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Direito Penal - Parte Especial - II

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DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL
Os crimes de estupro, assédio sexual, estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude atingem a faculdade de livre escolha do parceiro sexual. Sendo que essa faculdade pode ser violada por:
Violência ou grave ameaça: estupro
Fraude: violação sexual mediante fraude 
ESTUPRO – Artigo 213 do CP.
Conceito: É obrigar/coagir alguém, mediante violência REAL (física) ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso. Portanto, haverá estupro mesmo que não tenha ocorrido a conjunção carnal, desde que tenha sido praticado qualquer outro tipo de ato sexual.
Violência é toda forma de agressão ou força física para dominar a vítima e viabilizar a conjunção carnal ou outro ato de libidinagem.
Agressão são socos e pontapés, o ato de amarrar a vítima, de derrubá-la no chão e deitar-se sobre ela, etc.
Grave ameaça é a promessa de mal injusto e grave, a ser causado na própria vítima do ato sexual ou em terceiro.
Uma observação importante de exemplos de atos libidinosos é o caso do beijo lascivo, dado com eroticidade, que caracterizará o crime.
TIPO OBJETIVO
É o ato de constranger/obrigar/coagir. Este ato deve ser sério, que demonstre não ter a vítima aderido à conduta do agente, entretanto, a sua resistência não precisa ser necessariamente uma resistência heroica, aquela em que se luta até as últimas forças, porque, nesse caso, a vítima estaria correndo risco de morte.
Não é preciso ter um contato físico entre a vítima e o agente, basta que ele a obrigue, por exemplo, a se auto masturbar. Aliás, também não se exige que o agente esteja fisicamente envolvido no caso, de forma que o crime também se consumará quando a vítima é obrigada a realizar ato sexual em terceiro ou até em animais.
Portanto, o que é pressuposto do crime, em verdade, é o envolvimento corpóreo da vítima no ato de libidinagem.
OBS – Não se caracterizará estupro quando o agente, intencionalmente, se encosta na vítima aproveitando-se da lotação e do movimento de um coletivo, porque nesse caso, não houve violência física ou grave ameaça.
É possível a responsabilização penal por crime de estupro até mesmo em virtude de omissão, como por exemplo uma mãe que nada faz para evitar que seu companheiro mantenha relações sexuais com a filha de quinze anos de idade. Se a filha tinha menos de 14 anos, responderá por estupro de vulnerável.
SUJEITO ATIVO.
Pode ser praticado por qualquer pessoa, homem ou mulher, trata-se de crime comum. Portanto, mulher que obriga um homem a penetrá-la também responde por estupro, e homem que força outro homem ou mulher que força outra mulher à prática de sexo oral também responde por esse crime.
COAUTORIA E PARTICIPAÇÃO.
É Admito. Será considerado coautor aquele que empregar violência ou grave ameaça contra a vítima (ato executório), sem, entretanto, realizar conjunção carnal ou qualquer ato libidinoso com ela. 
Será partícipe quem concorrer para o crime sem realizar qualquer ato, como no caso de quem incentiva verbalmente um amigo a cometer o estupro.
SUJEITO PASSIVO.
Tanto a mulher quanto o homem podem ser vítimas de estupro. Caso o crime seja praticado por cônjuge, será aumentado da metade da pena.
CONSUMAÇÃO.
Consuma-se com a realização da conjunção carnal ou de qualquer outro ato libidinoso.
TENTATIVA.
É possível quando o agente emprega violência ou grave ameaça e não consegue realizar ato sexual com a vítima por circunstâncias alheias à sua vontade.
ELEMENTE SUBJETIVO.
É o dolo. Também configura-se o estupro quando o a intenção do agente é vingar-se da vítima, humilhando-a com a prática do ato sexual, ou quando o faz por motivo de aposta (2 casos em que a vontade do agente não é a de fazer sexo).
CONCURSO.
Quando duas pessoas em concurso revezam-se na prática da conjunção carnal, respondem por dois crimes de estupro (cada um responderá por estupro e coautoria do outro estupro). Poderá ser aplicado o crime continuado e haverá um aumento de um quarto na pena.
