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Estratégia
C O N C U R S O S ^
Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da Receita Federal
Teoria e exercícios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa - 
Aula 06
AULA 06: 20. OPERAÇOES DE DUPLICATAS DESCONTADAS, CÁLCULOS E 
REGISTROS CONTÁBEIS. 21. OPERAÇÕES FINANCEIRAS ATIVAS E PASSIVAS, 
TRATAMENTO CONTÁBIL E CÁLCULO DAS VARIAÇÕES MONETÁRIAS, DAS 
RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS, EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS: 
APROPRIAÇÃO DE PRINCIPAL, JUROS TRANSCORRIDOS E A TRANSCORRER. 
22. DESPESAS ANTECIPADAS, RECEITAS ANTECIPADAS. 23. FOLHA DE 
PAGAMENTOS: ELABORAÇÃO E CONTABILIZAÇÃO. 24. PASSIVO ATUARIAL, 
DEPÓSITOS JUDICIAIS, DEFINIÇÕES, CÁLCULO E FORMA DE 
CONTABILIZAÇÃO. 25. OPERAÇÕES COM MERCADORIAS, FATORES QUE 
ALTERAM VALORES DE COMPRA E VENDA, FORMA DE REGISTRO E APURAÇÃO 
DO CUSTO DAS MERCADORIAS OU DOS SERVIÇOS VENDIDOS.______________
SUMÁRIO
0. MAIS UMA AULA. ........................................................................................................................................................ 2
1. ARRENDAMENTO MERCANTIL. ........................................................................................................................... 4
1.1 ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO..............................................................................................5
1.1.1 CONTABILIZAÇÃO DO ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO. ........................................6
1.1.2 RECONHECIMENTO INICIAL DO ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO. .................... 8
1.2 ARRENDAMENTO MERCANTIL OPERACIONAL. ..................................................................................... 8
1.2.1 CONTABILIZAÇÃO DO ARRENDAMENTO MERCANTIL OPERACIONAL. .....................................8
2. OPERAÇÕES FINANCEIRAS .................................................................................................................................. 8
2.1 VENDA A PRAZO, EMISSÃO DE DUPLICATA.............................................................................................8
2.2 DUPLICATAS DESCONTADAS............................................................................................................................ 10
2.3 OPERAÇÕES COM CHEQUE. ............................................................................................................................... 13
3. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS: APROPRIAÇÃO, PRINCIPAL, JUROS TRANSCORRIDOS E
A TRANSCORRER............................................................................................................................................................ 14
4. VARIAÇÕES MONETÁRIAS. .................................................................................................................................. 15
5. DESPESAS E RECEITAS FINANCEIRAS. ............................................................................................................ 15
6. DEPÓSITOS JUDICIAIS. ........................................................................................................................................... 17
7. DESPESAS ANTECIPADAS E RECEITAS ANTECIPADAS. .........................................................................18
8. FOLHA DE PAGAMENTOS: ELABORAÇÃO E CONTABILIZAÇÃO. .......................................................20
8.1. - VALOR DA FOLHA DE PAGAMENTOS. ...................................................................................................... 21
1.2.1.2.1 - ENCARGOS SOCIAIS. ................................................................................................................................ 22
8.2. - PROVISÃO PARA PAGAMENTO DE FÉRIAS. ............................................................................................23
8.3. - PROVISÃO PARA PAGAMENTO DE 13° SALÁRIO. ..............................................................................24
8.4. - SALÁRIO MÍNIMO E VALE TRANSPORTE. ..............................................................................................25
9. APLICAÇÕES FINANCEIRAS................................................................................................................................. 25
10. OPERAÇÕES COM MERCADORIAS. ................................................................................................................ 29
10.1. RESULTADO BRUTO COM MERCADORIAS. ......................................................................................... 29
10.2 - CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS. ................................................................................................29
10.2.1 - AVALIAÇÃO DO ESTOQUE..................................................................................................................... 29
10.2.2 - DEVOLUÇÕES. ................................................................................................................................................. 30
10.2.3 - DESCONTOS COMERCIAIS OU INCONDICIONAIS. ...........................................................................31
10.2.4 - ABATIMENTO................................................................................................................................................... 31
10.3. IMPOSTOS RECUPERÁVEIS. ............................................................................................................................ 32
10.4. COMPRA DE MATÉRIA PRIMA....................................................................................................................... 35
10.5. COMPRA DE ATIVO IMOBILIZADO.............................................................................................................. 36
10.6. COMPRA DE MERCADORIA POR EMPRESA COMERCIAL (AQUISIÇÃO DE INDÚSTRIA) .... 39
10.7 COMPRA DE MERCADORIA POR EMPRESA COMERCIAL (AQUISIÇÃO DE 
EMPRESA COMERCIAL).............................................................................................................................................. 39
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Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da Receita Federal
Teoria e exercícios comentados
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa - Aula 06
10.8. CONTROLE DE ESTOQUE..................................................................................................................................40
10.8.1. INVENTÁRIO PERIÓDICO:............................................................................................................................. 40
10.8.2. CONTA DE MERCADORIAS DESDOBRADA............................................................................................42
10.8.3. INVENTÁRIO PERMANENTE.........................................................................................................................43
10.8.3.1 PEPS, UEPS E PREÇO MÉDIO.......................................................................................................................43
10.8.3.1.1 - PEPS................................................................................................................................................................. 44
10.8.3.1.2 - UEPS................................................................................................................................................................ 44
10.8.3.1.3 - CUSTO MÉDIO............................................................................................................................................. 45
10.8.3.1.4 CUSTO ESPECÍFICO..................................................................................................................................... 47
10.8.3.1.5 MÉTODO DO VAREJO.................................................................................................................................47
11 - PASSIVO ATUARIAL..............................................................................................................................................48
11.1 - DEFINIÇÕES...........................................................................................................................................................49
11.2 - PLANOS DE CONTRIBUIÇÃO DEFINIDA....................................................................................................50
11.3 - PLANO DE BENEFÍCIOS DEFINIDOS........................................................................................................... 51
11.4 - RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO.......................................................................................................51
12. QUESTÕES COMENTADAS................................................................................................................................... 54
13. LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA.............................................................................99
14. GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS.............................................................................................. 119
0. MAIS UMA AULA...
Olá, futuros Auditor Fiscais da Receita Federal do Brasil. Como estão?!
Sejam muito bem-vindos a mais uma aula do nosso curso para o concurso de 
AFRFB.
Hoje, trataremos do seguinte tópico do nosso belo edital de contabilidade:
AULA DATA TÓPICOS
Aula 6 16/07/2014
20. Operações de Duplicatas descontadas, cálculos e registros 
contábeis. 21. Operações financeiras ativas e passivas, tratamento 
contábil e cálculo das variações monetárias, das receitas e despesas 
financeiras, empréstimos e financiamentos: apropriação de 
principal, juros transcorridos e a transcorrer. 22. Despesas 
antecipadas, receitas antecipadas. 23. Folha de pagamentos: 
elaboração e conta bilização. 24. Passivo atuarial, depósitos 
judiciais, definições, cálculo e forma de contabilização. 25. 
Operações com mercadorias, fatores que alteram valores de 
compra e venda, forma de registro e apuração do custo das 
mercadorias ou dos serviços vendidos.
O fórum de dúvidas está em pleno funcionamento! Pedimos que as dúvidas 
sejam encaminhadas preferencialmente ao fórum.
Nossos emails:
gabrielrabelo@estrategiaconcursos.com.br
lucianorosa@estrategiaconcursos.com.br
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Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da Receita Federal
Teoria e exercícios comentados
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa - Aula 06
Amigos, esta aula ficou muito grande. Mas agora é a hora de estudar, sem a 
pressão do edital.
Então, vamos aos estudos? Um abraço.
G a By íe í r j ABe I o/ L u c ía n o r o s a .
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Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da Receita Federal
Teoria e exercícios comentados
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa - Aula 06
1. ARRENDAMENTO MERCANTIL
Inicialmente, falaremos de um tópico que por diversas vezes já discorremos ao 
longo do curso: o arrendamento mercantil. Contudo, faz-se importante fixar 
bem este conceito, pois pode ser cobrado no próximo concurso.
Portanto, não se importem se repetimos, diversas vezes este conceito. Ele deve 
estar bem fixado por vocês.
Segundo a Lei 6.404/76:
Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do 
patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a 
análise da situação financeira da companhia.
§ 1° No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de 
liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:
II - ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, 
investimentos, imobilizado e intangível. (Incluído pela Lei n° 11.941, de 2009)
Ainda, continua...
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
IV - no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos 
destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou 
exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que 
transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens;
(Redação dada pela Lei n° 11.638,de 2007)__________________________________
Trata-se a parte grifada acima de beg s que não são de propriedade da empresa 
juridicamente, como os bens objetos de leasing.
O leasing, basicamente, pode ser de dois tipos: operacional e financeiro. A 
diferença entre um e outro reside principalmente no seguinte critério: O 
leasing transfere ou não os riscos e benefícios inerentes à propriedade.
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Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da Receita Federal
Teoria e exercícios comentados
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa - Aula 06
1.1 ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO
O arrendamento mercantil financeiro caracteriza-se basicamente por ser uma 
espécie de "aluguel" de um bem por determinado período, pagando-se, ao final 
do período do contrato, um valor pequeno caso seja exercida a opção de 
compra.
Na contabilidade, vige o princípio da primazia da essência sobre a forma. 
Portanto, entende-se que o exercício do arrendamento mercantil financeiro se 
trata, em verdade, de uma compra parcelada, por isso, tecnicamente, seria 
mais correto classificá-la como ativo de empresa que está arrendando.
Se se transferirem os riscos e benefícios de um bem ao longo do arrendamento, 
será classificado como leasing financeiro. Se não, como leasing operacional. E 
como saberemos se há ou não transferência dos riscos e benefícios? O tema 
está prescrito no CPC 06, que dispõe sobre o arrendamento mercantil.
Se os riscos e benefícios ficam com o arrendatário ^ arrendamento 
financeiro.
Se os riscos e benefícios ficam com o arrendador ^ arrendamento 
operacional.
Para se caracterizar um arrendamento financeiro, basicamente cinco 
características podem aparecer:
Principais características de um arrendamento financeiro
1) Transfere-se a propriedade ao final do contrato;
2) Valor residual mais baixo que o valor justo;
3) O prazo do arrendamento refere-se à maior parte da vida útil do ativo
4 ) O valor presente dos pagamentos totaliza substancialmente o todo o valor 
justo do ativo;
5) O ativo arrendado é de tal forma especializado, que apenas o arrendatário
pode usá-lo sem grandes modificações.______________________________________
Memorize os 5 itens acima. Não são difíceis, e uma questão pode não 
mencionar se o arrendamento é operacional ou financeiro, mas indicar uma ou 
mais das características acima.
Vamos exemplificar?
"A Cia ABC contratou o arrendamento de uma máquina construída 
especialmente para ser usada nas suas operações" (Arrendamento financeiro - 
item "5" acima).
"Um veículo foi arrendado por dois anos, com valor residual segundo a tabela 
da Revista 4 Rodas do final do contrato". Supondo que a tabela da Revista 4
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Rodas represente o valor justo do veículo, será arrendamento operacional (Não 
atende o item 2).
"Um veículo foi arrendado por dois anos, com valor residual de 500 reais". 
Nesse caso, teremos arrendamento financeiro, pois o valor residual é mais 
baixo que o valor justo (nenhum veículo com dois anos de uso custa apenas 
500 reais).
E qual a importância de saber isso? Aí está a questão. A depender do tipo de 
arrendamento, teremos tratamentos contábeis distintos. E, para sua sorte, 
esses tratamentos são cobrados em concurso.
Grave-se!!!! O bem objeto de leasing financeiro deve ser reconhecido no 
balanço patrimonial do arrendatário como ativo!
1.1.1 CONTABILIZAÇÃODO ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO
Exemplo: Arrendamento mercantil de um veículo, com valor justo de 20.000, o 
qual será pago em 4 prestações anuais de 6.200, sem valor residual.
A contabilização anterior de um arrendamento mercantil financeiro, outrora, era 
feita tão-somente pelo seguinte lançamento:
D - Despesa com arrendamento 6.200,00
C - Caixa/Bancos 6.200,00
Essa é a contabilização antiga. E ela era feita nestes moldes, pois o Fisco 
permitia que os valores pagos pudessem ser abatidos no cálculo do Imposto de 
Renda.
Hoje, a contabilização inicial mudou, ficando assim (para o mesmo exemplo):
D - Veículos 20.000
D - Juros a transcorrer (Redutora do passivo) 4.800
C - Arrendamento mercantil a pagar (Passivo) 24.800
O bem objeto de leasing financeiro deve ser reconhecido no ativo do 
arrendatário.
Temos de reconhecer os juros conforme o transcorrer do tempo, de acordo com 
o regime de competência. Aí, supondo um lançamento mensal e linear dos juros 
- método simples, faremos:
D - Despesa de juros (1.200/12 = 100/mês) 120,00
C - Juros a transcorrer 120,00
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Teoria e exercícios comentados
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OBS: os juros em regra são contabilizados pelo método exponencial (juros 
compostos). Apenas trabalhamos assim para facilitar o entendimento.
Por fim, ao término do contrato, quando o pagamento foi efetuado á 
arrendadora, lançaremos:
D - Arrendamento mercantil a pagar 24.800,00
C - Bancos conta movimento 24.800,00
Ademais, há que ser reconhecida a despesa de depreciação desse bem. Como o 
exemplo não falou o percentual, reconheceremos uma taxa de 20% ao ano 
(aceita pelo fisco).
D - Despesa de depreciação 4.000,00
C - Depreciação acumulada 4.000,00
Vejamos como a FCC abordou este tema na prova para Analista de Controle 
Externo do TCE GO:
(TCE GO 2009 - FCC) A empresa KKK adquiriu um veículo financiado que será 
pago em 30 prestações mensais de R$ 2.000,00 cada. O valor do veículo à vista 
(valor presente) é de R$ 45.000,00. De acordo com a Lei n° 11.638/07, a 
empresa deve reconhecer no momento da aquisição, em reais, um
(A) ativo de 45.000,00.
(b ) passivo financeiro de 15.000,00.
(C) passivo de 45.000,00 e uma despesa financeira de 15.000,00.
(D) ativo de 45.000,00 e uma despesa financeira de 15.000,00.
(E) ativo de 60.000,00 e uma receita financeira de 15.000,00.
Comentários:
A contabilização na aquisição é:
D - Ativo imobilizado (Ativo) 45.000
D - Juros a apropriar (retificadora do passivo) 15.000
C - Arrendamento a pagar (Passivo) 60.000
Portanto, a alternativa correta é a letra A.
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Teoria e exercícios comentados
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa - Aula 06
1.1.2 RECONHECIMENTO INICIAL DO ARRENDAMENTO MERCANTIL 
FINANCEIRO
Segundo o CPC que trata sobre o arrendamento mercantil financeiro - CPC 06:
20. No começo do prazo de arrendamento mercantil, os arrendatários devem 
reconhecer, em contas específicas, os arrendamentos mercantis financeiros 
como ativos e passivos nos seus balanços por quantias iguais ao valor justo da 
propriedade arrendada ou, se inferior, ao valor presente dos pagamentos 
mínimos do arrendamento mercantil, cada um determinado no início do 
arrendamento mercantil.
Assim, no reconhecimento inicial, usamos o valor justo, que é o valor de 
mercado do ativo. Mas, se o valor presente dos pagamentos for inferior, 
usaremos o valor presente.
Reconhecimento inicial = valor justo Ou valor presente dos pagamentos, dos 
dois o menor.
1.2 ARRENDAMENTO MERCANTIL OPERACIONAL
O arrendamento mercantil operacional é aquele que não transfere os riscos e 
benefícios ao arrendatário.
1.2.1 CONTABILIZAÇÃO DO ARRENDAMENTO MERCANTIL
OPERACIONAL
Vamos supor que uma empresa faça um arrendamento operacional de um 
veículo pelo prazo de dois anos, pagando o valor de 500 reais por mês. Nesse 
caso, a contabilização fica assim:
D - Despesa de arrendamento 
C - Bancos
2. OPERAÇÕES FINANCEIRAS
Comecemos a falar sobre as operações financeiras e, inicialmente, sobre as 
duplicatas.
2.1 VENDA A PRAZO, EMISSÃO DE DUPLICATA.
A duplicata é o título de crédito emitido com base em obrigação proveniente de 
compra e venda comercial ou prestação de certos serviços. Rege-se pela 
Lei 5.474/1968.
É conhecida por ser um título causal, ou seja, encontra-se vinculada à relação 
jurídica que lhe dá origem que é a compra e venda mercantil.
500
500
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Teoria e exercícios comentados
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Na contabilidade, como trabalhamos com o regime de competência, a receita de 
venda deve ser reconhecida na entrega da mercadoria, independentemente do 
recebimento, pois, neste momento, há a transferência da titularidade (a 
chamada tradição).
Assim, quando realizamos uma venda a prazo (e entregamos as mercadorias), 
faremos alguns lançamentos contábeis. Por exemplo, venda por R$ 1.000,00 de 
mercadorias que custaram R$ 700,00, sem a incidência de tributos, para 
recebimento em 30 dias.
Pelo registro da venda
D - Clientes/Duplicatas a receber (ativo) 1.000,00
C - Receita de vendas (resultado) 1.000,00
Pela baixa no estoque
D - Custo da mercadoria vendida (resultado) 700,00
C - Estoque de mercadorias para revenda (ativo) 700,00
Quando do recebimento da venda
D - Caixa/Bancos (ativo) 1.000,00
C - Clientes/Duplicatas a receber (ativo) 1.000,00
Imagine-se agora que o cliente pagou a mercadoria, em 31.01.X1, no valor de 
R$ 1.000,00, para recebimento em 31.03.X1, cujo custo é de R$ 700,00.
Quando do adiantamento
D - Bancos/Caixa (ativo) 1.000,00
C - Adiantamento de clientes (passivo) 1.000,00
Quando da entrega das mercadorias, em 31.03.X1
D - Adiantamento de clientes (passivo) 1.000,00
C - Receita de vendas (resultado) 1.000,00
Pela baixa no estoque
D - Custo da mercadoria vendida (resultado) 700,00
C - Estoque de mercadorias para revenda (ativo) 700,00
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Falaremos agora sobre o desconto de duplicatas. O procedimento teve mudança 
recente.
Os valores das duplicatas descontadas eram registrados em conta redutora do 
ativo circulante logo após a conta "duplicatas a receber". Esta conta recebia o 
nome de "duplicatas descontadas", tendo saldo credor.
O tratamento era o seguinte:
a) era creditada, pelo valor dos títulos, no momento em que era efetuada a 
operação de desconto e a instituição financeira faz o crédito em conta corrente 
da empresa;
b) era debitada no momento da liquidação do título pelo devedor ou quando a 
instituição financeira leva a débito em conta corrente da empresa por falta de 
pagamento por parte do devedor.
Os encargos financeiros debitados pela instituição financeira eram 
contabilizados como "encargos financeiros a transcorrer", já que se tratava de 
despesas antecipadas, sendo debitados por ocasião do desconto e creditados no 
momento em que a despesa era incorrida, observando-se o regime de 
competência.
Por exemplo:
Desconto de duplicatas no valor de R$ 1.000,00, com juros de 10%, para títulos 
com vencimento em 10 meses.
Contabilização:
1) Pelo registro do desconto creditado em conta:
D - Banco C/Movimento (Ativo Circulante)
C - Duplicatas Descontadas (Ativo Circulante)
1.000,00
1.000,00
2) Pelo registrodo débito bancário, relativo a juros e encargos sobre a 
operação:
D - Encargos Financeiros a Transcorrer (Ativo Circulante) 
C - Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante)
100,00
100,00
3) Com o transcurso dos meses e o registro pelo regime de competência:
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D - Despesa de juros (100/10)
C - Encargos financeiros a transcorrer
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10,00
10,00
4) Quando da liquidação da duplicata descontada pelo cliente:
D - Duplicatas Descontadas (Ativo Circulante) 
C - Duplicatas a Receber (Ativo Circulante)
1.000,00
1.000,00
Na hipótese do cliente não ter liquidado a duplicata e o banco debitar o 
respectivo valor na conta da empresa, então o lançamento será:
D - Duplicatas Descontadas (Ativo Circulante) 1.000,00
C - Banco C/Movimento (Ativo Circulante) 1.000,00
Era, basicamente, isso. Façamos agora o comentário de atualização.
Considerando o mesmo exemplo, com a aplicação das Normas Internacionais de 
Contabilidade, o critério que vige (de acordo com o FIPECAFI - Manual de 
Contabilidade Societária) no registro do desconto de duplicatas é o seguinte:
D - Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 900,00
D - Encargos Financeiros a Transcorrer (Ret. do Passivo Circulante) 100,00 
C - Duplicatas Descontadas (Passivo Circulante) 1.000,00
Perceba-se: a conta duplicatas descontadas foi agora para o passivo exigível! A 
conta encargos financeiros a transcorrer ficará retificando a conta duplicatas 
descontadas. É como se fosse um empréstimo, deixando-se as duplicatas como 
garantia.
Conforme o período da competência, lançaremos os juros:
D - Despesa de Juros (Resultado) 10,00
C - Encargos Financeiros a Transcorrer (Passivo exigível) 10,00
Com o recebimento do cliente, o lançamento será:
D - Duplicatas Descontadas (Passivo exigível) 1.000,00
C - Duplicatas a Receber (Ativo circulante) 1.000,00
Atenção: a ESAF entendeu, na prova de Auditor Fiscal da Receita Federal de 
2012, que a conta duplicata descontada deve ser evidenciada no passivo. Tal 
conclusão pode ser extraída do enunciado seguinte exarado pela banca na 
questão de n. 23, Prova III - Gabarito 1: São evidenciados no passivo os saldos 
finais das contas: (...) e) duplicatas descontadas e debêntures conversíveis em 
ações.
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Assevere-se, contudo, que nesta mesma prova esta banca deixou assente que o 
seu entendimento é pela conta encargos a transcorrer como conta do ativo 
(posição da qual discordamos).______________________________________________
Vamos ver uma questão da ESAF?!
(ESAF/AFRFB/2002.2) Em 01.10.01 foram descontadas duplicatas em banco.
Uma duplicata no valor de R$ 10.000,00, com vencimento para 10.11.01, não 
foi liquidada e o banco transferiu para cobrança simples, no dia do vencimento.
Em 01.12.01, após conseguir um abatimento de 30% no valor da duplicata, o
cliente liquidou a dívida junto ao banco, pagando, ainda, juros de R$ 70,00.
O registro contábil da operação realizada no dia 01.12.01 foi assim feito pelo
emitente da duplicata:
a) Diversos 
a Diversos
Abatimentos Concedidos 3.000,00
Bancos c/ Movimento 7.070,00 10.070,00
a Duplicatas a Receber 10.000,00
a Juros Ativos 70,00 10.070,00
b) Diversos 
a Diversos
Duplicatas Descontadas 10.000,00
Juros Ativos 70,00 10.070,00
a Bancos c/ Movimento 7.070,00
a Abatimentos Concedidos 3.000,00 10.070,00
c) Diversos 
a Diversos
Bancos c/ Movimento 7.070,00
Abatimentos Auferidos 3.000,00 10.070,00
a Duplicatas Descontadas 10.000,00
a Juros Ativos 70,00 10.070,00
d) Duplicatas Descontadas 
a Diversos
10.000,00 10.000,00
a Bancos c/ Movimento 7.000,00
a Abatimentos Auferidos 3.000,00 10.000,00
e) Diversos 
a Diversos
Duplicatas a Receber 10.000,00
Juros Ativos 70,00 10.070,00
a Abatimentos Obtidos 3.000,00
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a Bancos c/ Movimento 7.070,00 10.070,00
Comentários
Há uma pequena pegadinha na questão. Logo na primeira frase ela diz que 
houve desconto de duplicatas. Em seguida, diz que uma duplicata foi enviada 
para cobrança simples (mera remessa da duplicata para ser cobrada pelo 
banco). A cobrança simples é feita pelo banco, que cobra tão-somente despesas 
bancárias. Não se confunde com a operação de desconto.
Vejam que a questão não revela o valor das duplicatas que foram descontadas. 
Todavia, já sabemos que o lançamento (que vigia à época) é:
D - Bancos (ativo)
D - Encargos financeiros a transcorrer (ativo)
C - Duplicatas descontadas (retificadora do ativo)
A remessa da duplicata para cobrança simples não gera lançamento contábil. A 
concessão de abatimento é uma despesa para a empresa que está concedendo. 
Deste modo, 30% de 10.000 = 3.000,00. Ademais, computaremos também 
uma receita no montante de R$ 70,00 (receita).
O lançamento é o seguinte:
D - Abatimentos concedidos (despesa) 3.000,00
D - Bancos (ativo) 7.070,00
C - Duplicatas a receber 10.000,00
C - Receita de juros 70,00
Tal lançamento corresponde exatamente à assertiva a.
Gabarito ^ A.
(Atenção: essa é a resolução da época da questão (2002). Atualmente, 
as duplicatas descontadas são classificadas no Passivo).______________
Ok? Trataremos de mais questões deste assunto ao final da aula.
2.3 OPERAÇÕES COM CHEQUE
Assunto que é cobrado como pegadinha em muitos concursos é o tema 
recebimento e pagamento em cheque.
O recebimento em cheque é realizado através da tesouraria, ou seja, da conta 
caixa.
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Todavia, o pagamento em cheque é feito através de crédito na conta bancos 
conta movimento.
Pagamento em cheque ^ Sai dinheiro do banco.
Recebimento em cheque ^ Entra dinheiro no caixa.
3. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS: APROPRIAÇÃO, PRINCIPAL, 
JUROS TRANSCORRIDOS E A TRANSCORRER.
Agora, falaremos sobre os empréstimos recebidos de terceiros. O primeiro 
aspecto digno de nota é que a contabilização se dá com o recebimento dos 
recursos pela empresa. Se a sociedade ALFA assina um contrato de empréstimo 
em 01.01.X1, no montante de R$ 15.000,00, mas só recebe os recursos 
efetivamente em 05.01.X1, deverá fazer a contabilização tão-somente nesta 
última data.
Todavia, se em 01.01.X1, assina um contrato para receber R$ 5.000,00 em 
01.02.X1, R$ 5.000,00 em 01.03.X1 e R$ 5.000,00 em 01.04.X1, deverá fazer 
a contabilização conforme o recebimento da cada uma das prestações.
Suponhamos que a empresa receba uma quantia de R$ 10.000,00, para 
pagamento de R$ 12.000,00 ao final.
