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12/08/2015 1 Farmacologia I Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Bibliografia 12/08/2015 2 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Conteúdo programático • Introdução à Farmacologia • Farmacocinética • Farmacodinâmica • Farmacologia do Sistema Nervoso Autônomo • Adrenérgicos/Antiadrenérgicos • Colinérgicos/Anticolinérgicos • Bloqueadores Neuromusculares • 1ª UNIDADE Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Conteúdo programático • Introdução a Farmacologia do SNC ▫ Sedativos-hipnóticos ▫ Antidepressivos ▫ Antipsicóticos ▫ Anticonvulsivantes ▫ Antiparkisonianos • Anestésicos (locais e gerais) • Anti-inflamatórios (esteroidais e não esteroidais) • Anti-histamínicos • Analgésicos • 2ª UNIDADE 12/08/2015 3 Introdução à farmacologia Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Farmacologia • Estudo dos efeitos dos fármacos no funcionamento de sistemas vivos 12/08/2015 4 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Farmacologia Datas aproximadas > 3000 a.C. ~ 1600 d.C. ~1800 ~1900 ~1970 2000 Terapêutica Química Ciências biomédicas Comércio Porções mágicas Medicamentos à base de ervas Boticários Indústria farmacêutica Fármacos sintéticos Biofármacos Biologia molecular Bioquímica Patologia Fisiologia Farmacologia Produtos naturais Estrutura química Química sintética Farmacologia Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Definições básicas • Fármaco ▫ Substância química de estrutura conhecida o qual, quando administrada a um organismo vivo, produz um efeito biológico ▫ Princípio ativo • Medicamento ▫ Produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico ▫ É uma forma farmacêutica terminada que contém o fármaco, geralmente em associação com adjuvantes farmacotécnicos 12/08/2015 5 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Definições básicas • Droga ▫ Substância ou matéria-prima que tenha finalidade medicamentosa ou sanitária ▫ Usaremos esse termo para fármacos de abuso • Remédio ▫ Tudo aquilo que é aplicado com a intenção de combater a dor, doenças ou o que possa prejudicar o organismo Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Definições básicas • Farmácia ▫ Estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de dispensação e o de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica • Drogaria ▫ Estabelecimento de dispensação e comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais 12/08/2015 6 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Definições básicas • Preparação Magistral ▫ Medicamento preparado mediante manipulação em farmácia, a partir de fórmula constante de prescrição médica Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Definições básicas • Medicamento de referência ▫ Produto inovador registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no País, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal competente, por ocasião do registro 12/08/2015 7 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Definições básicas • Medicamento similar ▫ Aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica, preventiva ou diagnóstica, do medicamento de referência registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária, podendo diferir somente em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículos, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Definições básicas • Medicamento genérico ▫ Medicamento similar a um produto de referência ou inovador, que se pretende ser com este intercambiável, geralmente produzido após a expiração ou renúncia da proteção patentária ou de outros direitos de exclusividade, comprovada a sua eficácia, segurança e qualidade, e designado pela DCB (denominação comum brasileira) ou, na sua ausência, pela DCI 12/08/2015 8 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Definições básicas • Bioequivalência ▫ Condição que se dá entre dois produtos farmacêuticos que são equivalentes farmacêuticos e que mostram uma mesma ou similar biodisponibilidade segundo uma série de critérios. Para tanto, dois produtos farmacêuticos devem considerar-se como equivalentes terapêuticos Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Definições básicas • Dose ▫ Quantidade de medicamento que se administra de uma só vez • Forma Farmacêutica ▫ Estado físico no qual se apresenta um medicamento com o objetivo de facilitar seu fracionamento, posologia, administração, absorção e conservação. Ex.: Comprimidos, cápsulas, drágeas, injetáveis, xarope, suspensão, pomadas ou cremes 12/08/2015 9 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Nomenclatura do fármaco Nome de marca Nome Genérico Dose Nome do laboratório Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Nomenclatura do fármaco Nome Genérico Lei dos genéricos Tarja amarela e G de genérico 12/08/2015 10 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Introdução Farmacologia Farmacocinética Farmacodinâmica O que o organismo faz com o fármaco? O que o fármaco faz com o organismo? Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Introdução Farmacologia Farmacocinética Farmacodinâmica - Absorção - Distribuição - Metabolismo (biotransformação) - Excreção - Local de ação - Mecanismo de ação - Efeito 12/08/2015 11 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Concentração do fármaco na circulação sistêmica Concentração do fármaco no local de ação fármacos nos tecidos de distribuição fármacos metabolizados ou excretados Efeito farmacológico Resposta clínica Toxicidade Eficácia ABSORÇÃO DISTRIBUIÇÃO Dose do medicamento administrado Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Tétrade da farmacologia clínica • Prescritor • Fármaco • Paciente (idade, sexo, etnia, fatores genéticos, trangressão da posologia) • Ambiente (dieta, alcoolismo, tabagismo, estresse, ritmos diurnos/noturnos, etc 12/08/2015 12 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Tétrade da farmacologia clínica • Os efeitos dos fármacos podem variar, de indivíduo para indivíduo, de acordo com a influência de diversos fatores: • As principais fontes dessas variações afetam: Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Dose Prescrita Dose Administrada Concentração do fármaco no local de Ação Efeitos Farmacológicos 1 – Obediência do paciente 2 – Erros de medicação 3 – Taxa e magnitude da absorção 4 – Tamanho e composição do corpo 5 – Ligação às proteínas plasmáticas e tissulares 6 – Taxa de metabolismo e eliminação 7 – Variações fisiológicas 8 – Fatores patológicos 9 – Influência genética 10 – Interferências com outros fármacos e/ou alimento 11 – Aparecimento de tolerância e dessensibilização Brunton et al.,2010 12 – Interação fármaco-receptor 13 – Estado funcional do sistema 14 – Seletividade do fármaco 15 – Efeito placebo 16 – Resistência (antimicrobianos) 12/08/2015 13 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Uso Racional de Medicamentos • “Existe uso racional quando os pacientes recebem medicamentos apropriados a suas necessidades clínicas, em doses adequadas a suas particularidades individuais, por período de tempo necessário e com baixo custo para eles e sua comunidade.” Conferência Mundial sobre Uso Racional de Medicamentos, Nairobi, 1985 Farmacocinética 12/08/2015 14 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Introdução Farmacologia Farmacocinética Farmacodinâmica - Absorção - Distribuição - Metabolismo (biotransformação) - Excreção - Local de ação - Mecanismo de ação - Efeito Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Absorção • Transferência do fármaco do seu local de administração para o compartimento central 12/08/2015 15 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Absorção • Fatores que afetam a absorção do fármaco Ligados ao fármaco - Lipossolubilidade - Tamanho da molécula - Grau de ionização - Concentração Ligados ao organismo - Superfície de absorção - Circulação local - Influencia do pH Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Absorção • Classificação das barreiras biológicas ▫ Compostas por várias camadas de células Ex: pele ▫ Compostas por uma simples camada de célula Ex: mucosa gastrointestinal, túbulo renal ▫ Membrana plasmática propriamente dita, que recobre uma única célula 12/08/2015 16 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Absorção • Membrana plasmática www.teliga.net Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Absorção • De que maneira as moléculas atravessam as membranas celulares? www.biologyexams4u.com 12/08/2015 17 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Absorção • Difusão através da membrana ▫ Um fármaco irá penetrar numa célula até que as concentrações intracelular e extracelular deste fármaco sejam iguais Gradiente de concentração do fármaco através da membrana Espessura Área Permeabilidade da membrana Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Absorção • Difusão através da membrana 12/08/2015 18 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Absorção • Difusão através da membrana ▫ Maioria dos fármacos são ácidos e bases fracas sequestro pelo pH Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Absorção Peter et al., 2009 12/08/2015 19 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Absorção • Exercício: ▫ Sabendo que o fármaco (HA) é um ácido fraco (pKa = 4), responda: Qual forma que predominará (protonada ou neutra) no estômago (pH = 1) e no plasma (pH ~7)? Esse fármaco será capaz de difundir-se facilmente pela mucosa gástrica? Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Absorção • Exercício: 12/08/2015 20 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Absorção • Exercício: Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Absorção • Difusão através da membrana Molécula apolar (não-ionizada) lipossolúvel atravessa membrana Molécula polar (ionizada) hidrossolúvel não atravessa membrana Substância ácida estará mais ionizada em pH básico e vice-versa 12/08/2015 21 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Absorção • Biodisponibilidade Indica a velocidade e a extensão de absorção de um princípio ativo em uma forma de dosagem, a partir de sua curva concentração/tempo na circulação sistêmica ou sua excreção na urina Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Absorção • Biodisponibilidade A quantidade total de fármaco que alcança a circulação sistêmica pode ser quantificada, ao integrar o gráfico da área sob a curva (ASC) da concentração plasmática do fármaco versus tempo 12/08/2015 22 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Vias de administração • O que são formas farmacêuticas? ▫ São as diferentes formas físicas que os medicamentos podem ser apresentados, para possibilitar o seu uso pelo paciente Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Vias de administração • Quais são as formas farmacêuticas? ▫ Comprimidos ▫ Cápsulas, pós e granulados ▫ Xaropes ▫ Suspensão ▫ Soluções (gotas, nasais, colírios, bochechos e gargarejos e injetáveis) ▫ Supositórios, óvulos e cápsulas ginecológicas ▫ Aerossóis ▫ Pomadas, creme e gel 12/08/2015 23 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Vias de administração • Por que existem as diferentes formas farmacêuticas? ▫ Para facilitar a administração ▫ Garantir a precisão da dose ▫ Proteger a substância durante o percurso pelo organismo ▫ Garantir a presença no local de ação ▫ Facilitar a ingestão da substância ativa Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Vias de administração Medicamento Enteral Parenteral - Oral - Sublingual - Bucal - Retal - Intravenosa - Intramuscular - Subcutânea - Transdérmica - Intratecal - Intra-articular - Inalatória - Cutânea - Conjuntival - Genitourinária 12/08/2015 24 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Vias de administração • Enteral Oral ▫ Deglutição do medicamento absorção a partir do lúmen do TGI ▫ Fatores que afetam a absorção gastrintestinal Motilidade gastrintestinal Fluxo sanguíneo esplâncnico Tamanho da partícula e formulação Fatores físico-químicos www.enfermagemvirtual.net Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Vias de administração • Enteral Oral ▫ Vantagens Auto administração Baixo custo Atinge concentrações graduais menor possibilidade de intoxicação Indolor e de fácil aceitação pelo paciente 12/08/2015 25 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Vias de administração • Enteral Oral ▫ Desvantagens Quando se desejam efeitos imediatos Drogas irritantes gástricas Metabolismo de 1ª passagem Formação de compostos não-absorvíveis com o conteúdo gástrico Crianças e paciente inconsciente Paciente com êmese (vômitos) Fármacos com sabor desagradável Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Vias de administração • Enteral Sublingual ▫ Utiliza a mucosa sublingual ricamente vascularizada e com epitélio pouco espesso ▫ Útil para fármacos instáveis no pH gástrico ▫ Evita o metabolismo de 1ª passagem concursoparaenfermagem.blogspot.com 12/08/2015 26 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Vias de administração • Enteral Retal ▫ Aplicação pelo reto medicamentos atuam localmente ou produzirem efeitos sistêmicos ▫ Pacientes com vômitos e crianças que não sabem deglutir ▫ Supositórios podem sofrer metabolismo de 1ª passagem porção superior ▫ Alguns fármacos podem provocar irritação Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Vias de administração • Parenteral Inalatória ▫ Compreende a mucosa nasal até os alvéolos pulmonares ▫ Efeitos locais e sistêmicos ▫ Vantagens