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TERRITÓRIOS - LIMITES TERRITORIAIS

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL – PUCRS
FACULDADE DE DIREITO
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
Professor: Dr. Elias Grossmann
SOBERANIA TERRITORIAL + ESPAÇO PÚBLICO INTERNACIONAL
1. Estado: “(...) um ente jurídico, dotado de personalidade internacional, formado de uma reunião (comunidade) de indivíduos estabelecidos de maneira permanente em um território determinado, sob a autoridade de um governo independente e com a finalidade precípua de zelar pelo bem comum daqueles que o habitam.” (MAZUOLLI, Valério de Oliveira. Curso de DIP. São Paulo: RT, 2007, p. 353)
2. Elementos constitutivos do Estado:
Território
População
Governo 
O Estado, como pessoa de DI, deve reunir os seguintes requisitos: a) população permanente; b) território determinado; c) Governo; e d) a capacidade de entrar em relações com os demais Estados. (Art. 1º. Da Convenção Panamericana de Montevidéu de 1933 sobre Direitos e Deveres dos Estados.)
4.A competência dos Estados a respeito do seu território é habitualmente descrita em termos de soberania e jurisdição.
5.Soberania: “é a forma jurídica abreviada de um certo tipo de personalidade jurídica, a da qualidade de Estado”
6.Jurisdição: “se refere a aspectos específicos de substância, em especial a direito (ou pretensões), liberdades e poderes.” (e.g. a imunidades) (BROWNLIE, Ian. Princípios de DIP. Lisboa: FKG, 1997)
7. Exercício da soberania:
Com imperium: exercendo jurisdição sobre a grande massa daqueles que nele se encontram,
Com dominium: regendo-o, segundo sua própria e exclusiva vontade. 
(MAZUOLLI, Valério de Oliveira. Curso de DIP. São Paulo: RT, 2007, p. 353)
8.Todo Estado tem de possuir um território.
O território é a base fundamental para o exercício do poder exclusivo do Estado no DI.
9.TERRITÓRIO:
Território – um espaço submetido à jurisdição de um Estado.
um lugar onde incide a soberania de um Estado (portanto, lugar onde se legitima um ordenamento jurídico do Estado moderno)
O lugar definido pelas normas internacionais como referível àquela soberania.
10.Domínio terrestre
Delimitação 
Demarcação 
11.Montanhas
Linha de cumeadas
Linha de partilha das águas (divortium aquarum) 
12.RIOS
Rios Nacionais: correm inteiramente dentro dos limites do Estado;
Rios Internacionais: quando atravessam ou separam os territórios de dois ou mais Estados. (regulamentação regida por normas internacionais)
RIOS
Contínuos: quando correm entre os territórios de dois Estados.
Sucessivos: quando atravessam os territórios de dois ou mais Estados.
13.Rios Internacionais
Critérios:
Rio pertence integralmente a um dos Estados ribeirinhos
Rio é comum a ambos os Estados ribeirinhos. 
Rio dividido (linha mediana e linha do talvegue)
14.Rios Internacionalizados: Reno; Mosela; Ganges; Congo; Nilo
15.Rio Amazonas
Decretos Imperiais n° 3.749 (1886) e n° 3.920 (1867) – o Brasil franqueou, por atos próprios e espontâneos, as águas do Rio Amazonas e seus afluentes à navegação comercial de todas as bandeiras.
	- Tocantins
	- São Francisco
Tratado de Cooperação Amazônica (1978)
15.Estreitos
São acidentes geográficos naturais que fazem comunicar dois mares entre si. 
A Convenção de Montego Bay reconhece o direito de passagem inocente nos estreitos.
16.Canais Internacionais
São vias artificiais de passagem e comunicação, criadas por meio do trabalho humano, que unem duas águas através do território de um Estado para facilitar a navegação entre dois mares. Tais canais estão, em princípio, sujeitos à exclusiva soberania do Estado em cujo território se encontram, não se lhes aplicando o direito de passagem inocente.
17.Direito do Mar
Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar
Assinada em Montego Bay (Jamaica) em 1982.
Entrou em vigor em 1994.
Ratificada pelo Brasil em 22.12.1988.
Introduz e consagra os conceitos de mar territorial, zona econômica exclusiva e plataforma continental.
Acordo Relativo à implementação da Parte XI da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (1994)
BR: Lei n° 8.617, de 04 de janeiro de 1993 Dispõe sobre o mar territorial, a zona contígua, a zona econômica exclusiva e a plataforma continental brasileiros, e dá outras providências.
18. Águas Interiores:Art. 8. Conv. Montego Bay
Interesse para o DIP: As águas interiores fazem parte do território nacional, onde o Estado exerce plenamente sua soberania.
Há interesse dessas águas para o DIP quando terras de diferentes Estados cercam essas áreas.
