características, o Direito Penal tem natureza constitutiva e sancionatória.
correta ⇒ II. No Brasil, em um primeiro momento, a União Federal pode legislar sobre matéria penal. No entanto, de forma indireta e urgente, leis estaduais podem impor regras e sanções de natureza criminal.
correta ⇒ III. Pode-se afirmar, no tocante aos objetivos e às missões do Direito Penal, que a opinião majoritária considera que a missão do Direito Penal é a de proteger bens jurídicos de possíveis lesões ou perigos, sendo que tais bens devem ser aqueles que permitem assegurar as condições de existência da sociedade, a fim de garantir os aspectos principais e indispensáveis da vida em comunidade.
1. A pena, exclusiva do Direito Penal, como visa ressocializar, seu uso é sempre salutar, devendo ser utilizada mesmo nos conflitos mais simples.
correta ⇒ a) As assertivas I, II e III estão corretas.
1. b) As assertivas II, III e IV estão corretas.
2. c) As assertivas I e III estão corretas.
3. d) As assertivas II e III estão corretas.
Caso concreto 2 : Fulano de Tal, foi denunciado como incurso nas sanções do art. 306 da Lei n. 9503/97 (Código de Trânsito Brasileiro), pela prática dos fatos delituosos a seguir descritos: No 10 de junho de 2016, por volta das 23h44min, na BR 386, KM 248, o denunciado conduzia, em via pública, o veículo GM/Astra, Placa XXXX, cor prata, com a capacidade psicomotora alterada, em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência. Na oportunidade, o Policial recebeu um comunicado de que o denunciado estava andando em zigue-zague pela via em questão, momento em que ao passar pelo Posto da PRF empreendeu alta velocidade, sendo acompanhado pelos policiais cerca de 10 quilômetros até ser abordado. Durante a abordagem, os Policiais Federais constataram que o denunciado apresentava visíveis sinais de embriaguez. Assim, foi solicitada a realização do teste do etilômetro. Realizado o teste com aparelho de ar alveolar pulmonar (etilômetro), constatou-se que o denunciado estava com concentração de álcool por litro de sangue de 0,74 miligramas na primeira tiragem e 0,82 miligramas na segunda tiragem, conforme consta na folha 15 do expediente. A defesa aduziu, dentre outras, a tese defensiva no sentido de que não restou comprovada qualquer circunstância indicativa da alteração da capacidade psicomotora, porquanto o acusado não se envolveu em nenhum acidente e tampouco gerou perigo de dano.
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os princípios norteadores do Direito Penal, identifique, de forma objetiva fundamentada, quais princípios foram suscitados pela acusação e pela defesa.
Resposta:  A defesa sustentou que, apesar da quantidade de álcool no sangue do acusado, não teriam sido comprovados os sinais da alteração psicomotora, e por isso não oferecia perigo, levantando o princípio da lesividade. Ou seja, a defesa afirma que a conduta não oferecia dano a terceiros.  
Porém a proibição do texto da lei é expressa quanto à dosagem de álcool no sangue, assim o indivíduo já assume o risco a partir do momento que ingere bebida alcoólica e dirige, sem necessidade de ficar provado o oferecimento de perigo.
Questão objetiva. “O suicídio é um crime (assassínio) […]. Aniquilar o sujeito da moralidade na própria pessoa é erradicar a existência da moralidade mesma do mundo, o máximo possível, ainda que a moralidade seja um fim em si mesma. Consequentemente, dispor de si mesmo como um mero meio para algum fim discricionárioé rebaixar a humanidade na própria pessoa (homo noumenon), à qual o ser humano (homo phaenomenon) foi, todavia, confiado para preservação” (KANT, Immanuel, a Metafísica dos Costumes). A lei penal brasileira tipifica a conduta de terceiro que induz, instiga ou auxilia alguém a suicidar-se, conforme prevê o art.122, do Código Penal, todavia, caso o suicida sobreviva, não incidirá a ele qualquer sanção penal. Tal medida de política criminal tem por fundamento o princípio:
1. a) Da lesividade.
2. b) Da legalidade.
correta ⇒ c) Da intranscendência.
1. d) Da Humanidade.
2. e) Da Alteridade.
Caso concreto 3 : Operação apreende mais de 100 mil CDs e DVDs piratas no Centro de Teresina
Seis pessoas serão conduzidas de forma coercitiva para prestar depoimentos na delegacia.
Do G1, em Brasília, 01/12/2017, disponível em:
https://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/operacao-apreende-mais-de-100-mil-cds-e-dvdspiradas-no-centro-de-teresina.ghtml
Uma operação da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Ordem Tributária Econômica e Relações de Consumo (Decoterc) apreendeu mais de 100 mil CDs e DVDs piratas, na manhã desta sexta-feira (1º) no Centro de Teresina. A ação policial ocorreu em seis lojas que reproduziam áudio e vídeo ilegalmente. Os estabelecimentos foram fechados e os respectivos donos encaminhados à Central de Flagrantes. O objetivo da operação é combater a sonegação de impostos e a pirataria em diversos estabelecimentos de Teresina. De acordo com o delegado Laércio Eulálio, os prejuízos para Receita são avaliados em R$ 1 milhão, que seriam aplicados em impostos e pagamento de direito autorais. “Este tipo de comércio ilegal prejudica a economia, já que enfraquece as lojas que pagam impostos. Essa rua, segundo investigações, tem um histórico de produção e venda desse tipo de produtos”, informou o delegado. A quantidade de material apreendido surpreendeu a polícia. “A demanda aqui é tão grande que estamos com problemas de carros para conduzir o material apreendido”, afirmou o delegado Laércio Eulálio, acrescentando que os sete veículos que estão no local, dentre eles um
microônibus, estão lotados com os objetos encontrados nos estabelecimentos. Seis pessoas serão conduzidas de forma coercitiva para prestar depoimentos na delegacia.