Permite a aplicação de pequenas doses com diminuição dos efeitos adversos ▫ Limitações Obstrução brônquica e excreção brônquica aumentada w w w .m a n u a lm e rc k .n e t 12/08/2015 27 Farmacocinética Profa. Ana Carolinade Carvalho Correia Vias de administração • Parenteral intravenosa ▫ Vantagens Efeito imediato 100% de biodisponibilidade não ocorre absorção Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Vias de administração • Parenteral intravenosa ▫ Desvantagens Necessita pessoal treinado Perigosa níveis do fármaco na circulação Incômodo para o paciente Alto custo Efeitos locais indesejáveis flebite, infecção, trombose ▫ Administração forma intermitente ou infusão contínua 12/08/2015 28 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Vias de administração • Parenteral intramuscular ▫ Absorção depende do fluxo sanguíneo local e do grupo muscular ▫ Vantagens Rápida absorção Por ser usada para fármacos à base de óleo enfermagem-sae.blogspot.com Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Vias de administração • Parenteral intramuscular ▫ Desvantagens Dor Desconforto Dano tecidual Hematoma 12/08/2015 29 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Vias de administração • Parenteral subcutânea ▫ Liberam pequenas e constantes quantidades de fármaco ▫ Início de ação lento ▫ Pode ser utilizada para fármacos à base de óleo ▫ Limitações Inadequada para grandes volumes e n fe rm a g e m -s a e .b lo g s p o t. c o m Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Vias de administração 12/08/2015 30 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Distribuição • É a distribuição do fármaco pelos diversos compartimentos corporais Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Distribuição • O fármaco precisa alcançar seu órgão ou órgãos-alvo em concentrações terapêuticas para exercer o efeito desejado sobre determinado processo fisiopatológico 12/08/2015 31 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Distribuição • Principais compartimentos ▫ Plasma (5% do peso corporal) ▫ Líquido intersticial (16%) ▫ Líquido Intracelular (35%) ▫ Líquido transcelular (2%) ▫ Tecido adiposo (20%) Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Distribuição • Distribuição dos fármacos em diferentes compartimentos corporais 12/08/2015 32 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Distribuição Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Distribuição • Volume de distribuição ▫ Representa o volume de líquido necessário para conter a quantidade total do fármaco absorvido no corpo, numa concentração uniforme equivalente à do plasma no estado de equilíbrio dinâmico 12/08/2015 33 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Distribuição • O volume de distribuição é relativamente baixo para fármacos que são principalmente retidos no compartimento vascular e relativamente alto para aqueles que sofrem ampla distribuição no músculo, tecido adiposo e outros compartimentos não-vasculares • Fatores que influenciam na distribuição do fármaco ▫ Ligação as proteínas plasmáticas ▫ Partição no tecido adiposo e outros tecidos do corpo Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Distribuição • Ligação as proteínas plasmáticas ▫ Substância não-ligada constitui a forma ativa do fármaco ▫ Muitos fármacos encontram-se na forma ligada • Proteínas plasmáticas ▫ Albumina fármaco ácido ▫ β-globulina ▫ Glicoproteína ácida fármaco básico 12/08/2015 34 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Distribuição Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Distribuição • Fármacos que não são lipossolúveis ficam confinados principalmente no plasma e no líquido intersticial • Fármacos que são lipossolúveis chegam a todos os compartimentos, podendo acumular no tecido adiposo 12/08/2015 35 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Eliminação Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Eliminação • Representa a exclusão irreversível de um fármaco ▫ Metabolismo envolve a conversão enzimática de uma entidade química em outra dentro do organismo ▫ Excreção consiste na eliminação do fármaco quimicamente inalterado ou de seus metabólitos do organismo 12/08/2015 36 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Metabolização • As principais vias pelas quais os fármacos e seus metabólitos são removidos do corpo ▫ Rins ▫ Sistema hepatobiliar ▫ Pulmões Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Metabolização • O fígado é o órgão que contém a maior diversidade e