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EXCIPIENTES FARMACÊUTICOS Prof. Msc. David Souza Silva Constituintes da formulação diferente do princípio ativo; Substâncias capazes de facilitar a administração e proteger o fármaco O que são excipientes? Qualquer substância, diferente do fármaco, que tem sua segurança avaliada e, a partir de então, pode ser incluída na forma farmacêutica, com as seguintes intenções: possibilitar a preparação do medicamento; permitir a administração de doses exatas; fornecer estabilidade química ao fármaco; fornecer estabilidade física e microbiológica à preparação; melhorar a disponibilidade biológica do fármaco; garantir a aceitabilidade do paciente; melhorar ou promover qualquer outro atributo relacionado, não somente à segurança, mas também, à efetividade do produto durante a estocagem ou uso. IPEC (International Pharmaceutical Excipient Councils) O que são excipientes? Constituintes essenciais, que garantem o desempenho, a segurança do medicamento e a obtenção do efeito devendo ser, considerações portanto objetos de durante a fase de pré- terapêutico, importantes formulação. A qualidade dos medicamentos depende não só dos princípios ativos e dos processos empregados, mas também do desempenho dos excipientes. Excipiente Facilitar a administração dos princípios ativos Assegurar a estabilidade Melhorar a eficácia do princípio ativo Inércia Diante do P.A Material de acondicionamen to Organismo Funções de um excipiente na forma farmacêutica.Adaptado deANSEL,2000. INERTE INATIVO • Inativo - desprovido de atividade farmacológica intrínseca ! • Inerte – substância que não reage ! Excipientes não são totalmente inertes. Nem mesmo os excipientes comumente usados são considerados farmaceuticamente inativos. Os excipientes farmacêuticos podem ser os responsáveis por inúmeras Reações Adversas a Medicamentos Uma alteração de uma mistura de excipientes pode resultar numa diferente biodisponibilidade do princípio ativo podendo causar uma super dosagem. Característica s das substâncias Interação substâncias e excipientes Escolha do excipiente Princípio ativo Eficácia Qualidade de Segurança Funcionalida Excipiente Principais requerimentos para um excipiente. Fonte:PIFERRI & RESTANI, 2003 Funcionalidade:propriedades físicas,físico- químicas e biofarmacêuticas apropriadas ORIGEM •Animal Lactose e gelatina •Vegetal Amido,celulose • Mineral Talco, fosfato decálcio ients •Instituição de conselhos internacionais na Europa e Estados Unidos; • Criação de seções específicas para excipientes; • Inclusão de monografias na divisão especial de monografias na USP; • Edição do Handbook of Pharmaceutical Excip (1a em 1986 e 2a em 1994) 7th edition - 2012 Regulamentação Handbook of Pharmaceutical Excipients Regulamentação no Brasil Farmacopéia Brasileira CTTs Princípio Ativo Excipientes e Adjuvantes Outros (16) Atualmente, há grande interesse na “harmonização” internacional dos padrões aplicados aos excipientes. Isso se deve ao fato de indústria farmacêutica ser multifuncional, vistoque as grandes companhias estão instaladas em vários países e seus produtos são vendidos em todo o mundo e em geral a aprovação desses produtos precisa ser feita em cada um dos países. Fonte:http://www.abiquif.org.br/mercado_estatisticas.html#1 http://www.abiquif.org.br/mercado_estatisticas.html#1 Fonte:http://www.abiquif.org.br/mercado_estatisticas.html#1 http://www.abiquif.org.br/mercado_estatisticas.html#1 Principais Produtos Importados Principais Produtos Exportados Seleção de Excipientes? PRÉ – FORMULAÇÃO E DESENVOLVIMENTOTÉCNICO Características físico-químicas Forma farmacêutica Concentrações Incompatibilidades Estabilidade Seleção de excipientes!!!!??? Excipientes PODEM E DEVEM facilitar o desenvolvimento