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Direito Administrativo I - 1ª Prova

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DIREITO ADMINISTRATIVO I 
AULA 03/02:
→ O Estado é uma pessoa jurídica, significa que o Estado é dotado de personalidade, logo ele é um sujeito de direitos e deveres/obrigações. Afirma isso, é diferente que falar de capacidade, pois esta é uma capacidade de exercer os direitos. 
→ Thais ao atravessar a rua caiu em um buraco no asfalto e quebrou as duas pernas. Ao ingressar com ação face-à administração pública de Vila Velha, quem responde pela ação?
A) O prefeito.
B) A secretaria de obras.
C) O secretário de obras.
D) O município.
Resposta: D. O município é uma pessoa jurídica, logo, ele é dotado de direitos, mas também de deveres/obrigações. O município responde porque ele tem personalidade. A administração pública é uma função que ele exerce. 
AULA 07/02:
	O Estado é um ente dotado de personalidade. Mas o que seria personalidade? Personalidade significa ser sujeito de direitos e deveres/obrigações. Logo, o Estado é uma pessoa jurídica de direito público. Como o Estado é uma pessoa, ele tem que nascer de algum lugar, a pessoa natural nasce do nascimento com vida, quando eu digo que o Estado nasce de algum lugar, eu afirmo que ele deve ser constituído de três elementos: povo, território e um governo soberano que vai administra tanto o povo, como o território.
						Território
	 Quando eu falo de território eu posso optar dois sistemas de jurisdição, são elas: posso dentro de um mesmo Estado optar por trabalhar com divisas (caso do Brasil, isso significa mesma jurisdição, logo, qualquer crime que você cometer em qualquer lugar do Brasil será igualmente crime. Se eu tenho a mesma jurisdição, porque eu tenho determinado imposto que tem em um lugar e em outro não? Porque cada ente da jurisdição vai ter determinado poder), ou posso trabalhar com fronteiras (significa que tem jurisdições diferentes, por isso que em um Estado norte americano não tem pena de morte e no outro tem). 
						Soberania
	Soberania é o poder que o Estado tem, tanto o poder interno quanto o poder externo. Todo Estado tem três poderes básicos: legislativo, judiciário e executivo. 
→ Qual é a função típica do poder legislativo? Ao falar que elabora as leis, a resposta está incorreta, pois ele cuida da constituição federal em seu poder originário (criar uma constituição), e o poder derivado (emendas da constituição). O legislativo vai elaborar o sistema jurídico/ normativo (cuidar).
→ Qual é a função típica do poder judiciário? A função dele é julgar, mas ele não necessariamente ele julga. Quando é que ele pode não julgar? No tribunal do júri, pois lá o juiz só preside, ele não julga e sim o povo. Poder judiciário vai fazer a composição das lides e segurança do Estado Democrático de Direito. Porque este poder cuida da igualdade de direitos perante a lei. 
→ Qual é a função típica do poder executivo? Está errado falar que executa a lei, pois os três poderes tem a função de executar as leis, a diferença é a maneira de executar as leis. A função dele é a administração do bem púbico. Há dois tipos de bem: o bem material ou patrimonial (aquele bem que o valor já esta inserido nele) e o bem extra patrimonial (Interesse público) (até tem um valor econômico, mas não é puramente um valor econômico, como por exemplo, qual o valor de dano moral? Depende do quanto você se sentiu triste, ofendido e etc. )
→ O que diferencia ato administrativo a ato da administração são as funções atípicas. Mas o que seria isso? É quando um poder exerce o poder do outro, é quando o executivo julga, o legislativo executa. 
→ Qual a função atípica do legislativo? Pode ter a função de julgar (existe um crime, chamado crime de responsabilidade, que é julgado pelo legislativo, como por exemplo, este crime quando praticado pelo presidente da república) e de administração (quanto aos seus servidores, vai estipular horário, funções, cargos e jornada de trabalhos)
→ Qual a função atípica do judiciário? Pode ter a função de legislar (quando ele cria as normas relativas as tribunais) e de administração (também administra seus servidores, funcionamento do prédio e das atividades)
→ Qual a função atípica do executivo? Pode ter a função de julgar (julga processos administrativos seja em relação a servidor ou a particular) e legislar (as leis criadas por este poder é chamada de lei delegada, tem também a medida provisória, os decretos/resoluções)
Povo
