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4_-_A_FORMAÇÃO_DA_AUTOIMAGEM_E_A_AUTOESTIMA

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4 – A FORMAÇÃO DA AUTOIMAGEM E A AUTOESTIMA
Vamos iniciar nosso tema com a definição de Tavares (2003) sobre a imagem corporal:
A imagem corporal é a maneira pela qual nosso corpo aparece para nós mesmos. É a representação mental do nosso próprio corpo. A abordagem da imagem corporal incrementa a convergência de intervenções motoras e psíquicas na busca do desenvolvimento da pessoa. A questão central se refere ao cerne da identidade do ser humano (Tavares, 2003, p.27).
Toda identidade pessoal é construída em consonância com a imagem corporal e que abarca tudo aquilo que a pessoa sente e percebe de si mesma
Para melhor compreensão entre a autoimagem e a imagem corporal, citamos Silva (2002) que escreve que a autoimagem é o que pensamos de nós mesmos e parte importante dela é nossa imagem corporal (p.74).
Quando nos referimos a imagem corporal estamos objetivamente discorrendo sobre o corpo físico e é sobre este corpo que a autoimagem é construída e consequentemente, a imagem corporal. 
Podemos observar, por exemplo, que nem sempre a imagem refletida no espelho é percebida da mesma maneira pela pessoa que se encontra em frente dele. Casos como este são considerados como distorções da autoimagem. O exemplo clássico deste tipo de distorção é das pessoas com anorexia nervosa.
Estar bem consigo mesma, ter uma relação saudável com o próprio corpo é a essência para uma vida com equilíbrio.
A relação do sujeito com seu corpo é tão importante que Tavares (2003) escreve:
Percebemos o mundo e nós mesmos com nosso corpo. Nosso corpo carrega a memória de nossa existência. Cada memória representa uma história de relação com o mundo. Cada memória pode ser revivida, implicando uma pequena mudança em nosso corpo. Percebemos com esse mesmo corpo que se mostra aos outros. Ora nosso foco de percepção está no nosso corpo, ora está no mundo externo. E esse movimento de expansão e recolhimento é dimensionado pela nossa imagem corporal (Tavares, 2003, p.23).
Todo corpo carrega em si a história de uma existência. No percurso do desenvolvimento humano e na própria trajetória da existência, são deixadas inscritas no corpo as suas marcas. 
Quanto maior forem os estímulos e as possibilidades de novas experiências do recém-nascido durante sua trajetória de vida, mais completa será a formação do esquema corporal. Pois, as experiências corporais que definem a imagem corporal contribuem para a modelação de um esquema que refletirá na adolescência e na vida adulta.
Sobre a imagem corporal, de acordo com diversos autores, a fase da adolescência é considerada como o período mais crítico para a formação da imagem corporal. As transformações corporais nessa fase ocorrem de maneira muito rápida e na maior parte das vezes a maturidade psicológica e a mental não acompanham as mudanças físicas.
A autoestima:
Beraquet, Areias et al trazem a seguinte definição:
Auto-estima é o sentimento que a pessoa tem sobre si mesmo como um todo. A auto-estima é uma experiência íntima, é o que o sujeito pensa e sente sobre si mesmo, portanto se define como a auto-avaliação das características do indivíduo (MALLE, 1999). Para BROCKNER (1988), a auto-estima é definida como a auto avaliação favorável das características individuais. O autor formulou a hipótese de que pessoas com baixa auto-estima são mais vulneráveis aos eventos adversos do que pessoas com nível elevado de auto-estima (Beraquet, Areias et al, 2004, p.107).
Podemos entender a partir da citação das autoras, que há em todas as pessoas, um potencial favorável ou não para o desenvolvimento da autoestima, tendo em vista que a relação que a pessoa tem consigo mesma pode ser de amor e afeto ou de desprezo e desprazer.
Podemos afirmar que pessoas com baixa autoestima são aquelas que apresentam maior dificuldade no relacionamento interpessoal. A crença na vida e no sucesso pessoal são metas inalcançáveis para esse tipo de pessoa, pois o sentimento que os move é o de inferioridade, tanto com relação às pessoas como consigo mesmo.
Todo profissional deve estar atento a pessoas que apresentam as características de baixa autoestima, afinal, recuperar-se pode representar algo que não condiz com o seu “merecimento”. 
Desta forma, o tratamento pode arrastar-se por muito tempo e dificilmente será sentido como uma melhora significativa.
Referências Bibliográficas:
TAVARES, M da C. G. C. F. Imagem Corporal: conceito e desenvolvimento. Manole: 2003.
BERAQUET, M; AREIAS, M. et all. A importância do autoconhecimento e da autoestima nas organizações. In: GUIMARÃES L.; GRUBITS, L. Saúde Mental e Trabalho. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004.

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