Quando o agente, em momentos diversos, mantém conjunção carnal com a mesma mulher, haverá crime continuado ou concurso material (quando ausente algum requisito do crime continuado)
Se em um mesmo contexto fático o agente estupra duas vítimas, responderá por dois crimes em continuação delitiva. O juiz poderá ATÉ triplicar a pena. Como no exemplo dado foram utilizadas duas vítimas, o juiz só poderia duplicar a pena.
Haverá concurso formal de crimes entre o estupro e o crime de perigo de contágio venéreo quando o agente, sabe, ou deve saber que está acometido de doença venérea, e mesmo assim, mantém relação sexual com a vítima, sem intenção de transmitir a doença.
Será considerado perigo de contágio venéreo de forma qualidade quando o agente, sabendo ou devendo saber da doença, pratica o ato sexual, querendo transmiti-la a vítima.
Se a conduta for praticada por ocasião de um estupro, também haverá concurso formal entre os crimes, entretanto, haverá o concurso formal IMPRÓPRIO, que determina a soma das penas quando o agente, com uma só ação, visa efetivamente produzir dois resultados.
ESTUPRO QUALIFICADO PELA IDADE DA VÍTIMA.
Se a vítima de estupro for maior de quatorze e menor de dezoito anos, a pena será de oito a doze anos. O reconhecimento desta qualificadora pressupõe que já tenha havido emprego de violência ou grave ameaça contra a vítima.
Se o crime for cometido no dia do aniversário de quatorze anos aplica-se a qualificadora.
ESTUPRO QUALIFICADO PELO RESULTADO.
Ocorrerá essa qualificadora quando a conduta resultar em lesão grave ou em morte. A lesão leve não qualifica o estupro pelo fato de que o crime por si só já absorve essa lesão.
Estas duas qualificadoras são PRETERDOLOSAS. Assim, pressupõem que haja dolo quanto ao estupro e culpa em relação ao resultado agravador. Este é o motivo do julgamento caber ao juízo singular e não ao tribunal do júri.
Caso contrário, se ficar demonstrado que houve dolo de provocar lesão grave ou morte, o agente responde por estupro simples em concurso material com o crime de lesão corporal grave ou homicídio doloso. Assim, se o agente estupra a vítima e em seguida a mata intencionalmente para assegurar a sua impunidade, responderá pelos crimes estupro simples em concurso material com homicídio qualificado.
Outro caso seria quando o agente não consegue estuprar a vítima, e por isso comete homicídio, e em seguida pratica ato libidinoso com o cadáver, responderá por tentativa de estupro simples, homicídio qualificado e vilipêndio a cadáver, em concurso material.
Como os crimes preterdolosos não admitem tentativa, se o estupro for apenas tentado mas o agente culposamente dá causa à morte da vítima, o crime estará consumado.
NATUREZA HEDIONDA.
O estupro, tanto na sua forma tentada quanto na forma consumada possui natureza hedionda.
Causas de aumento de pena.
A pena é aumentada de quarta parte, se o crime for cometido com o concurso de duas ou mais pessoas.
É aumentada da metade, se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou se por qualquer outro título tem autoridade sobre ela.
É aumentada da metade se do crime resultar gravidez. Entretanto, será necessário demonstrar que a gravidez foi resultante do ato sexual forçado.
A pena é aumentada de um sexo até metade se o agente transmite à vítima doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser portador.
AÇÃO PENAL.
Como regra, a ação penal é PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO. Entretanto, se a vítima for menor de dezoito anos, a ação será PÚBLICA INCONDICIONADA.
SEGREDO DE JUSTIÇA.
Os processos que apuram crime de estupro correm em segredo de justiça.
CASAMENTO DA OFENDIDA COM O ESTUPRADOR.
Não se pode cogitar de renúncia ou perdão em razão do casamento porque estes institutos são exclusivos da ação penal privada, e o estupro é de ação pública.
CASAMENTO DA VÍTIMA COM TERCEIRA PESSOA.
Não gera qualquer efeito.
A REVOGAÇÃODO ARTIGO 214 DO CP.
Não há que se falar em extinção da punibilidade para as pessoas já condenadas ou que estavam sendo acusadas pelo crime de atentado violento ao pudor, pelo fato de que a lei que revogou este crime, passou a tratar como crime de estupro todas as condutas que antes caracterizavam o atentado violento.