Povo é diferente de nação. 
→ Nação é um conjunto de ideais para um objetivo comum, como por exemplo, a nação latino-americana, nação europeia. Esses ideais podem ser religiosos, econômicos, políticos, linguísticos.
Nação pode ter vários territórios. 
→ O povo esta relacionado a um território. Aqui esta em questão os nacionais, quem são os nacionais? É quanto à nacionalidade, que é o vínculo jurídico com o Estado. E também o vínculo de “pertencimento”
- CUIDADO, meu filho é nacional mas não é cidadão. Porque? Ele tem o vínculo com o Estado entretanto ele ainda não tem o vínculo político com o estado, ele ainda não vota e não pode ser votado. 
Cidadão: vínculo político com o Estado
- Tanto o brasileiro nato quanto o naturalizado podem perder sua naturalidade (artigo 12, §4º CF)
Povo é diferente de população. 
→ População é o índice numérico de habitantes, independente de quem seja.
→ Povo tem pertencimento naquele estado e tem um vínculo jurídico. 
AULA 14/02 (CONTINUAÇÃO DA REVISÃO):
				1. FORMAS DE ESTADO
→ Ao fala deste tema, falamos de um país, mas não de algo interno, mas sim do país todo, qual a divisão territorial que este país adotou.
→ Tenho duas formas principais:
- Unitário: (Portugal há províncias e não municípios, distritos, lá existe um poder centralizado)
+ poder centralizado;
+ não há autonomia administrativa e nem repartição de competência; 
- Federado: 
+ poder descentralizado;
+ distribuição territorial de competência;
+ entes federados (estados, municípios e o distrito federal)
→ Na divisão territorial temos: estados, municípios e distrito federal
Mas na divisão dos entes políticos administrativos temos: estado, municípios, distrito federal e união
→ Dois requisitos para termos uma federação:
- Bicameralismo: 
	Há pelo menos duas câmaras (duas casas)legislativas, que no nosso caso, são: câmara dos deputados (defende os interesses do povo) e o senado federal (defende os interesses dos Estados – cada estado terá dois senadores). Por que na falta do presidente e do vice-presidente quem assume é o presidente da câmara dos deputados? Porque ele representa o povo, e como temos uma democracia e o representante é escolhido pelo povo. 
QUESTÃO:
Sabendo-se que a República Federativa Brasileira, por ser dotada de entes federados autônomos, adota o sistema bicameral legislativo para todos. 
	A questão esta errada, porque a federação brasileira adota o bicameralismo, a federação representa o estado brasileiro. Mas indo no quesito dos entes federados, o estado tem quantas casas legislativas? Uma, a assembleia legislativa. Quantas casas legislativas tem o municípios? Uma, a câmara de vereadores. Assim como o distrito federal, que tem a câmara legislativa. Portanto os entes da federação adotam o sistema unicameral. 
- Auto constituição: como cada ente da federação é autônomo, cada um terá a sua constituição e demais espécies legislativas (decretos, leis). Entretanto, todas elas devem estar em consonância com a constituição federal. 
				2. FORMAS DE GOVERNO
“forma ingressando no governo – não importa quem é a pessoa e sim a forma”
→ Monarquia:
- vitalidade: governante governa até a morte
- hereditariedade: um sucessor assume
→ República:
- Mandato: tempo na qual o governante fica no poder
- Eleição: pra chega ao poder é necessário ser 'escolhido', eleito
				3. SISTEMAS DE GOVERNO
“aqui importa quem é a pessoa”
→ Presidencialista
- Chefe de Estado (representa o Estado): Presidente 
- Chefe de Governo (efetivamente quem tem o poder de governar): Presidente 
+ Concluí-seque o chefe de estado esta na mesma pessoa que o chefe de governo.
→ Parlamentarista (Ex.: Inglaterra)
- Chefe de Estado: Rainha
- Chefe de Governo: Primeiro ministro
OBS.:
Se quem participar da eleição for chefe de estado e de governo – república presidencialista
Se quem participar da eleição for chefe de estado mas não for chefe de governo – república parlamentarista.
Se a pessoa que for vitalícia e for chefe de governo e não chefe de estado, temos a monarquia parlamentarista
Se a pessoa que estiver o poder vitalício e for chefe de governo e do estado, temos simplesmente monarquia.
				4. REGIMES DE GOVERNO
→ Democrático 
	Possuí duas bases fundamentais: direito de participação e direito de informação 
→ Ditatorial
	Imposição da norma se dá sobre direitos individuais de escolha (exemplo: lazer, vestuário, alimentação, formas de expressão, pensamento, acesso a informação
		AULA 1: DO REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO 
	