Neste caso, vamos lançar, quando do recebimento do empréstimo:
D - Bancos conta movimento (ativo) 10.000,00
D - Encargos financeiros a transcorrer (retificadora passivo) 2.000,00 
C - Empréstimos a pagar (passivo) 12.000,00
Com o transcurso de um período, lançaremos:
D - Encargos financeiros (resultado) 200,00
C - Encargos financeiros a transcorrer (retificadora passivo) 200,00
Por fim, com o lançamento do principal, lançaremos:
D - Empréstimos a pagar (passivo) 12.000,00
C - Bancos conta movimento (ativo)12.000,00
Sempre que o valor total da carga de juros for conhecido quando da 
apropriação do empréstimo, lançaremos como encargos financeiros a 
transcorrer.
Amigos, a conta encargos financeiros a transcorrer registra não só o valor dos 
juros, mas quaisquer despesas incorridas e diretamente relacionadas à 
captação dos recursos, devendo ser apropriada pelo regime de competência.
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Os encargos financeiros têm como contrapartida conta de despesa, exceto no 
caso de ativos qualificáveis. Ativos qualificáveis são aqueles que demandam 
substancial tempo para ficarem prontos para o uso que se pretende dar. Se, por 
exemplo, está sendo construído um grande navio, que necessita de recursos de 
financiamento para a sua fabricação, tendo juros embutidos no valor de R$
50.000,00, lançaremos:
D - Ativos em construção - encargos financeiros (ANC - Imob.) 50.000,00 
C - Financiamentos a pagar (PC ou PNC) 50.000,00
4. VARIAÇÕES MONETÁRIAS
Os empréstimos representam obrigações da empresa. Contudo, é conhecimento 
elementar da matemática financeira que o dinheiro não é moeda constante no 
tempo, isto é, sofre variações.
Uma subespécie desta variação é a atualização monetária. A variação monetária 
não deve ser tratada como encargo financeiro. Enquanto dissemos que os 
encargos financeiros são compostos pelos juros e demais despesas incorridas e 
diretamente relacionadas à captação de recursos, a variação monetária se 
trata, tão-somente, de atualização da dívida, caso essa condição tenha sido 
acordada.
O reconhecimento da variação monetária será tido através do seguinte 
lançamento contábil:
D - Variação monetária passiva 
C - Empréstimos/Financiamentos a pagar
Há que se ressaltar ainda que o registro é feito diretamente à conta que 
registra o valor do empréstimo. Não há necessidade de se separar em 
subgrupos, tal como fazemos com os encargos.
5. DESPESAS E RECEITAS FINANCEIRAS
Entre as receitas e despesas financeiras, destacam-se juros, descontos, 
atualizações monetárias, entre outras.
As despesas ou receitas financeiras incluem os juros. Todavia, segundo o 
FIPECAFI a variação monetária deve ser classificada separadamente, excedo se 
for uma atualização monetária prefixada, hipótese em que será classificada 
como despesa ou receita financeira.
Ademais, uma pegadinha recorrente em concursos é a conta juros sobre 
capital próprio. Embora figure com o nome de juros, esta conta não é uma 
despesa financeira, mas, sim, destinação do lucro, como forma de remuneração 
do capital dos sócios.
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Todavia, para efeitos de legislação do Imposto de Renda, a classificação deve 
ser conjunta - este é posicionamento da ESAF.
As principais contas de receita financeira são:
1) Descontos obtidos - São aqueles provenientes de pagamentos antecipados 
de duplicatas. Por exemplo, a empresa ALFA tem uma duplicata de R$ 1.000,00 
a pagar, e, caso liquide com 30 dias de antecedência, obterá um desconto de 
10%. Considerando que a empresa o fez, lançaremos:
D - Duplicatas a pagar (passivo) 1.000,0
C - Receitas financeiras (resultado) 100,00
C - Bancos conta movimento (ativo) 900,00
2) Juros ativos, juros recebidos, juros auferidos - São os juros que a empresa 
obtém de seus clientes, como remuneração de seu capital, que está sendo 
utilizado por terceiros ou atraso de pagamentos nas obrigações com a empresa.
O cliente Z tem uma obrigação com a minha empresa no montante de R$
5.000,00, para pagamento em R$ 31.01.X1. Sabe-se que o cliente só efetuou o 
pagamento em 31.03.X1. Incidem juros de 10% ao mês sobre o valor da 
venda. Neste caso, como houve dois meses de mora, lançaremos:
D - Bancos (ativo) 6.000,00
C - Duplicatas a receber (ativo) 5.000,00
C - Juros ativos (resultado) 1.000,00
3) Receitas sobre outros investimentos temporários - Registra as receitas 
obtidas em investimentos como, por exemplo, letra de câmbio.
4) Aluguéis ativos - Representa os aluguéis devidos à empresa.
Já as principais contas de despesas financeiras são:
1) Juros passivos, juros de empréstimos - representam os juros devidos em 
operações com terceiros.
2) Descontos concedidos, desconto financeiro, desconto condicional concedido - 
Atenção! Não podemos confundir o desconto condicional com o 
incondicional. Senão vejamos. O desconto condicional é aquele que depende 
de determinada condição a ser cumprida pelo cliente, como, por exemplo, a 
quitação antecipada de título de crédito, recebendo um desconto de 10%. Neste 
caso, a condição para que se aufira o bônus é que o cliente antecipe o 
pagamento. Não o fazendo, não receberá.
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Assim, se temos uma venda já registrada de R$ 1.000,00, e o cliente antecipa o 
pagamento, lançaremos:
D - Bancos (ativo) 900,00
D - Descontos financeiros concedidos (resultado) 100,00 
C - Clientes (ativo) 1.000,00
O desconto incondicional, por seu turno, é aquele concedido no momento da 
compra, independentemente de condição. Este não aparece como despesa 
financeira, mas, sim, como dedução da receita bruta de vendas, logo no início 
da demonstração do resultado do exercício.
3) Comissões passivas e despesas bancárias - São despesas cobradas pelos 
bancos e instituições financeiras, sejam em operações de desconto, seja em 
concessões de crédito.
Além destas, temos as variações monetárias, que podem ser ativas ou passivas. 
O FIPECAFI manda que sejam classificadas em grupo à parte, e não como 
despesa ou receita financeira. Todavia, as bancas de concurso não o fazem 
assim.
6. DEPÓSITOS JUDICIAIS
A conta depósitos judiciais é uma conta do ativo. Vez ou outra aparece 
assolando os concursos da área fiscal, como o ICMS RJ de 2007, realizado pela 
Fundação Getúlio Vargas.
Conceitua-se esta conta como valores depositados por ordem judicial e que 
estejam subordinados ou vinculados a uma causa ainda não transitada em 
julgado, ou seja, que esteja em pendência.
Suponha-se, assim, que a empresa ALFA seja devedora em determinada ação 
trabalhista. Como garantia o magistrado resolve realizar o bloqueio de alguns 
de seus bens, através do BACEN-JUD, no montante de R$ 15.000,00.
O lançamento de tal situação ficará do seguinte modo:
D - Bloqueio judicial/depósito judicial (AC ou ANC RLP) 15.000,00
C - Bancos conta movimento (ativo) 15.000,00
Outro exemplo é o caso clássico da discussão de tributos em juízo. Na 
pendenga, pode ou não haver o depósito do montante discutido. Suponha-se 
que a empresa ALFA foi autuada pelo fisco em R$ 2.000.000,00, levando a lide 
ao Poder Judiciário. Tal fato deverá ser contabilizado do seguinte modo:
D - Despesas com multa tributárias (resultado) 2.000.000,00
C - Obrigações tributárias a pagar (passivo) 2.000.000,00
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Existindo o deposito (para se esquivar do pagamento de juros de mora), 
contabilizaremos pelo seguinte lançamento:
D - Depósitos judiciais (AC ou ANC-RLP) 2.000.000,00C - Bancos conta movimento 2.000.000,00
Com o julgamento do mérito, as decisões podem ser em dois sentidos.
Favorável à empresa - nenhuma obrigação é devida
Lançamentos
D - Bancos conta movimento 2.000.000,00
C - Depósitos judiciais 2.000.000,00
D - Tributos a recolher 2.000.000,00
C - Reversão de despesas com multas tributárias 2.000.000,00
Desfavorável à empresa - a obrigação é devida
Lançamentos
D - Tributos a recolher 2.000.000,00
C - Depósitos judiciais 2.000.000,00
7. DESPESAS ANTECIPADAS E RECEITAS ANTECIPADAS
Já dissemos que na contabilidade vige o chamado regime de competência, 
segundo o qual as receitas e despesas são reconhecidas quando ocorrem, 
independentemente de pagamento ou recebimento.
Assim, a receita de venda de uma mercadoria é reconhecida quando da entrega 
da mercadoria, que é quando ocorre a tradição, a transferência da propriedade. 
A despesa com salários, por seu turno, é reconhecida quando do efetivo 
transcurso do mês trabalhado. Uma receita de aluguel é reconhecida quando o 
inquilino, por exemplo, utiliza o imóvel. Tudo isso, independentemente do 
recebimento ou pagamento.
Mas pode ocorrer de a empresa receber o valor de uma venda antes que efetue 
a referida entrega. Por que não?! Pode ocorrer de determinado funcionário pedir 
um adiantamento de salário antes de prestar efetivamente o serviço. Pode 
ocorrer ainda de minha empresa antecipar (devido a um período de bons 
lucros) todo o aluguel do ano subsequente. Todas essas hipóteses configuram 
as chamadas despesas e receitas antecipadas.
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A priori deve-se compreender que elas não são reconhecidas tão logo recebidas, 
mas tão-somente quando o período a que elas se referem chegar.
Exemplifiquemos. O cliente A paga para a empresa ALFA em 28.01.X1 a quantia 
de R$ 1.000,00, para recebimento de mercadorias em 20.04.X1. A receita só 
será reconhecida por ALFA quando da entrega das mercadorias ao cliente. Em 
contrapartida, quando o cliente efetua o pagamento à empresa, ele passa a ter 
direito a receber o produto. Direito para o cliente, obrigação para empresa.
Lançamento no recebimento em dinheiro:
D - Bancos (Ativo circulante) 1.000,00
C - Adiantamento de clientes (Passivo circulante) 1.000,00
No dia 20.04.X1, quando a mercadoria for entregue, devemos reconhecer a 
receita, pelo seguinte lançamento:
D - Adiantamento de clientes (Passivo circulante) 1.000,00
C - Receita de vendas (Receitas) 1.000,00
Esta é uma hipótese de receita antecipada.
Há que se distinguir a classificação de uma receita antecipada à conta de 
receitas diferidas, no passivo não circulante, e no passivo. No caso da 
antecipação do cliente, por exemplo, será gerada uma obrigação para a 
empresa, devendo ser registrada no passivo.
Todavia, o exemplo clássico de receita antecipada que seria registrada no 
passivo não circulante - receitas diferidas seria o aluguel recebido 
antecipadamente, quando não houver cláusula de restituição. A existência de 
cláusula de não restituição é importante. Todavia, a ESAF considera que a 
simples conta aluguéis ativos a vencer já deve ser classificada como receita 
diferida (o entendimento era válido para resultado de exercícios futuros e 
cremos que se manterá).
Agora, falemos um pouco sobre as despesas antecipadas. Segundo a lei 6.404:
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do 
exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do 
exercício seguinte;_______________________________________________
O termo destacado refere-se às chamadas despesas antecipadas.
Suponhamos que nossa empresa efetue, em 31.12.X1, o pagamento de R$
12.000,00, relativo ao seguro do prédio onde se encontram instalados todos os 
nossos ativos. De acordo com o regime de competência, a despesa só será
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incorrida quando houver transcorrido o período a que ela se refere. Porém, 
como o pagamento foi realizado antes, devemos realizar algum registro, para 
refletir corretamente os efeitos econômicos reais que se passam na sociedade. 
O lançamento, quando do pagamento antecipado, será:
D - Despesas antecipadas - adiantamento de seguro (ativo) 12.000,00 
C - Bancos (ativo) 12.000,00
Com o transcurso do primeiro mês, vamos lançar:
D - Despesas de seguros (resultado) 1.000,00
C - Despesas antecipadas - adiantamento de seguro (ativo) 1.000,00
E assim por diante, até que toda a despesa seja reconhecida.
8. FOLHA DE PAGAMENTOS: ELABORAÇÃO E CONTABILIZAÇÃO
Este assunto sempre se encontra presente em provas da ESAF (vide AFRFB 
2009 e 2012).
Os salários são registrados como despesa da empresa! O mesmo tratamento 
deve ser dado às contribuições e encargos trabalhistas que sejam ônus do 
empregador.
Assim, desconsiderado outros encargos, se tenho um funcionário que custa 
para a empresa o valor de R$ 5.000,00, lançaremos ao término do mês.
D - Despesa com salários 5.000,00
C - Salários a pagar 5.000,00
Este lançamento é para o salário provisionado. Caso o pagamento se dê ali, no 
ato, lançaremos:
D - Despesa com salários 5.000,00
C - Caixa/Bancos conta movimento 5.000,00
Agora, supondo que haja a incidência de FGTS e INSS.
Neste caso, devemos perquirir se os encargos são do empregador ou do 
empregado. Sendo do empregador, a empresa lançará como despesa, fora do 
montante previsto para o salário. Sendo do empregado, a empresa apenas 
reterá o valor, lançando-o como obrigação no passivo e reduzindo o montante a 
pagar aos empregados. Retém na condição de responsável.
Vejamos como a ESAF cobra este assunto:
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(ESAF/AFRFB/2009) Ao elaborar a folha de pagamento relativa ao mês de 
abril, a empresa Rosácea Areal Ltda. computou os seguintes elementos e 
valores:
Salários e ordenados
Horas-extras
Salário-família
Salário-maternidade
INSS contribuição Segurados
INSS contribuição Patronal
FGTS
R$ 63.000,00 
R$ 3.500,00 
R$ 80,00 
R$ 1.500,00 
R$ 4.800,00 
R$ 9.030,00 
R$ 5.320,00
Considerando todas essas informações, desconsiderando qualquer outra forma 
de tributação, inclusive de imposto de renda na fonte, pode-se dizer que a 
despesa efetiva a ser contabilizada na empresa será de
a) R$ 66.500,00.
b) R$ 87.230,00.
c) R$ 79.270,00.
d) R$ 77.630,00.
e) R$ 80.850,00.
Comentários
Salários e ordenados R$ 63.000,00 + Horas-extras R$ 3.500,00 + INSS 
contribuição Patronal R$ 9.030,00 + FGTS R$ 5.320,00 = R$ 80.850,00.
O salário família e maternidade são pagos pela empresa, porém, restituídos ao 
patrão pelo Estado! O lançamento do salário-família e salário-maternidade se 
dá do seguinte modo:
D - INSS a recolher (passivo circulante)
C - Salários a pagar (passivo circulante)
No histórico, especifica-se que se trata de recolhimento para o salário família.
O INSS dos segurados é despesa efetiva do próprio proletariado, e, portanto, 
não deve ser contabilizado como despesa da empresa.
Gabarito ^ E.
Vejamos o assunto com mais detalhes.
8.1. - VALOR DA FOLHA DE PAGAMENTOS
O custo da mão de obra deve incluir todos os encargos sociais, aprovisão de 
férias e a provisão de décimo terceiro salário. Mas, naturalmente, para
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Estratégia Contabilidade Gerai e Avançada para Auditor Fiscal da Receita Federai
1 .............. Teoria e exercícios comentados
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concursos, a questão pode indicar apenas alguns encargos. Devemos sempre 
seguir as instruções da questão.
Vamos ver rapidamente o cálculo das provisões de férias e décimo terceiro, e 
dos encargos sociais.
1.2.1.2.1 - ENCARGOS SOCIAIS
Os principais encargos são o INSS e o FGTS.
INSS: Há dois tipos de recolhimentos que as empresas realizam, para o INSS:
1) INSS retido do funcionário: as empresas descontam dos funcionários a 
contribuição previdenciária sobre o salário recebido, e posteriormente repassa o 
valor para o INSS. Não é despesa da empresa. Essa parcela do recolhimento 
ao INSS é devida pelo empregado. A empresa apenas desconta e repassa. O 
percentual de desconto varia de 8% a 11%, conforme a faixa salarial do 
funcionário.
Este valor não é incluído na provisão para férias, pois não é encargo da 
empresa.
Vamos ver como ficaria a contabilização do pagamento de salário no valor de 
R$ 1.000,00, com retenção do INSS de 9%:
D - Despesa de salário 1.000
C - INSS retido a recolher (Passivo) 90
C - Salários a pagar (Passivo) 910
Pelo pagamento do salário:
D - Salário a pagar 910
C - Caixa 910
Pelo recolhimento do INSS:
D - INSS retido a recolher 90
C - Caixa 90
Como se observa, o INSS do funcionário não é despesa para a empresa; e 
também não afeta o valor das despesas de salários ( a empresa apenas 
desconta e repassa, nada mais).
2) INSS patronal: Constitui um encargo da empresa, que deve recolher 20% 
do valor da folha salarial ao INSS.
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FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço): Também é encargo da 
empresa. Corresponde a 8% do valor do salário. O FGTS fica depositado numa 
conta, em nome do funcionário, e pode ser retirado quando o funcionário é 
demitido, ou em certos casos: compra de imóvel, doença, etc.
Há ainda outra contribuições, como o Seguro de Acidentes de Trabalho, Sebrae, 
Sesc, Senai, etc. Algumas são variáveis, como o SAT (seguro de acidente do 
trabalho), cuja alíquota depende do grau de risco da atividade.
Mas normalmente as questões informam o percentual de encargos sociais que 
deve ser considerado.
8.2. - PROVISÃO PARA PAGAMENTO DE FÉRIAS
Entre os direitos dos funcionários, encontra-se o direito às férias, após trabalhar 
um ano.
Mas, contabilmente, deve ser reconhecido 1/12 por mês, para observar o 
Princípio da Competência.
A legislação estabelece que o funcionário tem direito às férias, após um ano de 
trabalho; se for demitido antes de um ano, a empresa deve pagar férias 
proporcionais. Ou seja, o funcionário demitido após 9 meses de trabalho tem 
direito a 9/12 do salário, referente às férias proporcionais.
A provisão de férias é dedutível para efeito de Imposto de Renda, e deve ser 
calculada individualmente para cada funcionário.
A contagem de dias de férias a que o funcionário tem direito na data do 
enceramento das demonstrações financeiras será efetuada da seguinte forma:
1) Nos casos de períodos completos, após 12 meses de trabalho, o funcionário 
terá direito a férias na seguinte proporção:
Até 5 faltas 
De 6 a 14 faltas 
De 15 a 23 faltas 
De 24 a 32 faltas 
Acima de 32 faltas
30 dias corridos 
24 dias corridos 
18 dias corridos 
12 dias corridos 
perde o direito às férias.
2) Período incompleto: deverá ser constituída provisão para pagamento das 
férias proporcionais, com base em 1/12 avos do salário mais encargos por mês 
ou fração superior a 14 dias.
Além do salário, devem ser também provisionados os encargos e o adicional de 
férias (um terço).
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Abono de férias: Ao sair de férias, o funcionário tem direito ao Abono de 
férias, no valor de 1/3 do salário. O abono deve ser somado ao salário, para 
calculo dos encargos sociais.
Exemplo: Vamos considerar um funcionário com salário de R$ 1.000 reais e 
com direito a 10/12 avos de férias. A provisão de férias, com abono e encargos, 
ficaria assim (Obs: vamos calcular apenas o INSS patronal, de 20%, e o FGTS, 
de 8%, como encargos).
Salário 1.000,00
Base para provisão (10/12 avos) 833,00
Abono de férias (1/3) 277,67
Subtotal 1.110,67
INSS (20%) 222,13
FGTS (8%) 88,85
Total Provisão férias 1.421,65
Esse cálculo deve ser feito para todos os funcionários, um a um. A 
contabilização, para os funcionários da produção, entra como custo de mão-de- 
obra; para os outros funcionários, como despesa:
Funcionários da produção:
D - Custo de Mão de obra - provisão de férias 
C - Provisão de Férias (passivo circulante)
Outros funcionários (escritório)
D - Despesa admin. - provisão de férias (resultado)
C - Provisão de Férias (passivo circulante)
1.421.65
1.421.65
1.421.65
1.421.65
Observação: A empresa pode contabilizar separadamente cada parcela da 
provisão de férias (férias, abono, INSS a Recolher, FGTS a recolher) ou pode 
contabilizar um valor total e manter um controle à parte, extra-contábil.
8.3. - PROVISÃO PARA PAGAMENTO DE 13° SALÁRIO
é semelhante à provisão para férias. Deve ser apropriado 1/12 avos do salário 
por mês, mais encargos.
A fração igual ou superior a 15 dias de trabalho será considerada como mês 
integral.
A provisão para 13° é contabilizada como custo, para os funcionários da 
produção; e como despesa, para os outros funcionários.
Os encargos (INSS e FGTS) também devem ser provisionados.
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8.4. - SALÁRIO MÍNIMO E VALE TRANSPORTE
O valor do salário mínimo atualmente (julho de 2014) é de R$ 724,00.
Quanto ao vale transporte, funciona da seguinte forma: a empresa paga o valor 
que o funcionário gasta com transporte público (ônibus, metrô) e desconta 6% 
do salário do funcionário. Por exemplo, se determinado funcionário gasta R$ 
260,00 por mês e tem salário de $2.000,00 a empresa desconta 6% do salário 
(120 reais) e considera o excesso (260 - 120 = 140) como despesa com vale 
transporte (vai compor as despesas com folha de pagamento).
Uma questão recente:
(FUNDATEC/CAGE/RS/Auditor do Estado/2014) Numa determinada 
empresa, o vale transporte é concedido a alguns colaboradores que o 
solicitaram por ocasião da assinatura do contrato de trabalho. Um determinado 
funcionário recebe a importância mensal de R$ 1.600,00 e utiliza 4 vales 
transportes por dia de trabalho para deslocar-se de sua residência até o seu 
local de trabalho. Cada vale transporte custa R$ 2,85.Para o mês de janeiro de 
2013, este funcionário recebeu a quantia relativa a 22 dias de trabalho. O valor 
que o Setor de Pessoal procederá o desconto em folha de pagamento relativo 
ao vale transporte deste funcionário será:
A) R$ 96,00
B) R$ 125,40
C) R$ 250,80
D) R$ 342,00
E) R$ 346,80
Comentários
O valor total do vale transporte no mês de janeiro para esse funcionário é de R$ 
2,85 x 4 x 22 dias = R$ 250,80. O valor que a empresa pode descontar do 
saláriodo funcionário é $1.600,00 x 6% = R$ 96,00 (Gabarito da questão). A 
diferença de $258,80 - $96,00 = $154,80 é despesa da empresa.
Gabarito provisório ^ A___________________________________________
9. APLICAÇÕES FINANCEIRAS
Já vimos, nas aulas anteriores, como classificar e contabilizar as aplicações 
financeiras. Veremos, a seguir, dois aspectos que costumam levantar dúvidas. 
O primeiro refere-se à contabilização dos rendimentos financeiros.
Quando o valor dos juros já é conhecido no momento da aplicação (juros pré- 
fixados), devemos incluí-los na contabilização, como Juros Ativos a Vencer (ou 
"Rendimentos a Apropriar" ou "Juros a Apropriar").
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Exemplo: A empresa KLS efetuou uma aplicação financeira, no valor de 10.000, 
com prazo de 5 meses, e irá resgatar 11.000 ao final. Efetue a contabilização:
Na aplicação:
D - Aplicações financeiras (Ativo) 11.000
C - Juros Ativos a Transcorrer (retificadora do ativo) 1.000
C - Bancos (Ativo) 10.000
Pela apropriação mensal dos rendimentos (vamos usar juros simples, para 
facilitar os cálculos. Mas o correto é usar o método exponencial):
D - Juros Ativos a Transcorrer (retificadora do ativo) 200
C - Receitas Financeiras - Juros ativos (Resultado) 200
Ao final dos cinco meses, a conta retificadora do ativo "Juros Ativos a apropriar" 
está zerada (todo o seu valor foi transferido para Receita financeira). A 
contabilização, quando do recebimento, fica assim:
D - Banco (Ativo) 11.000
C - Aplicações financeiras (Ativo) 11.000
OBS: Essa forma de contabilização, com o uso da conta retificadora "Juros a 
Transcorrer" é aplicada também no caso de empréstimos ou financiamentos 
com juros pré-fixados._____________________________________________________
Juros pós - fixados: neste caso, não sabemos a priori qual será o valor dos 
rendimentos. Portanto, não usamos a conta retificadora "Juros a transcorrer".
Exemplo: A empresa KLS efetuou uma aplicação financeira, no valor de 10.000, 
que irá render a variação da taxa SELIC, no prazo de 5 meses.
Contabilização: No momento inicial, não sabemos qual será a taxa SELIC. 
Portanto, a contabilização será a seguinte:
D - Aplicações financeiras (Ativo) 10.000
C - Bancos (Ativo) 10.000
Após um mês, digamos que a Taxa Selic tenha sido de 1%.
Cálculo dos juros: 10.000 x 1% = 100
Contabilização:
D - Aplicação Financeiras (Ativo) 100
C - Receitas financeiras (Resultado) 100
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Este lançamento se repete mês após mês. Digamos que o valor dos juros, ao 
final dos 5 meses, seja de 800. Assim, o valor da conta Aplicação Financeira 
seria de 10.800. O recebimento da aplicação deve ser contabilizado assim:
D - Banco (Ativo) 10.800
C - Aplicações financeiras (Ativo) 10.800
Encargos financeiros: Vamos estudar agora uma importante alteração 
ocorrida na contabilização dos encargos financeiros.
Conforme o Pronunciamento CPC 08 - Custos de Transação e Prêmios na 
Emissão de Títulos e Valores Mobiliários:
Encargos financeiros são a soma das despesas financeiras, dos custos de 
transação, prêmios, descontos, ágios, deságios e assemelhados, a qual 
representa a diferença entre os valores recebidos e os valores pagos (ou a 
pagar) a terceiros._________________________________________________________
Assim, os encargos financeiros passam a incluir, além das despesas de juros, 
todas das despesas (e receitas) relativas à operação de captação, como taxas e 
comissões, prêmios recebidos, despesas com consultores financeiros, auditores, 
advogados, etc.
Antes, tais despesas eram contabilizadas diretamente o Resultado.
Atualmente, conforme o "Manual de Contabilidade Societária", Fipecafi, 2010, o 
valor a ser registrado no momento inicial da captação de recursos junto a 
terceiros deve corresponder aos valores líquidos recebidos pela entidade, sendo 
a diferença entre os valore pagos e a pagar tratada como encargos financeiros. 
Tais encargos devem ser apropriados ao resultado em função do prazo da 
operação.