farmacotécnico, viabilizando propostas de novas formulações; Papel decisivo na concepção da formulação; Gerando amplo leque de funções para obter propriedades desejadas para novos produtos acabados Benefícios terapêuticos... Dorothy Chang,PharmaceuticalTechnology,Maio,2,(2007) Imprudente seleção dos excipientes pode conduzir a processos de desenvolvimento farmacotécnico com potenciais problemas; A seleção dos excipientes, assim como, dos fornecedores podem influenciar fortemente: - Etapas do estudo de desenvolvimento, custo, processos, escolha de equipamentos, desempenho (eficácia terapêutica), qualidade e aceitação dos produtos finais. Seleção de excipientes!!!!??? QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES Diferentes processos /rotas sintéticas ; Diferentes formas cristalinas; granulometrias...(P.A. e/ou Excipiente); Falta de estoque do fornecedor qualificado; Qualificação de novo fornecedor com menor custo; Controle de Qualidade USP 25ª ed - 14 categorias críticas de excipientes: - Testes de pureza - Funcionalidade tecnológica Excipientes em formas farmacêuticas TIPOS DE EXCIPIENTES / FUNÇÕES Adsorvente Aglutinante Expulsor de ar Ag.Acidulante Antioxidante Flavorizante Ag.Alcalinizante Base para pomada Lubrificante Ag.Clareador Base para supositório Opacificante Ag.Emulsificante Conservantes Plastificante Ag Floculante Corante Propulsor de aerossol Ag.Quelante Deslizante Solvente Ag.Suspensor Desintegrante Molhante Ag.Tampão Diluentes Umectante Ag. de tonicidade Edulcorante Veículo Excipientes comprimidos e cápsulas. Papel essencial na liberação do fármaco Cada formulação deve ser previamente estudada in vitro com relação a dissolução para que se possa antecipar os problemas de biodisponibilidade decorrentes da utilização desses adjuvantes. Diluentes São maior os adjuvantes proporção na adicionados formulação em de DILUENTES - EXEMPLOS Ex: Amido pré gelatinizado, celulosemicrocristalina, Carbonato de cálcio;manitol; Sorbitol... Amido (baixo custo e compatibilidade/umidade e escoamento); Batata,mandioca,milho,trigo,arroz Contém 8 a 15% de água e são secados a temperatura , 50°C até atingir 3%; Possuem boas propriedades de escoamento; sem limite de concentrações para uso como diluente; Incompatibilidade: Sem descrição. DILUENTES - EXEMPLOS Lactose : Dissacarídeo obtido do leite. Excelente diluente: 65 a 85% Capacidade redutora (aldeído livre) Tipos:α-lactose monohidratada, lactose anidra,β-lactose anidra DILUENTES - EXEMPLOS Contra –indicação: deficiência de lactase. INCOMPATIBILIDADE: reação de condensação tipo Maillard: É incompatível com: AMINAS, ANTIBIÓTICOS AMINOGLUCOSÍDEOS e ANFETAMINAS. Tipos de celulose e derivados CMC corporation: Avicel® PH101 – 50micra / 60-200 mesh PH102 - 100micra / 60-200 mesh PH105 – 20micra / 400 mesh PH200 – 180micra / 60-100 mesh Cellactose – Cellulose + lactose Fluxo e capacidade de entumecimento – modificados Utilização < 80% velocidade de dissolução Tipos de celulose e derivados Pode ser usada: pó ou granulado, associada à lactose, amido, fosfato de cálcio dibásicodihidratado; Tem ação aglutinante e desagregante; Aumenta a viscosidade do meio, retarda aabsorção; Adsorvente (20 a 90%) Antiaderente (5 a 20%) Diluente (20 a 90%) Desintegrante (5 a 15%) MANITOL Granuloso ou pó cristalina, possui boa fluidez, é branco, inodoro, não higroscópico; Indicado para encapsular fármacos sensíveis a umidade: 10 a 90%. Ex.:Vit.C; Incompatibilidade:Complexação com metais (Fe,Al,Cu). DILUENTES INSOLÚVEIS SULFATO DE CÁLCIO DIHIDRATADO: Em fármacos pouco solúveis ou insolúveis retarda a velocidade de absorção. CARBONATO DE MAGNÉSIO: Carbonato de magnésio anidro (leve e pesado); até 45% Antiácido e adsorvente – 0,5 a 1%; ponto de fusão alto; Incompatibilidade: ácidos (dissolve – o com liberação de CO2). ÓXIDO DE MAGNÉSIO: Óxido de magnésio anidro (leve e pesado); Diluente de comprimidos e cápsulas,antiácido e laxante osmótico. DILUENTES INSOLÚVEIS CAULIM: Silicato de alumínio hidratado; Ponto crítico: contaminação microbiológica (Bacillus anthracis, Clostridium tetani); Incompatibilidade: propriedades de absorção (a partir de 7,5%); influência na absorção (amoxicilina, ampicilina, cimetidina, lincomicina, fenitoína,clindamicina, tetraciclina, warfarina). TALCO: Silicato de magnésio hidratado; Diluente, secante e lubrificante: 5 a30%; Ponto crítico: contaminação microbiológica; Incompatibilidade: quaternários de amônio. Agregantes ou Aglutinantes São substância usadas para provocar a adesão das partículas do pó nos grânulos destinados a compressão. Ex:Carboximetilcelulose sódica; Polivinilpirrolidona; Etilcelulose; Gelatina; Metilcelulose; Glicose líquida. a coesão entre os pós Grânulos e comprimidos apresentem resistência mecânica desejada Agregantes ou Aglutinantes São substância usadas para provocar a adesão das partículas do pó nos grânulos destinados a compressão. Ex:Polivinilpirrolidona. Desintegrante s A função dos desintegrantes se limita a permitir que o fármaco fique em condições de dissolver-se. Dependendo da solubilidade da substância ativa escolhem-se o tipo de desintegrante e a concentração adequada para cada formulação. Atuam: intumescência OU canalículos OU produção de gás; Ex:Ácido algínico; Carboximetilcelulose cálcica;Celulose microcristalina; Alginato de sódio;Amido. AMIDO (Gelatinização) Desintegrantes Formação de canalículos: Lubrificantes e Deslizantes São adicionados para assegurar a fluidez dos pós ou granulados e facilitar,assim,a dosificação dos mesmos. Substâncias hidrofóbicas (normalmente); Os lubrificantes devem ser utilizados em uma concentração que permita um fluxo adequado e uma força de compressão uniforme no interior do comprimido e que, ao mesmo tempo, seja inferior à que provocaria uma excessiva hidrofobia da substância ativa devido ao recobrimento das partículas através deles. Ex: Estearato de cálcio; Estearato de magnésio; Óleo mineral; Acido esteárico; Estearato de zinco; Sílica coloidal; Amido de milho;Talco Lubrificantes – Exemplos: ESTEARATO DE MAGNÉSIO: Usado de 0,25% a 3% porém é alcalino e pode provocar alterações em alguns fármacos como: AAS, sais de ferro e oxidantes. Pode retardar a dissolução. TALCO: É considerado um lubrificante deslizante usado de 3 a 10%. AMIDO: Lubrificante: 1 a5%. SILICONES: Podem ser utilizados associados ao talco 1 a 2% AGENTE SUSPENSOR Para manter as partículas dispersas é necessário o uso de um agente suspensor, pois retardam a sedimentação e aglomeração das partículas, ao atuarem como uma barreira energética que minimiza a atração entre as partículas e a sua agregação entre si. Combinações de vários suspensores podem ser usados para se obter propriedades reológicas desejadas. Carboximetilcelulose sódica (CMC) Hidroxipropilmetilcelulose (HPMC) Incrementadora de viscosidade 0,1 – 1%p/v EDULCORANTES Geralmente constituem a maior parte do teor de sólidos nas formas farmacêuticas líquidas, principalmente ser for utilizado a sacarose. A sua estabilidade em soluções aquosa é bastante dependente do pH (entre 3,5 e 5) e da temperatura (baixas). O desuso de açúcares no processo de produção de xaropes na indústria farmacêutica. “Edulcorar” = adoçar com açúcar, xarope ou mel. Edulcorante = substancia orgânica artificial não glicídica, capaz de conferir sabor doce EDULCORANTES Tabela 1. Relação de edulcorantes EDULDORANTES Responsáveis por conferir palatabilidade à formulação. Sais baixo PM:salgados; Sais alto PM:amargos; Compostos orgânicos:doces; Compostos nitrogenados:amargo/doce. FLAVORIZANTES: Utilizados para mascarar alguns saboresprimários: Doce:morango,framboesa,uva. Ácido/ azedo:cítrico,cereja,laranja. Amargo:chocolate,menta,cereja. Metálico:morango,framboesa,cereja. AROMATIZANTES Os flavorizantes são usados para melhorar o sabor dos medicamentos. Propriedades organolépticas potentes (sabor e odor) – melhorar a palatabilidade – mascarar sabor – FF pediátrica Normalmente são segredos industriais, portanto não vêm especificados nas bulas. Os flavorizantes podem ser naturais (óleos essenciais extraídos de plantas e sabores naturais de frutas) ou artificiais (álcoois aromáticos, aldeídos, bálsamos, fenóis,terpenos,etc). AROMATIZANTES CONSERVANTES Usados para prevenir a contaminação microbiológica. Tem que ser eficaz contra um espectro largo de microrganismos; Tem que ser física, química e microbiologicamente estável durante o prazo de validade do medicamento; Não pode ser tóxico e irritante; Deve ser de fácil solubilização nos veículos a conservar e ser compatível com os outros componentes da formulação, não alterando o pH e a tonicidade; Ser aceitável em relação ao sabor, cor e cheiro nas concentrações usadas. CONSERVANTES Existem formulações comerciais já prontas para serem utilizadas,como o Nipacombin® e Nipaset®,produtos com 65% de metilparabeno e 35% de propilparabeno. Os parabenos são parcialmente metabolizados a ácido para- hidroxibenzóico, cuja estrutura química é similar à do ácido acetilsalicílico. O poder germicida dos parabenos pode ser diminuído quando faz-se uso de tensoativos (Tween 80), pela formação de complexos com tensoativos, diminuindo a sua eficácia. CONSERVANTES Conservantes Modos de ação prováveis Ác.benzóico, ác.bórico Desnaturação das proteínas. Álcoois Ação lítica e de desnaturação sobre a membrana. Compostos quaternários Ação lítica sobre a membrana. Fenóis e comp. Fenólicos clorados Ação lítica e de desnaturação sobre a membrana; para clorados também oxidação de enzimas. CONSERVANTES CONSERVANTES CONC. USUAL% Álcool etílico 5 – 20 Benzoato de sódio 0,5 – 10 Glicerina 20 – 40 Propilenoglicol 5 – 20 Ác.Sórbico 0,05 – 0,2 Nipagin (metilparabeno) 0,05 – 0,25 Nipazol (propilparabeno) 0,02 – 0,04 ANTIOXIDANTE • Prevenir a deterioração das preparações por oxidação. • 1- antioxidantes verdadeiros: interagem com os radicais livres • 2- antioxidantes de sacrifício: oxidam-se mais facilmente Ex: Ácido ascórbico; Palmitato de ascorbila; Hidroxibutilanisol; Hidroxibutiltolueno; Ácido hipofosforoso; Monotioglicerol; Ascorbato de sódio; Bissufito de sódio; Metabissufito de sódio; Formaldeidode sódio; ANTIOXIDANTES SISTEMASAQUOSOS CONC.USUAL % Ác.ascórbico 0,05 – 3,0 Bissulfito de sódio 0,1 Metabissulfito de sódio 0,02 – 1,0 Tiossulfato de sódio 0,05 SISTEMAS OLEOSOS CONC. USUAL% Ascorbil palmitato 0,01 – 0,2 BHA 0,005 – 0,01 BHT 0,03 – 0,1 Propril galato 0,005 - 0,15 Alfa - tocoferol 0,05 - 2 AGENTES QUELANTES Substância que forma complexos estáveis solúveis em água com metais, usado em alguns líquidos farmacêuticos como estabilizantes para complexar metais pesados que podem promover a instabilidade. Ex: EDTA; Ácidoedético. CORANTES •Vermelho Carmim •Amarelo tartrazina •Amarelo crepúsculo •Eritrosina •Indigocarmim •Dióxido de titânio TIPOS •Natural •Artificial •Artificial •Artificial •Artificial •Inorgânicos COLORAÇÃO • Vermelho • Amarelo • Amarelo • Vermelho • Azul • Branco CORANTES Colorir Facilitam a identificação Evitam a degradação do ativo O aspecto geral das preparações líquidas depende principalmente da sua cor e limpidez. A seleção dos corantes é feita,normalmente,de forma a ser consistente com o aroma. SOLVENTES/VEÍCULO Usa-se para dissolver outra substância na preparação de uma solução; A co-solvência, tal como misturas de água e álcool e água e glicerina, pode