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Relatório 3 - Reserpina

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA E FARMACOLOGIA
CURSO DE FARMÁCIA
DISCIPLINA DE FARMACODINÂMICA –FSL-226
MODELO DE DISCINESIA TARDIA INDUZIDA POR RESERPINA EM RATOS 
RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA EM FARMACODINÂMICA
Mesa: A
Luiz Vinícius Costa da Rosa
Luís Junior Finatto
Maikel Kronbauer
Santa Maria, RS, Brasil
setembro de 2009
1 INTRODUÇÃO
A Reserpina é um alcalóide, isolado das raízes da planta Rauwolfia serpentina (Benth), hipotensor e sedativo do sistema nervoso central, prescrito no tratamento da hipertensão, é considerada eficaz e relativamente segura para o tratamento de casos da hipertensão leve e moderada, e também vem sendo usada como uma ferramenta de pesquisa, mas seus efeitos adversos limitam seu uso clínico.
A reserpina atua bloqueando a capacidade de captação e armazenamento de aminas biogênicas das vesículas transmissoras aminérgicas, levando à depleção de noradrenalina, dopamina e serotonina em neurônios tanto centrais quanto periféricos. A depleção das aminas periféricas é responsável por grande parte do seu efeito anti-hipertensivo benéfico da droga, porém não se pode deixar de lado o fato que a reserpina penetra facilmente no cérebro e a depleção das reservas de aminas cerebrais causa sedação, depressão e sintomas parkinsonianos. Com doses mais baixas utilizadas no tratamento da hipertensão leve a reserpina baixa a pressão arterial por uma combinação de diminuição do débito cardíaco e da resistência vascular periférica.
Doses altas produzem características como sedação, lassidão, pesadelos e depressão grave. Pacientes com história de depressão psiquiátrica não devem fazer uso de reserpina, e a droga deve ser suspensa caso manifeste depressão.
A discinesia tardia é uma síndrome causadora de movimentos involuntários induzida pela administração repetida de um depletor monoaminérgico, como a reserpina, ou pelo uso de antipsicóticos, que funcionam como antagonistas do receptor dopaminergico D2, diminuindo a sua ativação pela dopamina endógena. É considerada não apenas o principal efeito colateral decorrente do tratamento com antipsicóticos, como a principal desordem iatrogênica do movimento. Caracterizada por hipercinesias buco-linguo-mastigatórias involuntárias e por vezes irreversíveis, a discinesia tardia é desprovida de tratamentos comprovadamente eficazes a longo prazo.
Ao estabelecermos, na descrição dos sistemas que controlam o movi​mento, o papel que os núcleos cinzentos centrais desempenham na mo​dulação da atitude e no início do gesto, explicita-se as relações que unem o locus niger ao estriado e descrevemos o sistema de controle nigroes​triado.
A ação do locus niger sobre o estriado utiliza a dopamina como neurotransmissor. Esta catecolamina não atravessa a barreira hematence​fálica. A dopamina é formada no interior do neurônio a partir de seu precursor, a Levo-dopa (diidroxifenilalanina) que atravessa a bar​reira. 
A quantidade de dopamina no locus niger e no estriado do parkinsoniano é insuficiente. O déficit é lateralizado no caso de um hemiparkinsoniano, o mesmo ocorre com todas as síndromes parkinsonianas provocadas por lesões nígricas. Além disso, o conhecimento do anel nigroestriado explica as síndromes parkinsonianas provocadas pelos neurolépticos: a reserpina esvazia os tecidos de todas as monoaminas, o que resulta em uma depleção dos neurônios dopaminérgicos. 
2 OBJETIVO
	Observar o efeito de discinesia tardia em animais de laboratório induzida por reserpina.
3 MATERIAL
 	4 ratos Wistar, caixa de vidro para observação dos movimentos do animal, Open-fild, solução de reserpina (dose 1mg/Kg/mL), Ácido acético 1% e solução de salina.
4 MÉTODO
	Administrar duas doses de reserpina (SC) em dias alternados, durante três dias. No quarto dia adaptar cada um dos animais (reserpina e controle) dentro das caixas de vidro durante 5 min. Retirá-los, limpar as caixas com solução hidroalcoólica (20%). Iniciar o experimento colocando um animal ( reserpina e controle) durante 15 minutos na caixa de vidro. Observar os movimentos orofaciais através do espelho.
4.1 Cálculos:
Solução de reserpina 1mg/g/mL
1 % de ácido acético 
Pesos dos animais:
	ANIMAL
	Salina
	Reserpina
	1
	120g
	125g
	2
	120g
	130g
	3
	125g
	120g
	4
	128g
	118g
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
 Tabela 1. Peso dos ratos
Cálculo do volume administrado de reserpina:
Rato 1: 1000 g ---1 mL 0,125 mL----100%
 125g-----X X----- 1%
 X= 0,125 mL X= 0,00125 mL de ácido + 0,12375 mL de reserpina
Rato 2: 1000 g ---1 mL 0,13 mL----100%
 130g-----X X----- 1%
 X= 0,13 mL X= 0,0013 mL de ácido + 0,1287 mL de reserpina
Rato 3: 1000 g ---1 mL 0,12mL----100%
 120g-----X X----- 1%
 X= 0,12 mL X= 0,0012 mL de ácido + 0,1188 mL de reserpina
Rato 4: 1000 g ---1 mL 0,118 mL----100%
 118g-----X X----- 1%
 X= 0,118 mL X= 0,00118 mL de ácido + 0,11682 mL de reserpina
Cálculo do volume administrado de salina:
�
Rato 1: 1000g --- 1mL
 120g ---- X
 X= 0,120 mL
Rato 2: 1000g --- 1mL
 120g ---- X
 X= 0,12 mL
Rato 3: 1000g --- 1mL
 125g---- X
 X= 0,125 mL
Rato 4: 1000g --- 1mL
 128g ---- X
 X= 0,128mL
�
Os ratos foram submetidos a um processo de adaptação de cinco minutos tanto na caixa de vidro como no open - field. Após a adaptação foram cronometrados 10 minutos e observados os Movimentos de mastigar no vazio (MVM) e Tremor facial (TF) na caixa de vidro e Crossing, Rearing e Imobilidade no open - field.
5 RESULTADOS
	1º Observação
	RESERPINA
	CONTROLE
	MVM
	36
	8
	Crossing
	4
	16
	Tremor facial (TF) (seg.)
	180
	7
	Rearing
	1
	6
	Imobilidade (seg.)
	267
	127
	2º Observação
	