→ Autonomia do Direito
	Regime jurídico significa dizer que tenho um campo do direito com um regime próprio de normas e, por isso, autônomo. 
	O direito administrativo é um campo que pertence ao direito público. Porque o direito civil pertence a direito privado? Porque ele lida com os interesses pessoais de cada um. Vale ressaltar que cada campo do direito tem seu próprio regime e por isso são considerados autônomos. 
AULA 24/02:
→ Princípios e Regras
	As regras são específicas, por exemplo, artigo 121 CP (matar alguém). Ao falar de princípios estamos falando de normas gerais, como por exemplo, princípio da legalidade. No direito civil, alguma coisa pode ferir o princípio da legalidade? Não, ele tem uma conotação geral.
→ Princípios basilares:
- Supremacia do Interesse Público
	A administração pública na defesa do interesse público adota uma posição de superioridade em relação ao particular, sendo assim o interesse público prevalece sobre o interesse particular de cada um. 
	
Exemplos desta situação: 
	- a administração pode alterar de forma unilateral um contrato administrativo, ressarcindo o contratado de boa-fé.
	- pode anular seus próprios atos 
	- pode revogar seus atos com base na sua conveniência 
	- tem poder da auto-executoriedade, que lhe permite agir sem precisar do poder judiciário ou de sua autorização. (auto-executoriedade significa auto execução dos atos, como por exemplo, a polícia recolher os objetos piratas)
	O contrato é um acordo de vontades, pressupõe-se bilateralidade. Como o poder púbico tem essa superioridade em relação ao particular, se ele quiser mudar as clausulas do contrato, de forma unilateral, ela pode. Ressarce o que tiver que ressarcir mais muda a clausula. Pois se pressupõe que a mudança da clausula é para atender o interesse público. 
	A administração pública pode anular seus próprios atos sem precisar do judiciário. Caso abra um concurso público e seja descoberta alguma irregularidade, pode simplesmente anular o concurso.
	Toda vez que o poder público quer contratar uma empresa, abre-se uma licitação, as que tem interesse se candidatam e vence a melhor. Aberta a licitação, após algum tempo tenho greve dos servidores, o que o prefeito pensa? Vamos revogar a licitação, resolver o problema da greve, e depois dar continuidade. A lei diz que tem que revogar? Não, é com base na conveniência do administrador. Ele contrata a mesma empresa? Depende da fase que ele parou, depende do que ele quer, podendo começar de novo, ou da onde parou. 
	Desapropriação é quando a administração púbica pega um área particular para torná-la pública. O valor a ser pago tem que ser justo, é o que o indivíduo declara no imposto de renda. 
- Indisponibilidade dos bens públicos
→ O administrador público não pode agir fora do parâmetro legal, ou seja, dispor conforme sua vontade de um determinado bem público. 
	No entanto, a lei pode conceder uma margem de vontade a ser manifestada pelo administrador. Exemplo: cargo comissionado (é um cargo de confiança, geralmente os ministros e secretários. Porém não pode ser o irmão da autoridade, porque a lei diz que não pode ser parente de até segundo grau em linha reta ou horizontal).
	Quando o administrador pode agir conforme a sua vontade (e prescrição legal) chama-se discricionariedade, por exemplo, a indicação para um cargo comissionado.
→ Ao falar de bens públicos, há os bens materiais e os bens que não são materiais. Bem material é aquele que já sabemos o valor econômico, cadeira, data show. Um bem não material, por exemplo, é ação de dano moral, depende de quanto você sofreu, não há um valor fixado. 
→ Bens Públicos Materiais conforme a lei: 
	
	A) Uso comum do povo: praças, ruas, rodovias. O fato de ser de uso comum não significa 	que há gratuidade na entrada, pode ser cobrada a mesma para manutenção da área. E 	também não significa que vai ter livre acesso, há áreas de preservação que não e aberto ao 	público, somente permitido a entrada de técnicos.
	B) Especiais: são aqueles que tem serventia para a administração na prestação do serviço 	público, por exemplo, o prédio do poder público, os móveis, os carros 
	C) Dominicais: representam os bens que não mais possuem utilidade para a administração 	pública – é um bem alienável, ou seja, pode ser transferido, vendido. Essa alienação vai ser 	por meio de licitação em uma modalidade chamada leilão.
	
AULA 28/02:
Interesses Público Primário e Secundário e Responsabilização da Administração por descumprimento de preceito legal
→ Interesse público primário: é aquele inerente a atividade estatal que também se diz como propriamente dito. Representa o interesse coletivo.
						+
→ Interesse público secundário: trata-se do interesse da pessoa jurídica na atividade pública. (ou interesse da própria administração pública)
	A pessoa jurídica questão é por exemplo, o município de vila velha. O município pode ter o interesse dele, por exemplo, uma verba federal (o ES tem o interesse dos royaltes). Mas sempre esta relacionado ao interesse público.
Pergunta – Disserte sobre a diferença de interesse público primário e secundário.
Resposta errada - Porque o interesse secundário é somente da pessoa jurídica ou administração pública. 
Resposta correta - Não é somente porque o interesse do município reflete em nossos interesses. A diferença é que no primário é o interesse coletivo e o secundário é o interesse da pessoa jurídica na atividade pública e da administração pública (mas não somente do interesse público)
→ Todo ato da pessoa jurídica na atividade pública e da administração pública interfere no interesse público.
→ CF - Artigo 37,§6º: As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiro, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
	
