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Excipientes e adjuvantes farmacêuticos

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9/19/13	
  
1	
  
 
EXCIPIENTES E ADJUVANTES 
FARMACÊUTICOS: 
 
CONSERVANTES, ANTIOXIDANTES E TENSOATIVOS 
 
 
 
Profa. Daniele Rubert Nogueira 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA INDUSTRIAL 
DISCIPLINA DE FARMACOTÉCNICA – FID 102 !
Fármaco 
Excipiente 
Eficácia 
Funcionalidade 
Qualidade Segurança 
CONSERVANTES	
  
CONSERVANTES 
CONSERVANTES	
  
DEFINIÇÃO E CONSIDERAÇÕES 
² São substâncias adicionadas às formas farmacêuticas com 
a finalidade de protegê-las de contaminações microbianas. 
² Utilizados principalmente em recipientes de dose múltipla 
(preparações líquidas e semi-sólidas), quando há 
possibilidade de contaminação e crescimento microbiano 
(tanto durante a preparação como durante o uso pelo 
paciente). 
² Agentes antimicrobianos não devem ser utilizados para 
reduzir a contagem de microrganismos viáveis como 
substituto às boas práticas de manipulação. 
CONSERVANTES	
  
Quando não é necessário um conservante? 
² O produto será utilizado imediatamente 
 * a manipulação deve ser por técnicas apropriadas que evitem a contaminação 
² Não há presença de água 
 * microrganismos requerem água para seu desenvolvimento 
² Ausência de nutrientes 
² O pH do meio é < 3 ou > 9 
² Componentes com propriedades antimicrobianas já estão 
presentes na formulação 
CONSERVANTES	
  
Quando um conservante é contra-indicado? 
² Em produtos para neonatos 
² Em soluções oftálmicas destinadas ao uso em pacientes 
com córneas lesadas ou para injeção intraocular 
² Em produtos parenterais com volumes superiores a 50 
mL 
9/19/13	
  
2	
  
CONSERVANTES	
  
Propriedades de um conservante ideal 
²  Efetivo em uma concentração baixa e não-tóxica contra uma 
grande variedade de microrganismos 
²  Quimicamente estável sob condições normais de uso, em um 
intervalo amplo de temperatura e pH 
²  Solúvel na concentração requerida 
²  Compatível com grande variedade de fármacos e excipientes 
²  Isento de sabor, cor ou odor desagradáveis e não-causador de 
sensação de ardência 
²  Não-tóxico e não-sensibilizante nas concentrações requeridas 
²  Custo razoável 
²  Não-reativo (não adsorver, penetrar ou interagir) com o material 
de acondicionamento 
CONSERVANTES	
  
Como utilizar um sistema conservante? 
Isoladamente 
Associação de 
conservantes contra 
fungos e bactérias Gram-
positivas e Gram-negativas 
v Concentração na formulação 
v Eficácia 
v Segurança ao paciente 
CONSERVANTES	
  
Fatores que influenciam a atividade conservante 
n  Concentração: 
- concentração adequada melhor ação 
- Concentração ação conservante 
n  Temperatura: 
- Temperatura aumenta a atividade do agente conservante 
n  pH: 
-  Substâncias dissociáveis mais ativas em pH em que estão na 
forma não ionizável 
CONSERVANTES	
  
Fatores que influenciam a atividade conservante 
n  Matérias-primas: 
 Podem aumentar ou diminuir a atividade de um sistema 
 conservante 
 
q  EDTA: Remoção de cátions importantes à atividade de membrana de MO 
q  Óleos essenciais: efeito secundário. Pequeno aumento 
q  Glicóis: Aumentam a solubilização dos conservantes 
q  Íons metálicos: complexos insolúveis 
q  Tensoativos não-iônicos: formação de pontes de H e ligações de oxigênio 
com os constituintes. Utilização de associação de conservantes 
 
CONSERVANTES	
  
Exemplos conservantes – formulações uso oral 
Álcool etílico 
 
Espectro de ação: bactérias e fungos 
pH: ácido 
Concentração usual: ≥ 10% 
Solubilidade: água, acetona, glicerina 
Incompatibilidades: agentes oxidantes, gomas, cloretos e permanganato 
 
Ácido benzóico e seus sais (benzoato de sódio) 
 
