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Contabilidade em Perguntas e Respostas - Frei Luca Pacioli

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A Contabilidade em 
Perguntas e Respostas 
 
 
 
 
Frei Luca Pacioli 
 
 
A Contabilidade em 122 Perguntas 
 
 2 
1. INTRODUÇÃO 
 
1.1 O que é Contabilidade? 
É a ciência que se destina a registrar, estudar, controlar e interpretar os fenômenos 
ocorridos no patrimônio das Entidades, com o objetivo de fornecer informações e 
orientações sobre o estado desse patrimônio e suas variações. 
 
1.2 O que é Entidade Econômico-administrativa? 
É a Entidade formada por uma ou mais pessoas, físicas ou jurídicas, que possuem 
um patrimônio e dele se utiliza como meio para atingir seus fins, sejam eles econômicos 
ou meramente ideais. 
A pessoa física que possui e administra seu patrimônio, com o objetivo de prover 
sua própria subsistência e a de sua família, pode ser também considerada uma Entidade 
Econômico-administrativa, para fins de aplicação dos princípios contábeis à gestão 
desse patrimônio. 
 
1.3 Por que é o patrimônio objeto da Contabilidade? 
Porque sobre ele são aplicados os procedimentos contábeis. Onde não existe 
patrimônio a Contabilidade não é aplicável. 
 
1.4 Onde a Contabilidade é aplicável? 
Nas Entidades Econômico-administrativas, pois estas possuem patrimônio 
administrável, no qual ocorrem fenômenos que a Contabilidade registra, estuda, 
controla e interpreta. 
 
1.5 Com que objetivo a Contabilidade registra, estuda, controla e interpreta os 
fenômenos patrimoniais? 
Com o objetivo de fornecer informações e orientações amplas, completas e 
precisas, sobre o estado patrimonial em determinado momento e sobre os resultados 
econômicos produzidos pela gestão administrativa em determinado período. 
 
1.6 A quem a Contabilidade fornece informações e orientação? 
ÄAos administradores do patrimônio, para que possam exercer sua atividade 
administrativa. 
ÄAos titulares do patrimônio – acionistas ou sócios da entidade administrada 
para que eles possam avaliar o estado de sua riqueza, os resultados produzidos pela 
gestão do patrimônio e a eficiência da administração. 
ÄAos financiadores da Entidade, banqueiros ou capitalistas, para que possam 
avaliar a capacidade de endividamento e a liquidez dessa Entidade. 
ÄAo fisco, para que este saiba se a Entidade está cumprindo suas obrigações 
tributárias. 
ÄA todos aqueles que, direta ou indiretamente, estão vinculados à Entidade e 
têm interesse em sua continuidade e desenvolvimento – empregados, clientes, órgãos de 
classe e a coletividade em geral. 
 
 
1.7 Quais são os meios utilizados pela Contabilidade par atingir seus objetivos? 
 São as chamadas técnicas contábeis, a saber: 
ÄEscrituração: registro dos fatos contábeis. 
 3 
ÄDemonstrações contábeis: formas expositivas dos vários aspectos do 
patrimônio e do resultado em um período administrativo. 
ÄAuditoria: confirmação de que as demonstrações contábeis refletem 
adequadamente a situação patrimonial da Entidade e o resultado do período examinado, 
de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as normas contábeis 
vigentes, aplicados uniformemente em períodos sucessivos. 
ÄAnálise de balanços: decomposição comparação e interpretação do estado 
patrimonial. 
 
1.8 Como você conceituaria a Contabilidade? 
É a ciência que estuda, controla e interpreta os fenômenos ocorridos no 
patrimônio (objeto) mediante o registro, a demonstração expositiva, a auditoria, a 
análise e a interpretação desses fatos (meios), com o fim de oferecer informações e 
orientações sobre a composição e as variações sofridas pelo patrimônio, bem como 
sobre o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial. 
 
 
 4 
2. NOÇÕES PATRIMONIAIS2. NOÇÕES PATRIMONIAIS 
 
2.1 O que é patrimônio? 
É o conjunto de bens, direitos e obrigações, vinculados a uma Entidade 
Econômico-administrativa, podendo também ser definido como conjunto de bens 
econômicos, ou conjunto de bens com fim específico. 
 
2.2 O que é bem? 
É toda a coisa útil à satisfação das necessidades humanas. 
 
2.3 O que são direitos? 
São créditos da Entidade em relação a terceiros, que lhe devem entregar 
determinadas importâncias, em dinheiro ou bens. Podem ser também definidos como 
bens de Entidade em poder de terceiros. 
 
2.4 O que são obrigações? 
São créditos de terceiros em relação à Entidade, que lhes deve entregar 
determinadas importâncias, em dinheiro ou bens. Podem também ser definidos como 
bens de terceiros em poder da Entidade. 
 
2.5 O que é Capital? 
É o excesso de riqueza aplicado na produção de novas riquezas. 
Em Contabilidade, é o excesso dos bens e direitos sobre as obrigações, 
representado pela contribuição inicial do titular ou titulares do patrimônio e acrescido 
de contribuições posteriores e lucros capitalizados. 
 
2.6 O que é Ativo? 
É a parte positiva do patrimônio, representada por bens e direitos. 
 
2.7 O que é passivo? 
É a parte do patrimônio, representada por obrigações. Nele figura também o 
capital, como parcela diferencial, igualando o Passivo ao Ativo. Esse diferencial é 
considerado como patrimônio líquido. 
 
2.8 O que é equação patrimonial? 
É a igualdade entre o Ativo e o Passivo, isto é: 
bens+direitos = obrigações+Patrimônio Líquido. 
 
2.9 O que se entende por patrimônio como Fundo de Valores? 
É o patrimônio considerado sob o aspecto de sua composição, compreendendo 
valores positivos (bens e direitos) e negativos (obrigações) e produzindo uma situação 
líquida, que poderá ser positiva, negativa ou nula. 
 
2.10 O que se entende por aspecto qualitativo do patrimônio? 
É aquele sob o qual consideramos a natureza dos componentes patrimoniais, 
como por exemplo: 
 
 
 
 
 5 
 Caixa (dinheiro) 
Bens: Mercadorias (estoque) 
 Imóveis (prédios, terrenos) 
 Móveis (mesas, cadeiras, arquivos, etc) 
 Maquinário (máquinas, instrumentos) 
 
Direitos: 
 
Duplicatas a Receber 
 Contas a Receber 
 Investimentos 
 
Obrigações: 
 
Duplicatas a Pagar 
 Contas a Pagar 
 Impostos a Pagar 
 
2.11 O que se entende por aspecto quantitativo do patrimônio? 
É aquele representado pela tradução monetária do valor dos componentes 
patrimoniais, como, por exemplo: 
 
 Ativo Passivo 
Caixa 10.000,00 Duplicatas a Pagar 200.000,00 
Bancos 40.000,00 Contas a Pagar 30.000,00 
Mercadorias 200.000,00 Impostos a Pagar 70.000,00 
Duplicatas a Receber 150.000,00 
Contas a Receber 50.000,00 
Investimentos 100.000,00 Capital 600.000,00 
Imóveis 260.000,00 
Móveis 20.000,00 
Maquinário 70.000,00 
 900.000,00 900.000,00 
 
2.12 O que é situação patrimonial líquida? 
É a diferença entre bens e direitos (Ativo) e obrigações (Passivo), a saber: 
Ativo>Passivo = situação líquida positiva, (ou patrimônio líquido). 
Ativo<Passivo = situação líquida negativa, (ou passivo a descoberto). 
Ativo=Passivo = situação líquida nula (ou compensada). 
 