OBSERVAÇÃO: O poder público no exercício da atividade pública pode causar danos a alguém, neste caso será responsabilizado. Assim, as pessoa jurídicas e seus agentes respondem pelos danos praticados nessa atividade, da seguinte forma: esfera cível, penal e administrativa. 
→ Responsabilidade civil do poder público/administração pública: 
1. Responsabilidade objetiva – aquela em que o ressarcimento à vítima independe da comprovação de dolo e culpa. 
Ex.: uma senhora dirigia na Beira Mar, onde havia uma obra. Porém, não havia sinalização noturna, ela caiu dentro do buraco, o carro teve perda total, mas para ela não ocorreu nada. Ela procura o seu advogado para que o município cubra o prejuízo dela. O município antes de ressarcir ela não vai procurar de quem era a culpa, ele apenas paga o prejuízo dela. 
Ex.: Se um servidor público em seu dia de folga, em seu carro, causa um dano a outro. Isso vincula o município ao processo? Não. E se ele esta em seu dia normal de trabalho, em um carro da prefeitura? Sim, vincula o município. E se esta de folga com o carro da prefeitura? Sim, vincula,mas é responsabilidade conjunta (chama os dois para o processo)
2. Responsabilidade subjetiva – aquela em que depende da análise conforme dolo e culpa
Ex.: A idosa dirigia a noite, não tinha sinalização e ela caiu dentro do buraco. O município de vitória terá que arcar com o prejuízo dela. Porém, depois o município vai atrás do responsável daquela obra para saber o que houve. Se foi por dolo ou culpa, a empresa ressarce o município. O município pergunta para a empresa porque não havia, a empresa vai afirmar que, colocou 5x mas roubaram todas elas. Logo a empresa não agiu com dolo nem com culpa, logo, ela esta isenta de qualquer restituição. Se ela esqueceu de colocar, é culpa, logo ela deve ressarcir ao município.
OBSERVAÇÃO: No caso de omissão por parte da administração pública a responsabilidade será subjetiva (exceção a regra geral da objetividade).
	Porque omissão? O município de vila velha não tem como identificar cada buraco, não tem como fiscalizar todas as obras, então, as vezes há certa omissão em relação a algumas obras. Então se cada lugar que eu passar com mu carro e quebrar, entrar na responsabilidade objetiva, seria muito prejuízo. O município antes de ressarcir vai procurar o responsável pelo dano, para analisar dolo e culpa.
	Se houve omissão a responsabilidade passa a ser subjetiva. 
REGRA GERAL: o estado causou dano a alguém responsabilidade objetiva, tendo como exceção a omissão. Depois que o estado ressarce ele tem direito de ressarcimento por parte do responsável.
AULA 02/03: 
		DA RESPONSABILIDADE CIVIL – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
1. Responsabilidade Objetiva: agente + dano + nexo causal (regra geral)
2. Responsabilidade Subjetiva: agente + dolo + nexo causal + dolo/culpa (exceção – omissão) 
3. Responsabilidade concorrente: nesta situação ocorre o que se chama compensação de danos, uma vez que tanto a vítima quanto o agente participaram do evento danoso. Por exemplo, tem uma obra na beira mar, e toda obra deve ter sinalizador diurno e noturno, porém nesta obra não tinha, eu tenho dirigindo meu carro e caio dentro do buraco. O Estado vai me pagar e depois vai cobrar do responsável. Mas amos supor que meu farol estava queimado, e eu não posso dirigir com o farol queimado, a minha culpa não exclui a do Estado. Nesse caso, há uma compensação, no acidente eu posso ter causado algum dano a obra, e eles o dano que me causarem, como o carro. É feito o balanço do prejuízo de ambos, e deve ver no final quem paga quem.
4. Por culpa exclusiva da vítima: a culpa exclusiva da vítima extingue a responsabilidade da administração pública. A obra tinha o sinalizador, quem estava com o farol queimado e não viu a obra fui eu. Logo, a culpa é minha, exclusivamente. Por isso a administração não me paga nada, pode ocorrer de eu ter que pagar para a administração.
Retira a responsabilidade da administração:
a) culpa exclusiva do agente (agente é causador do dano, logo não excluí) – errado 
			PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA*
→ Não confundir com Poderes do Estado (legislativo, executivo e judiciário)
→ A administração pública integra o poder executivo, e representa a função típica do poder executivo. 
→ Quem integra a administração pública:
a) Administração Direta:
	É composta pelos entes que estão diretamente esta na função do poder executivo, ou seja, a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal
b) Administração Indireta (pessoas jurídicas):
	Autarquias(INSS, UFES), Fundações públicas (FUNAI, Fundação Osvaldo Cruz), Sociedades de economia mista (Banco do Brasil, Banestes, Petrobras) e empresas públicas (CEF, Correios) 
	Qualquer um da administração direta pode criar algum da administração indireta. A união, o estado, o município ou o DF pode criar qualquer uma administração indireta. Como que ocorre esse processo de criação? A figura do município, tem o chefe do executivo, que é o prefeito, o prefeito cria as suas secretarias, de obra, de educação, de meio ambiente e cada secretaria tem os seus agentes. Uma secretaria é um órgão público sem personalidade, não é uma pessoa jurídica que são criados para auxiliar na atividade pública. Quando o prefeito foi eleito, todas as competências ficaram nele, ele é responsável pelo meio ambiente, pela saúde e pela educação, mas como sozinho ele não tem como administrar tudo, ele cria secretarias para auxiliar, mas quando ele cria essas secretarias, as competências que eram todas dele, ele expandiu, ele desconcentrou, mas como a administração direta cria administração indireta sem personalidade para ajuda-lo, o processo é denominado processo de desconcentração. 
	Processo de desconcentração – é o processo pelo qual a administração direta cria órgãos desprovidos de personalidade para seu auxilio. Estes são subordinados ao ente criador. Porque eles são subordinados ao município e ao prefeito? Porque eles não tem personalidade. 
	Além da administração direta criar órgãos, tem que criar outros e dar a eles o direito de agir sozinhos, para não vincula sempre a administração em tudo. Por isso a administração cria também pessoas jurídicas, por exemplo, o INSS. O INSS é subordinado ao ente criador? Não é, pois são dotados de personalidade, diferentemente das secretarias que SÃO subordinadas ao seu ente criador. O que há é controle e fiscalização. Exemplo, quando o banco do Brasil e a caixa entram em greve, o presidente pode mandar que eles abram? Não, somente o pode judiciário pode decidir se a greve é lícita ou ilícita. A União é uma pessoa jurídica, o INSS também, eles estão no mesmo patamar, o que ocorre é que o INSS esta vinculado a União, ou seja, a União controla e fiscaliza o funcionamento do INSS, mas não manda. Este processo é denominado processo de descentralização.
	Processo de descentralização – é um processo pelo qual a administração direta cria a administração indireta (pessoa jurídica) para seu auxílio. Como a administração indireta é dotada de personalidade ela esta vinculada e assim, presta contas de sua atividade, não há subordinação (existe controle e fiscalização pelo ente criador). 
	A relação de município e secretarias é a mesma que a relação entre União e ministérios (secretaria federal), mas a relação entre a União e a pessoa jurídica é diferente pois não há subordinação e sim fiscalização. 
	Quando o chefe do executivo cria uma pessoa jurídica além de uma mera competência ele passa para essa pessoa jurídica poderes, logo quando eu crio eu não estou desconcentrando, eu estou descentralizando. 
AULA 06/03:
→ Direito subjetivo é o que se denomina o direito que faculta os agendi, que é o interesse individual de fazer ou não fazer alguma coisa, por isso está na figura do indivíduo e também há o direito objetivo, aquele que eu tenho o dever de cumprir, aquele que esta presente no Estado, quando o estado te cobra um conduta e você tem que realizá-la. 
	Por isso que alguns doutrinadores chamam o Interesse público de interesse subjetivo público. 
Do interesse subjetivo público: representa o interesse individual de agir ou não agir, fazer ou não alguma coisa, no entanto numa esfera coletiva com objetivo único. Por exemplo, cada aluno em sala tem um interesse subjetivo em si, cada um tem um objetivo, porém, há um interesse subjetivo para a sala toda, pois todos esperam que tenham uma aula boa. Concluímos que o interesse subjetivo público é o interesse coletivo.
→ Agentes públicos: são aqueles no exercício da função pública seja de maneira voluntária (gratuita) ou onerosa. Exemplo, o presidente da república, o bombeiro, quando há um desabamento e algumas pessoas ajudam o agente de bombeiro também são agentes públicos. NÃO CONFUDIR COM SERVIDOR PÚBLICO. Taís é integrante dos amigos da escola do governo, e quando estou lá dando aula para escola pública, sou um agente público. 
					
					ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 
	DIREITO PÚBLICO
	DIREITO PRIVADO
	 Autarquia (UFES)
- Não possui finalidadeeconômica
- Finalidade é social (específica). 
- Criada por lei.
- A lei já afirma qual autarquia e sua função, exemplo UFES e INSS.
- Se eu quero criar uma autarquia, eu já tenho que dizer para assembleia o que eu quero criar. 
	 Sociedade de economia mista 
- Tem sempre forma de sociedade anônima, por exemplo, Banco do Brasil S/A, Petrobras S/A. 
- Possui capital público e privado, porém o capital público tem que ter 50% + 1 do capital montante (das ações que dão direito a voto). 
	 Fundação Pública (FUNAI)
- Não possui finalidade econômica aqui a finalidade é social.
- Criada por lei.
- Aqui a lei não é específica, ou seja, a lei autoriza a criação de uma fundação pública e o governo decide qual a função da mesma.
- Quando eu quero criar uma fundação, eu só peço para criar uma fundação, eu decido a função dela. 
	 Empresa pública 
- A empresa pode assumir qualquer forma societária.
- O capital é exclusivamente público. 
	
	OBS.: estas pessoas jurídicas possuem finalidade econômica. 
OBS.: Porque essas duas pessoas pertencem ao direito privado se exercem funções públicas? Todo regimento dessas pessoas estão no código civil, e ele prevê o funcionamento de uma sociedade e dessa empresa. 
OBS.: A doutrina denomina de Regime Híbrido, porque pertencem ao direito privado mas é criado pelo poder público e possuem função pública. 
AULA 16/03:
			 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
→ Princípios Constitucionais (artigo 37 da CF) - LIMPE
- Legalidade
	O administrador público esta vinculado a letra da lei, no exercício da função pública. A ausência legal impede qualquer atuação pela administração pública (quando dela depender). Justifica-se tal disposição uma vez que administra-se bens públicos e não particulares (interesse público)
	
	
A administração publica justamente por estar na função pública lida com o bem público, o administrador só pode fazer o que a lei permite, se não há lei, ele não pode fazer. Há um princípio dentro da carta constitucional, porém ele vai constar em dois momentos, no artigo 5 da CF, que fala dos direitos e deveres individuais e coletivos e consta também no artigo 37 da CF, que fala da administração pública. Quando se trata do artigo 5, que afirma que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer, senão em virtude de lei.
	
	Qual a diferença do artigo 5 e do artigo 37? No artigo 5 afirma, entrelinhas, o que não é proibido por lei é permitido. O princípio da legalidade para o cidadão tem o sentindo inverso do que para a administração. Para o cidadão significa que se não tem nada que proíba você pode fazer. 
	Exemplo: João vai para Guarapari e afirma que vai dormir na casa do amigo, João da um boa noite Cinderela para o amigo, pega o carro dele para ir para a boate, nesse primeiro momento João cometeu furto, ele vai para boate,quando volta manda lavar o carro e coloca gasolina, devolvendo nas mesmas condições que pegou, o amigo não pode julgá-lo por furto de uso. Mas se o João for pego antes de chegar, isso é furto. 
	Conclui-se que há uma diferença na aplicação do princípio da legalidade para o cidadão e para o poder público.
	
- Impessoalidade
	O administrador não pode atuar em prol de interesses particulares. No exercício da atividade pública o interesse é coletivo, portanto suas objeções pessoais são dispensáveis. 
	
	Este principio diz que o administrador não pode colocar o seu caráter pessoal na administração pública. Exemplo: o prefeito de Vila velha tirou da escala das escolas pública a comemoração do halloween por uma concepção religiosa, isso é um absurdo, uma fraude educacional. Esta atitude foi inconstitucional, ele não tem poder para proibir halloween. 
	
	Uma prefeita colocou uma placa no carro da prefeitura com as iniciais do nome dela e do partido, existe uma lei que fala que não é aleatório, e o outro prefeito pintou a cidade com as cores do partido, todos esses dois foram julgados a reparar o erro. 
- Moralidade
	Trata da probidade administrativa, ou seja, a honestidade no exercício da função pública.
OBSERVAÇÃO: Consequências da improbidade administrativa(artigo 37 CF): 
- Sofre a perda do cargo;
- Suspensão dos direitos políticos, não pode votar nem ser votado;
- Indisponibilidade dos bens;
- Ressarcimento ao erário (de todo o prejuízo que você causou na administração pública - dos danos causados);
- Ação penal quando cabível (se só colocar ação penal, vai parecer regra, mas não é, é somente quando cabível)
- Publicidade
	Os atos administrativos são públicos, salvo quando a lei ou a autoridade declarar segredo. A publicidade deve limitar-se as informações de interesse coletivo e não de interesses privados (impessoalidade)
 
	Todos os atos administrativos pelo princípios da publicidade são públicos. ERRADO: não são todos os atos que são públicos, salvo quando for declarado segredo.
- Eficiência
	Cuida do bom andamento da máquina administrativa, da prestação do serviço público. Exemplo: bom atendimento, tempo hábil de resposta, estrutura física. Este princípio não veio com a Constituição, foi incluído por emenda à Constituição. 
	