	
	MVM
	12
	0
	Crossing
	2
	17
	Tremor Facial (seg.)
	129
	0
	Rearing
	0
	7
	Imobilidade (seg)
	233
	137
Tabela 2. MVM = Movimentos de mastigar no vazio; Rearing = posicionamento vertical ("em pé").
Gráfico 1
 
6 DISCUSSÃO
		Nesse experimento utilizamos a reserpina para induzir a discinesia tardia, transtorno extrapiramidal caracterizado pelos movimentos involuntários dos olhos, cabeça língua, boca e pescoço, em um rato. A utilização de reserpina, assim, como os de neurolépticos, irá induzir um modelo de animal discinesia tardia, através de diferentes mecanismos: enquanto a reserpina atua sobre a inibição do armazenamento e recaptação de dopamina, os neurolépticos, atuam bloqueando os receptores dopaminérgicos D2, presentes tanto a nível pré – sináptico, quanto pós – sináptico. Assim, através de mecanismos diferentes esses dois fármacos irão causar um aumento exagerado dessas monoaminas na fenda sináptica. A nível de vias Nigro – estriatais, esse aumento da concentração de dopamina, por um tempo prolongado será resultante em perda da sensibilidade desses receptores, ocasionando o que chamamos de discinesia tardia.
	Na primeira observação o rato em que se administrou reserpina apresentou30 MVM, enquanto que na segunda observação houve um aumento. Em relação ao crossing no open-fild o rato 4 protusões de língua na primeira observação o rato apresentou 4 PL , já na segunda nenhuma PL foi observada. O rato controle não apresentou dados alterados.
	No Open-field o rato em que se administrou reserpina apresentou 5 movimentos verticais e 17 horizontais, já na observação verificou-se um aumento. O rato controle apresentou 6 movimentos verticais e 27 horizontais, na segunda observação os movimentos verticais foram 7 e os horizontais foram 16.
CONCLUSÃO
	Baseando-se nos dados obtidos e na pesquisa bibliográfica, podemos observar que o uso de qualquer substância que modifique tanto a síntese como o mecanismo de ação da dopamina no sistema nigro-estriatal, acarretara em transtornos extrapiramidais. Comparando o rato controle com o que recebeu doses de reserpina fica evidente a série de distúrbios involuntários do movimento facial.
BIBLIOGRAFIA
SILVA, P. Farmacologia. 6. ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2002.
KATZUNG, BERTRAM G.; Farmacologia Básica & Clínica; 5ª ed.; Rio de Janeiro, 1994; EDITORA GUANABARA & KOGAN S.A.
HARDMAN, J. G.; LIMBIRD, L. E.; MOLINOFF, P. B.; RUDDON, R. W.; GILMAN, A. G.Goodman & Gilman As bases farmacológicas da terapêutica. 9. ed. México: McGrawHill, 1996.
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