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1 CÁPSULAS ! UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA INDUSTRIAL DISCIPLINA DE FARMACOTÉCNICA – FID 102 Profa. Daniele Rubert Nogueira Formas farmacêuticas sólidas Pós Granulados Pellets Comprimidos Formas revestidas Drágeas Peliculados Cápsulas Uso direto Reconstituição Papéis Outras FF Considerações: q São preparações farmacêuticas sólidas; q Constituídas por um invólucro de gelatina (em geral); q Consistência dura ou mole; q Formas e dimensões variadas; q Podem conter substâncias sólidas, semissólidas ou líquidas; q Associadas ou não a excipientes. Vantagens do encapsulamento de fármacos ² São atrativas; ² Acondicionamento de pós e líquidos; ² Administração de substâncias de sabor e odor desagradável; ² Proteção contra a luz, ar e umidade; ² São insípidas; ² Fácil administração; ² Fácil deglutição (elasticidade das paredes); ² Desagregação rápida no estômago; ² Dose unitária; ² Fácil identificação; ² Flexibilização na prescrição; ² Ocupam pequeno volume; ² Acondicionam compostos não compressíveis. Desvantagens/limitações ² Sensibilidade do invólucro a umidade; ² Possibilidade de reações entre o invólucro e o material de enchimento; ² Condições especiais de armazenamento; ² Maior custo de produção; ² Não é fracionável; ² Incompatibilidade a certas substâncias; ² Fácil adesão à parede do esôfago, podendo levar à irritação deste; ² Restrição de uso em pacientes com dificuldade de deglutição. Tipos de Cápsulas I – Amiláceas: (hóstias): constituídas de amido de trigo e/ou farinha de trigo, de forma redonda; primeiras cápsulas a serem introduzidas na terapêutica (em desuso). • Acondicionam substâncias sólidas II – Gelatinosas: constituídas de gelatina, podendo ser de consistência dura (cápsulas de gelatina duras), ou flexível e elástica (cápsulas de gelatina mole). Invólucros ocos, de forma esférica, ovóide, ponta alongada ou cilíndrica, coradas ou não • Acondicionam substâncias sólidas, pastosas ou líquidas III – Especiais: constituídas de matéria-prima diferente da gelatina (derivados de celulose – HPMC). 2 Tipos de Cápsulas Gelatina dura Gelatina mole HPMC Amiláceas Classificação v Cápsulas duras; v Cápsulas moles (softgel); v Cápsulas gastrorresistentes (liberação entérica); v Cápsulas de liberação prolongada. Gelatina ü Substância atóxica, utilizada comumente em alimentos, mundialmente aceita; ü Facilmente solúvel nos fluidos biológicos; ü Bom material formador de filme (resistência); ü Origem natural, obtida pela hidrólise do colágeno (pele e ossos de animais); ü Gelatina tipo A (hidrólise ácida) e gelatina tipo B (hidrólise alcalina) – Pharmagel A e B; ü Padrões de qualidade. Patente original 1846: 1. Imersão de moldes metálicos em solução de gelatina quente = formação do filme de gelatina 2. Secagem, corte e retirada dos moldes. Esquema produção de cápsulas de gelatina dura Cápsulas Gelatinosas Duras Invólucro: ü Gelatina hidratada (12 a 16% de água) ü Plastificantes: ≤ 5% (glicerina, sorbitol, propilenoglicol) ü Opacificantes: TiO2 ü Corantes ü Antioxidantes ü Edulcorantes ü Corantes e flavorizantes q Sólidos q Semissólidos q Líquidos (não-aquosos) q Outras formas farmacêuticas de menor volume 3 q Cápsulas duras com enchimento líquido DE LUCCA et al., 2005 Cápsulas Gelatinosas Duras Cápsulas Gelatinosas Duras Constituídas por duas partes cilíndricas, arredondadas nos extremos, apresentando diâmetro e comprimento diferentes. CORPO: parte mais comprida, serve para acondicionar as substâncias medicamentosas. TAMPA: porção curta e mais larga. u Comercializadas em diferentes tamanhos: números de 000 (maior tamanho) a 5 (menor