Espectro de ação: bactérias Gram +, bolores e leveduras 
pH: 2,0 – 5,0 
Concentração usual: 0,1 – 0,2% 
Solubilidade: água, etanol 
Incompatibilidades: glicerina, proteínas, tensoativos não iônicos, 
compostos quaternários e gelatina 
 
Outros: ácido sórbico, sorbato de potássio, metilparabeno, propilparabeno 
CONSERVANTES	
  
Exemplos conservantes – formulações uso externo 
Ácido sórbico 
 
Espectro de ação: fungos e leveduras; pouca atividade sobre bactérias 
pH: 2,5 – 6,0 
Concentração usual: 0,1 – 0,3 % 
Incompatibilidades: levemente incompatível com tensoativos não iônicos 
 
Propilparabeno 
 
Espectro de ação: bactérias Gram +, fungos e leveduras 
pH: 3,0 – 9,5 
Concentração usual: 0,02 – 0,1% 
Incompatibilidades: álcalis, sais de ferro, tensoativos não iônicos 
 
Outros: ácido benzóico, álcool benzílico, cloreto de benzalcônio, 
diazolidinil ureia, fenoxietanol, metilparabeno, etc. 
9/19/13	
  
3	
  
CONSERVANTES	
  
Exemplos misturas (Blends) de conservantes 
Butilparabeno + etilparabeno + metilparabeno + propilparabeno 
+ fenoxietanol (Chemynol®, Phenonip®) 
 
Espectro de ação: fungos, leveduras, bactérias Gram + e Gram – 
pH: 3,0 – 8,0 
Concentração usual: 0,2 – 0,8% 
Incompatibilidades: tensoativos não iônicos (Tween 80), metilcelulose, 
gelatina, proteínas, sais de ferro e álcalis 
 
Propilenoglicol + diazolidinil ureia + metilparabeno + propilparabeno 
(Germaben® II) 
 
Espectro de ação: bactérias Gram +, Gram –, bolores e leveduras 
Concentração usual: 0,25 – 1% 
Incompatibilidades: compatível com a maioria dos ingredientes das 
formulações cosméticas (Ex: proteínas e tensoativos) 
CONSERVANTES	
  
ANTIOXIDANTES 
CONSERVANTES	
  
OXIDAÇÃO - Definições 
²  Reações de oxidação/redução envolvem a transferência de 
um ou mais átomos de hidrogênio ou oxigênio ou a 
transferência de elétrons 
²  Oxidação: Perda de elétron de um átomo ou molécula. 
 
 
 Tipos de oxidação: 
Processo Forma reduzida Forma oxidada 
Transferência de elétrons Fe+2 Fe+3 
H2 2H+ 
Adição de oxigênio CH4 CH3OH 
(ou perda de hidrogênio) CH3OH H2C=O 
Perda de hidrogênio RCH2CH2R RCH=CHR + H2 
2 RSH RSSR + H2 
CONSERVANTES	
  
Oxidação - Definições 
²  Um radical livre é uma espécie química que apresenta um elétron 
desemparelhado na sua camada de valência 
 * O2 possui dois elétrons desemparelhados em sua camada de valência 
 
²  Uma reação oxidativa altera as características organolépticas (cor, 
sabor, odor), a viscosidade, o pH, induz precipitação 
²  Induz a degradação do fármaco e/ou excipientes, levando à 
formação de produtos de degradação que podem ser tóxicos, 
inativos ou reagir com demais componentes da formulação 
²  Auto-oxidação é um processo que ocorre espontaneamente na 
presença de luz e oxigênio atmosférico, sob condições normais de 
preparação, acondicionamento e estocagem. 
CONSERVANTES	
  