Segundo o delegado, elas poderão responder processos judiciais após a abertura do inquérito. “As investigações vão continuar e em breve teremos o desencadeamento de mais trabalhos como esse para combater cada vez mais a ilegalidade”, finalizou o delegado.
Com base nos estudos realizados sobre os princípios norteadores, limitadores e garantidores de Direito Penal, responda de forma objetiva e fundamentada: Aplica-se ao caso concreto o princípio da adequação social para fins de exclusão da tipicidade material relativa à conduta dos agentes?
Resposta: O princípio da adequação social se norteia pela hermenêutica, e considera que aquilo que a sociedade aceita/tolera deve ser atípica, não podendo ser considerada uma conduta criminosa, uma vez que a aceitabilidade social retira a conduta do âmbito de incidência do tipo. No entanto, o posicionamento adotado pelos Tribunais Superiores é diametralmente oposto com o princípio acima colacionado, vejamos:
“Súmula 502 do STJ:Presentes a materialidade e a autoria, afigura-se típica, em relação ao crime previsto no art. 184, § 2º 1, do CP, a conduta de expor à venda CDs e DVDs piratas.”
Com isso, embora exista um vasto campo teórico passível de ser trabalhado por intermédio do princípio da adequação social,os tribunais superiores rechaçam a idéia e consideram a conduta do “art. 184, § 2º 1, do CP, a conduta de expor à venda CDs e DVDs piratas como típica”.
Desta feita, até o presente momento não é aplicável a teoria da adequação social ao presente caso, segundo o posicionamento majoritário dos tribunais superiores,mesmo com a aceitabilidade social desta conduta, é considerada como criminosa.
Questão objetiva.
De acordo com o Professor Luiz Flávio Gomes: “A subtração de um par de chinelos (de R$ 16,00) vai monopolizar, em breve, a atenção dos onze ministros do STF, que têm milhares de questões de constitucionalidade pendentes. Decidirão qual é o custo (penal) para o pé descalço que subtrai um par de chinelos para subir de grau (na escala social) e se converter em um pé de chinelo. No dia 5/8/14, a 1ª Turma mandou para o Pleno a discussão desse tema. Reputado muito relevante. No mundo todo, a esse luxo requintadíssimo pouquíssimas Cortes Supremas se dão (se é que exista alguma outra que faça a mesma coisa). Recentemente outros casos semelhantes foram julgados pelo STF: subtração de 12 camarões (SC), de um galo e uma galinha (MG), de 5 livros, de 2 peças de picanha (MG), etc. Um homem, em MG, pelo par de chinelos (devolvido), foi condenado a um ano de prisão mais dez dias-multa. Três instâncias precedentes (1º grau, TJMG e STJ) fixaram o regime semiaberto para ele (porque já condenado antes por crime grave: outra subtração sem violência) (…)”. (Disponível em:<http://http://professorlfg.jusbrasil.com.br/ noticias/132988796/ plenario-do-stf-vaijulgar-subtracao-de-um-par-dechinelos). Com base no referido texto, a esses casos descritos, os quais seriam julgados pelo STF, qual princípio limitador do Poder Punitivo Estatal poderíamos aplicar a fim de dar resolução ao caso penal?
1. a) Da legalidade e da reserva legal.
2. b) Da intervenção mínima.
correta ⇒ c) Da insignificância.
1. d) Da adequação social.
2. e) Da fragmentariedade.
Caso concreto 4: Belízia e Adamastor mantém um relacionamento estável e moram juntos há um ano, entretanto Adamastor esconde da amada uma dívida de R$5.0000,00 por temor que ela o abandone em decorrência da mentira. Cobrado da dívida, ele decide pegar emprestado o valor com Belízia sem o conhecimento desta. Desta forma, forja um investimento e diz a ela que o rendimento será enorme em um curto período de tempo. Belízia transfere a referida quantia para a conta corrente de Adamastor certa de que terá a restituição e os respectivos frutos em breve. Sendo certo que, desde o início, Adamastor induziu Belízia a erro a fim de pagar sua dívida sem contar à amada, em tese, sua conduta configura a figura típica de estelionato, previsto no art.171, do Código Penal. Ante o exposto, com base nos estudos acerca da Interpretação e Integração da norma penal, responda de forma objetiva e fundamentada:
1. a) qual fundamento será utilizado pela defesa para fins de aplicação do disposto no art.181, I, do Código Penal?
Resposta: Adamastor será isento da pena, tendo em vista a analogia in bonam partem que faz com que se exclua o previsto no art. 181.