2.13 O que se entende por patrimônio como investimento e como Fonte de 
Financiamento? 
O passivo indica a origem dos capitais que integram o patrimônio. 
O ativo indica a destinação desses capitais investidos em bens e direitos 
necessários aos objetivos da Entidade. 
Todo capital obtido, seja do titular do patrimônio, de terceiros, ou proveniente 
de lucros, é registrado no Passivo, demonstrando sua origem, e ao mesmo tempo 
registrado no Ativo, demonstrando investimento, em bens e direitos. 
 
2.14 O que é investimento patrimonial? 
São todas as aplicações feitas no Ativo, em bens e direitos, segundo a natureza e 
as necessidades da Entidade. 
Exemplo: 
 
 6 
Caixa 10.000,00 
Bancos 40.000,00 
Mercadorias 200.000,00 
Duplicatas a Receber 150.000,00 
Contas a Receber 50.000,00 
Investimentos 100.000,00 
Imóveis260.000,00 
Móveis 20.000,00 
Maquinário 70.000,00 
 900.000,00 
 
2.15 Quais são as Fontes de Financiamento? 
São aqueles que indicam a origem dos capitais investidos no ativo, os quais 
podem ser fornecidos pelos titulares do patrimônio ou por terceiros. No primeiro caso, 
teríamos capitais próprios, e, no segundo, capitais de terceiros. Exemplo: 
 
Capitais próprios: Capital 600.000,00 
Capitais de Terceiros: Duplicatas a Pagar 200.000,00 
 Contas a Pagar 30.000,00 
 Impostos a Pagar 70.000,00 
 900.000,00 
O capital próprio pode também originar-se de lucros acumulados e não-
distribuídos, formados na própria Entidade (reservas e lucros acumulados). 
 
2.16 O que é patrimônio líquido? 
É a substância líquida patrimonial, ou seja, a diferença positiva entre bens e 
direitos (Ativo) e as obrigações (Passivo). O Patrimônio líquido corresponde à situação 
líquida positiva. Sendo demonstrada no Passivo para formar a equação patrimonial. Por 
não ser exigível por terceiros, é chamado Patrimônio Líquido. 
 
 
 7 
3. CAMP3. CAMP O DE APLICAÇÃOO DE APLICAÇÃO 
 
3.1 Qual é o campo de aplicação da Contabilidade? 
É o das entidades econômico-administrativas, às quais presta sua colaboração, 
mediante o fornecimento de informações sobre seu patrimônio, permitindo assim sua 
mais eficiente administração. 
 
3.2 Quais os elementos que concorrem para a existência da Entidade Econômico-
admisntrativa? 
Esses elementos são: patrimônio, trabalho e administração. 
O patrimônio é o elemento material de que se utiliza a Entidade para atingir seus 
fins, sejam eles ideais ou econômicos. 
A consecução dos objetivos da Entidade exige trabalho, geralmente 
desenvolvido sobre o patrimônio. 
A administração dirige o trabalho, coordenando sua ação sobre o patrimônio, 
para que os fins da entidade sejam alcançados com mais eficiência. 
 
3.3 O que é administrar? 
É dirigir, governar e coordenar esforços humanos tendentes a um fim. A 
administração dirige o trabalho relacionado com o patrimônio, controlando e 
administrando os elementos patrimoniais. 
 
3.4 Como se classificam as Entidades Econômico-admisnitrativas? 
Quanto aos fins, em: sociais, econômico-sociais e econômicas (empresas). 
Quanto à natureza, em públicas e particulares. 
 
3.5 Quais as funções da administração, segundo Henri Fayol? 
ÄTécnicas. 
ÄComerciais. 
ÄFinanceiras. 
ÄDe segurança. 
ÄContábeis. 
ÄPropriamente administrativas. 
As funções contábeis assumem grande relevância nas Entidades com fins 
econômicos (empresas), pois todas as demais funções delas recebem, direta ou 
indiretamente, importante colaboração. Não menos importante o é nas administrações 
públicas, pois nestas os recursos administradas pertencem à coletividade, ou seja, a toda 
a Sociedade, e geralmente envolvem valores elevados. 
 
 
 8 
4. GESTÃO ADMINISTRATIVA4. GESTÃO ADMINISTRATIVA 
 
4.1 O que se entende por gestão? 
Os atos praticados pela administração, somados àqueles que, embora não 
praticados por ela, modificam o patrimônio das Entidades formam um complexo de 
fatos e fenômenos a que denominamos gestão. 
 
4.2 O que são períodos administrativos? 
São períodos de tempo utilizados para medir os resultados da atividade 
administrativa. 
 
4.3 O que é exercício? 
É a gestão econômico-financeira realizada dentro de um período administrativo. 
 
4.4 O que é custo? 
É o preço pelo qual se obtém um bem ou serviço. O custo é fundamental em 
qualquer Entidade com fim lucrativo, pois dele depende a empresa para alcançar seus 
objetivos. 
 
4.5 O que é receita? 
É a recuperação do custo, através da venda de produtos ou serviços, ou do 
recebimento de outras rendas. Nas entidades sem fins lucrativos, a receita é meramente 
a entrada de recursos financeiros. 
 
4.6 O que é resultado? 
É a diferença entre a receita e seu respectivo custo. O resultado será positivo 
(lucro) quando a receita for superior ao custo, ou negativo (prejuízo), quando o custo for 
superior a receita. 
4.7 Quando se efetiva o resultado? 
Quando a receita é recebida ou se torna realizável e o custo é pago ou se torna 
exigível, dentro de um mesmo período. 
A apuração do resultado não depende, portanto, do recebimento de receitas ou 
do pagamento de despesas, mas apenas de sua alocação como receita e custo, cuja 
diferença constitui o resultado do exercício. 
 
4.8 Que constituem receitas e despesas efetivas em instituições sem fins lucrativos? 
São aquelas que correspondem à receita e custo nas empresas, isto é, aqueles que 
representam recebimentos ou pagamentos sem correspondentes entradas ou saídas de 
bens do patrimônio. 
 
4.9 O que são mutações patrimoniais? 
São entradas ou saídas de elementos patrimoniais, compensadas por outras do 
mesmo valor, não alterando, portanto, o patrimônio líquido. Nas entidades sem fim 
lucrativo elas são caracterizadas por compra ou venda de bens permanentes. 
4.10 Em que consiste o equilíbrio financeiro das entidades sem fins lucrativos? 
 Não tendo objetivo de lucro, as entidades sem fins lucrativos devem alcançar suas 
finalidades dentro de seus recursos orçamentários. Para isso elas devem limitar as 
 9 
despesas às receitas, obtendo, assim, o equilíbrio orçamentário. Quando as receitas 
ultrapassam as despesas, ocorre superávit financeiro, e, caso contrário, déficit. 
 