REAÇÕES DE OXIDAÇÃO - AUTO-OXIDAÇÃO 
Oxidação espontânea de substâncias de uso farmacêutico ocorre por 
uma série de reações de radicais livre em cadeia. Inicia lentamente e 
se propaga rapidamente. 
Iniciação: formação de radicais livres 
RH RŸ + HŸ 
Propagação: reação em cadeia de RŸ 
 RŸ + O2 RO2Ÿ 
RO2Ÿ + RH ROOH + RŸ 
Terminação: formação de produtos inativos estáveisŸ 
 RŸ + RŸ 
RŸ + RO2Ÿ 
RO2Ÿ + RO2 ROOR + O2 
RR 
ROOR 
Preparações farmacêuticas 
Oxidação Substância 
ativa 
Adjuvantes 
Principais fármacos susceptíveis à oxidação: 
 
v  Fenóis (Ex: resorcina, hidroquinona, morfina, naftóis) 
v  Olefinas (Ex: polienos, ácidos graxos insaturados, óleos vegetais) 
v  Fenotiazinas (Ex: clorpromazina, prometazina) 
v  Catecolaminas (Ex: epinefrina) 
v  Hidroximetilcetonas (Ex: prednisolona e derivados) 
v  Compostos tricíclicos (Ex: imipramina, amtriptilina) 
v  Compostos com grupos sulfidrila (Ex: captopril) 
v  Vitaminas (Ex: vitamina C, vitamina A) 
Morfina 
Epinefrina 
Oxidação9/19/13	
  
4	
  
Principais excipientes susceptíveis à oxidação: 
Processos Químicos 
Processos 
hidrolíticos 
Fenômenos 
oxidativos 
Solidificação 
Saponificação 
Formação de 
peróxidos, sebo, 
rancificação 
Processos Biológicos 
Processos 
hidrolíticos 
Fenômenos 
oxidativos 
Acidificação 
Saponificação 
Formação de corpos 
cetônicos, sebo, 
rancificação 
* Óleos e gorduras 
 
 Principais vias de decomposição das gorduras 
Oxidação 
Fatores que influenciam o fenômeno de oxidação: 
Oxidação 
1. pH 
Ac. Ascórbico + 0,003 7,0 
Ac. Ascórbico - 0,115 5,2 
Ac. Ascórbico - 0,136 4,58 
E pH 
2. Luz 
Fotocatalisador Fóton molécula do fármaco 
↑ reatividade 
* E = Potencial de redução 
o  Afeta o grau de ionização; 
o  A oxidação é favorecida em 
meio alcalino. 
Antioxidante 
Fatores que influenciam o fenômeno de oxidação: 
Oxidação 
3. Oxigênio atmosférico 
4. Temperatura 
5. Presença de metais pesados 
6. Presença de agentes oxidantes 
 ↑temperatura ↑oxidação 
/. Ea RTk Ae−=
k = velocidade de degradação 
Ea = energia de ativação 
-  Catalisadores positivos do processo oxidativo 
-  Iniciam o processo por reação direta com o substrato 
-  Fontes de metais: matérias-primas, embalagem, equipamentos 
-  Fármacos ou excipientes com poder oxidativo 
ESTRATÉGIAS EMPREGADAS PARA PREVENIR OU 
RETARDAR A OXIDAÇÃO: 
Oxidação 
1. Proteção frente ao oxigênio atmosférico 
v  Uso de frascos impermeáveis ao oxigênio 
v  Fechamento hermético do material de acondicionamento 
v  Aumento da viscosidade do meio 
v  Fracionamento das matérias-primas 
v  Encher completamente o material de acondicionamento 
v  Ampolas – preencher com gás inerte 
2. Ajuste do pH 
v  Adição de tampões 
v  Acidificação do meio 
 pH potencial de redução (E) 
3. Proteção frente à luz 
v  Uso de frascos âmbar e recipientes opacos 
v  Incorporação de compostos que absorvem e/ou refletem a luz UV 
ESTRATÉGIAS EMPREGADAS PARA PREVENIR OU 
RETARDAR A OXIDAÇÃO: 
Oxidação 
6. Adição de antioxidantes 
4. Proteção frente ao calor 
v  Armazenamento em locais frescos ou sob refrigeração, quando 
necessário 
v  Liofilização 
v  Produtos estéreis: verificar procedimento de esterilização 
5. Evitar presença de íons metálicos 
v  CQ matérias-primas 
v  Utilizar utensílios de aço inox (evitar utensílios metálicos) 
v  Empregar agentes quelantes 
ANTIOXIDANTES 
v  São substâncias capazes de preservar a formulação de qualquer 
processo oxidativo; 
v  São capazes de inibir a deterioração oxidativa (destruição por 
ação do oxigênio) de produtos farmacêuticos e cosméticos; 
v  Inibem ou bloqueiam o processo de formação de radicais livres, 
durante as etapas de iniciação e propagação; 
v  Os antioxidantes são classificados como lipofílicos (ex.: BHA, 
BHT, α-tocoferol) ou hidrofílicos (ex.: ácido ascórbico, sulfitos). 
 