tamanho). u De modo geral, a capacidade aproximada das cápsulas é de 65 a 1000 mg de pós (variação depende da densidade dos pós). Cápsulas Gelatinosas Duras Número da cápsula Capacidade em volume (mL) 5 0,12 a 0,13 4 0,20 a 0,21 3 0,27 a 0,30 2 0,37 1 0,48 a 0,50 0 0,67 a 0,68 0A 0,78 a 0,85 00 0,91 a 0,95 000 1,36 a 1,37 Cápsulas Gelatinosas Duras Tamanho das cápsulas e volumes de enchimento Cápsulas Gelatinosas Duras Capacidade aproximada em massa (g) dos invólucros de gelatina dura para alguns fármacos e adjuvantes Substância 5 4 3 2 1 0 00 000 Paracetamol 0,13 0,18 0,24 0,31 0,42 0,54 0,75 1,10 Ácido ascórbico 0,13 0,22 0,31 0,40 0,53 0,70 0,98 1,42 Amido de milho 0,13 0,20 0,27 0,34 0,44 0,58 0,80 1,15 Bicarbonato de sódio 0,13 0,26 0,32 0,39 0,52 0,70 0,97 1,43 Hidróxido de alumínio 0,18 0,27 0,36 0,47 0,64 0,82 1,14 1,71 Lactato de cálcio 0,11 0,16 0,21 0,26 0,33 0,46 0,57 0,80 Lactose 0,14 0,21 0,28 0,35 0,46 0,60 0,85 1,25 î Dimensões: de acordo com a sua forma e número. î Resistência à fratura: não devem ser friáveis. î Defeitos no invólucro: deve-se observar a forma intacta, superfície lisa, cor homogênea e impressão. î Umidade: 10 a 16% î Solubilidade: em água (25 ºC), mínimo 15 minutos sem se dissolver; em solução HCl 0,5% (m/v), dissolução em 15 minutos, a 36-38 ºC. Cápsulas Gelatinosas Duras Especificações de qualidade 4 Cápsulas Gelatinosas Moles (Softgel) Constituídas de uma única parte (conteúdo hermeticamente selado) Invólucro: q Gelatina hidratada q Plastificantes: 20 a 40 % (glicerina, sorbitol, propilenoglicol) maior flexibilidade q Conservantes (metil e propilparabeno, ácido sórbico) q Molhantes Conteúdo: q Líquidos (teor de água < 5%) e semissólidos Produção industrial (necessidade de equipamento específico) HOS E FORMAS VARIADAS: ² redondas ² ovais ² oblongas ² tubulares ² ou em forma de supositórios ² Capacidade de 0,2 a 5,0 g ou mL Cápsulas Gelatinosas Moles Tamanhos e formas variadas: v Fácil deglutição; v Maior preferência pelos pacientes; v Maior biodisponibilidade; v Melhor homogeneidade de preparação (precisão no encapsulamento de ± 1 a 3%); v Adequadas para a incorporação de fármacos susceptíveis à hidrólise ou oxidação. Cápsulas Gelatinosas Moles Vantagens em relação às cápsulas duras: Cápsulas gastrorresistentes Cápsulas que resistem, sem alteração, à ação do suco gástrico, com rápida degradação no suco intestinal (Enterossolúveis). • Substância ativa não deve ser digerida ou degradada no estômago; • Substâncias irritantes para a mucosa gástrica; • Efeito máximo no duodeno ou no jejuno. v Cápsulas duras ou moles v Filme gastrorresistente v Preenchimento das cápsulas com grânulos ou partículas cobertas por revestimento gastrorresistente Processo de preparação: semelhante ao drageamento Cápsulas de liberação modificada Cápsulas (duras ou moles) nas quais o conteúdo ou o invólucro contém excipientes especiais ou são preparadas por processo destinado a modificar a velocidade ou o local de liberação das substânciaativa. Ex: Utilização de HPMC como excipiente Polímero com alta capacidade de molhagem e alta velocidade de hidratação eficiência na formação de matrizes hidrofílicas retardantes da liberação de fármacos CÁPSULAS GELATINOSAS DURAS 5 Conteúdo das Cápsulas Gelatinosas Duras v Substância(s) ativa(s) – sólido, líquido não-aquoso ou pastoso; v Diluentes; v Lubrificantes; v Agente molhante; v Agente deslizante; v Agentes desintegrantes. Substâncias ativas Ø Preferencialmente de alta dosagem; Ø Apresentar granulometria semelhante aos adjuvantes; Ø Não apresentar incompatibilidades com a gelatina; Ø Apresentar fluxo e densidade adequadas. Conteúdo das Cápsulas Gelatinosas