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Profª. Drª. Mikele Cândida Sousa de Sant’Anna Aula 5. Regimes de Escoamento 1. Regimes de Escoamento 1. Regimes de Escoamento Os dois aspectos da mecânica dos fluidos mais difíceis de tratar são: (1) a natureza viscosa dos fluidos e (2) sua compressibilidade. Mecânica dos Fluidos dos Meios Contínuos Não viscoso µ=0 Viscoso Laminar Turbulento Compressível Incompressível Interno Externo 1. Escoamento Uni, Bi e Tridimensionais Um escoamento é classificado como uni, bi ou tridimensional dependendo do número de coordenadas espaciais requeridas na especificação do campo de velocidades. Escoamento Tridimensional: As grandezas que regem o escoamento variam nas três dimensões. Escoamento Bidimensional: As grandezas do escoamento variam em duas dimensões Escoamento Unidimensional: São aqueles que se verificam em função das linhas de corrente (uma dimensão). https://pt.scribd.com/doc/49172928/15/Escoamentos-uni-bi-tridimensional 1. Escoamento Uni, Bi e Tridimensionais Vídeo 1 1. 2 Escoamento em Regime Permanente e Transiente Regime Permanente Neste tipo de escoamento, as propriedades podem variar de ponto para ponto no campo, mas devem permanecer constante em relação ao tempo para um dado ponto qualquer. Regime Transiente: Se as propriedades do fluido em um ponto do campo variam com o tempo o escoamento é denominado em regime transiente. 1. 2 Escoamento em Regime Permanente e Transiente Escoamento Uniforme Um escoamento uniforme em uma dada seção transversal é caracterizado pela velocidade ser constante em qualquer seção do escoamento 1. 3 Escoamento Uniforme e Não Uniforme (ou variado) é aquele em que as seção transversal ao longo do Escoamento Não Uniforme: Um escoamento não uniforme velocidades variam em cada escoamento. 1. 3 Escoamento Uniforme e Não Uniforme 1. 4 Escoamentos viscosos e não viscosos Escoamento Invíscido O escoamento sem atrito é denominado escoamento não viscoso ou escoamento invíscido. Vídeo 2, 3 Escoamento laminar É aquele em que as partículas movem-se em camadas lisas, ou lâminas; A velocidade do escoamento laminar é simplesmente u; 1. 5 Escoamentos laminar e turbulento Vídeo V uˆi Escoamento Turbulento É aquele em que as partículas fluidas misturam-se rapidamente enquanto se movimentam ao longo do escoamento; devido a flutuações aleatórias no campo tridimensional de velocidades. A velocidade do escoamento turbulento é composta pela velocidade média u mas as três componentes de flutuações aleatórias de velocidade u’, v’ e w’ 1. 5 Escoamentos laminar e turbulento Vídeo Re 2000 Escoamento Laminar 2000 Re 4000 Transição Re 2000 Escoamento Turbulento V (u u')ˆi v'ˆj w' kˆ 1. 5 Escoamentos laminar e turbulento forças de inercia VD VD forças de vis cosidade Re V - velocidade média do fluído D - Diâmetro para o fluxo no tubo - viscosidade cinemática do fluído ρ – massa específica 1. 5 Escoamentos laminar e turbulento Fonte: Manchester School of Engineer (http://w.eng.man.ac.uk/historic/reynolds/oreyna.htm) Descrição do experimento de Reynolds Pode-se demonstrar pelo clássico experimento de Reynolds, a diferença qualitativa entre um escoamento laminar e o turbulento. Nesse experimento, a água escoa de um grande reservatório através de um tubo transparente. Um fino filamento de corante é injetado na entrada do tubo permite a observação visual do escoamento Em vazões baixas o corante é injetado no escoamento mantem-se um filamento único ao longo do tubo; Há pouca dispersão de corante porque o escoamento é laminar. Não há mistura macroscópicas de camadas adjacentes 1. 5 Escoamentos laminar e turbulento Descrição do experimento de Reynolds A medida que a vazão através do tubo é aumentada, o filamento de corante torna-se instável e parte-se num movimento aleatório através do tubo; A linha de corante torna-se esticada e torcida numa miríade de novelos de fluido e rapidamente se dispersa por todo o campo de escoamento. Este comportamento do escoamento turbulento é causado por pequenas flutuações de velocidade de alta frequência superpostas ao movimento médio de um escoamento turbulento; Aa mistura de partículas adjacentes de fluido resulta na rápida dispersão do corante. 1. 5 Escoamentos laminar e turbulento Escoamento laminar versus turbulento A turbulência ocorre quando forças viscosas dos fluidos não são capazes de conter flutuações aleatórias no movimento do fluido e o escoamento torna-se caótico. Por exemplo um fluido de alta viscosidade e, por isso, irá gerar forças de inércia significativas devido as flutuações aleatórias no movimento, e este fluido experimentará transição para a turbulência em vazões relativamente baixas. 