	Pergunta-se: Em sua opinião qual dos princípios acima seria mais importante em um grau hierárquico? 
	O princípio mais importante, em minha opinião, seria o Princípio da Legalidade; pois no mundo em que vivemos atualmente, a moral esta cada vez mais corrompida, por isso é necessário ter leis para reger o comportamento da sociedade. Porém, não há hierarquização entre os princípios. 
OBSERVAÇÃO: Tratando-se de princípios não há grau de hierarquia, o que há é uma ponderação dos mesmos em relação aos casos concretos em que serão aplicados.
AULA 20/03:
	EXERCÍCIO - Aponte qual dos princípios deve ser aplicado nos casos abaixo.
	CASO 1: 
→ Agnaldo esta sendo indiciado por homicídio qualificado envolvendo duas crianças, em um determinado município. O jornal local não para de noticiar o fato e dessa forma aquele contrata um advogado e o mesmo ingressa com uma ação judicial visando impedir que o jornal continue com as notícias, utilizando como justificativa o princípio da dignidade humana. O jornal se defende alegando o princípio da liberdade de expressão (lei de imprensa). 
	CASO 2:
→ Agnaldo foi condenado pelo crime e cumpriu trinta anos de prisão. No dia da sua soltura o jornal retoma as notícias do caso e frente a isso o seu advogado ingressa com a mesma ação e o jornal apresenta a mesma resposta. 
				Princípios da dignidade humana 
						X 
		Princípio da Liberdade de Expressão/Pensamento (Lei de Imprensa)
	No CASO 1 deve vigorar o Principio da Liberdade de Expressão, existe aqui uma função social, houve um crime, duas vidas foram retiradas, e a sociedade quer informações sobre isso, se o judiciário esta funcionando corretamente. Mas os direitos dele devem estar resguardados, porém há ao jornal o direito de noticiar. 
	
No CASO 2 vigora o Princípio da Dignidade humana, pois o acusado já cumpriu toda a sua dívida perante a sociedade, e agora está voltando ao convívio social, e aqui não há uma função social, para justificar as reportagens do jornal 
	
			PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
OBSERVAÇÃO: A função administrativa possuí poderes inerentes a sua função pública. Se encontram em um plano abstrato e por isso não sofrem controle dos outros poderes do Estado (judiciário e legislativo). No entanto, o exercício desses poderes, plano concreto, pode sofrer controle quando extrapolar os limites da lei. 
Ao falar de poderes da administração pública, trata-se de um plano abstrato. Exemplo, se você é um médico, você tem poderes que são inerentes a sua função. Mas quando se trata do plano concreto, o agente no exercício desse poder pode extrapolar nesse poder. 
1. HIERÁRQUICO
	Cuida da auto-organização da administração pública por meio da criação de órgãos e agentes, assim como, da distribuição de competências. Cada agente público terá um superior hierárquico,sendo o chefe do executivo a hierarquia máxima. 
	Em um município a autoridade superior é o prefeito, por isso cabe a ele organizar a sua administração. Se foi me dada uma ordem, e a mesma é ilegal, eu sou obrigada a cumprir? Não, se eu cumprir me enquadro da mesma maneira na lei. 
- Ordem ilegal não gera obrigatoriedade de cumprimento
- Cada agente público vai ter uma competência para exercer a sua função. O exercício de uma atividade administrativa por agente incompetente é nulo. Exemplo: eu sou fiscal ambiental passo em frente uma padaria e vejo que ela esta irregular, mas como não é minha função, não posso dar uma advertência. 
2. DISCIPLINAR
	É aquele em que a administração pode aplicar sanções por meio de processos administrativos, ao seus agentes. É o poder de punir e vincula-se ao poder hierárquico uma vez que a decisão administrativa é proferida por órgão superior. Ao falar órgão, pode estar se falando de uma pessoa. 
	Exemplo: Lei 8112/90 que fala sobre o servidor público federal. Há penalidades: advertência; suspensão (leve ou grave); demissão; cassação da aposentadoria. O processo sempre inicia com uma sindicância, que significa uma apuração do fato. Se o fato terminar em suspensão leve (advertência ou suspensão leve), eu paro na sindicância e aplico a penalidade. Mas se tiver que aplicar a suspensão grave ou qualquer das penalidade acima, ocorre um processo administrativo. 
	OBSERVAÇÃO: conforme a Constituição federal (artigo 5) tanto em processo judicial quanto em processo administrativo serão assegurados a ampla defesa e o contraditório 
OBSERVAÇÃO: Demissão (efetivo estável) – vale ressaltar que demissão é um penalidade.
				# 
		 Exoneração (Sem estabilidade; cargo comissionado; a pedido do servidor 
	 