Duras Adjuvantes Ø Material de carga (diluentes) - Lactose, celulose microcristalina, amido, talco Ø Lubrificantes - dióxido de silício coloidal (Aerosil®), estearato de magnésio, lactose/estearato de magnésio/talco 1:1:1 Ø Deslizantes - Sílica anidra coloidal Ø Agentes molhantes – Lauril sulfato de sódio Ø Desintegrantes - Croscarmelose, amido, glicolato de sódio Ø Estabilizantes Conteúdo das Cápsulas Gelatinosas Duras Conteúdo das Cápsulas Gelatinosas Duras Antes da lubrificação Depois da lubrificação u Adjuvantes devem ter inércia: o Química em relação à substância ativa; o Farmacológica em relação ao paciente; o Química em relação aos materiais de acondicionamento (cápsula de gelatina). Conteúdo das Cápsulas Gelatinosas Duras Sistema de classificação biofarmacêutica (SCB) - orais Ø Amidon e colaboradores (1995); Ø Classificação dos fármacos de acordo com suas propriedades de solubilidade em meio aquoso e permeabilidade intestinal; Ø Via oral: limitações de absorção. Fármaco Forma farmacêutica Liberação Fluido GI Solução Passagem através de membranas Fármaco absorvido Circulação sistêmica solubilidade permeabilidade 6 Classe I (anfifílico) II (lipofílico) III (hidrofílico) IV (hidrofóbico) Solubilidade Alta Baixa Alta Baixa Permeabilidade Alta Alta Baixa Baixa Ranitidina, atenolol Propranolol, metoprolol Hidroclorotiazida, furosemida Carbamazepina, cetoprofeno Sistema de classificação biofarmacêutica (SCB) - orais Exemplos Influência da presença de excipientes na dissolução de cápsulas de Carbamazepina Sem utilização de excipiente Influência do excipiente na dissolução Estudo do perfil de dissolução Cápsulas de Carbamazepina 200 mg 0 20 40 60 80 100 0 12 24 36 48 60 72 Tempo (minutos) Te or d iss ol vi do (% ) Cápsulas de Carbamazepina 400 mg MEDIC XXXXX/05 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 12 24 36 48 60 72 Tempo- minutos Te or d iss ol vi do - % Formulação 2: Estearato de magnésio................ 0,5% Dióxido de silício coloidal................. 1% Lauril sulfato de sódio...................... 1% Manitol........................................... 30% Celulose microcristalina qsp 100 g (branca/branca # 0). Formulação 1: Print to PDF without this message by purchasing novaPDF (http://www.novapdf.com/) Sem utilização de excipiente Influência do excipiente na dissolução Estudo do perfil de dissolução Cápsulas de Carbamazepina 200 mg 0 20 40 60 80 100 0 12 24 36 48 60 72 Tempo (minutos) Te or d iss ol vi do (% ) Cápsulas de Carbamazepina 400 mg MEDIC XXXXX/05 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 12 24 36 48 60 72 Tempo- minutos Te or d iss ol vi do - % Formulação 2: Estearato de magnésio................ 0,5% Dióxido de silício coloidal................. 1% Lauril sulfato de sódio...................... 1% Manitol........................................... 30% Celulose microcristalina qsp 100 g (branca/branca # 0). Formulação 1: Print to PDF without this message by purchasing novaPDF (http://www.novapdf.com/) Sem utilização de excipiente Influência do excipiente na dissolução Estudo do perfil de dissolução Cápsulas de Carbamazepina 200 mg 0 20 40 60 80 100 0 12 24 36 48 60 72 Tempo (minutos) Te or d iss ol vi do (% ) Cápsulas de Carbamazepina 400 mg MEDIC XXXXX/05 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 12 24 36 48 60 72 Tempo- minutos Te or d iss ol vi do - % Formulação 2: Estearato de magnésio................ 0,5% Dióxido de silício coloidal................. 1% Lauril sulfato de sódio...................... 1% Manitol........................................... 