quantidade de enzimas metabólicas efeito de 1ª passagem ▫ Inativação do fármaco ▫ Ativação de fármacos (pró-fármacos) ▫ Facilitação da excreção (formar produtos mais polares, formar produtos menos lipossolúveis) 12/08/2015 37 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Metabolização Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Biotransformação • Reações de oxidação/redução • Reações de conjugação/hidrólise 12/08/2015 38 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Biotransformação • Reações de oxidação-redução ▫ As reações de oxidação transformam o fármaco em metabólitos mais hidrofílicos pela adição ou exposição de grupos funcionais polares, como grupos hidroxila (-OH), tiol (-SH) ou amina (-NH2) ▫ Pró-fármaco alterados metabolicamente (reações de oxidação/redução no fígado) forma ativa (fármaco) Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Biotransformação • Reações de oxidação-redução ▫ Oxidação dependente do sistema monooxigenase Citocromo P450 microssomal (CYP) Hemoproteínas Envolvidas no metabolismo de cerca de 75% de todos os fármacos 12/08/2015 39 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Biotransformação • Reações de oxidação-redução ▫ Oxidações Independentes do sistema monooxigenase Álcool desidrogenase Oxida os álcoois a seus derivados aldeído como parte do processo global de excreção Essas enzimas constituem a base da toxicidade do metanol O metanol é oxidado pela álcool desidrogenase a formaldeído, que causa considerável dano a alguns tecidos Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Biotransformação • Reações de oxidação-redução ▫ Oxidações Independentes do sistema monooxigenase Monoaminaoxidase (MAO) Responsável pela oxidação de compostos endógenos que contêm amina, como as catecolaminas e a tiramina e alguns fármacos 12/08/2015 40 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Biotransformação • Reações de conjugação/hidrólise ▫ Hidrolisam um fármaco ou conjugam o fármaco com uma molécula grande e polar para inativa-lo ou, mais comumente, para aumentar a sua solubilidade e excreção na urina ou na bile ▫ Proporcionam um segundo conjunto de mecanismos destinados a modificar os compostos para sua excreção ▫ Os grupos mais comumente adicionados incluem glicuronato, sulfato, glutationa e acetato Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Biotransformação • Reações de conjugação/hidrólise ▫ Podem resultar em ativação metabólica de pró-fármacos 12/08/2015 41 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Biotransformação • Reações de conjugação/hidrólise ▫ Recém-nascidos incapacidade de realizar essas reações UDP-glicuronil transferase (UDPGT) conjugação da bilirrubina no fígado excreção A deficiência congênita lactente corra risco de desenvolver icterícia neonatal níveis séricos de bilirrubina não-conjugada Encefalopatia por bilirrubina ou kernicterus Lesão significativa do sistema nervoso central Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Metabolização • Indução enzimática ▫ A estimulação da atividade das enzimas microssomais por fármacos e outras substâncias representa importante problema clínico ▫ Fármacos tais como analgésicos, anticonvulsivantes, hipoglicemiantes orais, sedativos e tranquilizantes estimulam a sua própria biotransformação e a de outras fármacos 12/08/2015 42 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Metabolização • Indução enzimática ▫ a velocidade de biotransformação hepática de um fármaco ▫ a velocidade de produção dos metabólitos ▫ a excreção de um fármaco ▫ as concentrações séricas de um fármaco livre e total ▫ os efeitos farmacológicos se os metabólitos forem inativos Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Excreção • Excreção renal ▫ O fluxo sanguíneo renal representa cerca de 25% do fluxo sanguíneo sistêmico total, assegurando uma contínua exposição de qualquer fármaco presente no sangue aos rins ▫ A taxa de eliminação dos fármacos através dos rins depende do equilíbrio das taxas de filtração, secreção e reabsorção de um fármaco 12/08/2015 43 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Excreção • Excreção renal ▫ Processos envolvidos Filtração glomerular Secreção tubular ativa Difusão passiva através do epitélio tubular Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Excreção CÁPSULA DE BOWMAN Filtração de todas as substâncias de baixo peso molecular TÚBULO PROXIMAL Secreção ativa de algumas drogas eletrolíticas fracas, especialmente ácidos. Reabsorção de água TÚBULO