1. b) Diferencie analogia, interpretação analógica e interpretação extensiva.
Resposta: A analogia pode ser tida como uma espécie de interpretação normativa. Isso porque ele se vale de casos anteriormente analisados como forma de embasar os casos atuais. Nesse quesito, no caso ora analisado poderá ser utilizado a analogia junto com a lei em si.
Questão objetiva. Motorista é preso por embriaguez ao volante após acidente em Itapetininga Segundo a PM, acidente foi registrado no Jardim Itália. Condutora do outro veículo foi socorrida com ferimentos leves. (disponível em: https://g1.globo.com/sp/itapetininga-regiao/noticia/2018/07/23/policiaprende-motorista-por-embriaguez-ao-volante-em-itapetininga.ghtml, atualizado em 23/07/2018 11h37) Um homem foi preso suspeito de dirigir embriagado após se envolver em um acidente com outro carro, neste domingo (22), no bairro Jardim Itália, em Itapetininga (SP). De acordo com a polícia, a batida aconteceu no cruzamento entre a rua Antônio Fogaça de Almeida e Expedicionários Itapetininganos. Devido ao impacto, a motorista do veículo atingido foi socorrida com ferimentos leves e levada ao Hospital Regional. Ainda segundo a polícia, o motorista que causou o acidente não ficou ferido, mas durante o atendimento da ocorrência os policiais notaram que ele estava embriagado. Porém, o homem se negou a fazer o teste do bafômetro. Após o acidente, o motorista foi levado para adelegacia, onde foi autuado por embriaguez ao volante. Uma fiança de R$ 1 mil foi arbitrada e, após pagamento, ele foi liberado. A CNH dele foi suspensa. No caso exposto, uma vez que a condutora do outro veículo sofreu lesões corporais culposas, surge o denominado conflito aparente de normas entre figuras típicas do Código Penal e do Código de Trânsito Brasileiro, (CTB. Lei n.9503/1997). O referido conflito deverá ser solucionado pelo princípio:
1. a) Alternatividade
correta ⇒ b) Especialidade
1. c) Consunção
2. d) Subsidiariedade
Caso concreto 5 : No dia 20 de março de 2016, por volta de 23h25min, na Estrada Ademar Ferreira Torres, 230, na cidade do Rio de Janeiro, Carlos agindo de forma livre e consciente, mediante grave ameaça exercida por palavras de ordem e pelo emprego de arma de fogo, subtraiu, em proveito próprio, coisa alheia móvel, consistente em bens de propriedade de Abelardo, dentre os quais um veículo GM Cruze, cor preta, placa XYZ 0000, um aparelho de telefone celular e documentos pessoais. Dos fatos, Carlos restou denunciado como incurso nas penas do art. 157, §2º, incisos I, do Código Penal, todavia a sentença julgou parcialmente procedente a pretensão punitiva estatal e condenou o denunciado Carlos pela prática da conduta típica prevista no artigo 157, § 2º-A, do Código Penal por força da alteração legislativa ocorrida no referido dispositivo pela Lei n.13.654, de 23 de abril, de 2018.
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre lei penal no tempo, responda de forma objetiva e fundamentada: a decisão do magistrado ao adotar a nova lei quando da aplicação da sentença está correta?
Resposta: Quando a lei penal no tempo  diz-se que em regra, aplica-se a lei penal vigente ao tempo da prática do fato criminoso, de acordo com o princípio do tempus regit actum. Ou seja, a lei  produzirá efeitos, no período da sua vigência, de acordo com a lei vigente na época do fato.
A lei vigente na época do ocorrido, 20 de março de 2016, foi a  art. 157, §2º, incisos I. O 157, § 2º-A, na qual o réu foi incluído, é de 23 de abril de 2018.
O magistrado está errado ao adotar uma lei que não era vigente no ocorrido do fato.
Questão objetiva. Em razão do aumento do número de crimes de dano qualificado contra o patrimônio da União (pena: detenção de 6 meses a 3 anos e multa), foi editada uma lei que passou a prever que, entre 20 de agosto de 2015 e 31 de dezembro de 2015, tal delito (Art. 163, parágrafo único, inciso III, do Código Penal) passaria a ter pena de 2 a 5 anos de detenção. João, em 20 de dezembro de 2015, destrói dolosamente um bem de propriedade da União, razão pela qual foi denunciado, em 8 de janeiro de 2016, como incurso nas sanções do Art. 163, parágrafo único, inciso III, do Código Penal. Considerando a hipótese narrada, no momento do julgamento, em março de 2016, deverá ser considerada, em caso de condenação, a pena de:
1. A) 6 meses a 3 anos de detenção, pois a Constituição prevê o princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica ao réu. correta ⇒ B) 2 a 5 anos de detenção, pois a lei temporária tem ultratividade gravosa.
