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resumo expandido - imagem corporal, esquema corporal e identidade

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1 
Tatyane Ferreira 
Odontologia 
RESUMO EXPANDIDO 
IMAGEM CORPORAL, ESQUEMA CORPORAL E IDENTIDADE 
 
História da imagem corporal 
 
A história da imagem corporal se deu inicio na França no século XVI através 
do médico e cirurgião Ambroise Paré em que ele percebeu a existência do membro 
fantasma, caracterizando-o como a alucinação de que um membro ausente estaria 
presente. Logo após, cerca de três séculos depois, Weir Mitchell, da Filadélfia 
(EUA), demonstrou que a imagem corporal (sem se referir ao termo ‘imagem 
corporal’) pode ser modificada sob tratamento ou em condições experimentais 
(BARROS, 2005). 
 
Conceito de imagem corporal 
 
A compreensão do conceito de Imagem Corporal está relacionada ao 
significado de imagens e corpo. Além disso, sua definição não se restringe a um 
assunto, não é simplesmente uma questão de linguagem, mas sim uma dimensão 
muito maior, se pensarmos na subjetividade de cada individuo (RUSSO, 2005). 
A imagem corporal é uma experiência em que vivemos e que nunca é 
unilateral. Ela moldada a cada instante se transformando de acordo com as relações 
externas com o mundo e ao mesmo tempo transforma essas relações. Além disso, a 
imagem corporal caracteriza-se como a sua profunda intimidade e emaranha-se às 
imagens alheias de forma que busca diversidade de seus aspectos. Simboliza todo o 
que somos, ainda que nunca seja completa. (BARROS, 2005). 
Isso ocorre devido ao fato de que compreender como o indivíduo constrói a 
imagem do corpo, como ele se vê e como ele se relaciona com o mundo é relativo, 
pois, depende de cada pessoa, das suas vivências que construiu a partir de suas 
experiências desde o seu nascimento. Os cuidados na infância, as relações com a 
família e outros indivíduos que nomeiam esse corpo vão atuar na construção da 
imagem corporal, permitindo que o indivíduo tenha uma base e possa se definir 
como, gordo, magro, alto ou baixo (FROIS; MOREIRA; STENGEL, 2011). 
2 
Tatyane Ferreira 
Odontologia 
Com isso, a imagem corporal está relacionada às percepções, aos 
pensamentos e aos sentimentos sobre o corpo e suas experiências; trata-se de uma 
experiência vivida a cada instante. Ela é um conceito amplo, pois engloba processos 
fisiológicos, psicológicos e sociais carregadas de experiências subjetivas de modo 
que se articulam as imagens alheias. As imagens corporais são multifacetadas 
devido ao fato de que as suas experiências da imagem corporal são permeadas por 
sentimentos sobre nós mesmos; são determinadas socialmente, dinâmicas e 
influenciam o processamento de informações, influenciando a percepção de mundo; 
influenciam o comportamento, particularmente as relações interpessoais buscando a 
diversidade de seus aspectos (VALENÇA; GERMANO, 2009). 
 
Descobertas de si 
 
Para reconhecermos no mundo é necessário perceber que somos um corpo 
que se constitui de um complexo em que construímos e descontruímos discursos 
corporais e a nossa imagem corporal em busca de uma imagem e de um corpo 
ideal. A nossa imagem corporal só possui possibilidades de existência porque o 
nosso corpo não é isolado, ele recebe influências de outros corpos. Nós 
necessitamos ter outros corpos à nossa volta (BARROS, 2005). 
 
Construção da imagem corporal 
 
A imagem que o individuo possui sobre si é formada a partir dos nomes que 
vamos incorporando, do nosso modo de observar e de si comportar no mundo. 
Dessa forma, ela é construída desde a gestação em que a criança é imposta a uma 
quantidade elevada de sentidos e significações. Porém, apesar da influência que é 
recebida, após o seu nascimento ela poderá experimentar e vivenciar novas 
sensações o que gerara novas representações nesse corpo a partir de novas 
referências e de novas noções e significações do seu corpo construídas (FROIS; 
MOREIRA; STENGEL, 2011). 
A sua construção está envolvida com a possibilidade de interferência sobre a 
própria autoimagem de cada um, uma vez que a imagem corporal é inconstante. 
3 
Tatyane Ferreira 
Odontologia 
Sendo assim definida a partir das influências e interferências sociais a que sofremos 
e a qual estamos expostos além dos hábitos que criamos, moldando nosso aspecto 
de existir como seres corporais. (BARROS, 2005). 
 