3. REGULAMENTAR
	Representa a função atípica do poder executivo, uma vez que exerce atividade normativa: decretos, regulamentos, medida provisória (presidente da república) 
Medida provisória é uma espécie de lei em forma provisória, e é uma função do presidente em sua função atípica.
AULA 30/03:
	CONTINUAÇÃO: PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
→ PODER VINCULADO
	O administrador público no exercício de um ato vinculado esta preso a literalidade da lei, não havendo margem para manifestação de vontade. Exemplo: aposentadoria compulsória: conforme a lei o servidor público ao completar 70 anos tem que ser aposentado. 
(DEVE)
→ PODER DISCRICIONÁRIO
	O exercício de um ato discricionário pressupõe a conveniência e oportunidade do administrador. Apesar de estar submetido a lei existe a possibilidade de manifestação da vontade. Exemplo: os cargos comissionados ou cargos de confiança: a lei trás os critérios a serem obedecidos para a nomeação, desde que respeitados, o administrador/ a autoridade pode nomear quem for de sua vontade. Exemplo²: pedido de porte de arma, lei nº 10.826/03, artigo 4º,§6º: […] o registro se dará no comando do exército, concedida ou recusada, com a devida fundamentação. 
(PODE OU NÃO)
→ PODER DE POLÍCIA 
CONCEITO
	Visa limitar um direito privado em prol do bem estar coletivo.
OBSERVAÇÃO: não significa retirar direitos, ultrapassar seus limites, ferir e etc. 
O seu direito vai até onde começa o do outros. Exemplo: estou em meu apartamento as 3h da manhã ouvindo Funk , o meu vizinho liga para o disque silêncio, e este vai até a casa dele, e faz a medição para saber se estou realmente ultrapassando o volume permitido, se tiver, vai a minha casa pedir para que abaixe. Ele não esta me proibindo de ouvir o som, apenas impõe um limite no volume. Tem algumas exceções, em natal e ano novo, a lei não se aplica. 
OBSERVAÇÃO²: O termo polícia pode apresentar duas concepções: 
1) O poder de polícia que é o poder da administração pública e faz um controle preventivo
2) Polícia judiciária representa a polícia propriamente dita ostensiva (exemplo: polícia militar) ou não ostensiva (exemplo: polícia civil, trabalho com perícia, laudo técnico, captura de provas, investigação criminal) - controle repressivo
 
CARACTERÍSTICAS:
- Coercibilidade
	A autoridade possuí meios legais de fazer cumprir uma obrigação na ordem administrativa, e inclusive utilizar da força, se necessário. 
- Auto executoriedade
	Significa que a administração executa seus próprios atos sem precisar de autorização do poder judiciário. Entretanto, quando este for envolvido processo, deverá ser respeitado. 
Exemplo: para eliminar as marquises que estão fora da lei, a administração não precisa de autorização do poder judiciário. Eu sou uma moradora, eu entrei com uma liminar, para que não derrubem minha marquise, então a administração pública não pode derrubar enquanto o processo estiver correndo. Se a marquise cair, a responsabilidade é minha.
OBSERVAÇÃO: Não confundir com autotutela, que possibilita que a administração revogue ou anule seus próprios atos.
Auto executoriedade: auto resolvo, executo 
Auto tutela: retiro
- Discricionariedade (limites)
	A autoridade pode manifestar a sua vontade, porém além dos limites existem dois princípios que limitam essa atribuição:
1) proporcionalidade
2) razoabilidade
Quando o prefeito resolveu ver as marquises, ele marcou os horários. A lei diz que ele tem que fiscalizar, mas quando e como ele é quem decide. Ele pode movimentar o ato fiscalizatório.
Sou o prefeito, hoje acordei de mal humor, juntei toda a equipe e quero tirar todos os camelôs da praça de Vila velha, não posso chegar empurrando as pessoas, devido ao princípio da razoabilidade, 
A proporcionalidade, o cara que esta me agarrando, eu não posso desferir muitos tiros.
Não pode ferir princípios nem a coletividade para atingir o objetivo.
- Abuso de poder
	Ocorre quando a autoridade extrapola os limites de sua competência. Pode ser na esfera do abuso propriamente dito ou quando ocorre um desvio de finalidade.
AULA 03/04:
			 DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
→ ÓRGÃO
- CONCEITO
	É um ser abstrato que vai desenvolver as atribuições destinadas pelo Estado. Estas precisam de um veículo para se concretizar: os agentes. 
Os órgãos é quem tem a atribuição, um órgão em abstrato, por exemplo, você vai a coordenação mas vai falar com o coordenador. A coordenação é um ser em abstrato. Quem vai exercer essa atribuição é um agente que vai colocar em concreto essa atribuição que é do órgão. 
Essa atribuição é irrenunciável, mas eu não posso pedir pra sair? Sim, mas quando você sai entra outro, a atribuição não é do agente e sim do órgão. 
					CLASSIFICAÇÃO
→ QUANTO A ESTRUTURA:
- Simples 
	Representado por uma única decisão administrativa (um órgão).
Ao estudar poder judiciário, o juiz representa um órgão do poder judiciário, ele tem uma sentença, depois você recorre pra órgãos superiores. O juiz é considerado um órgão singular do poder judiciário.
Eu sou superior hierárquico de Érica, e vou aplicar a ela uma decisão administrativa. Esse órgão singular pode ser que ele tenha apenas um agente, exemplo, julgamento de um servidor pelo seu superior hierárquico. Esse superior quando esta na função de julgar e aplicar penalidades, ele esta na função de um órgão julgador.
Quando uma secretaria emite uma ordem de serviço.
- Composto
	Possuí um órgão, mas este precisa de outro para efetivação da medida. Dessa forma, são produzidos dois atos administrativos, um principal e o outro acessório. 
Estado de sítio = uma das justificativas para entrar nesse Estado é quando o Brasil esta em guerra externa. Esse Estado é determinado pelo presidente da república, ou seja, um decreto pelo presidente da república. Mas para garantir um Estado democrático e evitar golpe do Estado do presidente, a Constituição determinou que este decreto tem que ser aprovado pelo Congresso Nacional, se não, não funciona. O decreto do Estado de Sítio é o ato principal, eu tenho um órgão (a presidência da república), no entanto eu preciso de outro órgão para efetivar a medida, que no caso é o Congresso Nacional,que é denominado, ato acessório. CONCLUI-SE: O órgão tem uma medida, mas ele sempre vai precisar de outro órgão, para que essa medida entre em vigor. 
O órgão composto gera dois atos administrativos!
- Complexo
	Possuí dois ou mais órgãos envolvidos no ato administrativo, no entanto haverá a produção de um ato (uma medida administrativa).
Quando eu tenho uma banca julgadora, essa banca é formada por um colegiado, terei uma decisão administrativa. Quando eu tenho um recurso administrativo na UVV, alguns recursos tem pelo regimento que ir para o colegiado, não é recurso de prova, um dos recursos administrativos que recaem no colegiado é monografia, porque não é um recurso comum, pois não cabe recurso. Quando eu formo um colegiado, é formado pela coordenação, um membro do DCE, e é chamado às vezes um membro do C/A, e é convocado, por exemplo, um professor de fora se for necessário (membro do corpo docente). Ou seja, há pelo menos 4 órgãos envolvidos para dar uma decisão. Na administração também é assim, eu tenho um recurso de um servidor, que vai para o colegiado, que terá o assessor do prefeito, a procuradoria, a secretaria e etc.
	