2. C) 6 meses a 3 anos de detenção, pois aplica-se o princípio do tempus regit actum (tempo rege o ato).
3. D) 2 a 5 anos de detenção, pois a lei excepcional tem ultratividade gravosa
Caso concreto 6: No dia 10 de janeiro do corrente ano, por volta das 03h20min, na Avenida Nossa Senhora Aparecida, n. 10, Vila Aparecida, em Alvorada/RS, o denunciado portava arma de fogo de uso permitido, consistente em uma pistola, marca Taurus, calibre 380, numeração suprimida, municiada com 11 (onze) munições de mesmo calibre, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Na ocasião, o acusado dispensou no chão arma de fogo, após perceber a presença de viatura da Brigada Militar, os quais efetuavam patrulhamento de rotina na região. Posteriormente, foi localizada a arma de fogo acima referida sendo apreendida e submetida à perícia preliminar de exame de eficácia, a qual constatou estar a mesma em condições normais de uso e funcionamento. Dos fatos, o agente restou denunciado pela conduta prevista no art. 16, parágrafo único, inciso IV, da Lei nº 10.826/03 – Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito ( Estatuto do Desarmamento).
Com base nos estudos realizados sobre a classificação dos delitos, indaga-se:
1. a) Qual a distinção entre crimes de dano e perigo? Responda de forma objetiva e fundamentada.
Resposta: O crime de dano ocorre quando a coisa alheia é destruída ou inutilizada, acarretando em diminuição do bem jurídico, conforme o art. 163. Já o crime de perigo é quando existe a possibilidade de dano ou lesão, conforme art. 132 do Código Penal.
No caso em análise ocorreu o crime de perigo, uma vez que houve a atuação no sentido de que o dano fosse prevenido, sem a alteração no valor do bem. Por isso, o crime de dano só é caracterizado quando ocorre efetivamente, sem modalidade tentada.
1. b) No caso concreto, qual a correta classificação do delito previsto no art.16, da Lei n.10826/2003?
Resposta: Crime de mera conduta e de perigo abstrato.
Questão objetiva. Segundo a qualificação doutrinária dos crimes, assinale a alternativa incorreta:
incorreta ⇒ a) Ocorre delito putativo por erro de proibição quando o agente supõe estar infringindo uma norma penal que na realidade não existe. Já no delito putativo por erro de tipo o agente se equivoca quanto a existência das elementares do tipo. Um exemplo do primeiro poderia ser o da mulher que supondo estar grávida (quando não está na verdade) ingere substância abortiva;
1. b) Crime próprio é o que somente pode ser cometido por determinada categoria de pessoas, pois pressupõe no agente uma particular condição ou qualidade. Um exemplo pode ser o crime de aborto provocado pela gestante. Já o crime de mão própria é aquele que somente pode ser cometido pelo sujeito em pessoa, como o falso testemunho;
2. c) Para o crime habitual é necessária reiteração da mesma conduta reprovável, de forma a constituir um estilo ou hábito de vida, como o crime de curandeirismo. O crime continuado difere do habitual, porque naquele cada ação praticada constitui-se isoladamente em crime; já no crime habitual, cada conduta tomada isoladamente não se constitui em delito;
3. d) Crime instantâneo é o que se perfaz num só momento, como o homicídio. O crime permanente é aquele cujo momento consumativo se protrai no tempo, como o sequestro. Já no crime instantâneo de efeitos permanentes, o crime se consuma em um dado momento, mas os efeitos da conduta perduram no tempo, como o homicídio;
4. e) Crime de ação múltipla é aquele que contempla no tipo várias modalidades de ação para sua prática, como o induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio. Já no crime de forma livre, a descrição típica não encerra qualquer forma de ação específica para sua prática, como o homicídio.
Caso concreto 7 : Ratão e Ratinho, por volta das 13 horas, invadiram uma residência e anunciaram o assalto à Adriana, adolescente, que estava sozinha na casa. Amarraram a vítima, trancando-a em um dos quartos do imóvel. Os dois permaneceram por aproximadamente 45 minutos no local, buscando objetos e valores. Quando já estavam saindo, carregando uma TV e um notebook, ouviram um barulho, que identificaram como sendo uma sirene de viatura policial. Temendo serem presos, empreenderam fuga, sem nada levar. Socorrida a vítima e acionada a Polícia Civil, restou esclarecido que a sirene supostamente ouvida pelos assaltantes era a sineta de encerramento de aula de uma escola situada ao lado da residência. Os autores do crime foram descobertos em seguida e denunciados como incursos na conduta de roubo tentado majorado por concurso de agentes e restrição da liberdade da vítima (art.157, §2º, II e V n.f art.14, II, ambos do Código Penal). Sendo certo que a responsabilização penal pela tentativa se encontra descrita no art.14, II e parágrafo único, do Código Penal e não na própria figura típica do art.157, do Código Penal
pergunta-se: A partir dos estudos realizadossobre a relação entre Tipo Penal, Tipicidade e Adequação Típica, qual a natureza jurídica do tipo penal descrito no art.14, II, do Código Penal?