9/19/13	
  
5	
  
v  Compostos que atuam interrompendo a formação das cadeias de 
radicais livres (antioxidantes verdadeiros) 
 Ex: BHA, BHT, α-tocoferol (vitamina E) 
 
v  Compostos que se oxidam com facilidade (removedores de oxigênio) 
 Ex: sulfitos, ácido ascórbico, monotioglicerol 
 
v  Agentes redutores 
 Ex: ácido ascórbico, tiossulfato de sódio 
 
v  Compostos que atuam por mecanismos preventivos (antioxidantes 
sinergistas) 
 Ex: ácido cítrico, EDTA 
 
Antioxidantes 
Classificação dos antioxidantes segundo seu 
mecanismo de ação: 
Antioxidantes 
Antioxidantes verdadeiros 
Atuam interrompendo a 
reação em cadeia 
Apresentam um átomo de hidrogênio 
ou elétron facilmente disponível e, 
durante o processo, convertem-se em 
radicais livres não suficientemente 
reativos para dar continuidade à 
reação em cadeia 
ROOŸ + AH ROOH + AŸ 
RŸ + AH RH + AŸ 
ROOŸ 
	
  RŸ	
  
AH 
AŸ 
radical livre 
radical livre 
radical inerte 
antioxidante com um átomo de hidrogênio ativo 
Antioxidantes 
O
R1
R3
HO
R2
α-tocoferol 
β-tocoferol 
γ-tocoferol 
δ-tocoferol 
R1 R2 R3 
CH3 CH3 CH3 
CH3 H CH3 
CH3 CH3 H 
 H H H 
Antioxidantes verdadeiros 
OH
(CH3)3C C(CH3)3
CH3
BHT	
   BHA	
  
OH
OCH3
C(CH3)3
OH
OHHO
COOCH2CH2CH3
Galato	
  de	
  propila	
  
Tocoferóis	
  
Antioxidantes 
Removedores de oxigênio 
Se oxidam com 
facilidade 
Apresentam um potencial de redução 
menor que os fármacos que 
protegem e, dessa forma, são 
oxidados preferencialmente 
Capturam oxigênio do meio 
“Sequestradores de oxigênio” 
NaO
S
OH
O
NaO
S
O
S
ONa
O O
Metabissulfito 
de sódio 
Bissulfito de 
sódio 
Ácido 
ascórbico 
+ 2H+ + 2e- 
Antioxidantes 
Agentes redutores 
Reduzem o fármaco ou o componente 
que pode ser oxidado 
Tiossulfato de 
sódio 
Ácido ascórbico 
O
OHHO
C OHO
CH2OH
H
Antioxidantes 
Antioxidantes sinergistas 
Atuam por mecanismos preventivos 
HO OH
O OOH
HO O
Ácido cítrico 
N
N
OHHO
OH
HO
O
OO
O
Ácido etilenodiamino tetra-acético (EDTA) 
* Agentes quelantes 
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6	
  
AGENTES QUELANTES 
Inibem a oxidação por meio da complexação dos íons metálicos, 
que atuam como catalisadores em algumas reações de oxidação 
Íons metálicos Fe+3, Cu+2, Co+3, Ni+2, Mn+2 
Podem atuar como iniciadores da oxidação porque tem um elétron 
desemparelhado em sua camada de valência 
Agente quelante doador de elétrons 
 