Deste modo, as imagens do corpo vão sendo construídas e 
reconstruídas ao longo da vida do indivíduo, imbuindo-o de significações a 
partir das vivências que outras referências lhe apresentam. Trata-se de um 
processo cíclico e gradativo ao longo da vida, no qual as mudanças físicas e 
psíquicas do corpo suscitam a necessidade de constante reorganização da 
imagem corporal. Pensar na construção da imagem corporal pressupõe uma 
leitura sobre a relação do sujeito com o mundo que envolve uma articulação 
harmônica entre as dimensões física, psíquica e social do corpo. (FROIS; 
MOREIRA; STENGEL, 2011, p.72). 
 
Distorção da imagem corporal 
 
Como todos temos um modelo de um corpo idealizado em sua mente e 
quanto mais este corpo se distanciar do real, maior será a possibilidade de conflito, 
comprometendo sua autoestima. Em decorrência desse fato, mesmo quando 
estamos no peso adequado ou abaixo do peso ideal, costumamos se sentir gordos 
ou desproporcionais, e isso é o que se denomina de distorção da imagem corporal 
(VALENÇA; GERMANO, 2009). 
 
Medição da imagem corporal 
 
Existem várias escalas de medidas que podem ajudar o 
profissional enfermeiro para avaliação da imagem corporal considerando 
diferentes aspectos relacionados ao assunto. Uma dessas escalas é o 
Eating Attitudes Test (EAT-26). Trata-se de um instrumento de auto-relato, 
reconhecido internacionalmente, empregado para avaliar e identificar 
padrões alimentares anormais, sendo também útil no acompanhamento da 
evolução de casos clínicos. O instrumento consta de 26 itens, com seis 
opções de resposta: sempre, muito freqüente, freqüentemente, algumas 
vezes, raramente e nunca. Realizando a análise fatorial desses itens em 
três aspectos tem-se: Fator 1: Dieta – os primeiros 13 itens que refletem 
recusa patológica às comidas de alto teor calórico e preocupações com a 
4 
Tatyane Ferreira 
Odontologia 
forma física; Fator 2: Bulimia nervosa – os seis itens seguintes, que refletem 
pensamentos sobre comida e atitudes bulímicas; Fator 3: Controle oral – os 
últimos sete itens, que refletem o autocontrole em relação à comida e 
reconhecem pressões sociais no ambiente para ganhar peso. (VALENÇA; 
GERMANO, 2009, p.176). 
 
História do esquema corporal 
 
O neurologista, Henry Head do London Hospital, foi o primeiro a utilizar o 
termo ‘esquema corporal’. Além disso, ele também foi o primeiro a elaborar uma 
teoria em que cada indivíduo elabora um modelo ou figura de si mesmo que 
denomina com um padrão contra os julgamentos da postura e dos movimentos do 
corpo. (BARROS, 2005). 
 
Conceito de esquema corporal 
 
O esquema corporal caracteriza-se apenas o corpo como fronteira 
anatômica, está relacionado a construção mental funcional do corpo que o indivíduo 
faz sobre si, já a imagem corporal envolve sentimentos, valores, as experiências e a 
história pessoal, não é apenas corpo, ou seja, é o corpo como objeto de reflexão. 
Sendo assim, a imagem do corpo é o conceito que se constrói sobre o esquema 
corporal. Dessa forma, a imagem do corpo é construída e entendida na criança ao 
longo da estruturação e reconhecimento do seu esquema corporal, em relação com 
o adulto que a educa (ROCHA, 2009). 
Com isso, esquema corporal é uma maneira real do nosso jeito de viver 
carnal com o mundo físico. As nossas experiências em que cada um obtém são 
dependentes de questões físico-corporais, como lesões musculares, neurológicas, 
ósseas, transitórias ou indeléveis e também das nossas sensações fisiológica, 
viscerais e circulatórias, chamadas de quinestésicas. Não há dúvida de que traumas 
orgânicos precoces podem ocasionar perturbações em relação ao esquema do 
corpo,e estas, por aspectos como a falta ou interrupção das relações ‘linguageiras’, 
podem levar a modificações passageiras ou duráveis, por toda a vida, da imagem do 
corpo (ROCHA, 2009). 
 
5 
Tatyane Ferreira 
Odontologia 
Esquema corporal e imagem corporal 
 
Existe certa ambiguidade entre esquema corporal e imagem corporal em que 
a terminologia cria a impressão de que existiria separadamente um corpo 
neurológico de um lado e por outro um corpo espiritual e teria que se fazer esforço 
para unir os dois corpos. Sendo assim, como o ser humano é um corpo uno, acaba 
sendo paradoxal que haja uma distinção entre eles. O esquema corporal interpõe-se 
na imagem corporal e vice-versa, formando um único conceito, não importando qual 
deles usar (BARROS, 2005). 
 