Responda de forma objetiva e fundamentada
Resposta: Versa sobre o reconhecimento da adequação típica indireta e da caracterização do art.14, II como norma de extensão de adequação típica por subordinação indireta ou mediata. Ocorre adequação típica imediata quando o fato se amolda ao tipo legal sem a necessidade de qualquer outra norma. O ajuste do fato à lei incriminadora se dá de forma direta. Exemplo: o artigo 121 do Código Penal pune a conduta matar alguém. O fato de X matar Y se ajusta diretamente à lei incriminadora do referido dispositivo. Por vezes, a adequação típica de uma conduta humana causadora de um resultado nem sempre se dá de forma imediata. Assim, ocorre a adequação típica mediata que, para adequar o fato ao tipo, utiliza uma norma de extensão, sem a qual é absolutamente impossível enquadrar a conduta. O ajuste do fato à lei incriminadora se dá de forma indireta. Podemos citar como exemplo de norma de extensão pessoal o artigo 29, como norma de extensão temporal o artigo 14, inciso II, e como norma de extensão causal para os crimes omissivos impróprios o artigo 13, 2º, todos do Código Penal. CP, Art. 29 – Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. 1º – Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. 2º – Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. CP, Art. 14 – Diz-se o crime: (…) II – tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. CP, Art. 13, 2º – A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado
. Questão objetiva. Sobre tipicidade, considere as afirmações abaixo.
correta ⇒  I – Os princípios da insignificância penal e da adequação social se identificam, ambos caracterizados pela ausência de preenchimento formal do tipo penal.
correta ⇒ II – Tipicidade legal é a individualização que a lei faz da conduta, mediante o conjunto dos elementos descritivos e valorativos (normativos) de que se vale o tipo legal.
III – A tipicidade conglobante é um corretivo da tipicidade legal, posto que pode excluir do âmbito do típico aquelas condutas que apenas aparentemente estão proibidas.
Quais estão corretas?
1. a) Apenas I.
2. b) Apenas II e III.
3. c) Apenas III.
correta ⇒ d) Apenas I e II.
1. e) I, II e III.
Semana 1 : Leia o texto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no plano de aula e pelo seu professor.
Jonas, após um churrasco em que ingeriu cinco copos de cerveja, ainda que alertado por um amigo sobre a nova lei de trânsito, que proíbe dirigir embriagado, decide ir embora dirigindo seu carro, pois afirma que não se encontra embriagado e que, portanto, não há qualquer perigo em dirigir. Tão logo sai da casa de seu amigo é surpreendido por uma “blitz” e submetido ao teste do bafômetro, do qual resulta a constatação da alcoolemia de Jonas em índice previsto pela Lei n. 9503/1997 (art. 306) para fins da caracterização do crime de embriaguez ao volante. Ante o exposto, sendo certo que Jonas dirigia de forma normal, qual a fundamentação para a intervenção penal sobre sua conduta e, conseqüente, responsabilização penal? Responda de forma justificada com base nos estudos realizados sobre as missões do Direito Penal no Estado Democrático de Direito.
Resposta: A fundamentação para a intervenção penal sobre sua conduta, e consequentemente, responsabilização penal é a Lei nº.9503/1997 (art. 306). As missões do Direito Penal no Estado Democrático de Direito é buscar ser efetivo nos direitos e garantias fundamentais, sendo como uma forma de controle social.
Lei n. 9503/1997 – Código de Trânsito Brasileiro
CAPÍTULO XIX – DOS CRIMES DE TRÂNSITO
Seção II – Dos Crimes em Espécie
Art. 306. Conduzir veículo automotor, na via pública, estando com concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 (seis) decigramas, ou sob a influência de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência:
Penas – detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Parágrafo único. O Poder Executivo federal estipulará a equivalência entre distintos testes de alcoolemia, para efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo
b) Não obstante a falha do sistema penal, o mesmo continua a ser considerado um “mal necessário” à sociedade moderna na medida em que visa, diante da complexidade das situações fáticas delituosas que lhe são apresentadas, exercer um controle social formal e institucional que atenda à toda a coletividade, desde que, no caso concreto, seja a única forma de controle social capaz de proteger determinado bem jurídico.Neste contexto, diante do Estado Democrático de Direito, baseado na dignidade da pessoa humana, assinale a alternativa correta acerca das missões e características do Direito Penal:
a) o Direito Penal possui como características ser essencialmente preventivo e repressivo, buscando sempre que possível, a aplicação de penas privativas de liberdade como forma de controle penal;
b) o Direito Penal possui como missão a efetivação dos direitos e garantias fundamentais, sendo, portanto, utilizado como primeira forma de controle social com vistas à máxima repressão das condutas delitivas;
c) o Direito Penal possui como características ser essencialmente preventivo, retributivo e ressocializador, buscando sempre que possível, a aplicação de penas privativas de liberdade como forma de controle penal;
Correta ⇒ d) o Direito Penal possui como missão a efetivação dos direitos e garantias fundamentais, e possui como características ser essencialmente preventivo, retributivo e ressocializador, buscando sempre que possível, a aplicação de medidas alternativas às penas privativas de liberdade como forma de controle penal e portanto, devendo ser utilizado como última forma de controle social.
c) Assinale a alternativa incorreta:
a) A prevenção da vingança privada (na medida em que o Direito penal tenha incidência evita que a vítima assuma por si só a tarefa de “castigar” o infrator) e o fato de servir como conjunto de garantias para todos os envolvidos no conflito (e no processo) penal são algumas das finalidades do Direito penal.