Íon metálico receptor de elétrons 
 
Ex: EDTA, ácido cítrico, ácido tartárico 
•  Capacidade de complexação é pH-dependente (menor associação a valores 
baixos de pH) 
•  São empregados em associação com antioxidantes 
Antioxidantes/ Agentes quelantes 
Ácido cítrico 
²  Agente quelante muito utilizado na proteção de óleos devido a 
sua inocuidade; 
²  Vias tópica e oral; 
²  Solúvel em água; 
²  Concentração usual: 0,3 – 2%. 
HO OH
O OOH
HO O
Ácido etilenodiamino tetra-acético (EDTA) 
N
N
OHHO
OH
HO
O
OO
O²  Agente auxiliar atuando na quelação 
de íons metálicos; 
²  Muito pouco solúvel em água; 
²  Concentração usual: 0,1%. 
Antioxidantes/ Agentes quelantes 
q  Efetivo em uma concentração baixa e não-tóxica; 
q  Estável e efetivo nas condições normais de uso, em um intervalo amplo 
de temperatura e pH; 
q  Solúvel na concentração requerida; 
q  Compatível com uma grande quantidade de fármacos e excipientes; 
q  Livre de odor e sabor desagradável; 
q  Incolor tanto na forma original como na forma oxidada; 
q  Não-tóxico e não-sensibilizante na concentração requerida; 
q  Custo razoável; 
q  Não-reativo (não deve absorver, penetrar ou interagir) com o material 
de acondicionamento e embalagem. 
Propriedades de um agente antioxidante/quelante ideal: 
Antioxidantes/ Agentes quelantes 
u  ANTIOXIDANTES PARA SISTEMAS AQUOSOS 
 - Ácido ascórbico ([ ]: 0,01 – 0,1% ) 
 - Bissulfito de sódio ([ ]: 0,01 – 1% ) 
 - Metabissulfito de sódio ([ ]: 0,01 – 1% ) 
 - Tiossulfato de sódio ([ ]: 0,05% ) 
 - Formaldeído sulfoxilato de sódio ([ ]: 0,005 – 0,5% ) 
u  ANTIOXIDANTES PARA SISTEMAS OLEOSOS 
 - Palmitato de ascorbila ([ ]: 0,01 – 0,2% ) 
 - Butil-hidroxianisol (BHA) ([ ]: 0,005 – 0,01% ) 
 - Butil-hidroxitolueno (BHT) ([ ]: 0,01%) 
 - Galato de propila ([ ]: 0,005 – 0,15% ) 
 - α-tocoferol (vitamina E) ([ ]: 0,01 – 0,1% ) 
Antioxidantes 
Uso adequado de agentes antioxidantes: 
*[ ]: Concentração 
usual/efetiva 
Antioxidantes 
Uso adequado de agentes antioxidantes: 
USO EM CONCENTRAÇÃO (%)β-caroteno 0,01 
Óleos essenciais e agentes flavorizantes 0,02 – 0,5 
Injetáveis IM 0,03 
Injetáveis IV 0,0002 – 0,00052 
Óleos e gorduras 0,02 
Formulações tópicas 0,005 – 0,02 
Vitamina A 10 mg/ 1 milhão de UI 
BHA 
USO EM CONCENTRAÇÃO (%) 
β-caroteno 0,01 
Óleos essenciais e agentes flavorizantes 0,02 – 0,5 
Injetáveis IM 0,03 
Injetáveis IV 0,0009 – 0,002 
Óleos e gorduras 0,02 
Formulações tópicas 0,0075 – 0,10 
Vitamina A 10 mg/ 1 milhão de UI 
BHT 
TENSOATIVOS 
9/19/13	
  
7	
  
TENSOATIVOS 
Atividade superficial 
Porção hidrofóbica 
(apolar) 
Porção hidrofílica 
(polar) 
Reduzem a tensão superficial entre 
um líquido e o ar, entre um líquido 
e um sólido ou entre dois líquidos 
Tensoativo 
adsorvido na 
interface ar-líquido 
Tensoativo não 
adsorvido 
Micela 
Equilíbrio EHL 
Múltiplas aplicações 
TENSOATIVOS 
Representação esquemática das maneiras de ação dos 
tensoativos para a redução das energias superficial e interfacial 
TENSOATIVOS 
Quando	
  um	
  surfactante	
  é	
  adicionado	
  à	
  água	
  suas	
  moléculas	
  tentam	
  	
  
se	
  arranjar	
  de	
  modo	
  à	
  minimizar	
  a	
  repulsão	
  entre	
  grupos	
  hidrofóbicos	
  	
  
e	
  a	
  água:	
  os	
  grupos	
  polares	
  ficam	
  na	
  solução	
  aquosa,	
  próximo	
  à	
  	
  
superKcie	
  e	
  os	
  grupos	
  apolares	
  ficam	
  na	
  interface	
  àgua-­‐ar,	
  minimizando	
  
o	
  contato	
  com	
  a	
  água	
  	
  
	