Ressaltamos que, no caso de passivo classificado e avaliado pelo valor justo, 
com contrapartida diretamente no resultado, os encargos são amortizados na 
primeira avaliação ao valor justo, e não ao longo do prazo da operação.
Já foi cobrado em concurso:
(FCC/TRE AP/Analista Judiciário/Contabilidade) A empresa Financia Tudo 
S. A. é uma companhia de capital aberto e, em 31/10/2010, realizou duas 
operações:
I. Aquisição de um caminhão, por meio de arrendamento mercantil financeiro, 
para ser pago em 36 prestações mensais de R$ 5.000,00 cada. No entanto, se 
a empresa pagasse o caminhão à vista pagaria R$ 144.000,00.
II. Obtenção de empréstimo no valor de R$ 50.000,00 para ser pago em 18 
meses, em parcelas de R$ 3.335,11, com taxa de juros composta de 2% a. m.
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Para conceder o crédito, a instituição financeira cobrou no ato da contratação 
R$ 1.500,00.
Com base nessas informações, as duas operações em conjunto provocaram um 
aumento de
A) R$ 48.500,00 no ativo.
B) R$ 192.500,00 no passivo.
c ) R$ 194.000,00 no passivo.
D) R$ 228.500,00 no ativo.
E) R$ 230.000,00 no passivo.
Comentários:
I. Aquisição de um caminhão, por meio de arrendamento mercantil financeiro, 
para ser pago em 36 prestações mensais de R$ 5.000,00 cada. No entanto, se 
a empresa pagasse o caminhão à vista pagaria R$ 144.000,00.
Contabilização no momento inicial:
D - Imobilizado - Caminhão 144.000
D - Encargos financeiros a transcorrer (retificadora passivo) 36.000 
C - Arrendamento mercantil a pagar (passivo) 180.000
II. Obtenção de empréstimo no valor de R$ 50.000,00 para ser pago em 18 
meses, em parcelas de R$ 3.335,11, com taxa de juros composta de 2% a. m. 
Para conceder o crédito, a instituição financeira cobrou no ato da contratação 
R$ 1.500,00.
Contabilização no início:
D - Caixa 48.500,00
D - encargos financeiros a transcorrer (retificadora do passivo) 11.531,98 
C - Empréstimos a pagar (Passivo) 60.031,98
Ativo : +144.000 - 48.500 = 192.500
Passivo: -36.000 + 180.000 - 11531,98 + 60.031,98 = 192.500
Alertamos que, antes das alterações, o valor de $1.500,00, cobrado pela 
instituição financeira para conceder o crédito seria contabilizado diretamente no 
Resultado, como despesa. Agora, fica dentre de encargos financeiros a 
transcorrer, para ser apropriada pelo prazo do empréstimo.
Gabarito ^ B
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10. OPERAÇOES COM MERCADORIAS.
10.1. RESULTADO BRUTO COM MERCADORIAS
O Resultado Bruto com Mercadorias, Ou Resultado com Mercadorias equivale ao 
Lucro Bruto na Demonstração do Resultado.
Receita Bruta
(-) Deduções da Receita
— Devoluções de Vendas
— Cancelamento de Vendas
---- Descontos incondicionais concedidos
— Abatimentos concedidos
— Impostos sobre vendas (IPI, ICMS, PIS e COFINS)
— Ajuste a Valor Presente de Clientes 
(=) Receita Líquida
(-) Custo das Mercadorias Vendidas
(=) Lucro Bruto OU Resultado com Mercadorias.______Nesta aula, vamos examinar a apuração do CMV.
10.2 - CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS
10.2.1 - AVALIAÇÃO DO ESTOQUE
Como já falamos...
Custos do estoque
10. O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de 
transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à 
sua condição e localização atuais.
Custos de aquisição
11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os
impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao 
fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros 
diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. 
Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser 
deduzidos na determinação do custo de aquisição. (NR) (Nova Redação dada 
pela Revisão CPC n°. 1, de 8/01/2010)______________________________________
Assim, o custo de aquisição dos estoques compreende:
1) Preço de compra
2) Impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis). Os 
tributos recuperáveis são:
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a) Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade 
não cumulativa)
b) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na 
modalidade não cumulativa)
3) Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis 
à aquisição.
As devoluções, os descontos comerciais e os abatimentos devem ser deduzidos 
do custo de aquisição.
10.2.2 - DEVOLUÇÕES
A nota fiscal de devolução deve ser um espelho da nota fiscal de venda, 
incluindo todos os itens que nela aparecem.
Exemplo: vamos supor que a empresa KLS vendeu 10 unidades do produto X 
pelo preço unitário de $100, com IPI de 10% e ICMS de 18%. Além disso, 
concedeu um desconto comercial, que constou na Nota Fiscal, de 20%. A nota 
fiscal de venda fica assim:
10 unidades x preço unitário 100 = 1.000,00
(-) Desconto comercial concedido = (200,00)
IPI: ($ 1.000 x 10%) 100,00
ICMS ($ 800,00 x 18%) 144,00
Valor total da Nota Fiscal: 1.000 + IPI 100 - desconto 200 = $900,00
A empresa compradora devolve duas unidades. A nota fiscal de devolução ficará 
assim:
2 unidades x preço unitário 100 = 200,00
(-) Desconto comercial concedido = (40,00)
IPI: ($ 200 x 10%) 20,00
ICMS ($ 160,00 x 18%) 28,80
Valor total da Nota Fiscal de devolução:
Valor mercadoria 200 + IPI 20 - desconto 40 = $180,00
Repare que o total da NF de devolução corresponde a 20% do valor total da NF 
de venda, o que está de acordo com a quantidade devolvida (2 unidades de 
uma venda de 10 unidade).
SE na NF de venda constar desconto incondicional ou comercial, na NF de 
devolução também deve constar.
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Entretanto, se constar frete na NF de vendas e houver devolução parcial, o frete 
das unidades devolvidas deve sair do estoque, sendo transferido para o 
resultado, como despesa do exercício.
10.2.3 - DESCONTOS COMERCIAIS OU INCONDICIONAIS
São aqueles que são negociados no momento da compra, sem nenhuma 
condição. Exemplo: determinada mercadoria custa 100 reais a unidades, mas, 
na negociação, acaba saindo por 95 reais. O vendedor concede um desconto de 
5 reais, para realizar a venda. Esse tipo de desconto deve ser deduzido do custo 
do produto. Além disso, quando constar na nota fiscal, o desconto condicional é 
abatido da base de cálculo do ICMS e do PIS/COFINS, mas não da base de 
cálculo do IPI.
Exemplo: A empresa KLS vendeu produtos no valor de $10.000, e concedeu um 
desconto incondicional de $ 500, com IPI de 10% e ICMS de 18%, PIS de 
1,65% e Cofins de 7,6%.
Nota fiscal:
Valor da mercadoria 10.000
(-) Desconto concedido (500)
Cálculo do IPI: 10.000 x 10% = 1.000,00 
Cálculo do ICMS: 9.500 x 18% = 1.710,00 
Cálculo do PIS: 9.500 x 1,65 % = 156,75 
Cálculo do ICMS: 9.500 x 7,6% = 722,00
Valor total da NF: 10.000 + 1.000 - 500 = 10.500
Como se observa, o desconto incondicional ou desconto comercial não é abatido 
da base de cálculo do IPI, mas é abatido da base de cálculo do ICMS, e também 
do PIS e COFINS.
10.2.4 - ABATIMENTO
O abatimento ocorre num momento posterior à compra. Por exemplo, uma 
loja fecha um pedido de cadeiras por 100 reais a unidade e, quando recebe a 
mercadoria, a cor está diferente do que foi pedido. Nesse caso, o vendedor 
pode conceder um abatimento para que a mercadoria não seja devolvida. 
Digamos, um abatimento de 3 reais por unidade. Nesse caso, a Nota Fiscal é 
emitida por 100 reais a unidade, mas deverá entrar para o estoque apenas 97 
reais (sem considerar impostos ou outros custos).
O abatimento ocorre num momento posterior à compra. Por exemplo, uma 
loja fecha um pedido de cadeiras por 100 reais a unidade e, quando recebe a 
mercadoria, a cor está diferente do que foi pedido. Nesse caso, o vendedor 
pode conceder um abatimento para que a mercadoria não seja devolvida.
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Digamos, um abatimento de 3 reais por unidade. Nesse caso, a Nota Fiscal é 
emitida por 100 reais a unidade, mas deverá entrar para o estoque apenas 97 
reais (sem considerar impostos ou outros custos).
10.3. IMPOSTOS RECUPERÁVEIS
São os impostos não cumulativos, ou seja, a empresa pode se creditar do 
imposto cobrado nas operações anteriores. Compreendem o IPI, o ICMS, o PIS 
e o COFINS.
IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados: É um imposto "por fora", o que 
significa que não está incluído no preço do produto . Portanto, deve ser 
acrescentado ao preço. Normalmente, a questão informa qual a alíquota que 
deve ser considerada ou o valor do IPI.
ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços: è um imposto 
"por dentro", ou seja, já está incluído no preço da mercadoria ou produto. 
Possui várias alíquotas, sendo que normalmente a questão informa qual deve 
ser utilizada.
PIS - Programa de Integração Social: É um tributo "por dentro". Existe nas 
modalidades cumulativas e não-cumulativas. As alíquotas são:
Cumulativa: 0,65 %
Não-cumulativa: 1,65 %
COFINS - Contribuição para a Seguridade Social: É um tributo "por dentro". 
Existe nas modalidades cumulativas e não-cumulativas. As alíquotas são:
Cumulativa: 3,0 %
Não-cumulativa: 7,6 %
Observação: como estamos interessados nos aspectos contábeis, não
entraremos em maiores detalhes sobre os tributos, os quais podem ser 
estudados em Direito Tributário.
Impostos "por dentro" e "por fora". Vamos detalhar a forma de cálculo do 
IPI (por fora) e do ICMS (por dentro).
Normalmente, as questões informam o "preço da mercadoria" ou o "preço da 
compra". O preço inclui o ICMS (imposto "por dentro"), mas não inclui o IPI 
(imposto "por fora").
Exemplo: A empresa KLS adquiriu matéria-prima a prazo, ao preço de $1.000 
reais, com incidência de ICMS de 18% e IPI de 10%. Indique a contabilização. 
Cálculo do imposto:
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IPI: 1.000 x 10% = 100. Como o IPI não está incluído no preço, deve ser 
somado.
Valor da Nota Fiscal:1.000 + IPI 100 = $ 1.100 
ICMS: 1.000 x 18% = 180
Contabilização (considerando que os dois impostos são recuperáveis):
D - Estoque matéria prima 820
D - ICMS a recuperar 180
D - IPI a recuperar 100
C - Fornecedores 1.100
Já mencionamos que o preço da mercadoria inclui o ICMS, mas não o IPI. Mas 
devemos atentar para a seguinte "pegadinha": se a questão mencionar o "valor 
da Nota Fiscal" ou o "valor pago", este já inclui o IPI. Explicando melhor:
1) Empresa comprou 10 unidades de uma determinada mercadoria ao PREÇO 
TOTAL de R$ 1.000, com ICMS de 18% e IPI de 10%. Qual foi o valor total da 
Nota fiscal?
R: O preço inclui o ICMS (que é "por dentro") e não inclui o IPI ("por fora"). 
Assim, o total da NF será:
1.000 + 10% de IPI = 1100
2) Empresa comprou 10 unidades de uma determinada mercadoria PAGANDO O 
TOTAL de 1000, com ICMS de 18% e IPI de 10%. Qual foi o valor total da Nota 
fiscal?
R: Se o comprador pagou 1000, este é o valor total da NF., já com 10% de IPI 
incluso.
A ESAF já cobrou? Já, sim:
(ESAF/ MDIC/Analista de Comércio Exterior/2002) A empresa Três 
Ramos de Trevo realizou apenas duas vendas em agosto. Uma de 300 
unidades, no dia 15; e outra de 480 unidades, no dia 25.
O valor apurado foi o mesmo em cada operação, sendo a primeira a prazo e a 
segunda a vista. O valor total cobrado foi de R$ 5.280,00, correspondente ao 
preço de venda com incidência de ICMS de 17% e de IPI de 10%.
Exclusivamente com base nas informações acima, podemos dizer que o preço 
unitário de venda alcançado na operação do dia
a) 25 de agosto foi de R$ 5,00._____________________________________________
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Estratégia
C O N C U R S O S ^
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b) 25 de agosto foi de R$ 5,50.
c) 15 de agosto foi de R$ 6,64.
d) 15 de agosto foi de R$ 7,92.
e) 15 de agosto foi de R$ 8,80.
Comentários:
O valor apurado foi o mesmo em cada operação, e o valor total foi de $ 
5.280,00. Assim, o valor apurado em cada operação foi de $ 5.280 / 2 = $ 
2.640.
Esse foi o valor cobrado, que inclui o IPI de 10%. Para calcular o preço de 
venda unitário, devemos excluir o IPI (o preço inclui o ICMS, mas não o IPI).
$ 2.640 / 1,1 = $ 2.400
Preço unitário da venda do dia 15: $ 2.400 / 300 unid. = $ 8,00 
Preço unitário da venda do dia 25: $ 2.400 / 480 unid. = $ 5,00
Gabarito ^ A
Vamos ver, agora, como fica a contabilização do ICMS.
A empresa KLS comprou mercadorias, no valor de $10.000, as quais foram 
revendidas por $ 15.000. Nas operações de compra e venda, incidiu ICMS à 
alíquota de 18%. As operações foram realizadas a vista. Efetue a contabilização 
das operações, determine o valor do ICMS a Recolher e apure o lucro bruto.
Comentários
Icms sobre as compras: 10.000 x 18% = 1.800 
Icms sobre as vendas: 15.000 x 18% = 2.700
Contabilização da compra da mercadoria:
D - Estoque (Ativo) 8.200
D - Icms a recuperar (Ativo) 1.800
C - Caixa/bancos (Ativo) 10.000
Contabilização da venda:
Baixa do estoque:
D - Custo da mercadoria vendida (resultado) 8.200
C - Estoque (Ativo) 8.200
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Reconhecimento da Receita:
D - Caixa/bancos(Ativo)
C - Receita de Vendas (Resultado)
15.000
15.000
Contabilização do Icms sobre as vendas:
D - Despesa com Icms (Resultado) 
C - Icms a Recolher (Passivo)
2.700
2.700
Calculo do Icms a recolher: devemos confrontar o saldo das duas contas de 
ICMS ( a recuperar x a recolher). Se a conta Icms a recuperar for maior, o 
saldo passa para o próximo mês. Se a conta Icms a recolher for maior, a 
empresa deve recolher a diferença entre as contas. Para isso, vamos transferir 
o salda do ativo (ICMS a recuperar) para o passivo (ICMS a recolher).
D - Icms a recolher (passivo) 1.800
C - Icms a recuperar (Ativo) 1.800
Após esse lançamento, a conta Icms a recuperar fica com saldo zero, e a conta 
Icms a Recolher fica com saldo de $2.700 - $1.800 = $900.
Pelo recolhimento:
D - Icms a Recolher 900
C - Caixa/bancos 900
Repare que a empresa recolheu ICMS apenas sobre a diferença entre o preço 
de compra e o preço de venda. Esse é o mecanismo da não-cumulatividade. O 
imposto destacado nas operações anteriores é abatido do valor a recolher.
Apuração do Lucro Bruto:
Receita de vendas bruta 15.000
(-) Icms sobre vendas (2.700)
Receita líquida 12.300
(-) CMV (8.200)
Lucro Bruto 4.100
As bancas costumam cobrar apenas ICMS e IPI, nas questões sobre compra de 
matéria-prima e/ou mercadorias. Mas vamos examinar também a incidência de 
PIS e Cofins.
10.4. COMPRA DE MATÉRIA PRIMA
A empresa KLS adquiriu matéria-prima a prazo, com preço de $ 100.000,00, 
com IPI de 10%, ICMS de 18%, PIS de 1,65% e COFINS de 7,6%.
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Determine a contabilização.
IPI (100.000 x 10%) 10.000
Preço da Matéria Prima (sem IPI e com ICMS) 100.000
ICMS (100.000 x 18%) 18.000
PIS (100.000 x 1,65%) 1.650
COFINS (100.000 x 7,6 %) 7.600
OBS: Usaremos sempre esse formato de cálculo. A partir do preço da 
mercadoria (segunda linha na tabela), o IPI irá aumentar o valor da nota fiscal 
(é "por fora", lembra?). Por isso, colocamos o cálculo do IPI acima do preço da 
mercadoria. Já o ICMS, o PIS e a COFINS estão "dentro" do preço da 
mercadoria, assim não afetam o valor total da nota fiscal._____________________
Valor da Nota Fiscal: 100.000 + IPI 10.000 = 110.000 
Nesse caso, o IPI é recuperável. O valor do estoque é:
110.000 - 10.000(IPI) - 18.000 - 1.650 -7.600 = 72.750 
Assim, a contabilização é a seguinte:
D - Estoque 72.750
D - IPI a recuperar 10.000
D - ICMS a recuperar 18.000
D - PIS a recuperar 1.650
D - COFINS a recuperar 7.600
C - Fornecedores 110.000
10.5. COMPRA DE ATIVO IMOBILIZADO
A empresa LKS adquiriu uma máquina a prazo, para uso na produção, 
diretamente do fabricante, com preço de $ 100.000,00, com IPI de 10%, ICMS 
de 18%, PIS de 1,65% e Cofins de 7,E %.
Determine a contabilização.
O ICMS não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto 
sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre 
contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à 
comercialização, configure fato gerador dos dois impostos.
Neste caso, com se trata de aquisição de Ativo Imobilizado ( não é matéria- 
prima destinada à industrialização e nem mercadoria destinada à 
comercialização), o IPI será incluído na base de calculo do ICMS.
O IPI também será incluído na base de cálculo do PIS e COFINS, para o 
adquirente.
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(Obs: Para o vendedor, o IPI não integra a base de cálculo do PIS e COFINS)
IPI (100.000 x 10%) 10.000
Preço da Matéria Prima (sem IPI e com ICMS) 100.000
ICMS (110.000 x 18%) 19.800
PIS (110.000 x 1,65%) 1.815
COFINS (110.000 x 7,6 %) 8.360
Valor da Nota Fiscal: 100.000 + IPI 10.000 = 110.000 
Nesse caso, o IPI não é recuperável. O valor do imobilizado é:
110.000 - 19.800 - 1.815 - 8.360 = 80.025 
Assim,a contabilização é a seguinte:
D - Imobilizado 80.025
D - Icms a recuperar 19.800
D - PIS a recuperar 1.815
D - Cofins a recuperar 8.360
C - Fornecedores 110.000
A Lei Complementar 87/96 (Lei Kandir) estabelece que a aquisição de ativo 
imobilizado também dá direito aos créditos de ICMS. Mas a compensação deve 
ser feita em 48 meses, ou seja, o valor do Icms na aquisição será compensado 
na proporção de 1/48 avos por mês.
Com relação ao PIS e COFINS: as máquinas, equipamentos e outros bens 
incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos ou fabricados para locação a 
terceiros ou para utilização na produção de bens destinados à venda ou na 
prestação de serviços dão direito ao crédito do PIS e COFINS, na modalidade 
não cumulativa.
O valor do crédito era determinado inicialmente mediante a aplicação da 
alíquota de 1,65% para o PIS e de 7,6 % para o COFIN sobre o valor dos 
encargos de depreciação e amortização dos bens, incorridos no mês.
A Lei n° 10.865/2004 determinava que os contribuintes poderiam optar pelo 
desconto, no prazo de 48 meses, através da apropriação de 1/48 avos por mês 
do valor do crédito.
A Lei n° 11.774, de 17 de setembro de 2008, alterou o prazo, reduzindo para 
12 meses (1/12 avos por mês).
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Portanto, a partir da Lei 11.774, as empresas podiam optar por apropriar o 
crédito referente ao PIS/COFINS sobre as aquisições para o Ativo Imobilizado 
proporcionalmente à depreciação ou em 12 meses.
Agora houve outra alteração. Confira como ficou:
Lei 11.774/08, alterada pela Lei 12.546/2011:
Art. 1o As pessoas jurídicas, nas hipóteses de aquisição no mercado interno ou 
de importação de máquinas e equipamentos destinados à produção de bens e 
prestação de serviços, poderão optar pelo desconto dos créditos da Contribuição 
para o Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do 
Servidor Público (PIS/Pasep) e da Contribuição para Financiamento da 
Seguridade Social (Cofins) de que tratam o inciso III do § 1° do art. 3° da Lei 
n° 10.637, de 30 de dezembro de 2002, o inciso III do § 1° do art. 3° da Lei n° 
10.833, de 29 de dezembro de 2003, e o § 4° do art. 15 da Lei n° 10.865, de 
30 de abril de 2004, da seguinte forma: (Redação dada pela Lei n° 12.546, de 
2011)
I - no prazo de 11 (onze) meses, no caso de aquisições ocorridas em agosto 
de 2011; (Incluído pela Lei n° 12.546, de 2011)
II - no prazo de 10 (dez) meses, no caso de aquisições ocorridas em setembro 
de 2011; (Incluído pela Lei n° 12.546, de 2011)
III - no prazo de 9 (nove) meses, no caso de aquisições ocorridas em outubro 
de 2011; (Incluído pela Lei n° 12.546, de 2011)
IV - no prazo de 8 (oito) meses, no caso de aquisições ocorridas em novembro 
de 2011; (Incluído pela Lei n° 12.546, de 2011)
V - no prazo de 7 (sete) meses, no caso de aquisições ocorridas em dezembro 
de 2011; (Incluído pela Lei n° 12.546, de 2011)
VI - no prazo de 6 (seis) meses, no caso de aquisições ocorridas em janeiro de 
2012; (Incluído pela Lei n° 12.546, de 2011)
VII - no prazo de 5 (cinco) meses, no caso de aquisições ocorridas em fevereiro 
de 2012; (Incluído pela Lei n° 12.546, de 2011)
VIII - no prazo de 4 (quatro) meses, no caso de aquisições ocorridas em março 
de 2012; (Incluído pela Lei n° 12.546, de 2011)
IX - no prazo de 3 (três) meses, no caso de aquisições ocorridas em abril de 
2012; (Incluído pela Lei n° 12.546, de 2011)
X - no prazo de 2 (dois) meses, no caso de aquisições ocorridas em maio de 
2012; (Incluído pela Lei n° 12.546, de 2011)
XI - no prazo de 1 (um) mês, no caso de aquisições ocorridas em junho de 
2012; e (Incluído pela Lei n° 12.546, de 2011)
XII - imediatamente, no caso de aquisições ocorridas a partir de julho de
2012. (Incluído pela Lei n° 12.546, de 2011)________________________________
Assim, para as aquisições ocorridas a partir de julho de 2012, o 
comprador poderá se creditar imediatamente do PIS/COFINS.
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10.6. COMPRA DE MERCADORIA POR EMPRESA COMERCIAL 
(AQUISIÇÃO DE INDÚSTRIA)
A empresa KLS adquiriu mercadoria a prazo, diretamente do fabricante, com 
preço de $ 100.000,00, com IPI de 10%, ICMS de 18%, PIS de 1,65% e 
COFINS de 7,6%.
Determine a contabilização.
Neste caso, o IPI não é recuperável. Como se trata de mercadoria destinada à 
comercialização, o IPI não entra na base de cálculo do ICMS.
Mas, como será incorporado ao custo do estoque, o IPI entra na base de cálculo 
do PIS e do COFINS. Chamamos a atenção para esse caso, em particular. A 
base de cálculo do ICMS será diferente da base de cálculo do PIS e COFINS.
Vamos aos cálculos:
IPI (100.000 x 10%) 10.000
Preço da Matéria Prima (sem ipi e com icms) 100.000
ICMS (100.000 x 18%) 18.000
PIS (110.000 x 1,65%) 1.815
COFINS (110.000 x 7,6 %) 8.360
Valor da Nota Fiscal: 100.000 + IPI 10.000 = 110.000 
Nesse caso, o IPI não é recuperável. O valor do estoque é:
110.000 - 18.000 - 1.815 -8.360 = 81.825 
Assim, a contabilização é a seguinte:
D - Estoque 81.825
D - ICMS a recuperar 18.000
D - PIS a recuperar 1.815
D - COFINS a recuperar 8.360
C - Fornecedores 110.000
10.7 COMPRA DE MERCADORIA POR EMPRESA COMERCIAL (AQUISIÇÃO 
DE EMPRESA COMERCIAL)
A empresa LKS adquiriu mercadoria a prazo, de uma empresa comercial, com 
preço de $ 100.000,00, ICMS de 18%, PIS de 1,65% e Cofins de 7,6%.
Determine a contabilização.
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Este é o caso mais fácil, por isso deixamos para o final. Como a empresa 
vendedora é uma empresa comercial, não há IPI. Os cálculos ficam assim:
Preço da Matéria Prima (sem IPI e com ICMS) 100.000
ICMS (100.000 x 18%) 18.000
PIS (100.000 x 1,65%) 1.650
COFINS (100.000 x 7,6 %) 7.600
Valor da Nota Fiscal: 100.000 
Nesse caso, não há IPI. O valor do estoque é:
100.000 - 18.000 - 1.650 -7.600 = 72.750 
Assim, a contabilização é a seguinte:
D - Estoque 72.750
D - ICMS a recuperar 18.000
D - PIS a recuperar 1.650
D - COFINS a recuperar 7.600
C - Fornecedores 100.000
Os cálculos e a contabilização dos impostos normalmente provocam algumas 
dúvidas. Mas, com os esquemas que detalhamos acima, ficou mais fácil, não é?.
Quanto ao cálculo dos impostos nas operações de vendas, serão estudadas na 
aula sobre DRE.
10.8. CONTROLE DE ESTOQUE
O controle pode ser feito através do inventário permanente ou do inventário 
periódico.
10.8.1. INVENTÁRIO PERIÓDICO:
Os estoques são avaliados na data do balanço, através do inventário físico. Para 
calcular o valor do Custo das Mercadorias Vendidas, usamos a fórmula:
Estoque inicial + compras - CMV = Estoque final
A qual pode ser reescrita assim:
CMV = Estoque inicial + Compras - Estoque final.
No sistema de inventário periódico, usamos a Conta Mista Mercadorias. 
Nessa conta, lançamos o estoque inicial e as compras a débito; e lançamos as
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vendas a crédito. No final do período, ao apurar o estoque final, podemos 
calcular o Resultado com Mercadorias.A conta mista tem esse nome, pois possui características de conta patrimonial 
(ao registrar o estoque inicial e final) e de conta de resultado (ao registrar as 
vendas).