Incorreta ⇒ b) A fragmentariedade do Direito penal possui apenas um significado, qual seja, o de que somente os bens mais relevantes devem merecer a tutela penal.
c) O princípio da intervenção mínima determina que a intervenção penal deve ser fragmentária e subsidiária. Isso é o que caracteriza o chamado Direito penal mínimo. O princípio da intervenção mínima possui dois aspectos relevantes: fragmentariedade e subsidiariedade.
d) O legislador penal, em atenção ao princípio da intervenção mínima, deverá evitar a criminalização de condutas que possam ser contidas satisfatoriamente por outros meios de controle, formais ou informais, menos onerosos ao indivíduo
Semana 2 : Leia o texto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no plano de aula e pelo seu professor.
No dia 05 de abril de 2008, por volta das 18h, na Av. República Argentina, n. 000, Bairro Centro, na cidade de Blumenau, Belízia, locatária do apartamento de Ana Maria, deixou o imóvel e levou consigo algumas tomadas de luz, dois lustres e duas grades de ferro, bens de que detinha a posse e detenção em razão de contrato de locação. Ana Maria dirigiu-se ao imóvel tão logo tomou ciência de que Belízia havia oabandonado sem efetuar o pagamento do último aluguel, bem como constatou a apropriação dos objetos acima descritos, que guarneciam parte do imóvel conforme descriminado no contrato de locação.
Dos fatos narrados, Belízia, restou denunciada pelo delito de apropriação indébita, previsto no art.168, do Código Penal, tendo a sentença rejeitado a denúncia sob o fundamento de que sua conduta configurava mero ilícito civil, não havendo falar em responsabilização penal.
Apropriação indébita: Art. 168. Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção: Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Ante o exposto, é correto afirmar que a decisão do magistrado teve por fundamento qual(is) princípio(s) norteador(es)de Direito Penal? Responda de forma fundamentada.
Resposta: É correto afirmar que a decisão do magistrado teve fundamento no Principio da Intervenção Mínima, da qual o Direito Penal só pode ser usado como forma de controle social se realmente eficaz e necessário. No caso acima descrito poderia ser solucionado pelo Direito Civil, e o Principio da Insignificância poderia ser usado dependendo do valor dos lustres.
3) Leia o texto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no plano de aula e pelo seu professor.
João da Silva foi denunciado pelo delito de moeda falsa, previsto no art. 289 do Código Penal, por ter falsificado uma nota de R$ 50,00 e colocado-a em circulação. O feito foi distribuído perante a Justiça Federal, tendo o réu sido citado para apresentação de resposta. Na qualidade de advogado de João da Silva, apresente a tese defensiva a ser sustentada de modo a afastar a tipicidade da conduta, com base nos estudos realizados sobre os princípios norteadores do Direito Penal no Estado Democrático de Direito.
Moeda falsa
Art. 289. Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no estrangeiro:
§ 1° Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa.
Pena – reclusão, de três a doze anos, e multa.
Resposta: A tese é fundamentada no Princípio da Insignificância, ficando claro que a falsificação ocorreu apenas no valor de R$ 50,00, embora não deva ser acatada pelo juíz neste crime.
3) O princípio da ultima ratio: (Prova de ingresso à Carreira de Promotor de Justiça – Ministério Público Estadual – RO -2006).
a) estabelece que, a elaboração de normas incriminadoras é função exclusiva da lei.
b) constitui-se em sistema descontínuo de seleção de ilícitos não sancionando todas as condutas lesivas dos bens jurídicos, apenas as mais graves praticadas contra os bens mais relevantes.
c) praticamente erradica a responsabilidade objetiva enunciando que não há crime sem culpabilidade.
d) implica na irretroatividade da lei penal.
Correta ⇒ e) estipula que a criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio necessário para a proteção de determinado bem jurídico.
4) Acerca do significado dos princípios limitadores do poder punitivo estatal, assinale a opção correta: (Exame de Ordem 2009.1 OAB/ CESPE-UnB)
a) Segundo o princípio da ofensividade, no direito penal somente se consideram típicas as condutas que tenham certa relevância social, pois as consideradas socialmente adequadas não podem constituir delitos e, por isso, não se revestem de tipicidade.
Correta ⇒ b) O princípio da intervenção mínima, que estabelece a atuação do direito penal como ultima ratio, orienta e limita o poder incriminador do Estado, preconizando que a criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio necessário para a proteção de determinado bem jurídico.
c) Segundo o princípio da culpabilidade, o direito penal deve limitar-se a punir as ações mais graves praticadas contra os bens jurídicos mais importantes, ocupando-se somente de uma parte dos bens protegidos pela ordem jurídica.
d) De acordo com o princípio da fragmentariedade, o poder punitivo estatal não pode aplicar sanções que atinjam a dignidade da pessoa humana ou que lesionem a constituição físico psíquica dos condenados por sentença transitada em julgado.
Semana 3 : 1) Leia o texto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no plano de aula e pelo seu professor.
Instaurado inquérito policial para fins de averiguação de autoria e materialidade e, conseqüente responsabilização penal pela prática de tráfico ilícito de drogas, previsto no art.33, da Lei n.11343/2006, por ter, em março de 2010 sido flagrado em uma boate portando quantidade elevada dos hormônios testosterona em comprimidos e estrogênio equino, Alex Sandro Lima, impetrou Habeas Corpus com vistas ao trancamento do referido inquérito policial, sob o argumento de atipicidade da conduta por ausência de expressa previsão legal acerca das substâncias apreendidas, haja vista o fato das mesmas configurarem drogas de uso médico e veterinário, não sendo compreendidas, portanto, pelo respectivo dispositivo legal.