4.11 O que se entende por regime de caixa? 
 O regime de caixa caracteriza-se pela apuração do resultado do exercício mediante 
cômputo das despesas e receitas pagas e recebidas durante o período administrativo. 
Nesse regime não são considerados, portanto, custos e receitas incorridos, a pagar e a 
receber em exercícios futuros, mas apenas o que foi pago o recebido. 
 
4.12 O que é regime de competência? 
 É aquele em que todos os custos e receitas incorridos, mesmo que pagos ou 
recebidos em diferentes períodos, são computados no exercício de sua competência. 
Esse regime obedece ao Princípio Fundamental de Contabilidade chamado Princípio da 
Competência de Exercícios. 
 
4.13 Em que consiste a gestão das empresas? 
 Consiste nas seguintes operações: 
1. obtenção de capitais, próprios e de terceiros, 
2. aplicação desses capitais, em investimentos (realizáveis ou permanentes) e 
em custos recuperáveis; 
 3. recuperação dos custos, através da venda de bens e serviços, com a 
conseqüente apuração do resultado, que poderá ser distribuído, em forma de 
remuneração do capital próprio, ou reinvestido na empresa, como aumento desse 
capital. 
 
4.14 Em que consiste a gestão das Entidades sem fins lucrativos? 
 Compreende as seguintes operações: 
1. obtenção de receitas, que constituem os meios necessários ao atendimento dos 
objetivos da entidade; 
 2. aplicação dessas receitas em despesas indispensáveis à consecução desses 
objetivos. 
 
 10 
5. ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL5. ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL 
 
5.1 O que é Escrituração Contábil? 
 É o registro dos fatos administrativos, em livros próprios e segundo os 
princípios e normas técnico-contábeis, tendo em vista demonstrar a situação 
econômico-patrimonial das Entidades e os resultados por elas obtidos em determinados 
períodos administrativos. 
 
5.2 Em que se distingue a Contabilidade da Escrituração? 
 A Contabilidade é a ciência que estuda, controla e interpreta os fenômenos 
ocorridos no patrimônio das Entidades econômico-administrativas. 
 A Escrituração é uma das técnicas contábeis básicas, que consiste no registro e 
demonstração de todos os fatos contábeis, permitindo à Contabilidade atingir sua 
finalidade, que é fornecer informações sobre o patrimônio administrado. 
 
5.3 O que é lançamento contábil? 
 É o registro de um fato administrativo. Ao conjunto dos lançamentos contábeis 
chamamos Escrituração. 
 
5.4 O que são variações patrimoniais?São ocorrências que produzem alterações no patrimônio, quer sejam 
meramente permutativas das espécies de componentes patrimoniais ou modificativas da 
substância liquida do patrimônio (aumento ou diminuição do patrimônio líquido). 
 
5.5 O que é fato contábil? 
 É toda ocorrência que se verifica no patrimônio e lhe traz variações, específicas 
ou quantitativas. São fatos suscetíveis de contabilização e por isso denominados 
contábeis. 
 
5.6 Como se classificam os fatos contábeis? 
 Classificam-se em: 
ÄPermutativos (quando ocorrem alterações meramente qualitativas nos componentes). 
ÄModificativos (quando as variações patrimoniais são quantitativas e provocam 
alterações na situação líquida do patrimônio). 
ÄMistos ou compostos (quando ocorrem concomitantemente variações qualitativas e 
quantitativas). 
 
5.7 Qual o método de escrituração universalmente adotado? 
 É o método das partidas dobradas, cujo princípio fundamental é o seguinte: 
Não há devedor sem credor correspondendo, a cada débito um crédito de igual valor. 
Este método surgiu no ano de 1494, em Veneza, Itália. Seu precursor foi o notável frei 
franciscano Luca Pacioli. 
 
5.8 Quais os principais “chavões” do método das partidas dobradas? 
 São os seguintes: 
a. A soma dos débitos é sempre igual à dos créditos. 
b. A soma dos saldos devedores é sempre igual à dos credores. 
c. O Ativo é sempre igual ao Passivo. A diferença entre bens, direitos e obrigações 
figura na situação líquida, para completar a equação patrimonial. 
 11 
d. As despesas são sempre debitadas e as receitas creditadas. A diferença entre elas 
constitui lucro ou prejuízo, que aumenta ou diminui a situação líquida (patrimônio 
líquido). 
 
5.9 Quais os elementos essenciais do lançamento? 
 São os seguintes: 
Ä Local e data. 
Ä Conta debitada (ou contas debitadas). 
Ä Conta creditada (ou contas creditadas). 
Ä Histórico (descrição do fato contábil). 
Ä Valor (expressão monetária do fato administrativo). 
 
5.10 Quais as funções do lançamento? 
 Assim como a Escrituração, da qual é uma unidade, o lançamento tem duas 
funções: 
1. histórica, de registrar cronologicamente os fatos; 
2. de registro da expressão monetária dos fatos e seu agrupamento, segundo a natureza 
de cada um. 
 
5.11 Quantas e quais são as fórmulas de lançamento? 
 São quatro, a saber: 
ÄPrimeira: Apenas uma conta debitada e uma creditada. 
ÄSegunda: Uma conta debitada e várias creditadas. 
ÄTerceira: Várias contas debitadas e uma creditada. 
ÄQuarta: Várias contas debitadas e várias creditadas. 
 
5.12 Quando ocorrem fatos permutativos? 
1. Quando há permutação de elementos Ativos: 
Ex: D Mercadorias 
 C Caixa 10 
 
2. Quando há permutação de elementos Passivos: 
Ex: D Fornecedores 
 C Duplicatas a Pagar 20 
 
3. Quando há redução do Ativo compensada por redução do Passivo: 
Ex: D Duplicatas a Pagar 
 C Caixa 20 
 
4. Quando há aumento de Ativo, compensado por aumento de Passivo: 
Ex: D Mercadorias 
 C Fornecedores 30 
 
5.13 Como se classificam os fatos modificativos? 
 Em aumentativos e diminutivos 
Os aumentativos podem ser exemplificados da seguinte forma: 
1. Aumento do Ativo: 
D caixa 
C Juros Recebidos 10 
 
 12 
2. Diminuição do Passivo: 
D Contas a Pagar 
C Descontos Obtidos 5 
 
Os diminutivos podem ser exemplificados da seguinte forma: 
1. Diminuição no Ativo: 
D Aluguéis 
C Caixa 15 
 
2. Aumento do Passivo: 
D Luz e Água 
C Contas a Pagar 6 
 
5.14 Em que consistem fatos mistos? 
 Em permutação de elementos ativos e passivos, combinada com aumento ou 
diminuição de patrimônio líquido. 
Exemplos: 
1. Permutação no Ativo: 
1.1 Diminutiva: 
D Caixa 9 
D Descontos Concedidos 1 
C Duplicatas a receber 10 
 