Exemplo: A empresa KLS, que utiliza o sistema de inventário periódico, possuía 
estoque inicial de 1.000, registrado na conta mista mercadoria. Durante o ano 
de X1, comprou mercadorias no valor de 15.000 e efetuou vendas no valor de 
25.000. O estoque final, apurado através de inventário físico, foi de 2.000.
Efetue a contabilização na conta mista mercadoria e apure o resultado com 
mercadorias do período.
Resolução: A conta mista mercadoria apresenta saldo inicial (que é o saldo final 
do ano anterior) de 1.000. A partir daí, ocorrem as seguintes contabilizações:
Compra de mercadorias: 15.000
D - Conta Mista Mercadoria 
C - Fornecedores
Venda de mercadorias: 25.000
D - Clientes 25.000
C - Conta Mista Mercadoria 25.000
15.000
15.000
Saldo da conta mista de mercadorias, após esses lançamentos:
D - Estoque inicial 1.000
D - Compras 15.000
C - Vendas 25.000
Saldo: 9.000 a crédito.
Como o estoque final apurado foi de 2.000, devemos debitar a conta Mista 
Mercadoria no valor de 11.000. A conta apresenta saldo credor de 9.000, com o 
débito de 11.000, passa a ter saldo devedor de 2.000, que equivale ao estoque 
final. A contrapartida é o Resultado com Mercadorias.
D - Conta Mista Mercadoria 11.000
C - Resultado com Mercadorias 11.000
Vamos conferir o valor do Resultado com Mercadorias.
Custo Mercadoria Vendida: Estoque inicial + compras - estoque final
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CMV = 1.000 + 15.000 - 2.000 
CMV = 14.000
Vendas 25.000
(-) CMV (14.000)
(=) Resultado com mercadorias (Lucro Bruto) 11.000
10.8.2. CONTA DE MERCADORIAS DESDOBRADA
Nesse caso, usamos três contas para o controle e apuração do resultado, ao 
invés de uma. São elas:
1) Mercadorias: registra o estoque inicial. Seu saldo não se altera durante o 
ano.
2) Compras: registra as compras efetuadas durante o ano
3) Vendas: Registra as vendas ocorridas durante o ano.
No final do ano, após o inventário, apuramos o resultado com mercadorias, de 
forma semelhante ao cálculo da conta única, que já vimos acima.
Observação: Quando falamos em contabilizar as "compras" e as "vendas", 
devemos também lançar todos os fatos que afetam o valor das compras e das 
vendas, como devoluções, abatimentos, fretes, seguros, etc.__________________
E agora vamos nos divertir com uma questão.
(ESAF/SUSEP/Agente Executivo/2006) A firma Agrária Agronegócios Ltda. 
utiliza a conta Mercadorias na modalidade conta mista, sendo debitada pelo 
valor das compras e creditada pelo valor das vendas. Se, no fim do período, a 
conta mercadorias, que representa o item "geagá", inteiramente isento de 
tributação, apresentar saldo contábil credor, no valor de R$ 5.000,00, e o 
inventário físico final for avaliado em R$ 2.000,00, pode-se dizer que as 
operações com esse item ocasionaram
A) prejuízo de R$ 2.000,00. 
b ) prejuízo de R$ 3.000,00.
C) lucro de R$ 3.000,00.
D) lucro de R$ 5.000,00.
E) lucro de R$ 7.000,00.
Comentários
A conta Mista de Mercadorias apresentava saldo credor de 5.000, e o estoque 
final foi avaliado em 2.000. Assim, o saldo credor da Conta Mista de 5.000 deve 
ficar devedor em 2.000, que é o valor do estoque. Portanto, vamos debitar a 
conta Mista em 7.000, e a contrapartida é a conta Resultado com Mercadorias.
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D - Conta Mista Mercadorias 
C - Resultado com Mercadorias
7.000
7.000
O lançamento a crédito na conta Resultado com Mercadorias indica que houve 
lucro.
Gabarito ^ E
10.8.3. INVENTÁRIO PERMANENTE
Nesse caso, a empresa controla o estoque de forma contínua, dando baixa em 
cada operação de venda. A contabilização é a seguinte:
Pela aquisição de mercadorias, a prazo, no valor de 1.000 (obs: vamos 
desconsiderar os impostos para fins didáticos):
D - Estoque (Ativo) 1.000
C - Fornecedores (Passivo) 1.000
Vamos supor que metade dessa mercadoria foi vendida por 1.200.
Teremos duas contabilizações:
Pela baixa do estoque e reconhecimento do custo:
D - CMV (Resultado) 500
C - Estoque (Ativo) 500
Pelo reconhecimento da receita:
D - Duplicatas a Receber OU Clientes (ativo) 1.200
C - Receita de vendas (Resultado) 1.200
Dessa forma, a empresa consegue con trolar os estoques de forma permanente. 
Após tais operações, o estoque da empresa (supondo que iniciou com estoque 
zero) apresenta os seguintes lançamentos:
D - Estoque (Ativo) 1.000
C - Estoque (Ativo) 500
Saldo da conta Estoque: 500
10.8.3.1 PEPS, UEPS E PREÇO MÉDIO
Dificilmente as mercadorias são compradas pelo mesmo preço. Surge, assim, a 
necessidade de atribuir preço ao estoque que está sendo vendido.
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Vamos supor que determinada empresa, tendo iniciado o ano com estoque 
zero, efetuou duas compras do produto X: a primeira de 10 unidades, com 
custo unitário de $10, e a segunda de 20 unidades, com custo unitário de $12.
Em seguida, a empresa efetuou a venda de 15 unidades do produto X, por 20 
reais a unidade. Vamos ver como fica o resultado e o estoque final, usando 
cada um dos métodos acima.
10.8.3.1.1 - PEPS
Significa Primeiro que Entra é o Primeiro que Sai. Também conhecido pela sigla 
em inglês FIFO (First in first out).
No nosso exemplo, ficaria assim:
1a compra: 10 unidades a 10 reais = R$ 100 
2a compra: 20 unidades a 12 reais = R$ 240 
Venda de 15 unidades x $ 20 = R$ 300 (receita de venda)
Usando o PEPS, valorizamos as unidades vendidas usando o custo das unidades 
que entraram primeiro no estoque.
Assim:
Custo das 15 unidades:
10 unidades a 10 reais = $ 100 
5 unidades a 12 reais = $ 60
15 unidades que custaram, no total, 160 reais.
Resultado:
Receita vendas 300
(-) CMV (160)
Lucro Bruto 140
Estoque final: 15 unidades a 12 reais = 180
10.8.3.1.2 - UEPS
Significa Último que Entra é o Primeiro que Sai. Também conhecido pela sigla 
em inglês LIFO (Last In First Out). Usando os mesmos dados do exemplo 
acima, fica assim:
1a compra: 10 unidades a 10 reais = R$ 100 
2a compra: 20 unidades a 12 reais = R$ 240 
Venda de 15 unidades x $ 20 = R$ 300 (receita de venda)
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Custo das 15 unidades vendidas: 
15 unidades a 12 reais = R$ 180
Resultado:
Receita vendas 
(-) CMV
300
(180)
120Lucro Bruto
Estoque final:
10 unidades a 10 reais = 100 
5 unidades a 12 reais = 60
Estoque final: 15 unidades com custo total de 160.
10.8.3.1.3 - CUSTO MÉDIO
Usamos o custo médio do estoque, para calcular o custo das vendas. 
Retomando o exemplo acima, temos:
1a compra: 10 unidades a 10 reais = R$ 100 
2a compra: 20 unidades a 12 reais = R$ 240 
Custo médio: R$ 340 / 30 unidades = R$ 11,3333 por unidade.
Venda de 15 unidades x $ 20 = R$ 300 (receita de venda)
Custo das vendas:
15 unidades x $ 11,33 = 170 (OBS:arredondando centavos)
Resultado:
Receita vendas 300
(-) CMV (170)
Lucro Bruto 130
Estoque final:
Estoque final: 15 unidades x R$ 11,3333 = R$ 170
Para calcular o custo médio, podemos usar a média ponderada fixa ou a média 
ponderada móvel.
No primeiro caso, calculamos a média de todas as entradas do mês e usamos 
esse valor para todas as saídas do mês.
Assim:
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Dia Evento Quantidade Custo Médio Custo Total
1 Estoque inicial 100 10,00 1.000,00
4 Compras 150 12,00 1.800,00
6 Compras 200 13,00 2.600,00
10 Vendas -100
15 Compras 200 15,00 3.000,00
20 Vendas -250
Vamos calcular o custo das vendas dos dias 10 e 20, usando as duas médias 
ponderadas (fixa e móvel).
Média Ponderada Fixa
A partir do estoque inicial e das entradas, calculamos o custo médio que será 
usado para todas as saídas do mês.
Dia Evento Quantidade Custo Médio Custo Total
1 Estoque inicial 100 10,00 1.000,00
4 Compras 150 12,00 1.800,00
6 compras 200 13,00 2.600,00
15 compras 200 15,00 3.000,00
Total 650 12,92 8.400,00
O Custo Médio Fixo é de $ 12,92. O custo das vendas será:
Dia 10: venda de 100 unidades x $ 12,92 = $ 1.292,00 
Dia 20: venda de 250 unidades x $ 12,92 = $ 3.230,00
Custo total do mês: $ 1.292,00 + $ 3.230,00 = $ 4.522,00
Média Ponderada Móvel
Nesse caso, calculamos o custo médio vigente na data de cada venda. A venda 
do dia 10 fica com o seguinte custo médio ponderado móvel:
Dia Evento Q uan tid ade Custo M éd io Custo To ta l
1 Estoque in ic ia l 100 10,00 1.000,00
4 Com pras 150 12,00 1.800,00
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6 com pras 200 13,00 2.600,00
To ta l 450 12,00 5.400,00
Assim, a venda do dia 10 terá custo médio de R$ 12,00. Do total de 450 
unidades, sobram 350, após a venda.
Podemos agora calcular o custo médio móvel para a venda do dia 12:
Dia Evento Q uan tid ade Custo M é d io Custo To ta l
11 es to que in ic ia l 350 12,00 4 .200 ,00
15 com pras 200 15,00 3.000,00
To ta l 550 13,09 7.200 ,00
A venda do dia 20 terá custo médio de R$ 13,09. Agora podemos calcular o 
total do custo das vendas do mês:
Dia 10: venda de 100 unidades x $ 12,00 = $ 1.200,00 
Dia 20: venda de 250 unidades x $ 13,09 = $ 3.272,50
Custo total do mês: $ 1.200,00 + $ 3.272,50 = $ 4.472,50
10.8.3.1.4 CUSTO ESPECÍFICO
Outra forma de atribuir custos às vendas é através do Custo Específico. 
Podemos exemplificar da seguinte forma:
Suponha que uma agência de automóveis possua 10 unidades de um 
determinado modelo em estoque. Três foram comprados há 6 meses, por R$ 
20.000,00. Seis foram comprados na última semana, por R$ 22.000,00. O 
último é um carro usado, que foi aceito como parte de pagamento de um 
veículo novo, pelo custo de R$ 12.000,00.
A empresa realiza a venda de quatro veículos: um que foi comprado há 6 
meses, dois comprados na última semana e o veículo usado.
Nesse caso, a empresa pode atribuir o custo específico de cada item vendido.
10.8.3.1.5 MÉTODO DO VAREJO
Usado em empresas que trabalham com muitos itens e apresentam uma grande 
rotatividade de estoque, como os supermercados.
Se a empresa costuma usar uma margem fixa sobre o custo para formar o 
preço de venda, ela pode valorizar o seu estoque final a partir do preço de 
venda e calcular o custo usando a fórmula:
CMV = estoque inicial + compras - estoque final.
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Por exemplo, suponha que determinado supermercado forme o seu preço de 
venda multiplicando o custo por 1,5. Para calcular o estoque final, basta pegar 
o preço de venda dos itens em estoque e dividir por 1,5.
Esse procedimento está previsto no Pronunciamento CPC 16 - Estoques, 
confira:
22. O método de varejo é muitas vezes usado no setor de varejo para mensurar 
estoques de grande quantidade de itens que mudam rapidamente, itens que 
têm margens semelhantes e para os quais não é praticável usar outros métodos 
de custeio. O custo do estoque deve ser determinado pela redução do seu preço 
de venda na percentagem apropriada da margem bruta. A percentagem usada 
deve levar em consideração o estoque que tenha tido seu preço de venda 
reduzido abaixo do preço de venda original. É usada muitas vezes uma 
percentagem média para cada departamento de varejo._______________________
Este método era muito útil quando não havia computadores. Imagine controlar 
e apurar o custo dos estoques "na mão", com milhares de itens diferentes. 
Atualmente, com os controles informatizados, as empresas podem apurar os 
custos de estoque de forma mais adequadas que o Método do Varejo. Mas nada 
impede que usem esse método, caso julguem adequado.
Bem, vamos mudar de assunto. Para encerrar a aula, vejamos o Passivo 
Atuarial.
11 - PASSIVO ATUARIAL
Este assunto é tratado no Pronunciamento CPC 33 - Benefícios a
Empregados (R1). Vejamos, a seguir, trechos do pronunciamento:
Objetivo
1. O objetivo deste Pronunciamento é estabelecer a contabilização e a 
divulgação dos benefícios concedidos aos empregados. Para tanto, este 
Pronunciamento requer que a entidad e reconheça:
(a) um passivo quando o empregado prestou o serviço em troca de benefícios a 
serem pagos no futuro; e
(b) uma despesa quando a entidade se utiliza do benefício econômico 
proveniente do serviço recebido do empregado em troca de benefícios a esse 
empregado.
Alcance
2. Este Pronunciamento deve ser aplicado pela entidade
empregadora/patrocinadora na contabilização de todos os benefícios concedidos 
a empregados, exceto aqueles para os quais se aplica o Pronunciamento 
Técnico CPC 10 - Pagamento Baseado em Ações._____________________________
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3. Este Pronunciamento não trata das demonstrações contábeis elaboradas 
pelos planos de benefícios a empregados ou pelos fundos de pensão e 
assemelhados.
11.1 - DEFINIÇÕES
Benefícios a empregados são todas as formas de compensação 
proporcionadas pela entidade em troca de serviços prestados pelos seus 
empregados ou pela rescisão do contrato de trabalho.
Benefícios de curto prazo a empregados são benefícios (exceto benefícios 
rescisórios) que se espera que sejam integralmente liquidados em até doze 
meses após o período a que se referem as demonstrações contábeis em que os 
empregados prestarem o respectivo serviço.
Benefícios pós-emprego são os benefícios a empregados (exceto benefícios 
rescisórios e benefícios de curto prazo a empregados), que serão pagos após o 
período de emprego.
Outros benefícios de longo prazo aos empregados são todos os benefícios 
aos empregados que não benefícios de curto prazo aos empregados, benefícios 
pós-emprego e benefícios rescisórios.
Benefícios rescisórios são benefícios aos empregados fornecidos pela 
rescisão do contrato de trabalho de empregado como resultado de:
(a) decisão da entidade term inar o vínculo empregatício do empregado antes 
da data normal de aposentadoria; ou(b) decisão do empregado de aceitar uma oferta de benefícios em troca da 
rescisão do contrato de trabalho.
Planos de benefícios pós-emprego são acordos formais ou informais nos 
quais a entidade se compromete a R roporcionar benefícios pós-emprego a um 
ou mais empregados.
Planos de contribuição definida são planos de benefícios pós-emprego nos 
quais a entidade patrocinadora paga contribuições fixas a uma entidade 
separada (fundo), não tendo nenhuma obrigação legal ou construtiva de pagar 
contribuições adicionais se o fundo não possuir ativos suficientes para pagar 
todos os benefícios aos empregados relativamente aos seus serviços do período 
corrente e anterior.
Planos de benefício definido são planos de benefícios pós-emprego que não 
sejam planos de contribuição definida.
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Planos multiempregadores são planos de contribuição definida (exceto 
planos de previdência social) ou planos de benefício definido (exceto planos de 
previdência social) que:
(a) possuem ativos formados por contribuições de várias entidades 
patrocinadoras que não estão sob o mesmo controle acionário;
(b) utilizam aqueles ativos para fornecer benefícios a empregados a mais de 
uma entidade patrocinadora, de forma que os níveis de contribuição e benefício 
sejam determinados sem identificar a entidade patrocinadora que emprega os 
empregados em questão.
O passivo atuarial aparece no caso de benefícios pós-emprego, no caso 
de plano de benefício definido. Vejamos as distinções entre os dois tipos de 
planos:
Benefícios pós-emprego incluem itens como, por exemplo, os seguintes:
(a) benefícios de aposentadoria (por exemplo, pensões e pagamentos únicos 
por ocasião da aposentadoria); e
(b) outros benefícios pós-emprego, tais como seguro de vida e assistência 
médica pós-emprego.
Os acordos pelos quais a entidade proporciona benefícios pós-emprego são 
denominados planos de benefícios pós-emprego. A entidade deve aplicar o CPC 
33 a todos os acordos, que envolvam, ou não, o estabelecimento de entidade 
separada aberta ou fechada de previdência para receber as contribuições e 
pagar os benefícios.
Os planos de benefício pós-emprego classificam-se como planos de contribuição 
definida ou de benefício definido, dependendo da natureza econômica do plano 
decorrente de seus principais termos e condições.
11.2 - PLANOS DE CONTRIBUIÇÃO DEFINIDA
Nos planos de contribuição definida, a obrigação legal ou construtiva da 
entidade está limitada à quantia que ela aceita contribuir para o fundo. Assim, o 
valor do benefício pós-emprego recebido pelo empregado deve ser determinado 
pelo montante de contribuições pagas pela entidade patrocinadora (e, em 
alguns casos, também pelo empregado) para um plano de benefícios pós- 
emprego ou para uma entidade à parte, juntamente com o retorno dos 
investimentos provenientes das contribuições. Em consequência, o risco atuarial 
(risco de que os benefícios sejam inferiores ao esperado) e o risco de 
investimento (risco de que os ativos investidos venham a ser insuficientes para 
cobrir os benefícios esperados) recaem sobre o empregado.
A contabilização dos planos de contribuição definida é direta porque a obrigação 
da entidade patrocinadora relativa a cada exercício é determinada pelos
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montantes a serem contribuídos no período. Consequentemente, não são 
necessárias premissas atuariais para mensurar a obrigação ou a despesa, e não 
há possibilidade de qualquer ganho ou perda atuarial.
11.3 - PLANO DE BENEFÍCIOS DEFINIDOS
Nesse caso, a empresa (e, em muito casos, o funcionário) contribuem para a 
formação de um fundo que irá garantir a complementação da aposentadoria dos 
funcionários. Há fundos de pensão que atingem patrimônio expressivo, como o 
Petrus (dos funcionários da Petrobras) e o Previ, dos funcionários do Banco do 
Brasil.
O passivo atuarial surge quando a empresa assume o compromisso de suprir 
eventuais faltas financeiras do Fundo de Pensão.
A contabilização dos planos de benefício definido é complexa porque envolve 
premissas atuariais para mensurar a obrigação e a despesa do plano, bem 
como existe a possibilidade de ganhos e perdas atuariais. Além disso, as 
obrigações são mensuradas ao seu valor presente, pois podem ser liquidadas 
muitos anos após a prestação dos serviços pelos empregados.
Vamos supor que determinado fundo esteja efetuando os cálculos atuariais 
considerando um tempo de vida médio para os funcionários de, digamos, 75 
anos, e em determinado período esse estimativa suba para 78 anos.
Isso teria um impacto negativo nas finanças do Fundo, pois seria necessário 
calcular o custo dos benefícios para três anos adicionais.
Esse tipo de ocorrência pode gerar um Passivo Atuarial.
11.4 - RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO
Os planos de benefício definido podem não ter fundo constituído ou podem 
estar total ou parcialmente cobertos pelas contribuições da entidade e, algumas 
vezes, dos seus empregados, para uma entidade ou um fundo legalmente 
separado da entidade patrocinadora, e a partir do qual são pagos os benefícios 
a empregados. O pagamento dos benefícios concedidos depende não somente 
da situação financeira e do desempenho dos investimentos do fundo, mas 
também da capacidade (e da vontade) da entidade de suprir qualquer 
insuficiência nos ativos do fundo. Portanto, a entidade assume, em essência, os 
riscos atuariais e de investimento associados ao plano ou, pelo menos, 
conforme a legislação, parte deles.
Consequentemente, a despesa reconhecida de plano de benefício definido não é 
necessariamente o montante de contribuição devida relativa ao período.
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Segundo o CPC 33 (R1):
57. A contabilização de planos de benefício definido pela entidade envolve os 
seguintes passos:
(a) determinar o déficit ou superávit. Isto envolve:
(i) utilizar uma técnica atuarial, o método de crédito unitário projetado, 
para estimar de maneira confiável o custo final para a entidade do 
benefício obtido pelos empregados em troca dos serviços prestados 
nos períodos corrente e anteriores (vide itens 67 a 69). Isso exige 
que a entidade determine quanto do benefício deve ser atribuível 
aos períodos corrente e anteriores (vide itens 70 a 74) e que faça 
estimativas (premissas atuariais) acerca de variáveis demográficas 
(tais como rotatividade e mortalidade de empregados) e variáveis 
financeiras (tais como futuros aumentos nos salários e nos custos 
médicos), que afetarão o custo do benefício (vide itens 75 a 98);
(ii) descontar esse benefício para determinar o valor presente da 
obrigação de benefício definido e o custo do serviço corrente (vide 
itens 67 a 69 e 83 a 86);
(i) deduzir o valor justo de quaisquer ativos do plano (vide itens 113 a 
115) do valor presente da obrigação de benefício definido;
(b) determinar o valor líquido de passivo (ativo) de benefício definido 
como o valor do déficit ou superávit determinado em (a), ajustado por 
qualquer efeito de limitação de ativo líquido de benefício definido ao teto 
de ativo (asset ceiling) (vide item 64);
(c) determinar os valores a serem reconhecidos em resultado:
(i)custo do serviço corrente (vide itens 70 a 74);
(ii) qualquer custo do serviço passado e ganho ou perda na liquidação 
(vide itens 99 a 112);
(iii) juros líquidos sobre o valor líquido de passivo (ativo) de benefício 
definido (vide itens 123 a 126);
(d) determinar as remensurações do valor líquido de passivo (ativo) de 
benefício definido, a serem reconhecidas em outros resultados 
abrangentes, compreendendo:
(i) ganhos e perdas atuariais (vide itens 128 e 129);
(ii) retorno sobre os ativos do plano, excluindo valores considerados 
nos juros líquidos sobre o valor líquido de passivo (ativo) de 
benefício definido (vide item 130); e
(iii) qualquer mudança no efeito do teto de ativo (asset ceiling) (vide 
item 64), excluindo os valores considerados nos juros líquidos sobre 
o valor líquido de passivo (ativo) de benefício definido.
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Quando a entidade possuir mais de um plano de benefício definido, deve aplicar 
esses procedimentos separadamente a cada um dos planos relevantes.
Em alguns casos, as estimativas, as médias e as simplificações de cálculo 
podem proporcionar uma aproximação confiável dos cálculos detalhados 
ilustrados no CPC 33.
Vejamos uma questão:
1. (ESAF/CVM/Analista - Normas Contábeis/2010) Entre as afirmativas abaixo, 
apenas uma não expressa a verdade. Indique-a, assinalando a opção que a 
contém. Em relação à norma NBC T 19.31 - Benefícios a empregados, podemos 
dizer que ela
A) tem como objetivo estabelecer a contabilização e divulgação dos benefícios 
concedidos aos empregados.
B) determina que a entidade deve reconhecer um passivo quando o empregado 
prestar um serviço em troca de benefícios a serem pagos no futuro.
C) aplica-se a todos os benefícios concedidos a empregados, exceto aqueles 
cujo pagamento é baseado em ações, que é tratado em outro texto.
D) trata, inclusive, das demonstrações contábeis dos planos de benefícios a 
empregados e dos fundos de pensão e assemelhados. xxxxxx
E) exige que uma despesa seja contabilizada quando a entidade se utilizar do 
benefício econômico proveniente do serviço recebido em troca de benefícios a 
empregado.
Comentário:
Conforme o CPC 33 (R1) - Benefícios a Empregados:
Objetivo
1. O objetivo deste Pronunciamento é estabelecer a contabilização e a 
divulgação dos benefícios concedidos aos empregados. (LETRA A CORRETA) 
Para tanto, este Pronunciamento requer que a entidade reconheça:
(a) um passivo quando o empregado prestou o serviço em troca de benefícios a 
serem pagos no futuro (LETRA B CORRETA) ; e
(b) uma despesa quando a entidade se utiliza do benefício econômico 
proveniente do serviço recebido do empregado em troca de benefícios a esse 
empregado. (LETRA E CORRETA)
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Alcance
2. Este Pronunciamento deve ser aplicado pela entidade 
empregadora/patrocinadora na contabilização de todos os benefícios concedidos 
a empregados, exceto aqueles para os quais se aplica o Pronunciamento 
Técnico CPC 10 - Pagamento Baseado em Ações. (LETRA C CORRETA)
3. Este Pronunciamento não trata das demonstrações contábeis elaboradas
pelos planos de benefícios a empregados ou pelos fundos de pensão e 
assemelhados. (LETRA D ERRADA)____________________________________
Gabarito ^ D
12. QUESTÕES COMENTADAS
1. (ESAF/AFRFB/2002.2) Em 01.10.01 foram descontadas duplicatas em banco. 
Uma duplicata no valor de R$ 10.000,00, com vencimento para 10.11.01, não 
foi liquidada e o banco transferiu para cobrança simples, no dia do vencimento.
Em 01.12.01, após conseguir um abatimento de 30% no valor da duplicata, o
cliente liquidou a dívida junto ao banco, pagando, ainda, juros de R$ 70,00.
O registro contábil da operação realizada no dia 01.12.01 foi assim feito pelo
emitente da duplicata:
a) Diversos 
a Diversos
Abatimentos Concedidos 3.000,00
Bancos c/ Movimento 7.070,00 10.070,00
a Duplicatas a Receber 10.000,00
a Juros Ativos 70,00 10.070,00
b) Diversos 
a Diversos
Duplicatas Descontadas 10.000,0 0
Juros Ativos 70,00 10.070,00
a Bancos c/ Movimento 7.070,00
a Abatimentos Concedidos 3.000,00 10.070,00
c) Diversos 
a Diversos
Bancos c/ Movimento 7.070,00
Abatimentos Auferidos 3.000,00 10.070,00
a Duplicatas Descontadas 10.000,00
a Juros Ativos 70,00 10.070,00
d) Duplicatas Descontadas 
a Diversos
10.000,00 10.000,00
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a Bancos c/ Movimento 7.000,00
a Abatimentos Auferidos 3.000,00 10.000,00
e) Diversos 
a Diversos
Duplicatas a Receber 
Juros Ativos 
a Abatimentos Obtidos 
a Bancos c/ Movimento
10.000,00
70.00 10.070,00 
3.000,00
7.070.00 10.070,00
Comentários
Há uma pequena pegadinha na questão. Logo na primeira frase ela diz que 
houve desconto de duplicatas. Em seguida, diz que uma duplicata foi enviada 
para cobrança simples (mera remessa da duplicata para ser cobrada pelo 
banco). A cobrança simples é feita pelo banco, que cobra tão-somente despesas 
bancárias. Não se confunde com a operação de desconto.