  
Isto	
  gera	
  uma	
  diminuição	
  na	
  tensão	
  superficial	
  da	
  água,	
  pois	
  provoca	
  	
  
um	
  desarranjo	
  de	
  sua	
  superKcie	
  	
  
Após	
  a	
  CMC	
  as	
  micelas,	
  ao	
  contrário	
  dos	
  monômeros,	
  	
  
ficam	
  dispersas	
  em	
  toda	
  a	
  solução,	
  não	
  apresentando	
  	
  
efeito	
  sobre	
  a	
  tensão	
  superficial	
  da	
  água	
   AT
IV
ID
AD
E	
  
TE
N
SO
AT
IV
A	
  
CONCENTRAÇÃO	
  DO	
  AGENTE	
  TENSOATIVO	
  
CONCENTRAÇÃO	
  	
  
MICELAR	
  CRÍTICA	
  
Formação de micelas 
Tensoativos 
v  MICELAS agregados usualmente 
esféricos, de dimensões coloidais, formados a 
partir de uma certa concentração 
CMC (concentração micelar crítica) 
 
v  [ ] tensoativo tensão superficial 
Ação dos agentes tensoativos 
Tensoativos 
Fase externa aquosa Fase externa oleosa 
óleo	
   água	
  
Aplicações 
v  Solubilização de moléculas bioativas pouco hidrossolúveis; 
v  Detergência; 
v  Preparação de emulsões; 
v  Formadores de espuma; 
v  Agentes molhantes/dispersantes em suspensões (Suspensões de sólidos 
em líquidos nos quais estes não são solúveis); 
v  Estabilizantes em dispersões coloidais (impede a reaglomeração dos sólidos); 
Tensoativos 
Tipo Tamanho da partícula 
Dispersão grosseira: 
(emulsões, suspensões 
 e aerossóis) 
 
> 1,0 µm 
Dispersão Coloidal Abaixo de 1,0 µm 
Dispersão Molecular 
(soluções) 
 
Abaixo de 0,001 µm 
9/19/13	
  
8	
  
emulsionantes espessantes solubilizantes espumantes Propriedades: 
umectantes detergentes 
Exposição constante da pele, olhos e mucosas Riscos derivados de seus efeitos irritantes 
Presença de tensoativos no meio ambiente Contaminação ecossistema (aquático) 
Aplicações 
Tensoativos 
Os tensoativos não são considerados adjuvantes inertes, uma vez 
que têm demonstrado capacidade de aumentar ou diminuir o 
transporte de fármacos pelas membranas biológicas 
dispersantes Toxicidade 
Impacto ao meio ambiente 
Síntese de compostos análogos a 
tensoativos naturais: 
•  Lipoaminoácidos 
•  Fosfolipídios 
•  Glicolipídios 
Síntese de tensoactivos derivados de aminoácidos 
•  Multifuncionalidade 
•  Matérias-primas renováveis 
•  Menos tóxicos e menos irritantes 
•  Biodegradáveis 
•  Biocompatíveis 
•  Respeitosos com o meio ambiente 
Desenvolvimento de novos tensoativos 
Tensoativos 
Estrutura química 
Tensoativos 
PRINCIPAIS GRUPOS HIDROFÍLICOS DOS TENSOATIVOS 
Distribuição eletrônica momento dipolar condiciona afinidade 
 por líquidos polares 
Estrutura química 
Tensoativos 
PRINCIPAIS GRUPOS LIPOFÍLICOS DOS TENSOATIVOS 
Classificação 
Tensoativos 
Tensoativos aniônicos 
v  Em solução aquosa dissociam-se formando íons carregados 
negativamente; 
v  Podem ser sabões de metais alcalinos e de amônio; sabões aminados; 
compostos sulfatados e sulfonados; 
v  Incompatíveis com alguns cátions orgânicos e/ou inorgânicos; 
v  Baixo custo, mas apresentam toxicidade; 
v  Produzem emulsões O/A estáveis (uso externo); 
v  São mais eficientes em meio alcalino, já que precipitam em pH ácido. 
 
