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9 - Fatores motivacionais. Modelo Biopsicossocial

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9 - Fatores motivacionais. Modelo Biopsicossocial
Na história da medicina encontramos que até o século passado o predomínio do atendimento ao doente estava baseado no modelo que considerava não a pessoa, mas se concentrava nos sintomas que ela apresentava, excluindo qualquer influência dos aspectos psicológicos, por exemplo, e assim tínhamos o chamado modelo biomédico. 
Evidentemente, não cabia neste saber a integralidade do ser, já que ele não era visto como um sujeito de direitos e o atendimento, conforme dissemos estava centrado apenas no diagnóstico, excluindo qualquer outro aspecto do indivíduo.
Neste sentido, Marco (2003) relata:
Considera-se que a influência do paradigma cartesiano sobre o pensamento médico foi um fator determinante na construção do chamado modelo biomédico, alicerce consensual da moderna medicina científica. Descartes propõe por meio de suas concepções, uma separação absoluta entre fenômenos da natureza e fenômenos do espírito e, por consequência, uma separação radical entre mente e corpo (marco, 2003, p.36).
Podemos observar que o modelo biomédico, ainda é encontrado em muitos meios e remonta de um tempo da história advindo da influencia da Filosofia que discutia o dualismo mente-corpo.
A grande transformação proposta está na mudança do modelo biomédico para o modelo biopsicossocial e que hoje se faz presente na maior parte das relações e no cuidado com a pessoa com doença.
Marco (2003) nos alerta que é importante considerar que essa nova proposta não significa fragmentação, ou seja, a separação e posterior junção indiscriminada do ser ou que tudo deve ser abordado simultaneamente.
A ação de multiprofissionais deve ser entendida como a ocorrência de atividades desenvolvidas entre profissionais de diferentes especializações buscando a harmonização no ambiente de trabalho.
Para que aconteçam “atos de saúde” e não atos médicos ou de outros profissionais com de fisioterapeutas, psicólogos, e outros, uma equipe multiprofissional deve implicar duas dimensões do trabalho e que são indissociáveis, conforme Bruscato et al, (2006): 
a) Articulação das ações: supõe a integração de processos de trabalho distintos, considerados as conexões e interfaces existentes entre as intervenções técnicas peculiares de cada profissional, flexibilizando as fronteiras entre as mesmas, mas com a preservação das respectivas especificidades e diferenças técnicas, trabalhando, assim, numa conjugação de especificidade e flexibilidade. Há a centralização das ações na obtenção de resultados, na integral às necessidades de saúde da clientela por exemplo, a avaliação pré-cirúrgica de um paciente poderá ser realizada através do cruzamento dos dados obtidos por diversos profissionais. Nessa situação, o prognóstico pode depender da condição clínica (sob a perspectiva dos médicos, cirurgião ou anestesista), do estado emocional, da motivação e dos recursos de enfrentamento (avaliados pelo psicólogo), das condições socioeconomicas necessárias à manutenção do tratamento (observadas pelo assistente social) e assim por diante.
b) Interação dos profissionais: as inter-relações e o vínculo entre os integrantes da equipe potencializam a realização da tarefa (não é um objetivo em si, porque não se trata de um grupo terapêutico e, sim, de uma equipe, que utiliza a interação como meio de trabalho). Os integrantes colocam-se de acordo quanto a um projeto comum, quanto ao que dizem e quanto aos valores pressupostos. Para tanto, a comunicação entre os profissionais faz parte do exercício cotidiano do trabalho (Bruscato et al, 2006, p.34).
Tais ações e interações irão proporcionar ao cliente o benefício das ações integradas e que estarão voltadas para as necessidades da equipe, conforme explicam os autores. 
Desta forma, conforme define Japiassu (1976): apud..Bruscato et al (2006):
(...) a multidisciplinaridade como uma associação de disciplinas que abordam um mesmo objeto a partir de distintos pontos de vista. A multidisciplinaridade e, então, entendida como uma simples justaposição de disciplinas, visando objetivos múltiplos, sem interagir quanto aos seus métodos e conceitos. Ou seja, a equipe permite uma bem vinda cooperação multidisciplinar, mas não se ocupa em empreender uma coordenação supradisciplinar unificadora. (Bruscato, 2006, p.35).
Nesta perspectiva multidisciplinar, podemos entender que as informações de cada profissional a respeito do cliente se complementam, mas não há uma decisão conjunta, já que essa é em geral tomada pelo médico. Assim sendo, encontramos nas ações multidisciplinares a reprodução do modelo biomédico, conforme citado anteriormente.
Mas é necessário encontrar o modelo que esteja voltado para a integração dos saberes, a favor da pessoa com doença, e que esteja de acordo com o modelo biopsicossocial. 
Projeto e suas definições
De acordo com Lück projeto é
(...) conjunto organizado e encadeado de ações de abrangência e escopo definidos, que focaliza aspectos específicos a serem abordados num período de tempo, por pessoas associadas e articuladoras das condições promotoras de resultados, com um determinado custo (Lück 2003, p.27).
A autora coloca com bastante ênfase a necessidade de um projeto ser desenvolvido por pessoas pró-ativas, ou seja, com atitude e que saibam visualizar os resultados e custos para este obtenção, sendo planejado com peculiaridade, norteando de todos os lados para se conseguir o objetivo central do projeto desenvolvido. Para Chase (2006):
Um projeto pode ser definido como uma série de serviços relacionados, normalmente voltados para alguma produção importante e que necessita de um período significativo de tempo para ser realizado, pode-se destacar nesta interpretação que para haver a elaboração de qualquer projeto é preciso de tempo, assim nenhum é feito “da noite para o dia” (Chase, 2006 p.78).