Vejam que a questão não revela o valor das duplicatas que foram descontadas. 
Todavia, já sabemos que o lançamento (que vigia à época) é:
D - Bancos (ativo)
D - Encargos financeiros a transcorrer (ativo)
C - Duplicatas descontadas (retificadora do ativo)
A remessa da duplicata para cobrança simples não gera lançamento contábil. A 
concessão de abatimento é uma despesa para a empresa que está concedendo. 
Deste modo, 30% de 10.000 = 3.000,00. Ademais, computaremos também 
uma receita no montante de R$ 70,00 (receita).
O lançamento é o seguinte:
D - Abatimentos concedidos (despesa) 3.000,00
D - Bancos (ativo) 7.070,00
C - Duplicatas a receber 10.000,00
C - Receita de juros 70,00
Tal lançamento corresponde exatamente à assertiva a.
Observação: atualmente, as duplicatas descontadas ficam classificadas no 
Passivo.
Gabarito ^ A.
2. (ESAF/AFTE/RN/2005) Às 9 horas do dia 25 de novembro, a empresa 
Alvoradinha Ltda. praticou o seguinte fato contábil: recebimento, em cheque,
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de duplicatas no valor de R$ 2.200,00, com incidência de juros à taxa de 10% 
(dez por cento). Para contabilizar aludido fenômeno patrimonial em um único 
lançamento o Contador deverá fazê-lo como segue.
a) Caixa 
a Diversos
a saber:
2.200,00
220,00 2.420,00
b) Caixa 
a Diversos
P/recebimento desta data, 
a Duplicatas a Receber 
Valor principal 
a Juros Ativos 
Valor dos juros incidentes
P/recebimento desta data, a saber: 
a Duplicatas a Receber 
valor principal 2.000,00
a Juros Ativos
valor dos juros incidentes 200,00 2.200,00
c) Bancos conta Movimento 
a Diversos
P/recebimento desta data, a saber: 
a Duplicatas a Receber 
valor principal 2.200,00 
a Juros Ativos
valor dos juros incidentes 220,00 2.420,00
d) Diversos
a Duplicatas a Receber
P/recebimento desta data, a saber:
Caixa
valor principal 2.000,00
Juros Ativos
valor dos juros incidentes 200,00 2.200,00e) Bancos Conta Movimento 
a Diversos
P/recebimento nesta data, a saber:
a Duplicatas a Receber 
valor principal 2.000,00
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valor dos juros incidentes 200,00 2.200,00 
Comentários
Um primeiro aspecto digno de nota é que o recebimento em cheque é efetuado 
pela tesouraria, ingressando, portanto, na CONTA CAIXA, e não na conta 
bancos.
RECEBIMENTO EM CHEQUE ^ INGRESSO NO CAIXA 
PAGAMENTO EM CHEQUE ^ SAÍDA DE RECURSOS DO BANCO.
Portanto, de plano podemos descartar as assertivas "c" e "e".
Vejam que a questão nos informou que o valor da duplicata é de R$ 2.200,00. 
Assim, o valor dos juros de 10% recairá sobre esta quantia.
Portanto, o juro será de R$ 220,00, recebendo a empresa um cheque no 
montante total de R$ 2.420,00.
Teremos assim, os lançamentos:
D - Caixa 2.420,00
C - Duplicatas a receber 2.200,00
C - Juros ativos 220,00
Gabarito, portanto, letra a.
Gabarito ^ A.
3. (ESAF/AFTM/Fortaleza/2003) Analisando um desconto de duplicata em
02.01.03, pelo prazo de 15 dias, no valor de R$ 200,00, com despesas 
financeiras no montante de R$ 15,00, deduzidas pelo banco no momento da 
liberação do dinheiro, assinale a seguir a única opção que indica o registro 
correto da operação.
Valores em R$
Contas Débito Crédito
a) Diversos
a Duplicatas Descontadas 
Bancos Conta Movimento 
Despesas Financeiras
200,00
185.00
15.00
b) Diversos
a Duplicatas a Receber 200,00
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Bancos Conta Movimento 
Despesas Financeiras
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185.00
15.00
c) Duplicatas a Receber 200,00
a Diversos
a Bancos Conta Movimento 185,00
a Despesas Financeiras 15,00
d) Duplicatas Descontadas 200,00
a Diversos
a Bancos Conta Movimento 
a Despesas Financeiras
185.00
15.00
e) Bancos Conta Movimento 200,00
a Diversos
a Duplicatas a Receber 
a Despesas Financeiras
185.00
15.00
Comentários
A duplicata descontada, à época, era registrada como redutora do ativo. Como 
o desconto é por 15 dias, podemos lançar diretamente como despesa.
O registro, portanto, é o que se segue:
D - Bancos 185
D - Despesa financeira 15
C - Duplicata descontada 200
Gabarito, portanto, letra A.
Observação: atualmente, as duplicatas descontadas ficam classificadas no 
Passivo.
Gabarito ^ A.
4. (ESAF/AFTM/Recife/2003) A empresa Comercial Lâmina Ltda. descontou 
uma duplicata em 02.01.03, pelo prazo de 15 dias, no valor de R$ 100,00. O 
Banco deduziu do valor a importância de R$ 5,00, referente a Despesas 
Financeiras. O registro contábil da operação está correto em uma única opção. 
Assinale-a.
Valores em R$
Contas Débito Crédito
a) Diversos
a Duplicatas Descontadas 100,00
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Bancos Conta Movimento 
Despesas Financeiras
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95.00
5.00
b) Diversos
a Duplicatas a Receber 100,00
Bancos Conta Movimento 95,00
Despesas Financeiras 5,00
c) Duplicatas a Receber 100,00
a Diversos
a Bancos Conta Movimento 95,00
a Despesas Financeiras 5,00
d) Duplicatas Descontadas 100,00
a Diversos
a Bancos Conta Movimento 95,00
a Despesas Financeiras 5,00
e) Bancos Conta Movimento 100,00
a Diversos
a Duplicatas a Receber 95,00
a Despesas Financeiras 5,00
Comentários
Questão semelhante à anterior.
A duplicata descontada, à época, era registrada como redutora do ativo. Como 
o desconto é por 15 dias, podemos lançar diretamente como despesa.
O registro, portanto, é o que se segue:
D - Bancos 95
D - Despesa financeira 5
C - Duplicata descontada 100
Gabarito, portanto, letra A.
Observação: atualmente, as duplicatas descontadas ficam classificadas no 
Passivo.
Gabarito ^ A.
5. (ESAF/Analista de Mercados de Capitais/CVM/2010) O Banco do Brasil emitiu 
aviso de débito comunicando à empresa Fermônio S/A a quitação de uma de
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suas duplicatas da Carteira de Desconto, no valor de R$ 2.000,00. Ao receber 
tal aviso, a empresa tomadora do empréstimo contabilizou o evento, lançando:
a) débito em Duplicatas Descontadas e crédito em Bancos conta Movimento.
b) débito em Duplicatas a Receber e crédito em Duplicatas Descontadas.
c) débito em Bancos conta Movimento e crédito em Duplicatas Descontadas.
d) débito em Bancos conta Movimento e crédito em Duplicatas a Receber.
e) débito em Duplicatas Descontadas e crédito em Duplicatas a Receber.
Comentários
Com a aplicação das Normas Internacionais de Contabilidade, o critério que 
vigerá no registro do desconto de duplicatas será o seguinte:
D - Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante)
D - Encargos Financeiros a Transcorrer (Retificadora do Passivo Circulante)
C - Duplicatas Descontadas (Passivo Circulante)
Perceba-se: a conta duplicatas descontadas foi agora para o passivo exigível! A 
conta encargos financeiros a transcorrer ficará retificando a conta duplicatas 
descontadas. É como se fosse um empréstimo mesmo.
Conforme o período da competência, lançaremos os juros:
D - Despesa de Juros (Resultado)
C - Encargos Financeiros a Transcorrer (Passivo exigível)
Com o recebimento do cliente, e o aviso do banco (é o que houve na 
questão!) o lançamento será:
D - Duplicatas Descontadas (Passivo exigível)
C - Duplicatas a Receber (Ativo circulante)
Atenção: a ESAF considera que os juros das duplicatas descontadas são 
classificados no Ativo, e não no passivo. A contabilização, para essa banca, fica 
assim:
D - Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante)
D - Encargos Financeiros a Transcorrer (Ativo Circulante)
C - Duplicatas Descontadas (Passivo Circulante)______________________________
Gabarito ^ E.
6. (ESAF/AFTM/Recife/2003) A empresa Ômega Ltda. determinou ao Banco do 
Brasil que protestasse um título, que estava em seu poder para cobrança, no 
valor de R$ 20,00; não suficiente, envidou esforços judiciais sem sucesso. A
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venda que originou o título havia acontecido no exercício anterior. Ao final do 
exercício anterior, a empresa possuía o seguinte Balanço Patrimonial:
Valores em R$
ATIVO
Ativo Circulante 130,00 
Disponibilidades 10,00 
Caixa e Bancos 10,00 
Realizável a Curto Prazo 120,00 
Duplicatas a Receber 100,00 
Devedores Duvidosos -30,00 
Estoques 50,00 
Ativo Permanente 80,00 
Imobilizado 100,00 
Depreciação acumulada -20,00 
ATIVO TOTAL 210,00
PASSIVO
Passivo Circulante 80,00 
Fornecedores 80,00 
Patrimônio Líquido 130,00 
Capital Social 80,00 
Reserva Legal 10,00 
Lucros Acumulados 40,00
TOTAL DO PASSIVO 210,00
O registro contábil da operação, de baixa do título, está presente na única 
opção correta. Assinale- a.
Valores em R$ Contas Débito Crédito
a) Despesas com Títulos Incobráveis 
a Duplicatas Descontadas
20,00 20,00
b) Devedores Duvidosos 
a Duplicatas a Receber
20,00
20,00
c) Despesas com Títulos Incobráveis 
a Duplicatas a Receber
20,00
20,00
d) Ajuste de Exercícios Anteriores 
a Duplicatas a Receber
20,0020,00
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e) Despesas com Títulos Incobráveis 
a Bancos Conta Movimento
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20,00
20,00
Comentários
Uma vez que há uma quantia suficiente provisionada para eventuais calotes, a 
empresa poderá simplesmente reduzir a conta provisão para créditos de 
liquidação duvidosa, dando baixa em duplicatas a receber, pelo lançamento:
Gabarito ^ B.
7. (ESAF/AFRFB/2009) Ao elaborar a folha de pagamento relativa ao mês de 
abril, a empresa Rosácea Areal Ltda. computou os seguintes elementos e 
valores:
Salários e ordenados R$ 63.000,00 
Horas-extras R$ 3.500,00 
Salário-família R$ 80,00 
Salário-maternidade R$ 1.500,00 
INSS contribuição Segurados R$ 4.800,00 
INSS contribuição Patronal R$ 9.030,00 
FGTS R$ 5.320,00
Considerando todas essas informações, desconsiderando qualquer outra forma 
de tributação, inclusive de imposto de renda na fonte, pode-se dizer que a 
despesa efetiva a ser contabilizada na empresa será de
a) R$ 66.500,00.
b) R$ 87.230,00.
c) R$ 79.270,00.
d) R$ 77.630,00.
e) R$ 80.850,00.
Comentários
Salários e ordenados R$ 63.000,00 + Horas-extras R$ 3.500,00 + INSS 
contribuição Patronal R$ 9.030,00 + FGTS R$ 5.320,00 = R$ 80.850,00.
O salário família e maternidade são pagos pela empresa, porém, restituídos ao 
patrão pelo Estado! O lançamento do salário-família e salário-maternidade se 
dá do seguinte modo:
D - INSS a recolher (passivo circulante)
D - Provisão para créditos de liquidação duvidosa 
C - Duplicatas a receber
20,00
20,00
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C - Salários a pagar (passivo circulante)
No histórico, especifica-se que se trata de recolhimento para o salário família.
O INSS dos segurados é despesa efetiva do próprio proletariado, e, portanto, 
não deve ser contabilizado como despesa da empresa.
Gabarito ^ E.
8. (ESAF/Analista de Mercados de Capitais/CVM/2010) Ao apurar o resultado no 
fim do período contábil, a empresa encontrou um lucro líquido, antes dos 
tributos sobre o lucro e das participações, no montante de R$ 1.520,00.
A planilha de custos trazida para compor o resultado do período continha juros 
relativos a dezembro de 2009, já pagos, no valor de R$ 125,00; juros relativos 
a janeiro de 2010, ainda não pagos, no valor de R$ 180,00; juros relativos a 
dezembro de 2009, ainda não pagos, no valor de R$ 160,00; juros relativos a 
janeiro de 2010, já pagos, no valor de R$ 200,00. Referida planilha já havia 
sido contabilizada segundo o regime de caixa.
As demais contas estavam certas, com saldos já contabilizados, segundo o 
regime de competência. A empresa, então, mandou promover o registro 
contábil das alterações necessárias para apresentar os eventos segundo o 
regime de competência, em obediência à regulamentação vigente.
Após os lançamentos cabíveis, o rédito do período passou a ser lucro de
a) R$ 1.180,00
b) R$ 1.195,00
c) R$ 1.360,00
d) R$ 1.560,00
e) R$ 1.235,00
Comentários
Regime de caixa é o regime contábil que apropria as receitas e despesas no 
período de seu recebimento ou pagamento, respectivamente, 
independentemente do momento em que são realizadas.
Regime de competência é o que apropria receitas e despesas ao período de sua 
realização, independentemente do efetivo recebimento das receitas ou do 
pagamento das despesas.
O lucro do período é de R$ 1.520,00 sem os ajustes. Vamos analisar os fatos 
um a um e ver como proceder.
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A planilha de custos trazida para compor o resultado do período continha juros 
relativos a dezembro de 2009, já pagos, no valor de R$ 125,00;
Não há alteração, o juros é de 2009 e foi pago nesse período.
Juros relativos a janeiro de 2010, ainda não pagos, no valor de R$ 180,00;
Não há alteração, uma vez que não houve saída do caixa e também não foi 
incorrido no regime de competência.
Juros relativos a dezembro de 2009, ainda não pagos, no valor de R$ 160,00;
Deve diminuir o resultado, uma vez que se refere ao período de 2009, mas pelo 
regime de caixa ele só seria computado quando do pagamento.
Juros relativos a janeiro de 2010, já pagos, no valor de R$ 200,00.
É só somar ao resultado, uma vez que seu período de competência é em 2010, 
mas já foi considerado, uma vez que houve desembolso no caixa.
Assim, ficamos do seguinte modo: 1.520 - 160 + 200 = 1.560,00 
Gabarito ^ D.
9. (ESAF/ISS RJ/2010) A firma Armazém Prá-lá-de-bom Ltda. controla seus 
estoques de forma permanente, com avaliação contábil pelo critério UEPS e, no 
mês de abril, teve a seguinte movimentação com mercadorias, isentas de 
tributação e negociadas à vista:
1 / estoque inicial de 35 unidades a R$ 10,00 cada uma;
2 / entrada de 30 unidades a R$ 15,00 cada uma;
3 / venda de 40 unidades a R$ 20,00 cada uma;
4 / entrada de 25 unidades a R$ 18,00 cada uma; e, por último;
5 / saída de 20 unidades a R$ 20,00 cada uma.
No fim do período, ao ser computado o estoque, certamente, vamos encontrar 
o seu valor contábil avaliado em:
a) R$ 300,00.
b) R$ 340,00.
c) R$ 454,80.
d) R$ 500,00.
e) R$ 525,00.
Comentários
Façamos a ficha de estoque...
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Dia
Compras Vendas Saldo
Quant. V.Unit. Total Quant.
V.
Unit. Total Quant.
V.
Unit. Total
1 35 10 350 35 10 350
2 30 15 450 35 10 35030 15 450
3 30 15 450 25 10 25010 10 100
4 25 18 450 25 10 25025 18 450
5 20 18 450 25 10 2505 18 90
SALDO FINAL 340
Gabarito ^ B.
10. (ESAF/ISS RJ/2010) A Companhia das Lavras recebeu um título de 
6.500,00 fora da data de vencimento e, por isso, cobrou encargos financeiros 
de 6%. O recebimento ocorreu em cheque do Banco do Brasil S/A. Ao 
contabilizar o evento, a Companhia das Lavras deverá fazer o seguinte 
lançamento:
a) Bancos conta Movimento 
a Diversos
a Títulos a Receber 6.500,00 
a Receitas Financeiras 390,00 6.890,00
b) Caixa
a Diversos
a Títulos a Receber 6.500,00 
a Receitas Financeiras 390,00 6.890,00
c) Diversos
a Bancos conta Movimento 
Títulos a Receber 6.500,00 
Receitas Financeiras 390,00 6.890,00
d) Diversos
a Títulos a Receber 
Caixa 6.110,00
Receitas Financeiras 390,00 6.500,00
e) Bancos conta Movimento 
a Títulos a Receber 6.890,00
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Comentários
Quando temos um valor recebido em cheque pela empresa, devemos lançar 
inicialmente esse caixa na tesouraria, ou seja, debitaremos a conta caixa.
Grave-se: recebimento em cheque, debitamos a conta caixa.
Quando o pagamento é em cheque, creditamos direto na conta bancos conta 
movimento.
Pelo exposto, como há uma receita financeira de R$ 390,00 (6% x 6.500,00), 
vamos lançar:
D - Caixa 6.890,00 (juros + principal)
C - Títulos a receber 6.500,00 (principal)C - Receitas financeiras 390,00 (juros)
Gabarito ^ B.
11. (ESAF/AFPS/2002) A empresa Arbóresse Ltda. mandou elaborar a folha de 
pagamento do mês de outubro com os seguintes dados:
Salários e Ordenados R$ 21.000,00;
Horas Extras trabalhadas R$ 2.000,00;
Imposto de Renda Retido na Fonte R$ 2.500,00;
Contribuição para o INSS, parte dos empregados 11%;
Contribuição para o INSS, parte patronal 20%;
Depósito para o FGTS 8%.
Com base nos dados e informações acima fornecidos, pode-se dizer que a 
empresa, em decorrência dessa folha de pagamento, terá despesas totais no 
valor de
a) R$ 29.440,00
b) R$ 31.970,00
c) R$ 34.470,00
d) R$ 26.910,00
e) R$ 24.410,00
Comentários
Salários e Ordenados R$ 21.000,00;
Horas Extras trabalhadas_________ R$ 2.000,00;
Base de cálculo 23.000,00
ENCARGOS
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INSS Patronal 20% x 23.000 = 4.600,00 
Depósito para o FGTS 8%. = 1.840,00 
Total 6.440,00
TOTAL DAS DESPESAS ^ 29.440,00 
Gabarito ^ A.
12. (ESAF/AFTE/RN/2005) A pequena empresa Comercial Arruda possui apenas 
dois empregados: João, com salário bruto mensal de R$ 4.000,00 e Alberto, 
com salário mensal de apenas R$ 800,00.
Os encargos da folha de pagamento são os seguintes:
• INSS referente ao João: 11%;
• INSS referente ao Alberto: 8%;
• INSS referente ao Empregador: 20%;
• FGTS dos empregados: 8%;
• foi concedido adiantamento salarial de R$ 800,00 para João.
Ao elaborar a folha de pagamento do mês, a empresa vai contabilizar despesas 
no valor total de
a) R$ 6.648,00.
b) R$ 6.144,00.
c) R$ 5.760,00.
d) R$ 5.640,00.
e) R$ 5.344,00.
Comentários
D - Despesas de salários 
D - Despesa com INSS (patronal) 
D - Despesa com FGTS 
C - INSS a pagar João 
C - INSS a pagar Alberto 
C - FGTS a pagar 
C - Salários a pagar 
C- Adiantamento de salários
4.800
960
384
440 (empregado) + 800 (patrão) = 1240 
64 (empregado) + 160 (patrão) = 224 
384
2.760 + 736 = 3496 
800
Portanto, nossas despesas são de: 4.800 + 960 + 384 = R$ 6.144,00.
Gabarito ^ B.
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13. (ESAF/AFTM/Recife/2003) A empresa Alfa Beta S/A contraiu um 
empréstimo para capital de giro, em 1° de dezembro de 2002, com vencimento 
para 31 de janeiro de 2003. As despesas financeiras somaram R$50,00, para 
todo o período e foram pagas antecipadamente. Em 31 de dezembro de 2002, 
na ocasião do encerramento do exercício, qual será o valor que estará presente 
na conta de juros antecipados, considerando juros de 5% ao mês?
a) Entre 25,00 e 28,00
b) Entre 29,00 e 32,00
c) entre 33,00 e 36,00
d) entre 37,00 e 40,00
e) Entre 41,00 e 43,00
Comentários
Lançamento no momento da contratação do empréstimo:
D. Bancos conta movimento (ativo) X
D. Juros Passivos a Vencer (red. passivo) 50
C. Empréstimos a pagar (passivo) 50 + x
Ao longo do período temos o seguinte lançamento (mês a mês):
D. Juros passivos 50/2 = 25
C. Juros Antecipados 25
Como se passou um mês (01/12/02 a 31/12/02) a conta Juros Antecipados fica 
com o seguinte saldo:
50 - 25 = 25
Gabarito ^ A.
14. (ESAF/TRF/2002) Observe o seguinte lançamento, constante do Diário da 
Firma Violetas - ME, do qual foi, cuidadosa e didaticamente, suprimido o 
histórico para fins de concurso.
Duplicatas Descontadas 
a Diversos
Valor que se registra em decorrência
a Bancos c/ Movimento......................
a Duplicatas a Receber.......................
4.000,00
O histórico suprimido no lançamento supra descrito deverá descrever a
a) quitação de desconto bancário, com devolução de duplicatas não recebidas.
b) quitação de desconto bancário, com liquidação de duplicatas recebidas.
............, a saber:
R$ 1.300,00
R$ 2.700,00 R$
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c) contratação de desconto bancário, com entrega de duplicatas, recebendo 
parte do dinheiro em conta corrente.
d) quitação de desconto bancário, com devolução de duplicatas não recebidas e 
liquidação de duplicatas recebidas.
e) quitação de desconto bancário, com liquidação de duplicatas recebidas e 
devolução de duplicatas não recebidas.
Comentários
Reavivamos os conceitos sobre duplicatas descontadas expostos no transcurso 
da aula.
1) Pelo registro do desconto creditado em conta:
D - Banco C/Movimento (Ativo Circulante)
C - Duplicatas Descontadas (Ativo Circulante)
2) Pelo registro do débito bancário, relativo a juros e encargos sobre a 
operação:
D - Encargos Financeiros a Transcorrer (Ativo Circulante)
C - Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante)
3) Com o transcurso dos meses e o registro pelo regime de competência:
D - Despesa de juros 
C - Encargos financeiros a transcorrer
4) Quando da liquidação da duplicata descontada pelo cliente:
D - Duplicatas Descontadas (Ativo Circulante)
C - Duplicatas a Receber (Ativo Circulante)
5) Na hipótese do cliente não ter liquidado a duplicata e o banco debitar o 
respectivo valor na conta da empresa, então o lançamento será:
D - Duplicatas Descontadas (Ativo Circulante) 1.000,00
C - Banco C/Movimento (Ativo Circulante) 1.000,00
Portanto, o lançamento apresentado à questão é uma mistura dos lançamentos 
de número 4 e 5, ou seja, parte das duplicatas foram quitadas pelos clientes, 
parte foram devolvidas.
Observação: esta é a resolução á época da questão. Atualmente, 
Duplicatas Descontadas ficam no Passivo___________________________
Gabarito ^ D.
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15. (ESAF/Contador/Recife/2003) Numa operação de tomada de empréstimo 
por uma empresa junto a um banco comercial, no valor de R$ 100.000,00, para 
pagamento após três meses, com desconto inicial de juros de R$ 10.000,00, o 
valor desse encargo financeiro deve ser lançado, no momento do registro do 
ingresso da importância líquida na conta Bancos conta Movimento, como
a) despesa do mês
b) ativo diferido
c) resultado de exercícios futuros
d) juros a incorrer, retificando o passivo de empréstimos
e) lucros acumulados.
Comentários
Pelo recebimento do valor, lançaremos:
D - Bancos (ativo) 90.000,00
D - Juros passivos a transcorrer (ret. passivo) 10.000,00 
C - Empréstimos a pagar (passivo) 100.000,00
Portanto, os juros pagos antecipadamente ficam retificando o passivo.
Gabarito ^ D.
16. (TCE/ES/ESAF) Ao encerrar o exercício social, a empresa Personal Ltda. 
constituiu a provisão para férias, segundo os critérios da legislação pertinente, 
com base na remuneração mensal dos empregados e no número de dias de 
férias a que já tinham direito na época do balanço, incluindo os encargos à base 
de 30%, sendo 10% dos segurados e 20% patronal. Apenas o acréscimo de um 
terço do valor das férias não foi incluído na provisão.
A situação descrita na época do balanço era a seguinte:
10 empregados com 12 meses de trabalho e salário mensal de R$ 1.500,00
10 empregados com 6 meses de trabalho e salário mensal de R$ 1.200,00
10 empregados com 3 meses de trabalho e salário mensal de R$ 1.000,00
Todos os empregados tinham mais de um ano de casa e nãofaltaram ao
serviço durante o período aquisitivo das férias.
Com estas informações o contador da empresa promoveu o lançamento para 
contabilizar a provisão para férias no valor de:
a) R$ 21.150,00
b) R$ 23.500,00
c) R$ 25.850,00
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d) R$ 28.200,00
e) R$ 30.550,00
Comentários
No mês em que o funcionário sai de gozo de seu período de férias recebe além 
de sua remuneração normal, o equivalente a 1/3 de seu salário. Todavia, para 
calcularmos a provisão de férias, não faremos o cálculo do 1/3, posto que a 
própria questão pediu que não computássemos.
Assim, a cada mês que o funcionário trabalha, devemos acrescer 1/12 de seu 
salário como provisão para férias.
Ainda, a questão disse que além do salário devemos computar o INSS patronal, 
no montante de R$ 20%. O INSS dos segurados já está incluso no valor do 
salário.
Façamos os cálculos.