1. 5 Escoamentos laminar e turbulento Os escoamento nos quais as variações na massa específica são desprezíveis é denominado incompressível. O escoamento mais comum compressível é o dos gases, enquanto o escoamento de líquidos, geralmente, são tratados como incompressíveis. Para muitos líquidos, a temperatura, tem pouca influência sobre a massa específica. 1. 6 Escoamentos Compressível e Incompressível (d / ) dp EV efeitos de compressibilidade nos Entretanto, em altas pressões os líquidos podem ser importantes. As mudanças de pressão e de massa específica em líquidos podem ser relacionadas pelo módulo de compressibilidade, ou modelo de elasticidade. 1. 6 Escoamentos Compressível e Incompressível Escoamentos de gases com transferências de calor, desprezíveis também podem ser considerados incompressíveis, desde que as velocidades do escoamento sejam pequenas em relação à velocidade do som; 1. 6 Escoamentos Compressível e Incompressível Para M< 0,3, a variação máxima da massa específica é inferior a 5%. Assim , os escoamentos de gases M<0,3 podem ser tratados com incompressíveis; um valor de M=0,3 no ar, condição padrão corresponde a uma velocidade do ar de 100m/s 1. 6 Escoamentos Compressível e Incompressível C A razão entre a velocidade do escoamento, V, e a velocidade local do som, C, no gás, é definida como sendo o número de Mach M V 1. 6 Escoamentos Compressível e Incompressível Os escoamentos compressíveis É um escoamento no qual, existem variações significativas ou notáveis da massa específica do fluido. Os escoamentos compressíveis podem ser divididos nos seguintes regimes: Subsônico, M<1 Supersônico, M>1 Sônico, M=1 Os escoamentos completamente envoltos por superfícies sólida são chamados escoamentos internos ou em dutos. Os escoamentos sobre corpos emersos num fluido não contido são denominados escoamentos externos. Tanto escoamentos internos como o externos podem ser laminares ou turbulentos, compressíveis ou incompressíveis. Os escoamentos internos incluem escoamentos em tubos, dutos, súbitas, válvulas e bocais, difusores, contrações e expansões acessórios. 1. 6 Escoamentos Interno ou Externo Escoamentos Externos São escoamentos sobre corpos imersos em um fluido sem fronteira. O escoamento sobre uma esfera e o escoamento sobre um corpo carenado são exemplos de escoamento externo. Exemplos mais interessantes são os campos de escoamento em torno de objetos tais como aerofólios, automóveis e aviões. 1. 6 Escoamentos Interno ou Externo O escoamento de corrente livre divide-se no ponto de estagnação e circunda o corpo. O fluido em contato com a superfície adquire a velocidade do corpo como resultado da condição de não deslizamento. Camadas-limite formam-se tanto na superfície superior quanto na superfície inferior do corpo. O escoamento de camada-limite é inicialmente laminar. A transição para o escoamento turbulento ocorre a uma distância do ponto de estagnação, distância este que depende das condições da corrente-livre, da rugosidade da superfície e do gradiente de pressão. 1. 6 Escoamentos Interno ou Externo Na camada-limite, tanto as forças viscosas quanto as forças de inércia são importantes. Por consequência, não é surpreendente que o número de Reynolds (que apresenta a razão entre as forças de inercia e forças viscosas) seja significativa na caracterização dos escoamentos de camada-limite. 1. 6 Escoamentos Interno ou Externo Como acontece no escoamento em dutos, o escoamento de camada- limite pode ser laminar ou turbulento. Não há um valor único do número de Reynolds para o qual a transição de escoamento laminar para turbulento sem camada-limite. 1. 6 Escoamentos Interno ou Externo Canais aberto são condutores para escoamento que possuem uma superfície livre ou uma fronteira exposta à atmosfera. Escoamento em canal aberto refere-se a um escoamento líquido cuja superfície esta exposta à atmosfera. O escoamento em condutor tubular que não preenche toda a seção transversal do tubo, portanto possuindo uma superfície livre, é também um escoamento em um canal aberto. Possui uma distribuição de pressão que é geralmente hidrostática na direção vertical. Escoamentos são quase sempre turbulentos e não afetados pela tensão superficial; entretanto, podem ter massa especifica estratificada. Exemplos: Riachos, calhas, canais, córregos e rios. 1. 7 Escoamentos em canal aberto
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