1.2 Aumentativa: 
D Caixa 100 
C Mercadorias 70 
C Lucros/Vendas 30 
 
2. Permutação no Passivo: 
2.1 Diminutiva: 
D Duplicatas a Pagar 20 
D Despesas de Juros 2 
C Letras a Pagar 22 
 
2.2 Aumentativa: 
D Duplicatas a Pagar 20 
C Letras a Pagar 19 
C Descontos Obtidos 1 
 
3. Permutação de elementos Ativos e Passivos: 
3.1 Diminutiva: 
D Duplicatas a Pagar 20 
D Despesas de Juros 2 
C Caixa 22 
3.2 Aumentativa: 
D Duplicatas a Pagar 20 
C Caixa 18 
C Descontos Obtidos 2 
 
 5.15 Quando é aberta uma conta? 
 Uma conta é aberta quando: 
 13 
1. Constituí-se o capital da empresa. 
2. Adquirem-se bens ou direitos. 
3. Obrigações são assumidas. 
4. Realizam-se receitas ou despesas. 
5. Fenômenos de naturezas diversas ocorrem, exigindo a abertura de contas 
específicas para registrá-los. 
 As contas serão movimentadas toda vez que os fenômenos patrimoniais se 
repetirem, sendo cada um registrado em sua conta específica. 
 
5.16 Cite dez contas representativas do Ativo: 
 
 Caixa 
 Estoque de Mercadorias Bancos 
Bens Imóveis Direitos Duplicatas a Receber 
 Móveis e Utensílios Aplicações Financeiras 
 Máquinas Títulos a Receber 
 Equipamentos de 
Informática 
 
 
5.17 Cite cinco contas representativas de obrigações. 
 Ä Fornecedores 
 Ä Duplicatas a Pagar 
 Ä Contas a Pagar 
 Ä Empréstimos Bancários 
 Ä Hipotecas a Pagar 
 
5.18 Cite quatro contas representativas da situação líquida: 
 Patrimônio líquido (situação líquida positiva) 
 Ä Capital 
 Ä Reservas 
 Ä Lucros Acumulados 
 Passivo a descoberto (situação líquida negativa) 
 Ä Prejuízos Acumulados 
 
5.19 Cite dez contas representativas de despesas 
 Ä Ordenados 
 Ä Aluguéis 
 Ä Impostos 
 Ä Despesas de Juros 
 Ä Seguros 
 Ä Água e Luz 
 Ä Material de Consumo 
 Ä Contribuições de Previdência 
 Ä Despesas Diversas 
 Ä Prejuízos Diversos 
 
5.20 Cite cinco contas representativas de receitas 
 Ä Lucro na Venda de Mercadorias 
 Ä Serviços Prestados 
 Ä Receitas de Juros 
 14 
 Ä Receitas de Comissões 
 Ä Rendas Diversas 
 
5.21 Que diz a Lei nº 6.404/76 sobre a Escrituração? 
 Ela diz que: 
 ÄA Escrituração da companhia será mantida em registros permanentes. 
 ÄEsses registros serão feitos com obediência aos preceitos da legislação comercial e 
aos princípios de Contabilidade geralmente aceitos. 
 ÄOs registros devem obedecer aos métodos e critérios contábeis uniformes no 
tempo. 
 ÄAs mutações patrimoniais devem ser registradas de acordo com o regime de 
competência. 
 ÄA modificação de métodos ou critérios, no exercício, se relevante, deverá ser 
indicada em notas explicativas. 
 ÄAs diferenças entre os princípios contábeis e as determinações de leis fiscais serão 
registradas em registros auxiliares. 
 ÄAs demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e por 
contabilista legalmente habilitado. 
 
 
 15 
6. LIVROS CONTÁBEIS, FISCAIS 6. LIVROS CONTÁBEIS, FISCAIS E SOCIETÁRIOSE SOCIETÁRIOS 
 
6.1 O que são livros de escrituração? 
 São os livros utilizados pelas Entidades para registrar todos os fatos que nelas 
ocorrem, permitindo assim que se possa conhecer, a qualquer momento, o 
desenvolvimento da vida social, econômica, financeira e patrimonial da entidade. 
 
6.2 São contábeis todos os livros de escrituração? 
 Nem todos os livros utilizados pelas entidades econômicas são de natureza 
contábil, embora estes sejam os mais importantes para o controle da vida econômica, 
financeira e patrimonial da entidade. 
 
6.3 De que natureza são os demais livros de escrituração? 
 Ä Livros sociais (exigidos pela Lei das Sociedades por Ações). 
 Ä Livros fiscais (exigidos pela legislação fiscal). 
 Ä Livros trabalhistas (exigidos pela legislação trabalhista). 
 Ä Outros. 
 
6.4 Quais são os principaislivros contábeis? 
 O Diário, que é o registro geral das operações em ordem cronológica. O Razão, 
que é o registro geral das operações em ordem sistemática. 
 
6.5 Como são Processados os registros no Diário ? 
 Em se tratando de livro obrigatório por lei, o registro do Diário também é 
regulado por lei. A atual legislação em vigor permite que o Diário seja escriturado em 
folhas soltas (meio eletrônico), para posterior encadernação. Permite, ainda, o uso de 
um conjunto de fichas devidamente rubricadas pela Junta Comercial, para substituição 
do livro encadernado outrora exigido. 
 
6.6 Como são escriturados os demais livros contábeis? 
 Após o registro do Diário, as operações são transcritas para os demais livros. Os 
modernos processos de registro - mecanizado, maquinizado ou eletrônico - permitem o 
registro simultâneo do Diário com o Razão e com outros livros auxiliares. 
 
6.7 Cite outros livros contábeis importantes. 
 Além do Diário e do Razão, são importantes sob o aspecto contábil todos os 
livros auxiliares destinados ao registro analítico de componentes patrimoniais, tais 
como: Caixa, Bancos, Contas a Receber, Contas a Pagar, Registro de Duplicatas, 
Registro de Estoques, Fornecedores o outros. 
 
6.8 Pode a Entidade utilizar mais de um livro Diário? 
Embora uno, devendo ser o registro geral de todas as operações, o Diário poderá ser 
desdobrado, substituído pelos registros auxiliares analíticos, como o Caixa, o Contas- 
Correntes, o livro de Bancos, de Fornecedores etc., desde que o resumo geral das 
operações seja transcrito no Diário Geral. 
 
 16 
7. ERROS DE ESCRITURAÇÃO E CORREÇÃO7. ERROS DE ESCRITURAÇÃO E CORREÇÃO 
 
7.1 Como se corrigem os erros de escrituração? 
 Na escrituração do Diário, que é o principal livro obrigatório, devem ser 
evitadas rasuras, emendas, raspaduras ou borrões, bem como linhas em branco ou 
escritos à margem. Para evitar tais irregularidades todos os erros nesse livro devem ser 
corrigidos mediante estorno, ou através de lançamento complementar ou retificativo. 
 
