Buscar

Direito Ambiental Resumido


Continue navegando


Prévia do material em texto

“a Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense, a Zona Costeira são parte do patrimônio nacional, bens de uso comum do povo, a serem preservadas e defendidas para as presentes e futuras gerações”. 
A Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, o novo Código Florestal criou o CAR, Cadastro Ambiental Rural, em âmbito nacional.
O Ministério do Meio Ambiente acrescentou ao texto dois novos quesitos que desagradaram os produtores rurais, o Comprovante de Regularidade Ambiental (CRAm) e o Plano de Recuperação de Área Alterada e Degradada (Prada),
Novo Código Florestal – Princípios:
-Afirmação do compromisso soberano do Brasil;
- Reafirmação da importância da função estratégica da atividade agropecuária e do papel das florestas e demais formas de vegetação nativa;
- Ação governamental de proteção e uso sustentável de florestas;
- Responsabilidade comum da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, em colaboração com a sociedade civil;
- Fomento à pesquisa científica e tecnológica;
- Criação e mobilização de incentivos econômicos.
Área de Preservação Permanente - APP: área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.
 Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa (Art. 12-25).
A Lei 11.284/2006 dispõe sobre a gestão de florestas públicas para a produção sustentável; institui, na estrutura do Ministério do Meio Ambiente, o Serviço Florestal Brasileiro - SFB; cria o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal – FNDF.
Unidade de Conservação – UC
É o espaço territorial protegido e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituídas por ato do poder público, com objetivos de conservação, possuem limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção podendo ser incluídos nos seus limites o subsolo e o espaço aéreo.
O Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) é o conjunto de unidades de conservação (UC) federais, estaduais e municipais. Composto por 12 categorias de UC.
As unidades de conservação são criadas por ato do poder público. 
A compensação ambiental é um instrumento de política pública que, intervindo junto aos agentes econômicos,  proporciona a incorporação dos custos sociais e ambientais da degradação gerada por determinados empreendimentos, em seus custos globais.
A gestão de Unidades de Conservação Federal é de responsabilidade do Instituto Chico Mendes.
As Unidades de Conservação podem ser de:
Proteção integral - Manutenção dos ecossistemas livres de alterações causadas por interferência humana, admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais.
Uso indireto - Aquele que não envolve consumo, coleta, dano ou destruição dos recursos naturais.
Uso direto - Aquele que envolve coleta e uso, comercial ou não, dos recursos naturais.
Uso sustentável - Exploração do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a biodiversidade e os demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável.
O Grupo de Proteção Integral é formado por cinco diferentes categorias, sendo elas Estação Ecológica, Reserva Biológica, Parque Nacional, Monumento Natural e Refúgio de Vida Silvestre.
Já no Grupo de Uso Sustentável, as categorias são: Área de Proteção Ambiental, Área de Relevante Interesse Ecológico, Floresta Nacional, Reserva Extrativista, Reserva de Fauna, Reserva de Desenvolvimento Sustentável, Reserva Particular do Patrimônio Natural.
Qual foi o primeiro documento internacional a tratar sobre aquecimento global? : A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima foi assinada durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio-92.
objetivo da Política Nacional do Meio Ambiente: a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no país, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana.
Principais bacias hidrográficas do Brasil: • Bacia Amazônica • Bacia do Rio Prata • Bacia do Rio São Francisco.
O dano ambiental pode afetar o interesse da coletividade, "bem de uso comum do povo" (Art. 225 CF), de natureza difusa, atingindo um número indefinido de pessoas, sempre devendo ser cobrado por Ação Civil Pública ou Ação Popular e sendo a indenização destinada ao Fundo para Reconstituição dos Bens Lesados.
A ação civil poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer (em conformidade com o dano ambiental cometido).
Os danos causados ao meio ambiente poderão ser tutelados por diversos instrumentos jurídicos processuais, com destaque para a ação civil pública, a ação popular e o mandado de segurança coletivo.
Formas de recuperação do dano Ambiental:
A recuperação in natura (ou restauração natural) do estado anterior (status quo) do bem ambiental afetado 
A condenação de um quantum pecuniário (indenização) 
A compensação ambiental.
Toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente consiste em infração administrativa ambiental, tornando o infrator passível de sanções administrativas.
As principais sanções são: multa, interdição de atividade, fechamento do estabelecimento, demolição, embargo da obra, destruição de objetos, inutilização de gêneros, proibição de fabricação ou comércio de produtos e vedação de localização de indústria ou comércio em determinadas áreas.
Em sede de tutela administrativa, destaca-se, entre os instrumentos preventivos da responsabilidade, o licenciamento ambiental, e entre os repressivos, a imposição de sanções administrativas.
A responsabilidade penal surge com a ocorrência de uma conduta omissiva ou comissiva que, ao violar uma norma de Direito Penal, pratica crime ou contravenção penal, ficando o infrator sujeito à pena de perda da liberdade ou à pena pecuniária.
O legislador tornou expressa a responsabilidade penal das pessoas jurídicas, consoante se verifica na Lei 9.605 /98, desde que a infração ambiental tenha sido originada de decisão de seu representante e que tenha por motivação beneficiá-la.
Em matéria ambiental, a responsabilidade ambiental impõe a obrigação do sujeito reparar o dano que causou a outrem. vigora a teoria da responsabilidade civil objetiva, conforme expressamente prevê o art. 14, §. 1º, da Lei 6.938/81; desnecessária, portanto, a comprovação do dolo ou culpa para caracterização da responsabilidade civil, bastando a prova do dano e do nexo causal para impor ao infrator o dever de indenizar pelo dano a que deu causa. Faz-se imperioso refletir a respeito do princípio de Direito Ambiental do poluidor pagador.
o poluidor é obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade.
Pressupostos para a responsabilidade civil:
-Ação lesiva, isto é a interferência na esfera de valores de outrem, decorrente de ação ou omissão;
-O dano, patrimonial ou moral;
-O nexo causal, ou relação de causa e efeito entre o dano e a ação do agente. 
Teoria Subjetiva: Tem na culpa seu fundamento basilar, só existindo a culpa se dela resulta um prejuízo.
Lei de Crimes Ambientais: impõe mais agilidade ao julgamento dos crimes prevendo o rito sumário coma aplicação da Lei 9.099/95. 
Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente. 
Os funcionários de órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, designados para as atividades de fiscalização, bem como os agentes das Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha são responsáveis pela aplicação de infração administrativa.
instrumentos processuais coletivos de proteção ao meio ambiente: ação civil pública, ação popular (mandado de segurança coletivo ambiental, mandado de injunção e ação direta de inconstitucionalidade).
Assim, o ônus da prova nas ações ambientais é, em regra, do poluidor.
Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:
O Ministério Público*; 
A Defensoria Pública;
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
A autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista;
A associação que, concomitantemente:
Esteja constituída há pelo menos um ano nos termos da lei civil; 
Inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.
Ação civil publica ambiental -Fase pré-processual: • Inquérito Civil; • Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).
qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.
A prova da cidadania, para ingresso em juízo, será feita com o título eleitoral, ou com documento que a ele corresponda.
O TAC é o meio alternativo de solução de conflitos que pode ser aplicado aos Direitos Coletivos
O TAC é titulo executivo extrajudicial, ou seja, assim como um cheque, caso não seja cumprido em sua integralidade, pode ser executado em Juízo sem discussões sobre o seu mérito.
O TAC tem algumas formalidades, se a sua elaboração é ato complexo que envolve o órgão público legitimado, no caso do Direito Ambiental, o Ministério Público e o agente degradador, que, ao aceitar as condições do Termo não está obrigado assumir culpa pelo dano, mas pode exclusivamente aceitar o encargo.
O documento deve conter as condições de cumprimento da obrigação como forma, prazo e local, uma vez que a obrigação em si não pode ser negociada, por tratar de direito indisponível, ou direito pelo qual não se sobrepõe a vontade dos envolvidos, e deverá observar sempre a condição econômica do infrator para o fim de impor medidas que se adequem a sua possibilidade de execução, além, é claro de constar as penalidades decorrentes do não cumprimento da obrigação.