 Ex: dodecanoato de sódio, dodecil (lauril) sulfato de sódio, estearato 
 de sódio, dioctilssulfosuccinato de sódio, trietanolamina 
Classificação 
Tensoativos 
Tensoativos catiônicos 
v  Em solução aquosa dissociam-se formando cátions positivos; 
v  Empregados como emulsionantes O/A (uso externo); 
v  Também apresentam propriedades desinfetante (antimicrobiana) e 
conservante; 
v  Apresentam propriedades tóxicas, sendo geralmente usados na 
formulação de cremes antissépticos; 
v  Emulsões formadas são geralmente instáveis em pH elevado; 
v  São incompatíveis com agentes tensoativos aniônicos e com ânions 
polivalentes; 
v  Compostos de amônio quaternário representam o grupo mais 
importante. 
 
 Ex: cetrimida (brometo de hexadecil-trimetilamônio); cloreto de 
 benzalcônio 
 
9/19/13	
  
9	
  
Classificação 
Tensoativos 
Tensoativos não-iônicos 
v  Compreendem substâncias lipossolúveis, que estabilizam emulsões O/
A, e substâncias hidrossolúveis usadas em produtos O/A; 
v  Baixa toxicidade e irritabilidade, sendo alguns também usados em 
preparações orais e parenterais; 
v  Maior grau de compatibilidade com outras substâncias; 
v  Menos sensíveis às alterações de pH ou à adição de eletrólitos; 
v  Custo elevado. 
 Ex: ésteres de glicerina, ésteres de sorbitano (Spans), polissorbatos 
 (Tweens), éteres poliglicólicos de álcoois ou ácidos graxos 
 
Tween Span 
Classificação 
Tensoativos 
Tensoativos anfóteros 
v  Apresentam grupamentos carregados positiva e negativamente, 
dependendo do pH do sistema; 
v  São catiônicos em pH baixo e aniônicos em pH elevado; 
v  Maior estabilidade química. 
 Ex: lecitina, betaínas 
 
3
3CH
CH
CHN
+
2 C
O
O
_ Betaína 
Lecitina 
Equilíbrio hidrófilo-lipófilo (EHL) 
Tensoativos 
v  Introduzido por Griffin em 1949; 
v  EHL representa a relação entre os grupos hidrofílicos e lipofílicos 
constituintes da molécula dos tensoativos; 
v  Um número EHL é atribuído a cada tensoativo, o qual é característico 
da sua polaridade relativa; 
v  Geralmente aplicado para tensoativos não-iônicos 
hidrofilia/lipofilia deve ser 
convenientemente equilibrada 
Tensoativos 
ou emulsionantes 
* grupamentos polares condicionam a afinidade 
da molécula de tensoativo pela água 
* parte apolar condiciona a afinidade da 
molécula de tensoativo por solventes pouco polares 
Equilíbrio hidrófilo-lipófilo (EHL) 
Tensoativos 
EHL = 7 + ∑n grupos hl - ∑n1 grupos hb 
 
v  n = número de grupos hidrofílicos 
v  hl = hidrofílicos 
v  n1 = número de grupos hidrofóbicos 
v  hb = hidrofóbicos 
Valor de EHL baixo = número de grupos hidrofílicos é 
pequeno, significando que o tensoativo é mais lipofílico 
 
Valor de EHL alto = grande número de grupos hidrofílicos 
na molécula, indicando que o tensoativo é mais hidrofílico 
Escala EHL mostrando a classificação da 
função tensoativa 
Tensoativos 
18 
 
 
15 
 
 
129 
 
 
6 
 
 
3 
 
 
0 
Dispersível 
em água 
Hidrofóbica 
(solúvel em óleo) 
Hidrofílica 
(solúvel em água) 
Agente solubilizante (15-18) 
Detergentes (13-15) 
Agente emulsionante (8-16) 
Agentes molhantes e de 
espalhamneto (7-9) 
Agente emulsionante (3-6) 
Agentes anti-espumantes (2-3) 
CONSERVANTES	
  
REFERÊNCIAS 
 
q  AULTON, M.E. Delineamento de formas farmacêuticas. 2. ed. Ed. 
Artmed, 2005. 
q  FERREIRA, A.O. Guia prático da farmácia magistral. 4. ed. São 
Paulo: Pharmabooks Editora, 2010. 
q  THOMPSON, J. E. A prática farmacêutica na manipulação de 
medicamentos. Ed. Artmed, 2006.

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