ser usada quando necessário. Ex:Álcool;Óleo de milho;Óleo de algodão;Água purificada; Água para injeção ÁLCOOL ETÍLICO USO CONC. USUAL % Conservante >10 Desinfetante 60 – 90 Sol.Extrativo Até 85 Sol. de uso oralVariável Sol. em injetáveis Variável Sol. p/ uso tópico 60 - 90 Tamponantes Emprega-se para resistir à mudança de pH após diluição ou adição de ácidos ou álcalis Estabilização em função do pH; Evitar hidrólise ácida dos fármacos; Evitar intolerância pelo ativo; Favorecer a absorção; AcetatoEx: Metafosfato de potássio; Fosfato de potássio; de sódio; Citrato de sódio;Anidro e diidratado. AGENTES UMECTANTE Capacidade de reter umidade; Pomadas e cremes; Evitar o ressecamento das preparações, particularmente. Ex:Glicerina;Sorbitol;Propilenoglicol. AGENTE EMULSIFICANTE Usa-se para promover a dispersão de gotículas finamente divididas de líquidos em um veiculo no qual é imiscível. O produto final pode ser uma emulsão liquida ou uma emulsão semi-sólida. Ex:polissorbatos,monooleato de sorbitano,ácido oléico, dodecil (lauril)sulfato de sódio TENSOATIVOS São agentes solubilizantes que apresentam duas regiões distintas em sua estrutura química: uma hidrofílica e outra hidrofóbica (anfipáticos); Tal característica permite ao agente tensoativo a tendência de acumular-se na fronteira de duas fases imiscíveis, quebrando a tensão interfacial existente; TENSOATIVOS A quebra ou diminuição da tensão interfacial entre fases hidrofóbicas e hidrofílicas permite: Facilidade na formação de emulsões; Adsorção em partículas insolúveis para dissolução em suspensões; Incorporação de compostos insolúveis em micelas. Estrutura Química de Tensoativos Regiões hidrofóbicas‡: - Cadeias carbônicas longas ou aromáticas, saturadas ou insaturadas ‡Regiões hidrofílicas‡: - Grupamentos com carga parcial ou total, ‡que podem ser aniônicos ou catiônicos Classificação Aniônicos: dissociam-se formando íon carregados negativamente responsáveis pela sua capacidade tensoativa - Muito utilizados devido ao seu baixo custo; - Tóxicos; - Mais utilizados como agentes molhantes; - Preparações de uso externo. Classificação - Lauril Sulfato de Sódio: Classificação Catiônicos: dissociam-se formando cátions positivos, responsáveis pela propriedade tensoativa, onde o amônio quaternário é o grupo mais importante - Muito usados como desinfetantes e conservantes; - Pouco utilizados como emulsificantes; - Tóxicos; - Empregados na formulação de cremes antissépticos. Classificação - Brometo de Hexadecil-trimetilamônio: Classificação Não-Iônicos: Substâncias lipossolúveis compostas em sua maioria por um ácido ou álcool graxo, e um álcool ou grupamento óxido de etileno - Muito utilizados para estabilizar emulsõesA/O; - Pouco sensíveis as alterações de pH; - Baixa toxicidade; - Usados em formulações orais e parenterais. Classificação - Polissorbatos: Classificação Anfolíticos: possuem grupamentos carregados positivamente e negativamente, dependendo do pH do sistema são catiônicos (pH baixo) ou aniônicos (pH alto) - Lecitina: - surfactante não-tóxico - bem tolerado pelo organismo - parte integral das membranas celulares Micelas Agregados de tensoativos usualmente esféricos de dimensões coloidais Se formam quando a concentração de tensoativos é maior que a tensão superficial existente A razão primária para formação de micelas é atingir um estado mínimo de energia livre (termodinamicamente estável) sendo facilmente reprodutíveis Micelas Concentração Micelar Crítica (CMC): - São destruídas pela diluição com água quando a concentração do tensoativo ficar abaixo da CMC Micelas Fonte: MANIASSO, Nelson. Ambientes micelares em química analítica. Quím. Nova, São Paulo, v. 24, n. 1, Feb. 2001 . Micelas Agentes Espessantes Torna as preparações mais resistentes ao