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre teoria da norma, sua interpretação e norma penal do mandato em branco, responda: deve a ordem ser concedida? Responda de forma objetiva e fundamentada. A ordem não deve ser concedida porque as drogas não foram usadas para suas devidas finalidades.
Resposta: Não, pois tem não na regulamentação da lei em branco, presente na lista da Anvisa a substância mencionada como causadora de dependência.
2) Fábio, funcionário de uma empresa pública, recebe de seu superior, Alexandre, a atribuição de realizar o pagamento dos empregados da referida empresa. Ao perceber a vultosa quantia à sua disposição, Fábio, auxiliado pelo bancário Luiz, decide desviar parte do valor, depositando-o em sua conta corrente. Sendo certo que o dolo de apoderar-se da referida quantia surgiu no momento em que Hélio a teve à sua disposição e, portanto, posteriormente à concessão da referida atribuição. Ante o exposto, surge o denominado conflito aparente de normas entre os delitos de apropriação indébita, previsto nos art. 168, caput e §1°, III e peculato, art. 312, caput, ambos do Código Penal. Com base nos estudos realizados sobre o tema, solucione o caso concreto de modo a tipificar corretamente a conduta de Fábio indicando o princípio a ser adotado. Fundamente a resposta.
a) consunção..
Correta ⇒ b) Príncipio da especialidade. O princípio da especialidade revela que a norma especial afasta a incidência da norma geral
c) subsidiariedade
d) proporcionalidade.
Semana 4 :
1) Para comemorar seu casamento, André realizou sua despedida de solteiro em um bar com alguns amigos. Finda a farra, André, conduzindo seu veículo, atropelou e lesionou Paulo sendo sua conduta tipificada como incursa no delito de lesões corporais culposas na direção de veículo automotor (art. 303, da Lei n. 9503/1997). No curso da ação penal, restou demonstrado pelos exames periciais que André encontrava-se embriagado no momento do acidente, razão pela qual a pena imposta à sua conduta foi majorada de acordo com expressa previsão legal. Dois meses após sua condenação, entra em vigor a Lei n.11705, de 19 de junho de 2008, que revogou expressamente a causa de aumento prevista no Código de Trânsito Brasileiro (Lei n. 9503/1997). Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o conflito de leis penais no tempo, a alteração legislativa terá relevância para a sanção imposta à conduta de André? Responda de forma justificada.
Código de Trânsito Brasileiro. Lei n. 9503/1997
Dos Crimes em Espécie
Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veiculo automotor:
Penas – detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Parágrafo único. No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de um terço à metade, se o agente:
—————————————————————————————————–
V – (Inciso acrescido pela Lei nº 11.275, de 7/2/2006 e revogado pela Lei nº 11.705, de 19/6/2008)
Art. 303.Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor:
Penas – detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Parágrafo único. Aumenta-se a pena de um terço à metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do parágrafo único do artigo anterior.
Resposta: Antes da entrada em viigor da lei11705 não havia possibilidade de serem aplicados, em um mesmo caso, os art. 302 / 303 combinados com o art. 306, tendo em vista que se o condutor do veículo estivesse sob efeito de substancia alcoólica, tal fato seria usado como causa de aumento de pena, afastado assim a incidência do artigo 306 CTB, Com a entrada em vigor da lei 11705, foi revogadoo inciso 5 do paragrafo único dos art. 302 e 303, permitindo assim a aplicação de tais artigos, em conjunto com o 306, contando para os casos ocorridos antes de 19/06/2008 (lei 11705) surge uma novacios legis in melius, afastando-se a incidência do artigo 5, e consequentemente o aumento de ⅓ da pena.
2) Leia o texto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no plano de aula e pelo seu professor.
Peruana é presa com cocaína escondida em sandália em MT
Polícia Rodoviária Federal deteve uma peruana com 1 kg de pasta base de cocaína escondido na sandália em Rondonópolis (MT), no km 212 da BR-364, na segunda-feira. Ela estava em um ônibus que seguia de Porto Velho (RO) para São Paulo. Durante fiscalização, os policiais perceberam que a passageira Rosemery Tilsa Evaristo Pio, 37 anos, estava muito nervosa. Foi verificada toda a bagagem da peruana, mas nada foi encontrado. Ao informá-la de que ela passaria por uma revista pessoal, os policiais solicitaram que ela retirasse a sandália que calçava. Quando o policial pegou a sandália, desconfiou de seu peso e resolveu abrir o calçado, quando encontrou a droga. Rosemery disse que pegou a cocaína na Bolívia e que a levaria para a cidade de Campinas (SP), recebendo U$S 800. Ela foi conduzida para a delegacia da Polícia Federal.
Ante o exposto, sendo Rosemary Tilsa peruana, poderá a lei brasileira ser aplicada à sua conduta? Responda, justificadamente, com base nos estudos realizados sobre o tema lei penal no espaço.