7.2 Nos livros facultativos podem ser cometidas rasuras ou outras irregularidades? 
 Embora não existam prescrições legais quanto aos registros auxiliares, a técnica 
contábil desaconselha tais impropriedades, pois elas prejudicam a clareza dos registros 
e podem suscitar dúvidas quanto à lisura com que foram procedidos. 
 
7.3 Quando se procede ao estorno e quando se utilizam os demais processos de 
retificação de erros contábeis? 
 O estorno, que consiste na anulação do lançamento errado, é sempre a forma 
mais aconselhável de retificação de erros nos livros contábeis, pois após o estorno 
faz-se o 
lançamento correto. Quando o lançamento errado registra importância a mais ou a 
menos do que deveria registrar, o lançamento retificativo ou o complementar poderão 
também retificar o erro sem prejuízo da clareza. 
 
7.4 Como se corrigem erros nos livros auxiliares? 
O melhor processo de correção é estornar o lançamento e registrá-lo novamente. 
 
7.5 Como se corrige a omissão de um lançamento? 
 Efetuando-se o lançamento omitido, na data em que se descobrir a omissão, e 
fazendo-se referência, no histórico, à data em que o fato ocorreu. 
 
7.6 Como são corrigidos os erros cometidos no histórico de lançamento não 
encerrado? 
 Adicionando-se uma das expressões: "digo", "aliás" ou "em tempo", e 
prosseguindo com a redação certa. 
 
 
 
 17 
8. PLANO DE CONTAS8. PLANO DE CONTAS 
 
8.1 O que é um plano de Contas? 
 É o elenco, devidamente classificado e codificado, de todas as contas que 
poderão ser utilizadas pela Entidade à qual se destina. 
 
8.2 Quais as regras para a elaboração de um bom plano de contas? 
 Um bom plano de contas deve: 
1. Incluir o maior número possível de contas que possam ser utilizadas no ramo 
especifico de atividade para o qual foi elaborado. 
2. Ser planejado de forma a permitir a inclusão de qualquer conta nova sem alterar a 
codificação das já existentes. 
3. Facilitar a elaboração de balancetes e balanços, evidenciando o Ativo, o Passivo e os 
resultados, mediante o simples relacionamento das contas, segundo a codificação 
planejada. 
4. Utilizar codificação que facilmente identifique as contas e que exija a menor 
quantidade possível e dígitos. 
5. Distinguir claramente as contas patrimoniais das de resultado, evidenciando as 
características próprias de cada Entidade (comercial, industrial, bancária, de 
serviços, de transportes, social, pública etc.). 
6. Facilitar o levantamento de informações específicas para fins administrativos 
(custos, liquidez financeira, rotação de capitais, investimentos específicos etc.), 
para fins fiscais (lucro tributável, impostos recuperáveis ou a recolher etc.), ou para 
fins de divulgação (Lei nº. 6.404/76 Lei das Sociedades por Ações) e dezenas de 
outros regulamentos específicos para determinados tipos de empresas: bancos, 
seguros, financeiras, corretores, consórcios etc. 
 
 
 
 18 
9. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS9. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
9.1 O que são demonstrações contábeis? 
 São todas as formas de exposição, sintéticas ou analíticas, do estado patrimonial 
e de suas variações, originadas dos livros contábeis. 
 Podemos citar, entre outras, os balanços patrimoniais, as demonstrações de 
resultados, os Inventários, os orçamentos, os extratos e as análises de contas. 
 
9.2 Quais as demonstrações contábeis exigidos pela Lei nº 6.404/76? 
 -balanço patrimonial; 
 -demonstração de lucros ou Prejuízos acumulados (que pode ser substituída pela 
demonstração das variações do patrimônio líquido); 
 -demonstração do resultado do exercício; 
 -demonstração das origens e aplicações de recursos. 
 
9.3 O Que é balanço Patrimonial? 
 Balanço Patrimonial é a demonstração sintética, em forma equacional, dos 
componentes do patrimônio e de suas variações. 
 
9.4 Qual a relação e a distinção entre a Demonstração do Resultado do Exercício e a 
Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados? 
 A demonstração do Resultado do Exercício demonstra receitas e despesas do 
período, evidenciando o lucro líquido no fim do exercício. A demonstração de lucros 
ou Prejuízos Acumulados parte do resultado do exercício anterior, mostrando a 
destinação que teve, bem como o resultado do presente exercício, adicionado ao saldo 
anterior, a desatinação para reservas e dividendos, e, finalmente, o saldo que passa para 
o próximo exercício. 
 
9.5 Qual a principal finalidade da Demonstração das Origens e Aplicações de 
Recursos? 
 É a de evidenciar a variação do capital circulante, da empresa, através da 
demonstração das variações sofridas pelo ativo circulante a pelo passivo circulante. 
 
9.6 Por que a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados pode ser 
substituída pela Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido? 
 Porque a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido é mais ampla, 
demonstrando todas as contas representativas do patrimônio líquido (inclusive os lucros 
ou prejuízos acumulados) no início o no fim do exercício, evidenciando, portanto, as 
variações por elas sofridas. 
 
9.7 O que é Inventário? Dê exemplo 
 É a demonstração analítica e especifica de determinado componente 
patrimonial. 
 Por exemplo, o Inventário de mercadorias é a relação analítica de todos os itens 
que compõem o estoque de mercadorias de uma empresa, especificando suas 
quantidades, naturezas e preços unitários, para demonstrar, ao final, o montante das 
mercadorias em estoque, o que deverá coincidir com o montante da conta sintética de 
Mercadorias, no Razão. 
9.8 Como é feito o inventário? 
 Há dois tipos de inventário: o contábil e o físico. 
 19 
 O inventário contábil é extraído dos livros auxiliares analíticos, tais como: 
Registro de Estoques, Registro de Duplicatas, Bancos, Fornecedores etc. 
 O inventáriofísico é a relação de todos os itens apurados através da contagem 
física, sendo realizado através da investigação, descrição, classificação e avaliação dos 
itens inventariados. 
 
9.9 Que é orçamento? 
 É um ato de previsão da gestão econômico-administrativa de um período, ou do 
comportamento de determinado setor da administração econômica, tais como, previsão 
de custo ou de receita de certos trabalhos, previsão de investimentos e de retorno desses 
investimentos, previsão de recursos financeiros para atender a compromissos (fluxos de 
caixa) etc. 
 
 
 20 
10. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO E DEPRECIAÇÃO10. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO E DEPRECIAÇÃO 
 
10.1 O que é avaliação? 
 A avaliação é a última fase do processo inventarial, através da qual se atribuem 
valores a todos os itens que compõem o inventário. Da avaliação depende, portanto, a 
determinação do valor final do Ativo, do Passivo e, conseqüentemente, do resultado do 
exercício. 
 
10.2 Quais os critérios de avaliação adotados pela Lei no. 6.404/76? 
 Esses critérios que, de maneira geral, obedecem aos Princípios Fundamentais de 
Contabilidade em vigor no Brasil, estão discriminados nos arts. 183 e 184. 
 
