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Trabalho para Semana Acadêmica Resumo do capítulo 2

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Resumo do capítulo 2 “Definição de psicopatologia e ordenação dos seus fenômenos”
Alunas – Silvia Gomes de Campos e Irene Genecco de Azambuja
Psicopatologia PTA – trabalho para a semana acadêmica
A psicopatologia, como fenômeno biopsicossocial, pode ser definida como o estudo da doença mental em suas causas, alterações estruturais e funcionais e suas manifestações. É um conjunto de conhecimentos sobre o adoecimento mental, caracterizado pela sistematização, onde elucida e desmistifica certas crenças sobre os transtornos mentais, sem juízos de valor, dogmas ou verdades a priori, num processo contínuo de revisão, críticas e reformulações.
O objeto no campo da psicopatologia são as vivências e padrões de comportamento em doença mental, tanto em suas especificidades como em suas grandes complexidades, se comparada com a “normalidade” dos fenômenos mentais. A psicopatologia tem suas bases na tradição médica de longas e cuidadosas observações clínicas dos transtornos mentais e também na tradição humanista, que vê a “doença” como excepcional possibilidade de ricas descobertas sobre diferentes dimensões do potencial humano. É uma ciência que tem seus limites, cristaliza e tipifica padrões em seu rigor conceitual, e, segundo Karl Jasper, o ser humano nunca poderá ser reduzido a conceitos psicopatológicos. Neste processo, exclui-se a intuição do profissional, que nunca poderia ser expressa em conceitos, perdendo-se sempre a parte oculta das dimensões existenciais, éticas e metafísicas do ser humano, que preservam em si mesmas o mistério.
As doenças mentais têm uma forma semelhante em diferentes pacientes (sintomas como delírios, alucinação, etc) e um conteúdo, como culpa, mania de perseguição, etc., sempre relacionados a temas centrais da existência humana, como sexualidade, segurança, morte, doença, miséria, etc. É preciso estudar a doença mental em suas manifestações com cuidado, articulando-as com a ordenação dos fenômenos, produzindo, definindo, classificando, interpretando e ordenando o observado numa perspectiva e numa lógica. É preciso relacionar temas centrais para o ser humano com o que ele busca e deseja (sexo, Alimentação e Conforto físico, com Sobrevivência e prazer, por exemplo), e temores centrais, como morte, miséria e vazio existencial, com as formas de lidar com tais temores (medicina, psicologia, relações significativas, etc).
A psicopatologia distingue 3 tipos de fenômenos humanos: semelhantes (todo homem tem sede, fome e sono), em parte semelhantes e em parte diferentes (Todo homem pode sentir tristeza, mas a depressão é uma forma agravada de tristeza) e fenômenos qualitativamente novos, diferentes (fenômenos psicóticos, alteração da cognição, etc).
Bibliografia
DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 2.ed.Porto Alegre: Artmed, 2008. 438 p. ISBN 978-85-363-1332-0.
Resumo de textos consultados na internet
Segundo PAIM (1992) a psicopatologia estuda 3 tipos de fenômenos: os que já são conhecidos por experiência, os que se tem apenas noções parciais e os que não se pode alcançar, a não ser por analogias. 
Este termo é empregado desde 1878, segundo BAUMGART (2006), com o significado primeiro de “psiquiatria clínica”. A Psicopatologia liga-se a diferentes psicologias, psiquiatrias, ao corpo psicanalítico e a neurociências. Hoje, segundo o autor, existe falta de coesão teórica, devido aos inúmeros e diferentes discursos neste âmbito. O termo ganha o significado atual na obra de Carl Jasper, em 1913, Psicopatologia Geral. Este livro contempla uma tentativa de construir uma teoria geral sobre as enfermidades psíquicas, sendo que o autor enfatiza que jamais um paciente pode ser reduzido à sua psicopatologia, devendo ter sempre o cuidado de não se deixar conduzir cegamente pelos sintomas, nem tomar um sintoma isolado, mas sempre no contexto do paciente.
A psicopatologia pauta-se em diferentes modelos, como o biomédico, o psicodinâmico, o sociobiológico e o comportamental, entre outros. No modelo biomédico, por exemplo, os transtornos mentais são tratados como as outras doenças, uma vez que são considerados como resultado de anormalidades biológicas subjacentes (genéticas, bioquímicas ou neurológicas), enquanto que no modelo psicodinâmico, a causa principal são os processos psicológicos e psicossomáticos. Transtornos mentais orgânicos acontecem numa disfunção neuronal como o Alzheimer e os transtornos funcionais manifestam comportamentos anormais sem evidências de alterações fisiológicas neuronais. Por fim, no modelo comportamental não existe diferença entre o normal e o patológico, uma vez que ambas as situações resultam de um aprendizado no meio do indivíduo, destacando mais as influências ambientais do que as biológicas e genéticas.
Algo relevante em psicopatologia é a questão da normalidade. Tem-se como parâmetro, estatisticamente falando, que normal é o esperado, o comum, o que acontece com a maioria, em um grupo social, onde os padrões morais são a referência para o que é o esperado, e o que foge disto pode ser considerado indício de patologia. Há uma forte relação, portanto, entre saúde, normalidade e psicopatologia. O psicopatológico ocorre quando um indivíduo ou grupo comporta-se fora do que é esperado para certa sociedade, com alterações importantes e prejuízos significativos, causando acentuado grau de sofrimento a si mesmo e ou a seus familiares. Segundo a OMS, a saúde mental abarca uma gama de atividades ligadas de forma direta ou indireta ao bem estar, que se define no âmbito físico, mental e social, e não apenas na ausência de doença, o que engloba não só o comportamento manifesto, mas a sensação de bem estar.
A psicopatologia não caracteriza necessariamente uma alteração qualitativa no comportamento, mas sim uma alteração quantitativa. Uma tristeza é normal e às vezes necessária, como no luto, por exemplo. Mas o excesso de tristeza, num tempo prolongado em demasia, caracteriza uma depressão.
Referência bibliográfica
FERNANDEZ, Flora.– Psicopatologia: introdução e Definição . PSICOLOGADO https://psicologado.com/psicopatologia/psicopatologia-introducao-e-definicao ©Psicologado.com acesso em 18/8/2016.
WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. PSICOPATOLOGIA. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicopatologia. Acesso em 18/08/2016.
WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Normalidade, Saúde mental e Psicopatologia.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicopatologia - acesso em 17/08/2016.

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