19.Mar Territorial: Art. 3 Conv. Montego Bay
É a faixa marítima que banha o litoral de um Estado e onde, até um limite pré-fixado, o mesmo exerce sua jurisdição e competência, inclusive no espaço aéreo.
Compreende uma faixa de 12 milhas marítimas a partir da costa do Estado.
20. Mar Territorial Brasileiro
O Decreto-Lei n° 1.098 de 1970 instituía o mar territorial brasileiro de 200 milhas marítimas. 
A Lei n° 8.617 de 1993 diminuiu o mar territorial brasileiro para 12 milhas marítimas, de acordo com a Convenção de Montego Bay.
21.Direito de Passagem Inocente
O Estado deve aceitar , em tempo de paz, o trânsito inofensivo de navios estrangeiros (quaisquer navios, mercantes ou de guerra) por suas águas territoriais.
Direito Costumeiro (Art. 17s. Conv. Montego Bay)
22.Jurisdição Civil
Jurisdição Penal
Art. 27, § 1° da Convenção de Montego Bay
Art. 89 Código de Processo Penal 
23. Zona Contígua
Art. 33 Convenção de Montego Bay
Lei 8.617, de 04.01.1993 – art. 4º - 5º. 
24. Zona Econômica Exclusiva (ZEE): Art. 55s. Conv. Montego Bay
(Lei 8.617, de 04.01.1993 – art. 6º. – 10º. 
25. Alto Mar
O alto-mar é considerado patrimônio comum da humanidade – conf. a declaração de 17.12.1970 da AG da ONU.
Coisa de uso livre e comum (res communis usus), destinada ao benefício de toda a sociedade internacional, o que exclui o direito de usar (jus utendi), gozar (fruendi) e dispor (abutendi). (Art. 86 Convenção Montego Bay)
26. LIBERDADES DO ALTO-MAR:Art. 87 Conv. Montego Bay
Navios em Alto Mar: .Art. 92 Conv. Montego Bay
27.Plataforma Continental:Art. 76s. Conv. Montego Bay
BR: Lei 8.617, de 04.01.1993. art. 11 - 13
28.Pré-Sal
O pré-sal está localizado além da área considerada como mar territorial brasileiro, mas dentro da região considerada Zona Econômica Exclusiva (ZEE) do Brasil. 
É possível que novas reservas do pré-sal sejam encontradas na área da plataforma continental.
29. Tribunal Internacional sobre direito do mar
The International Tribunal for the Law of the Sea (http://www.itlos.org/)
Hamburg (Alemanha)
ANEXO VI – Estatuto do Tribunal Internacional do Direito do Mar da
Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (1994)
30. Domínio Aéreo
O espaço aéreo pode ser dividido em dois espaços:
A – espaço aéreo (air space) – pertencente à jurisdição (absoluta) do Estado que se encontra logo abaixo deste. As aeronaves encontram-se regidas pelo direito aéreo. 
B – espaço exterior (outer space) – não pertence a nenhum Estado.
	“... o espaço cósmico, inclusive a Lua e os demais corpos celestes, não poderá ser objeto de apropriação nacional por proclamação de soberania, por uso ou ocupação nem por qualquer outro meio.” (art. II do Tratado do Espaço Sideral)
Assegurada na Convenção de Paris, de 1919 (art. 1º) e na Convenção de Chicago sobre Aviação Civil Internacional, de 1944 (art. 1º): “...todo Estado tem a soberania completa e exclusiva sobre o espaço aéreo em cima do seu território”.
31.Regulamentação:
Convenção de Paris de 1919 – O Estado tem a soberania completa e exclusiva sobre o espaço atmosférico acima do seu território.
Convenção de Chicago de 1944 (em vigor: 1947) - regulamenta a aviação civil internacional. (O sistema da Convenção de Chicago é composto de uma Conv., dois Acordos e 18 anexos)
Acordo das Bermudas 1946 (EUA e Inglaterra; maistarde (1976) Acordo das Bermudas II 
BRASIL: Código Brasileiro do AR (Decreto-lei n. 32, de 18.11.66)
32.Não existe no espaço aéreo qualquer garantia de passagem inocente. 
A passagem sobre o espaço aéreo de um Estado deve sempre ser AUTORIZADA.
33. As cinco Liberdades no Ar
Convenção de Chicago (membros da Organização da Aviação Civil Internacional – OACI)
a) liberdade de sobrevôo, que compreende a liberdade que têm os aviões de um Estado de sobrevoar sem escalas o território de outro;
b) liberdade de fazer escalas (desde que sem caráter comercial) para reparações técnicas, como para reabastecimento de combustível ou reparações em caso de defeito no equipamento;
c) liberdade de embarcar, no território de um Estado, mercadorias, passageiros e malas postais que tenham por destino o Estado da nacionalidade da aeronave;
d) liberdade de desembarcar, no território de um Estado, mercadorias, passageiros e malas postais que tenham sido colocadas a bordo no país a que pertence a aeronave; e
e) liberdade de embarcar passageiros, mercadorias e malas postais que se destinem ao território de qualquer Estado que participe da Convenção e o direito de desembarcar passageiros, mercadorias e correspondências originários de qualquer outro Estado-contratante.