30% Celulose microcristalina qsp 100 g (branca/branca # 0). Formulação 1: Print to PDF without this message by purchasing novaPDF (http://www.novapdf.com/) Influência de diferentes concentrações de estearato de magnésio na absorção de um fármaco (FERREIRA, 2008). ² Superfície e tamanho da partícula do fármaco; ² Uso de fármacos na forma de um sal; ² Forma cristalina do fármaco; ² Estabilidade química do fármaco (na FF e nos fluidos do TGI); ² Natureza e quantidade de diluente, lubrificante e agente molhante; ² Interações entre fármacos e adjuvantes (p. ex. adsorção e formação de complexos); ² Tipo e condições do processo de enchimento; ² Densidade de empacotamento do conteúdo da cápsula; ² Composição e as propriedades do invólucro; ² Interações entre o invólucro da cápsula e o conteúdo desta. Fatores de formulação que podem afetar a biodisponibilidade de fármacos contidos em cápsulas gelatinosas duras 1) Preparação da fórmula e seleção do tamanho da cápsula; 2) Enchimento das cápsulas; 3) Fechamento, limpeza e polimento das cápsulas cheias. Preparação das Cápsulas Gelatinosas Duras 7 1) Seleção do tamanho da cápsula þ Pesagem de todos os componentes ativos da fórmula; þ Trituração ou pulverização, e tamisação dos componentes sólidos; þ SELEÇÃO DO TAMANHO DA CÁPSULA: tamanho da cápsula é proporcional ao volume da mistura de pós obtida. * Teste de capacidade (tentativa e erro); método volumétrico (avaliação do volume aparente ou emprego do nomograma). Preparação das Cápsulas Gelatinosas Duras* *Para a preparação de cápsulas com substâncias sólidas Métodos de preparação Pesagem individual q Análise muito criteriosa da prescrição; q Verificar possibilidade de preparação com erro aceitável (pesagem). verificar necessidade de diluição do ingrediente ativo Preparação das Cápsulas Gelatinosas Duras « Diluição de pós Piridoxina .................. 60 mg Cistina ...................... 200 mg Vitamina B12 ............ 100 µg Biotina ..................... 0,2 mg Vitamina A ................ 25.000 UI 100 cápsulas. Observações: - Vitamina B12, diluída 1:100 - Biotina, diluída 1:10 - Vitamina A, 500.000 UI/g Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação - volumétrico Métodos de preparação Preparação das Cápsulas Gelatinosas Duras – Consideração importante * Métodos para a eleição do tamanho da cápsula e determinação da quantidade de diluente: q Tentativa e erro – teste de capacidade q “Regra dos seis” q “Regra de sete” q Método volumétrico (mais preciso) - Avaliação do volume aparente (verificar tabela de capacidades volumétricas das cápsulas) - Emprego do nomograma. Preparação das Cápsulas Gelatinosas Duras * Material de enchimento • Volume dadose do fármaco determina o tamanho da cápsula a ser utilizada. þ Volume da dose do fármaco = volume da dose da cápsula invólucro preenchido exclusivamente pela substância ativa þ Volume do fármaco < volume total necessidade de material de carga (excipiente) Preparação das Cápsulas Gelatinosas Duras ¤ Farmácia de Manipulação: encapsuladoras manuais, (plástico, acrílico ou metal). *Semi-automático, automático Fechamento: manual, cápsula a cápsula. Limpeza e polimento: individualmente ou em pequeno número, esfregando-as contra uma gaze, pano limpo ou flanela. Preparação das Cápsulas Gelatinosas Duras 2) Enchimento das cápsulas 3) Fechamento e limpeza das cápsulas 8 Métodos de preparação Método volumétrico þ Vantagens: maior precisão þ Considerar peso da mistura dos pós, densidades e grau de compactação þ Baseado no volume aparente da matéria-prima Preparação das Cápsulas Gelatinosas Duras – Métodos de preparação - Utilizando a tabela de capacidades volumétricas das cápsulas - Utilizando o nomograma para seleção do tamanho de cápsulas Métodos de preparação - volumétrico z Não necessita adjuvante (Método A) z Necessidade de adjuvante de carga (Método B) Pequena quantidade Grande quantidade o Densidade aparente conhecida o Densidade aparente desconhecida o Considerar uma substância ativa ou mistura Métodos de preparação Preparação das Cápsulas Gelatinosas Duras – Métodos de preparação - volumétrico Métodos de preparação Método A - Situação 1 Dose fármaco A ......... 