fluxo. espessar cremes de uso tópico Empregado para retardar a sedimentação das partículas nas suspensões Aumentar o tempo de contato de preparações oftámologicas (ex:metilcelulose); Ex:Bentonita;Carbômeros;Carboximetilcelulose sódica; Metilcelulose; Alginato de sódio; Adragante. Excipientes Inteligentes Ciclodextrinas São oligossacarídeos cíclicos formados por moléculas de D-glicose A presença hidrofóbica e de uma de grupos cavidade hidroxilas livres na parte externa da molécula permite a “dissolução” em meio aquoso de compostos (hóspedes) de baixa solubilidade Complexos de Inclusão Ciclodextrinas • Ciclodextrinas naturais • α-ciclodextrinas: 6 unidades de glicose; • β-ciclodextrinas: 7 unidades de glicose; • γ-ciclodextrinas: 8 unidades de glicose. Tipos de ciclodextrinas naturais. • Ciclodextrinas quimicamente modificadas (HPβCD, MβCD). Ciclodextrina Formas farmacêuticas sólidas: O aumento da absorção oral de fármacos insolúveis (classificados pelo sistema de classificação biofarmacêutica como de classe II), Diminuição dos efeitos secundários e toxicidade dos fármacos administrados por via oral, sublingual ou pulmonar. Formas farmacêuticas parentéricas: Obtenção de produtos solúveis pela preparação de complexos de inclusão por liofilização, Preparação de suspensões para utilização parentérica com redução do tamanho das partículas dos fármacos nos complexos, Redução da irritação muscular e hemólise induzida. Complexo Nome Comercial Indicação Administração Compania/País PGE2/β-CD Prostarmon E Inibidor de parto Cápsula sublingual Ono(Japão) PGE2/a-CD Prostavasin Má circulação arterial Intra-arterial Ono (Japão) Piroxicam/β-CD Cicladol/Brexin Anti-inflamatório/Analgésico Tablete ou sachê Masterpharma/Ch iesi (Itália) Iodo/ β-CD Mena-Gargle Infecção na garganta Gargarejo Kyushin (Japão) Dexametasona, Glyteer/β-CD Glymesason Anti-inflamatório/Analgésico Pomada Fujinaga (Japão) Cloranfenicol/ β-CD metilada Clorocil Antibiótico Colírio Oftalder (Portugal) Piroxicam/β-CD Flogene Anti-inflamatório/Analgésico Líquido Aché (Brasil) Nicotina/ β-CD Nicorette Dependência em Nicotina Tablete sublingual Pharmacia Upjohn (Suécia) Omeprazol/ β-CD Omebeta Antiulceroso Tablete Betapharm (Alemanha) Diclofenaco sódico/Hidroxipropil-γCD Voltaren oftálmico Anti-inflamatório Colírio Novartis (Suíça) Complexos fármaco-CD comerciais no mercado farmacêutico mundial Fonte:http://www.portaldosfarmacos.ccs.ufrj.br/resenhas_ciclodextrinas.html http://www.portaldosfarmacos.ccs.ufrj.br/resenhas_ciclodextrinas.html Polímeros A incorporação de fármacos em sistemas matriciais hidrofílicos é atualmente o método mais empregado para prolongar a liberação de fármacos em formas farmacêuticas de uso oral. Entre a grande família de polímeros capazes de formar essas matrizes destacam-se os derivados de celulose (hidroxipropilcelulose – HPC e hidroxipropilmetilcelulose – HPMC), polivinilpirrolidona (PVP) e os polioxetilenos de alto peso molecular (PEOs). Intumescimento de comprimido contendo 15% de HPMC, após 8 horas de dissolução Erosão de um comprimido revestido convencional. Aplicações Práticas EXCIPIENTES Bula de Medicamento dimenidrinato, cloridrato depiridoxina, glicose,frutose APRESENTAÇÃO Solução injetável de 3 mg/ml (dimenidrinato) + 5 mg/ml (cloridrato de piridoxina) + 100 mg/ml (glicose) + 100 mg/ml (frutose). Embalagem com 100 ampolas de 10ml. USO ENDOVENOSO USO ADULTO E USO PEDIÁTRICO ACIMA DE 2ANOS COMPOSIÇÃO Cada ml de DRAMIN® B6 DL contém 3 mg de dimenidrinato,5 mg de cloridrato de piridoxina,100 mg de glicose e 100 mg de frutose.Cada ampola contém 10 ml do produto. EXCIPIENTES FUNÇÃO propilenoglicol UMECTANTE, AG. LEVIGAÇÃO benzoato de sódio CONSERVANTE metabissulfito de sódio ANTIOXIDANTE água para injetáveis VEÍCULO Bula de Medicamento Ácido mefenâmico APRESENTAÇÕES Comprimidos 500 mg:embalagens com 24 comprimidos. USO ORAL USOADULTO E PEDIÁTRICOACIMA DE 14ANOS COMPOSIÇÃO Cada comprimido de ácido mefenâmico contém: Ácido mefenâmico..................................... 