Decisão do chefe do executivo ratificada (confirmada) por uma determinada secretaria. 
→ QUANTO A FUNÇÃO:
- Ativo
	Responsável pelo cumprimento das decisões estatais, na atividade pública. 
- De controle
	Exerce fiscalização em relação a outros órgãos ou agentes. 
Exemplo: Tribunal de Contas – Fiscaliza os gastos públicos, o orçamento do poder executivo, e a atuação do chefe do executivo. Tanto fiscaliza outros órgãos como o próprio agente.
- Consultivo 
	Cuida da parte de assessoria, emissão de pareceres, laudo técnico, perícia em geral e afins.
Exemplo: A procuradoria do Município na emissão de um parecer técnico. 
Exemplo²: Na presidência existem órgãos cuja função é de assessoria ao presidente da república (conselho de governo – formado por todos os ministros de Estado) 
AULA 10/04: CONTINUAÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO
→ QUANTO AO CONTEÚDO:
- De mérito
	Discute a conveniência e a oportunidade das medidas administrativas. 
Quando temos um ato baseado na conveniência e na oportunidade – poder discricionário. O que é conveniência e oportunidade? A lei permite utilizar de minha vontade, porém, tendo um certo limite, por exemplo, nomeação de cargo comissionado, entretanto não posso nomear um irmão. Exemplo: quando a presidência nomeia um agente para um ministério.
OBSERVAÇÃO: 
- De legalidade
	Analisam as medidas administrativas sobre o ponto de vista jurídico. Exemplo: órgão que analisa os fatos em uma visão jurídica – procuradoria.
→ QUANTO AO GRAU DE NECESSIDADE:
- Facultativo
	A autoridade no exercício da sua competência não é obrigado a invocá-lo, uma vez que é facultativo. 
	Exemplo¹: órgão facultativo, a lei não obriga a participação desse órgão no determinado processo. Final de um processo de licitação para a contratação de uma empresa – obra pública. Entretanto, a administração pede a junta comercial apenas uma confirmação acerca de uma situação da empresa. → somente peço uma informação a junta comercial, quem faz a contratação é a administração, só participa porque a autoridade chamou.
	Exemplo²: Taís foi chamada para participar de um processo administrativo interno na Medicina, logo, eles não tinha obrigação de convocar a coordenação de direito, mas a Taís foi representá-la.
- Obrigatório
	Quando a participação do órgão é obrigatória, mais a sua decisão (conclusão) não vincula a medida administrativa a ser tomada.
	A participação é obrigatória, mas a conclusão NÃO!
Exemplo: órgão responsável pela emissão de parecer, laudo, perícia e afins. Taís é uma servidora pública, mas esta invalidada vai ao INSS fazer uma perícia, o médico disse que eu não tenho o porquê de aposentar, logo, tenho um laudo médico contra o meu pedido, logo é negado meu tipo de aposentar por invalidez, esse laudo é obrigatório nesse processo. O médico disse que Taís não esta invalida, entra na justiça, e a mesma falar que concede o benefício, a perícia médica na vincula a decisão judicial. PERÍCIA É OBRIGATÓRIA NO PROCESSO, MAS SUA CONCLUSÃO PODE SER DESCARTADA. 
- Vinculante
	A participação do órgão é obrigatória e sua conclusão vincula a medida administrativa a ser tomada. 
	A participação e conclusão SÃO OBRIGATÓRIAS.
Exemplo: Num processo administrativo movido contra servidor público, a decisão do órgão julgador vincula o cumprimento da ordem manifestada, salvo recurso quando houver efeito suspensivo. (Recurso suspensivo – é quando suspende a penalidade no período do recurso.) - Taís foi condenada a demissão ao fim de um processo administrativo. Se ela não demandar recurso, ninguém poderá pedir por ela. O setor de recursos humanos deve demitir, não pode emitir vontade. 
DA COMPETÊNCIA
→ Características:
- Obrigatória
- Imodificável 
- Imprescritível 
- Intransferível 
- Irrenunciável 
→ CONTRARIEDADE AO EXERCÍCIO DAS COMPETÊNCIAS
A) Pedido de Reconsideração 
B) Recurso Hierárquico

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