10.3 O que é depreciação? 
 Depreciação é a perda de valor que sofrem os bens, em decorrência do uso, da 
ação do tempo, de acidentes ou outros fenômenos físicos ou químicos. 
 
10.4 Como se calcula a depreciação? 
 Vários podem ser os critérios de cálculo da depreciação, entre os quais podemos 
destacar o da depreciação real e o da depreciação teórica. 
 Segundo o primeiro, a depreciação é calculada mediante avaliação direta do 
bem, no momento do inventário, a qual é comparada com o valor histórico, sendo a 
diferença considerada como depreciação do período. De acordo com a depreciação 
teórica, faz-se a estimativa da duração do bem e distribui-se a depreciação por esse 
período, segundo um dos vários métodos matemáticos de depreciação. 
 
10.5 Como se contabiliza a depreciação? 
 A depreciação é contabilizada, mensal ou anualmente, debitando-se ao custo do 
período a parcela a ele atribuída, mediante crédito à conta de provisão respectiva. Esta 
provisão figurará no balanço dedutivamente da conta ativa do bem depreciado. 
 
10.6 O que é correção monetária? 
 Em períodos inflacionários, a moeda se deteriora, e os investimentos 
permanentes, registrados; ao custo histórico, se desatualizam em relação ao valor de 
reposição dos bens, ou seja, em relação a seu valor atualizado, distorcendo o balanço. A 
correção monetária é o processo pelo qual procura-se atenuar os efeitos da 
desvalorização da moeda sobre o balanço, corrigindo-se as contas ativas subavaliadas, 
bem como o patrimônio líquido, que também se acha desatualizado. A correção 
monetária vigorou no Brasil, compulsoriamente, por mais de 30 anos, porém 
atualmente está revogada pela Lei no. 9.249/95. 
 
10.7 Como se contabiliza a correção monetária? 
 A correção monetária, quando em vigor no Brasil, era contabilizada mediante a 
criação de uma conta, denominada Correção Monetária do Balanço na qual eram 
creditados os valores correspondentes à correção monetária debitada nas contas do 
ativo permanente e na qual eram debitadas as correções monetárias creditadas às contas 
do patrimônio líquido. O saldo da conta Correção Monetária do Balanço era lançado 
na Demonstração do Resultado do Exercício, influindo nesse resultado de forma 
positiva ou negativa, conforme seja seu saldo credor (lucro inflacionário) ou devedor 
(prejuízo inflacionário). 
 
 21 
10.8 A correção monetária constitui lucro ou prejuízo? 
 Segundo as disposições legais que criaram a correção monetária, ela constituiria 
lucro quando ela é credora o prejuízo quando devedora. A correção monetária reflete os 
efeitos da inflação sobre o capital de giro da empresa. Se esta possui capital de giro 
positivo, isto é, patrimônio liquido superior ao ativo permanente a correção monetária 
apresentará saldo devedor, indicando que a inflação causou efeito negativo (prejuízo) 
ao capital de giro da empresa. Se esta tem capital de giro negativo, isto é, ativo 
permanente maior que o patrimônio líquido, o efeito da inflação é positivo (lucro) 
gerando saldo credor na Correção Monetária do Balanço. 
 
10.9 Qual a diferença entre a Correção Monetária a Reavaliação do Ativo 
Imobilizado? 
 Ambas representam um reajuste do valor histórico contábil do ativo. A correção 
monetária, entretanto, ajusta os valores segundo os índices de desvalorização da moeda, 
sem levar em conta qualquer outra valorização específica que o bem possa apresentar. 
A reavaliação é feita com base em avaliação objetiva de cada bem, individualmente, 
baseada em laudo de avaliação elaborado por peritos, que levam em conta todas as 
circunstâncias que possam influir nessa avaliação, em especial o valor de mercado do 
bem na data do laudo pericial. 
 
 
 22 
11. PRINCÍPIOS E NORMAS CONTÁBEIS11. PRINCÍPIOS E NORMAS CONTÁBEIS 
 
11.1 O que é princípio? 
 Princípio é a causa da qual algo procede, é a origem, o começo de um fenômeno 
ou de uma série de fenômenos. Pode-se também defini-lo como uma verdade 
fundamental, evidente e inquestionavelmente, comprovada. 
 
11.2 O que são Princípios Fundamentais de Contabilidade? 
A conceituação emitida pela Resolução CFC nº. 750/93, em seu art. 2º é a 
seguinte: 
"Os Princípios Fundamentais de Contabilidade representam a essência das 
doutrinas e teoria relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento 
predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à 
Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o Patrimônio 
das Entidades”. 
 
11.3 Que são Normas Contábeis? 
São as regras, ou guias-de-orientação, admitidos em um país como os mais 
adequados para ordenar, disciplinar a elaborar os registros e as demonstrações 
contábeis. Elas se subordinam aos Princípios Fundamentais de Contabilidade. 
As normas contábeis são convencionais e não fundamentais para o registro de 
fatos e elaboração de demonstrações e informações contábeis, devendo ser 
interpretadas como regras complementares, obedientes aos Princípios Fundamentais, e 
necessárias como padrões de conduta ou guias-de-orientação para o exercício 
profissional. 
 
11.4 Qual a diferença entre Princípios Fundamentais de Contabilidade e normas 
contábeis? 
Os princípios são imutáveis e inerentes à própria natureza da doutrina contábil, e 
existem independentemente da vontade ou da escolha por parte de doutrinadores ou 
profissionais, precisando ser identificados e respeitados, para que essa ciência, em sua 
aplicação aos fins a que se destina, alcance seus objetivos de informar e orientar, com 
clareza, precisão e eficiência, sobre a situação e as variações patrimoniais da Entidade a 
que ela se aplica. São também básicos a imutáveis, em quaisquer circunstâncias, como, 
por exemplo, os Princípios da Entidade, de Universalidade dos Fenômenos 
Patrimoniais e da Unidade dos Registros e Demonstrações. 
As normas contábeis são convencionais e podem ser modificadas segundo as 
circunstâncias. Elas são dinâmicas e se modificam de acordo com a evolução das 
atividades econômicas e empresariais de cada país. Diferentemente dos princípios, as 
normas são estabelecidas por doutrinadores ou por profissionais, com a finalidade de 
harmonizar os registros, demonstrações e informações contábeis, servindo como 
guias-de-orientação para os profissionais que as aplicam. As normas contábeis deverão 
atender às necessidades dos meios econômicos e culturais em que são aplicadas, 
podendo, portanto, variar segundo as necessidades específicas e contingentes desse 
ambiente, desde que respeitem os Princípios Fundamentais da Contabilidade. 
 
11.5 Como são estabelecidas as normas contábeis? 
Nos diversos países, para que surjam as normas contábeis,há sempre 
necessidade do apoio de uma Entidade com autoridade para impor as normas mais 
adequadas aos registros contábeis; em determinado momento. Hoje existem, em quase 
 23 
todos os países, organismos profissionais, ou regulamentadores da profissão, emitindo 
pronunciamentos ou resoluções sobre normas contábeis a serem obedecidos 
nacionalmente. Muitos países estão adotando as normas internacionais emitidas pela 
IASC - International Accounting Standard Committee, cujos pronunciamentos têm tido 
crescente aceitação. 
 