34.Nacionalidade das Aeronaves
As aeronaves devem ter uma só nacionalidade.
Possuem natureza Pública ou Privada, levando-se em consideração a natureza do serviço prestado.
BR: Art. 5° do Código Penal; art. 90 Código de Processo Penal
Competências – justiça federal - Art. 109, inciso IX CF/88
Justiça Militar: art, 89 Codigo de Processo Penal.
35. DOMINIO PÚBLICO INTERNACIONAL
„Global commons“
Espaços internacionais comuns
Compreende o conjunto dos espaços cujo uso interessa a mais de um Estado;
Não estão sujeitos à soberania de nenhum Estado;
Não sujeitos à apropriação nacional;
Áreas abertas e disponíveis para serem utilizadas por todos os Estados (às vezes, sob determinadas condições).
Zonas Polares
Alto mar
Espaço aéreo sobrejacente ao alto mar
Fundos marinhos
Espaços ultraterrestres
36.POLO NORTE (Ártico) Segundo Mazzuoli (2007, p. 624), o regime jurídico aplicável ao PN não é distinto do aplicável ao Alto Mar. (Convenção das NU sobre o Direito do Mar, 1982).
37.POLO SUL (Antártica, círculo polar antártico, região austral) 
Antártida
Tratado da Antártica (Washington,1959) Brasil aderiu em 1975.
Convenção sobre a conservação dos recursos vivos marinhos antárticos (Camberra, 1980)
Convenção sobre o regime jurídico das atividades relativas aos recursos minerais da Antártica, (Wellington, 1988)
Protocolo ao Tratado da Antártica sobre Proteção ao meio ambiente (Madri, 1991)
Antártica
utilizável apenas para fins pacíficos. 
 liberdade de investigação científica 
 regime de não-militarização
38.FUNDOS MARINHOS
Convenção de Montego Bay chama de Área (ou Zona) o leito do mar na região dos fundos marinhos. Sobre essa Área repousam as águas do fundo do mar e o espaço aéreo respectivo.
Área “significa o leito do mar, os fundos marinhos e o seu subsolo além dos limites da jurisdição nacional”. (art. 133 CMBay)
FUNDOS MARINHOS
Espaço Internacional = Área fora dos limites da jurisdição do Estado.
A Área e seus recurso são “patrimônio comum da humanidade”.
 (art. 137 CMBay)
Administração da Área: Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos. 
Todo Estado-parte na Convenção de Montego Bay é, ipso facto, membro da Autoridade.
39.AUTORIDAD INTERNACIONAL DE LOS FONDOS MARINOS
Sede: Kingston - Jamaica www.isa.org.jm/en/default.htm 
40. Espaço Extra-Atmosférico (Espaço cósmico; Espaço sideral)
O espaço assim como os corpos celestes não podem ser objeto de nenhuma apropriação, podendo ser livremente explorados e utilizados por todos os Estados para finalidades exclusivamente pacíficas.
Natureza Jurídica: res communis omnium, 
41.Principais legislações sobre espaço exterior:
A primeira regulamentação jurídica foi feita pela AG da ONU, em 13.12.1963, que adotou a Declaração dos Princípios Jurídicos Reguladores das Atividades dos Estados na Exploração e Uso do Espaço Cósmico.
“Tratado sobre os princípios reguladores das atividades dos Estados na exploração e uso do espaço exterior, inclusive a Lua e demais corpos celestes” Também denominado “Tratado do Espaço Cósmico” ou “Tratado do Espaço Sideral”. Adotado pela AG da ONU e, 1966. (entrou em vigor internacional a 10-10-1976). Este tratado multilateral estabelece um conjunto de normas gerais sobre a utilização pacífica do espaço cósmico. Ainda é o principal documento do espaço cósmico. Acordo que rege as atividades dos Estados na Lua e nos demais corpos celestes”, de 03-07-1979. (Também chamado Tratado da Lua). A lua só deve ser utilizada para fins pacíficos.
Convenção sobre a responsabilidade internacional por danos causados por objetos espaciais, de 20-02-1972.
Convenção sobre a Matrícula de objetos espaciais, de 14-01-1975.
 
42.Responsabilidade Internacional
Convenção sobre a Responsabilidade Internacional por Danos Causados por Objetos Espaciais. aprovado pela AG da ONU, em 29/11/1971. em vigor: 29 de março de 1972.

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