10 empregados com 12 meses de trabalho e salário mensal de R$
1.500.00
10 funcionários x 1.500/funcionário x 12 meses x 1/12 por mês x 120 % do 
salário (100% + 20% INSS patronal) = 18.000,00
10 empregados com 6 meses de trabalho e salário mensal de R$
1.200.00
10 funcionários x 1.200/funcionário x 6 meses x 1/12 por mês x 120% =
7.200.00.
10 empregados com 3 meses de trabalho e salário mensal de R$
1.000. 00
10 funcionários x 1.000/funcionário x 3 meses x 1/12 por mês x 120% =
3.000. 00.
Assim, a conta provisão para férias estará registrada por: 18.000,00 + 7.200 +
3.000. 00 = 28.200,00.
Gabarito ^ D.
17. (ESAF/AFRF/2003) Observemos os seguintes fatos administrativos: aluguel 
de R$ 200,00 mensais que foi contratado em 30 de agosto de 2002, mas foi 
pago apenas até 30 de novembro do mesmo ano; compra de mercadorias por 
R$ 4.000,00, tendo sido vendido no mesmo ano 40% do volume adquirido, com
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lucro de 15%; salário de dezembro de R$ 500,00 com INSS de 11% dos 
empregados e 20% dos empregadores e FGTS de 8%.
Considerando o registro contábil correto desses eventos, podemos dizer que 
eles reduziram o lucro do ano de 2002 no valor de
a) R$ 1.000,00
b) R$ 1.200,00
c) R$ 1.255,00
d) R$ 1.440,00
e) R$ 1.680,00
Comentários
A despesa de aluguel incorrerá em todos os meses, independentemente do 
pagamento. Logo, teremos despesas de aluguel no valor R$ 200 x 4 meses 
(setembro a dezembro) = R$ 800,00 de diminuição no lucro.
Já as mercadorias foram adquiridas por R$ 4.000,00, sendo que R$ 1.600,00 
foram vendidas, com lucro de 15% sobre o preço de custo = R$ 240,00 de 
aumento no lucro.
Por fim, as despesas de salários incluem os encargos dos trabalhadores. 
Todavia, os encargos patronais devem ser somados.
Salário = 500 + 20% x 500,00 (INSS patronal) + 8% x 500,00 (FGTS) = R$
640,00 de diminuição no lucro.
Assim, podemos afirmar que a variação no lucro foi de:
- 800 + 240 - 640 = R$ 1.200,00 (variação negativa).
Gabarito ^ B.
18. (ESAF/MPU/93) O saldo da conta Mercadorias, utilizada para registro dos 
estoques, das entradas e das saídas de mercadorias, apresentava-se credor, no 
valor de 430.
Sabendo-se que o inventário indica a existência de estoques de 270, pode se 
afirmar que o Resultado com Mercadorias foi de:
A) 160 de lucro
B) 160 de prejuízo
C) 270 de lucro
D) 430 de prejuízo
E) 700 de lucro
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Resolução:
A conta mista apresenta saldo credor de 430. Como o estoque final foi de 270, 
devemos deixar a conta mista de mercadorias com saldo devedor de 270. A 
contrapartida será o resultado com mercadorias.
Como já possui saldo credor de 430, será necessário debitá-la em +430 + 270 
= 700.
O lançamento é o seguinte:
D - Conta Mista Mercadoria 700
C - Resultado com mercadorias 700
Gabarito letra E
Outra forma de resolução:
A conta mista de mercadorias ( usada no inventário periódico) já representa o 
saldo inicial de estoque, mais as compras (do lado dos débitos) e o valor das 
vendas (créditos).
O Saldo credor de 430 significa:
Vendas (-) (Estoque inicial + compras)
Lembra da fórmula para achar o CMV : EI + C - EF = CMV ?
Após o inventário, é só jogar o valor dos estoques finais na fórmula :
Vendas (-) (Estoque inicial + compras - 270) 
vendas (-) EI (-) C (+) 270 = RCM 
430 +270 = 700 = RCM
Gabarito ^ E
19. (IPHAN-Contabilidade 2009 - Funiversa) O saldo da conta Mercadorias 
utilizada para registro dos estoques, das entradas e das saídas de mercadorias, 
apresentava-se credor, no valor de R$ 43.000,00. Sabendo-se que o inventário 
indica a existência de R$ 27.000,00, é correto afirmar que o Resultado com 
Mercadorias, em reais, foi de:
(A) 16.000,00 de lucro
(b ) 16.000,00 de prejuízo
(c ) 27.000,00 de lucro
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Estratégia
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(D) 43.000,00 de prejuízo
(E) 70.000,00 de lucro
Comentários:
Vejam que interessante, esta questão da Funiversa é idêntica à questão 
anterior da Esaf, apenas os valores foram multiplicados por 100.
Já sabemos resolver, de duas maneiras diferentes. Vamos somar o saldo credor 
com o valor do estoque final e pronto. Neste caso, 43.000 + 27.000 = 70.000.
Gabarito Letra E.
Mas vamos aproveitar para explicar a resolução de modo um pouco diferente, 
em duas etapas. Aí vai:
Trata-se da Conta Mista de Mercadorias, usada no Inventário Periódico.
A conta Mista tem esse nome, pois tem função de conta de resultado e conta 
patrimonial. Funciona assim:
A conta mercadoria registra o estoque inicial.
Depois, são registradas nessa conta as compras de mercadorias e as vendas.
Ao final do exercício, é feito o inventário periódico e acertado o saldo da conta 
mista, apurando-se o resultado com mercadorias.
Nesse exercício, fica assim:
Saldo da conta mercadorias: 43.000 credor. (este saldo representa o estoque 
inicial + compras nos lançamentos devedores e as vendas nos lançamentos 
credores).
Vamos zerar a conta mista, transferindo o saldo para resultado com 
mercadoria:
D - Conta mista de mercadoria 
C - Resultado com mercadoria
43.000
43.000
Agora vamos lançar o valor do estoque final, apurado pelo inventário:
D - Conta mista de mercadoria 
C - Resultado com mercadoria
27.000
27.000
Saldo da conta Resultado com Mercadoria: 43000+27000 = 70.000 credor
Gabarito ^ E.
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20. (ESAF/MPOG/APO/2010) A empresa Americanas Comercial efetuou uma 
compra de mercadorias por R$ 3.000,00, com ICMS de 15%, e vendeu metade 
dessa mercadoria por R$ 3.200,00, com ICMS à mesma alíquota e frete de 1% 
sobre o preço de venda.
Sabendo-se que as operações foram realizadas a prazo, o Contador vai apurar 
um saldo de
A) Contas a Pagar de R$ 3.062,00. 
b ) Contas a Receber de R$ 2.720,00.
C) Mercadorias de R$ 2.550,00.
D)Lucro com Mercadorias de R$ 1.413,00.
E) ICMS a Recolher de R$ 480,00.
Comentários:
Vamos efetuar a contabilização das operações acima:
"Uma compra de mercadorias por R$ 3.000,00, com ICMS de 15%" 
Icms: $ 3.000 x 15% = $ 450,00
D - Estoque (Ativo)
D - ICMS a recuperar (Ativo) 
C - Fornecedores (Passivo)
2.550.00
450.00 
3.000,00
"Vendeu metade dessa mercadoria por R$ 3.200,00, com ICMS à mesma 
alíquota e frete de 1% sobre o preço de venda."
Icms sobre vendas: $ 3.200,00 x 15% = $ 480,00
Frete: $ 3.200,00 x 1% = 32,00
Baixa do estoque e reconhecimento do custo:
D - CMV (resultado) 1.275,00
C - Estoque (Ativo) 1.275,00
Contabilização da venda:
D - Clientes (ativo) 3.200,00
C - Receita de vendas (Resultado) 3.200,00
D - Icms sobre vendas (Resultado) 480,00 
C - Icms a recolher (Passivo) 480,00
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D - Despesa com frete (Resultado) 32,00 
C - Fretes a pagar (passivo) 32,00
Vamos analisar as alternativas:
A) Contas a Pagar de R$ 3.062,00.
ERRADA, o valor das Contas a Pagar (passivo) é de 3.032,00 
( fornecedores 3.000 + fretes a pagar 32)
B) Contas a Receber de R$ 2.720,00.
ERRADA, o valor de Contas a Receber é de 3.200,00
C) Mercadorias de R$ 2.550,00.
ERRADA, o saldo de mercadoria (estoques) é de 1.275,00
D) Lucro com Mercadorias de R$ 1.413,00.
Vamos montar a DRE:
Receita de Vendas.................... 3.200,00
(-) Icms sobre vendas.............. (480.00)
Receita liquida........................... 2.720,00
(-) CMV......................................(1.275,00)
Lucro com mercadoria..............1.445,00
A ESAF considerou inicialmente essa alternativa como correta. Para isso, 
precisaríamos incluir o frete sobre vendas no Resultado com Mercadorias.
1.445,00 - 32,00 = 1.413,00
Ocorre que o frete sobre venda é despesa com vendas, e não redução da 
receita de vendas. Por isso, a questão foi anulada.
E) ICMS a Recolher de R$ 480,00.
ERRADA, o valor do ICMS a recolher é de 480,00 - 450,00 = 30,00 
Devemos confrontar ICMS a Recolher com Icms a Recuperar, pois trata-se de 
imposto não cumulativo.
Gabarito Provisório ^ D Gabarito Definitivo ^ Anulada
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21. (ESAF/SUSEP/Analista contr. e fiscalização/ 2010). A empresa Varejos Ltda. 
tinha em estoque 20 unidades de mercadorias contabilizado por R$ 80,00 cada 
unidade, quando negociou as seguintes operações:
1. Compra a vista de 60 unidades a R$ 100,00, pagando frete de R$ 600,00;
2. Venda a vista de 40 unidades ao preço unitário de R$ 150,00, pagando frete 
de R$ 400,00.
A negociação não sofreu nenhuma espécie de tributação, nem sobre as 
mercadorias, nem sobre o frete. Os estoques são controlados pelo método do 
custo médio ponderado móvel.
Com essas informações, podemos dizer que o negócio rendeu à empresa um 
lucro total de
A) R$ 1.500,00.
B) R$ 1.900,00.
C) R$ 1.200,00.
D) R$ 1.800,00.
E) R$ 1.000,00.
Resolução:
O frete sobre as compras compõe o custo da aquisição, e vai para o estoque.
Já o frete sobre as vendas é despesa de vendas OU despesas com frete. Não é 
dedução da receita de vendas.
No método do custo médio ponderado móvel, o calculo do custo médio é feito 
no momento de cada venda.
No caso do custo médio ponderado fixo, o estoque inicial e todas as entradas 
do mês são consideradas no cálculo, o que resulta no mesmo valor de custo 
médio para todas as vendas do mês.
Evento Quantidade Custo unitário Custo total
Estoque inicial 20 80,00 1600,00
Compra 60 110,00 6600,00
Total 80 102,50 8200,00
O custo médio ponderado móvel é de $102,50. 
Assim, podemos montar a DRE:
Vendas (40 x $150,00) 6.000,00
CMV (40 x $102,50) (4.100,00)
Lucro Bruto 1.900,00
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(-) Despesa com frete 
Lucro total
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(400,00)
1.500,00
Gabarito ^ A
22. (ESAF/RFB/Auditor/2009). A firma comercial Alvorada Mineira Ltda. adquiriu 
um bem de uso por R$ 6.000,00, pagando uma entrada de 25% em dinheiro e 
financiando o restante em três parcelas mensais e iguais. A operação foi 
tributada com ICMS de 12%. Ao ser contabilizada a operação acima, o 
patrimônio da firma Alvorada evidenciará um aumento no ativo no valor de:
A) R$ 6.720,00.
B) R$ 4.500,00.
C) R$ 5.220,00.
D) R$ 5.280,00.
E) R$ 3.780,00.
Resolução:
O bem foi adquirido por R$ 6.000,00.
Preço de aquisição 6.000
(-) ICMS sobre compras - 12%__________ (720)
Compra líquida de ICMS 5.280.
Do valor total, financiamos 25%, isto é, R$ 1.500, e pagamos 75% à vista, ou 
seja, R$ 4.500.
O lançamento fica assim:
D - Bem de uso (Aumento o ativo) 5.280
D - ICMS a recuperar (Aumenta o ativo) 720
C - Caixa (Reduz o ativo) 1.500
C - Financiamentos a pagar (Aumento a passivo exigível) 4.500
Portanto, atendendo ao comando da questão, teremos:
Variação do ativo = Aumentos - diminuições 
Variação do ativo = 5.280 + 720 - 1.500 = 4.500
Obs: consideramos que "bem de uso" corresponde ao Imobilizado, o que 
ensejaria o crédito do ICMS. Se considerarmos que "bem de uso" não dá direito 
ao crédito de ICMS, a resposta seria a mesma, e a resolução ficaria assim:
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D - Bem de uso (Aumento o ativo) 6.000
C - Caixa (Reduz o ativo) 1.500
C - Financiamentos a pagar (Aumento a passivo exigível) 4.500
Gabarito ^ B.
23. (ESAF/SEFAZ-SP/APOF/2009) Manoel encontrou o que queria: panelas de 
ferro feitas sob encomenda. Perguntando, encontrou o preço unitário de R$ 
30,00. Soube também que havia incidência de ICMS de 17%, de IPI de 6% e de 
fretes à base de R$ 1,50 por lotes de 6 panelas. Negociando, conseguiu obter 
um desconto de 8% no preço e fechou a compra de 30 panelas, para revender. 
Calculando, encontrou o custo contábil de
A) R$ 961,50.
B) R$ 808,50.
C) R$ 736,50.
D) R$ 744,60.
E) R$ 713,70.
Comentários:
O desconto incondicional diminui a base de calculo do ICMS e do PIS/COFINS, 
mas não diminui a base de calculo do IPI.
Isso ocorre quando o desconto comercial consta na nota fiscal.
Nesta questão, a ESAF considerou que o desconto já foi concedido diretamente 
no preço da mercadoria.
Cálculos:
Quando uma empresa concede desconto comercial, tal desconto pode constar 
na NF (e portanto entrará na base de cálculo do IPI ) OU ser concedido 
diretamente no preço unitário da mercadoria, e nesse caso não aparecerá na 
NF.
Vamos postar abaixo como ficariam as notas fiscais, em cada caso:
1) Sem desconto, com preço da mercadoria = 30
D escrição do Produto Q uantidade Preço unitário Total m ercadoria
Panelas de ferro 30 unid. R$ 30,00 R$ 900,00
Base ICMS ICM S Base IPI IPI TO TA L NF
R$ 900,00 R$ 153,00 R$ 900,00 R$ 54,00 R$ 954,00
Custo contábil do estoque do comprador:
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954,00 
(153,00)7,50 
808, 50
Total NF 
(-) ICMS 
(+) frete 
Total
2) Com desconto comercial de 8%, constando na NF :
D escrição do Produto Q uantidade Preço unitário Total m ercadoria
Panelas de ferro 30 R$ 30,00 R$ 900,00
Desconto concedido -R$ 72,00
Base ICM S ICM S Base IPI IPI TO TA L
R$ 828,00 R$ 140,76 R$ 900,00 R$ 54,00 R$ 882,00
Custo contábil do estoque:
Total NF 
(-) ICMS 
(+) frete 
Total
882,00 
(140,76) 
7,50 
748, 74
3) Com desconto comercial de 8%, concedido diretamente no preço do 
produto: (30,00 x 92% = 27,60 )
D escrição do Produto Q uantidade Preço unitário Total m ercadoria
Panelas de ferro 30 R$ 27,60 R$ 828,00
Base ICMS ICMS Base IPI IPI TOTAL
R$ 828,00 R$ 140,76 R$ 828,00 R$ 49,68 R$ 877,68
Custo contábil do estoque:
Total NF 
(-) ICMS 
(+) frete 
Total
877,68 
(140,76) 
7,50 
7B 4,42
Houve uma pequena diferença, na situação 3, em relação ao cálculo da banca.
Mas, se usarmos o valor unitário, o cálculo bate:
Cálculo sobre o valor unitário :
Preço da mercadoria 27,60
(-)ICMS (17%) (4,69)
(+) IPI 6% 1,66
Custo unitário 24,57
x 30 unidades 737,10
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(+) fretes
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7, 50
Valor do custo contábil 744,60 (Gabarito)
Os livros de contabilidade mencionam que o desconto comercial deve constar 
na NF.
Esta afirmação deve ser entendida da seguinte forma: para serem reconhecidos 
e contabilizados, os descontos comerciais devem constar na NF.
Mas, não há nenhum impedimento para que a empresa conceda o desconto 
diretamente no preço, como na situação 3 acima.
Geralmente, as questões envolvendo descontos comercial referem-se à situação 
2 ( com o desconto constando na NF ).
Devemos ressaltar que esta foi a única questão da ESAF que encontramos com 
este método de cálculo.
Gabarito ^ D
24. (ESAF/IRB/Analista - contador/2006) A firma Lojas Entrepostos S/A, 
operando mercadorias isentas de tributação, inclusive quanto a PIS e COFINS, 
apresentou o seguinte movimento de estoques, o qual numeramos para indicar 
a ordem cronológica:
1 - compra de 15 unidades por R$ 1.500,00;
2 - compra de 30 unidades por R$ 4.500,00;
3 - venda de 48 unidades por R$ 9.600,00;
4 - compra de 60 unidades por R$ 9.600,00;
5 - venda de 67 unidades por R$ 13.500,00.
Observações: O estoque inicial do período era de 18 unidades avaliado em 
R$1.620,00. De acordo com essas informações podemos mensurar que o 
estoque final foi de apenas 8 unidades ao custo unitário de
A) R$ 160,00, se a avaliação for feita pelo critério UEPS.
b ) R$ 150,00, se a avaliação for feita pelo critério PEPS.
C) R$ 125,00, se a avaliação for feita pelo critério Preço Médio.
D) R$ 90,00, se a avaliação for feita pelo critério UEPS.
E) R$ 90,00, se a avaliação for feita pelo critério PEPS.
Comentários
Não perca tempo elaborando o quadro completo de controle de estoque. Veja o 
seguinte: o estoque final é de 8 unidades (dado da questão). Analisando a 
movimentação da quantidade de estoque, temos o seguinte:
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Unidades Estoque final
Estoque inicial 18 18
1 - compra 15 33
2 - compra 30 63
3 - venda -48 15
4 - compra 60 75
5 - venda -67 8
Como a quantidade sempre foi maior que 8 unidades e a última compra foi de 
60 unidades, o estoque, calculado pelo PEPS, sairá da última compra. Calculado 
pelo UEPS, sairá do estoque inicial. Se não for nem PEPS e nem UEPS, será a 
alternativa C (que é a única que menciona o custo médio).
Vamos resolver:
Custo unitário do Estoque inicial: $ 1.620,00 / 18 = 90,00 
Já chegamos no gabarito: Letra D.
Mas vamos calcular o custo unitário da última compra, só para confirmar:
$ 9.600 / 60 = 160,00
A resposta, portanto, é custo unitário de $90,00, com o uso do critério UEPS. 
Gabarito ^ D
25. (ESAF/AFRFB/2003) A empresa Comércio Industrial Ltda. comprou 250 
latas de tinta ao custo unitário de R$ 120,00, tributadas com IPI de 5% e ICMS 
de 12%. Pagou entrada de 20% e aceitou duas duplicatas mensais de igual 
valor. A tinta adquirida foi contabilizada conforme sua natureza contábil 
funcional, com a seguinte destinação: 50 latas para consumo interno; 100 latas 
para revender; e 100 latas para usar como matéria-prima. Após efetuar o 
competente lançamento contábil, é correto afirmar que, com essa operação, os 
estoques da empresa sofreram aumento no valor de
A) R$ 31.500,00
B) R$ 30.000,00
C) R$ 28.020,00
D) R$ 27.900,00
E) R$ 26.500,00
Resolução:
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Custo unitário de $ 120,00 
IPI de 5% = 120 x 5% = $ 6,00
Preço com IPI = $ 126,00 
ICMS = 120 x 12% = $ 14,40
Custo do Estoque:
50 latas para consumo interno: neste caso, a empresa não recupera nem o IPI 
e nem o ICMS.
50 latas x $ 126,00 = $ 6.300,00
100 latas para Revender: a empresa recupera o ICMS, mas não o IPI.
Preço total $126,00 - ICMS 14,40 = $ 111,60 
100 latas x $ 111,60 = $ 11.160,00
100 latas para usar como matéria prima: a empresa recupera o IPI e o ICMS.
Preço total $126,00 - IPI 6,00 - ICMS 14,40 = $ 105,60 
100 latas x $ 105,60 = $ 10.560,00
Total do estoque: 6.300,00 + 11.160,00 + 10.560,00 = 28.020,00 
Gabarito ^ C
26. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012) Observe as seguintes 
sugestões de lançamento e assinale a opção incorreta.
a) Compras
a Diversos 
a Caixa
a Fornecedores
Neste lançamento está sendo contabilizada uma operação de compra de 
mercadorias a prazo com entrada, sem impostos.
b) Diversos 
a Caixa 
Fornecedores 
Juros
Neste lançamento está sendo contabilizado um pagamento de dívidas com 
juros.
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a Vendas 
Clientes
Impostos a Recuperar
Neste lançamento está sendo contabilizada uma venda a prazo com ICMS.
d) Fornecedores 
a Diversos
a Caixa 
a Descontos
Neste lançamento está sendo contabilizado um pagamento de dívidas com 
descontos.
e) Caixa
a Diversos 
a Clientes 
a Juros
Neste lançamento está sendo contabilizado um recebimento de créditos com 
juros.
Comentários
Todos os lançamentos estão corretos, com exceção da letra c. Senão vejamos.
Diversos 
a Vendas 
Clientes
Impostos a Recuperar
Neste lançamento está sendo contabilizada uma venda a prazo com ICMS.
O lançamento para registrar a venda a prazo é o seguinte:
Débito - Clientes 
Débito - ICMS sobre vendas 
Crédito - Receita de vendas 
Crédito - ICMS a recolher
Gabarito ^ C.
27. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012) Compra de mercadorias, 
a prazo, para revender nos Armazéns do Porto Ltda., nos seguintes termos:
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Quantidade adquirida: 2.000 unidades; 
Preço unitário de compra: R$ 2,50; 
Incidência de ICMS a 15% e de IPI a 5%.
A contabilização deverá ser efetuada da seguinte forma:
a) Débito: de Mercadorias 4.000,00 da compra
750.00 do ICMS (15%)
250.00 do IPI (5%)
e crédito de Fornecedores 5.000,00 peladívida total.
b) Débito: de Mercadorias 5.000,00 da compra
750.00 do ICMS (15%)
250.00 do IPI (5%)
e crédito de Fornecedores 6.000,00 pela dívida total.
c) Débito: de Mercadorias 5.000,00 da compra e do ICMS (15%) e de
IPI a recuperar 250,00 do IPI (5%)
e crédito de Fornecedores 5.250,00 pela dívida total.
d) Débito: de Mercadorias 4.250,00 da compra e do IPI (5%) e ICMS a 
Recuperar 750,00 do ICMS (15%)
e crédito de Fornecedores 5.000,00 pela dívida total.
e) Débito: de Mercadorias 4.500,00 da compra e do IPI (5%) e ICMS a 
Recuperar 750,00 do ICMS (15%)
e crédito de Fornecedores 5.250,00 pela dívida total.
Comentários
Como a compra é para revenda, o ICMS é recuperável. O IPI deve integrar o 
custo da mercadoria. Todavia, o IPI não vai integrar a base de cálculo do ICMS.
Total a ser integrado ao estoque: 5.000,00 - 750,00 + 250,00 = 4.500,00.
Logo:
Mercadorias 
(-) ICMS (15%) 
+ IPI
2.000,00 x 2,50 = 5.000,00
750.00
250.00
D - Mercadorias 
D - ICMS a recuperar 
C - Fornecedores
4.500.00
750.00
5.250.00
Gabarito ^ E.
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28. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012) Elabore a ficha de 
controle de estoques com os seguintes dados:
Mercadorias existentes em 01/10 = 60 unidades ao custo de R$ 20,00;
Compras a prazo em 04/10 = 100 unidades ao custo unitário de R$ 24,00; 
Vendas em 10/10 de 80 unidades ao preço unitário de R$ 30,00.
A empresa não sofre tributação e avalia os estoques a custo médio ponderado.
Com essas informações podemos dizer que a operação de venda teve um custo 
de
a) R$ 1.600,00.
b) R$ 1.680,00.
c) R$ 1.800,00.
d) R$ 1.920,00.
e) R$ 2.400,00.
Comentários
Entrada Saída To ta l
Data Q uan tid ade V a lo r Sa ldo Q uan tid ade V a lo r Saldo Q uan tid ade V a lo r Sa ldo
01 /ou t 60 20 1200
04 /ou t 100 24 2400 160 22,5 3600
10 /ou t 80 22,5 1800 80 22,5 1800
O CMV corresponde ao valor total (saldo) do campo saídas, que totaliza R$ 
1.800,00.
Gabarito ^ C.
29. (ESAF/Analista de Comércio ExRerior/MDIC/2012) O lançamento contábil 
apropriado para registrar o recebimento de notas promissórias no valor de R$
400,00 com descontos de 8% é o que segue abaixo:
a) Diversos
a Títulos a Receber 
Caixa 368,00
Descontos Passivos 32,00 400,00
b) Caixa
a Diversos 
a Títulos a Receber 368,00
a Descontos Ativos 32,00 400,00
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Teoria e exercícios comentados
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c) Diversos 
a Caixa
Títulos a Receber 368,00
Descontos Passivos 32,00 400,00
d) Caixa
a Diversos
a Títulos a Receber 400,00
a Descontos Ativos 32,00 432,00
e) Diversos 
a Caixa
Títulos a Receber 400,00
Descontos Passivos 32,00 432,00
Comentários
Como a nota promissória é um direito, eventual desconto concedido pela 
empresa será tido como uma perda, portanto, uma despesa ou desconto 
passivo.
O desconto foi de 8% x 400,00 = R$ 32,00.
Logo:
- R$ 368,00 ^ Entrou no caixa.
- R$ 32,00 ^ Foi o desconto financeiro concedido.
- R$ 400 ^ Era o que esperávamos receber e, portanto, o valor que deve ser 
baixado contra o caixa e desconto.
O lançamento é o seguinte:
D - Caixa 368,00
D - Descontos passivos 32,00 
C - Títulos a receber 400,00
Gabarito ^ A.
30. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012) O lançamento contábil 
apropriado para registrar o pagamento de duplicatas no valor de R$ 2.800,00, 
com descontos de 15%, é o que segue abaixo:
a) Diversos 
a Caixa
Duplicatas a Pagar 2.380,00
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Estratégia Contabilidade Gerai e Avançada para Auditor Fiscal da Receita Federai
1 .............. Teoria e exercícios comentados
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Descontos Ativos 420,00 2.800,00
b) Caixa
a Diversos
a Duplicatas a Pagar 2.380,00
a Descontos Ativos 420,00 2.800,00
c) Diversos
a Duplicatas a Pagar
Caixa 2.380,00
Descontos Passivos 420,00 2.800,00
d) Duplicatas a Pagar 
a Diversos
a Caixa 2.380,00
a Descontos Ativos 420,00 2.800,00
e) Duplicatas a Pagar 
a Diversos
a Caixa 2.380,00
a Descontos Passivos 420,00 2.800,00
Comentários
Trata-se de questão sobre duplicata a pagar, com a liquidação antecipada da 
obrigação. Esperava-se pagar R$ 2.800,00, no entanto, houve um desconto 
financeiro no valor de R$ 420,00 (15%). Este valor é considerado, assim, uma 
receita para a entidade, ou desconto ativo .
Logo, temos:
- Dívida: R$ 2.800,00
- Desconto:______ R$ 420,00
Total pago: R$ 2.380,00 (saiu do caixa).
O lançamento, portanto, é:
D - Fornecedores 2.800,00
C - Caixa 2.380,00
C - Descontos ativos 420,00
Gabarito, portanto, letra d.
Gabarito ^ D.
31. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2012) A empresa Redesconto S.A. 
trabalha com o desconto de duplicatas. Considerando que a operação de
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desconto foi realizada com duplicatas que tinham vencimento em 30, 60, 90 e 
120 dias, o valor dos juros descontados a serem reconhecidos no ato da 
operação devem ser contabilizados como:
a) conta redutora das duplicatas descontadas no Passivo.
b) conta redutora das Receitas, no Resultado.
c) despesa antecipada, no Ativo Circulante.
d) despesas financeiras no Resultado.
e) conta redutora das duplicatas descontadas no Ativo.
Comentários
A ESAF entende que os encargos a transcorrer devem ficar no Ativo, como 
despesa antecipada. O mais correto, tecnicamente, seria classificar como 
redutora do passivo, e apropriar conforme o prazo da operação. A resposta 
deveria ser letra a, mas a banca considerou como gabarito a letra c.
Veja o que diz o Manual de Contabilidade Societária, FIPECAFI, página 304:
"Há determinados empréstimos cujos encargos financeiros são preestabelecidos 
sem valor prefixado, sendo recebido pela empresa somente o líquido do 
empréstimo. Nesse caso, a empresa deve registrar o valor recebido na conta 
Bancos e o empréstimo total na conta de Passivo; os encargos financeiros a 
transcorrer devem ser debitados em uma conta redutora, denominada Encargos 
Financeiros a Transcorrer. Essa conta deverá ser apropriada posteriormente 
para despesas financeiras à medida do tempo transcorrido. Além disso, a 
parcela dos encargos ainda não transcorridos, e inclusa por contrapartida na 
conta de empréstimo, não representa ainda um passivo. Dessa forma, tal conta 
deve ser classificada como redução do passivo correspondente. Por esse 
motivo, o Plano de Contas já apresenta a conta Encargos Financeiros a 
Transcorrer (conta devedora) como redução dos empréstimos e financiamentos, 
estando a mesma prevista tanto no circulante com no não circulante."
Gabarito ^ C.
32. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2012) A empresa Data Power S.A. 
apura sobre sua folha de pagamentos administrativa de R$ 100.000,00 o total 
de 20% de INSS, correspondente a 12% de contribuição da parcela de 
responsabilidade da empresa e 8% da parcela do empregado. A empresa 
efetuou a contabilização de R$ 20.000,00 como despesa de INSS no resultado. 
Ao fazer a conciliação da conta, deve o contador:
a) considerar o lançamento correto, uma vez que a folha refere-se a despesas 
administrativas.
b) estornar da despesa o valor de R$8.000,00, lançando a débito da conta 
salários a pagar.
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c) reverter da despesa o valor de R$ 12.000,00, lançando contra a conta de 
INSS a recolher.
d) reconhecer mais R$ 8.000,00 a débito de despesa de INSS pertinente a 
parcela do empregado.
e) lançar um complemento de R$ 12.000,00 a crédito da conta salários a pagar.
Comentários
Os salários são registrados como despesa da empresa! O mesmo tratamento 
deve ser dado às contribuições e encargos trabalhistas que sejam ônus do 
empregador.
Sobre o INSS, devemos perquirir se os encargos são do empregador ou do 
empregado. Sendo do empregador, a empresa lançará como despesa, fora do 
montante previsto para o salário. Sendo do empregado, a empresa apenas 
reterá o valor, lançando-o como obrigação no passivo e reduzindo o montante a 
pagar aos empregados. Retém na condição de responsável.
Os lançamentos efetuados foram:
Pelo salário a pagar
D - Despesa de salário 100.000
C - Salários a pagar 100.000
Pelo INSS do empregado e do empregador
D - Despesa com INSS 20.000
C - INSS a recolher 20.000
Todavia, o correto seria:
Pelo salário a pagar
D - Despesa de salários 
C - Salários a pagar
Pelo INSS devido pelo empregador
D - Despesa com INSS 
C - INSS a recolher
Pelo INSS devido pelo empregado
D - Salários a pagar 8.000
C - INSS a recolher 8.000
100.000
100.000
12.000
12.000
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Para corrigir o lançamento incorreto, uma solução viável é estornar o 
lançamento a maior na conta Despesa com INSS (crédito), tendo-se como 
contrapartida um lançamento a débito na conta Salários a pagar:
D - Salários a pagar 8.000
C - Despesa com INSS 8.000
Gabarito definitivo ^ B.
33. (ESAF/MTUR/Contador/2014) Uma das despesas mais usuais em qualquer 
entidade é a despesa com pessoal. Tomemos como exemplo uma atividade 
realizada por apenas um empregado contratado, o qual tenha demandado 
gastos mensais com a seguinte composição:
Salário mensal do empregado R$ 1.000,00
Adiantamento salarial R$ 250,00
Previdência social, parte patronal 21%
Previdência social, parte do segurado 11%
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço 8%
Considerando que tenha sido este o fato ocorrido, podemos dizer que essa 
empresa deverá contabilizar uma despesa no valor de
a) R$ 1.400,00
b) R$ 1.320,00
c) R$ 1.290,00
d) R$ 1.210,00
e) R$ 1.150,00
Comentários:
As despesas são as seguintes:
- Salário mensal do empregado R$ 1.000,00
- Previdência social, parte patronal 21% x $1.000,00 = $ 210,00
- Fundo de Garantia por Tempo de Serviço 8% x $1.000,00 = $80,00 
Total de despesas = $1.000,00 + $210,00 + $80,00 = $1.290,00
O Adiantamento salarial não é despesa . A contabilização fica assim:
D - Adiantamento de salário (Ativo) 250,00 
C - Caixa ou Banco (Ativo) 250,00
Quando do pagamento do salário:
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C O N C U R S O S ®
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D - Despesa de salários (Resultado) 
C - Adiantamento de salário (Ativo) 
C - Caixa ou bancos (Ativo)
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1.000,00
250.00
750.00
E a Previdência Social, parte do segurado, 11%, também não é 
despesa. A empresa desconta esse valor do funcionário e repassa para o INSS.
Gabarito ^ C
34 - (ESAF/MTUR/Contador/2014) As informações abaixo foram extraídas da 
Ficha de Controle de Estoques de determinada mercadoria, na empresa 
Comercial de Varejos S.A., em 31/12/2013.
Quantidade no estoque inicial 
Quantidade comprada no período 
Quantidade vendida no período 
Preço de compra no período 
Preço de venda no período 
ICMS sobre compra 
ICMS sobre vendas 
Valor do estoque inicial
250
750
800
R$ 16,00 por unidade 
R$17.600,00 pelo total vendido 
17%
17%
R$ 3.500,00
A partir das informações acima, pode-se dizer que o valor do estoque final, 
avaliado pelo método do preço médio ponderado, é de
a) R$ 2.575,00
b) R$ 2.692,00
c) R$ 2.728,00
d) R$ 3.100,00
e) R$ 4.140,00
Comentários:
Vamos organizar os dados fornecidos pela questão:
Estoque inicial = 250 unidades e valor total de $3.500,00 
Compras: 750 unidades x $16,00 p/ unidade = $ 12.000,00
Há ICMS de 17% sobre as compras. Vamos calcular:
$12.000,00 x 17% = $2.040,00
Valor líquido das compras: $12.000,00 - $ 2.040,00 = $ 9.960,00 
Custo calculado pelo preço médio ponderado:
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Quantidade Preço Unitário Preço total
Estoque inicial 250 R$ 3.500,00
Compras 750 R$ 9.960,00
Subtotal 1.000 R$ 13,46 R$ 13.460,00
Como a quantidade vendida no período foi de 800 unidades, o estoque final é 
de 1.000 - 800 = 200 unidades.
Valor do estoque final = 200 unid. x $13,46 = $ 2.692,00 
Gabarito ^ B
35. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2014) Da folha de 
pagamento da Cia. Pagadora foram extraídos os dados abaixo:
Salários Brutos 400.000
Imposto de Renda Retido na Fonte Pessoa Física 3.400
INSS Retido 6.000
Salário Família 1.500
FGTS 32.000
Contribuição Patronal INSS 40.000
Auxílio Maternidade 2.500
Tomando como base apenas os dados fornecidos, pode-se afirmar que o total a 
ser apropriado como Despesas de Período é:
a) R$476.000.
b) R$472.000.
c) R$436.600.
d) R$400.000.
e) R$394.600.
Comentário:
A despesa da empresa é composta pelas contas:
Salários Brutos 400.000
FGTS 32.000
Contribuição Patronal INSS 40.000
Total 472.000
O Imposto de Renda Retido e o INSS retido não são despesa da empresa, que 
só retém e repassa tais valores.
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E o Salário Família e o Auxílio Maternidade são pagos pela empresa e 
descontados do valor a recolher ao INSS.
Gabarito ^ B
Dados para a resolução das questões de n. 36 a 38.
A Cia. XYZ, em 01/03/2012, apresenta ao Banco Valioso o fluxo de duplicatas a 
seguir:
Titulo
Duplicatas 1 (D1) 
Duplicatas 2 (d 2) 
Duplicatas 3 (D3)
Prazo Valores 
30 dias 1.500.000 
60 dias 1.500.000 
90 dias 1.000.000
Na ocasião, contrata uma operação de desconto a uma taxa mensal de 8% ao 
mês (juros simples) além de taxas administrativas de R$5.000 cobradas pela 
instituição financiadora.
36. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2014) De acordo com os 
dados fornecidos, pode-se afirmar que o registro inicial da operação gera:
a) um aumento total de R$3.400.000 nos passivos circulantes.
b) uma diminuição total na situação líquida de R$600.000.
c) um aumento de R$3.995.000 total nos ativos circulantes.
d) uma diminuição total de passivo circulante de R$320.000.
e) um aumento total de despesas financeiras de R$120.000.
Comentários
O valor total dos juros é de R$ 600.000,00. Aparentemente, a Douta Banca 
considerou a seguinte contabilização inicial:
D - Caixa/bancos (Ativo)
D - Juros a transcorrer (Ativo)
D - Despesas Bancárias (Resultado)
C - Duplicatas Descontadas(Passivo)
3.395.000
600.000 
5.000 
4.000.000
Os juros a transcorrer deveriam ser classificados no Passivo, como conta 
retificadora das Duplicatas Descontadas.
Mas é bem conhecida a posição da ESAF de classificar tal conta no Ativo 
Circulante.
Muito bem. Aceitamos. Vamos discutir outro ponto.
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A taxa administrativa de R$5.000,00 deve ser incluída nos Encargos Financeiros 
a Transcorrer, sendo apropriada no prazo da operação, por competência.
Vejamos o texto do CPC 08 (R1) - Custos de Transação:
Custos de transação são somente aqueles incorridos e diretamente atribuíveis 
às atividades necessárias exclusivamente à consecução das transações citadas 
no item 2. São, por natureza, gastos incrementais, já que não existiriam ou 
teriam sido evitados se essas transações não ocorressem.
Exemplos de custos de transação são:
i) gastos com elaboração de prospectos e relatórios;
ii) remuneração de serviços profissionais de terceiros (advogados, contadores, 
auditores, consultores, profissionais de bancos de investimento, corretores 
etc.);
iii) gastos com publicidade (inclusive os incorridos nos processos de road - 
shows);
iv) taxas e comissões;
v) custos de transferência;
vi) custos de registro etc.
Custos de transação não incluem ágios ou deságios na emissão dos títulos e 
valores mobiliários, despesas financeiras, custos internos administrativos ou 
custos de carregamento.
Despesas financeiras são os custos ou as despesas que representam o ônus 
pago ou a pagar como remuneração direta do recurso tomado emprestado do 
financiador derivado dos fatores tempo, risco, inflação, câmbio, índice específico 
de variação de preços e assemelhados; incluem, portanto, os juros, a 
atualização monetária, a variação cambial etc., mas não incluem taxas, 
descontos, prêmios, despesas administrativas, honorários etc.
Encargos financeiros são a soma das despesas financeiras, dos custos de 
transação, prêmios, descontos, ágios, deságios e assemelhados, a qual 
representa a diferença entre os valores recebidos e os valores pagos (ou a 
pagar) a terceiros.
Contabilização da captação de recursos de terceiros
11. O registro do montante inicial dos recursos captados de terceiros, 
classificáveis no passivo exigível, deve corresponder ao seu valor justo líquido 
dos custos de transação diretamente atribuíveis à emissão do passivo 
financeiro.
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12. Os encargos financeiros incorridos na captação de recursos junto a terceiros 
devem ser apropriados ao resultado em função da fluência do prazo, pelo custo 
amortizado usando o método dos juros efetivos. (...)__________________________
Assim, de acordo com o pronunciamento técnico do CPC acima, a contabilização 
inicial deveria ser (já considerando o entendimento da ESAF de que os encargos 
financeiros a transcorrer ficam no Ativo):
D - Caixa/bancos (Ativo) 3.395.000
D - Encargos financeiros a transcorrer (Ativo) 605.000
C - Duplicatas Descontadas (Passivo) 4.000.000
Na mesma linha, o Manual de Contabilidade Societária, de Sérgio de Iudícibus e 
outros, Editora Atlas, 1a Edição, 2010, pg. 307:
Para melhor visualização, vejamos os registros contábeis necessários a uma 
operação de desconto de duplicatas. Suponha a existência de duplicatas a 
receber no valor de $ 1.000, descontadas em bancos, pelas quais foram 
recebidos $ 900, sendo retidos $30 a título de despesas bancárias e $ 70 a 
títulos de juros. Os registros contábeis seriam os seguintes:
a) quando do desconto das duplicatas e recebimento do valor líquido:
D - Bancos 900
D -Encargos Financeiros a transcorrer (redutora do Passivo) 100 
C - Duplicatas Descontadas (Passivo) 1000
O Manual de Contabilidade Societária classifica corretamente os Encargos 
financeiros a Transcorrer como Redutora do Passivo. Mas podemos aceitar o 
"entendimento" da banca, que costuma classificar tal conta no Ativo.
Ainda assim, não haveria resposta correta. O aumento do Ativo seria de R$ 
4.000.000, sendo $ 3.395.000 em Caixa e $ 605.000 como Encargos 
Financeiros a Transcorrer.
Portanto, solicitamos a anulação da questão por não apresentar resposta 
correta, sendo que a ESAF acatou a sugestão.
Gabarito Preliminar ^ C.
Gabarito Definitivo ^ Anulada.
37. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2014) Em 16/04/2012 o 
Banco Valioso comunica à Cia. XYZ que a duplicata (D1) não foi quitada pelo 
cliente. No aviso de cobrança bancária, enviado para a empresa, o banco 
informa que lançou na conta corrente da empresa R$1.505.500, relativos ao
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valor do título em atraso e a juros adicionais e comissão de permanência no 
valor de R$5.500. Nesse caso, a empresa deve registrar em sua contabilidade:
a) Con tas D éb ito C réd ito
Duplicatas /descontadas 1 500.000
Contas a Receber 5 500
a Bancos C/ Movimento 1 505.500
b) C on tas D éb ito C réd ito
Duplicatas /descontadas 1 505.500
a Bancos C/ Movimento 1 505.500
c) C on tas D éb ito C réd ito
Duplicatas a Receber 1 505.500
a Bancos C/ Movimento 1 505.500
d) C on tas D éb ito C réd ito
Duplicatas a Receber 1 500.000
Despesas Bancárias 5 500
a Bancos C/ Movimento 1 505.500
e) C on tas Déb ito C réd ito
Contas a Receber 1 505.500
a Duplicatas Descontadas 1 505.500
Comentários
O lançamento correto, na situação em tela, seria:
Contas Débito Crédito
Duplicatas/descontadas 1.500.000
Despesas Bancárias 5.500
a Bancos C/ Movimento 1.505.500
Pois não há justificativa, pelos dados da questão, para considerar o valor de 
$5.500, referente a juros adicionais e a comissão de permanência (despesa 
bancária), como "Contas a Receber".
Ainda que a empresa tenha a firme intenção de cobrar futuramente tal valor do 
cliente que não pagou a duplicata, não há base para contabilizá-lo como "contas 
a receber", ao invés de despesa, no resultado.
Senão, vejamos:
A contabilização em contas a receber fere o princípio da prudência, pois deixa 
de reconhecer uma despesa que já ocorreu.
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Fere o princípio da Oportunidade, pois não fornece informações integras e 
tempestivas, ao não contabilizar a despesa.
Fere o princípio da competência, deixando de reconhecer uma despesa já 
ocorrida.
E não atende à definição de Ativo:
"Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos 
passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a 
entidade".
O único evento passado, na situação retratada, é o pagamento de juros e 
despesas ao banco. Se a empresa PRETENDE cobrar isso do seu cliente, que 
cobre primeiro e depois reconheça um ativo.
Assim, por não apresentar alternativa correta, pedimos a anulação da questão, 
que foi acatada pela banca.
Gabarito Preliminar ^ A.
Gabarito definitivo ^ Anulada.
38. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2014) De acordo com as 
normas contábeis atualizadas, os juros cobrados sobre a operação de desconto 
devem ser:
a) lançadoscomo despesa financeira após o recebimento do último título 
descontado.
b) contabilizados pelo montante total dos juros descontados como despesas no 
momento inicial da operação.
c) registrados como despesas financeiras no momento da quitação de cada um 
dos títulos descontados.
d) registrados como despesa financeira em três parcelas iguais através de 
rateio do total por 90 dias.
e) transferidos para o resultado como despesa financeira de acordo com o 
regime de competência.
Comentários
Dissemos que os encargos financeiros devem ficar registrados em conta 
retificadora do passivo e ser apropriados ao resultado como despesa financeira, 
de acordo com o regime de competência.
Entretanto, a ESAF considera que os encargos financeiros devem ficar no Ativo, 
como se fossem despesas antecipadas, sendo apropriados ao resultado como 
despesa financeira, de acordo com o regime de competência
Gabarito ^ E.
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13. LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA
1. (ESAF/AFRFB/2002.2) Em 01.10.01 foram descontadas duplicatas em banco. 
Uma duplicata no valor de R$ 10.000,00, com vencimento para 10.11.01, não 
foi liquidada e o banco transferiu para cobrança simples, no dia do vencimento.
Em 01.12.01, após conseguir um abatimento de 30% no valor da duplicata, o 
cliente liquidou a dívida junto ao banco, pagando, ainda, juros de R$ 70,00.
O registro contábil da operação realizada no dia 01.12.01 foi assim feito pelo 
emitente da duplicata:
a) Diversos 
a Diversos
Abatimentos Concedidos 
Bancos c/ Movimento 
a Duplicatas a Receber 
a Juros Ativos
b) Diversos 
a Diversos
Duplicatas Descontadas 
Juros Ativos 
a Bancos c/ Movimento 
a Abatimentos Concedidos
c) Diversos 
a Diversos
Bancos c/ Movimento 
Abatimentos Auferidos 
a Duplicatas Descontadas 
a Juros Ativos
d) Duplicatas Descontadas 
a Diversos
a Bancos c/ Movimento 
a Abatimentos Auferidos
e) Diversos 
a Diversos
Duplicatas a Receber 
Juros Ativos 
a Abatimentos Obtidos 
a Bancos c/ Movimento
3.000. 00
7.070.00 10.070,00
10.000. 00
70.00 10.070,00
10.000,00
70.00 10.070,00
7.070.00
3.000,00 10.070,00
7.070.00
3.000. 00 10.070,00
10.000. 00
70.00 10.070,00 
10.000,00 10.000,00
7.000. 00
3.000. 00 10.000,00
10.000,00
70.00 10.070,00 
3.000,00
7.070.00 10.070,00
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2. (ESAF/AFTE/RN/2005) Às 9 horas do dia 25 de novembro, a empresa 
Alvoradinha Ltda. praticou o seguinte fato contábil: recebimento, em cheque, 
de duplicatas no valor de R$ 2.200,00, com incidência de juros à taxa de 10% 
(dez por cento). Para contabilizar aludido fenômeno patrimonial em um único 
lançamento o Contador deverá fazê-lo como segue.
a) Caixa 
a Diversos
a saber:
2.200,00
220,00 2.420,00
b) Caixa 
a Diversos
P/recebimento desta data, 
a Duplicatas a Receber 
Valor principal 
a Juros Ativos 
Valor dos juros incidentes
P/recebimento desta data, a saber: 
a Duplicatas a Receber 
valor principal 2.000,00
a Juros Ativos
valor dos juros incidentes 200,00 2.200,00
c) Bancos conta Movimento 
a Diversos
P/recebimento desta data, a saber: 
a Duplicatas a Receber 
valor principal 2.200,00 
a Juros Ativos
valor dos juros incidentes 220,00 2.420,00
d) Diversos
a Duplicatas a Receber
P/recebimento desta data, a saber:
Caixa
valor principal 2.000,00
Juros Ativos
valor dos juros incidentes 200,00 2.200,00
e) Bancos Conta Movimento 
a Diversos
P/recebimento nesta data, a saber:
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a Duplicatas a Receber 
valor principal 2.000,00 
a Juros Ativos
valor dos juros incidentes 200,00 2.200,00
3. (ESAF/AFTM/Fortaleza/2003) Analisando um desconto de duplicata em
02.01.03, pelo prazo de 15 dias, no valor de R$ 200,00, com despesas 
financeiras no montante de R$ 15,00, deduzidas pelo banco no momento da 
liberação do dinheiro, assinale a seguir a única opção que indica o registro 
correto da operação.
Valores em R$
Contas Débito Crédito
a) Diversos
a Duplicatas Descontadas 200,00
Bancos Conta Movimento 185,00
Despesas Financeiras 15,00
b) Diversos
a Duplicatas a Receber 200,00
Bancos Conta Movimento 185,00
Despesas Financeiras 15,00
c) Duplicatas a Receber 
a Diversos
200,00
a Bancos Conta Movimento 185,00
a Despesas Financeiras 15,00
d) Duplicatas Descontadas 
a Diversos
200,00
a Bancos Conta Movimento 185,00
a Despesas Financeiras 15,00
e) Bancos Conta Movimento 
a Diversos
200,00
a Duplicatas a Receber 185,00
a Despesas Financeiras 15,00
4. (ESAF/AFTM/Recife/2003) A empresa Comercial Lâmina Ltda. descontou 
uma duplicata em 02.01.03, pelo prazo de 15 dias, no valor de R$ 100,00. O 
Banco deduziu do valor a importância de R$ 5,00, referente a Despesas 
Financeiras. O registro contábil da operação está correto em uma única opção. 
Assinale-a.
Valores em R$
Contas Débito Crédito
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a) Diversos
a Duplicatas Descontadas 
Bancos Conta Movimento 
Despesas Financeiras
95.00
5.00
100,00
b) Diversos
a Duplicatas a Receber 
Bancos Conta Movimento 
Despesas Financeiras
95.00
5.00
100,00
c) Duplicatas a Receber 
a Diversos
a Bancos Conta Movimento 
a Despesas Financeiras
100,00
95.00
5.00
d) Duplicatas Descontadas 
a Diversos
a Bancos Conta Movimento 
a Despesas Financeiras
100,00
95.00
5.00
e) Bancos Conta Movimento 
a Diversos
a Duplicatas a Receber 
a Despesas Financeiras
100,00
95.00
5.00
5. (ESAF/Analista de Mercados de Capitais/CVM/2010) O Banco do Brasil emitiu 
aviso de débito comunicando à empresa Fermônio S/A a quitação de uma de 
suas duplicatas da Carteira de Desconto, no valor de R$ 2.000,00. Ao receber 
tal aviso, a empresa tomadora do empréstimo contabilizou o evento, lançando:
a) débito em Duplicatas Descontadas e crédito em Bancos conta Movimento.
b) débito em Duplicatas a Receber e crédito em Duplicatas Descontadas.
c) débito em Bancos conta Movimento e crédito em Duplicatas Descontadas.
d) débito em Bancos conta Movimento e crédito em Duplicatas a Receber.
e) débito em Duplicatas Descontadas e crédito em Duplicatas a Receber.
6. (ESAF/AFTM/Recife/2003) A empresa Ômega Ltda. determinou ao Banco do 
Brasil que protestasse um título, que estava em seu poder para cobrança, no 
valor de R$ 20,00; não suficiente, envidou esforços judiciais sem sucesso. A 
venda que originou o título havia acontecido no exercício anterior. Ao final do 
exercício anterior, a empresa possuía o seguinte Balanço Patrimonial:
Valores em R$
ATIVO
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Ativo Circulante 130,00 
Disponibilidades 10,00 
Caixa e Bancos 10,00 
Realizável a Curto Prazo 120,00 
Duplicatasa Receber 100,00 
Devedores Duvidosos -30,00 
Estoques 50,00 
Ativo Permanente 80,00 
Imobilizado 100,00 
Depreciação acumulada -20,00 
ATIVO TOTAL 210,00
PASSIVO
Passivo Circulante 80,00 
Fornecedores 80,00 
Patrimônio Líquido 130,00 
Capital Social 80,00 
Reserva Legal 10,00 
Lucros Acumulados 40,00
TOTAL DO PASSIVO 210,00
O registro contábil da operação, de baixa do título, está presente na única 
opção correta. Assinale- a.