DISTAL Excreção passiva e reabsorção de drogas lipossolúveis. Reabsorção de água Excreção 12/08/2015 44 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Excreção • Excreção Renal ▫ A reabsorção é limitada primariamente através de sequestro pelo pH ▫ A mudança na velocidade do fluxo urinário através dos túbulos também pode modificar a taxa de reabsorção de fármacos débito urinário tende a diluir a concentração do fármaco no túbulo e a o tempo durante o qual pode ocorrer difusão facilitada Ambos os efeitos tendem a a reabsorção de fármacos Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Eliminação • pH e Ionização ▫ Ácidos e bases fracas ▫ A alcalinização da urina acelera a excreção de ácidos fracos e retarda a excreção de bases fracas Ex: intoxicação por barbitúrico ▫ A acidificação tem efeito oposto 12/08/2015 45 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Eliminação • Excreção Biliar ▫ A reabsorção de fármacos também desempenha um importante papel na excreção biliar ▫ As células hepáticas transferem diversas substâncias, incluindo fármacos para a bile membros da família de transportadores do conjunto de ligação do ATP Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Eliminação • Excreção Biliar ▫ Como o ducto biliar desemboca no trato gastrintestinal no duodeno, esses fármacos devem passar por toda a extensão do intestino delgado e do intestino grosso antes de serem eliminados ▫ Em muitos casos, esses fármacos sofrem circulação êntero- hepática reabsorvidos no intestino delgado retidos na circulação porta na circulação sistêmica 12/08/2015 46 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Resumo Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Farmacocinética Clínica • Existe uma relação entre os efeitos farmacológicos e a concentração disponível dos fármacos no sangue 12/08/2015 47 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Farmacocinética Clínica • Perfis farmacocinéticos de dois fármacos Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Farmacocinética Clínica • Depuração ou “clearance” ▫ É a capacidade de eliminação dos fármacos pelo organismo 12/08/2015 48 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Farmacocinética Clínica • Depuração ou “clearance” ▫ A concentração do fármaco no estado de equilíbrio no organismo será atingida quando a taxa de eliminação for igual a taxa de administração do fármaco ▫ Importância da manutenção das concentrações do fármaco em equilíbrio dentro da janela terapêutica Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Farmacocinética Clínica • Taxa de eliminação ▫ Cinética de Michaelis-Menten Cinética de 1ª ordem Cinética de saturação ordem zero A taxa de depuração não consegue aumentar com concentrações plasmáticas crescentes do fármaco ou da substância Ordem da cinética - a ordem de uma reação indica como a concentração do fármaco influencia a velocidade da reação 12/08/2015 49 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Farmacocinética Clínica • Meia vida ▫ É o tempo que determinada concentração do fármaco leva para reduzir-se a metade ▫ Origina dados para interpretação dos efeitos terapêuticos ou tóxicos, duração do efeito farmacológico, posologia Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Farmacocinética Clínica • Meia vida ▫ A posologia adequada mantém a concentração plasmática do fármaco em níveis terapêuticos desejados e constantes ▫ A concentração sanguínea do fármaco pode se elevar ou reduzir de acordo com o equilíbrio estabelecido entre a sua administração (doses) e sua eliminação 12/08/2015 50 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Farmacocinética Clínica • Meia vida ▫ Administração do medicamento em doses repetidas, a intervalos regulares concentração plasmática de equilíbrio ▫ O platô da concentração é mantido pela repetição das doses ▫ Eliminação ocorre em um período de tempo que varia de 4 a 6 meias vida da droga Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Farmacocinética Clínica 12/08/2015 51 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Farmacocinética Clínica Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Farmacocinética Clínica • As flutuações na concentração de um fármaco no estado de equilíbrio dinâmico dependem da frequência entre as doses 12/08/2015 52 Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Resumo Farmacocinética Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia anacarolinacc@yahoo.com.br
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