11.6 Como as entidades profissionais criam ou estabelecem as normas contábeis? 
 Geralmente essas entidades baseiam-se em trabalhos e opiniões de profissionais 
conceituados, professores, doutrinadores e escritores; manifestadas através de obras 
publicadas, revistas especializadas, teses e trabalhos apresentados em congressos e 
conferências, bem como nas cátedras das universidades. 
 
11.7 Como são fixadas as normas contábeis no Brasil? 
 No Brasil, as autoridades governamentais, com a colaboração de seus 
profissionais especializados, têm estabelecido normas contábeis específicas para 
inúmeros tipos de atividades econômicas, tais como entidades financeiras, seguradoras, 
construtoras, de transporte, de energia elétrica entre outras. 
 Por muitos anos, as normas contábeis foram emitidas, principalmente, em 
pronunciamentos do IBRACON - Instituto Brasileiro de Contadores, bem como em 
resoluções da Comissão de Valores Mobiliários - CVM, que fiscaliza as sociedades por 
ações, por delegação da Lei no 6.404/76. Atualmente, a principal fonte de emissão de 
normas contábeis é o Conselho Federal de Contabilidade que, através de sua Resolução 
CFC no 751, de 29 de dezembro de 1993, "Dispôs sobre as normas brasileiras de 
contabilidade.” 
 
11.8 Como são fixadas normas contábeis em outros países? 
 Em quase todos os países desenvolvidos, as normas contábeis são estudadas e 
recomendadas pelos respectivos Institutos de Contadores, como ocorre nos Estados 
Unidos, Inglaterra, Canadá, México, Argentina, Austrália e outros. 
 Nos Estados Unidos eram fixadas pelo Instituto até junho de 1973. A partir 
dessa data constituiu-se uma Fundação, de cunho oficial, com a sigla FASB (Financial 
Accounting Standard Board), que se encarrega de emitir os princípios contábeis a 
serem seguidos pelos contadores americanos. 
 Em 1967 foi criado o Grupo Internacional de Estudos, formado por contadores 
dos Estados Unidos, Inglaterra e Canadá, destinado a estudar e emitir pronunciamentos 
sobre normas contábeis aceitas nos três países. Essa Comissão foi sucedida pela IASC, 
citada a seguir. 
 Em 1973 foi constituída uma Comissão Internacional de Normas Contábeis, sob 
a sigla IASC (International Accounting Standards Committee), fundada por 11 países 
(EUA, Inglaterra, Canadá, Alemanha, Japão, México, Holanda, Índia, França, Austrália 
e Filipinas), com a finalidade de estudar e fazer pronunciamentos sobre princípios e 
normas contábeis. O Brasil aderiu posteriormente a essa Comissão (hoje formada por 
mais de 100 países) e passará a divulgar os princípios e normas por ela emitidos. 
 
11.9 Qual a Lei que tornou obrigatórias no Brasil as muitas normas contábeis? 
 Foi a Lei no 6.404, de 15-12-76, que regulamentou as sociedades por ações. 
Essa lei consolidou normas anteriormente consideradas aceitas no Brasil, acrescentando 
algumas novas, como a da avaliação de investimentos em controladas e coligadas pelo 
valor de seu patrimônio líquido, por exemplo, denominada "equivalência patrimonial" 
bem com a consolidação de balanços, entre outras. 
 24 
12. RESERV12. RESERV AS PROVISÕES E LUCROS AS PROVISÕES E LUCROS 
ACUMULADOSACUMULADOS 
 
12.1 O que é reserva? 
 Reserva é uma parcela destacada do lucro líquido, que se delibera não distribuir, 
mas destinar ao reforço do capital social. 
 
12.2 O que é provisão? 
 As provisões se destinam a registrar reduções, certas ou prováveis, a se 
verificarem no ativo (depreciações, amortizações de despesas, riscos de crédito, 
sinistros etc.), ou de aumentos de passivo (contingências fiscais, cambiais, contratuais 
ou trabalhistas). 
 
12.3 Exemplifique as diferenças entre reserva e provisão. 
 A reserva é uma parcela do lucro líquido, que se destina ao reforço do capital, 
aumentando assim o patrimônio líquido da empresa. A provisão é uma parcela do custo 
que reduz o lucro líquido e figura no balanço patrimonial como parcela dedutiva do 
ativo, ou como exigibilidade ou contingência, no passivo. A provisão é, portanto, um 
custo do exercício, que reduz o lucro líquido, como é o caso da provisão para devedores 
duvidosos. A reserva integra o lucro líquido, sendo uma parcela deste destinada a 
reforçar o capital da empresa, como é o caso da reserva legal. 
 
12.4 O que é lucro líquido? 
 O lucro líquido é o resultado positivo da atividade econômica da empresa, no 
final do exercício. O resultado da venda de produtos ou serviços, menos o custo desses 
produtos ou serviços é chamado lucro bruto. Deduzindo-se deste todas as despesas 
necessárias à manutenção e ao desenvolvimento das atividades empresariais, e 
acrescentando as receitas não-operacionais, teremos o lucro líquido. 
 
12.5 Como é distribuído o lucro liquido? 
 Nas empresas individuais e nas sociedades fechadas, o lucro líquido é 
distribuído de acordo com a vontade de seus proprietários, podendo ser por eles 
retirado ou permanecer na empresa, como reservas ou lucros acumulados, a seu critério. 
Nas sociedades por ações, o lucro líquido é distribuído conforme determina a Lei no 
6.404/76. 
 
12.6 Como é calculado o lucro real? 
 O lucro líquido do exercício, conforme define o art. 187 da Lei no 6.404/76, 
corresponde ao lucro bruto menos as despesas necessárias à manutenção e ao 
desenvolvimento das atividades empresariais, incluídas, entre estas, a parcela relativa 
ao imposto de renda devido, que é calculado sobre o lucro real, terminologia adotada 
pela legislação tributária pela designar o lucro tributável. 
 Para chegarmos ao lucro real, partimos do lucro líquido, antes de deduzida a 
parcela destinada ao IR (Lucro antes do Imposto de Renda - LAIR). A esse lucro 
acrescentamos as adições e dela fazemos as exclusões previstas no Regulamento do 
Imposto de Renda, chegando assim ao lucro real. 
 Conhecido o lucro real, sobre ele calcularemos o imposto de renda, que será, 
então, deduzido do lucro líquido do exercício antes do imposto (LAIR), chegando-se ao 
lucro líquido do exercício (depois do imposto = LDIR). 
 25 
 
Lucro antes do IR (LAIR) 650 
Adições: 
Excesso de remuneração de diretores 100 
Brindes 50 
Provisão para perda de investimentos 20 
Multas fiscais 30 200 
Exclusões: 
Lucro com equivalência patrimonial (150) 
Indenizações reparatórias de seguros (100) (250) 
Lucro real 600 
Imposto de renda a pagar (25%) (150) 
Lucro líquido do exercício: 
Lucro antes do IR 650 
Provisão para IR (150) 
Lucro depois do IR 500 
 