De acordo ainda com este autor, é necessário refletir que é preciso haver preparo metodológico para o seu início.
Há inúmeros conceitos para projetos e como futuro profissional você deve se identificar com algum destes diversos para a utilização em seu cotidiano profissional, além de ter em mente que o projeto não precisa ser estático. Pode seguir o mesmo dinamismo do trabalho do fisioterapeuta, porém é preciso ficar atento para o foco do projeto para que ele não se perca.
Projeto eficiente
A palavra eficiente quer dizer: “1 Ação, capacidade de produzir um efeito; eficácia. 2 Rendimento.” 
Há inúmeros conceitos para projetos e como futuro profissional você deve se identificar com algum destes diversos para a utilização em seu cotidiano profissional, além de ter em mente que o projeto não precisa ser estático.
Pode-se observar que é a capacidade de se fazer alguma coisa, ponto importante no que tange a elaboração de projetos, pois o profissional precisa saber (ter competência) para desenvolver tal ação.
Chiavenato e Sapiro (2009, p.30) colocam como eficiência o ato de:
• Fazer as coisas da maneira certa
• Resolver problemas
• Salvaguardar os recursos aplicados
• Cumprir o dever
• Reduzir custos
De acordo com os autores citados, não há como ser eficiente e consequentemente o mesmo ocorrerá com o projeto se a pessoa, principalmente, o gerente (o profissional) não tiver claro a meta, a estratégia, pensar em situações futuras e absorver as responsabilidades.
Projeto eficaz
Chiavenato e Sapiro (2009, p.30) discursam que eficaz é:
• Fazer as coisas certas
• Produzir alternativas criativas
• Maximizar a utilização dos recursos
• Obter resultados
• Aumentar o lucro
O conceito utilizado para eficaz associa-se ao fazer o que deve ser de fato feito, realização das metas/propósitos, gerar lucro, diminuir desperdícios (não ter) e trazer os resultados com o máximo de criatividade possível.
Projeto efetivo
Ser efetivo esta ligado a “1 Real, verdadeiro. 2 Que produz efeito; que tem efeito; eficaz. 3 Que não tem interrupção; permanente:Serviço efetivo. [...]”, para nossos estudos em relação a projetos ser efetivo esta concentradono ato de proporcionar a continuidade das ações, ou seja, haver a permanência do mesmo para se chegar nas metas.
A efetividade do projeto esta direcionada ao fato do mesmo conseguir perdurar-se no meio que foi proposto, com resultados bem sucedidos durante o percurso do trabalho e para isso é preciso haver uma coordenação de esforços e “quereres” de maneira ordenada para que o público alvo esteja satisfeito com o resultado.
Chiavenato (2006) discursa o conceito de efetividade com um breve exemplo prático e lúdico:
(...) Por fim, a efetividade ressalta o impacto, a medida em que o resultado almejado (e concretizado) mudou determinado panorama, cenário. Considerando a construção de escolas e o incremento no número de professores contratados, a efetividade evidenciará, por exemplo, de que maneira isso contribuiu para a redução do índice de analfabetismo (impacto). Nesse diapasão, há autores que defendem que a efetividade decorre do alcance da eficácia e da eficiência, simultaneamente. Numa outra acepção, pode ser entendida, também, como satisfação do usuário. Na “ponta da linha”, a efetividade ocorre quando um produto ou serviço foi percebido pelo usuário como satisfatório. (2006, p.181).
O autor nos direciona que a efetividade é o impacto que o resultado das ações, que para nós diz respeito a projetos, causou em determinada realidade, se esta é associada ao objetivo do mesmo e se o resultado foi satisfatório não somente para os realizadores, como também para o público alvo.
Para o fisioterapeuta é de grande valia esta preocupação com o índice de satisfação dos sujeitos da ação do projeto desenvolvido, pois não há um excelente resultado se o mesmo não atingir as expectativas das pessoas que foram o grande foco da construção do trabalho.
Programas de prevenção primária, secundária e terciária.
Após a elaboração efetiva de projetos nas diferentes áreas de atuação do fisioterapeuta em sua prática profissional, é importante a definição do nível de atuação que ele irá trabalhar.
Tais níveis são descritos a partir da Organização Mundial da Saúde (OMS) e visam atender os diferentes momentos que o sujeito possa estar vivendo, sendo importante que o trabalho seja desenvolvido e sua atuação ocorra a partir de uma equipe de saúde.
Com relação ao atendimento ele pode ocorrer nos níveis: primário, secundário e terciário, sendo que cada um deverá desenvolver um conjunto de ações próprias a fim de evitar a instalação da doença ou atuar na prevenção ou na redução de danos que possa ocorrer como consequência da doença.
Com relação aos níveis:
· prevenção primária: desenvolvimento de ações e programas destinados a evitar a ocorrência da doença, como por exemplo: vacinação, saneamento básico, atividades físicas e cujo objetivo é evitar o desenvolvimento de problemas relacionados a doenças e que o fisioterapeuta poderá estar atuando na prevenção.
· prevenção secundária: aqui a doença poder estar em desenvolvimento e as medidas devem estar voltadas para impedir o seu desenvolvimento através do atendimento e se necessário o tratamento imediato.
· prevenção terciária: a doença poder estar em desenvolvimento e as medidas devem estar voltadas para impedir o seu desenvolvimento através do atendimento e se necessário o tratamento imediato. A fisioterapia é um exemplo com relação a colocação de próteses, auxiliando o sujeito em sua readaptação a partir de seu ajuste ao ambiente.

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