Resposta: Sim, usando o principio da territoriedade
3) JOSÉ foi vítima de um crime de extorsão mediante seqüestro (artigo 159, do C. Penal), de autoria de CLÓVIS. O Código Penal, em seu artigo 4.º, com vistas à aplicação da lei penal, considera praticado o crime no momento da ação ou omissão,ainda que outro seja o momento do resultado. No curso do crime em questão, antes da liberação involuntária do ofendido, foi promulgada e entrou em vigor lei nova, agravando as penas. Assinale a opção correta. (Prova de Seleção. 178. Concurso de Ingresso na Magistratura- Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo)
a) A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, frente ao princípio geral da irretroatividade da lei.
b) A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, em obediência à teoria da atividade.
Correta ⇒ c) A lei nova, mais severa, é aplicável ao fato, porque sua vigência é anterior à cessação da permanência.
d) A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, porque o nosso ordenamento penal considera como tempo do crime, com vistas à aplicação da lei penal, o momento da ação ou omissão e o momento do resultado, aplicando-se a sanção da lei anterior, por ser mais branda.
4) Sobre a aplicação da lei penal no tempo e no espaço, o Código Penal Brasileiro adotou, respectivamente, as teorias da(do) (Defensor/RN/2006)
a) ubiquidade e resultado.
b) ubiquidade e ambiguidade.
c) resultado e ubiquidade.
Correta ⇒ d) atividade e ubiquidade.
Semana 5 : Casos Concretos: Aplicação Prática Teórica
1) A partir da leitura comparativa entre os dispositivos legais concernentes à tipificação da conduta do uso indevido de drogas, constantes, respectivamente, nas Leis n. 6368/1976 e 11343/2006, consoante os estudos realizados sobre a Teoria do Delito, é correto afirmar que a conduta de uso indevido de drogas foi descriminalizada pela nova redação legal estabelecida pela Lei . 11343/2006? Responda de forma justificada.
Lei n. 6368/1976
Art Art.16. Adquirir, guardar ou trazer consigo, para uso próprio,substância
entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e pagamento de 20 a 50 dias-multa.
Lei n. 11343/2006
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:
I – advertência sobre os efeitos das drogas;
II – prestação de serviços à comunidade;
III – medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
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§ 6o Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e III, a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a:
I – admoestação verbal;
II – multa.
Resposta: Não se trata de abolicius crimem (discriminização da conduta), mas sim que o crime de uso de drogas não admite pena de prisão , aplicando pena alternativa, com previsão legal do art. 5 inciso 46 da CF/88
2) No Direito Penal brasileiro, a responsabilidade do agente que comete um ilícito penal é: (OAB/RS AGO/2006)
a) Objetiva, pois deve ser considerada a intenção do agente para produzir o ilícito penal.
Correta ⇒ b) Subjetiva, pois deve ser considerada a intenção do agente no resultado produzido.
c) Subjetiva e objetiva: subjetiva, ao se considerar a intenção do agente para produzir o ilícito penal, e, objetiva, ao se analisar o resultado produzido.
d) Objetiva, pois devem ser consideradas a ação e a omissão do agente para produzir o ilícito penal.
Semana 6 : Casos Concretos:
1) Leia o caso abaixo e responda à questão relacionada. Desenvolva sua fundamentação com base na leitura indicada no seu plano de aula e por seu professor.
Padrasto é preso acusado de espancar enteado de três anos
O padrasto de um menino de três anos foi preso no fim da noite desta quarta-feira em Duque de Caxias acusado de espancar a criança. O menino foi levado pela mãe, Patrícia Alves, de 26 anos para o Hospital de Saracuruna, em Caxias, com um grande hematoma na cabeça. Ela teria dito aos médicos que a criança, que tem uma deficiência mental, tinha caído de seus braços, mas depois acabou confessando que o menino foi agredido pelo padrasto. De acordo a polícia, os médicos teriam desconfiado da versão que a mulher estava contando porque não era a primeira vez que ela levava a criança ao hospital. Segundo os médicos, foi a terceira vez que Patrícia esteve na unidade, sempre contando a mesma história. Depois de pressionada ela acabou contando que a criança fora vítima do padrastro, Elias Barbosa, de 34 anos. De acordo com a Secretaria estadual de Saúde, o menino foi operado e está internado em coma no Centro de Terapia Intensiva, e corre risco de vida. Ainda de acordo com a secretaria, a criança teve traumatismo craniano e chegou ao hospital com escoriações pelo corpo todo. A mãe foi detida no hospital por policiais do 15º BPM (Duque de Caxias). Na delegacia, ela prestou depoimento e foi liberada. Já seu marido foi preso em casa, na Rua Coronel Matos, quando fazia as malas para fugir. Ele foi preso em flagrante. O caso está sendo investigado pela 60ª DP (Campos Elíseos).
Ante o caso concreto exposto, com base nos estudos realizados sobre ação e omissão, responda: Patrícia também poderia ser responsabilizada criminalmente caso tivesse se omitido face às agressões perpetradas por Elias e a criança tivesse sido socorrida por vizinhos?
Resposta: Sim. Ela se omitiu como agente garantidor (crime 136), mesmo tendo conhecimento das agressões, e deixou os fatos prosseguirem. Ele responderá na qualidade de agente garantidor nos termos do artigo 13 – parágrafo 2o – A. Lembre-se que o crime

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