Só admite a extinção da punibilidade quando a nova lei deixar de considerar o fato como crime, o que não ocorreu.
2 . VIOLAÇÃO SEXUAL MEDIANTE FRAUDE. ARTIGO 215 CP
Conceito: Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém mediante FRAUDE ou OUTRO MEIO QUE IMPEÇA OU DIFICULTE A LIVRE MANIFESTAÇÃO DA VONTADE DA VÍTIMA.
Fraude – Qualquer meio iludente empregado para que a vítima tenha uma errada percepção da realidade e consinta no ato sexual.
A fraude tanto pode ser empregada para criar a situação de engano na mente da vítima, como para mantê-la em tal estado para que, assim, seja levada ao ato sexual.
Entretanto, não haverá crime quando o agente diz reiteradamente que ama uma moça apenas para que ela concorde em manter relação sexual com ele e este, após o ato, termina o relacionamento.
OBJETIVIDADE JURÍDICA. 
Liberdade sexual no sentido de consentir na prática de ato sexual sem ser ludibriado pelo emprego de uma frauda.
TIPO OBJETIVO.
Emprego de fraude para manter conjunção carnal ou qualquer outro ato libidinoso com a vítima. Caso o agente, no mesmo contexto fático e em face da mesma fraude, obtiver tanto a conjunção carnal como outro ato libidinoso, responderá por crime único e a pluralidade de atos sexuais deverá ser considerada pelo juiz na fixação da pena base.
O que o agente impede é a manifestação de vontade da vítima. Caso inviabilize sua capacidade de reação física pelo emprego de soníferos, anestésicos ou drogas, INCORRE NO CRIME DE ESTUPRO DE VULNERÁVEL.
SUJEITO ATIVO.
Pode ser qualquer pessoa, homem ou mulher. Portanto, trata-se de crime comum.
SUJEITO PASSIVO.
Pode ser qualquer pessoa, homem ou mulher. Caso o agente empregue fraude para obter ato sexual com pessoa menor de 14 anos, responderá apenas por crime de estupro de vulnerável, por esta ser mais grave.
CONSUMAÇÃO
No momento em que é realizado o ato sexual.
TENTATIVA.
É possível.
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA.
A pena é aumentada de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de duas ou mais pessoas.
A pena será aumentada de metade se do crime resultar gravidez.
INCIDÊNCIA CUMULATIVA DA PENA DE MULTA.
É possível a aplicação de multa se o crime for cometido com o fim de obter vantagem econômica.
AÇÃO PENAL.
É pública condicionada à representação, exceto se a vítima for menor de 18 anos, hipótese em que a ação é pública incondicionada.
SEGREDO DE JUSTIÇA.
Os processos que apuram esta modalidade de infração penal correm em segredo de justiça.
3 . ASSÉDIO SEXUAL.
Conceito – CONSTRANGER alguém com o intuito de OBTER VANTAGEM OU FAVORECIMENTO SEXUAL, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função.
Constranger – Incomodar, importunar, embaraçar.
CONDUTAS TÍPICAS.
As dificuldades em torno da prova tonaram raríssimas as condenações por esse tipo de delito.
Não basta, que o patrão conte uma anedota que faça a funcionária ficar envergonhada, uma vez que, nesse caso, não há propriamente assédio sexual. Também não configuram o delito os simples elogios ou gracejos eventuais e, tão pouco, um convite para antar. Entretanto, haverá crime se houver recusa da funcionária e o chefe começar a importuná-la com reiteradas investidas.
Como a lei não esclarece os meios de execução, todos devem ser admitidos, como atos, gestos, palavras, escritos, etc. Assim, poderá existir crime na conduta de pedir uma massagem à secretária, de trocar de roupa em sua presença, de apalpar-lhe as nádegas ou passar-lhe as mãos no cabelo, de pedir para ela experimentar um biquíni, de propor-lhe sexo para que seja promovida, para que não seja transferida, para que receba aumento, etc.
OBS – É SEMPRE NECESSÁRIO PARA A CONFIGURAÇÃO DO CRIME QUE O AGENTE TENHA SE APROVEITADO DO SEU CARGO.
SUJEITO ATIVO.