12.7 Que são Lucro Bruto e Lucro Operacional, segundo o Regulamento do Imposto 
de Renda? 
 Os conceitos de lucro bruto e de lucro operacional, segundo o RIR, não diferem 
do conceito contábil, ou seja, O lucro bruto é o resultado da receita de vendas menos o 
Custo das Mercadorias Vendidas (CMV). O Operacional é o lucro bruto menos as 
despesas operacionais, acrescida de outras receitas operacionais; como vemos no 
seguinte exemplo: 
Venda de produtos ou serviços 1000 
Custo dos produtos ou serviços vendidos - (400) 
 Lucro Bruto 600 
Despesas operacionais (300) 
Outras Receitas Operacionais 100 
 Lucro operacional 400 
Rendas não-operacionais 10 
Despesas não-operacionais (20) 
 Lucro líquido antes do IR 390 
Provisão para IR (98) 
 Lucro líquido do exercício depois do IR 292 
 
12.8 Quando ocorre a chamada "distribuição disfarçadade lucros"? 
 Ocorre essa distribuição quando a empresa realiza transações com pessoas a ela 
ligadas (sócio, administrador ou titular, bem corno seu cônjuge ou parente até o terceiro 
grau), havendo a presunção de que tais pessoas foram beneficiadas, em detrimento do 
interesse da pessoa jurídica contribuinte do imposto de renda. 
 
12.9 Existem conceitos contábeis de 'lucro presumido" e "lucro arbitrado"? 
 Não. Esses conceitos são fiscais, para fins de tributação do imposto de renda. Se 
não estiver obrigada à apuração do lucro real, a pessoa jurídica poderá, optar pela 
tributação com base no lucro presumido, atendidas às disposições previstas na 
legislação em vigor. Quanto ao lucro arbitrado ele somente ocorre quando a empresa 
não possui escrituração contábil, ou quando esta contiver vícios ou deficiências que a 
tornem imprestável para apuração do lucro real, ou quando o contribuinte se negar a 
apresentar os livros de escrituração ou demais documentos exigidos pelo fisco. 
 26 
13. ENCERRAMENTO DO EXERCÍCIO13. ENCERRAMENTO DO EXERCÍCIO 
 
13.1 Quais são as medidas preliminares para elaboração do balanço? 
1. Na data do encerramento do exercício, levanta-se o balancete de verificação. 
2. Confrontam-se os saldos das contas com os registros auxiliares. 
3. Procedem-se aos inventários de todos os valores suscetíveis de contagem física 
(caixa, estoques, títulos e duplicatas a receber, móveis, máquinas, ferramentas etc.), 
4. Confrontam-se os valores inventariados com os registros auxiliaras e com os saldos 
do Razão. 
5. Havendo divergências entre os registros auxiliares e os saldos do Razão, 
procedem-se aos ajustes. 
6. Procedem-se às retificações de exercício – depreciações, amortizações, correções 
monetárias, provisões para riscos de crédito, para contingências e outras. 
7. Verificam-se as despesas vencidas e não pagas, bem como as pagas e não-vencidas, 
para que os saldos das contas passem a representar apenas as despesas de exercício. 
8. Verificam-se as receitas vencidas e não recebidas, bem como as recebidas e 
não-vencidas, para que os saldos das contas representem apenas as receitas do 
exercício. 
 
13.2 Como se determina o resultado do exercício? 
1. Apura-se o lucro bruto na conta de Mercadorias, transferindo-o, depois, para 
Apuração do Resultado do Exercício - ARE. 
2. Transferem-se os saldos das contas de receita para Apuração do Resultado do 
Exercício. 
3. Transferem-se os saldos das contas de despesa para Apuração do Resultado do 
Exercício. 
4. Apura-se o lucro líquido. 
5. Registra-se a destinação do lucro líquido. 
6. Levanta-se o 2º balancete, de verificação (neste balancete deverão aparecer com 
saldo somente as contas patrimoniais). 
 
 27 
14. ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES 14. ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEISCONTÁBEIS 
 
14.1 Quais os procedimentos para elaboração das demonstrações contábeis? 
a. O 2º Balancete de Verificação apresenta apenas contas patrimoniais. As que 
apresentam saldo devedor são ativas e as que apresentam saldo credor são passivas. 
Classificadas as contas (ativas e passivas), segundo os padrões usuais de 
classificação, teremos o Balanço Patrimonial. 
 
b. Para a conta de Apuração do Resultado do Exercício foram transferidos todos os 
saldos das contas de receitas o despesas do exercício, bem como o lucro bruto 
apurado na conta de Mercadorias. Demonstradas as receitas e as despesas, teremos a 
Demonstração do Resultado do Exercício. 
 
c. Essa demonstração, segundo modelo aprovado pela Lei no 6.404/76, é elaborada 
partindo-se da receita bruta operacional e deduzindo-se o custo das vendas ou 
serviços prestados, para encontrar o lucro bruto. Determinado este, deduzem-se as 
despesas operacionais para encontrar o lucro operacional, ao qual são acrescentadas 
as receitas não-operacionais ou deduzidas as despesas não-operacionais para 
encontrar o lucro líquido antes do imposto de renda, do qual são deduzidas a 
provisão para o imposto e as participações de terceiros, para chegarmos ao lucro 
líquido do exercício. 
 
14.2 Como é elaborada a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos? 
 A Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos é elaborada 
demonstrando-se: 
 
I - as origens dos recursos, agrupadas em: 
a. lucro do exercício, acrescido de depreciação, amortização ou exaustão e ajustado 
pela variação nos resultados de exercícios futuros; 
b. realização do capital social e contribuições para reservas de capital; 
c. recursos de terceiros, originários do aumento do passivo exigível a longo prazo, da 
redução do ativo realizável a longo prazo e da alienação de investimentos e direitos 
do ativo imobilizado. 
 
II – as aplicações de recursos, agrupadas em: 
 a. dividendos distribuídos; 
 b. aquisição de direitos do ativo imobilizado; 
 c. aumento do ativo realizável a longo prazo, dos investimentos e do ativo 
diferido; 
 d. redução do passivo exigível a longo prazo. 
 
III - o excesso ou insuficiência das origens de recursos, em relação às aplicações 
representando aumento ou redução do capital circulante liquido; 
 
IV - os saldos no inicio e no fim do exercício, do ativo e passivo circulantes, o 
montante do capital circulante líquido e seu aumento ou redução durante o exercício. 
 
 
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14.3 Como é elaborada a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido? 
 A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido é elaborada 
evidenciando-se todas as contas que formam o patrimônio líquido, bem como as 
variações, aumentativas e diminutivas, por elas sofridas durante o exercício. Esta 
demonstração substitui a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados. 
 
14.4 Como é elaborada a Demonstração das Mutações Patrimoniais? 
 Elabora-se a Demonstração das Mutações Patrimoniais mediante a comparação 
do balanço deste exercício com o do exercido anterior, evidenciando as variações 
ocorridas em cada uma das contas, ou grupos de contas, do ativo e do passivo.

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