500 mg Preparar 20 caps. 1) Pesar 10 g de substância; 20 caps x 500 mg = 10000 mg = 10 g 2) Observar as características macroscópicas do fármaco; Se cristalino: cominuição obrigatória Triturar em gral ou moinho 3) Tamisar e/ou desagregar o pó; *verificar se o peso do produto tamisado ou desagregado corresponde ao peso inicial Métodos de preparação - volumétrico Métodos de preparação Preparação das Cápsulas Gelatinosas Duras – Métodos de preparação - volumétrico Métodos de preparação 4) Medir o volume aparente do pó (10 g) em proveta; 5) Escolher a cápsula; 13,6 mL Escolha da cápsula 13,6 mL / 20 cáps = 0,68 mL/dose Cápsula nº 0 Volume pó = volume receptáculo (cápsula) Peso total = 10 g Volume aparente (Va) = 13,6 mL Densidade aparente (Dap) = 0,735 g/mL Métodos de preparação Métodos de preparação - volumétrico Métodos de preparação Preparação das Cápsulas Gelatinosas Duras – Métodos de preparação - volumétrico Dap = m/Va Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação - volumétrico Métodos de preparação Preparação das Cápsulas Gelatinosas Duras – Métodos de preparação - volumétrico Número da cápsula Capacidade em Volume (mL) 5 0,12 a 0,13 4 0,20 a 0,21 3 0,27 a 0,30 2 0,37 1 0,48 a 0,50 0 0,67 a 0,68 0A 0,78 a 0,85 00 0,91 a 0,95 000 1,36 a 1,37 6) Distribuição do pó por nivelamento de superfície dos receptáculos; 7) Fechar, limpar e polir; 8) Realizar CQ. Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação - volumétrico Métodos de preparação Preparação das Cápsulas Gelatinosas Duras – Métodos de preparação - volumétrico 9 Métodos de preparação Método B – Situação 2 Dose fármaco B ......... 500 mg Preparar 20 caps. Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação - volumétrico Métodos de preparação Preparação das Cápsulas Gelatinosas Duras – Métodos de preparação - volumétrico 12,6 mL Escolha da cápsula 12,6 mL / 20 cáps = 0,63 mL/dose Cápsula nº 0 Completar o volume (13,6 mL) com diluente: 1,0 mL Volume pó ≠ volume receptáculo Cápsula nº 0 20 x 0,68 = 13,6 mL Peso total = 10 g Volume aparente (Va) = 12,6 mL Densidade aparente (Dap) = 0,793 g/mL Métodos de preparação Ex. Diluente: lactose Dap = 0,62 g/mL Para calcular a quantidade de lactose (em g) necessária para completar o preenchimento da cápsula: Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação - volumétrico Métodos de preparação Preparação das Cápsulas Gelatinosas Duras – Métodos de preparação - volumétrico 13,6 mL – 12,6 mL = 1 mL de lactose Dap = m/Va m = Dap x Va m = 0,62 g/mL x 1 mL = 0,62 g de lactose para preparar 20 cápsulas Procedimento geral Método B: 1) Seguir etapas 1 a 5 descritas para o Método A; 2) Calcular a quantidade de diluente necessária; 3) Pesar ou medir o diluente; 4) Misturar os pós (gral ou misturador; utilizar diluição geométrica); 5) Seguir etapas 6 a 8 descritas para o Método A. Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação - volumétrico Métodos de preparação Preparação das Cápsulas Gelatinosas Duras – Métodos de preparação - volumétrico Nomograma Escolha da cápsula: ² Determinar o volume aparente do pó, medido através de uma proveta; ² Escolha do tamanho da cápsula através do nomograma; ² Completar com pó inerte, se necessário, o volume de pó a acondicionar. Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação - volumétrico Métodos de preparação Preparação das Cápsulas Gelatinosas Duras – Métodos de preparação - volumétrico Exemplo: - Volume de ingredientes ativos: 25 mL (30 cápsulas) - Diluente: 29 - 25 mL = 4 mL Nomograma Métodos de preparação þ Pesar a quantidade de fármaco necessária; þ Tamisar e/ou desagregar o pó; þ Medir o volume aparente; þ Eleger o tamanho de cápsula adequado e calcular a quantidade de excipiente necessário; þ Completar com o volume (medir ou pesar) de diluente; þ Misturar os pós (misturador, gral – diluição geométrica); þ Distribuir o pó sobre a superfície dos receptáculos; þ Fechar, polir e realizar CQ. Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação - volumétrico Métodos de preparação Preparação das Cápsulas Gelatinosas Duras – Métodos de preparação - volumétrico 10 Misturador em V Misturador cúbico Preparação das Cápsulas Gelatinosas Duras Sua cápsula em formato de Y é feita de material descartável PET Um sistema de vibração de alta freqüência faz com que as partículas se choquem, melhorando a mistura e evitando que a eletricidade estática gerada pelo atrito retenha o pó na cápsula durante a mistura. Print to PDF without this message by purchasing novaPDF (http://www.novapdf.com/) Misturador em formato de Y (unido a um vibrador de alta frequência) « Mistura do(s) fármaco(s) com os excipientes necessários: Pesagem Substância ativa) Trituração Tamisação Encapsulamento Pesagem/ medida diluente Tamisação Mistura Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação - volumétrico Métodos de preparação Manipulação de cápsulas duras Encapsuladoras manuais: Máquina Encapsuladora manual: Encapsuladoras semi-automáticas: Aparelho para a determinação da densidade de pós, grânulos e pellets: 11 Máquinas encapsuladoras semi-automáticas: Máquina encapsuladora automática (escala industrial): Ações preliminares 1) Verificar as condições de limpeza dos equipamentos, utensílios e bancadas. 2) Higiene do manipulador: vestimenta, EPIs. 3) Condições ideias de temperaturae umidade relativa do ambiente. BPM Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Manipulação de cápsulas duras em Farmácia Temperatura: 25 ± 5 °C UR: 30 a 45% (não devendo ultrapassar o limite de 60%) 4) Análise da prescrição þ Aspectos legais; þ Atividade farmacológica e toxicológica dos componentes; þ Perfil biofarmacêutico e farmacotécnico; þ Adequabilidade da dose prescrita; þ Características, físicas e químicas; þ Quantidade de material a encapsular. Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Manipulação de cápsulas duras em Farmácia 5) Protocolo de preparação þ Data, nº lote; þ Identificação do produto; þ Identificação manipulador; þ Fórmula de produção; þ Quantidade a ser produzida; þ Detalhamento das etapas de manipulação (POPs); þ Registro de matérias-primas; þ Instruções de embalagem e armazenamento. Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Manipulação de cápsulas duras em Farmácia Cápsulas de tetraciclina Cloridrato de tetraciclina 250 mg Lactose Estearato de magnésio Cápsulas de paracetamol com codeína Paracetamol 325 mg Fosfato de codeína 30 mg Amido glicolato de sódio Estearato de magnésio Ácido esteárico Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação - volumétrico Métodos de preparação Preparação das Cápsulas Gelatinosas Duras – Exemplos de formulações 12 ² Soluções alcoólicas ² Óleos fixos ² Óleos voláteis * Invólucro não solúvel no líquido Exemplo: Progesterona 100 mg em cápsulas com óleo de amendoim Progesterona micronizada .................. 10 g Óleo de amendoim q.s.p. ................... 