Valores em R$ Contas Débito Crédito
a) Despesas com Títulos Incobráveis 
a Duplicatas Descontadas
20,00 20,00
b) Devedores Duvidosos 
a Duplicatas a Receber
20,00
20,00
c) Despesas com Títulos Incobráveis 
a Duplicatas a Receber
20,00
20,00
d) Ajuste de Exercícios Anteriores 
a Duplicatas a Receber
20,00
20,00
e) Despesas com Títulos Incobráveis 
a Bancos Conta Movimento
20,00
20,00
7. (ESAF/AFRFB/2009) Ao elaborar a folha de pagamento relativa ao mês de 
abril, a empresa Rosácea Areal Ltda. computou os seguintes elementos e 
valores:
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Salários e ordenados R$ 63.000,00 
Horas-extras R$ 3.500,00 
Salário-família R$ 80,00 
Salário-maternidade R$ 1.500,00 
INSS contribuição Segurados R$ 4.800,00 
INSS contribuição Patronal R$ 9.030,00 
FGTS R$ 5.320,00
Considerando todas essas informações, desconsiderando qualquer outra forma 
de tributação, inclusive de imposto de renda na fonte, pode-se dizer que a 
despesa efetiva a ser contabilizada na empresa será de
a) R$ 66.500,00.
b) R$ 87.230,00.
c) R$ 79.270,00.
d) R$ 77.630,00.
e) R$ 80.850,00.
8. (ESAF/Analista de Mercados de Capitais/CVM/2010) Ao apurar o resultado no 
fim do período contábil, a empresa encontrou um lucro líquido, antes dos 
tributos sobre o lucro e das participações, no montante de R$ 1.520,00.
A planilha de custos trazida para compor o resultado do período continha juros 
relativos a dezembro de 2009, já pagos, no valor de R$ 125,00; juros relativos 
a janeiro de 2010, ainda não pagos, no valor de R$ 180,00; juros relativos a 
dezembro de 2009, ainda não pagos, no valor de R$ 160,00; juros relativos a 
janeiro de 2010, já pagos, no valor de R$ 200,00. Referida planilha já havia 
sido contabilizada segundo o regime de caixa.
As demais contas estavam certas, com saldos já contabilizados, segundo o 
regime de competência. A empresa, então, mandou promover o registro 
contábil das alterações necessárias para apresentar os eventos segundo o 
regime de competência, em obediência à regulamentação vigente.
Após os lançamentos cabíveis, o rédito do período passou a ser lucro de
a) R$ 1.180,00
b) R$ 1.195,00
c) R$ 1.360,00
d) R$ 1.560,00
e) R$ 1.235,00
9. (ESAF/ISS RJ/2010) A firma Armazém Prá-lá-de-bom Ltda. controla seus 
estoques de forma permanente, com avaliação contábil pelo critério UEPS e, no 
mês de abril, teve a seguinte movimentação com mercadorias, isentas de 
tributação e negociadas à vista:
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1 / estoque inicial de 35 unidades a R$ 10,00 cada uma;
2 / entrada de 30 unidades a R$ 15,00 cada uma;
3 / venda de 40 unidades a R$ 20,00 cada uma;
4 / entrada de 25 unidades a R$ 18,00 cada uma; e, por último;
5 / saída de 20 unidades a R$ 20,00 cada uma.
No fim do período, ao ser computado o estoque, certamente, vamos encontrar 
o seu valor contábil avaliado em:
a) R$ 300,00.
b) R$ 340,00.
c) R$ 454,80.
d) R$ 500,00.
e) R$ 525,00.
10. (ESAF/ISS RJ/2010) A Companhia das Lavras recebeu um título de
6.500,00 fora da data de vencimento e, por isso, cobrou encargos financeiros 
de 6%. O recebimento ocorreu em cheque do Banco do Brasil S/A. Ao 
contabilizar o evento, a Companhia das Lavras deverá fazer o seguinte 
lançamento:
a) Bancos conta Movimento 
a Diversos
a Títulos a Receber 6.500,00 
a Receitas Financeiras 390,00 6.890,00
b) Caixa
a Diversos
a Títulos a Receber 6.500,00 
a Receitas Financeiras 390,00 6.890,00
c) Diversos
a Bancos conta Movimento 
Títulos a Receber 6.500,00 
Receitas Financeiras 390,00 6.890,00
d) Diversos
a Títulos a Receber 
Caixa 6.110,00
Receitas Financeiras 390,00 6.500,00
e) Bancos conta Movimento 
a Títulos a Receber 6.890,00
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11. (ESAF/AFPS/2002) A empresa Arbóresse Ltda. mandou elaborar a folha de 
pagamento do mês de outubro com os seguintes dados:
Salários e Ordenados R$ 21.000,00;
Horas Extras trabalhadas R$ 2.000,00;
Imposto de Renda Retido na Fonte R$ 2.500,00; 
Contribuição para o INSS, parte dos empregados 11%; 
Contribuição para o INSS, parte patronal 20%; 
Depósito para o FGTS 8%.
Com base nos dados e informações acima fornecidos, pode-se dizer que a 
empresa, em decorrência dessa folha de pagamento, terá despesas totais no 
valor de
a) R$ 29.440,00
b) R$ 31.970,00
c) R$ 34.470,00
d) R$ 26.910,00
e) R$ 24.410,00
12. (ESAF/AFTE/RN/2005) A pequena empresa Comercial Arruda possui apenas 
dois empregados: João, com salário bruto mensal de R$ 4.000,00 e Alberto, 
com salário mensal de apenas R$ 800,00.
Os encargos da folha de pagamento são os seguintes:
• INSS referente ao João: 11%;
• INSS referente ao Alberto: 8%;
• INSS referente ao Empregador: 20%;
• FGTS dos empregados: 8%;
• foi concedido adiantamento salarial de R$ 800,00 para João.
Ao elaborar a folha de pagamento do mês, a empresa vai contabilizar despesas 
no valor total de
a) R$ 6.648,00.
b) R$ 6.144,00.
c) R$ 5.760,00.
d) R$ 5.640,00.
e) R$ 5.344,00.
13. (ESAF/AFTM/Recife/2003) A empresa Alfa Beta S/A contraiu um 
empréstimo para capital de giro, em 1° de dezembro de 2002, com vencimento 
para 31 de janeiro de 2003. As despesas financeiras somaram R$50,00, para 
todo o período e foram pagas antecipadamente. Em 31 de dezembro de 2002,
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na ocasião do encerramento do exercício, qual será o valor que estará presente 
na conta de juros antecipados, considerando juros de 5% ao mês?
a) Entre 25,00 e 28,00
b) Entre 29,00 e 32,00
c) entre 33,00 e 36,00
d) entre 37,00 e 40,00
e) Entre 41,00 e 43,00
14. (ESAF/TRF/2002) Observe o seguinte lançamento, constante do Diário da 
Firma Violetas - ME, do qual foi, cuidadosa e didaticamente, suprimido o 
histórico para fins de concurso.
Duplicatas Descontadas 
a Diversos
Valor que se registra em decorrência
a Bancos c/ Movimento......................
a Duplicatas a Receber.......................
4.000,00
O histórico suprimido no lançamento supra descrito deverá descrever a
a) quitação de desconto bancário, com devolução de duplicatas não recebidas.
b) quitação de desconto bancário, com liquidação de duplicatas recebidas.
c) contratação de desconto bancário, com entrega de duplicatas, recebendo 
parte do dinheiro em conta corrente.
d) quitação de desconto bancário, com devolução de duplicatas não recebidas e 
liquidação de duplicatas recebidas.
e) quitação de desconto bancário, com liquidação de duplicatas recebidas e 
devolução de duplicatas não recebidas.
............,a saber:
R$ 1.300,00
R$ 2.700,00 R$
15. (ESAF/Contador/Recife/2003) Numa operação de tomada de empréstimo 
por uma empresa junto a um banco cp mercial, no valor de R$ 100.000,00, para 
pagamento após três meses, com desconto inicial de juros de R$ 10.000,00, o 
valor desse encargo financeiro deve ser lançado, no momento do registro do 
ingresso da importância líquida na conta Bancos conta Movimento, como
a) despesa do mês
b) ativo diferido
c) resultado de exercícios futuros
d) juros a incorrer, retificando o passivo de empréstimos
e) lucros acumulados.
16. (TCE/ES/ESAF) Ao encerrar o exercício social, a empresa Personal Ltda. 
constituiu a provisão para férias, segundo os critérios da legislação pertinente,
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com base na remuneração mensal dos empregados e no número de dias de 
férias a que já tinham direito na época do balanço, incluindo os encargos à base 
de 30%, sendo 10% dos segurados e 20% patronal. Apenas o acréscimo de um 
terço do valor das férias não foi incluído na provisão.
A situação descrita na época do balanço era a seguinte:
10 empregados com 12 meses de trabalho e salário mensal de R$ 1.500,00
10 empregados com 6 meses de trabalho e salário mensal de R$ 1.200,00
10 empregados com 3 meses de trabalho e salário mensal de R$ 1.000,00
Todos os empregados tinham mais de um ano de casa e não faltaram ao 
serviço durante o período aquisitivo das férias.
Com estas informações o contador da empresa promoveu o lançamento para 
contabilizar a provisão para férias no valor de:
a) R$ 21.150,00
b) R$ 23.500,00
c) R$ 25.850,00
d) R$ 28.200,00
e) R$ 30.550,00
17. (ESAF/AFRF/2003) Observemos os seguintes fatos administrativos: aluguel 
de R$ 200,00 mensais que foi contratado em 30 de agosto de 2002, mas foi 
pago apenas até 30 de novembro do mesmo ano; compra de mercadorias por 
R$ 4.000,00, tendo sido vendido no mesmo ano 40% do volume adquirido, com 
lucro de 15%; salário de dezembro de R$ 500,00 com INSS de 11% dos 
empregados e 20% dos empregadores e FGTS de 8%.
Considerando o registro contábil correto desses eventos, podemos dizer que 
eles reduziram o lucro do ano de 2002 no valor de
a) R$ 1.000,00
b) R$ 1.200,00
c) R$ 1.255,00
d) R$ 1.440,00
e) R$ 1.680,00
18. (ESAF/MPU/93) O saldo da conta Mercadorias, utilizada para registro dos 
estoques, das entradas e das saídas de mercadorias, apresentava-se credor, no 
valor de 430.
Sabendo-se que o inventário indica a existência de estoques de 270, pode se 
afirmar que o Resultado com Mercadorias foi de:
A) 160 de lucro
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C) 270 de lucro
D) 430 de prejuízo
E) 700 de lucro
19. (IPHAN-Contabilidade 2009 - Funiversa) O saldo da conta Mercadorias 
utilizada para registro dos estoques, das entradas e das saídas de mercadorias, 
apresentava-se credor, no valor de R$ 43.000,00. Sabendo-se que o inventário 
indica a existência de R$ 27.000,00, é correto afirmar que o Resultado com 
Mercadorias, em reais, foi de:
(A) 16.000,00 de lucro
(b ) 16.000,00 de prejuízo
(c ) 27.000,00 de lucro
(d ) 43.000,00 de prejuízo
(e ) 70.000,00 de lucro
20. (ESAF/MPOG/APO/2010) A empresa Americanas Comercial efetuou uma 
compra de mercadorias por R$ 3.000,00, com ICMS de 15%, e vendeu metade 
dessa mercadoria por R$ 3.200,00, com ICMS à mesma alíquota e frete de 1% 
sobre o preço de venda.
Sabendo-se que as operações foram realizadas a prazo, o Contador vai apurar 
um saldo de
A) Contas a Pagar de R$ 3.062,00.
b ) Contas a Receber de R$ 2.720,00.
C) Mercadorias de R$ 2.550,00.
D) Lucro com Mercadorias de R$ 1.413,00.
E) ICMS a Recolher de R$ 480,00.
21. (ESAF/SUSEP/Analista contr. e fiscalização/ 2010). A empresa Varejos Ltda. 
tinha em estoque 20 unidades de mercadorias contabilizado por R$ 80,00 cada 
unidade, quando negociou as seguintes operações:
1. Compra a vista de 60 unidades a R$ 100,00, pagando frete de R$ 600,00;
2. Venda a vista de 40 unidades ao preço unitário de R$ 150,00, pagando frete 
de R$ 400,00.
A negociação não sofreu nenhuma espécie de tributação, nem sobre as 
mercadorias, nem sobre o frete. Os estoques são controlados pelo método do 
custo médio ponderado móvel.
Com essas informações, podemos dizer que o negócio rendeu à empresa um 
lucro total de
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A) R$ 1.500,00.
B) R$ 1.900,00.
C) R$ 1.200,00.
D) R$ 1.800,00.
E) R$ 1.000,00.
22. (ESAF/RFB/Auditor/2009). A firma comercial Alvorada Mineira Ltda. adquiriu 
um bem de uso por R$ 6.000,00, pagando uma entrada de 25% em dinheiro e 
financiando o restante em três parcelas mensais e iguais. A operação foi 
tributada com ICMS de 12%. Ao ser contabilizada a operação acima, o 
patrimônio da firma Alvorada evidenciará um aumento no ativo no valor de:
A) R$ 6.720,00.
B) R$ 4.500,00.
C) R$ 5.220,00.
D) R$ 5.280,00.
E) R$ 3.780,00.
23. (ESAF/SEFAZ-SP/APOF/2009) Manoel encontrou o que queria: panelas de 
ferro feitas sob encomenda. Perguntando, encontrou o preço unitário de R$ 
30,00. Soube também que havia incidência de ICMS de 17%, de IPI de 6% e de 
fretes à base de R$ 1,50 por lotes de 6 panelas. Negociando, conseguiu obter 
um desconto de 8% no preço e fechou a compra de 30 panelas, para revender. 
Calculando, encontrou o custo contábil de
A) R$ 961,50.
B) R$ 808,50.
C) R$ 736,50.
D) R$ 744,60.
E) R$ 713,70.
24. (ESAF/IRB/Analista - contador/2006) A firma Lojas Entrepostos S/A, 
operando mercadorias isentas de trig utação, inclusive quanto a PIS e COFINS, 
apresentou o seguinte movimento de estoques, o qual numeramos para indicar 
a ordem cronológica:
1 - compra de 15 unidades por R$ 1.500,00;
2 - compra de 30 unidades por R$ 4.500,00;
3 - venda de 48 unidades por R$ 9.600,00;
4 - compra de 60 unidades por R$ 9.600,00;
5 - venda de 67 unidades por R$ 13.500,00.
Observações: O estoque inicial do período era de 18 unidades avaliado em 
R$1.620,00. De acordo com essas informações podemos mensurar que o 
estoque final foi de apenas 8 unidades ao custo unitário de
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A) R$ 160,00, se a avaliação for feita pelo critério UEPS.
B) R$ 150,00, se a avaliação for feita pelo critério PEPS.
C) R$ 125,00, se a avaliação for feita pelo critério Preço Médio.
D) R$ 90,00, se a avaliação for feita pelo critério UEPS.
E) R$ 90,00, se a avaliação for feita pelo critério PEPS.
25. (ESAF/AFRFB/2003) A empresa Comércio Industrial Ltda. comprou 250 
latas de tinta ao custo unitário de R$ 120,00, tributadas com IPI de 5% e ICMS 
de 12%. Pagou entrada de 20% e aceitou duas duplicatas mensais de igual 
valor. A tinta adquirida foi contabilizada conforme sua natureza contábil 
funcional, com a seguinte destinação: 50 latas para consumo interno; 100 latas 
para revender; e 100 latas para usar como matéria-prima. Após efetuar o 
competente lançamento contábil, é correto afirmar que, com essa operação, os 
estoques da empresa sofreram aumento no valor de
A) R$ 31.500,00
B) R$ 30.000,00
C) R$ 28.020,00
D) R$ 27.900,00
E) R$ 26.500,00
26. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012) Observe as seguintes 
sugestões de lançamento e assinale a opção incorreta.a) Compras
a Diversos 
a Caixa
a Fornecedores
Neste lançamento está sendo contabilizada uma operação de compra de 
mercadorias a prazo com entrada, sem impostos.
b) Diversos 
a Caixa 
Fornecedores 
Juros
Neste lançamento está sendo contabilizado um pagamento de dívidas com 
juros.
c) Diversos 
a Vendas 
Clientes
Impostos a Recuperar
Neste lançamento está sendo contabilizada uma venda a prazo com ICMS.
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d) Fornecedores 
a Diversos
a Caixa 
a Descontos
Neste lançamento está sendo contabilizado um pagamento de dívidas com 
descontos.
e) Caixa
a Diversos 
a Clientes 
a Juros
Neste lançamento está sendo contabilizado um recebimento de créditos com 
juros.
27. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012) Compra de mercadorias, 
a prazo, para revender nos Armazéns do Porto Ltda., nos seguintes termos:
Quantidade adquirida: 2.000 unidades;
Preço unitário de compra: R$ 2,50;
Incidência de ICMS a 15% e de IPI a 5%.
A contabilização deverá ser efetuada da seguinte forma:
a) Débito: de Mercadorias
e crédito de Fornecedores
b) Débito: de Mercadorias
e crédito de Fornecedores
4.000. 00 da compra
750.00 do ICMS (15%)
250.00 do IPI (5%)
5.000. 00 pela dívida total.
5.000. 00 da compra
750.00 do ICMS (15%)
250.00 do IPI (5%)
6.000. 00 pela dívida total.
5.000. 00 da compra e do ICMS (15%) e dec) Débito: de Mercadorias 
IPI a recuperar 250,00 do IPI (5%)
e crédito de Fornecedores 5.250,00 pela dívida total.
d) Débito: de Mercadorias 4.250,00 da compra e do IPI (5%) e ICMS a 
Recuperar 750,00 do ICMS (15%)
e crédito de Fornecedores 5.000,00 pela dívida total.
e) Débito: de Mercadorias 4.500,00 da compra e do IPI (5%) e ICMS a 
Recuperar 750,00 do ICMS (15%)
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e crédito de Fornecedores 5.250,00 pela dívida total.
28. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012) Elabore a ficha de 
controle de estoques com os seguintes dados:
Mercadorias existentes em 01/10 = 60 unidades ao custo de R$ 20,00;
Compras a prazo em 04/10 = 100 unidades ao custo unitário de R$ 24,00; 
Vendas em 10/10 de 80 unidades ao preço unitário de R$ 30,00.
A empresa não sofre tributação e avalia os estoques a custo médio ponderado.
Com essas informações podemos dizer que a operação de venda teve um custo 
de
a) R$ 1.600,00.
b) R$ 1.680,00.
c) R$ 1.800,00.
d) R$ 1.920,00.
e) R$ 2.400,00.
29. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012) O lançamento contábil 
apropriado para registrar o recebimento de notas promissórias no valor de R$
400,00 com descontos de 8% é o que segue abaixo:
a) Diversos
a Títulos a Receber
Caixa 368,00
Descontos Passivos 32,00 400,00
b) Caixa
a Diversos
a Títulos a Receber 368,00
a Descontos Ativos 32,00 400,00
c) Diversos 
a Caixa
Títulos a Receber 368,00
Descontos Passivos 32,00 400,00
d) Caixa
a Diversos
a Títulos a Receber 400,00
a Descontos Ativos 32,00 432,00
e) Diversos 
a Caixa
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Estratégia
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Títulos a Receber 400,00
Descontos Passivos 32,00 432,00
30. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012) O lançamento contábil 
apropriado para registrar o pagamento de duplicatas no valor de R$ 2.800,00, 
com descontos de 15%, é o que segue abaixo:
a) Diversos 
a Caixa
Duplicatas a Pagar 2.380,00 
Descontos Ativos 420,00 2.800,00
b) Caixa
a Diversos
a Duplicatas a Pagar 2.380,00
a Descontos Ativos 420,00 2.800,00
c) Diversos
a Duplicatas a Pagar
Caixa 2.380,00
Descontos Passivos 420,00 2.800,00
d) Duplicatas a Pagar 
a Diversos
a Caixa 2.380,00
a Descontos Ativos 420,00 2.800,00
e) Duplicatas a Pagar 
a Diversos
a Caixa 2.380,00
a Descontos Passivos 420,00 2.800,00
31. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2012) A empresa Redesconto S.A. 
trabalha com o desconto de duplicatas. Considerando que a operação de 
desconto foi realizada com duplicatas que tinham vencimento em 30, 60, 90 e 
120 dias, o valor dos juros descontados a serem reconhecidos no ato da 
operação devem ser contabilizados como:
a) conta redutora das duplicatas descontadas no Passivo.
b) conta redutora das Receitas, no Resultado.
c) despesa antecipada, no Ativo Circulante.
d) despesas financeiras no Resultado.
e) conta redutora das duplicatas descontadas no Ativo.
32. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2012) A empresa Data Power S.A. 
apura sobre sua folha de pagamentos administrativa de R$ 100.000,00 o total
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de 20% de INSS, correspondente a 12% de contribuição da parcela de 
responsabilidade da empresa e 8% da parcela do empregado. A empresa 
efetuou a contabilização de R$ 20.000,00 como despesa de INSS no resultado. 
Ao fazer a conciliação da conta, deve o contador:
a) considerar o lançamento correto, uma vez que a folha refere-se a despesas 
administrativas.
b) estornar da despesa o valor de R$ 8.000,00, lançando a débito da conta 
salários a pagar.
c) reverter da despesa o valor de R$ 12.000,00, lançando contra a conta de 
INSS a recolher.
d) reconhecer mais R$ 8.000,00 a débito de despesa de INSS pertinente a 
parcela do empregado.
e) lançar um complemento de R$ 12.000,00 a crédito da conta salários a pagar.
33. (ESAF/MTUR/Contador/2014) Uma das despesas mais usuais em qualquer 
entidade é a despesa com pessoal. Tomemos como exemplo uma atividade 
realizada por apenas um empregado contratado, o qual tenha demandado 
gastos mensais com a seguinte composição:
Salário mensal do empregado R$ 1.000,00
Adiantamento salarial R$ 250,00
Previdência social, parte patronal 21%
Previdência social, parte do segurado 11%
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço 8%
Considerando que tenha sido este o fato ocorrido, podemos dizer que essa 
empresa deverá contabilizar uma despesa no valor de
a) R$ 1.400,00
b) R$ 1.320,00
c) R$ 1.290,00
d) R$ 1.210,00
e) R$ 1.150,00
34 - (ESAF/MTUR/Contador/2014) As informações abaixo foram extraídas da 
Ficha de Controle de Estoques de determinada mercadoria, na empresa 
Comercial de Varejos S.A., em 31/12/2013.
Quantidade no estoque inicial 
Quantidade comprada no período 
Quantidade vendida no período 
Preço de compra no período 
Preço de venda no período 
ICMS sobre compra 
ICMS sobre vendas 
Valor do estoque inicial
250 
750 
800
R$ 16,00 por unidade 
R$17.600,00 pelo total vendido 
17%
17%
R$ 3.500,00
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A partir das informações acima, pode-se dizer que o valor do estoque final, 
avaliado pelo método do preço médio ponderado, é de
a) R$ 2.575,00
b) R$ 2.692,00
c) R$ 2.728,00
d) R$ 3.100,00
e) R$ 4.140,00
35. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2014) Da folha de 
pagamento da Cia. Pagadora foram extraídos os dados abaixo:Salários Brutos 400.000
Imposto de Renda Retido na Fonte Pessoa Física 3.400
INSS Retido 6.000
Salário Família 1.500
FGTS 32.000
Contribuição Patronal INSS 40.000
Auxílio Maternidade 2.500
Tomando como base apenas os dados fornecidos, pode-se afirmar que o total a 
ser apropriado como Despesas de Período é:
a) R$476.000.
b) R$472.000.
c) R$436.600.
d) R$400.000.
e) R$394.600.
Comentário:
A despesa da empresa é composta pelas contas:
Salários Brutos 400.000
FGTS 32.000
Contribuição Patronal INSS 40.000
Total 472.000
O Imposto de Renda Retido e o INSS retido não são despesa da empresa, que 
só retém e repassa tais valores.
E o Salário Família e o Auxílio Maternidade são pagos pela empresa e 
descontados do valor a recolher ao INSS.
Gabarito ^ B
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Dados para a resolução das questões de n. 36 a 38.
A Cia. XYZ, em 01/03/2012, apresenta ao Banco Valioso o fluxo de duplicatas a 
seguir:
Titulo Prazo Valores
Duplicatas 1 (D1) 30 dias 1.500.000 
Duplicatas 2 (d 2) 60 dias 1.500.000 
Duplicatas 3 (d 3) 90 dias 1.000.000
Na ocasião, contrata uma operação de desconto a uma taxa mensal de 8% ao 
mês (juros simples) além de taxas administrativas de R$5.000 cobradas pela 
instituição financiadora.
36. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2014) De acordo com os 
dados fornecidos, pode-se afirmar que o registro inicial da operação gera:
a) um aumento total de R$3.400.000 nos passivos circulantes.
b) uma diminuição total na situação líquida de R$600.000.
c) um aumento de R$3.995.000 total nos ativos circulantes.
d) uma diminuição total de passivo circulante de R$320.000.
e) um aumento total de despesas financeiras de R$120.000.
37. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2014) Em 16/04/2012 o 
Banco Valioso comunica à Cia. XYZ que a duplicata (D1) não foi quitada pelo 
cliente. No aviso de cobrança bancária, enviado para a empresa, o banco 
informa que lançou na conta corrente da empresa R$1.505.500, relativos ao 
valor do título em atraso e a juros adicionais e comissão de permanência no 
valor de R$5.500. Nesse caso, a empresa deve registrar em sua contabilidade:
a) Con tas D éb ito C réd ito
Duplicatas /descontadas 1 500.000
Contas a Receber 5 500
a Bancos C/ Movimento 1 505.500
b) C on tas D éb ito C réd ito
Duplicatas /descontadas 1 505.500
a Bancos C/ Movimento 1 505.500
c) C on tas D éb ito C réd ito
Duplicatas a Receber 1 505.500
a Bancos C/ Movimento 1 505.500
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d) C on tas D éb ito C réd ito
Duplicatas a Receber 
Despesas Bancárias 
a Bancos C/ Movimento
1.500.000
5.500
1.505.500
e) C on tas Déb ito C réd ito
Contas a Receber 1.505.500
a Duplicatas Descontadas 1.505.500
38. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2014) De acordo com as 
normas contábeis atualizadas, os juros cobrados sobre a operação de desconto 
devem ser:
a) lançados como despesa financeira após o recebimento do último título 
descontado.
b) contabilizados pelo montante total dos juros descontados como despesas no 
momento inicial da operação.
c) registrados como despesas financeiras no momento da quitação de cada um 
dos títulos descontados.
d) registrados como despesa financeira em três parcelas iguais através de 
rateio do total por 90 dias.
e) transferidos para o resultado como despesa financeira de acordo com o 
regime de competência.
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14. GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS
Q U E S T Ã O G A B A R IT O
1 A
2 A
3 A
4 A
5 E
6 B
7 E
8 D
9 B
10 B
11 A
12 B
13 A
14 D
15 D
16 D
17 B
18 E
19 E
20 A N U LA D A
21 A
22 B
23 D
24 D
25 C
26 C
27 E
2 8 1 C
29 A
30 D
31 C
32 B
33 C
34 B
35 B
36 A N U LA D A
37 A N U LA D A
38 E
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