500mg Excipientes:celulose microcristalina,amido, povidona, dióxido de silício, croscarmelose sódica,vanilina,amarelode quinolina,estearato de magnésio. EXCIPIENTES FUNÇÃO celulose microcristalina Diluente insolúvel amido Diluente insolúvel, Desagragante, Aglutinante povidona Diluente croscarmelose sódica Desintegrante vanilina Ag. Flavorizante amarelo de quinolina Ag. Corante estearato de magnésio Lubrificante dióxido de silício Absorvente Boas Práticas de Excipientes “Embora consideradas substâncias inertes dentro de uma fórmula farmacêutica, os excipientes possuem um papel importante no desempenho dos medicamentos atuando como elementos que irão dar características ao corpo do sistema medicamentoso”. “A determinação da qualidade dos excipientes é de fundamental importância para a definição da qualidade do produto final”. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA vai estabeleceu requisitos de qualidade para os chamados excipientes farmacêuticos – aqueles que não possuem insumos farmacêuticos ativos.”. Consulta Pública nº 31 (28/05/12) – Boas Práticas de Fabricação de Excipientes Farmacêuticos. João de Araújo Prado Neto 26.08.2010 texto baseado nos guias IPC – Excipientes Boas Práticas de Fabricação e Boas Práticas de Distribuição, traduzidos pelo Sindusfarma,2009. Boas Práticas de Excipientes PRINCIPAIS PROBLEMAS POTENCIAIS EM PRODUTOS FARMACÊUTICOS CAUSADOS POR EXCIPIENTES Biodisponibilidade do fármaco – O tamanho, a porosidade das partículas ou o formato dos cristais do excipiente podem interferir na liberação do fármaco afetando assim a sua biodisponibilidade Produtos de degradação – Submetidos às etapas do processo e armazenamento, os excipientes inadequados podem reagir com os insumos ativos e os materiais de embalagem produzindo produtos de degradação que podem interferir na estabilidade do produto e levar a efeitos tóxicos nos pacientes. Impurezas – Provenientes dos processos de síntese ou de solventes residuais, as impurezas podem também interferir na estabilidade e na toxicidade do produto. João de Araújo Prado Neto 26.08.2010 texto baseado nos guias IPC – Excipientes Boas Práticas de Fabricação e Boas Práticas de Distribuição, traduzidos pelo Sindusfarma,2009. Boas Práticas de Excipientes Falhas e desvios de qualidade do produto – os excipientes com especificações incorretas, com contaminantes e com impurezas podem afetar as especificações do produto final (dureza, friabilidade, desintegração, granulação, solubilidade, turvação, viscosidade, etc.) ou provocar interferências na sua estabilidade (cor, cristalização, coagulação, precipitação, etc.) Perfil de dissolução do produto – a formulação de sólidos orais pode ser afetada pelo tamanho e formas das partículas do excipiente levando a alteração da aglutinação e compactação do comprimido resultando na modificação do perfil de dissolução do insumo ativo. PRODUTOSPRINCIPAIS PROBLEMAS POTENCIAIS EM FARMACÊUTICOS CAUSADOS POR EXCIPIENTES João de Araújo Prado Neto 26.08.2010 texto baseado nos guias IPC – Excipientes Boas Práticas de Fabricação e Boas Práticas de Distribuição, traduzidos pelo Sindusfarma,2009. Bibliografia ANSEL, Howard C. Farmacotécnica. Formas Farmacêuticas & Sistema de Liberação de Fármacos.6 edição,2000. FERREIRA,Anderson de Oliveira. Guia Prático da Farmácia Magistral. 2 ed. Juiz de Fora:2002. LACHMAN, Leon et al.Teoria e Prática na Indústria Farmacêutica.Vol. B, Ed.FundaçãomCalousteGulbenkian, 2001. Dúvidas???
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