30 mL - 300 µL/cápsula * Adicionar conteúdo na cápsula utilizando uma micropipeta Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação - volumétrico Métodos de preparação Preparação das Cápsulas Gelatinosas Duras – Materiais líquidos ² Materiais semissólidos podem ser empregados para aumentar a biodisponibilidade de fármacos pouco solúveis • Ex. excipientes usados como matrizes semissólidas: - Óleos vegetais hidrogenados; gorduras vegetais; hidrocarbonetos; álcoois graxos; polietilenoglicóis Exemplo: Cápsulas com estrogênios: Estriol..................... 200mg Estrona................... 25 mg Estradiol................... 25 mg Polietilenoglicol 1500................... 20 g Polietilenoglicol 4000................... 20 g * Composição para 100 cápsulas Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação - volumétrico Métodos de preparação Preparação das Cápsulas Gelatinosas Duras – Materiais semissólidos « Densidade dos fármacos « Dose x cápsulas « Porção farmacologicamente ativa Fornecedor A: carbonato de cálcio (d = 0,523 g/mL) V = 0,95 mL, cápsula no 00 Fornecedor B: carbonato de cálcio (d = 0,73 g/mL) V = 0,95 mL, cápsula no 0 Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação - volumétrico Métodos de preparação Cápsulas Gelatinosas Duras – Considerações importantes v Recipientes de vidro, alumínio ou polietileno, hermeticamente fechados com tampas de enroscar e cintas plásticas adicionais. v Embalagens tipo blister ou em fita termocolada de alumínio ou plástico. Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Cápsulas Gelatinosas Duras – Acondicionamento *Conservação: abrigo da luz e umidade ² Aspecto ² Identificação ² Peso médio ² Doseamento ² Uniformidade de conteúdo ² Desintegração ² Dissolução ² CQ microbiológico ² Umidade Farmacopéias Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Cápsulas Gelatinosas Duras – Controle de qualidade þ Ação dos constituintes sobre os invólucros gelatinosos: - Dissolução da gelatina pelos líquidos condicionados: • Dissolução total ou parcial das paredes das cápsulas, por ação de soluções aquosas ou hidroalcoólicas • Absorção da água residual das cápsulas por substâncias higroscópicas þ Ação dos constituintes entre si: • Formação de misturas eutéticas ou coradas Métodos de preparação Métodos de preparação Métodos de preparação Cápsulas Gelatinosas Duras – Incompatibilidades 13 PRINCIPAIS ADJUVANTES Talco (silicato de magnésio) Mg6(Si2O5)4(OH)4 Usos: - Diluente : 5 a 30 % - Lubrificante: CPD Características: - Pó fino branco a acinzentado, insolúvel em água - Susceptível a contaminação microbiana (esterilização calor seco) Incompatibilidades: - Compostos de amônio quaternário Amido Usos: - Diluente - Aglutinante (goma) - Lubrificante, desintegrante: CPD 20% amilose (L), 80% amilopectina (R) – milho, batata, arroz Características: - Pó branco - Higroscópico (10 a 14% de umidade) Principais adjuvantes Lactose Usos: - Diluente Anidra ou monoidratada Características: - Pó ou partículas cristalinas de cor branca, solúvel em água - Disponível em diferentes especificações granulométricas - Adquire coloração marrom em função do armazenamento Incompatibilidades: - Aminoácidos, aminofilina e anfetamina (reação de Maillard) - Intolerância a lactose (deficiência de lactase) Principais adjuvantes Celulose microcristalina Usos: - Diluente: 20 a 90 % - Desintegrante: CPD, 5 a 15% Avicel®, Emcocel®, Fibrocel®, Vivacel®, entre outros Características: - Pó cristalino branco, insolúvel em água - Disponível em diferentes especificações granulométricas - Higroscópico Incompatibilidades: - Oxidantes fortes Principais adjuvantes Manitol Usos: - Diluente: 10 a 90 % Características: - Pó ou grânulos brancos - Gosto adocicado - Não higroscópico, podendo ser empregado com fármacos sensíveis à umidade Principais adjuvantes Dióxido de silício coloidal Usos: - Adsorvente - Deslizante: 0,1 a 0,5% - Desintegrante ou lubrificante: CPD Características: - Pó extremamente fino, branco e leve - Forma dispersão coloidal em água - Baixa contaminação microbiana Nomes comerciais: Aerosil®, Cab-O-Sil® SiO2 Principais adjuvantes 14 Estearato de magnésio Usos: Lubrificante: 0,25 a 5 % Características: - Pó fino, branco, insolúvel em água, com toque gorduroso - “Gorduroso” ao toque e adere a pele [CH3(CH2)16COO]2Mg Incompatibilidades: - Ácidos fortes, álcalis e sais de Fe - AAS e vitaminas Principais adjuvantes Fosfatos de cálcio Usos: - diluente Características: - Pó ou cristais brancos - Baixa higroscopicidade, estável - Boas propriedades de compressão - Bom fluxo Incompatibilidades: - Tetraciclinas, ampicilina, AAS, indometacina, ... Fosfato de cálcio dibásico anidro / hidratado: CaHPO4 (2H2O) Fosfato de cálcio tribásico: Ca3(HPO4)2 Principais adjuvantes Considerações finais þ Análise criteriosa da prescrição; þ Seleção criteriosa dos adjuvantes e do método de preparação; þ Preparação; þ Formulação mais simples possível; þ Pós: uniformizar granulometria para mistura (trituração, tamisação); þ Pesagem: balançade sensibilidade adequada; þ Protocolo adequado de preparação; þ Disponibilizar POPs; Considerações finais þ Controle de qualidade do produto final; þ Treinamento de pessoal; þ Homogeneidade e precisão de doses. Considerações finais Outras formulações: ² Contém um ou mais fármacos em uma base flavorizada ou edulcorada; ² Tratamento de irritação local ou infecções da boca ou garganta (em geral); ² São úteis para pacientes que tem dificuldades de engolir outras FFSO; ² Preparação por moldagem de gelatina e/ou fusão de sacarose ou base de sorbitol, ou compressão de comprimidos a base de açúcar. Preparações sólidas destinadas a se dissolverem ou se desintegrarem lentamente na boca. PASTILHAS Base de pastilha dura opaca – pirulitos medicamentosos Sacarose 150 g Bitartarato de potássio 0,5 g Água purificada 50 mL Flavorizante 0,5 mL Corante qs Substância ativa qs 1. Pesar os constituintes; 2. Dissolver a sacarose e o bitartarato de potássio na água, sob aquecimento; 3. Retirar do aquecimento, adicionar a substância ativa e misturar; 4. Moldar, resfriar e retirar dos moldes. Outras formulações: Pastilhas – Exemplos de formulações 15 Base de pastilhas de chocolate (soft) Chocolate 30 g Óleo vegetal 10 g (soja, milho) Substância ativa qs Base de gelatina glicerinada (pastilhas mastigáveis) Gelatina 18 g Glicerina 70 mL Água purificada 12 mL Flavorizante qs Corante qs Substância ativa qs Outras formulações: Pastilhas – Exemplos de formulações COMPRIMIDOS Formas farmacêuticas sólidas contendo substâncias medicamentosas com ou sem diluentes adequados e preparados por compressão ou por métodos de moldagem. Preparações sólidas pequenas e redondas contendo um agente medicinal. Outras formulações: PÍLULAS REFERÊNCIAS q AULTON, M.E. Delineamento de formas farmacêuticas. 2. ed. Ed. Artmed, 2005. q FERREIRA, A.O. Guia prático da farmácia magistral. 4. ed. São Paulo: Pharmabooks Editora, 2010. q THOMPSON, J. E. A prática farmacêutica na manipulação de medicamentos. Ed. Artmed, 2006. q LACHMAN, L., LIEBERMAN, H.A, KANING, J.L. 2001. Teoria e prática na indústria farmacêutica. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. v. II, p. 855 – 905 q ALLEN JR., L.V.; POPOVICH, N.G.; ANSEL, H.C. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2007.
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