Pode ser homem ou mulher. O delito pode também envolver pessoa do mesmo sexo.
É necessário que o agente importune a vítima prevalecendo-se de sua superioridade hierárquica ou ascendência inerente ao exercício de emprego, cargo ou função. Portanto, uma conduta que constitua crime praticada pelo superior não o tipificará se realizada pelo subalterno contra seu chefe.
É atípico o assédio proveniente de relações domésticas, de coabitação e de hospitalidade, ou aquele proveniente de abuso de dever inerente a ofício ou ministério.
SUJEITO PASSIVO.
Qualquer pessoa, homem ou mulher, que seja subordinado ao agente ou que esteja sob sua influência.
ELEMENTO SUBJETIVO.
O crime só existe se o sujeito age com intenção de obter vantagem ou favorecimento sexual.
CONSUMAÇÃO.
Ocorre no exato instante em que o agente importuna a vítima, independentemente de obter a vantagem ou favorecimento sexual visados.
TENTATIVA.
É possível, como por exemplo na forma escrita.
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA.
A pena é aumentada de 1/3 se a vítima do assédio é menor de 18 anos. Entretanto, se a proposta de sexo seriamente feita, for a uma criança de onze anos, configura tentativa de estupro de vulnerável.
Aplicam-se ao crime de assédio sexual as causas de aumento de pena do artigo 226, cp, exceto o inciso II, porque, neste caso, constituiria bis in idem.
AÇÃO PENAL.
É pública condicionada à representação, exceto se a vítima for menor de 18 anos, hipótese em que será pública incondicionada.
SEGREDO DE JUSTIÇA.
Os processos que apuram esta modalidade de infração penal correm em segredo de justiça.
4 . ESTUPRO DE VULNERÁVEL.
Conceito – Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de quatorze anos, ou pratica com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.
OBJETIVIDADE JURÍDICA.
A dignidade sexual das pessoas vulneráveis.
TIPO OBJETIVO.
É estabelecido objetivamente como crime o ato de manter relacionamento sexual com uma das pessoas vulneráveis, AINDA QUE COM SEU CONSENTIMENTO.
Mesmo que se demonstre que a vítima já tinha tido relacionamentos sexuais anteriores com outras pessoas, se o agente for flagrado tendo com ela relação sexual, ciente de sua condição de vulnerável, deverá ser punido.
A única forma de se afastar o delito é pelo erro de tipo, quando o agente provar que, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, pensava que a moça, que concordou em ter com ele relação sexual, já tinha quatorze anos ou mais, por ter ela, por exemplo, mentido a idade e já ter desenvolvimento corporal avantajado.
Ao contrário do estupro, não se exige o emprego de violência física ou grave ameaça, de modo que, ainda que a vítima diga que consentiu no ato, estará configurada a infração, pois tal consentimento não é válido.
Entretanto, se houver emprego de violência física ou grave ameaça, haverá também crime de estupro de vulnerável e não a figura simples de estupro. Assim, com ou sem emprego de violência física ou grave ameaça, o crime será sempre o de estupro de vulnerável se a vítima se enquadrar em qualquer das hipóteses do artigo 217-A e seu §1°.
SUJEITO ATIVO.
Qualquer pessoa.
SUJEITO PASSIVO.
Qualquer pessoa vulnerável, homem ou mulher.
CONSUMAÇÃO.
No instante em que é realizada a conjunção carnal ou qualquer outro ato libidinoso.
TENTATIVA.
É possível.
 1.7 FORMAS QUALIFICADAS.
a) Se da conduta resulta lesão grave ou morte. Essas figuras qualificadas são preterdolosas, entretanto, se o agente quis ou assumiu o risco de provocar o resultado agravador, responderá por crime de estupro de vulnerável em sua modalidade simples em concurso material com crime de lesão grave ou homicídio doloso.
NATUREZA HEDIONDA.
Constitui crime hediondo.
1.9 CAUSAS DEAUMENTO DE PENA.
 Artigo 226, I
226, II
234-A, III e IV.
2.0 AÇÃO PENAL.
É SEMPRE PÚBLICA INCONDICIONADA.
2.1 SEGREDO DE JUSTIÇA.
OS processos que apuram esta modalidade de infração penal correm em segredo de justiça.

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