Conceito de identidade 
 
A identidade é consequência da incorporação de três aspectos em que o 
primeiro está relacionado ao vínculo de integração espacial que compreende a 
relação entre as diferentes partes do self entre si, incluindo o self corporal, mantendo 
sua coesão e permitindo a comparação e contrastes com os objetos; tende para a 
diferenciação entre o self e o não self: individuação. Está relacionado com o 
esquema corporal e que faz se sentir exclusivo, diferente. Já o segundo se refere ao 
vínculo de integração temporal que compreende as relações entre as diferentes 
representações do self ao longo do tempo, estabelecendo uma continuidade entre 
elas e fornecendo a base para o sentimento de autenticidade. Sendo assim, ele está 
conectado com a integração das experiências já vivenciadas com as do presente. 
Aliás, está relacionada à capacidade de imaginar-se no futuro. Por terceiro e último 
compreende ao vínculo de integração social, em que há a conotação social da 
identidade, e consiste na relação entre aspectos do self e aspectos dos objetos, 
mediante os mecanismos de identificação projetiva e introjetiva. Esse vínculo está 
ligado com os pais e com figuras significativas para o indivíduo, ou seja, amigos, 
filhos, etc. (SERON; MILANI, 2011). 
A identificação caracteriza-se em um processo psicológico em que o 
indivíduo esforça-se para assemelhar-se ao outro. Com isso, o conceito de 
identidade e de identificação apresenta-se dependentes. Dessa forma, para que 
ocorra um sentimento de identidade harmônico, é de extrema importância que 
6 
Tatyane Ferreira 
Odontologia 
aconteça a possibilidade de reinvenção de si mesmo através da elaboração das 
identificações parciais que já se foram incorporados na infância pela introjeção do 
código de valores dos pais (SERON; MILANI, 2011). 
 
Relação entre imagem corporal, esquema corporal e identidade 
 
A imagem corporal é uma construção que envolve a imagem que o indivíduo 
possui sobre si mesmo e sobre a sua relação que ele mantém com os outros. Com 
isso, o esquema corporal, as noções espaciais e temporais fazem parte da imagem 
corporal. Na medida em que essas questões fazem parte o individuo eles irão atuar 
na sua forma de relação compondo assim a imagem que o indivíduo tem de si a 
partir das suas visões acerca da estrutura corporal, da aparência e da percepção 
que tem de como os outros o veem. Nessa medida a imagem corporal compõe o 
processo de formação e de identificação (FROIS; MOREIRA; STENGEL, 2011). 
 
Referências bibliográficas 
BARROS, Daniela. Imagem corporal: a descoberta de si mesmo. História, Ciências, 
Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 12, n. 2, p. 547-554, maio-ago. 2005. 
Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/%0D/hcsm/v12n2/19.pdf >. Acesso em: 22 
abr. 2017,14:03. 
 
FROIS, Erica; MOREIRA, Jacqueline; STENGEL, Márcia. Mídias e a imagem 
corporal na adolescência: o corpo em discussão. Psicologia em Estudo, Maringá, 
v. 16, n. 1, p. 71-77, jan./mar. 2011. Disponível em: 
<http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ptp/v13n1/v13n1a12.pdf>. Acesso em: 22 abr. 
2017,12:03. 
 
ROCHA, Ione. Consciência corporal, esquema corporal e imagem do corpo. Corpus 
et Scientia, vol. 5 , n. 2 , p. 26-36, set. 2009. Disponível em: 
<http://apl.unisuam.edu.br/revistas/index.php/corpusetscientia/article/view/161 >. 
Acesso em: 22 abr. 2017, 16:15. 
 
RUSSO, Renata. Imagem corporal: construção através da cultura do belo. 
Movimento & Percepção, Espírito Santo de Pinhal, SP, v.5, n.6, p.80-90, jan./jun. 
2005. Disponível em: 
<http://ferramentas.unipinhal.edu.br/movimentoepercepcao/login.php?op=logout> 
Acesso em: 22 abr. 2017,13:53. 
http://www.scielo.br/pdf/%0D/hcsm/v12n2/19.pdf
%3chttp:/pepsic.bvsalud.org/pdf/ptp/v13n1/v13n1a12.pdf%3e
7 
Tatyane Ferreira 
Odontologia 
 
SERON, Camila; MILANI, Rute. A construção da identidade feminina na 
adolescência: um enfoque na relação mãe e filha. Psicol. teor. prat., São Paulo, 
v.13, n.1, p.154-164, 2011. Disponível em: 
<http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ptp/v13n1/v13n1a12.pdf>. Aceso em: 22 abr. 
2017,16:45. 
 
VALENÇA, Cecília; GERMANO, Raimunda. Percepção da auto-imagem e satisfação 
corporal em adolescentes: perspectiva do cuidado integral na enfermagem. 
 Rev. Rene. Fortaleza, v. 10, n. 4, p.173-180, out./dez. 2009. Disponível em: 
<http://www.periodicos.ufc.br/index.php/rene/article/view/4877/3589>. Acesso em: 28 
abr. 2017, 21:17:04. 
 
http://www.periodicos.ufc.br/index.php/rene/article/view/4877/3589

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